Confira algumas possibilidades de interação criadas pelas mídias sociais que ajudam a aproximar as marcas de seus clientes
Mais do que estar no centro das relações digitais estabelecidas entre as pessoas ao redor do mundo, pode-se afirmar, sem hesitações, que as mídias sociais mudaram para sempre a vida dos usuários da rede mundial de computadores.Além de unir, por meio de redes sociais, comunidades de pessoas que compartilham de um mesmo interesse sem estabelecer limites de fronteiras, a social media também derrubou o muro que separa empresas de pessoas, permitindo uma interação sem precedentes entre marcas e clientes. É nesse ambiente que as empresas se aproximam dos seus consumidores, conhecem seus perfis de compra e aprendem com suas preferências e reclamações.No final, essa relação traz vantagens para os dois lados: as marcas entendem melhor as necessidades dos seus consumidores, enquanto estes recebem um tratamento mais alinhado com suas expectativas.Confira abaixo cinco possibilidades de interação criadas pelas mídias sociais que ajudam a aproximar as marcas de seus clientes:1. Perfil social da marcaEstar presente nas mídias sociais é ser visto, ser encontrado e ser lembrado. Para tanto, é preciso manter um perfil próprio, que dê um rosto à pessoa. O mesmo raciocínio se aplica para as marcas. “Ter um perfil permite que a marca construa um relacionamento com os seus clientes, por meio do conteúdo, respostas e estímulo à conversa”, afirma Ana Maria Bicca, Social Media Coordinator da Cadastra, agência de marketing digital full service. Segundo ela, é na mídia social que a marca participa do cotidiano dos seus seguidores, além de contar com a vantagem de ter o feedback direto do seu público para redefinir estratégias. Mas atenção: perfil não atualizado é perfil esquecido. “Não basta estar ali, é preciso ser ativo, produzir conteúdo e interagir com o público. O conteúdo é importante para contextualizar os valores, identidade e posicionamento da marca”, conclui.2. Parceria com influenciadoresA relação com influenciadores digitais abre uma nova frente no universo de estratégias de marketing na mídia social. Com ela, as marcas se comunicam com seu público-alvo por meio de ações junto a personalidades que detêm a atenção e a credibilidade de sua audiência. “As pessoas frequentam as mídias sociais para navegar em universos que façam sentido para suas vidas, buscando conteúdos que agreguem profissionalmente e também para o dia-a-dia delas. Nesse ambiente, os influenciadores são aqueles que criam conteúdo relevante e acessível. A vantagem para uma marca usar um influenciador na sua comunicação é estar inserida dentro desse conteúdo relevante”, afirma Gian Barbera, que é sócio da iFruit, agência pioneira do ramo de digital influencers. Barbera conta que, frente à demanda de grandes marcas por parcerias em mídias sociais, a iFruit decidiu fechar seu próprio casting interno de influenciadores para oferecer para o mercado.3. Análise de comportamentoAs mídias sociais também são um verdadeiro banco de dados a céu aberto. Além das informações fornecidas para a criação de um perfil, os usuários deixam rastros por meio de postagens, curtidas, compartilhamentos e outras interações que permitem analisar seus hábitos de consumo e programar ações de marketing personalizadas. “O crescimento de aplicações Big Data abre caminho para o desenvolvimento de soluções cada vez mais inteligentes e efetivas para se aproximar do consumidor”, afirma Bruno Gianelli, sócio-diretor da Betalabs, empresa especializada em plataforma de gestão para o comércio eletrônico. Exemplo disso são as notificações de push por navegador ou aplicativo. Essa tendência tem se consolidado diante de um número crescente de sites e apps que disponibilizam o envio de notícias ou novidades sobre produtos para toda sua base de usuários, de acordo com o especialista.4. Posts patrocinadosUma estratégia de marketing fundamental para uma marca atingir seu público, e, mais que isso, atrair nova clientela, são os posts patrocinados nas mídias sociais. “O conteúdo patrocinado é fundamental para a marca alcançar um público específico para seu segmento. Através de campanhas patrocinadas, conseguimos definir o raio de alcance da divulgação, além de faixa etária, sexo, dentre outros filtros finos para geração de novas ações”, diz Thiago Regis, diretor de novos negócios da agência de marketing digital Pílula Criativa. Ele reforça que, no caso de empresas de pequeno e médio porte, é estratégico investir em publiposts, conteúdos compartilhados em outros perfis e campanhas