EMPREGO DOS SONHOS?

SERASA CONTRATA PROFISSIONAL PARA VIAJAR O PAÍS E OFERECE R$ 100 MIL POR ANO

Funcionário vai viajar por 40 cidades e escrever histórias sobre finanças

Mochila, viagem, turismo (Foto: Reprodução/Pexels)

O SerasaConsumidor, da Serasa Experian, oferece um verdadeiro emprego dos sonhos para profissionais que gostam de viajar, escrever, ouvir boas histórias e fazer vídeos e fotos. A oportunidade é para um funcionário que viajará por 40 cidades ao redor do Brasil para ouvir e contar histórias de realidade financeira. Em um ano, a remuneração total será de R$ 100 mil, além de benefícios de transporte, hospedagem, alimentação e plano de saúde.No dia a dia, o contratado será responsável por atividades como entrevistar consumidores, entender os principais motivos que trazem problemas relacionados a finanças, produzir conteúdo, fazer cobertura fotográfica, elaborar publicações e transmissões ao vivo nas redes sociais.O processo de seleção será totalmente digital. As fases incluem questionário de múltipla escolha, criação de vídeo, voto popular para a seleção dos finalistas e entrevista por Skype.Os interessados precisam ter mais de 18 anos de idade, carteira de trabalho e disponibilidade para viajar de 4 de setembro deste ano a 31 de agosto de 2018.As inscrições podem ser feitas até o dia 13 de agosto no site.Fonte: PEGN

Visa oferece US$ 10 mil a restaurantes...

Que pararem de aceitar pagamento em dinheiro

Empresa de cartão de crédito quer alavancar operações com outros meios de pagamento, como cartão e celular

Cartão de crédito Visa (Foto: Jason Reed/Reuters)
A gigante do cartão de crédito Visa aumentou a ofensiva contra o dinheiro em espécie. A empresa vai lançar um programa que prevê até US$ 10 mil para restaurantes e cafés de pequeno e médio porte parem de aceitar dinheiro como forma de pagamento, forçando o uso dos canais digitais.
O programa, chamado “Desafio Visa sem dinheiro”, tem até US$ 500 mil para serem distribuídos a 50 negócios dos Estados Unidos que se comprometerem a aderir a um formato de pagamento 100% sem dinheiro em espécie. O valor de US$ 10 mil deve ser usado pelo estabelecido para investir em tecnologias.“Na Visa, acreditamos que, onde quer que se esteja, deve ser fácil pagar e ser pago em mais maneiras que nunca, seja um telefone, um cartão ou outro dispositivo. Com a expectativa de que 70% do mundo, ou mais de cinco bilhões de pessoas, estejam conectados por celular até 2020, temos uma oportunidade incrível de educar comerciantes e comerciantes sobre as vantagens de uma cultura sem dinheiro”, disse, em comunicado, Jack Forestell, chefe de soluções de mercado da Visa.Para processar as compras, as empresas de cartão de crédito cobram uma taxa de administração, que abocanham parte dos lucros do varejo. Para as companhias, quanto maiores forem as compras dos consumidores pelo cartão, maior é seu ganho.A cultura de uma sociedade sem dinheiro vem ganhando espaço. As lojas físicas da Amazon, por exemplo, não aceitam pagamento em dinheiro. Aplicativos e programas para pagamento têm crescido também.Dados da consultoria Nilson apontam que as compras em dinheiro representam cerca de 30% dos gastos no varejo dos Estados Unidos.Fonte: Época Negócios

BNDES lança portal para Micro, Pequenas e Médias Empresas

Novo site do banco para o setor faz simulação de financiamento com passo a passo para contratação de crédito

Paulo Rabello de Castro: ele deixa o IBGE para assumir o BNDES (Foto: Agência O Globo)
Anunciado como uma alternativa para novos empreendedores, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lançou nesta segunda-feira um novo programa de financiamento a micro, pequenos e médios empresários.Pela primeira vez, o BNDES vai se comunicar diretamente com o empreendedor interessado em suas linhas de crédito, o que até hoje só ocorria, indiretamente, por meio de agentes financeiros repassadores dos recursos do banco de fomento.
A nova ferramenta, batizada de "Canal do Desenvolvedor do MPME", uma plataforma na internet (bndes.gov.br/canal-mpme), vai contar com também a participação do Banco do Brasil (BB) e da Caixa Econômica Federal (CEF), além de instituições privadas interessadas.A ideia, segundo o presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro, é ter um facilitador para disseminar informações que ajudem na concessão de novos financiamentos.— Nós temos que dar acesso a qualquer brasileiro que queira ter recursos, independente do seu grau de bancarização. É uma plataforma 'ônibus', é pra todo mundo entrar — afirmou Rabello, em evento que marcou o lançamento do novo portal.A negociação sobre taxas de juros, por exemplo, será feita da maneira clássica entre possíveis tomadores de crédito e quem empresta o recurso.— Você veja que o canal apenas apresenta as instituições financeiras, da área de cooperativas de crédito e até bancos de desenvolvimento, que podem viabilizar essa ou aquela operação. O BNDES, diretamente, não vai apresentar nenhuma operação financeira. Ele apenas apresenta a instituição financeira, a taxa que está acoplada àquela linha dentro do BNDES. O BNDES sabe qual é a taxa que ele mesmo aplica. O proponente pode até usar a taxa máxima por nós sugerida porque é uma mera simulação — explicou o presidente do BNDES, para completar: — De posse daquilo, ele (cliente) vai sentar na frente do gerente a, b ou c e dizer 'olha, a taxa tá muito alta' e começar a tentar reduzir. Aí, vai entrar a etapa que é de relacionamento com o banco.Segundo levantamento feito pelo Núcleo de Jornalismo de Dados do Globo, no ano passado, apenas 13 companhias abocanharam financiamento de R$ 12 bilhões, 51% do montante contratado em operações diretas e indiretas não automáticas, que são aquelas com valores superiores a R$ 20 milhões e nas quais é necessária análise prévia da diretoria do BNDES.Fonte: PEGN

Enquanto uns choram, a MRV acelera. Como?

