Engenheiros desenvolvem patinete elétrico sustentável.

Empreendedores optaram por usar sistema de financiamento coletivo para ideia virar realidade

O patinete elétrico Surfer (Foto: Divulgação)
As grandes cidades estão cheias de carros, um meio de transporte que pode fazer o trajeto ficar mais demorado do a bicicleta ou até mesmo as próprias pernas. Esse é um dos argumentos utilizados pelo engenheiro Yuri Berezovoy para defender a compra de seu mais novo produto: o Surfer.
Em 2011, durante uma conversa com o amigo de infância e também engenheiro, Fabio Pagotti Silva, nasceu a ideia de desenvolver um novo tipo de veículo. “Nós somos praticantes de mountain bike e surgiu a ideia de fazer algo dentro dessa área”, conta Berezovoy. Foi aí que nasceu o primeiro projeto: uma motocicleta de motor elétrico inspirada no design das scooters.
No início, o plano era fazer uma parceria com alguma concessionária de veículos. “Conforme fomos desenvolvendo essa moto, percebemos que esse tipo de veículo tem peças exclusivas. O usuário depende da concessionária para fazer qualquer tipo de assistência. A gente queria que as pessoas pudessem fazer isso em qualquer lugar”, explica Berezovoy.
A ideia não foi para frente, mas, durante toda a trajetória de desenvolvimento do produto, muitas ideias surgiram. “Usando tecnologias de desenvolvimento típicas de startup, tínhamos que ser cuidadosos para não se apegar a nossa ideia inicial. O produto que tínhamos em mente em 2011 é completamente diferente do que temos hoje”, afirma Berezovoy.A empresa criou então o Surfer, um veículo elétrico que mistura os conceitos de design de um patinete e uma scooter. Ele não emite nenhum tipo de poluente e é silencioso. Em 2013, o projeto venceu o seu primeiro edital, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb), com um financiamento de R$ 400 mil.No total, a empresa conseguiu levantar R$ 2 milhões entre recursos públicos e privados, mas já gastou toda a quantia com o desenvolvimento do produto. Agora, para fazer com que o Surfer chegue ao mercado, os empreendedores decidiram usar o Kickante, plataforma de financiamento coletivo. O objetivo é arrecadar R$ 30 mil para a produção das primeiras unidades do patinete.A escolha pelo financiamento coletivo nasceu de um desejo dos empreendedores em incentivar a inovação no país. “É um mecanismo de fomento indispensável para a inovação no exterior. Quem está comprando aquilo está comprando um sonho e confiando que nós temos capacidade de transformá-lo em realidade”, explica Berezovoy.O financiamento fica aberto até o dia 19 de abril. O primeiro lote do Surfer tem o valor de R$ 5.490 e contempla 30 unidades. Já o segundo lote tem valor parcial de R$ 800 com 20 patinetes. O restante do valor, R$ 4.990, é pago no envio do produto, que está previsto para o mês de junho desse ano.Dentro da legislação atual de São Paulo, por exemplo, o Surfer pode ser usado em ciclovias. O veículo tem um modo específico para a velocidade máxima permitida nessas vias: 25 km/h. No modo potente pode atingir 45 km/h e subir ladeiras. Nesse caso, Berezovoy recomenda que o produto só seja usado em propriedades privadas por conta da legislação de trânsito.Os sócios acreditam que o Surfer é capaz de mostrar o potencial de inovação do país para os brasileiros. “É um produto que passa positividade, por ser sustentável e transmitir uma ideia de tranquilidade em meio ao caos das ruas da cidade. Além disso, ele é exportável e promissor para o Brasil como inovação”, finaliza Berezovoy.Fonte: PEGN

