Bunge ultrapassa a BRF como a maior empresa de Santa Catarina

As 100 grandes empresas catarinenses apresentaram evolução em indicadores importantes como soma de receitas e média de rentabilidade, de acordo com o ranking da Amanhã e PwC.No agronegócio, a Bunge se tornou a maior empresa de Santa Catarina, com BRFna vice-liderança.Ao alcançar uma receita 8,4% superior em 2017, totalizando R$ 38,8 bilhões, a Bunge acabou ultrapassando em faturamento a gaúcha Gerdau, que ainda é a maior empresa da região Sul pelo critério de Valor Ponderado de Grandeza (VPG).Pelo mesmo critério, a empresa tomou o lugar da BRF como segunda maior empresa do Sul.Operando no vermelho desde 2016, a dona das marcas Sadia e Perdigão teve prejuízo de quase R$ 1,1 bilhão no ano passado. Mas ainda ocupa a primeira posição em patrimônio líquido no estado.Ainda no campo do agronegócio, uma novidade importante é o ingresso da Coopercentral Aurora no grupo das cinco maiores de Santa Catarina.A empresa expandiu em 13% a sua receita líquida em 2017, faturando R$ 1,87 bilhões.Assumiu o 5º lugar, deixando para trás a Eletrosul, que viu sua receita líquida encolher mais de 30%.A Parati, fabricante de biscoitos, apresentou um salto de 96 posições no ranking 500 Maiores do Sul.A companhia foi adquirida pela norte-americana Kellogg, em outubro de 2016, por R$ 1,3 bilhão.A Agemed também se fortaleceu entre as 500, avançando 77 posições.No total, o estado passa a ter quatro empresas entre as dez primeiras colocadas no ranking do Sul: Bunge (2º lugar), BRF (3º lugar), WEG (6º lugar) e Engie Brasil(10º lugar).Ainda no ranking das 500, as 121 representantes de Santa Catarina possuem o menor nível de endividamento entre as empresas do Sul, apresentam a maior margem de rentabilidade sobre a receita e o maior índice de liquidez.O ranking completo pode ser conferido clicando aquiVPG* 2017 em R$ milhões:
  1. Bunge Alimentos: 19.912,69
  2. BRF: 19.134,25
  3. WPA Participações e Serviços S/A (Weg): 8.809,07
  4. Engie Brasil Energia S/A (Ex-Tractebel Energia): 6.421,80
  5. Coopercentral Aurora: 4.184,16
  6. Eletrosul Centrais Elétricas S/A: 3.844,74
  7. Celesc e Controladas: 3.764,26
  8. Tupy S/A e Controladas: 2.489,46
  9. Cooperativa Agroindustrial Alfa: 1.634,19
  10. Raizen Mime Combustíveis S/A: 1.614,26
VPG: Valor Ponderado de Grandeza. Resulta da soma de patrimônio (com peso de 50%), receita líquida (40%) e resultado líquido do exercício (10%). 

Alice Matos - Da paixão pelo mundo fitness ao negócio milionário

Saiba como a catarinense Alice Matos transformou a paixão pelo mundo fitness num negócio milionário

Influenciadora digital e dona de uma marca mundialmente conhecida, a catarinense é hoje uma das personalidades mais badaladas do meio fitness