Por que a incorporadora MRV ganha tanto dinheiro, enquanto a maioria de seus concorrentes luta para se manter

Um imenso clarão foi aberto nos últimos meses em Pirituba, bairro de classe média na zona norte de São Paulo. Nesse terreno, que tem 169 000 metros quadrados — tamanho equivalente a cerca de 20 campos de futebol —, vai ser construí-do um dos maiores empreendimentos imobiliários do país. O plano é que ele tenha 7 300 apartamentos, de 37 a 44 metros quadrados, divididos em 48 prédios, além de uma creche e uma base da Polícia Militar. Estima-se que 25 000 pessoas morarão ali quando as obras terminarem.
Quem acompanha o momento atual do mercado imobiliário, que vive uma de suas piores crises no Brasil, pode achar que começar algo desse tamanho justamente agora não faz o menor sentido. Milhares de imóveis novinhos estão encalhados nas grandes cidades do país porque faltam interessados com condições de comprá-los. Pirituba é quase uma metáfora do que acontece no setor imobiliário brasileiro — enquanto todos pisam no freio, a incorporadora mineira MRV pisa no acelerador.Fundada em 1979 pelo engenheiro Rubens Menin, a MRV se tornou, na atual crise que assola o setor, a maior incorporadora do país. Vale, na bolsa, 6,5 bilhões de reais — 1,5 bilhão a mais que a badalada Cyrela e duas vezes a Eztec, terceira da lista. Em 2016, seu lucro aumentou, chegou a 557 milhões de reais e foi, de longe, o maior do setor. No mesmo período, 11 das 17 incorporadoras de capital aberto tiveram prejuízo, segundo um levantamento da empresa de informações financeiras Economatica. Entre as empresas que estão no azul, nenhuma conseguiu aumentar seu lucro no ano passado. E, aproveitando-se da crise, a companhia gastou 41 bilhões de reais na compra de terrenos, volume recorde em sua história. É suficiente para dez anos de lançamentos se o ritmo atual for mantido.Parte dos projetos já começou. Além do megaempreendimento em Pirituba, a MRV tem três grandes obras em andamento no país — uma delas fica em Canoas, no Rio Grande do Sul, onde o plano é construir 4 160 apartamentos. “Vamos lançar aos poucos, à medida que percebermos que há demanda”, diz Eduardo Fischer, um dos copresidentes da MRV (o comando é dividido com Rafael Menin, filho de Rubens; Fischer é sobrinho do fundador). Segundo Fischer, a meta é construir 60 000 unidades por ano nos próximos anos, 50% mais do que a empresa fez em 2016.O que faz uma incorporadora ganhar dinheiro no mercado de baixa renda é, principalmente, quanto ela gasta para construir. Parece óbvio, mas foi aí que muitas empresas, especialmente as voltadas para as classes média e alta, patinaram em sua tentativa de crescer na baixa renda. No segmento de alto padrão, a localização pode determinar o sucesso ou o fracasso de um imóvel.Um prédio novo com alguma área de lazer e três vagas de garagem tem muito mais chance de ser vendido se for lançado na região dos Jardins, na zona oeste de São Paulo, onde faltam terrenos para esse tipo de empreendimento, do que no Morumbi, onde há dezenas de condomínios com essas características. Já os imóveis de baixa renda ficam nas periferias, e os interessados acabam olhando muito mais o preço do que a localização — acham que vale a pena mudar de bairro se, assim, conseguirem comprar uma casa.A MRV adotou duas estratégias para manter os custos sob controle. Uma é fazer grandes obras, como a de Pirituba, e prédios padronizados, com os mesmos acabamentos (como portas e janelas), em qualquer lugar em que construir. Com isso, a empresa ganha escala, o que lhe dá mais poder de barganha com os fornecedores.Outra é construir menos nas capitais e mais no interior do país, onde os terrenos costumam ser mais baratos e a concorrência é menor. “Também construí-mos em cidades próximas e, assim, aproveitamos os mesmos corretores e fornecedores. Até os gastos com marketing podem ser divididos”, diz Rafael Menin. Hoje, a empresa tem terrenos e obras em 144 cidades, como São Gonçalo, no Rio de Janeiro; e Araras, em São Paulo.

Um mercado de especialistas

Usando a figura imortalizada pelo filósofo Isaiah Berlin, a MRV é uma empresa “porco-espinho” — que só sabe fazer uma coisa, mas faz direito. A MRV sempre vendeu para a baixa renda. Seu alvo principal são os consumidores com renda familiar de 1 500 a 5 000 reais. No passado, esse público tinha acesso a financiamento em programas de estímulo à construção de moradias populares, como o do Banco Nacional da Habitação (BNH). A coisa mudou de patamar em 2009, quando o governo criou o Minha Casa, Minha Vida.O programa oferece juros menores, menos burocracia na contratação de crédito imobiliário e, dependendo da faixa de renda, subsídios que podem chegar a 90% do valor dos apartamentos e das casas. A amplitude do programa mudou a cara dos imóveis de baixa renda. Em vez de predinhos modestos, começaram a ser lançados condomínios com área de lazer e, em alguns casos, piscinas. No início, a maioria das grandes incorporadoras entrou nesse mercado, mas, aos poucos, ficou claro que se trata de um nicho para especialistas — e mesmo os especialistas passaram por maus bocados. A Tenda, que hoje pertence à Gafisa e só constrói para a baixa renda, enfrentou graves dificuldades financeiras entre 2011 e 2014 e só foi saneada de fato há dois anos.A MRV soube surfar a eufórica onda do mercado imobiliário dos anos 2000 sem grandes tombos. Conteve a ambição e não cresceu mais do que podia quando o mercado financeiro pedia crescimento acelerado. Não tentou competir com a Cyrela na alta renda. E fez poucos empreendimentos no segmento mais subsidiado pelo Minha Casa, Minha Vida, a chamada “faixa 1”, mais suscetível ao vaivém de Brasília e mais semelhante aos velhos programas assistencialistas do passado.Recentemente, o governo reduziu os subsídios à faixa de menor renda, o que prejudicou uma das principais concorrentes da MRV, a Direcional, especializada nesse segmento (procurada, a Direcional não deu entrevista, mas executivos do setor dizem que a empresa está mudando para vender mais para quem ganha acima de 1 800 reais por mês). “A MRV continuou fazendo o que sabia e soube ser agressiva quando houve a oportunidade de expansão”, afirma Luiz Mauricio, analista do setor de construção civil do Bradesco.Hoje, o maior risco para as incorporadoras que constroem para a baixa renda é haver mudanças nas regras de uso do FGTS, de onde saem os recursos para os financiamentos do Minha Casa, Minha Vida. Na verdade, as regras já vêm mudando. Os executivos da MRV criticaram, por exemplo, a decisão de permitir o saque, sem um teto de valor, de contas inativas do FGTS. “Pessoas de renda mais alta vão usar esses recursos para investir, e isso não beneficia o setor de construção, que é o objetivo do FGTS”, diz Rubens Menin.Além disso, a concorrência já começa a aumentar. As incorporadoras Cury, que tem a Cyrela como sócia, e o Grupo Rezek pretendem lançar no segundo semestre um empreendimento com 15 600 unidades na zona sul de São Paulo. A Tenda, hoje revigorada, fez 41 lançamentos em 2016 em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco e Rio Grande do Sul. Para o comando da MRV, porém, há espaço para todo mundo, especialmente quando a economia se recuperar de fato e o desemprego cair. Se o país e o setor imobiliário saírem do atoleiro em que se enfiaram, haverá muitos clarões como o de Pirituba espalhados pelo país.Fonte: Exame