BNDES melhora condições de crédito para exportação

Financiamento é um dos pilares do Plano Nacional de Exportações, diz o ministro do Desenvolvimento, Armando Monteiro

bndes
O Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou melhoras nas condições de crédito das linhas do tipo Exim Pré-Embarque, destinadas a empresas que produzem para exportar, com redução de juros de entre 11,13% e 15,75% ao ano para entre 9,1% e 11,53% ao ano.
Além disso, foi criada nova linha direcionada a produtos inovadores com potencial para ser vendidos no exterior.Segundo o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, a composição das novas taxas de juros das linhas Exim Pré-Embarque inclui a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), atualmente em 7,5% ao ano, mais custos de spread (diferença entre o custo da captação de recursos e o valor cobrado ao conceder empréstimo). No caso das modalidades produção de bens de capital e micro, pequenas e médias empresas, o custo básico é todo baseado na TJLP, o que permitiu reduzir o valor do spread.O governo estima que, com as novas condições, a demanda por crédito das linhas Exim Pré-Embarque tenha potencial para atingir este ano R$ 15 bilhões, contra previsão inicial de R$ 4 bilhões.De acordo com Luciano Coutinho, o aumento estimado na tomada de crédito será financiado apenas com alocação de recursos. “São recursos do orçamento normal do banco. Não tem recurso novo. O que estamos fazendo é usar da maneira mais eficiente os recursos disponíveis.”Com a nova configuração, as condições do crédito para a indústria exportadora passam a ser: juros de 9,1% ao ano e prazo de até 36 meses para empresas inovadoras, juros de 9,1% ao ano e prazo de até 30 meses para micro, pequenas e médias empresas, juros de 9,5% ao ano e prazo entre 24 e 30 meses para bens de capital, juros de 11,53% ao ano e prazo de até 24 meses para bens de consumo e, por fim, juros de 15,75% ao ano e prazo até 24 meses para bens especiais e serviços.ModerfrotaO BNDES anunciou, ainda, destinação de R$ 300 milhões adicionais em recursos para financiamentos do Programa de Modernização da Frota (Moderfrota), destinado à compra de tratores e máquinas agrícolas. Com o recurso adicional, o Moderfrota passa a contar com R$ 860 milhões para crédito até o encerramento da safra em curso, no fim de junho. “O Ministério da Fazenda autorizou um remanejamento dentro do Plano Safra, de forma que agregamos [ao Moderfrota] saldos de rubricas não plenamente utilizadas”, explicou Luciano Coutinho.O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, disse que o financiamento é um dos pilares do Plano Nacional de Exportações, lançado em junho do ano passado.“Sem esse pilar, o plano de exportações perde força. O BNDES nos dá mais energia e responde à demanda. O que se verifica, agora, é que a demanda pelas exportações se amplia, como resultado da retração no mercado doméstico e realinhamento cambial.”Presente ao anúncio, o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Dyogo Oliveira, afirmou que o titular da pasta, ministro Nelson Barbosa, enviou mensagem de apoio ao Ministério do Desenvolvimento pelo estímulo à expansão das exportações.“Todos sabem o momento econômico que estamos vivendo e, ao nosso ver, as exportações são uma das portas de saída”, declarou Oliveira.Fonte: Empreendedor

Empreendedores Investem em plataforma de empréstimos

Biva teve que se adaptar ao sistema financeiro brasileiro para criar algo na área do empréstimo entre indivíduos