Alice Matos
 Quando Alice Matos decidiu investir na malhação para chegar “sarada” no verão de 2010 nem de longe imaginava o quanto isso mudaria a sua vida. Uma das personalidades mais conhecidas no mundo fitness, com quase dois milhões de seguidores nas redes sociais, ela comanda ao lado da família uma marca que se tornou referência para quem gosta de malhar com estilo. A Labellamafia é vendida hoje em mais de mil lojas no Brasil e 350 mundo afora, além de ter lojas próprias na Finlândia, em Barcelona, Colômbia, Venezuela, Bolívia e México.Com uma mega fábrica em Palhoça, de onde sai praticamente tudo que é produzido, Alice prefere não falar sobre faturamento, mas tem orgulho de contar como o destino se encarregou de sua história. Ao lado do então namorado e hoje marido Giulliano Puga, que é o diretor criativo da empresa, ela chegou a vender biquíni como ambulante na areia da praia. Uma espécie de laboratório para a empresária e garota-propaganda que viria a se tornar anos depois.Com um corpo onde cada músculo parece ter sido esculpido, Alice hoje rentabiliza em praticamente tudo o que faz. Possui contratos com marcas internacionais para divulgar produtos como suplementos, comida saudável e artigos de beleza, participa de eventos e se desdobra para manter a forma mesmo com a rotina corrida. Foi numa dessas vindas a Floripa, sua terra natal, que ela bateu um papo comigo e eu conheci melhor essa “gigante” de apenas 1,61m de altura.Você foi uma precursora entre as influenciadoras fitness. Como percebeu esse nicho? Quando eu comecei a postar meus treinos e alimentação, em 2010, não imaginava que ia se transformar no que é hoje. Meu marido me filmava e as pessoas foram se interessando. Tem gente que me segue desde essa época, foi um crescimento muito orgânico e é bacana ver como fui acompanhando esse boom da rede social.Como começou o interesse pela vida saudável? Minha mãe sempre fez questão de ter alimentos naturais em casa, tinha muitos legumes, frutos do mar, pouca comida enlatada e fui criando essa consciência desde pequena, me alimentando com pouca gordura, alimentos mais frescos, é o que tento fazer até hoje.Em que momento o hobby se transformou em trabalho? Eu sempre gostei de praticar esportes, em 2010 comecei a praticar musculação mais a sério e em menos de um ano já estava com shape de competição de fisiculturismo. Quando meu treinador perguntou se eu queria participar fiquei surpresa, na época era um tabu mulher com músculos, mas arrisquei e fui vice-campeão brasileira. Adorei aquela atmosfera e fui competir fora do Brasil também, consegui alguns destaques e sempre trabalhei muito as minhas redes sociais mostrando que eu não estava preocupada com o primeiro lugar, mas em me divertir.Que história é essa que você chegou a vender biquíni na praia? Foi o primórdio da parceria com meu marido, em 2008. Os pais do Giulliano no início da vida juntos venderam roupas na praia como ambulante, no Guarujá, e ele cresceu nesse universo. Um dia ele me fez essa proposta. Era verão, férias da faculdade, ele ia com a mochilinha e algumas peças no braço e eu na frente chamando atenção, já era garota propaganda. (risos)A Alice garota-propaganda também impulsionou a Labellamafia… A empresa já existia desde 2007, no início era mais focada em streetstyle, começou com a família do meu marido. Meu sogro sempre teve muito tino para o comércio e na época ele teve a ideia de lançar uma linha mais fitness. Quem fazia academia só encontrava peças mais básicas, florais, e resolvemos fazer algo diferente. Daí meu esposo me filmava usando as peças nos treinos, valorizava o melhor ângulo e as pessoas foram se interessando. Mais do que conhecer meu público eu fazia parte dele, testava as peças e dava sugestões para valorizar as partes do corpo, deixar mais confortável. Tinha essa pegada do streetstyle no fitness e a galera começou a pedir cada vez mais. Eu ia para os campeonatos fora do Brasil e dava de presente para as meninas, elas amavam as roupas e nós vimos que existia esse nicho internacional que posteriormente acabou virando o nosso office de Miami.O visual esportivo acabou invadindo o guarda-roupa feminino de uma maneira geral. Sim, é a chamada moda athleisure, mistura das palavras athletic + leisure, que são essas roupas casuais feitas para serem usadas para a prática de exercícios mas não só isso, e que acompanham um desejo das consumidoras por peças mais práticas, confortáveis e estilosas.As vendas pela internet ajudaram nesse crescimento? A gente começou no e-commerce muito antes de outras empresas, mas por necessidade. Quando fizemos a mudança em 2010 do streetstyle para o fitness não foi uma mudança muito planejada, foi algo necessário porque a gente tinha um grupo de representantes que nos deixou na mão e precisávamos dar vazão ao estoque. A alternativa foi a venda online. Hoje a gente ainda vende bastante pela internet.Como é trabalhar com a família? Pode rolar um stress de vez em quando, é normal, mas a gente tenta dividir. Como a fábrica é bem grande, cada um cuida de uma parte e a gente tenta não levar muita coisa de trabalho pra casa.Seu marido também é fitness? Zero, inclusive ele gosta de ficar comendo de propósito na minha frente!Como é a sua rotina de treino? Eu treino cinco vezes na semana, musculação e aeróbico, e quando tenho um evento minha dieta fica mais restrita, pra poder ficar com o corpo mais sequinho. No restante do tempo tento equilibrar dieta e exercício. Se não consigo me exercitar como gostaria, dou uma controlada maior na alimentação.Tinha noção de que a empresa atingiria esse patamar? Eu confesso que não tinha, mas a comunicação da marca sempre foi voltada para o público de fora, sempre em inglês, uma linguagem diferenciada, o Giulliano sempre conseguiu enxergar isso muito bem. Hoje você posta na internet e pessoas do mundo inteiro buscam, até dos Emirados Árabes. Tem uma história engraçada, uma vez eu cheguei lá para treinar e uma das nossas revendedoras era personal trainer da família real dos Emirados Árabes e eu perguntei para quem ela vendia as roupas , que tinham decotes e eram coloridas já que na rua elas só andam de preto, mas ela me disse que nas academias em casa e só para mulheres quanto mais colorida e decotada for a roupa melhor. Fiquei surpresa.Além das roupas para mulheres, vocês estão investindo no público masculino também… Sim, a Lamafia a cada coleção duplica a quantidade de vendas. A marca masculina tem uma pegada mais street, não é tão fitness, e esse estilo faz muito sucesso lá fora, onde os homens se permitem usar umas coisas diferentes.Inclusive alguns famosos já usaram? Sim, os jogadores Neymar, Daniel Alves, os cantores Lucas Lucco e Ludmilla, entre outros famosos, como Marcos Mion, Felipe Titto e Martha Graeff.Quais os planos para o futuro? Nós queremos consolidar cada vez mais a marca nos Estados Unidos, e depois Barcelona, já temos um centro de distribuição nos dois lugares.Raio x Alice Matos Idade: 33 anos Natural de: Florianópolis Altura: 1,61m Peso: 58 Kg Percentual de gordura: 14%Agora, assista ao vídeo com a entrevista completa

Empresários vão contratar temporários para fim do ano em SC

Cerca de 38% dos empresários pretendem contratar temporários para fim do ano em SC

