Entrega expressa da DHL no Brasil vai dobrar até 2023, diz executivo

Segundo os cálculos, a previsão é que até o fim deste ano ocorra ao menos mais uma expansão de sede ou inauguração de central de serviços expressos no país

Mike Parra diretor-executivo da DHL Express

O diretor-executivo da DHL Express para as Américas, Mike Parra, disse que o segmento de transporte rápido da companhia alemã deverá dobrar seu tamanho no Brasil até 2023.

"O mercado brasileiro está em crescimento para nós, e nossas estações estão ficando pequenas. Por isso estamos abrindo um segundo centro de serviços em Campinas e inaugurando outro no Rio. Também há a expansão em Belo Horizonte", afirmou Parra na ocasião de apresentação à imprensa da nova sede de inovação da DHL em Chicago.

Segundo seus cálculos, a previsão é que até o fim deste ano ocorra ao menos mais uma expansão de sede ou inauguração de central de serviços expressos no país. "Dobramos nossos negócios no Brasil entre 2018 e 2019, e queremos fazer isso novamente nos próximos 36 a 48 meses. Dobro de receitas, de carregamentos e de empregados."

Além dos projetos já citados nas cidades acima, o braço da companhia alemã responsável por entregas expressas já conta com centrais nas cidades de São Paulo, Santos, Brasília, Ribeirão Preto, Curitiba e Porto Alegre.

Questionado sobre os desafios da logística no Brasil, Parra afirmou que as poucas linhas aéreas comerciais no país são um entrave para a operação da companhia alemã.

"Você tem Gol, Azul e Latam. E elas já têm parcerias com diferentes grandes empresas. O Mercado Livre fez um anúncio de cooperação com a Azul, há rumores sobre uma aliança da Amazon com a Gol. Então isso limita as oportunidades", afirmou.

"Por isso vemos as chances que existem para começarmos a investir no nosso próprio transporte aéreo de cargas ou de fecharmos parcerias com outras companhias da região."

Parra disse ainda que ouve falar dos planos de privatização dos Correios há 23 anos. Segundo ele, qualquer empresa que assumir o comando da estatal vai enfrentar um grande desafio.

"Elas [companhias que vierem a assumir os Correios] têm de dar continuidade ao aumento dos preços baseados nas estruturas já existentes no país. Então vai ser um desafio para qualquer um."

Centro de inovação
A companhia, que comemora 50 anos em 2019 e pertence a empresa postal Deutsche Post desde 2002, inaugurou nesta quinta-feira (12) em Chicago seu primeiro centro de inovações para as Américas. O espaço será destinado a uma equipe inicialmente de 20 pessoas.

Esse grupo se dedicará a pensar, propor e buscar no mercado soluções tecnológicas para todos as divisões da DHL -desde entrega expressa e gerenciamento de frete até gestão de cadeias logísticas, armazenamento e distribuição.

Segundo a chefe de inovação da sede de Chicago, Gina Chung, as soluções serão pensadas para a realidade de todos os países da América, incluindo o Brasil.

Ela disse que hoje a DHL conta com a ajuda, por exemplo, da weme, empresa de Campinas, que conecta startups brasileiras a grandes empresas. "Temos parcerias para identificar em startups locais inovações para o nosso mercado de logística."

Foi da subsidiária brasileira da DHL, por exemplo, que surgiu a ideia da companhia alemã em desenvolver o rastreamento de produtos via WhatsApp.

Das máquinas e dos robôs apresentados na sede de Chicago, grande parte deles já está em operação no Brasil, como carro elétrico e óculos digital que cataloga produtos.

"Já estamos também experimentando drones, mas dentro dos armazéns para contagem dos produtos e na segurança", disse Javier Bilbao, diretor-executivo para América Latina da divisão de armazenagem e distribuição da DHL.

Além da nova sede americana, a empresa tem outros dois centros de inovação, um na Alemanha e outro em Singapura.

Precisa de tranporte Express, estamos prontos para lhe atender.


DHL Express terá novo terminal logístico no aeroporto de Lisboa

A DHL Express e a ANA Aeroportos de Portugal assinaram um acordo para a construção de um novo terminal logístico da empresa de distribuição no aeroporto de Lisboa, que funcionará a partir de 2020.

 Após a assinatura do documento, José António Reis, diretor-geral da DHL Express Portugal, informou que a empresa poderá começar a construir a partir de 01 de janeiro de 2019, num terreno que ultrapassa os 21 mil metros quadrados, sendo a área de construção de cerca de 11 mil metros quadrados e a área de implementação de quase seis mil metros quadrados.
Ao garantir acesso à placa do aeroporto, a DHL Express vai assumir o ‘handling’ da sua mercadoria e, no final, ganhar em “termos de eficácia cerca de uma hora a uma hora e meia mais cedo”, o que significa “colocar a mercadoria de forma mais rápida na rua” resumiu o responsável à agência Lusa.“Todo este investimento obedece a uma lógica da DHL Express para, por um lado, sermos mais eficazes, mais rápidos e também para garantir outro tipo de segurança de envio aos nossos clientes e confere outro tipo de capacidade para responder ao crescimento das exportações, ao próprio crescimento das importações e ao fenómeno das compras ‘online'”, acrescentou.O contrato hoje assinado prevê que a DHL possa estender a permanência no novo terminal até 40 anos, informou ainda José António Reis, referindo que, nos planos da empresa, está concentrar no aeroporto “todas as localizações da grande Lisboa , incluindo a sede”.O projeto futuro deverá traduzir um aumento de contratações entre 5 a 10%, com o diretor a sublinhar tratar-se de “emprego qualificado” face à aposta na tecnologia, cujo investimento ronda os oito milhões de euros.“Seguramente vamos manter e eventualmente conseguir absorver os crescimentos com a frota que temos atualmente”, referiu à Lusa.À questão sobre se o novo aeroporto do Montijo foi equacionado como local de operação, o diretor geral respondeu que a DHL “está, de alguma forma, a colocar os meios financeiros, mas este é um investimento da DHL e a da ANA”.“E parece-me que seria um pouco descabido a ANA estar a contratualizar com a DHL um investimento desta natureza para que toda esta parte da carga aérea se movimentasse para o outro aeroporto”, disse à Lusa.Em abril de 2019, a empresa espera receber os primeiros veículos elétricos, estando a nova infraestrutura pensada para “alimentar esse tipo de veículos”.Pela ANA, Francisco Pita comentou que este acordo representa a evolução na operação de carga, que “acompanha aquele que tem sido o crescimento do Aeroporto de Lisboa”.A DHL Express Portugal tem como atividade o transporte expresso internacional de encomendas e documentos, servindo a totalidade do território nacional através de 10 instalações e mais de 300 ‘service points’ com serviço expresso internacional.A empresa tem uma equipa de 500 especialistas e uma frota composta por cerca de 200 veículos operacionais e três aviões garantem diariamente a ligação de Portugal com os grandes centros operacionais em todo o Mundo. A DHL faz parte do Grupo DeutschePost DHL que gerou receitas superiores a 60 mil milhões de euros em 2017.

CANAIS DE VENDA ONLINE