Hisnëk desenvolveu um benefício corporativo de saúde e bem-estar

Criada pela economista Carolina Dassie, a healthtech quer garantir às empresas times mais saudáveis e produtivos

Manter hábitos saudáveis e uma rotina equilibrada não são tarefas fáceis quando se trabalha. A realidade brasileira preocupa em ambientes corporativos: nove em cada dez profissionais no mercado de trabalho nacional sofrem de ansiedade, segundo dados da última pesquisa realizada pela Isma-BR, enquanto 47% apresentam algum grau de depressão. É neste cenário que atua a Hisnëk, a primeira startup a desenvolver um benefício corporativo que contempla diversos serviços de saúde e bem-estar.

O modelo de negócio, fundado em 2014 pela economista Carolina Dassie, funciona em cinco grandes pilares, todos com o intuito de melhorar a qualidade de vida. A empresa realiza a curadoria de lanches saudáveis, com 22 opções enviadas mensalmente aos colaboradores, garante orientação nutricional online, além de oferecer conteúdo de saúde mental para os funcionários e a triagem de educadores físicos que podem auxiliá-los na escolha da atividade física mais adequada para seus objetivos.

Os serviços fazem parte de um conjunto de iniciativas que integram ações preventivas e curativas para indivíduos ou comunidades. De acordo com o Ministério da Saúde, a atenção primária nas empresas, responsável por incorporar essas atividades, pode resolver aproximadamente 80% dos problemas de saúde da população.

Na mesma linha, Carolina explica que, a médio e longo prazo, uma alimentação mais saudável e a prática regular de atividades físicas podem reduzir significativamente os gastos com seguro saúde e as taxas de absenteísmo que, para 75% dos profissionais de RH, têm um alto impacto na produtividade e na receita, de acordo com um estudo realizado pela Kronos.

Já uma pesquisa feita pela Towers Watson com 900 empregadores de diferentes continentes revela que há uma forte relação entre programas de bem-estar e produtividade. O estudo comprova que organizações de alta eficácia e com iniciativas de bem-estar sofreram 17,5% menos ausências não previstas.

Todos os serviços estão disponíveis no site da empresa e os beneficiários podem escolher cinco estilos de boxes de lanches saudáveis: Kids, ideal para montar a lancheira das crianças; Free, para intolerantes à lactose e celíacos; Classic, que agrada todos os gostos; sua versão Mini, em quantidade reduzida, além da HisnëkZero, totalmente sugar free.

As caixas são compostas por opções para todos os dias úteis do mês, totalizando 22 itens, selecionados cuidadosamente pelos especialistas da Hisnëk. Para integrar os boxes, os alimentos escolhidos devem seguir os critérios da equipe, como não conter gorduras trans ou hidrogenada e aditivos químicos e ter a porcentagem de açúcar, sódio e gordura controlada.

Todos os meses a Hisnëk faz diferentes combinações dos produtos que compõem as caixas, garantindo lanches sempre novos, de marcas conhecidas no mercado e referência em alimentação saudável.

A Hisnëk está presente em todo o Brasil e cobre 70 mil vidas de funcionários de gigantes como DASA, Alelo e Nokia. A healthtech já recebeu duas rodadas de investimento, totalizando o valor de R$ 360 mil.

Sobre a Hisnëk

A Hisnëk é a primeira startup a desenvolver um benefício corporativo que contempla diversos serviços de saúde e bem-estar para colaboradores. Fundada em 2014 pela economista Carolina Dassie, realiza a curadoria de lanches saudáveis, garante orientação nutricional online pelo time de nutricionistas, além de oferecer conteúdo de saúde mental para os colaboradores e a triagem de educadores físicos que podem auxiliar os funcionários na escolha da atividade física mais adequada para seus objetivos.

A Hisnëk seleciona, cuidadosamente, cada produto que compõe as caixas enviadas mensalmente aos colaboradores, sendo livres de gorduras trans ou hidrogenada e de aditivos químicos, e com porcentagem de açúcar, sódio e gordura controlada. A equipe ainda trabalha na rotatividade dos itens que compõem cada box para sempre haver boas novidades no lanche da tarde.


