Os conceitos são úteis para lidar com produtos e até com as motivações da equipe
Muitos empreendedores acreditam que a prática vale mais do que a teoria. É verdade que, para abrir um negócio, não é preciso fazer faculdade de administração ou MBA. Mas, estes conceitos ajudam – e muito – na hora degerenciar seu negócio.
Para Ruy Soares de Barros, consultor do Sebrae-SP, os novos negócios precisam entender conceitos básicos de gestão para conseguir inovar e ter sucesso. “Um dos grandes desafios que o empreendedor enfrenta é a gestão”, diz Barros. O especialista participou do primeiro painel da 11ª edição do Congresso da Micro e Pequena Indústria. Veja cinco conceitos e ferramentas que vão te ajudar a gerenciar seu negócio:
Apresentada pelos professores de Harvard, Robert S. Kaplan e David P. Norton, a metodologia ajuda a empresa a alcançar os resultados desejados. “A partir dela, é possível aprender um pouco mais sobre a gestão do empreendimento e promover o seu crescimento”, afirma Barros. O Balanced Scorecard fornece vetores que ajudam na estratégia para que o empreendimento se desenvolva.
2. As Cinco Forças de Porter
Esse modelo é o responsável por ajudar o empreendedor na análise de seus concorrentes. “É com ele que você consegue identificar as ameaças à empresa. Descobre formas de como trabalhar com isso e sabe como essas medidas podem afetar o seu negócio”, diz.
Desenvolvido por Michael Porter na década de 1970, analisa a competitividade dentro e fora do setor no qual a empresa está inserida. As cinco forças abaixo são rivalidade entre concorrentes, ameaça de novos concorrentes, poder de barganha dos compradores, poder de barganha dos fornecedores e ameaça de produtos.
3. Pirâmide de Maslow
Proposto por Abraham Maslow, esse conceito organiza hierarquicamente quais são as necessidades que devem ser satisfeitas dentro de uma empresa. “É com a Pirâmide de Maslow que conseguimos perceber as melhores maneiras de estimular e motivar os funcionários a serem mais produtivos”, diz Barros.
A base da pirâmide, que é dividida em cinco níveis, é aquela que mostra quais são as necessidades primárias. Estas são as carências fisiológicas, relacionadas ao bem-estar e saúde. As secundárias são aquelas que dizem respeito à segurança, autoestima e relações sociais. O topo da pirâmide trata das necessidades de realização pessoal.
4. Matriz BCG
Barros destaca o fato de que as matrizes são sempre esquecidas pelas empresas, mas são essenciais. “Os nossos negócios devem ser analisados por matrizes. Isso melhora seu desempenho e ajuda na gestão”, afirma. No caso, a matriz BCG é um método para analisar o portfólio de produtos oferecidos e seu ciclo de venda. Com isso, o empreendedor consegue traçar uma estratégia de oferta melhor.
A matriz é composta por dois eixos: taxa de crescimento do mercado e participação do produto no mercado. Cada um deles é formado por dois setores que resultam em quatro diferentes tipos de produtos. Esses quadrantes vão determinar quais itens de uma empresa devem ser mantidos e quais deles devem ser repensados.
5. SWOT (ou FOFA)
O nome dado a essa análise é um acrônimo das palavras em inglês que significam forças, fraquezas, oportunidades e ameaças. Sua finalidade é avaliar os ambientes externos e internos de um negócio. A partir disso, são formuladas estratégias para melhorar o seu desempenho no mercado. Desenvolvida por Kenneth Andrews e Roland Christensen, a análise compila todos os dados coletados em uma matriz que facilita a visualização dos aspectos indicados pela sigla.
Fonte: PEGN