Recuperação da economia impacta no mercado de trabalho, aponta Fecomércio SC
A expectativa com as vendas de Natal e a temporada de verão 2018 já começaram a aquecer o mercado de trabalho em Santa Catarina. Cerca de 37,9% dos empresários pretendem ampliar o quadro de funcionários no fim do ano, conforme aponta a pesquisa Trabalhadores temporários no comércio – Temporada de Verão de 2018, realizada pela Fecomércio SC com 398 empresas em sete cidade de SC.A entidade projeta a criação de cerca de 2,5 mil vagas temporárias formais no comércio e 5,5 mil no setor de serviços, com contrato de trabalho por tempo determinado. Na temporada de 2017 foram criadas 1.320 vagas no comércio e 4.786 nos serviços, conforme dados do CAGED do Ministério do Trabalho.O cenário econômico em recuperação deve impactar no número de contratações. “Santa Catarina já vem apresentando sinais de retomada mais consistentes do que a média nacional desde o início do ano, com a maior variação no volume de vendas do país, saldo positivo de emprego e estabilização da renda. Esses indicadores devem refletir na abertura de vagas para a temporada”, avalia o presidente da Fecomércio SC, Bruno Breithaupt.Os segmentos de supermercados e de vestuário, os dois setores mais movimentados neste período, devem ser os maiores contratantes. Para esta temporada estima-se que 18% das vagas criadas para atender o aumento na demanda serão efetivadas, abaixo da média (20%), mas superior ao resultado de 2016 (16%).

FNAC - SÓ RESTA UMA LOJA NO BRASIL

FNAC FECHA AS PORTAS NA AVENIDA PAULISTA

Agora só resta a loja do Shopping Flamboyant, em Goiânia

Há 14 meses, a Livraria Cultura anunciou que havia adquirido as operações da rede francesa de livrarias Fnac no Brasil - um movimento que causou estranheza, num primeiro momento, para o mercado editorial já que a própria Cultura vinha enfrentando uma séria crise financeira - uma crise que está longe de ter fim. Se devia dinheiro para seusfornecedores, como poderia fazer um negócio como esse, questionavam profissionais do setor. À época, a Fnac tinha 12 lojas em 7 Estados.Na realidade, a Cultura comprou a operação da Fnac, mas acabou recebendo dinheiro da empresa francesa para renegociar passivos - e retomar a rentabilidade das lojas ou acabar de vez com a presença da empresa no País.A segunda alternativa foi ficando evidente com o fechamento em cadeia das lojas da Fnac iniciado há alguns meses - a Fnac Pinheiros, sua primeira no Brasil, fechou em junho - e intensificado nos últimos dias com o encerramento das unidades do Shopping Morumbi, Campinas, Curitiba e Brasília.No domingo, 16, quem passou pelo número 901 da Avenida Paulista viu as portas da loja fechada e o aviso de que a livraria continuava atendendo pelo seu site.Com essa notícia, a Fnac está a um passo de sair de vez do Brasil. Agora só resta a loja do Shopping Flamboyant, em Goiânia - e não se sabe até quando.Procurada para comentar o fechamento da loja da Paulista, o futuro da de Goiânia e seu próprio futuro, a Cultura respondeu, por meio de sua assessoria de imprensa, que "não comentará nem divulgará dados das suas operações". Disse ainda: "A Livraria Cultura segue o seu planejamento estratégico para os próximos anos: manter unidades com boa performance, procurando sempre melhorar a experiência do cliente em loja, e reforçar a presença em e-commerce".

Exportação em Santa Catarina cresce 50,9% em agosto

As exportações de Santa Catarina somaram US$ 1,2 bilhão em agosto.O valor é 50,9% superior ao registrado no mesmo mês em 2017.A causa do aumento foi devido a ampliação dos embarques de carne de aves (aumento de 57,8%), soja (avanço de 202%), farelo de soja (elevação de 1.477%), madeira compensada (crescimento de 44%) e máquinas para aquecimento (aumento de 13.900%).Os dados são do Ministério do Desenvolvimento e foram divulgados pela Fiesc.A produção industrial do estado em julho cresceu 8,3% em relação ao mesmo mês do ano passado, o quinto melhor resultado do país.O percentual está acima da média nacional, que no período foi de 4%.No acumulado do ano, o estado registra crescimento de 4,6%, valor também acima da média nacional que foi de 2,6% no período.Em relação às importações catarinenses, em agosto totalizaram US$ 1,5 bilhão, o que representa uma ampliação de 29,5% frente ao mesmo mês de 2017.De janeiro a agosto, o estado exportou US$ 6,27 bilhões, alta de 9,8% em relação ao mesmo período no ano anterior.Entre os principais produtos da pauta de embarques estão: carne de aves (alta de 24,6%), soja (crescimento de 10,8%) e partes para motor (avanço de 6%).Com relação aos principais parceiros comerciais no acumulado do ano, China se apresenta como o principal destino dos produtos catarinenses, com 15,5% do total exportado, desempenho 37% superior ao do ano anterior.Na sequência aparecem Estados Unidos (14,6%), Argentina (8,8%), Japão (4%) e México (3,8%).Veja aqui o Relatório Completo

Comércio Exterior em alta - 90% das exportadoras de SC vão vender mais

90% das exportadoras de SC vão vender mais para o exterior neste ano e em 2019

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Pesquisa junto a 182 empresas exportadoras feita pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) apurou que 90% estimam expansão de vendas no exterior tanto este ano quanto em 2019. Ano passado, o Estado obteve US$ 8,511 bilhões com exportações, 12% mais que em 2016. A cifra foi a soma de vendas de 2.551 empresas, das quais 1.451 micro e pequenas. Apesar de ser maioria, as pequenas e micro faturaram apenas US$ 205,9 milhões, 2,41% do total. Esse percentual precisa e pode ser maior. 