dinheiro, empréstimo, investimento (Foto: Marcos Santos/USP Imagens)
Um modelo de negócios que permite que pessoas emprestem dinheiros umas às outras: esse é o conceito depeer-to-peer lending (P2P). O segmento movimentou US$ 5,98 bilhões em 2014 no Estados Unidos e foi escolhido pelos empreendedores Jorge Vargas e Paulo David como uma oportunidade para empreender.Os empreendedores já tinham trabalhado juntos em um escritório de advocacia e, na hora de abrirem o negócio, juntaram um pouco de suas experiências. “Eu sou um cara com bastante experiência na área financeira e jurídica e o Paulo é apaixonado por empreendedorismo”, explica Vargas. Dessa junção, nasceu a Biva, uma sigla para “Bancando ideias, valores e ações”.Na hora de desenvolver a ideia, os sócios precisaram arranjar uma forma de adaptar o P2P para o sistema bancário brasileiro. Durante nove meses, se dedicaram a encontrar uma solução para esse problema e desenvolver a plataforma. Para atender as leis exigidas, os empreendedores fizeram parcerias com a instituições financeiras que geram os títulos para lastrear a operação. A principal instituição parceira do empreendimento atualmente é a Socinal.A Biva foi inaugurada, então, em abril de 2015 e, no mês seguinte, realizou sua primeira operação de empréstimo. Para montar a plataforma, Vargas e David contaram não só com dinheiro do próprio bolso como investimento inicial. O fundador do Nubank, David Vélez, foi o investidor-anjo da Biva. Além disso, os sócios receberam aportes de três fundos de venture capital: Kaszek Ventures, Monashees e Vox Capital.Enquanto as instituições financeiras tradicionais são remuneradas pelo spread bancário, a Biva repassa todos os juros pagos de uma ponta para outra. A remuneração da empresa vem de uma comissão de cerca de 5% sobre o valor do empréstimo aprovado, além dos serviços de aquisição dos clientes e análise de crédito efetuada. “Dentre empreendedores, investidores e pessoas com pedidos ainda não concluídos, a Biva tem mais de 25 mil cadastrados. Já recebemos mais de R$ 80 milhões em solicitações de empréstimos”, afirma Vargas.Para proteger os correntistas e investidores no caso de insolvência da instituição na qual eles estiverem ativos, a Biva tem uma parceria com o Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Todo investimento feito pela empresa é protegido por esse parceiro. O número de empréstimos da Biva varia bastante, mas Vargas garante que, em média, esse valor só cresce: “Dezembro é um mês de alta demanda, enquanto janeiro tende a ser o período com menor demanda do ano. Mas, recentemente, chegamos a fazer cerca de 100 operações de crédito em apenas um mês.”Assim como o Gaveteiro, a Biva foi uma das 35 selecionadas para o programa de aceleração organizado pela Endeavor e pela J.P. Morgan: o Programa Promessa J.P. Morgan Chase Foundation. Para 2016, os empreendedores esperam conceder cerca de R$ 50 milhões para mais de mil pequenas empresas que buscam crescer no mercado. “Muitos micro e pequenos empresários do Brasil estão abrindo mão de crescer seus negócios por conta da crise. Estamos aqui para mostrar que existe uma forma alternativa de crescimento”, afirma Vargas.
Fonte: PEGN

BNDES prepara linha de crédito para microempresas

Instituição apresentou proposta exclusiva para empresas que faturam até R$ 360 mil
Business men working
Agência Sebrae 04/02/2016
Em iniciativa inédita, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) apresentou na manhã desta quarta-feira (3), na sede do Sebrae Nacional, em Brasília (DF), uma proposta de linha de crédito para capital de giro direcionada a empresas que faturam até R$ 360 mil por ano – estão nessa faixa 78% das microempresas brasileiras. O objetivo é que no final de fevereiro estejam disponíveis empréstimos com taxas de até 18% ao ano. Os empréstimos dessa linha teriam garantia de 80% dos fundos garantidores (FGI, FGO e Fampe) e teto anual de R$ 30 mil. Além disso, a linha terá a orientação de diminuir a burocracia, dispensando a apresentação de documentos por parte dos clientes.
“Queremos uma operação autossustentável com foco no pequeno. Não é subsídio nem assistencialismo”, afirmou o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, à frente da mesa de negociações.
A apresentação foi feita em reunião com a presença de representantes da Associação Brasileira de Instituições Financeiras de Desenvolvimento (ABDE), Banco do Brasil e Caixa. No encontro, no entanto, não houve consenso sobre as taxas finais para os empreendedores. Os participantes se comprometeram a realizar novos cálculos e orientar os sistemas de tecnologia da informação das instituições financeiras para viabilizar o novo produto. Um próximo encontro foi marcado para o dia 17, na sede do Sebrae.
Na tarde dessa terça (2), o Banco de Desenvolvimento já havia anunciado que o prazo de amortização do Cartão BNDES será ampliado de 48 para 60 meses. Outros ajustes estão sendo acertados para aumentar a atratividade do cartão, sem onerar o cliente final, a exemplo do uso do Fundo de Aval da Micro e Pequena Empresa (FAMPE) como garantidor.
Fonte: BNDES prepara linha de crédito para microempresas - Empreendedor