patrocinadas.5. Relacionamento e Customer ExperienceAlém de ser um espaço para produção e divulgação de conteúdo, a mídia social também é um canal ideal de relacionamento com o cliente. Pelo conceito de Customer Experience, não basta apenas vender um bom produto para agradar o consumidor, mas oferecer uma experiência que vá além da venda para que ele se lembre da marca e siga se relacionando com ela. De acordo com a Mutant, empresa brasileira com foco em Customer Experience, para se comunicar com o cliente, a marca precisa conhecer o seus hábitos e suas necessidades, além de acompanhá-lo fora do ambiente de compras. As redes sociais criam essa oportunidade de contato que amplia a experiência do usuário. Esse relacionamento impacta no nível de satisfação do cliente, gerando engajamento e fidelidade com a marca.Fonte: Empreendedor
SERVIÇOS DE COMPARTILHAMENTO DE CARROS ELÉTRICOS COMEÇAM A OPERAR NO PAÍS
Em Fortaleza já são 2 mil usuários; em São Paulo lançamento é no mês que vem
Abrir a porta de um carro elétrico, ligar o motor e circular pela cidade pagando um pequeno valor por minuto. Isso com apenas alguns toques no celular. Essa é a proposta de novos serviços de compartilhamento de veículos que começam a ser testados no país. Seguindo conceito já consagrado em outros países, o sistema de transporte público conhecido como carsharing já está em funcionamento em Fortaleza e estreia em São Paulo no início de julho, numa aposta de usar a tecnologia para melhorar o trânsito das cidades e reduzir as emissões de gases poluentes.O VAMO (Veículos Alternativos para Mobilidade) estreou na capital cearense há seis meses, e hoje possui duas mil pessoas cadastradas. Trata-se de um piloto, com apenas 20 carros elétricos, distribuídos por 12 estações espalhadas pela cidade. O modelo é parecido com o de aluguel de bicicletas, presente em várias capitais brasileiras há anos. O usuário faz o download de um aplicativo no celular, cadastra um cartão de crédito e fica apto a alugar um carro.— Nós só fazemos um contato direto, que é para conferir a documentação e oferecer um test drive, para explicar como o carro funciona — explica Simone Varella, diretora de Comunicação e Marketing do Hapvida Saúde, patrocinador do projeto em parceria com a prefeitura.Por ainda ser um programa piloto, o pequeno número de veículos e estações é limitador, mas cerca de 1,5 mil viagens mensais são realizadas pelo serviço. O público é formado principalmente pelos mais jovens, mais adeptos da tecnologia e dos hábitos sustentáveis. O custo inicial é de R$ 20 por 30 minutos, depois desse período é cobrado R$ 0,80 por minuto, sendo que o valor é reduzido caso o tempo seja longo. Para viagens acima de quatro horas, por exemplo, o minuto sai por R$ 0,40.Estão disponíveis dois modelos de veículos, sendo um pequeno, para dois passageiros, e outro maior, com capacidade para até seis pessoas. Toda a frota é elétrica e com câmbio automático. Os carros ficam carregando em pontos de abastecimento, como tomadas gigantes, que são para uso exclusivo do serviço. Por esse motivo, um dos temores era o vandalismo, mas, segundo Simone, em seis meses nenhum caso foi registrado.— Nós percebemos que os usuários estão incorporando o carsharing na vida deles. Dirigem com cuidado, com carinho. Ainda não registramos nenhum acidente — pontua Simone.Carros de luxo em São Paulo
Em São Paulo, o Urbano LDSharing será lançado no próximo dia 9. O projeto piloto terá 60 veículos, sendo 30% deles elétricos. Diferente da experiência cearense, o primeiro serviço de carsharing paulista será no modelo free floating. Os carros ficam estacionados e devem ser devolvidos em determinadas áreas, mas sem pontos fixos. O cadastro é feito apenas com a habilitação, foto e um cartão de crédito. Depois disso, bastam três clique no celular para começar a rodar.— Primeiro, o usuário clica para abrir o aplicativo e localizar onde está o carro mais próximo, clica para reservar o carro e tem 15 minutos para chegar até ele. Mais um clique e o carro é destravado. A chave fica dentro, num compartimento — explicou Leonardo Domingos, diretor executivo da LDS Group.Os modelos oferecidos pelo serviço são os luxuosos BMW i3 e Smart ForTwo, da Daimler Mercedes Benz. Os usuários não precisam se preocupar com combustível e seguro, está tudo incluído na taxa de uso. O Urbano é um pouco mais caro que o VAMO, com corrida inicial de R$ 29 por 20 minutos, e R$ 1,20 por minuto adicional, que pode chegar a até R$ 0,60 se o tempo de uso for superior a seis horas.— No início, a pouca cobertura é um entrave, mas nós vamos expandir de acordo com a demanda. A meta é terminar o ano com 100 a 120 carros, e no ano que vem termos 500 — contou Domingos. — É um modelo que funciona em vários países, e temos interesse de expandir por aqui para o Rio, Curitiba, Belo Horizonte e Porto Alegre.Fonte: PEGN