Bunge ultrapassa a BRF como a maior empresa de Santa Catarina

As 100 grandes empresas catarinenses apresentaram evolução em indicadores importantes como soma de receitas e média de rentabilidade, de acordo com o ranking da Amanhã e PwC.No agronegócio, a Bunge se tornou a maior empresa de Santa Catarina, com BRFna vice-liderança.Ao alcançar uma receita 8,4% superior em 2017, totalizando R$ 38,8 bilhões, a Bunge acabou ultrapassando em faturamento a gaúcha Gerdau, que ainda é a maior empresa da região Sul pelo critério de Valor Ponderado de Grandeza (VPG).Pelo mesmo critério, a empresa tomou o lugar da BRF como segunda maior empresa do Sul.Operando no vermelho desde 2016, a dona das marcas Sadia e Perdigão teve prejuízo de quase R$ 1,1 bilhão no ano passado. Mas ainda ocupa a primeira posição em patrimônio líquido no estado.Ainda no campo do agronegócio, uma novidade importante é o ingresso da Coopercentral Aurora no grupo das cinco maiores de Santa Catarina.A empresa expandiu em 13% a sua receita líquida em 2017, faturando R$ 1,87 bilhões.Assumiu o 5º lugar, deixando para trás a Eletrosul, que viu sua receita líquida encolher mais de 30%.A Parati, fabricante de biscoitos, apresentou um salto de 96 posições no ranking 500 Maiores do Sul.A companhia foi adquirida pela norte-americana Kellogg, em outubro de 2016, por R$ 1,3 bilhão.A Agemed também se fortaleceu entre as 500, avançando 77 posições.No total, o estado passa a ter quatro empresas entre as dez primeiras colocadas no ranking do Sul: Bunge (2º lugar), BRF (3º lugar), WEG (6º lugar) e Engie Brasil(10º lugar).Ainda no ranking das 500, as 121 representantes de Santa Catarina possuem o menor nível de endividamento entre as empresas do Sul, apresentam a maior margem de rentabilidade sobre a receita e o maior índice de liquidez.O ranking completo pode ser conferido clicando aquiVPG* 2017 em R$ milhões:
  1. Bunge Alimentos: 19.912,69
  2. BRF: 19.134,25
  3. WPA Participações e Serviços S/A (Weg): 8.809,07
  4. Engie Brasil Energia S/A (Ex-Tractebel Energia): 6.421,80
  5. Coopercentral Aurora: 4.184,16
  6. Eletrosul Centrais Elétricas S/A: 3.844,74
  7. Celesc e Controladas: 3.764,26
  8. Tupy S/A e Controladas: 2.489,46
  9. Cooperativa Agroindustrial Alfa: 1.634,19
  10. Raizen Mime Combustíveis S/A: 1.614,26
VPG: Valor Ponderado de Grandeza. Resulta da soma de patrimônio (com peso de 50%), receita líquida (40%) e resultado líquido do exercício (10%). 

Em julho ocorreu um aumento de 26,9% nas exportações Catarinenses

Aumento de 26,9% nas exportações Catarinenses

Depois de duas quedas consecutivas, causadas principalmente pela paralisação dos caminhoneiros, as exportações catarinenses voltaram a subir no mês passado. Em julho, as vendas para o exterior cresceram 26,9% em relação ao mesmo período do ano passado, somando US$ 940,05 milhões. Frente a junho, o incremento foi de 27,3%. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços e foram divulgados nesta semana.De janeiro a julho de 2018, Santa Catarina embarcou  US$ 5,08 bilhões, o que o mantém como oitavo maior Estado exportador do país, respondendo por 3,73% do total. Em relação ao mesmo período de 2017, as vendas catarinenses cresceram 3,32%, enquanto que no cenário nacional o desempenho foi de 7,9%.A presidente da Câmara de Comércio Exterior da Federação das Indústrias de SC (Fiesc), Maria Teresa Bustamante, explica que o resultado positivo em julho está relacionado ao câmbio mais favorável, mas principalmente por ser um período de cumprimento contratual, quando as empresas efetuam as vendas:— O primeiro semestre do ano termina com entrega maior de exportações, porque são contratos que começam a ser renovados. O resultado é positivo e continua mostrando a curva de crescimento das vendas, que já está aparecendo desde a comparação de 2017 com 2016.A alta catarinense neste ano foi puxada pela exportação de aves, que registrou crescimento de 18,73% em relação aos sete meses do ano passado. O Estado responde por quase um terço do produto brasileiro vendido ao mercado externo. Já a queda mais acentuada foi o da carne suína (-10%), percentual representativo para Santa Catarina, que detêm metade das exportações do item no país.O diretor-executivo do Sindicato da Indústria de Carne e Derivados em SC (Sindicarne), Ricardo de Gouvêa, afirma que esse decréscimo está relacionado à suspensão da exportação para a Rússia, desde o final do ano passado, país que era destino de cerca de 40% da exportação da carne suína brasileira:— Com a suspensão, nós conseguimos aumentar um pouco a exportação da China, mas em montante menor, então de fato baixou o volume.No entanto, ele reforça que a expectativa é melhorar esse resultado nos próximos meses com a possibilidade de retomada das vendas para Rússia. A exportação de frangos deve continuar no mesmo patamar, apesar do embargo europeu, devido à conquista de outros mercados, como o da China. Diante disso, o país asiático se destaca como o destino com o maior crescimento no acumulado deste ano em relação às exportações catarinenses: 22% (US$ 768,5 milhões).A China só perde para Estados Unidos, que se apresenta como o maior destino dos produtos catarinenses, com 15,64% do total exportado (US$ 793,8 milhões).Importações também sobemAs importações do Estado em julho também tiveram crescimento significativo, de 22,9% em relação ao mesmo mês do ano passado, somando US$ 1,37 bilhão. Com o resultado, Santa Catarina registrou um déficit da balança comercial de US$ 430 milhões. No acumulado do ano, o déficit é de US$ 3,7 milhões. No Brasil, o resultado foi um superávit  de US$ 34 milhões.A presidente da Câmara de Comércio Exterior da Fiesc explica que as importações catarinenses geralmente têm valor mais alto, porque estão muito focadas em insumos e componentes para produção:— O ponto relevante é que as importações são de componentes voltados à produção, o que pode reverter mais tarde para exportações. Significa que o empresariado catarinense está buscando uma matriz de fornecedores e insumos entre fabricantes nacionais e estrangeiros para melhorar a produtividade.Os produtos que mais cresceram em importação no acumulado deste ano em relação ao ano passado foram cobre refinado (31,27%) e fios de filamentos sintéticos (25,74%). (Diário Catarinense)