Nasce uma nova Serasa? - Grandes bancos criam novo birô de crédito

Menos de três anos depois de se desfazer dos últimos resquícios da participação que detinhamNasce-uma-nova-serasa-grandes-bancos-criam-novo-biro-de-credito-televendas-cobranca Menos de três anos depois de se desfazer dos últimos resquícios da participação que detinham na Serasa Experian, empresa que se tornou sinônimo de informação sobre os maus pagadores no país, os grandes bancos brasileiros se uniram para criar uma nova companhia que vai, na prática, concorrer com sua antiga criação.Ontem, Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Itaú Unibanco e Santander assinaram memorando de entendimento para constituir uma empresa gestora de inteligência de crédito, que vai reunir informações cadastrais de clientes pessoas física e jurídica, assim como dados sobre seus pagamentos feitos em dia e sobre seus calotes. Cada banco deterá 20% do capital e indicará o conselho da companhia, com executivos com dedicação exclusiva.O presidente da Federação Brasileira da Bancos (Febraban), Murilo Portugal, afirmou a jornalistas que o projeto permitirá redução da inadimplência e ampliação do crédito. Ele disse que também será uma forma de aumentar e qualificar a competição do mercado de fornecimento de informações de crédito, que tem hoje três grandes participantes: Serasa, Boa Vista Serviços e SPC Brasil.Com uma empresa própria, os bancos têm incentivos adicionais para fazer andar o projeto de criar um cadastro positivo no país, um banco de dados com informações de bons pagadores regulamentado em 2012. Em funcionamento desde agosto de 2013, essa base de dados conta com apenas 2,5 milhões de inscritos, quase nada quando comparada às quase 150 milhões de contas correntes que existem no Brasil. Não faltaram críticas aos bancos por falta de empenho em preencher essa base, embora Portugal afirme que as instituições financeiras estão comprometidas com o projeto e desenvolveram sistemas para tal.“Acreditamos que com o passar do tempo, o projeto vá diminuir os custos da má qualidade da decisão de ofertar o crédito. Nos Estados Unidos, a criação de mecanismos semelhantes levou a uma redução de inadimplência na ordem de 43%”, disse Portugal. Para ele, magnitude similar poderia ocorrer no país no longo prazo, sem especificar um período.Segundo Portugal, a capilaridade dos grandes bancos, somada à experiência na elaboração de modelos de risco de crédito, serão os diferenciais da nova empresa, que deve entrar em operação nos próximos quatro anos. Em 2016, os bancos vão desenhar o modelo de negócio da operação, que vai atender não só os sócios, mas também todo o mercado que demandar informações de crédito. O acordo de criação da empresa é não vinculante e precisa de aprovação regulatória.Não deixa de ser curioso que os bancos ergam uma empresa desse tipo pouco menos de uma década depois de iniciar a venda da Serasa, empresa que montaram em 1968. Os bancos venderam 70% da participação que detinham na Serasa para a Experian em 2007 por US$ 1,3 bilhão (cerca de R$ 2,3 bilhões na época). Em 2012, a empresa britânica exerceu o direito de comprar o restante e pagou R$ 3,1 bilhões (US$ 1,5 bilhão) para Itaú, HSBC, Bradesco e Santander.O Valor apurou que expirou em janeiro de 2014 uma cláusula de não-competição assinada pelas instituições financeiras.“Após a venda da Serasa, a legislação mudou, em especial no que diz respeito a responsabilidade legal pelo uso de dados. Foi criada, por exemplo, a figura da responsabilidade solidária e objetiva, além de novas possibilidades de coleta de dados, não só negativos [de inadimplência], como positivos também”, disse Portugal, lembrando que houve uma grande expansão do mercado de crédito. “Todas essas circunstâncias levaram os bancos a rever a posição que tinham sobre a indústria e decidiram ter novamente uma participação mais intensa nessa área”.Portugal afirmou que mais de 20 empresas, nacionais e internacionais, foram consultadas para fazer parte do projeto, incluindo a própria Serasa. A Febraban acabou contratando a LexisNexis para desenvolver o sistema.“Não haverá nenhum direcionamento dos bancos pela empresa da qual são proprietários. Eles vão continuar sendo clientes de várias empresas fornecedoras de informações de crédito”, afirmou Portugal. “O benefício principal para os bancos não vai ser economizar ou deixar de pagar tarifas às empresas que prestam esse serviço hoje, mas sim na redução da inadimplência”. Os demais bancos membros da Febraban serão convidados a se tornar acionistas.Fonte: Nasce uma nova Serasa? - Grandes bancos criam novo birô de crédito - Televendas & Cobrança