Setor Imobiliário deve focar em 2018 e 2019

Para presidente da MRV, a maior incorporadora do país, uma postura de caixa mais conservadora ainda é necessária este ano

Para presidente da MRV, setor imobiliário está passando por período difícil porque é altamente dependente de condições macroeconômicas estáveis e de crédito  (Foto: Webysther Nunes / Wikimedia Commons)
Uma das poucas incorporadoras que não foram contaminadas pela crise do setor imobiliário nos últimos anos, a MRV, especializada em imóveis para baixa renda, vê um cenário ainda muito difícil para as construtoras em 2017. Eduardo Fischer, copresidente da maior incorporadora do país, diz que a MRV vai manter postura de caixa conservadora este ano, mas, mesmo assim, vai anunciar um grande empreendimento imobiliário na zona norte de São Paulo."O setor residencial é dividido em dois segmentos: média e alta renda, que passa por uma forte crise; e baixa renda, que ainda tem demanda. Estamos do lado da demanda", diz. Leia abaixo os principais trechos da entrevista concedida ao Estado.A maioria das incorporadoras passa por uma crise profunda, com alto número de distratos e situação financeira delicada. Qual será o cenário para o setor neste ano? Nosso setor está sofrendo imensamente, uma vez que é altamente dependente de condições macroeconômicas estáveis e de crédito. As incorporadoras sofreram em 2015 e tiveram um 2016 terrível. A expectativa é de melhora em 2017, mas em um cenário muito ruim ainda.Os negócios da MRV serão afetados? Temos de separar o setor em dois segmentos: média e alta renda de um lado, e baixa renda do outro. A nosso favor, o segmento de baixa renda tem uma diferença de oferta e demanda muito grande. Temos um déficit habitacional para essa camada da população (com até seis salários mínimos). Nesse caso, o crédito vem de bancos públicos e nosso consumidor acessa o FGTS.Mas o desemprego também afeta o perfil de seu cliente... O desemprego aumentou e preocupa. Mas há demanda, mesmo com a crise. Nosso cliente não quer só morar: precisa morar. É diferente do consumidor de média e alta renda - nesse caso, o setor enfrenta ainda a questão de altos distratos. Nessa categoria, há o consumidor que adquire imóvel para morar e outros que compram para investir. Com a crise, a dinâmica de mercado mudou e houve desistências, afetando fortemente as incorporadoras. É perverso. Estamos discutindo isso, via nossa entidade de classe, para mudar a regulamentação do setor.Os distratos da MRV também aumentaram? O nosso distrato tem caído nos últimos dois anos. Temos um saldo de distrato do passado, mas que tem recuado trimestre a trimestre e deverá cair em 2017. No caso do crédito associativo, a construtora consegue passar a dívida para os bancos (públicos). Se o banco aprova o financiamento, aprovamos a compra. A dívida fica com o banco.E os programas do Minha Casa Minha Vida impulsionam os negócios do grupo? Vamos voltar. Habitação de baixa renda é muito importante na economia, não é só social. O programa se mostrou resiliente. A demanda continua firme e as vendas seguem em ritmo muito bom. Mas a demanda se concretiza em negócio? Há uma crise de confiança ainda grande. O problema não está na confiança, mas na liberação de crédito. Trabalho basicamente com dois bancos - Caixa e Banco do Brasil. Os dois estão rígidos na concessão de crédito.Esperava 2017 tão difícil? Olho 2017 e, apesar de situação difícil, a perspectiva é mais positiva. Tive uma pior percepção no fim de 2014, quando não tinha ideia como o mercado iria reagir. O lado bom da crise é que, se você está em um setor que já está sofrendo muito (desde 2010), com custo de obra disparando, as perspectivas para frente são de melhora. A nossa sorte é que não podemos importar apartamento ainda.A crise que afetou o setor vai intensificar um movimento de consolidação? Difícil. É incerteza demais.Mas houve interesse do fundo Jaguar em comprar fatia da Tenda, da Gafisa. Há espaço para investidor estrangeiro no setor imobiliário nacional? Tem de olhar para o longo prazo. Os investidores apanharam muito com Brasil.O cenário também é pessimista para os imóveis comerciais? Hoje o segmento comercial passa por um momento diferente - esse setor já tinha puxado o freio quando a crise do setor começou. A volta à normalidade desse segmento vai ser mais rápida do que o residencial. Estão construindo menos.O sr. acredita que o cenário de instabilidade política deve agravar mais o setor? Essa instabilidade é ruim porque ninguém consegue olhar para 2018 e ter um cenário claro de mudanças macroeconômicas relevantes. A PEC do Teto passou, mas a reforma da Previdência é difícil e não pode demorar. Não olho mais para 2017. Penso em 2018 e 2019.A MRV não terá novos lançamentos para este ano? Sim. Faremos um lançamento na zona norte de São Paulo, um bairro planejado com 25 empreendimentos diferentes, em um investimento de quase R$ 1 bilhão e VGB de R$ 1,6 bilhão, para entrega nos próximos cinco anos. Nos últimos 30 meses, entregamos 100 mil chaves (o que equivale a uma cidade de 350 mil a 400 mil habitantes). A projeção é fazer a mesma entrega nos próximos 30 meses. Nos últimos dois anos, investimos cerca R$ 600 milhões em terrenos novos.Pensam em mudar de estratégia e se diversificar? Não. Fazemos a mesma coisa há 37 anos e vamos continuar assim.QUEM É Formado em Engenharia Civil pela Fundação Mineira de Educação e Cultura (Fumec), Eduardo Fischer Teixeira de Souza é copresidente da MRV, uma das maiores incorporadoras imobiliárias do País, fundado por seu tio, o empresário Rubens Menin. Fischer, que está no grupo desde 1993, divide a gestão da incorporadora com Rafael Menin.