Combo Atacadista inaugura primeira loja em Araranguá

A Rede Giassi Supermercados inaugura no dia 30 de agosto seu novo canal de vendas: o Combo Atacadista.A primeira loja da nova operação está instalada em Araranguá e terá foco nas negociações de quantidades maiores, tanto para o consumidor final quanto para comerciantes.O modelo é conhecido popularmente como “atacarejo”.O mix de produtos inclui cerca de 8 mil itens contendo grandes marcas reconhecidas no setor.Além dos tamanhos comuns nos supermercados e da venda por unidade para atender o cliente que deseja abastecer a casa serão comercializadas embalagens com volumes maiores destinadas a transformadores, como panificadoras, restaurantes, lanchonetes e bares e pequenos comerciantes que atuam como revendedores, entre eles supermercados, minimercados e lojas de conveniência.O atacarejo tem algumas características distintas do varejo tradicional, com estrutura mais simples, que acomoda parte dos estoques na própria prateleira.De acordo com o diretor-presidente da rede, Zefiro Giassi, a região tem potencial para este tipo de negócio:“Sentimos a necessidade do consumidor e decidimos atender a esta demanda”, justifica ele. “Na década de 1960 instalamos nosso primeiro atacado em Araranguá, que funcionou por quase 20 anos. Depois, o mercado passou por transformações que exigiram o modelo de varejo. Agora estamos retomando a atividade com mais atrativos”.A estrutura soma 5.200 m2 de área de vendas e 13.000 m2 de área construída, 20 checkouts e mais de 380 vagas de estacionamento.O evento de inauguração está marcado para as 9h.Televendas facilita negociações com comerciantesPara os comerciantes, um canal de atendimento exclusivo do Combo Atacadista agilizará ainda mais os orçamentos e pedidos.Por meio do telefone (48) 3521-4700 e do e-mail [email protected] será possível solicitar cotações e negociar os produtos.Os pedidos serão separados e estarão prontos para retirada quando o cliente chegar à loja para efetuar o pagamento.A rede também aceitará diversos cartões de débito e crédito, e terá ainda cartão próprio para pessoa física e jurídica.Sobre o GiassiA Rede Giassi Supermercados completou em julho seus 58 anos de atuação.No varejo conta com 15 lojas localizadas em dez cidades catarinenses e emprega mais de 6 mil funcionários.Para o próximo ano o plano de expansão prevê a abertura de mais lojas do Combo.

Cristiano Ronaldo CR7 - Abre o Restaurante Casa Aveiro by Dolores em Gramado

“Casa Aveiro by Dolores” abre em 09/07/18 e cardápio conta com receitas portuguesas da mãe do craque

O restaurante do craque Cristiano Ronaldo, eleito pela FIFA “Melhor jogador do mundo” por cinco vezes, inaugura na próxima segunda (9), em Gramado, na Serra Gaúcha.
restaurante cristiano ronaldo em gramado
Casa Aveiro by Dolores tem capacidade para 200 pessoas
A casa inclusive é o primeiro restaurante da culinária portuguesa da cidade. O nome escolhido é Casa Aveiro by Dolores, fruto da parceria da família de Cristiano Ronaldo com a Gramado Parks e a Chocolate Lugano. Com capacidade para 200 clientes, a casa aposta nas receitas de Dolores Aveiromãe de CR7. A matriarca dos Aveiro sustentou como cozinheira a família durante anos no Funchal, capital da Ilha da Madeira e origem do clã.
 Bacalhau de natas
Croquete de carne com chouriço
Croquete de carne com chouriço
bolinho de bacalhau restaurante cristiano ronaldo
Bolinho de bacalhau
Salada de bacalhau.
Salada de bacalhau
arroz de polvo restaurante cristiano ronaldo
Arroz de polvo
Todo esquema tático está sendo comandado pela irmã de Cristiano Ronaldo, a cantora Kátia Aveiro, que também tem habilidades na cozinha. Junto com a mãe escreveu um livro com as receitas da família – a maioria delas disponível no restaurante da cidade sede do Festival de Cinema, primeiro empreendimento da família fora de Portugal.
restaurante cristiano ronaldo gramado

Casa tem carta de vinho focada em rótulos de Portugal

Com a supervisão da mãe, para desenvolver o cardápio Kátia contou ainda com a consultoria do chef Eduardo Natalício, também responsável pelo menu do Rasen Platz – empreendimento que também conta com a chancela da Gramado Parks e da Chocolate Lugano, especializado na gastronomia germânica.No menu do Casa Aveiro by Dolores estão diversas opções de pescados e também carnes, além de uma carta de vinhos com diversos rótulos de Portugal, entre outros países. O bacalhau à Brás, prato favorito de Cristiano Ronaldo, desponta como uma das estrelas do cardápio, rebatizado como “Bacalhau CR7”.
restaurante cristiano ronaldo gramado

Decoração do restaurante de Cristiano Ronaldo

O cardápio é dividido entre pratos do mar e da terra. Entre os primeiros estão iguarias como o arroz de polvo bacalhau às natas e atum assado. Já entre os pratos à base de carne, destaque para  o “Pica-Pau”, prato típico da Ilha da Madeira centrado em um suculento filé mignon ao vinho Madeira com cogumelos e batatas rústicas, ossobuco estufado e bife com natas e cogumelos.Para abrir o apetite tem petiscos como camalhau – bolinho de camarão com bacalhau -, croquete de carne com chouriço, lula crocante e porção de frutos do mar à dorê – lula, camarão, mexilhão, peixes e polvo. Para finalizar, pastel de nata com sorvete, pudim de maracujá e arroz doce, entre outras sobremesas.A arquitetura do local une o rústico com o moderno. Em meio a pedras portuguesas, azulejos e fotografias, a ideia é criar uma atmosfera familiar, refinada, aconchegante e contemporânea. Uma das atrações da decoração do salão principal é um mural de azulejos portugueses retratando a imagem da família Aveiro, destaque, claro, a esse ícone do futebol mundial que agora também imprime sua ousadia fora de campo.