Criação de empresas tem a maior alta em 7 anos, diz Serasa
Na avaliação dos economistas da Serasa Experian, esse resultado se deve ao "empreendedorismo de necessidade"
Empresas: a maioria das empresas que surgiu em março é de microempreendedores individuais (Thinkstock/Thinkstock)
O Brasil atingiu, no primeiro trimestre, o maior número de abertura de empresas nos últimos sete anos, com o registro de 581.242 companhias, o que representa um crescimento de 12,6% sobre o mesmo período do ano passado.
De acordo com o Indicador Serasa Experian de Nascimento de Empresas, também houve recorde na criação de empresas em março em relação à série histórica iniciada em 2010.
No terceiro mês desse ano, foram registrados 210.724 novos empreendimentos, quantidade que é 19,5% maior do que em fevereiro último e 14,2% acima de igual período de 2016.Na avaliação dos economistas da Serasa Experian, esse resultado se deve ao “empreendedorismo de necessidade”.Com as taxas de desemprego muito elevadas, as pessoas desempregadas acabam abrindo negócios como forma de geração de renda, sobretudo na área de serviços”, explicam os economistas.A maioria das novas empresas que surgiu em março é de microempreendedores individuais (MEIs), totalizando 162.694 ou 9,4% superior ao número registrado no mesmo mês do ano passado.Em relação a este perfil de empresa, as sociedades limitadas, mesmo em menor número (17.516 unidades), apresentaram uma taxa de crescimento maior (29,9%) na comparação com março de 2016.Também teve expressiva elevação, de 38%, as empresas individuais (17.730) e nos demais segmentos constam 12.784 empresas, uma alta de 49,6%.
Serviços
O investimento em atividades na área de serviços liderou na lista de preferência dos novos empreendedores e atingiu 135.681 novas empresas.Segundo o levantamento, este segmento tem crescido nos últimos sete anos, com uma participação que passou de 53,6% (em março de 2010) para 64,4% (em março de 2017).A segunda maior procura foi pela área do comércio (57.908), correspondente a 27,5% e no setor industrial, foram abertas 16.625 empresas (7,9%).A Região Sudeste manteve-se na liderança com 108.150 novas empresas, mais da metade do total (51,3%).Mas a maior taxa de crescimento foi constatada na Região Centro-Oeste, onde surgiram 20.051 companhias, um avanço de 36,7% em março último sobre o mesmo mês do ano passado. Esta região tem uma participação de 9,5% no total de novos empreendimentos.Segunda colocada no ranking de nascimento, a Região Sul teve 37.331 empresas, o equivalente a 17,7% do total e uma expansão de 33%.Em seguida aparece o Nordeste com 34.301 novas empresas, participação de 16,3% e alta de 23,7%. No Norte, foram criadas 10.981 empresas, 5,2% do total e um aumento de 33,6%.Os três estados mais procurados pelos empreendedores foram São Paulo, que concentrou 28,1% dos novos investimentos (59.129); seguido por Minas Gerais (23.707), 11,3% do total, e Rio de Janeiro (20.404) e 9,7% do total.Fonte: Exame
Ele criou um boulevard que compartilha até ofurô em São Paulo
Como o designer Wolfgang Menke, 37 anos, surfou na onda do coworking e sobreviveu à crise criando o seu shopping colaborativo, que já fatura R$ 800 mil
Evento realizado no boulevard do House of All, em Pinheiros: conceito de laboratório de consumo atraiu grandes marcas (House of All/Divulgação)
O designer Wolfgang Menke, 37 anos, surfou na onda dos escritórios de coworking desde o início, em 2013. Mas quando 13 empreendedores abriram espaços semelhantes ao seu em um raio de 500 metros, ele já havia conseguido transformar o que seria apenas um espaço de compartilhamento de estações de trabalho em um boulevard da economia colaborativa.Localizada em Pinheiros, na zona oeste de São Paulo, a holding House of All é composta por quatro casas, criadas em três anos: a House of Work (espaço de compartilhamento de estações de trabalho inaugurado em outubro de 2013), a House of Food (que aluga uma cozinha industrial para chefs e cozinheiros amadores aberta em novembro de 2014), a House of Bubbles (que compartilha guarda-roupa e lavanderia em sistema de assinatura desde abril de 2015) e a House of Learning (que começou a alugar salas para palestras e cursos em novembro de 2015). A House of Work tem até um ofurô que pode ser compartilhado pelos usuários do espaço.