BNDES - mecanismos para atender MPE e MEI

A presidente do BNDES, Maria Silvia Bastos Marques, afirma que a instituição e os agentes repassadores têm compromisso com a transparência dos pedidos de financiamentoPortal Lei Geral da Micro e Pequena EmpresaO ano de 2017 será marcado pela maior destinação de recursos e serviços aos pequenos negócios e às médias empresas pelo maior banco estatal de financiamento do País, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).Desde o início deste ano, o empreendedor desse segmento já pode acompanhar pela internet como estão seus pedidos de crédito, sem a intermediação dos agentes financeiros repassadores de recursos. Também passou a contar com aplicativo para smathphones e tablets.Essa aproximação será maior, com o lançamento em breve na internet do Canal MPME (Micro, Pequena e Média Empresa). Nele serão apresentadas linhas de crédito, simulação de financiamentos, consultas prévias de certidões, escolha de agentes financeiros e encaminhamento de pedidos de financiamento.Ao prestar essas informações, em entrevista ao Portal Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, a presidente do BNDES, Maria Silvia Bastos Marques, destacou que a transparência com a tramitação dos pedidos é um compromisso do Banco e dos seus agentes financeiros.“O micro, pequeno e médio empresário que acessar nosso site pode acompanhar em que estágio está sua operação. Isso passa a ser um compromisso não só do agente financeiro, mas também do BNDES, de informar como está sendo tratada a operação, em que estágio está o processo, se a operação está em análise, aprovada ou contratada”, afirmou.Maria Silvia detalhou que a instituição desenvolve um importante plano de trabalho focado em soluções de tecnologia e avanços na área digital, com o objetivo de simplificar, racionalizar e automatizar os processos de concessão de crédito.“Tudo isso para dar mais alcance aos recursos do BNDES para os micro e pequenos empresários”, continuou a executiva. cuja meta é reduzir, de 30 para até 2 dias, o prazo de avaliação dos pedidos, agilizando a liberação de crédito para esse segmento.A presidente também ressaltou que o BNDES vai aplicar este ano R$ 12,5 bilhões em micro e pequenas empresas, o que significa um acréscimo de 38% no volume de recursos destinados ao segmento em relação ao ano passado. E já investiu, desde 2005, R$ 1 bilhão em microcrédito produtivo, beneficiando cerca de 1 milhão de microempreendedores.Para facilitar o acesso ao crédito, o Banco vai usar o FGI (Fundo Garantidor para Investimentos) como contrapartida, passando a cobrir de 70% a 80% dos financiamentos. Isso aumenta as chances de aprovação de operações inclusive para microempreendedores individuais e caminhoneiros autônomos.Em dezembro passado, o BNDES também revisou seus critérios para atender mais diretamente o empreendimento de menor porte, ao passar a enquadrar no segmento o mesmo teto de faturamento anual observado na Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, que é de R$ 3,6 milhões.“Essas empresas respondem por uma grande parcela da oferta de empregos no País e são as mais afetadas pelo contexto da crise econômica atual. O fortalecimento da atuação do BNDES junto a esse público visa à indução da retomada do crescimento e a manutenção e geração de emprego e renda no País”, acrescentou.Confira a entrevista completa com a presidente do BNDES:Portal Lei Geral: Já foi dito que os recursos do BNDES só chegavam aos “grandes dos pequenos negócios”. Essa avaliação foi constatada pela atual gestão?   Maria Silvia Bastos Marques: As micro e pequenas empresas (MPEs) são importante elo das cadeias produtivas, são essenciais para o crescimento econômico e geração de emprego no País e continuarão a contar com o apoio diferenciado do BNDES. Nos últimos cinco anos, o segmento de MPE representou cerca de 67% do número de operações e 13% do volume de desembolsos do Banco. Os números evidenciam a relevância de nossa atuação no apoio aos “pequenos dos pequenos negócios”.Uma boa surpresa que tive quando cheguei ao Banco, e que muita gente desconhece, é a forte atuação do BNDES no apoio ao microcrédito produtivo orientado. Desde 2005, foram realizadas 1,3 milhão de operações do BNDES Microcrédito, com R$ 1 bilhão em desembolsos. Considerado o efeito multiplicador na ponta, o giro é de R$ 4,5 bilhões. Quando pensamos que o ticket médio por operação é de R$ 2,5 mil, vemos que o microcrédito é um importante instrumento de inclusão produtiva e de suporte financeiro aos pequenos negócios.Até o ano passado, o Banco classificava como MPEs aquelas empresas com faturamento anual de até R$ 16 milhões. Com a implantação das novas políticas operacionais, alinhamos nossa classificação de porte à Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, que estabelece um teto de faturamento de até R$ 3,6 milhões. Tal iniciativa é importante para que o apoio do Banco às MPEs fique em sintonia com a representação de porte utilizada pelos demais agentes econômicos.Ampliamos também o limite do cartão BNDES, de R$ 1 milhão para R$ 2 milhões, por agente financeiro, bem como o prazo de financiamento da FINAME [investimentos em máquinas e equipamentos] de 5 para 10 anos.Além disso, estamos executando um importante plano de trabalho focado em soluções de tecnologia e avanços na área digital, com o objetivo de simplificar, racionalizar e automatizar os processos de concessão de crédito, tudo isso para dar mais alcance aos recursos do BNDES para os micro e pequenos empresários.Por fim, ampliamos o acesso e instituímos melhores condições para a concessão de capital de giro para as MPMEs, através da linha de financiamento BNDES Progeren.PLGHavia um motivo especial para o BNDES adotar um critério de receita anual bastante superior ao que estabelece a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa para a concessão de financiamento para o segmento? MSBM: O BNDES utilizava, como referência para classificação de porte, uma resolução do Mercosul de 1998 (MERCOSUL/GMC/RES Nº 59/98) que instituía a política de apoio às MPMEs e estabelecia que empresas industriais com faturamento anual de até US$ 400 mil fossem classificadas como microempresa e aquelas com faturamento anual de até US$ 3,5 milhões, como pequena empresa.Desde