Mosaico de azulejo retrata a família Aveiro

Serviço Av. Borges de Medeiros, 2507 – Centro – Gramado, Serra Gaúcha, RS.Horário de funcionamento: todos os dias, das 11h30min à meia-noite.

Joinville lidera potencial de consumo no Estado

Joinville lidera potencial de consumo no Estado

Joinville passa a liderar o potencial de consumo do Estado de Santa Catarina, ultrapassando Florianópolis no ranking do estudo anual da IPC Marketing, que faz retrato anual de todas as cidades brasileiras em relação ao comportamento da população de cada local em relação à compra de bens e serviços. Desde 2011, a Capital ficava à frente no ranking. O estudo revela as características de compras detalhando valores estimados para 22 categorias em todos os municípios brasileiros.

A população de Joinville deve gastar R$ 19,68 bilhões neste ano. O valor corresponde a 0,44297% de share de mercado, posicionando o município na 23ª colocação nacional. Curiosamente, no entanto, o share (participação de mercado) de Joinville era maior em 2017: 0,45360% do bolo nacional.

Isso significa que, mesmo subindo no ranking estadual de consumo neste ano, a cidade perdeu posição relativa no contexto brasileiro. Aliás, a capital do Estado desceu muito mais: de 0,47031% em 2017 para 0,41754%. Pelas contas da IPC Marketing, Florianópolis é o 27º município com maior potencial de consumo de todo o país. Blumenau aparece na terceira posição de SC, com com pouco mais da metade do índice de potencial de consumo de Joinville: 0,28644%. E aparece no 47º lugar dentre os mais de 5.500 municípios brasileiros. 

As razões A liderança de Joinville pode ter várias explicações: a mais lógica é o projetado maior dinamismo da economia, comparativamente a anos anteriores. Razão complementar é a ascensão de profissionais no mercado de trabalho para posições mais valorizadas e que remuneram mais do que a média, apesar de ainda ser uma cidade marcadamente fabril. Outro motivo decisivo é o tamanho da população, o que garante massa salarial maior e, portanto, consumo maior. 

A ascensão de Joinville também se evidencia ao conferirmos o grande recuo de share de Florianópolis.

No Estado O estudo da IPC Marketing informa que neste ano os catarinenses vão consumir R$ 213,97 bilhões. O montante representa 4,81438% de participação do bolo nacional. Com população de 7,09 milhões de habitantes, SC aparece, então, como o sétimo em potencial de consumo no contexto brasileiro. 

Por classes sociais Em Joinville, a distribuição de compras por classe socioeconômica reafirma que somos uma sociedade marcada pela predominância de pessoas enquadradas nas classes B e C. São elas, majoritariamente, que garantem o giro da roda da economia.  A estratificação nos mostra, ainda, que  os joinvilenses cada vez mais evoluem economicamente. Se há alguns anos o consumo era bem dividido entre as pessoas das classes B e classe C, em 2018 isso mudou. O levantamento do IPC Marketing nos conta: os joinvilenses da subclasse B1 poderão gastar R$ 2,91 bilhões, e os da subclasse B2 tendem a gastar R$ 6,42 bilhões, totalizando mais de R$ 9,3 bilhões. Já as pessoas com renda correspondente à classe C devem consumir um valor próximo a R$ 6,77 bilhões neste ano.

Por categorias A manutenção do lar surge, disparado, como principal fonte de despesas dos joinvilenses: o gasto previsto para o ano soma R$ 5,23 bilhões em Joinville.  O item alimentação no domicílio é o segundo mais relevante na cesta de despesas, independentemente de qual seja a cidade. Em Joinville, deverá ser de aproximadamente R$ 1,92 bilhão. Isso é natural. A subsistência das famílias, óbvio, é prioridade.  O terceiro fator de elevados gastos é com veículo próprio. A  locomoção e todos os seus elementos (combustíveis, seguro, consertos, entre outros) exigem despesas de R$ 1,3 bilhão por parte dos joinvilenses. O quarto elemento mais destacado, também acima de R$ 1 bilhão em consumo, é o de materiais de construção. 

Cidades do Norte Jaraguá do Sul surge como oitavo município catarinense com maior potencial de consumo. Para este ano, a IPC Marketing prevê para lá gastos que representam 0,134548% do bolo total do País; logo depois de Criciúma e à frente de Palhoça no ranking estadual. São Bento do Sul é a 14ª da lista. São Francisco do Sul aparece na 30ª posição dentre os 295 municípios de SC. Araquari está no 47º lugar e Itapoá, na posição de número 70.  

Participação Isso significa que os seis mais importantes municípios da região Norte de Santa Catarina concentram 0,697% da totalidade do potencial de consumo do País. Então, pelas projeções, juntos vão colocar no mercado R$ 30,7 bilhões. 

Tabela 1 Potencial de consumo de 2018  Santa Catarina Valor estimado dos gastos: R$ 213,97 bilhões. Participação sobre o IPC do Brasil: 4,81438%. Ranking nacional: 7º lugar. Principal item de consumo da população – manutenção do lar: R$ 52,76 bilhões. Classe socioeconômica predominante – B2: R$ 62,7 bilhões em consumo.

