O painel sobre “Inovação em agências” realizado no Ciab trouxe a discussão sobre o futuro dos pontos de atendimento físico dos bancos num futuro cada vez mais digital.
Ao falar sobre o que vem ocorrendo no mundo, o Executivo de TI da HP, Courtnay Guimarães Jr, disse que a tendência é de que haja uma inversão total na dinâmica atual. “Elas vão se tornar locais lentos e lúdicos onde as pessoas queiram ir para ter experiências agradáveis. Por isso algumas já têm, por exemplo, unidades da Starbucks para que os clientes possam sentar para tomar café, ficar à vontade e falar de negócios”, disse.
Enquanto isso não acontece, os bancos brasileiros buscam reproduzir nas agências o mesmo nível de velocidade e conveniência que os clientes já encontram em sua relação com os bancos por meio digital. O Diretor de Tecnologia do Itaú-Unibanco, Lineu Andrade, relacionou algumas iniciativas neste sentido como horário estendido, biometria, aceitação de pagamentos com cartões de outros bancos. “A ideia é economizar o tempo do cliente. As pessoas mostram grandes níveis de satisfação quando tem suas necessidades atendidas de forma rápida e eficiente nas agências”, declarou.
O Diretor dos Canais Digitais do Bradesco, Luca Cavalcanti, reforçou a tendência de reproduzir práticas do mundo digital nas agências. “As agências físicas têm um importante papel de ensinar os clientes a usar as ferramentas digitais que o banco disponibiliza. Neste sentido o Bradesco apresentou no Ciab o espaço conceito Next, que possibilita, entre outras coisas, simulações de crédito, investimentos e outros produtos de forma lúdica e com gráficos semelhantes aos fornecidos no mundo digital. Em breve o Next estará espalhado por diversos pontos para levar estas informações mais próximas do nosso cliente”, disse.