Nesta reportagem, vamos apresentar oito exemplos de empresas de SC com diferentes portes e  que enfrentaram desafios distintos na hora de conquistar o mercado externo. A WEG, por exemplo, começou exportando via terrestre ao Paraguai. Já a Sadia e a Perdigão - hoje marcas da BRF - fizeram as primeiras vendas ao Oriente Médio; e a Tupy iniciou nos Estados Unidos. A Audaces conseguiu o primeiro cliente na Argentina, a Temasa estreou no México e a Nugali em Dubai. Pequenas e novas, a Ralo Linear foi convidada para vender na Costa Rica e a Biozenthi, na Austrália.

Entidades priorizam incentivos às exportações

Confiante de que SC tem grande potencial no exterior, a nova diretoria da Fiesc elegeu como uma das prioridades dos próximos anos a internacionalização de empresas ao lado do incentivo à inovação e à indústria 4.0. Nessa mesma linha, o Sebrae/SC, a Associação Catarinense de Tecnologia (Acate) e algumas prefeituras estão incentivando a expansão de negócios internacionais. Em março a Acate abriu uma filial em Boston, EUA, para dar suporte a negócios no exterior. 

A Fiesc elabora um programa de inserção internacional para difundir da cultura de negócio global, adianta a presidente da Câmara de Comércio Exterior da entidade, Maria Teresa Bustamante, que tem mais de 35 anos de atuação na área internacional. 

– Esperamos que o empresário catarinense consiga dar um passo à frente, se tornar exportador, importador, consiga efetivamente participar da cadeia de valor global porque o nosso Estado precisa ter uma alavancagem de mundo na veia. O empresário, tem que pensar estrategicamente de forma global. Não pode ficar só no mercado brasileiro porque não é único e não é suficiente – alerta Bustamante.

Segundo ela, o objetivo é convergir todas as ações e programas visando essa mudança. A Fiesc conta com o Centro Internacional de Negócios e o Observatório da Indústria, este que elaborou um passo a passo para exportar. 

 

Startup ajuda nos primeiros passos para exportar

Mas o incentivo ao comércio exterior não se restringe a entidades. Lançada há cerca de dois anos em Florianópolis, a startup Intradebook orienta os passos para fazer negócios com o exterior, observa o fundador Alfredo Kleper Lavor. 

– Nossa plataforma já tem usuários em 124 países – diz o empreendedor, que firmou convênios com as prefeituras de Florianópolis, São José e Campo Grande e busca parcerias com entidades voltadas a pequenas empresas.  

Hoje as tecnologias facilitam trocas de informações e serviços e há mais redes de apoio. Para os empresários basta determinação, ação e persistência. Mas para os governos, 

Bustamante alerta que é preciso uma reforma tributária para o comércio exterior.

 

Exportações impulsionam economias

Os países com maior crescimento econômico contam com o impulso da internacionalização, especialmente das exportações. O principal exemplo é a China, que alcançou crescimento médio anual de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) nas últimas três décadas e projeta ser a maior economia do planeta em 2030. O mercado internacional não é fácil, especialmente para atuar a partir do Brasil.Hoje, enquanto guerra comercial liderada pelos EUA preocupa, o dólar alto devido à crise política interna ajuda exportadores, mas para ser uma empresa global é preciso superar cada crise. 

Santa Catarina quer navegar nessa rota internacional com uma velocidade maior do que a atual para ter receitas mais robustas. Porém, para isso, é preciso que as companhias exportadoras do Estado avancem mais lá fora e milhares de outras empresas de médio e pequeno porte se abram ao exterior.