Tabela 2 Potencial de consumo 2018 Joinville: Valor estimado dos gastos: R$ 19,68 bilhões. Participação sobre o IPC do Brasil: 0,44297%. Ranking estadual: 1º lugar. Ranking nacional: 23º lugar. Principal item de consumo da população – manutenção do lar: R$ 5,23 bilhões. classe socioeconômica predominante – B2: R$ 6,46 bilhões.


McDonald’s - lança o revolucionário hambúrguer de carne fresca

A maior empresa de restaurantes dos Estados Unidos abandonou o Quarteirão com carne congelada em suas 14.000 unidades americanas

Nova York – Faz mais de 60 anos desde que o empresário Ray Croc lançou as bases que fizeram da  rede de lanchonetes McDonald’s um fenômeno. Eles incluem combos promocionais, processos padronizados e ingredientes industrializados – como batatas cortadas de fábrica e hambúrgueres congelados. As batatas continuam as mesmas de sempre, mas a companhia lançou nos Estados Unidos seu primeiro sanduíche feito com carne fresca – uma nova versão do bom e velho Quarteirão.
O produto já vinha sendo testado aos poucos desde 2016, mas passou a ser vendido em larga escala em março deste ano, quando foi disponibilizado em cerca de 3.500 localidades no país. No início de maio o produto ficou disponível em todas as 14.000 unidades do país.EXAME provou o sanduíche em Nova York, onde chegou em abril. Promoções no aplicativo do McDonald’s convidam os clientes a experimentar o hambúrguer por 2 dólares (o preço original é pouco mais de 4). “Pegue um guardanapo. Você vai precisar”, diz um dos cartazes promocionais. De fato, o Quarteirão fresco é mais suculento e saboroso que o sanduíche congelado, com um sabor que até lembra o de hamburguerias bem mais caras.O McDonald’s afirma que a velocidade da rede não será comprometida, uma vez que os hambúrgueres frescos cozinham mais rápido que os congelados. Se tudo der certo, um sanduíche leva cerca de 2 minutos para ser preparado.Além do Quarteirão (chamado de quarter pounder nos Estados Unidos), também passaram a levar hambúrgueres frescos os sanduíches premium da marca, da linha Signature. É a mesma linha que traz os lanches da Copa no Brasil — embora os hambúrgueres frescos ainda não tenham previsão de chegada no mercado brasileiro.“A mudança para a carne fresca nos hambúrgueres do Quarteirão é a mais significativa em nosso sistema de restaurantes e operações desde o All Day Breakfast [linha de café da manhã lançada em 2015]”, disse o presidente do McDonald’s nos Estados Unidos, Chris Kempczinski, na nota de lançamento em março.Atrás da concorrênciaO McDonald’s não é, nem de perto, a primeira rede de fast food a testar os hambúrgueres frescos. O processo, na verdade, é a grande marca registrada do concorrente Wendy’s, que usa carne fresca nos sanduíches desde sua fundação em 1969.O Wendy’s — que abriu suas primeiras filiais no Brasil em 2017 — é a quarta maior rede de fast food dos Estados Unidos. O McDonald’s lidera, seguido pela rede de café Starbucks e pelo Subway, que vende sanduíches personalizados pelo cliente.Dados da consultoria Mintel mostram que 74% dos consumidores estão interessados em comer hambúrgueres feitos com carne fresca, e que a maioria dos clientes aceitaria pagar mais por um produto desse tipo.“Os consumidores associam comida fresca com saúde e qualidade, ainda que provavelmente não percebam os novos hambúrgueres como sendo saudáveis”, diz Caleb Bryant, especialista em foodservice da consultoria Mintel.A mudança exige adaptação na logística das unidades, já que o hambúrguer não-congelado é mais frágil e suscetível a contaminação.Há alguns episódios problemáticos na combinação fast food e produtos frescos: no Chipotle, rede de comida mexicana que trabalha com uma grande gama de ingredientes frescos, episódios de contaminação levaram à queda do fundador e então presidente Steve Ells no ano passado.Outro que sentiu na pele a complexidade logística foi o KFC, rede que vende produtos à base de frango. Em fevereiro deste ano, a empresas teve de paralisar a operação em mais de 500 das 900 unidades no Reino Unido porque um novo fornecedor, cujo contrato havia sido fechado meses antes, não conseguiu entregar carne suficiente.Em 2016, o presidente do McDonald’s, Steve Easterbrook, disse que não existia um fornecedor de carne fresca capaz de suprir a demanda da marca nos Estados Unidos, e por isso a mudança teria de ser feita de forma gradual.Neste ano, em entrevista ao site Business Insider após o lançamento do novo Quarteirão, Easterbrook disse que “é possível” que os outros hambúrgueres também passem a levar carne fresca, mas que a empresa ainda está fazendo testes.“A rede de fornecedores de todos esses grandes restaurantes é extremamente otimizada, e qualquer grande mudança requer muito planejamento”, diz Bryant, da Mintel. O especialista acredita que é justamente o tamanho da cadeia do McDonald’s que o fez demorar a implementar os produtos com carne fresca e lembra que o Wendy’s já vêm aprimorando essa logística há quatro décadas. “O Wendy’s já organizou sua rede de fornecedores para esse fim.”Desde o anúncio da carne fresca do McDonald’s, o Wendy’s vem fazendo uma série de provocações nas redes sociais. Uma sequência de postagens no Twitter da empresa lembrava que os demais sanduíches do Mc, como o Big Mac, continuariam sendo feitos com carne congelada. Em um comercial no Super Bowl, final do campeonato de futebol americano e um dos eventos com maior audiência no mundo, o Wendy’s brincava que “o iceberg que afundou o Titanic também era congelado”, fazendo referência ao lendário acidente com o navio britânico em 1912.Em nota a EXAME, o McDonald’s afirmou que “está sempre evoluindo” e “trabalhando de perto” com os fornecedores no processo de transição para a carne fresca, e que “elevou os já existentes padrões de qualidade da comida e procedimentos de segurança”. Entre as mudanças, os fornecedores passaram a utilizar novas geladeiras especializadas para manter a temperatura da carne ainda que sem o congelamento. A empresa afirma que é o mesmo tipo de parceria que vem sendo realizada na transição para os ovos cage-free (com galinhas que não são criadas em gaiolas) e no uso de manteiga ao invés de margarina nos produtos de café da manhã.Conquistando os millenialsA novidade da carne fresca é mais uma na série de tentativas do McDonald’s para gradualmente deixar para trás a imagem de comida de baixa qualidade. Desde que Steve Easterbrook foi nomeado presidente, em 2015, a empresa vem tentando promover projetos para diversificar e melhorar o cardápio, como a opção de saladas, café da manhã e frango sem hormônios.O desafio é agradar consumidores cada vez mais preocupados com alimentação saudável, variedade e qualidade da comida. Uma pesquisa de 2014 da Mintel mostrou que 42% dos millenials (de idades entre 20 e 37 anos) não confiam em grandes corporações alimentícias, uma taxa que é de apenas 18% entre os não-millennials.“O bom preço e a conveniência ainda vão continuar sendo muito importantes. Mas só isso não é mais suficiente”, diz Patricia Smith, especialista em nutrição e mercados de fast food na Universidade de Michigan-Dearborn. “As redes de fast food não querem parecer todas iguais. Por isso elas vêm tentando desenvolver produtos que as diferenciem das demais e atraiam a fidelidade do cliente.”O McDonald’s terminou o ano passado com o menor faturamento anual desde 2009, de 22,8 bilhões de dólares. De olho nas mudanças do mercado, a rede lançou em 2017 um plano de crescimento batizado de “Velocidade”, cujos três pilares são “manter”, “reconquistar” e “converter”. O McDonald’s afirma querer manter os clientes já fiéis, expandindo sua área de atuação, enquanto quer reconquistar os clientes que perdeu. Para chegar lá, quanto mais carne com gosto de carne, melhor.Fonte: Exame