Empresários aprovam novas medidas de crédito

Para o presidente do Brasdesco, Luiz Carlos Trabuco, a oferta de crédito não deverá pressionar a inflação e pode até ajudar a baixar os juros
Agência Brasil 29/01/2016
As medidas de estímulo ao crédito que devem injetar R$ 83 bilhões na economia, anunciadas hoje (28) pelo governo, foram recebidas com simpatia pelos empresários e representantes do setor produtivo que participaram da reunião desta quinta-feira do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, no Palácio do Planalto. O chamado Conselhão estava desativado há mais de um ano e meio.Para o presidente do Brasdesco, Luiz Carlos Trabuco, a oferta de crédito não deverá pressionar a inflação e pode até ajudar a baixar os juros. “A oferta de crédito está num nível adequado e quando se oferta mais crédito a gente pode ter uma disputa até pelo preço e pela taxa de juros, acho que é o momento adequado para isso. O crédito é sempre algo que tem de ser colocado com oferta máxima, porque ele vai atender as demandas”, disse.Para Trabuco, o crédito tem que existir “em tempos duros e maduros” e, neste momento difícil vivido pela economia brasileira, pode ajudar a preparar o país para a retomada do crescimento. Para isso, no entanto, é preciso reconquistar a confiança do consumidor brasileiro, segundo o presidente do Bradesco.“O crédito é dirigido ou para investimento – e a taxa de investimento neste momento está baixa, precisamos retomar a confiança. E o crédito de consumo também está [baixo] porque o desemprego provocado pela desaceleração faz com que as pessoas estejam extremamente conscientes na tomada de crédito. Nós precisamos virar esse jogo”, afirmou.Estímulo à indústria A preocupação com o desemprego também foi lembrada pelo presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan, como um dos fatores que está “paralisando a economia brasileira”. Na opinião do executivo, a retomada do chamado Conselhão, e o apoio político que os membros deste colegiado estão oferecendo ao governo devem colaborar para passar ao cidadão a sensação de confiança nos rumos do país.“Não tenho dúvida que poderemos estabilizar sim a indústria especificamente, não só a automotiva, mas a indústria como um todo. Nossos investimentos estão aí, a capacidade produtiva está aí, o que nós precisamos é voltar a gerar confiança no consumidor brasileiro. Porque hoje o que paralisa o mercado interno é o medo de perder o emprego. Esse medo de perder o emprego está provocado pelas questões políticas que correram a economia brasileira”, avaliou.Para Moan, a iniciativa de retomar o Conselhão foi positiva não apenas pela “reabertura do diálogo” com os vários setores representados nele, mas também por mostrar a “disposição de se realizar quantas reuniões sejam necessárias para que a gente possa criar as medidas” necessárias para a saída da crise.O presidente da Anfavea destacou o anúncio do governo de oferecer refinanciamento do Programa de Sustentação do Investimento (PSI) e do Programa de Financiamento de Máquinas e Equipamentos (Finame) como iniciativa positiva porque “visa não prejudicar o investidor que acreditou no Brasil e ao tomar o financiamento para investimento encontrou uma recessão bastante severa”.Crédito e manutenção do emprego Já o estímulo ao crédito na construção civil, também anunciado hoje pelo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, deixou satisfeito o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins.Segundo Martins, a caderneta de poupança é um dos grandes fundings (financiadores) da construção civil e a queda dessa aplicação provocada pelo aumento dos juros no último ano teve efeito ruim sobre o setor. Agora, a expectativa é que o dinheiro proveniente do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) ajude a repor a perda. “Esse aporte equivale a 20% do que a caderneta de poupança perdeu ano passado”, comparou.O dirigente da CBIC disse que a oferta de crédito para o setor imobiliário pode não ser suficiente para repor os postos de trabalho já fechados na construção civil, mas ajudará a evitar o fechamento de novas vagas em 2016.“Quando disponibilizo mais recursos para o crédito imobiliário, estou deixando de parar obras ou vou iniciar obras, algumas delas já foram até vendidas. Então, claro que quando eu faço dessa forma, com essas medidas que foram anunciadas, ajuda – não vou dizer a recuperar emprego – a não acontecer o que aconteceria em 2016 se não tivesse nenhum tipo de medida”, afirmou.O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, disse que, além das novas linhas de crédito que serão abertas, com a oferta de mais recursos, em breve a instituição anunciará uma reformulação no cartão do banco.“Nós temos ainda o cartão BNDES que, no ano passado, desembolsou R$ 11 bilhões. Estamos aperfeiçoando o cartão”, adiantou.
Fonte: Empresários aprovam novas medidas de crédito - Empreendedor