então, essa classificação passou por algumas alterações. Especificamente para as MPEs, em 2002, o porte “micro” foi elevado a R$ 1,2 milhão, enquanto o porte “pequena” foi elevado a R$ 10,5 milhões. Em 2009, o porte “micro” foi elevado a R$ 2,4 milhões, enquanto o porte “pequena” subiu para R$ 16 milhões.Finalmente, em dezembro de 2016, fizemos o alinhamento com a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa e os padrões utilizados pelos agentes financeiros. A mudança é importante, já que as micro, pequenas e médias empresas são prioridade em todas as linhas do BNDES, de forma horizontal, independentemente do setor.PLG: Qual é a previsão do percentual de recursos do BNDES que serão destinados às micro e pequenas empresas com receita até R$ 3,6 milhões, após a implantação das mudanças operacionais anunciadas?MSBM: Com a nova classificação de porte, estamos, de fato, ampliando o acesso aos recursos em TJLP [Taxa de Juros de Longo Prazo] para as empresas com faturamento anual de até R$ 3,6 milhões. A previsão de desembolsos, apenas para MPEs, é da ordem de R$ 12,5 bilhões em 2017, um crescimento projetado de 38% em relação a 2016.PLGO FGI (Fundo Garantidor para Investimentos) do BNDES poderá ser usado para as contrapartidas de financiamentos a serem liberados para micro e pequenas empresas? Quais as contrapartidas serão exigidas dos pequenos tomadores de crédito, a exemplo de garantias reais? ​​MSBM: Sim, o FGI pode e deve ser usado para a contrapartida de financiamento. Aumentamos recentemente a possibilidade de cobertura de 70% para 80% do financiamento, pois temos ciência de que a garantia é quase sempre um obstáculo para o micro, o pequeno e o médio empresário.​​O BNDES FGI aumenta as chances de aprovação dos pedidos de financiamento de MPMEs, empreendedores individuais e caminhoneiros autônomos. Isso porque ele complementa as garantias oferecidas às instituições financeiras e melhora as condições de financiamento para esse público.Desde o início de suas operações, aproximadamente 65% dos clientes do Fundo acessaram crédito do BNDES pela primeira vez com a garantia do FGI e mais de 85% dessas operações foram com microempresas ou autônomos. Isso mostra que o Fundo, de fato, é uma alternativa de suporte ao crescimento e modernização das empresas de menor porte.O BNDES FGI oferece garantia de até 80% em operações contratadas em diversas linhas e programas do BNDES e também em linhas dos próprios agentes financeiros habilitados, incluindo capital de giro e investimento. A garantia oferecida não é seguro de crédito e não isenta o tomador do crédito de suas obrigações financeiras.Como contrapartida, em geral, é exigida dos tomadores a constituição de garantia pessoal – fiança ou aval sobre a totalidade do crédito – e, dependendo do caso, podem ser exigidas contragarantias reais, como, por exemplo, penhor de bens ou hipoteca de imóveis. Essas são exigências mínimas do FGI, mas os agentes financeiros podem estabelecer outras exigências de acordo com sua política de crédito.PLG: O BNDES é um banco de fomento que utiliza bancos convencionais. Agora se anuncia que fará liberação de capital de giro sem a intermediação de agentes financeiros. Como será isso? Os pedidos serão encaminhados diretamente à instituição via online, já que o BNDES não dispõe de estrutura para atendimento em massa?  Será criado um portal para facilitar o acesso ao crédito pelos pequenos tomadores ou a instituição planeja contar com a parceria de empresas FinTech?​​MSBM: No início do ano, ampliamos o acesso das MPMEs a capital de giro, oferecendo o BNDES Progeren também na modalidade direta, ou seja, sem a intermediação de agentes financeiros. Todas as empresas que tenham interesse em um financiamento do programa podem realizar a solicitação online no site do BNDES por meio do sistema de Consulta Prévia Eletrônica (CPE), e acompanhar a tramitação de seu pedido.É importante lembrar que isso não vale só para o Progeren. Temos buscado dar transparência total à tramitação dos projetos do Banco. O micro, pequeno e médio empresário que acessar nosso site pode acompanhar em que estágio está sua operação. Isso passa a ser um compromisso não só do agente financeiro, mas também do BNDES, de informar como está sendo tratada a operação, em que estágio está o processo, se a operação está em análise, aprovada ou contratada.E, para reforçar a presença digital do BNDES, em uma nova fase de relacionamento com os MPMEs, lançamos, na Feira do Empreendedor do Sebrae-SP deste ano, um aplicativo para smartphones e tablets, o BNDES MPME. Ele permite que o próprio empresário acompanhe, na palma da mão, o estágio de suas operações, sem precisar consultar o agente repassador de recursos.Na linha da simplificação, percebendo uma necessidade de mudanças no nosso modelo de negócios, lançaremos em breve um canal de relacionamento na Internet exclusivo para o MPME.Por mais simples que sejam os produtos do banco, o pequeno e médio empresário às vezes tem dificuldades de entender qual produto do BNDES é mais aderente ao seu negócio, por exemplo.Nesse canal, ele poderá identificar as linhas de crédito disponíveis para a finalidade desejada, simular financiamentos, obter o resultado de consultas prévias de certidões exigidas pela legislação federal, apontar os agentes de sua preferência e encaminhar, de forma ágil, seus pedidos de financiamento.Testes de conceito com o Sebrae [Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas], a Febraban [Federação Brasileira de Brancos] e a ABDE [Agência Brasileira de Desenvolvimento Econômico] já foram realizados e, com apoio dos agentes financeiros, a plataforma já está em fase de construção, devendo ser disponibilizada para o público ainda no primeiro semestre deste ano.Além disso, recentemente firmamos um acordo de integração de sistemas com a B2W, maior plataforma digital do país, que passou a aceitar o Cartão BNDES como meio de pagamento. Até então, as transações do Cartão só podiam ser realizadas, após negociação direta entre as partes interessadas, em um único site específico na internet. A medida, que confere mais agilidade e automaticidade aos processos do Cartão BNDES, representa o início de uma revolução na forma do Banco operar com as MPMEs, comparável ao lançamento