O início
Menke largou seu cargo de diretor de criação em uma agência de publicidade para empreender. Inicialmente pensou em criar um coletivo de designers para continuar a fazer projetos para clientes, mas com estrutura mais leve e maior flexibilidade, sem “espremer fornecedores e tirar mais dinheiro dos clientes” para manter a rentabilidade, como nas agências.Em 2013, quando o Brasil pré-Copa e Olimpíadas estava “bombando”, resolveu seguir a dica de um gringo que abrigava em sua casa pelo Airbnb, o mais famoso site de compartilhamento de quartos: ele disse a Menke que faltavam espaços em Pinheiros para trabalhar.Decidiu abrir um coworkingboutique, “pequeno e bom”, para no máximo 30 pessoas. Em três meses, o espaço estava lotado, e o investimento inicial se pagou no segundo mês.“Estava projetando atingir o equilíbrio do negócio apenas depois de 18 meses. Cheguei a ter 54 pessoas na fila de espera”, conta. Menke acredita que o timing foi essencial, assim como o pioneirismo na região (o bairro era carente de espaços como esses).
O designer Wolfgang Menke, 37 anos (House of All/Divulgação)
Reinvenção e sobrevivência à crise
Quando os concorrentes vieram, os preços se tornaram promocionais, e Menke retirou mimos do espaço, como a cerveja grátis. A crise também veio, e o Brasil deixou de ser o queridinho dos estrangeiros. Mas, antes disso, Menke aproveitou uma oportunidade.Ao lado do imóvel da House of Work, um armazém estava falindo e iria deixar a sala vaga. “Pensei em expandir o coworking. Mas os proprietários do armazém disseram que só poderia comprar o imóvel se adquirisse junto os móveis da cozinha e aparatos. Pensei: por que não aplicar o mesmo conceito de compartilhamento em uma cozinha industrial? Nasceu o House of Food.”Menke buscou especialistas, conversou com chefs e percebeu que muitos empreendedores que tinham food trucks precisavam de uma cozinha homologada para fazer o pré-preparo dos alimentos. Além disso, chefs mostraram interesse em usar o espaço para realizar testes de novos pratos.“Abrir um restaurante é complicadíssimo. Vi que cozinheiros amadores poderiam testar o negócio no espaço antes de investir pesado em um local próprio”.Deu certo. Hoje, o House of Food é o que mais fatura na holding. Desde o início, o empreendedor sabia que se tivesse apenas o coworking estava fadado a desaparecer.“Imaginei que o conceito de compartilhamento começaria a ser tão difundido que uma hora os próprios usuários do espaço iriam dividir o aluguel de imóveis. A necessidade de ter um facilitador como eu iria desaparecer”. O jeito encontrado por Menke para sobreviver foi reunir valor ao redor do espaço.Menke acredita que o crucial para o negócio sobreviver durante a crise no país foi ter evoluído de um espaço de compartilhamento para um laboratório de consumo. Essa característica conseguiu atrair grandes marcas, como Heineken, Diageo e Nike, com as quais a House of All contratos de até seis meses.“Muitas delas colocam seus produtos na cozinha da Food ou no guarda-roupa da Bubbles e conseguem saber quais produtos vendem mais e como investir melhor em marketing a partir desta informação. Conseguem ser mais certeiras ao realizar testes nos espaços”. A ideia é continuar a criar conteúdo a partir dos testes realizados na casa.Caso amanhã apareça um aplicativo de compartilhamento de roupas, por exemplo, Menke não acredita que irá decretar a morte de parte do seu negócio. “Podemos sempre realizar parcerias. Acreditamos que seja importante ter um espaço físico para experimentar os produtos”.