Micro e pequenas empresas serão dispensadas de contratos em cartório

Sebrae e BNDES traçam caminhos para facilitar acesso dos pequenos negócios a empréstimos com juros mais baixos que os atuais
Agência Sebrae 28/01/2016

O fim do registro em cartório de contratos de empréstimo para pequenos negócios, cujo custo chega a R$ 2 mil, foi o principal acordo fechado na tarde de ontem (27) entre o presidente do Sebrae Nacional, Guilherme Afif Domingos, e o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho.  A reunião, realizada na sede do Sebrae, também abordou a possibilidade de criação de uma nova linha de crédito para as micro e pequenas empresas, em especial, as que faturam até R$ 360 mil por ano.

“Hoje, 85% das micro e pequenas empresas estão nas três primeiras faixas de faturamento do Simples Nacional. Esse empresário não está vendo a cor do dinheiro e é por ele que estamos nos empenhando”, destacou Afif.

Em relação a novas linhas de crédito, os principais alvos são o Cartão BNDES, produto voltado à concessão de financiamento para micro e pequenas empresas, e o Progeren, destinado à capital de giro. A ideia é pulverizar a distribuição de recursos desses fundos para priorizar os pequenos negócios, com juros de 15% a 18% ao ano e empréstimos de até R$ 30 mil. A ideia é ter como garantidores o Fundo de Aval da Micro e Pequena Empresa (Fampe), do Sebrae, e o Fundo Garantidor de Investimentos (FGI), do BNDES. “Pagando juro de agiota, ninguém consegue sobreviver. Daí a necessidade de dar oxigênio mais puro, uma linha de crédito mais compatível para melhorar as condições de operação das micro e pequenas empresas”, afirmou.

Na próxima semana, uma reunião deve juntar os participantes de hoje e representantes de instituições financeiras, visando viabilizar tecnicamente da forma mais rápida possível esse novo produto para as micro e pequenas empresas.