Em julho ocorreu um aumento de 26,9% nas exportações Catarinenses

Aumento de 26,9% nas exportações Catarinenses

Depois de duas quedas consecutivas, causadas principalmente pela paralisação dos caminhoneiros, as exportações catarinenses voltaram a subir no mês passado. Em julho, as vendas para o exterior cresceram 26,9% em relação ao mesmo período do ano passado, somando US$ 940,05 milhões. Frente a junho, o incremento foi de 27,3%. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços e foram divulgados nesta semana.De janeiro a julho de 2018, Santa Catarina embarcou  US$ 5,08 bilhões, o que o mantém como oitavo maior Estado exportador do país, respondendo por 3,73% do total. Em relação ao mesmo período de 2017, as vendas catarinenses cresceram 3,32%, enquanto que no cenário nacional o desempenho foi de 7,9%.A presidente da Câmara de Comércio Exterior da Federação das Indústrias de SC (Fiesc), Maria Teresa Bustamante, explica que o resultado positivo em julho está relacionado ao câmbio mais favorável, mas principalmente por ser um período de cumprimento contratual, quando as empresas efetuam as vendas:— O primeiro semestre do ano termina com entrega maior de exportações, porque são contratos que começam a ser renovados. O resultado é positivo e continua mostrando a curva de crescimento das vendas, que já está aparecendo desde a comparação de 2017 com 2016.A alta catarinense neste ano foi puxada pela exportação de aves, que registrou crescimento de 18,73% em relação aos sete meses do ano passado. O Estado responde por quase um terço do produto brasileiro vendido ao mercado externo. Já a queda mais acentuada foi o da carne suína (-10%), percentual representativo para Santa Catarina, que detêm metade das exportações do item no país.O diretor-executivo do Sindicato da Indústria de Carne e Derivados em SC (Sindicarne), Ricardo de Gouvêa, afirma que esse decréscimo está relacionado à suspensão da exportação para a Rússia, desde o final do ano passado, país que era destino de cerca de 40% da exportação da carne suína brasileira:— Com a suspensão, nós conseguimos aumentar um pouco a exportação da China, mas em montante menor, então de fato baixou o volume.No entanto, ele reforça que a expectativa é melhorar esse resultado nos próximos meses com a possibilidade de retomada das vendas para Rússia. A exportação de frangos deve continuar no mesmo patamar, apesar do embargo europeu, devido à conquista de outros mercados, como o da China. Diante disso, o país asiático se destaca como o destino com o maior crescimento no acumulado deste ano em relação às exportações catarinenses: 22% (US$ 768,5 milhões).A China só perde para Estados Unidos, que se apresenta como o maior destino dos produtos catarinenses, com 15,64% do total exportado (US$ 793,8 milhões).Importações também sobemAs importações do Estado em julho também tiveram crescimento significativo, de 22,9% em relação ao mesmo mês do ano passado, somando US$ 1,37 bilhão. Com o resultado, Santa Catarina registrou um déficit da balança comercial de US$ 430 milhões. No acumulado do ano, o déficit é de US$ 3,7 milhões. No Brasil, o resultado foi um superávit  de US$ 34 milhões.A presidente da Câmara de Comércio Exterior da Fiesc explica que as importações catarinenses geralmente têm valor mais alto, porque estão muito focadas em insumos e componentes para produção:— O ponto relevante é que as importações são de componentes voltados à produção, o que pode reverter mais tarde para exportações. Significa que o empresariado catarinense está buscando uma matriz de fornecedores e insumos entre fabricantes nacionais e estrangeiros para melhorar a produtividade.Os produtos que mais cresceram em importação no acumulado deste ano em relação ao ano passado foram cobre refinado (31,27%) e fios de filamentos sintéticos (25,74%). (Diário Catarinense)

Serasa - Micro e pequenas empresas com dívidas atrasadas crescem 9,5% em junho

Serasa - Micro e pequenas empresas com dívidas atrasadas crescem 9,5% em junho

Segundo a Serasa Experian, junho de 2018 registrou 5,174 milhões de micro e pequenas empresas inadimplentes no Brasil. É mais um recorde histórico desde março de 2016, quando teve início a série. Na comparação com o mesmo mês de 2017 (4,727 milhões), o crescimento foi de 9,5%. Na relação com maio deste ano (5,122 milhões), a alta foi de 1,0%.De acordo com os economistas da Serasa Experian, diante da lenta retomada do crescimento da economia brasileira, a dificuldade na geração de caixa das pequenas empresas e o aumento do custo de matérias-primas refletiram na evolução da inadimplência entre as MPEs.
MêsMPEs Inadimplentes
abr/185.079.723
mai/185.121.966
jun/185.174.137
Apesar dos consecutivos avanços no indicador, as reduções nas taxas de juros, promovidas ao longo do primeiro semestre de 2018, podem contribuir para a sua estabilização. A avaliação é de que oportunidades para renegociações de contas em atraso – entre elas está o serviço Recupera PJ (www.serasarecupera.com.br) – sejam incentivadas, e venham trazer uma consequente recuperação da capacidade de empresas destes portes de usar novamente o crédito para financiarem seu crescimento.Entre os setores de mercado, os índices voltaram a apresentar os referenciais de participação de suas atividades entre os 5,174 milhões micros e pequenas empresas brasileiras com CNPJs negativados no sexto mês de 2018Serviços respondeu por 46,5% do total, seguido pelo Comércio (44,5%) e pela Indústria (8,6%).Os indicadores por regiões do país também sinalizaram similaridade com patamares observados nos meses anteriores. A maioria absoluta das MPEs que estão vermelho continua concentrada no Sudeste (54,3%). Nordeste (16,1%), Sul (15,8%), Centro-Oeste (8,7%) e Norte (5,2%) repetiram em junho/2018 a sequência já apurada pelo levantamento.
Região% de MPEs Negativadas em Junho/2018
Sudeste54,3%
Nordeste16,1%
Sul15,8%
Centro-Oeste8,7%
Norte5,2%
No topo do ranking estadual de MPEs negativadas, São Paulo figura absoluto e totalizou, em junho deste ano, 1,707 milhão de micros e pequenas empresas inadimplentes, 1,3% superior ao consolidado de maio/2018 (1,686 milhão). A participação paulista permanece equivalente a um terço (33%) de todas as companhias destes portes endividadas no Brasil. As posições seguintes continuam ocupadas por Minas Gerais (11,0%) e Rio de Janeiro (8,3%) – o estado fluminense registrou ainda a maior alta (13,6%) na inadimplência do segmento, na comparação com junho/2017.Conheça os indicadores de participação de todos os estados:
Estado% de MPEs negativadas
AC0,23%
AL0,82%
AM1,25%
AP0,22%
BA4,83%
CE2,49%
DF1,88%
ES2,00%
GO3,68%
MA1,57%
MG10,95%
MS1,13%
MT2,01%
PA1,90%
PB1,00%
PE2,96%
PI0,69%
PR5,81%
RJ8,30%
RN1,12%
RO0,75%
RR0,17%
RS5,93%
SC4,01%
SE0,62%
SP33,00%
TO0,66%
Veja as grandes dicas que o Samy Dana falou na matéria que saiu na Globo:
  • Capital de giro: muitos empresários erram no capital de giro. Ele é o quanto você precisa para fazer o descasamento entre pagamentos e recebimentos. O mal dimensionamento desse capital pode ser um problema! Exemplo: recebe em 60 dias mas paga fornecedor em 30.
  • Maturidade do negócio: nem sempre um negócio se pagará do dia para a noite, dependendo do ramo pode demorar 1 ano ou mais.
  • Sazonalidade: dentro do ano, existem meses mais tranquilos ou melhores que outros. Atenção aos períodos de vacas magras!
  • Paixão não é suficiente: ser apaixonado pelo que faz é importante, mas não é o suficiente para ter sucesso. Exemplo: se você é apaixonado por culinária, não garante que terá sucesso abrindo um restaurante
Confira o vídeo na íntegra em:  GloboPlay 