Franquias e modelo de expansão
Desde o começo do negócio, surgiram interessados em fazer parcerias e a House of All foi expandindo no formato de franquias. Atualmente, o grupo tem uma filial da House of Food no Rio de Janeiro e outra em Belo Horizonte, além de uma House of Bubbles e uma House of Learning também no Rio.No ano passado, o grupo já faturou 800 mil reais e já chegou a realizar eventos para 12 mil pessoas. O próximo passo é abrir até o final do ano, em um segundo ponto de São Paulo, no bairro do Tucuruvi, uma House of All com os quatro negócios integrados.“É um projeto antigo que tenho de levar o conceito para a periferia da cidade que, finalmente, será concretizado”, diz o empreendedor. Para viabilizar o projeto, Menke teve de dar alguns subsídios e levar patrocínio para a franquia.Com o tempo, Menke viu que o negócio ganharia maior potencial se reunisse todos os quatro espaços em um só, como em Pinheiros. “É dessa forma que vamos formatar as próximas franquias”.O empreendedor já lançou um pacote que permite que clientes usem todos os serviços oferecidos por cada espaço, tanto em São Paulo como nos outros estados.“O modelo está em constante mutação. Estamos sempre realizando ajustes. Acredito que foi isso que fez com que a gente sobrevivesse à crise que atinge o país agora”.A House of Bubbles foi inaugurada no ápice do negócio e atraiu parcerias com diversas marcas. Depois, a House of Learning foi criada como um meio de atrair capital intelectual e aumentar a reputação do negócio. Isso porque Menke reúne pessoas também para iniciar projetos. O expediente não se encerra nas casinhas de Pinheiros, explica.“Quando vem alguém bacana dar uma palestra na casa, eu indico para contatos que tenho em grandes empresas. Assim como já chamei chefs que participam da House of Food para fazer eventos. Todos ganham com isso”.O próximo passo, diz Menke, é ter casas também no exterior. “A economia no Brasil é instável. Ter um pé lá fora daria estabilidade ao negócio. Estrangeiros me disseram que se eu consegui manter o negócio com um conceito inovador neste cenário turbulento no Brasil , lá fora, onde já é mais difundido, eu certamente consigo também”.Menke tem como sócios apenas os franqueados. A holding continua sob seu controle. “Preferi deixar o pior da crise passar para evitar de ver parceiros vendendo a sua participação do negócio para outras pessoas, que talvez não fossem tão engajadas. Agora que mostrei que o negócio é sustentável, esta pode ser uma forma de crescer”.Fonte: Empreendedor
7 lojas colaborativas para abrir seu negócio a partir de R$ 120
Conceito se espalha por diversas cidades do país. Veja quanto custa expor seus produtos nestas lojas
Loja da Endossa: valores de aluguel dos espaços variam conforme o tamanho e visibilidade (Endossa/Divulgação)
Micro e pequenos empreendedores que vendem produtos autorais não precisam, necessariamente, apenas ter uma lojinha virtual em marketplaces ou participar de feiras e eventos periódicos para expor sua marca. É possível também pagar um aluguel mensal para deixá-la exposta em lojas colaborativas.O conceito já se espalha por diversas cidades do país, como São Paulo, Santo André, Brasília, Porto Alegre e Salvador, e é uma opção para quem não tem dinheiro e nem estoque suficiente de produtos para manter uma loja física.Por ter custos compartilhados entre os empreendedores, que dividem o espaço e a gestora da loja, o aluguel sai mais em conta – a partir de 120 reais. O valor varia conforme o tamanho do espaço e também a visibilidade que proporciona, e pode chegar a 1.500 reais.Além do aluguel, os empreendedores pagam uma taxa de administração, que custa em média entre 15% e 20%, que serve para pagar gastos com marketing, meios de pagamento e vendedores. Geralmente, as lojas têm uma curadoria, que seleciona os produtos mais criativos, inovadores e de qualidade. Algumas têm ainda espaços de convivência, como bares, cafés e jogos para atrair o público, onde realizam eventos.Veja abaixo como expor em sete lojas colaborativas espalhadas por cinco cidades do país:
Somos, loja colaborativa em Salvador (Somos/Divulgação)
Somos Coletivo Criativo
O que vende: Ímãs de geladeira, chaveiros, roupas, acessórios, sapatos, tabacaria, decoração criativa, luminárias, móveis, mochilas, azulejos decorativos, plaquinhas, vinis, comidinhas, bebidas, bolsas, pantufas, quadros, acessórios para pets, moda infantil, óculos, santos estilizados, fotografias, entre outros
Endereço: Av. Tancredo Neves, Shopping da Bahia, 2° piso – Salvador – Bahia
Inauguração: Outubro de 2016
Aluguel mensal: De R$ 300 a R$ 1.500 (araras, prateleiras, paredes e nichos)
Tempo mínimo de contrato: 2 meses
Metas de lucro: Não tem
Taxa de administração: 15%
Fila de espera: 527 marcas inscritas
Número de espaços: 100
Curadoria: Marcas inovadoras, originais, criativas e que tenham produtos de qualidade e que não concorram com outras marcas da loja
Opções e facilidades de pagamento: Dinheiro ou cartões de credito e débito. Parcelamento de duas a cinco vezes no cartão de crédito
Vendedores: 6
Estrutura de marketing: Redes sociais com 15 mil seguidores. Realiza periodicamente eventos musicais e culturais no espaço; tem parceria com teatro, produtores e artistas; utiliza mídias internas no shopping; e realiza promoções de acordo com as campanhas do shopping e de cada marca.
Espaço de convivência: Sinuca, jogos eletrônicos, jogos de tabuleiro, palco e um café-bar que vende produtos artesanais.
Endossa, loja colaborativa em São Paulo (Endossa/Divulgação)
Endossa
O que vende: Moda, acessórios, óculos, objetos de decoração, almofadas, entre outros produtos
Endereços: 4 lojas em São Paulo (Rua Augusta, Centro Cultural São Paulo, Rua Fradique Coutinho e Galeria Metrópole) e 2 lojas em Brasília (Asa Sul e Asa Norte)
Inauguração: Março de 2008
Aluguel mensal: De R$ 140 (caixa 25 x 60cm na loja Metrópole) a R$ 900 (caixa 2.00 x 1.25m na loja Augusta)
Tempo mínimo de contrato: 3 meses na entrada, renovável mês a mês
Metas de venda: Varia de 1 vez a até 5 vezes o valor do aluguel do espaço, de acordo com a maturidade de cada loja
Taxa de administração: 19% a 28%
Fila de espera: Por ordem de entrada, organizada por loja e por espaço
Número de boxes: 84 a 210 espaços
Curadoria: Feita pelas escolhas do público. Todas as marcas precisam alcançar uma meta de vendas “endosso”. Quem não atinge essa meta libera o espaço para uma nova marca da lista de espera
Opções e facilidades de pagamento: aceita todos os cartões de crédito e parcela compras em até três vezes
Vendedores: Cada loja tem sua própria equipe, que já está inclusa no valor do aluguel
Estrutura de marketing: Divulgação em redes sociais e eventos
Espaço de convivência: Não tem
Cool Lab, loja colaborativa em Santo André (SP) (Cool Lab/Divulgação)
Cool lab
O que vende: Produtos de moda, arte e design
Endereço: Av. Pe. Manoel da Nóbrega, 382 – Bairro Jardim – Santo André – SP
Inauguração: Maio de 2016
Aluguel mensal: De R$ 200 (box de 45 X 41 cm) até R$ 550 (box de 210 X 188 cm)
Tempo mínimo de contrato: 1 mês
Metas de lucro: Não tem
Taxa de administração: 20%
Fila de espera: 1 mês a 1 ano, dependendo do espaço
Número de espaços: 80
Curadoria: Tem profissionais capacitados para fazer a curadoria das marcas
Opções e facilidades de pagamento: Dinheiro, cartão de débito e crédito. Parcela compras acima de R$ 150 em duas vezes
Vendedores: 2
Estrutura de marketing: Agência para redes sociais
Espaço de convivência: Cafeteria, cozinha e coworking.