do produto em 2003.Finalmente, para potencializar o acesso ao crédito e atender a diferentes nichos de mercado, estamos construindo uma agenda com fintechs e outras empresas do ramo de tecnologia e inovação, com enorme potencial de avanço em diversas frentes. Uma delas é a realização, em plataformas digitais, de leilões reversos de crédito entre as instituições financeiras repassadoras, a partir do perfil de cada operação, o que aumentará a competitividade do setor bancário e reduzirá os custos financeiros para o cliente final. A expectativa é que essas e outras parcerias acelerem a integração de diferentes plataformas tecnológicas do BNDES simplificando a vida do micro e pequeno empresário no processo de tomada de crédito.PLG: No ano passado, em janeiro, foi sinalizado o fim da exigência de registro em cartório de contratos das micro e pequenas empresas para a obtenção de recursos do BNDES. Cada registro custava R$ 2.000,00. Também era exigido o registro dos balancetes das empresas para pedir acesso ao cartão BNDES, que deveriam ser registrados em cartório ao custo de R$ 1.500,00. Essas exigências resistem? MSBM: Nas operações do Cartão BNDES não existe exigência de registro de documentação em cartório para a contratação de financiamentos. Como essas são operações indiretas, o agente financeiro, de acordo com sua política de crédito, pode solicitar documentos a seu critério, mas essa não é uma exigência do BNDES e sim do agente repassador.PLG: O que levou o BNDES a passar a considerar como prioridade no início deste ano o atendimento das micro e pequenas empresas? É possível imaginar que poderão também ser atendidos pela instituição os microempreendedores individuais (MEIs)? Quais as linhas de crédito que ficarão mais acessíveis aos pequenos negócios? Finame, cartão BNDES? MSBM: O atendimento às micro e pequenas empresas sempre foi importante para o BNDES. Com as novas políticas operacionais, o apoio financeiro a esse segmento assumiu um foco estratégico. Essas empresas respondem por uma grande parcela da oferta de empregos no País e são as mais afetadas pelo contexto da crise econômica atual. O fortalecimento da atuação do BNDES junto a esse público visa à indução da retomada do crescimento e a manutenção e geração de emprego e renda no País. A expectativa é que, em conjunto, as medidas que anunciamos levem a um aumento projetado de 20% nos desembolsos para MPMEs, um acréscimo de R$ 5,4 bilhões.O Microempreendedor Individual (MEI), que fatura até R$ 60 mil por ano e que se legalizou, passando a possuir um CNPJ, é considerado microempresa e pode obter financiamento do BNDES. Com condições bastante atrativas, o Cartão é o principal instrumento acessado por esse público. Por meio dele, é possível financiar, desde material de construção e insumos, até móveis, computadores e veículos utilitários.Outra opção de financiamento do Banco que pode ser acessada pelos MEIs é o BNDES Microcrédito. Desde 2005, o BNDES já realizou mais de 1,3 milhão de operações de microcrédito, no valor de até R$ 20 mil, a juros de até 4% ao mês, beneficiando mais de um milhão de microempreendedores em todo o Brasil.Existem ainda outras linhas que podem ser acessadas pelos pequenos empresários, com condições bastante favoráveis: o BNDES Progeren, no financiamento ao capital de giro; o BNDES Finame, para o apoio à compra de máquinas e equipamentos e o BNDES Automático, para o financiamento a projetos de investimento.PLG: Quais são os critérios que o BNDES vai utilizar para avaliar se um projeto para o qual se pleiteia financiamento é bom ou ruim? Terão prioridade as empresas com as quais o Banco já se relaciona? MSBM: A revisão das políticas reflete mudanças na atuação do BNDES, no seu papel de indutor do desenvolvimento sustentável e na adoção das melhores práticas de governança corporativa pelas empresas apoiadas. Com um apoio mais criterioso ao investimento, independentemente do setor ou do tamanho da empresa, queremos priorizar a qualidade dos projetos e o seu retorno social.Essa mudança para foco no projeto tem origem na constatação de que os setores, na verdade, estão todos se fundindo. Em um mundo convergente, as fronteiras entre os setores são cada vez mais difusas. Assim como houve a convergência das mídias, a convergência mobile, há uma convergência nos setores também. E, cada vez mais, a indústria se funde com os serviços. Da mesma forma que a gente olha para o comércio e percebe que, hoje, boa parte dele é feita eletronicamente e não em lojas físicas.E o BNDES está olhando essa realidade, está se adaptando a esse dinamismo da economia. Assim, investimentos em saúde, educação, meio ambiente, infraestrutura, inovação, exportação e de apoio às MPMEs, que apresentem externalidades positivas – não apenas para o tomador de crédito, mas para toda a sociedade – terão apoio do BNDES em melhores condições (juros e prazos), independentemente dos setores em que eles estejam.PLG: Como e quando serão efetivadas as seguintes modificações anunciadas: a) Simplificação de portfólio de produtos e programas, para facilitar o financiamento para micro e pequenas companhias, b) Redução de 30 para dois dias do prazo de análise e concessão de crédito, c) Ampliação no limite do Cartão BNDES, usado para financiar máquinas e equipamentos.MSBM: As simplificações e modificações já foram informadas à rede de agentes financeiros credenciados por meio de circular, no início deste ano. De forma geral, o número de linhas foi reduzido, evitando sobreposição e até canibalização entre as mesmas, e houve racionalização na exigência de documentos necessários para se pleitear o financiamento.Quanto ao Cartão BNDES, os agentes estão pouco a pouco adaptando internamente seus sistemas e, principalmente, sua política de crédito, para contemplar a possibilidade de elevação dos limites de R$ 1 milhão para R$ 2 milhões nos cartões concedidos.Estamos investindo muito em automatização e em parcerias e revendo nossos processos de concessão de crédito para que tudo seja feito de forma muito mais ágil e rápida. Nas operações indiretas automáticas, que são muito acessadas pelos micro e pequenos empresários, nossa meta é reduzir esse prazo de 30 para até 2 dias, agilizando a liberação de crédito para esse segmento.Fonte: Lei Geral 