Agemed - Planos de saúde na dose certa

Ao completar 20 anos, a Agemed pulou de 3 mil para 350 mil usuários com um faturamento que alcança hoje R$ 650 milhões
Crescer em tempos de crise não é nenhum mistério para o economista e empresário Pedro Assis, presidente da Agemed Planos de Saúde. A empresa, criada em 1998 em Joinville (SC), iniciou as atividades com uma carteira inicial de 3 mil beneficiários e encerrou 2017 com aproximadamente 350 mil usuários. O faturamento, que alcançou R$ 3 milhões em 1998, ultrapassou recentemente os R$ 650 milhões, com um crescimento médio de 50% ao ano. Os dez funcionários dos primeiros tempos são hoje 300, sem contar com outros 450 consultores comerciais. Mas o que torna ainda mais fascinante a trajetória da empresa catarinense foi que ela nasceu quase por acaso. Na época, Pedro Assis ainda era funcionário de carreira da Tigre S/A, uma das maiores empresas do país na área de tubos e conexões. Encarregado pelo então presidente da empresa, Cau Hansen, de melhorar a carteira de benefícios dos colaboradores da Tigre, Assis elaborou um plano focado em um conceito de autogestão empresarial de benefícios – que anos mais tarde se consolidaria na Agemed. Naquele momento, a Tigre entendeu a grandeza que o negócio poderia adquirir e preferiu ser cliente de Assis, incentivando o graduado funcionário a comandar seu próprio negócio. De acordo com Assis, foi a visão inovadora de Cau Hansen que implantou um modelo de gestão participativa, reduzindo hierarquias e privilegiando as equipes, que possibilitou o impulso inicial daquela que viria a se tornar uma das maiores operadoras de planos de saúde do país.Após assumir o comando da empresa Assis permaneceu prestando seus serviços para a Tigre, mas o crescimento rápido foi inevitável e o portfólio de produtos ganhou estrutura para alcançar o mercado nacional, o que ocorreu de forma efetiva a partir de 2001. Para o fundador da Agemed, o trabalho em equipe foi – e ainda é – o grande diferencial da empresa, que aumentou nada menos que 48 vezes de tamanho, de 2000 a 2014. “Graças à colaboração de muita gente, estamos vivendo um momento que é fruto do trabalho de uma equipe que virou uma grande família”, assegura. Segundo ele, o DNA que fez a Agemed crescer nessa direção foi a elaboração de planos baseados em um modelo que prevê consultas, exames, procedimentos laboratoriais e também internações. Para o comandante da Agemed, um dos segredos do sucesso também reside no fato de todos os novos produtos ofertados no mercado passarem antes pela aprovação de funcionários e de sua própria família. “Recentemente a linha Premium foi lançada, mas antes foi testada primeiro na minha família, depois entre nossos funcionários e finalmente levamos ao mercado. Graças a isso o resultado foi uma satisfação total”, ensina.Consolidada entre as 40 maiores operadoras de planos de saúde do país, especializada na prestação de serviços a empresa e seus colaboradores, a Agemed alcançou atender em duas décadas de mercado organizações dos mais variados portes e perfis. Presente nos estados de Santa Catarina, do Rio Grande do Sul, do Paraná e do Mato Grosso, a empresa figura entre as operadoras de saúde que mais crescem no Brasil e se destaca pela rede credenciada com clínicas, laboratórios e profissionais de saúde de todas as especialidades, além de hospitais que são referência. Um dos trunfos de Pedro Assis foi conceber planos de saúde que se adaptassem às necessidades dos clientes, graças a uma vivência real das necessidades mais usuais de uma clientela que nunca teve acesso a um plano. Isso possibilitou que muita gente que nunca tinha pensado em ter um plano de saúde passasse a desfrutar dessa possibilidade, de acordo com os limites de seu poder aquisitivo. O sucesso da estratégia foi responsável por mais de 100 mil novas adesões, só no ano passado. Por outro lado, o empreendedor tem bem claro o que o diferencia nesse mercado tão disputado. “Nossos serviços são terceirizados na sua totalidade, portanto não concorremos com os prestadores de serviços, ficamos com a gestão”, define. O fato de não possuir unidades próprias foi um elemento positivo para a expansão, já que muitos usuários atendidos em clínicas e hospitais conveniados passaram a aderir ao plano da empresa. Também impulsionou o crescimento da empresa a organização empresarial de base familiar, que teve importância essencial na expansão. Em 2006, em parceria com o Hospital Dr. Bermiro Saggioratto, de Lages (SC), a operadora abriu uma agência na cidade. No ano seguinte, os filhos de Assis – Francini, Pedro e Soraia – atuaram diretamente na expansão nas regiões de Florianópolis, Blumenau e Itajaí. Hoje a Agemed conta com agências comerciais em Santa Catarina, no Rio Grande do Sul, Paraná, Mato Grosso e Distrito Federal. A especialização em planos corporativos e a adequação às necessidades dos clientes proporcionou que muitos trabalhadores pudessem satisfazer aquele que é um dos benefícios mais importantes para as famílias, a saúde e o acesso a planos que garantam um bom tratamento. Outro diferencial que impulsionou o crescimento da empresa foi sua cultura organizacional, baseada em uma comunicação eficiente. Todas as semanas o Presidente participa de programas voltados à equipe interna e aos corretores e veiculados em canais próprios de comunicação.Além disso, os produtos e serviços diferenciados constituem uma marca do negócio. Desde 2015 a empresa comercializa a Linha Premium que disponibiliza ao beneficiário, além dos serviços convencionais – consultas, exames, procedimentos ambulatoriais e hospitalares – o exclusivo Médicos On Line, serviço que garante orientação por telefone a qualquer hora do dia e de qualquer local, e ainda o atendimento domiciliar para urgências e emergências.Com a experiência acumulada em 20 anos de mercado, a Agemed tem como alvo agora atingir a marca de 1 milhão de beneficiários até 2020. Para impulsionar a meta, a operadora vai construir hospital próprio em Joinville, o Monte Hermon, que vai receber investimentos de aproximadamente R$ 120 milhões e gerar mais de dois mil empregos diretos e indiretos. O empreendimento vai complementar a rede oferecida e atender beneficiários residentes em localidades onde não há oferta de procedimentos de altíssima complexidade.