O encontro teve ainda a presença de Maurício Borges Lemos, diretor de Administração Financeira e Operações Indiretas do BNDES, e de Juliana Santos da Cruz, superintendente do BNDES da área de Operações Indiretas, e de uma equipe técnica do banco que estava no Rio de Janeiro e participou da reunião por meio de videoconferência.
Fonte: Micro e pequenas empresas serão dispensadas de contratos em cartório - Empreendedor

Cooperativa é boa opção para investidores em época de juros altos

As cooperativas de crédito vem se consolidando como uma boa opção para o pequeno investidor no Brasil
O Copom manteve a taxa Selic em 14,25% ao ano. Mesmo assim, a taxa básica de juros do Brasil continua sendo uma das mais altas do mundo. O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central tenta domar a inflação que, oficialmente, ultrapassou os 10% em 2015 no Brasil. Tarefa difícil quando já houve aumento de tributos e impostos, neste início de ano, por parte do governo federal e também em 20 estados. Tarifas de transporte público foram reajustadas e o dólar continua subindo. Como defender o patrimônio nesse cenário econômico?As cooperativas de crédito vem se consolidando como uma boa opção para o pequeno investidor no Brasil. O que já é realidade em países da América do Norte e da Europa. Na Alemanha, por exemplo, mais de 30% da população é correntista de cooperativas de crédito. Essas instituições movimentam quase 20% do volume de recursos do mercado financeiro alemão (fonte: Portal do Cooperativismo Financeiro).O associado de uma cooperativa financeira pode ter acesso a juros de crédito menores e remuneração maior por títulos emitidos pela instituição em comparação com os bancos comerciais. Ao final de cada ano, se houver sobras de capital no caixa, como a instituição não pode ter lucros, a quantia volta aos cooperados.Em 2015, o rendimento para quem investiu no Sicoob Cecres, cooperativa de crédito dos empregados e servidores da Sabesp e em empresas de Saneamento Ambiental do Estado São Paulo, foi de 12,44%. Mais do que investimentos como Poupança, Ações Livres e Renda Fixa. Segundo o presidente do Sicoob Cecres, João Carlos Bibbo, “nesse momento, as cooperativas se mostram os melhores investimentos entre aqueles considerados seguros, além de serem justas e protetoras de seus correntistas, afinal o cooperado é dono da instituição e a cooperativa não visa lucros. Visa o bem estar de todos”.As cooperativas de crédito podem disponibilizar os mesmos serviços oferecidos pelos bancos, entre eles estão: cartão de crédito e débito, previdência privada, seguros e consórcios. As diferenças estão no atendimento ao cooperado e nas facilidades para acesso ao crédito a taxas reduzidas.
Fonte: Cooperativa é boa opção para investidores em época de juros altos - Empreendedor