Prévia do PIB sobe 1,31% em fevereiro ante janeiro

Esta foi a segunda elevação mensal consecutiva

PIB2Foto: Estadão IBC-BR caiu 0,73% em fevereiro ante mesmo mês de 2016Após subir 0,62% em janeiro (dado já revisado), a economia brasileira registrou novo avanço em fevereiro de 2017. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) teve alta de 1,31% ante janeiro, com ajuste sazonal, informou nesta segunda-feira, 17, a instituição. Foi a segunda elevação mensal consecutiva neste ano. Conhecido como 'prévia do BC para o PIB", o IBC-Br serve como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses.
O índice de atividade calculado pelo BC passou de 133,67 pontos para 135,42 pontos na série dessazonalizada de janeiro para fevereiro. A alta do IBC-Br ficou dentro do intervalo obtido entre analistas do mercado financeiro consultados pelo Broadcast Projeções, que esperavam resultado entre -0,30% e +1,4% (mediana de +0,50%).No acumulado de 2017 até fevereiro, a retração é de 0,12% pela série sem ajustes sazonais. Também pela série observada, é possível identificar um recuo de 3,56% nos 12 meses encerrados em fevereiro.Na comparação entre os meses de fevereiro de 2017 e 2016, houve queda de 0,73% também na série sem ajustes sazonais. A série observada encerrou com o IBC-Br em 129,31 pontos em fevereiro, ante 128,64 pontos de janeiro e 130,26 pontos de fevereiro do ano passado. O indicador de fevereiro de 2017 ante o mesmo mês de 2016 mostrou desempenho melhor que o apontado pela mediana (-2,55%) das previsões de analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Broadcast Projeções (-3,30% a -0,60% de intervalo).A previsão oficial do BC para a atividade doméstica em 2017 é de avanço de 0,5%, de acordo com o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) publicado no fim de março. No Relatório de Mercado Focus publicado nesta segunda, 17, a mediana das estimativas do mercado para o Produto Interno Bruto (PIB) este ano está em 0,40%.Em meio à fraqueza da atividade econômica, na semana passada o BC reduziu a Selic (a taxa básica de juros) em 1 ponto porcentual, para 11,25% ao ano.O IBC-br atingiu em fevereiro, na série com ajuste sazonal, 135,42 pontos, o que correspondente ao maior nível desde dezembro de 2015 (136,65 pontos). Os números foram atualizados na manhã desta segunda-feira, 17, pelo BC. Os dados mostram ainda que o IBC-Br sem ajuste sazonal atingiu 129,31 pontos em fevereiro, o menor patamar para o mês desde 2010 (127,61 pontos).Fonte: Estadão

Termina hoje prazo para cadastro de aposentados no Senhor Orientador

Termina hoje prazo para cadastro de aposentados no Senhor Orientador

Ex-funcionários do sistema bancário que desejam concorrer a uma das 221 vagas do novo edital precisam se inscrever no portal do Sebrae
Está chegando ao fim o prazo para aposentados do sistema bancário se cadastrarem no novo edital do Senhor Orientador. São 221 vagas para consultores que vão orientar donos de pequenos negócios na tomada de crédito, com foco em linhas do Banco do Brasil voltadas especificamente para o segmento. Até hoje (10), as inscrições podem ser feitas no portal do Sebrae.
O primeiro edital, lançado em fevereiro, selecionou 289 consultores. Entre os pré-requisitos para participar, o interessado precisa ser aposentado, ter no mínimo 60 anos e possuir, pelo menos, dez anos de experiência em análise de crédito e atendimento à pessoa jurídica. O processo de credenciamento terá três etapas: inscrição; habilitação e qualificação técnica; e treinamento e avaliação do uso da ferramenta operacional, plataforma que será utilizada no trabalho dos consultores.A expectativa é que 37 mil micro e pequenas empresas sejam atendidas por esses consultores até o fim do ano – até o momento, um total de 6 mil empresas já receberam atendimento nas etapas preliminares do projeto, que preparam os empresários para receber atendimento do profissional credenciado pelo Senhor Orientador. “Contaremos com esses profissionais experientes no mercado para avaliar a capacidade de endividamento das empresas e orientar os empresários na obtenção de capital de giro. Apoiar o pequeno negócio neste momento de retomada da economia é fundamental, mas deve ser feito de maneira consciente, com riscos calculados, minimizando a chance de inadimplência dessas empresas”, explica o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos.Bahia e Santa Catarina já preencheram as vagas previstas para os seus estados no edital anterior, por isso, não entram nessa nova seleção. As vagas estão assim divididas: Acre (8), Alagoas (5), Amazonas (12), Amapá (8), Ceará (12), Distrito Federal (8), Espírito Santo (5), Goiás (12), Maranhão (9), Minas Gerais (9), Mato Grosso do Sul (8), Mato Grosso (10), Pará (10), Paraíba (6), Pernambuco (8), Piauí (5), Paraná (9), Rio de Janeiro (17), Rio Grande do Norte (7), Rondônia (7), Roraima (8), Rio Grande do Sul (12), Sergipe (5), São Paulo (17), Tocantins (4).Como funcionaO Senhor Orientador deu início à fase de operação do Programa Empreender Mais Simples: menos burocracia, mais crédito, convênio assinado em janeiro entre o Sebrae, o Governo Federal e o BB com o objetivo de simplificar a gestão de micro e pequenas empresas e orientar o financiamento a empresários. É prevista a liberação do montante total de R$ 8,8 bilhões para capital de giro pelo banco.O empresário interessado em obter esse crédito deve procurar o Sebrae em seu estado. Ele será encaminhado a um dos consultores credenciados no Senhor Orientador para realizar diagnóstico da empresa e avaliar se o financiamento é a melhor solução para o negócio. A consultoria será presencial e remunerada, com duração de quatro horas. Cada consultor poderá atender até 200 empresas. Os selecionados firmarão contrato com o Sebrae até dezembro de 2018.Fonte: Empreendedor

Acesso a crédito é fundamental para melhoria do ambiente de negócios

Diretora destaca Senhor Orientador, Crescer sem Medo e Fampe entre as estratégias do Sebrae para as empresas

A diretora técnica do Sebrae, Heloisa Menezes, reafirmou nesta quarta-feira (5) que a melhoria do ambiente de negócios no Brasil passa pela simplificação e o acesso a crédito para as micro e pequenas empresas. Ela participou do painel Desafios das empresas para 2017 – Retomada do Crescimento, no Workshop Estratégias Pessoa Jurídica Caixa Econômica Federal, realizado em Guarulhos, na Grande São Paulo.