NÚMEROS DA AGEMED

350 mil usuários15 mil novos cadastros por dia650 mi Faturamento em 2017

PLANOS DE SAÚDE

EmpresariaisPlanos flexíveis financeiramente, destinados a empresas de todos os portes – a partir de 1 funcionário – com benefícios adicionais como ótica, farmácia e odontologia. Exclusivos e na modalidade de franquias para consultas, exames e procedimentos.Linha PremiumAcesso a uma equipe de médicos 24 horas por dia, através do Médicos On Line, atendimento domiciliar, marcação de consultas com profissionais preferidos pelo cliente, identificação dos melhores especialistas de acordo com cada demanda.BenefíciosFlexibilidade na negociação de cada plano específico, benefícios ambulatoriais adicionais e maior apelo na atração e retenção de talentos, redução e custos através de planos diferenciados e ganhos no custo-benefício.

REDE CREDENCIADA

CONVÊNIOS

Além dos procedimentos clínicos, cirúrgicos, obstétricos e atendimentos de urgência e emergência, os convênios alcançam uma ampla rede credenciada de farmácias, atendimento de urgência nas principais cidades e capitais do país, através de mais de 567 operadoras, 5 mil dentistas filiados através da rede Uniodonto, compra de lentes e armações parceladas.Clube de VantagensA indicação ou adesão ao contrato gera pontos e benefícios que vão desde ganhos financeiros em saques e transferências, bônus em pagamentos e compras online, descontos de até 40% em escolas de idioma e informática, cursos gratuitos na FGV e uma linha direta para falar com o presidente.Frase:” O resultado alcançado pela Agemed é fruto do trabalho de uma equipe que virou uma família.”PEDRO ASSIS, FUNDADOR E ADMINISTRADOR DA AGEMED

LINHA DO TEMPO

1998

Pedro Assis concebe em Joinville o projeto inicial do que viria a ser a Agemed. No início, funcionava como um plano exclusivo e direcionado à Tigre, empresa onde trabalhava, na área de Recursos Humanos. 

2001

Ainda prestando serviços à Tigre, a Agemed organiza e amplia o portfólio de produtos, ganhando estrutura e entrando definitivamente no mercado nacional. 

2005

A empresa consolida-se entre as 40 maiores operadoras de planos de saúde do país, graças à concepção de planos empresariais flexíveis e da linha Premium. 

2007

Francini, Pedro e Soraia Assis, filhos do fundador, atuam diretamente na expansão da Agemed nas regiões de Florianópolis, Blumenau e Itajaí, em Santa Catarina. 

2014

A empresa comemora um crescimento de tamanho de 50 vezes em menos de 15 anos, com presença destacada nos estados de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e no Distrito Federal. 

2016

100 mil novas adesões aos planos de saúde em um único ano colocam a empresa como uma das mais promissoras do país em seu ramo de atividade.

2017

A Vanquisher, empresa  do grupo atua na expansão comercial da Agemed. Parceiros recebem treinamento especial e a operadora aumenta a presença nos estados do Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso do Sul. 

