Regras e condutas bem estabelecidas deixam a empresa mais profissional e evitam desvios éticos
“Governança corporativa é o sistema pelo qual as empresas e demais organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo os relacionamentos entre sócios, conselho de administração, diretoria, órgãos de fiscalização e controle e demais partes interessadas.” A definição acima, feita pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBCG), pode parecer muito distante da realidade de pequenas e médias empresas.
Governança foi o tema de um encontro de mulheres empreendedoras organizado pela consultoria EY, como parte do programa Winning Women. “Governança é algo que precisa ser exercitada e praticada”, diz Passetti. Durante a conversa sobre padrões e condutas éticas com o grupo, Passetti reuniu informações essenciais para deixar seu negócio mais profissional. Confira abaixo:
1. Benefícios
Se o empreendedor ainda não está convencido a ter uma gestão mais profissional, os benefícios da governança corporativa vão fazê-lo mudar de ideia. “Governança traz maior transparência com os stakeholders, ajuda na expansão e perpetuação de um negócio, reduz os conflitos em empresas familiares e faz a companhia ter mais acesso a financiamentos externos”, diz Passetti.
2. Transparência
Um dos princípios da governança corporativa é a transparência. Para pequenas empresas, é importante compartilhar informações com todas as partes envolvidas no processo, de funcionários a fornecedores. “Transparência não é fazer um relatório longo. É dar informações relevantes no momento oportuno. Os empreendedores precisam colocar isso no DNA desde o primeiro dia de empresa”, explica.
3. Responsabilidade corporativa
Além do lucro, as empresas precisam considerar o social e o ambiental como metas constantes. “Este é um movimento que não tem volta. O mundo exige isso e os investidores também”, diz Passetti. Ter responsabilidade social e ambiental também deve fazer parte do dia a dia da empresa, incentivando que esses valores sejam ensinados a toda a equipe.
4. Ética
Segundo o sócio da EY, nada disso vai funcionar se a empresa não tiver ética no seu DNA. “Ética deve ser uma atitude”, diz. Por isso, a prestação de contas, do CEO aos cargos mais baixos, deve ser clara e funcionar dentro de um padrão estabelecido. Outro ponto importante é ter cuidado com as pequenas fraudes, que podem começar com presentes aparentemente inofensivos para fechar um negócio. “Nenhum problema de ética começa com R$ 1 bilhão. Geralmente, começa pequeno e, quando é descoberto, a empresa quebra”, afirma.