Joinville - Cresce Número de Microempreendedores Individuais

Até abril de 2018 foram formalizadas 1,79 mil MEIs na cidade, um aumento de 23% em relação ao ano passado

O número de microempreendedores individuais (MEIs) cresceu 23% em Joinville nos primeiros quatro meses do ano frente ao mesmo período de 2017. Segundo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), 1.791 negócios deste tipo foram formalizados até abril.O crescimento mostra uma recuperação após o governo federal cancelar o CNPJ de 4.023 microempreendedores individuais em janeiro. Os principais motivos foram a inadimplência ou por falta da Declaração Anual Simplificada referente aos anos de 2015 e 2016. Com o acréscimo dos primeiros meses, a cidade tem atualmente 24.389 MEIs.Aline Ribeiro da Silva, 32 anos, apostou no próprio negócio. Ela começou a produzir no ano passado o kombucha – bebida probiótica obtida a partir da fermentação do chá mate com açúcar. Após começar a vender o produto, largou o emprego como maquiadora para se dedicar ao novo empreendimento.Os objetivos ao se inscrever como MEI, destaca, foram as taxas menores e a isenção de impostos federais. A microempreendedora paga menos de R$ 50 por mês – incluindo a contribuição para a previdência – e tem acesso a linhas de crédito com taxas de juros especiais.– Lógico que, se eu não abrisse o MEI, não pagaria os impostos, mas não poderia entrar em alguns pontos de venda que hoje eu tenho. Dependendo do lugar, eles pedem algumas informações que só quem tem o CNPJ consegue – explica.Auxílio para quem começou a empreenderAline buscou o Sebrae em fevereiro para abrir MEI e hoje conta com 10 pontos de venda do produto em Joinville. De acordo com ela, o serviço de apoio ajuda com cursos gratuitos de capacitação para os microempreendedores, o que auxilia a manter o profissionalismo e a sustentabilidade do negócio.– Quando você não tem um MEI, o crescimento fica muito mais restrito. Para mim, essa era a maior dificuldade – acrescenta.Para os interessados em se tornar um microempreendedor individual, Aline sugere como primeiro passo buscar apoio, como o ofertado pelo Sebrae. Além disso, ela defende que é preciso se organizar financeiramente para que seja possível ver os resultados claramente.Os pré-requisitos para se formalizar são ter um faturamento bruto anual de até R$ 81 mil; não ser sócio ou titular de outra empresa; não possuir filial; ter o máximo de um empregado; e estar enquadrado em uma das 400 atividades permitidas por lei.Programação oferece oficinasO Sebrae realiza nesta semana uma série de oficinas para capacitar os microempreendedores individuais formalizados e aqueles interessados em abrir um MEI em Joinville. A programação é gratuita e vai até sábado. As inscrições podem ser feitas pessoalmente, pelo site do Sebrae ou pelo telefone 0800-570-0800.O objetivo é oferecer informações e treinamento para que os microempreendedores tenham sucesso em seus negócios. Um levantamento do Sebrae mostra que 77% de todos os empreendedores autônomos brasileiros que faturam até R$ 81 mil por ano nunca fizeram um curso ou treinamento em finanças. A pesquisa ouviu mil pessoas entre 14 e 26 de abril.Segundo o coordenador da regional Norte do Sebrae, Jaime Dias Júnior, a semana de formalização tem oficinas de como vender ou comprar melhor, além de gerir as finanças. Ele explica ainda que, apesar dos processos de abertura de empresa serem facilitados, não significa que o empreendedor não precisa trabalhar um pouco de gestão e se preparar para aquilo que vai abrir.– Por exemplo, eles usam a mesma conta para pagar o colégio das crianças e a luz, comprar a matéria-prima para a empresa. Eles não gerenciam o fluxo do caixa, misturam o dinheiro e isso acaba fazendo com que se percam na gestão do negócio – explica.As oficinas foram desenvolvidas para esse público e cada uma tem duração de três horas.MEIs podem emitir notas fiscaisO microempreendedor individual pode emitir notas fiscais, vender para órgãos públicos, vender utilizando cartões e emissão de boletos, ter acesso a linhas de créditos, pagamento unificado e simplificado de impostos e a cobertura previdenciária, entre outros benefícios. Mais informações podem ser encontradas nos sites do Sebrae e do Portal do Empreendedor.Dicas para o negócio:Busque informações e ferramentas para auxílio ao microempreendedor no Sebrae Conheça bem o mercado fornecedor Conheça o mercado consumidor em que estará envolvido Saiba quem são os seus concorrentes Busque entender sobre controle financeiroFonte: Coordenador da regional Norte do Sebrae, Jaime Dias Júnior

