Plano de saúde pretende construir em Joinville hospital próprio, no bairro Boa Vista

Agemed planeja faturar R$ 400 milhões neste ano Charles Guerra/Agencia RBS

Pedro Assis, presidente da Agemed, plano de saúde de Joinville Foto: Charles Guerra / Agencia RBS
Claudio Loetz


Pedro Assis, presidente da Agemed
, fala, nessa entrevista, sobre as razões da expansão da empresa. O planejamento prevê faturar R$ 400 milhões neste ano, um crescimento previsto de 60% sobre a receita apurada no ano passado. A Agemed lança franquias de seu modelo de comercialização, para avançar em regiões onde ainda não atua. O hospital próprio, a ser construído no bairro Boa Vista, exigirá investimento superior a R$ 100 milhões. Para bancar as obras, a empresa joinvilense de prestação de serviços de planos de saúde poderá buscar recursos de bancos – inclusive tentará dinheiro do BNDES.

A Notícia – A economia brasileira passa por um momento de quase estagnação. As empresas reduzem quadros e o crescimento do PIB é próximo de zero. Nesse cenário, a Agemed anuncia a meta de crescer 60% até o fim do ano. Que índice é levado em conta para medir esse crescimento?
Que estratégia explica o resultado?

Pedro Assis – A previsão é de ampliarmos o faturamento em 60% neste ano. No ano passado faturamos R$ 250 milhões e deveremos atingir
os R$ 400 milhões. Há diferentes motivos que explicam isso. Temos uma equipe comercial bastante numerosa, com mais de 350 corretores cadastrados para vender os nossos produtos em todo o Estado de Santa Catarina, no Rio Grande do Sul e no Mato Grosso. Temos 22 unidades comerciais. Ao mesmo tempo, buscamos oferecer produtos de qualidade e diversas opções de planos.

AN – Qual é o foco?

Assis – Sempre atuamos com foco em pequenas empresas, que hoje representam 80% de nossos clientes. Importante: 70% dessas empresas, antes não ofereciam o benefício aos colaboradores. Nossa carteira de planos inclui opções tradicionais – com, e sem co-participação –, e inovações, como o plano com franquias para procedimentos. Este modelo está possibilitando àquelas empresas reduzirem seus custos com o plano de saúde sem comprometer a qualidade do benefício.

AN – Mas vocês conquistaram conta de grandes empresas.
Assis – Com esta estratégia, passamos a conquistar também as grandes empresas. Além da redução dos custos, oferecemos uma excelente rede de prestadores.Outro fator que tem atraído as grandes empresas é o nosso modelo de gestão da carteira. Acompanhamos o comportamento dos beneficiários, e podemos tomar medidas para ajudá-los a usar o plano da melhor forma.

AN – Algum exemplo?
Assis –
Em um hotel de Joinville, por exemplo, identificamos que diversas camareiras marcavam consultas com ortopedistas, justamente no período mais frio do ano. Nossa equipe técnica avaliou que o problema era causado pela má-postura no momento de arrumar ou desfazer as camas, com muitos cobertores pesados. Um fisioterapeuta foi ao local e orientou as camareiras sobre como trabalhar da forma mais adequada, evitando a ocorrência daqueles problemas. A diferença é a atenção aos dados disponíveis.

AN – Há outras novidades?
Assis –
Outra inovação foi o atendimento médico domiciliar para os casos de emergência médica, em, que uma equipe vai até a casa do beneficiário, presta os primeiros atendimentos e, se for indicação, remove o paciente até o hospital credenciado da operadora. Graças a essas inovações, em Joinville, conquistamos clientes como a Schulz e a Tupy. Tudo isso alterou substancialmente a meta inicial estabelecida de crescer 40% que poderá chegar, e até ultrapassar aos 60% sobre o faturamento do ano passado Já estamos faturando R$ 35 milhões mensais.

AN – Há parcerias?
Assis –
Estamos presentes em toda Santa Catarina; em Porto Alegre e Canoas (RS) temos uma forte parceria com o Hospital Mãe de Deus. Também atuamos em Cuiabá, no Mato Grosso.

AN – Qual é o tamanho do mercado?
Assis –
O mercado nacional é muito grande. Menos de 25% da população tem plano de saúde. Nos Estados Unidos esse número é superior a 80%. Só no Estado de Santa Catarina ainda tem muito espaço para crescer. Menos de 30% da população tem plano de saúde. Este benefício é indispensável na hora da contratação da mão de obra. Trata-se de um salário indireto.

AN – Qual é a estratégia de expansão da companhia?
Assis –
Estamos estruturando uma mudança importante na estratégia de expansão, com o lançamento de franquias do nosso sistema de comercialização. A Vanquisher Franchising Ltda, a mais nova empresa do grupo, vai ser uma importante aliada neste esforço para estruturar as operações de crescimento para outros Estados. Essa franquia terá diferenciais importantes. O parceiro pagará uma taxa inicial, calculada a partir do potencial de cada mercado e beneficiado, com todo o conhecimento comercial, publicidade, treinamento de equipe. A remuneração será por meio do pagamento de um percentual sobre a carteira conquistada.

AN – Quais os planos para os próximos meses?
Assis –
Para este ano, estamos nos preparando para, em agosto, inaugurarmos a agência Curitiba, e algumas franquias em pequenas cidades do Estado de Santa Catarina, no Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso. Em setembro, a inauguração do espaço saúde Tupy, uma clínica médica com laboratório, clínica de fisioterapia e clínica de imagem com mais de 1600 m2. Aí, o investimento será superior a R$ 4,5 milhões.

AN – Em que estágio se encontra o projeto do hospital próprio?
Assis –
Enquanto aguardamos a liberação das licenças, estamos finalizando os projetos do Hospital Monte Hermon. Os projetos levam em consideração as certificações hospitalares internacionais de qualidade como Joint Comission, e de sustentabilidade como LEED (Leadership In energy and Environmental design). O projeto arquitetônico está focado na humanização do paciente, e da equipe de funcionários do hospital. Escritórios especializados em arquitetura hospitalar – um de Florianópolis e outro da Espanha –, desenvolveram um projeto que agiliza os fluxos internos e o design ao mesmo tempo, trazendo conforto e rapidez no atendimento.

AN – E tecnologias?
Assis –
Novas tecnologias como robotização no controle de medicamentos da farmácia e correio pneumático, trarão segurança e diminuição no fluxo de trânsito de pessoas pelos corredores, aumentando a segurança do paciente, tanto no atendimento quanto no controle de infecções. No início de 2017 poderemos ter uma data mais precisa para a conclusão desta obra.

AN – A obra será construída com recursos próprios?
Assis –
Este projeto representa um investimento superior a R$ 100 milhões. Estamos analisando algumas alternativas de built to suit, e também as possibilidades de um financiamento bancário, com recursos do BNDES, complementados com recursos próprios.

Fonte: ANotícia

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