“Esse momento de discussão com gerentes e superintendentes da Caixa é importante para que conheçam o outro lado da mesa, entendendo quais são os desafios e os gargalos dos pequenos negócios. Vale destacar a necessidade de ampliar a facilitação do acesso a crédito, com a solução de problemas crônicos, como taxas de juros elevadas e excesso de exigências e documentações”, ressaltou.

Durante os debates, Heloisa destacou as diversas ações em que o Sebrae tem atuado para melhorar o ambiente de negócios no país, como o projeto Crescer Sem Medo, que foi sancionado no ano passado. Ela ressaltou que o Sebrae também vem atuando na orientação ao crédito para pequenas empresas em programas como o Proger/Urbano/FAT e Progerer/BNDES, além do próprio Fundo de Aval do Sebrae (Fampe).

Heloisa lembrou que o projeto Crescer Sem Medo previa ainda a criação da Empresa Simples de Crédito (ESC), no qual pessoas físicas poderão ampliar seus recursos em pequenos negócios locais. Embora não tenha sido aprovado inicialmente, o tema da implementação da ESC deverá ser retomado este ano.

A diretora destacou o projeto Senhor Orientador, com a contratação de consultores com mais de 60 anos, que vão auxiliar os pequenos negócios na tomada de crédito. “São consultores com grande experiência no mercado financeiro e que certamente vão contribuir para que os clientes cheguem mais preparados para solicitarem crédito aos bancos”.

Ela lembrou que pesquisas realizadas pelo Sebrae apontam as crescentes dificuldades das pequenas e médias empresas terem acesso a financiamentos. “Muitas vezes, o empresário acaba tomando o empréstimo como pessoa física, o que não é o ideal”, afirmou.

Durante o painel, Heloisa Menezes também enfatizou a necessidade de melhoria da estrutura tributária para estimular o desenvolvimento dos pequenos negócios. O painel contou com a participação do secretário Especial da Micro e Pequena,  José Ricardo Martins da Veiga, Michel Gutnik, CEO da Agroseed, e Otávio Araújo, CEO da Dotz.

Fonte: Empreendedor


COM A CRISE, FIADO VOLTA A GANHAR FORÇA

Em 2016, até mil famílias começaram a adotar o pagamento "alternativo" para abastecer a despensa com alimentos e produtos de higiene e limpeza

fiado, caderno (Foto: Pexels)
A velha e tradicional compra na caderneta para pagar só no final do mês voltou a ganhar força no último ano por causa da recessão.Em 2016, até meio milhão de famílias começaram a adotar o pagamento fiado para abastecer a despensa com itens básicos, como alimentos e produtos de higiene e limpeza, e driblar o aperto no orçamento doméstico.No ano passado, 14,1 milhões de famílias usaram ao menos uma vez a caderneta para ir às compras nos mercadinhos de bairro, padarias e açougues, segundo pesquisa da consultoria Kantar Worldpanel, que visita mensalmente 11,3 mil domicílios.A amostra retrata os hábitos de consumo das 52 milhões de famílias do País. No ano anterior, 13,5 milhões de famílias tinham usado ao menos uma vez a caderneta como forma de pagamento."A tendência era de o fiado ir desaparecendo, mas voltou a crescer no último ano", afirma a diretora Comercial e de Marketing da consultoria, Christine Pereira.Ela lembra que, apesar de porcentualmente o aumento ser pequeno, de 26% para 27% das famílias pesquisadas, nove anos atrás esse número era bem maior: 45% das famílias faziam as compras de itens básicos anotando na caderneta e quitavam a conta no fim do mês.O avanço do fiado também é apontado pela consultoria Nielsen, que visita duas vezes ao mês 8,2 mil domicílios. Com metodologia diferente, os números das duas pesquisas ficam distantes, mas a tendência de crescimento é a mesma."Identificamos que 1,178 milhão de donas de casa compraram fiado ao menos uma vez ao longo de 2016 em todo Brasil", diz Raquel Ferreira, especialista em Conhecimento do Consumidor da consultoria.Ela observa que, deste total, 226,5 mil novos consumidores também passaram a adotar essa forma de pagamento no último ano.A especialista lembra que até 2015 essa modalidade de pagamento caía, em média, 6% ao ano.Ela atribui a virada ao aumento do desemprego. Christine concorda com Raquel e ressalta que a volta do fiado é uma alternativa do consumidor ao bolso apertado por causa da crise. Segundo ela, quando o tripé renda, emprego e inflação estavam bem, o consumo ia de vento em popa. Mas nos dois últimos anos os três pilares fracassaram e as compras recuaram.A saída foi buscar alternativas como a compra por caderneta. Esse movimento, segundo ela, explica o avanço do fiado por conta da crise.De toda forma, Christine considera muito grande ainda o uso da caderneta no País.Pesquisa da Kantar Worldpanel aponta que a caderneta é o quarto meio de pagamento escolhido pelo brasileiro nas compras de produtos básicos, perdendo para o dinheiro, o cartão de crédito e o cartão de débito, mas ainda à frente do cheque e do tíquete alimentação.As duas pesquisas mostram que o uso da caderneta no último ano foi mais intenso nas camadas com menor renda, que são as mais afetadas pelo desemprego e pela recessão. De acordo com os dados, 38% das classes D/E e 28% da classe C informaram que fizeram uso do fiado no ano passado, ante 27%, que foi a média nacional.Geograficamente, a maior utilização do fiado em 2016 e ocorreu nas regiões mais pobres, Norte e Nordeste, com 39% de participação, e nas cidades do interior do País (32%). Já na Grande São Paulo, no Sul e no Centro-Oeste, onde a renda média é maior, o uso do fiado foi menor do que a média.(Márcia De Chiara).Fonte: PEGN

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