JUCESC - Abertura de Empresas Cresce em SC

Abertura de empresas cresce 22,3% em Santa Catarina

Desempenho de SC em 2017 é o melhor em pelo menos cinco anos e supera índice de fechamentos, apontam dados da Jucesc e Secretaria de Desenvolvimento Econômico

Abertura de empresas cresce 22,3% em Santa Catarina  Marco Favero/Diário Catarinense

O músico Leonardo Lima, 28 anos, sempre teve o sonho do próprio negócio. Chegou a vender bolos, de modo informal, mas a oportunidade de abrir uma empresa veio no ano passado, com a oferta de uma pastelaria e tapiocaria em Florianópolis. Com o pai, Roberto Carlos Pelissari, comprou o ponto. Em cerca de 40 dias, o comércio começou a funcionar com novo CNPJ. A microempresa alimentou a expectativa de crescimento.

— Sempre tive vontade de empreender, só estava vendo o que era mais viável. A gente está no começo, mas já planeja abrir filial dentro de algum tempo — planeja o empresário Lima, que além do sócio, conta com dois funcionários.Lima diz que o cenário está propício para novos negócios em Santa Catarina. E os números confirmam: em 2017, a abertura de empresas cresceu 22,3% no Estado, maior incremento desde 2012. Os dados da Secretaria de Desenvolvimento Econômico Sustentável e da Junta Comercial de SC (Jucesc) apontam 96,5 mil novos cadastros no ano passado, incluindo os microempreendedores individuais (MEIs).Para o analista técnico do Sebrae em Santa Catarina Cláudio Ferreira, o incremento pode estar relacionado principalmente à maior confiança na economia, diante da melhoria dos indicadores. Mas acrescenta que a crise também impacta nesse cenário:— Tem resquício de pessoas que foram demitidas, depois de anos de crise, que veem no empreendedorismo uma alternativa.O presidente da Juscesc, Julio Cesar Marcellino Jr., além da situação econômica mais favorável, aponta algumas ações que desburocratizaram a abertura de novos negócios no Estado. Ele cita, como exemplo, o programa lançado no final do ano passado que digitalizou parte do processo.– Antes, para abrir uma empresa, você levava vários dias. Agora leva 40 minutos. É um conjunto de fatores de ordem econômica, administrativo, tributário que tem uma relação direta com esse incremento – acredita Marcellino Jr.Cai extinção de negóciosApós dois anos de alta, o número de empresas fechadas voltou a cair. Entre 2016 e 2017, 84,6 mil negócios foram extintos em SC. Apesar do número elevado, o resultado representou queda de 7,8%. Além disso, o índice de empresas abertas voltou a ultrapassar o de extintas, o que não ocorria desde 2014.Segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico Sustentável, Carlos Alberto Chiodini, o Estado simplificou o processo de fechamento e tornou a base de dados mais fiel. Já Marcellino Jr. afirma que a facilidade também influencia positivamente:— Muitos tinham dificuldade em abrir nova empresa, porque não conseguiam baixar a outra. Boa parte das extinções são dos que empreenderam em novos negócios.Fonte: ANotícia
 

O fundador da Fogo de Chão fecha os olhos para a crise e investe para ganhar terreno