Solução de cobrança do Sicredi recebe o Prêmio Relatório Bancário

Solucao-de-cobranca-do-sicredi-recebe-o-premio-relatorio-bancario-televendas-cobrancaNova ferramenta permitiu a recuperação de R$ 550 milhões de crédito apenas nos primeiros seis meses de 2015A última edição do Prêmio Relatório Bancário reconheceu o Sicredi na categoria “Cobrança (Solução)”, pelo case Cobrando o próprio dono: desafios de cobrança no cooperativismo de crédito. Organizada pela Cantarino Brasileiro, a premiação elege as principais contribuições e práticas do setor e seus fornecedores.Para transpor esse desafio, o Sicredi implantou um programa de renovação tecnológica do Ciclo de Crédito, cujo objetivo é proporcionar maior eficiência, padronização, automatização e segurança nos processos de concessão, manutenção, cobrança e gerenciamento do crédito. A ferramenta adotada foi o CyberFinancial, desenvolvida pela Infinnix e implementado pela Peopleware, que permitiu a otimização do processo de cobrança dos associados e a padronização nas cooperativas de crédito filiadas ao Sicredi.Com a implementação da plataforma, o Sicredi ampliou o controle sobre a gestão da carteira de inadimplentes e reduziu expressivamente os custos de sua operação. Além de manter o direcionamento estratégico da cobrança sem perder a flexibilidade ou conflitar com as culturas regionais e específicas de cada cooperativa associada ao Sistema.O rollout do CyberFinancial foi concluído no segundo semestre de 2014. Nos primeiros seis meses deste ano, foram feitos, em média, 5 milhões de acionamentos/mês, cobrados 418 mil títulos/mês e um volume de R$ 550 milhões de crédito recuperado no período.“O modelo de negócio do Sicredi, baseado no cooperativismo, impõe alguns desafios ao processo de cobrança. Não temos clientes, mas sim associados, que são donos do negócio. Essa característica precisa ser levada em consideração”, ressalta Fabiano Vilanova, gerente de Recuperação de Crédito do Banco Cooperativo Sicredi. “Ao mesmo tempo, precisamos manter uma linha mestra das estratégias de cobrança, garantindo padronização e eficiência no processo, bem como a autonomia das cooperativas e aderência à cultura e às necessidades específicas de cada mercado e região onde atua o Sicredi”, complementa.Nesse sentido, a adoção do CyberFinancial permitiu ao Sicredi estabelecer estratégias de cobrança diferenciadas, por faixas de atraso, valor e produtos, distribuindo as operações inadimplentes para três assessorias de cobrança parceiras. Além disso, possibilitou a implementação de uma central de cobrança interna, atendendo de forma compartilhada cooperativas de crédito de livre admissão, com uma metodologia única, que garante o cumprimento dos normativos dos órgãos reguladores e legislações vigentes, sem perder as características de um sistema cooperativo, no qual os associados que tomaram crédito são os próprios “donos”.Outros benefícios adicionais da plataforma foram o aprimoramento das bases cadastrais, que melhoram o índice de contato efetivo com os associados inadimplentes para cobrança, bem como a geração de relatórios gerenciais, para acompanhamento do desempenho da recuperação de crédito.Fonte: Solução de cobrança do Sicredi recebe o Prêmio Relatório Bancário - Blog Televendas & Cobrança

MEI esbarra na falta de acesso ao sistema financeiro

Apesar de 77% quererem crescer como empresa, menos da metade dos empreendedores individuais têm conta em banco
Poder emitir nota fiscal e crescer como empresa são um atrativo à formalização, mas os microempreendedores individuais (MEI) esbarram na dificuldade de crédito. Dos 5,6 milhões de empresários cadastrados nessa categoria, menos da metade (45%) possui algum tipo de relacionamento com bancos como pessoa jurídica, segundo pesquisa elaborada pelo Sebrae Nacional.O estudo mostra que 77% vivem exclusivamente da renda como empreendedor individual, mesmo percentual dos que pretendem crescer e se tornar microempresas, mostrando uma visão empresarial do negócio que administram. Na prática, no entanto, se inserem frequentemente como pessoa física no sistema financeiro.Comparados com as pequenas empresas, os microempreendedores individuais são os que proporcionalmente mais fizeram empréstimos bancários em nome da pessoa física nos últimos cinco anos: 46% – contra 17% dos microempresários e 8% dos empresários de pequeno porte.Além disso, 80% dos MEI utilizam hoje algum tipo de financiamento que não passa por instituições financeiras (negociação com fornecedores, cheque pré-datado ou outro tipo de transação). Apenas 40% dos empreendedores individuais obtiveram empréstimo em bancos nos últimos cinco anos. Esse percentual baixa para 20%, em 2015, e metade deles foram bem-sucedidos.Sobre o MEI O MEI é um programa de formalização e inclusão econômica e social estabelecido pela Lei nº 128/2008. Atende a empreendedores que faturam até R$ 60 mil por ano de forma simplificada, descomplicada e com redução de carga tributária. Ao se formalizar, o Microempreendedor Individual passa a emitir nota fiscal, torna-se um segurado da Previdência Social e pode participar de licitações públicas.Fonte: MEI esbarra na falta de acesso ao sistema financeiro – Empreendedor

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