2018

A empresa prepara-se para a construção do Hospital Monte Hermon, em Joinville, um empreendimento de R$ 120 milhões, que irá gerar 2 mil empregos e oferecer aos beneficiários procedimentos médicos de altíssima complexidade. 

Ricardo Eletro terá controle norte-americano

Fundo Apollo vai pagar R$ 500 milhões e renegociar dívida de R$ 1,28 bilhão

Troca de comando. O fundador Ricardo Nunes deve deixar a presidência, mas continuará na gestão
Quem quiser negociar desconto diretamente com o dono da Ricardo Eletro – jargão usado pelo fundador da empresa, Ricardo Nunes – agora vai ter que falar com o fundo norte-americano Apollo, que vai assumir o controle da Máquina de Vendas, dona da marca fundada pelo mineiro de Divinópolis, no Centro-Oeste do Estado. Fontes ligadas à rede afirmam que o controle vai trocar de mãos até o fim deste mês. Tudo será feito por meio de um plano de recuperação extrajudicial, ou seja, um acordo firmado fora das esferas da Justiça.Não se trata de uma venda, mas, sim, de um aporte de R$ 500 milhões. Além de investir, o fundo está renegociando a dívida de R$ 1,28 bilhão do grupo, junto a bancos e fornecedores. Por enquanto, a participação do novo proprietário não está definida, mas, certamente, será superior a 51%. O empresário Ricardo Nunes deixará a presidência, mas, como minoritário, vai permanecer na gestão dos negócios.Terceira maior do Brasil no ramo de eletrodomésticos, a Máquina de Vendas só perde para o grupo Via Varejo (Casas Bahia e Ponto Frio) e para o Magazine Luiza. Atualmente, o faturamento está na casa dos R$ 5,5 bilhões, mas chegou a R$ 9 bilhões, em 2014. De lá para cá, o número de lojas caiu praticamente pela metade, assim como os empregos: de 23 mil colaboradores para 13,8 mil.Até 2014, a Máquina de Vendas estava em franca expansão e chegou a incorporar marcas como a Insinuante, City Lar, Salfer e Eletro Shopping. Entretanto, com o agravamento da crise econômica, a integração acabou sendo atropelada. Na avaliação do professor de MBA de varejo da Fundação Getulio Vargas (FGV), Ulysses Reis, o infortúnio da Ricardo Eletro foi coincidir o período de expansão com a crise, que provocou uma grande mudança no perfil de consumo.“A partir de 2015, as pessoas deixaram de lado o modelo de comprar em várias prestações e com juros altíssimos, pois, devido ao alto nível de endividamento, a prioridade passou a ser quitar as dívidas”, justifica o professor.Segundo Reis, outro fator que justifica a queda do faturamento é a mudança na necessidade de consumo. “A maioria das pessoas já comprou TVs, geladeiras e outros produtos da linha branca. O máximo que pode haver é uma reposição”, comenta o professor.As dificuldades financeiras estão rondando a Máquina de Vendas há pelo menos dois anos. No ano passado, os bancos Santander, Itaú e Bradesco chegaram a deter 51% da holding.Máquina de Vendas demitiu  pessoas em quatro anosEm quatro anos, a Máquina de Vendas fechou quase 400 lojas e demitiu cerca de 9.000 pessoas. Por meio da assessoria de imprensa, a rede disse que não vai comentar a transição do controle. Entretanto, fontes ligadas ao comando do grupo garantem que não haverá mais cortes. “Trata-se de um processo de reestruturação que vem acontecendo há pelo menos dois anos. As lojas que tinham que ser fechadas já foram. A ideia, agora, é organizar a casa e manter as atuais unidades”, explica a fonte, que preferiu não ser identificada na reportagem. A Máquina de Vendas, que chegou a ter 1.050 lojas e gerar 23 mil empregos em todo o país, atualmente tem 657 unidades e emprega 13,8 mil pessoas.Embate é ruim para 66% das empresasOs possíveis efeitos da guerra comercial entre as duas maiores economias do planeta já estão sendo antecipados pela maior parte das companhias em atuação no Brasil. Dos 130 executivos consultados no fim de julho pela Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos (Amcham), 66% já incluem como riscos aos seus negócios o aumento de custos causado pela imposição de tarifas ou a queda de receitas provocada pela perda de fatias de mercado.Em análises internas, 53% dessas empresas consideram a guerra comercial como uma ameaça de média proporção. Para 13%, esses riscos são altos. “A percepção dos empresários no Brasil seguem em linha com a estimativa que as tarifas aplicadas às exportações brasileiras poderiam subir de 5% para 32%”, afirmou a presidente da organização no Brasil, Deborah Vieitas.“No cenário de guerra comercial, não há vitoriosos, embora alguns setores brasileiros possam ganhar no curto prazo, especialmente no setor de commodities”, complementa a presidente da Amcham. Os participantes da pesquisa acreditam que as perspectivas de médio prazo são de que os países mais atingidos pelo aumento de tarifas dos EUA buscarão outros mercados para suas exportações.A pesquisa ainda aponta que a principal barreira para integração do Brasil no mercado global, para 31% dos entrevistados, é a insegurança jurídica para investimentos. Também foram mencionados custos poucos competitivos e falta de acordos comerciais ou de investimento. Em relação às negociações entre Brasil e Estados Unidos, 56% dos empresários pensam que o governo brasileiro deveria adotar uma postura mais ativa de diálogo.

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