Quando estava prestes a assinar o contrato para abrir dois novos restaurantes em Florianópolis (SC), o empresário Arri Coser viu no noticiário as denúncias de Joesley Baptista, da J&F, que envolviam pagamento de propina a ninguém menos que o presidente Michel Temer.“Olhei para o meu sócio e falei: ‘fecho o olho e continuo, ou pego o avião de volta?’. Decidi continuar”. O episódio mostra como Coser, dono da rede de churrascarias NB Steak e da rede de pizzarias Maremonti, vê o mundo dos negócios: “Tem uma hora que a gente tem que fechar o olho e acreditar naquilo que faz”.
Depois de vender a rede de churrascarias Fogo de Chão e embolsar, junto com o irmão, Jair, estimados 200 milhões de dólares em 2011, Arri tirou um período sabático e voltou ao mercado em 2013, quando criou a NB Steak.
No ano seguinte, comprou parte da Maremonti, da qual detém hoje 100% de participação. O conforto financeiro, evidentemente, ajuda a passar por momentos de crise. “No meio da crise, ter capital financeiro e humano faz toda a diferença”, diz. Coser concedeu a seguinte entrevista a EXAME Hoje. A NB Steak e a Maremonti seguem expandindo o número de unidades e mantiveram o investimento em marketing. Por que o senhor decidiu investir mesmo durante a crise?Quando há crise, é preciso entrar no que você conhece mais. Em 2013 entramos no grupo NB Steak, e em 2014 entramos na Maremonti. Juntamos os dois grupos e expandimos. Tem uma hora que a gente tem que fechar o olho acreditar naquilo que faz, olhar para dentro da empresa e continuar investindo. Trazer as melhorias de tecnologia e gestão que já eram conhecidas e implementar nesses novos grupos. Recentemente, em Florianópolis, estava para assinar novas unidades na NB e na Maremonti. E foi o dia que o Joesley falou [sobre os áudios de pagamento de propina envolvendo o presidente Michel Temer]. Olhei para o meu sócio e falei: “fecho o olho e continuo, ou pego o avião de volta?”. Decidi continuar. E isso te leva a resultados bons e a alguns errados.Que resultados bons foram esses?Em quatro anos de crise deu para se posicionar muito bem. Só nos próximos 90 dias temos três aberturas programadas. São mais de 1 milhão de clientes, e um número que segue aumentando. O meu negócio tinha um faturamento de 10 milhões, e esse ano a gente atingiu 120 milhões. Nos últimos anos ganhamos prêmios, reconhecimento pela qualidade italiana da Maremonti, reconhecimento do Michelin… O NB também ganhou melhor rodízio, empreendedor do ano. Então, estamos no caminho certo, e tendo o reconhecimento no dia-dia.Quais as vantagens de investir em tempos de crise? Não seria melhor esperar? Uma coisa que aconteceu nos últimos dois anos, três anos, é que sobraram pontos mais baratos nas cidades. Aproveitamos para fazer uma expansão maior com menos de dinheiro — cresceu o número de clientes, cresceu a receita. Na parte imobiliária, paramos de comprar em 2010, mas agora, já acho que está na hora de comprar de novo. Antes, comprávamos um imóvel a 20 e alugávamos a 150. Hoje, compramos a 10 e alugamos a 80. O retorno está sendo maior, você constrói com a metade do preço o que você construía em 2010.Em que mais ficou mais fácil investir na crise? Na crise, a pessoa vai comprar produtos mais baratos e esquece o premium. A gente fez o inverso: passou a comprar produtos mais premium para usar no restaurante e posicioná-lo. As empresas também tiram verba de marketing, mas a nossa passou a investir nisso, em estar presente em mídia, para construir a marca. Quando há dez pessoas anunciando, você é visto de uma maneira; quando tem 100, é visto de outra maneira.Por outro lado, o que foi preciso cortar? O que cortamos foi a quantidade de pessoas. Cortamos 25% do pessoal e conseguimos fazer um trabalho melhor, investindo em qualificação. Também ganhamos tecnologia na área administrativa e de controle.Claro que há riscos nessa estratégia de ‘fechar o olho’ e investir mesmo num cenário adverso. Quais os principais?Nadar contra a correnteza sozinho nem sempre é fácil. Nos treinamentos em cada semestre, eu passo em todas as lojas para falar com todos os colaboradores. Falei que, quanto mais olharmos para dentro da nossa empresa, vamos corrigir mais erros. Nós como empresas não precisamos depender do governo, não temos que ficar olhando Brasília. Mas acho que o fluxo pode melhorar. Qualquer espirro que o Brasil dá já melhora, no dia seguinte já vemos resultado.Como escolher a cidade onde abrir uma nova unidade, especialmente neste momento em que os clientes controlam mais os gastos?Olhamos para poder de compra, quantidade de concorrência, hábito das pessoas. Todo mundo que tem 150 reais é meu cliente. Ele pode ir na Maremonti e gastar 100 ou ir na NB com ticket de 100 reais. Claro que quem vem mais vezes no restaurante é classe A, mas temos todas as classes que atendemos da mesma forma. O A vai vir quatro vezes; o B e o C podem vir no aniversário; o D pode vir no aniversário da mãe. Então, existe um fluxo que se mantém. Nenhum negócio é feito de uma pirâmide só de AA. É posicionar o marketing e como o cliente vê o negócio.Ter experiência de 40 anos nesse mercado ajuda a sofrer menos na crise? Os governos são sempre iguais, entram para tomar e com imposto para pagar. Mas o mercado mudou, com mais competição. Só quem faz um trabalho diferenciado tem um posicionamento diferente. Estamos tendo oportunidade de posicionar agora para crescer depois de 2020. O Brasil vai existir daqui a 10 anos? Claro. Até porque, se o Brasil descer, a América Latina desce inteira… Então, se fechar o olho e acreditar que o Brasil vai estar de pé, vai dar certo.Fonte: Exame

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