Virada Verde, loja colaborativa em Brasília (Virada Verde/Divulgação)
Lojinha da Virada Verde
O que vende: Produtos autorais e/ou sustentáveis, artesanato local e brechó
Endereço: CLSW 301 Bloco B Loja 64 – Ed. Av. Shopping – Setor Sudoeste – Brasília
Inauguração: Maio de 2016
Aluguel mensal: De R$ 200 a R$ 500
Tempo mínimo de contrato: 1 mês
Metas de lucro: Não estipulamos metas de lucro para o expositor
Taxa de administração: 20%
Fila de espera: Entre 15 dias a 2 meses
Número de espaços: Flexível e varia de acordo com o produto do expositor
Curadoria: Só aceita produtos autorais e/ou relacionados a sustentabilidade
Opções e facilidades de pagamento: Dinheiro, débito e crédito. Compras acima de R$ 150 são parceladas em duas vezes e acima de R$ 300 em três vezes
Vendedores: 1 por turno
Estrutura de marketing: Facebook, Instagram, Google Adwords, sites, parcerias e divulgação em eventos e anúncios
Espaço de convivência: Não tem
Arte à Parte, loja colaborativa em Porto Alegre (Arte à Parte/Divulgação)
Arte à Parte
O que vende: Produtos artesanais
Endereço: Rua. Coronel Bordini, 231 – Moinhos de Vento – Porto Alegre (RS)
Inauguração: Dezembro de 2012
Aluguel mensal: De R$ 120 (box 20 x 20 x 50cm) a R$ 280 (box 55 x 55 x 50cm)
Tempo mínimo de contrato: 6 meses
Metas de lucro: três vezes o valor da locação do box
Taxa de administração: 30% no valor da venda
Fila de espera: Não há
Número de box: 80
Curadoria: Produtos artesanais
Opções e facilidades de pagamento: Cartão de crédito, cartão de débito ou 5% de desconto à vista
Vendedores: 1
Estrutura de marketing: Redes sociais
Espaço de convivência: Tem salas para aulas de tricô, crochê, bordados, patchwork e oficinas diversas.
Cada Qual loja colaborativa (Cada Qual/Divulgação)
Cada Qual
O que vende: Roupas,acessórios, calçados, artesanatos, artigos infantis e produtos de pet-shop e sex-shop.
Endereço: Av. Paulista 1015 – São Paulo.
Inauguração: 2010.
Aluguel mensal: De R$ 300 (25 x 60 cm) a R$ 800 (1,95 x 60 cm).
Tempo mínimo de contrato: 3 meses.
Metas de lucro: Não tem.
Taxa de administração: 20%.
Fila de espera: Até três meses.
Número de box: 150.
Curadoria: Não permite produtos perecíveis.
Opções e facilidades de pagamento: Parcelamento em duas vezes para compras acima de R$ 200 e e três vezes para compras acima de R$ 300
Vendedores: Tem equipe própria.
Estrutura de marketing: Tem equipe que mantém a comunicação visual da marca e seu conceito.
Espaço de convivência: Não tem
Nós, loja colaborativa (Nós/Divulgação)
Nós Mercado Coletivo
O que vende: Moda (feminina, masculina, infantil, plus size e praia), arte, decoração (quadros e terrários), acessórios, joias, bolsas e sapatos
Endereço: Shopping Iguatemi Brasília – Piso Térreo Loja 44
Inauguração: Abril de 2016
Aluguel mensal: De R$ 350 (caixotes) a R$ 1.050 (painéis e araras)
Tempo mínimo de contrato: 3 meses
Metas de lucro: 100 mil por mês
Taxa de administração: 22%
Fila de espera: Até 3 meses
Número de espaços: 80
Curadoria: Aceita apenas produtos autorais e não comercializa alimentos
Opções e facilidades de pagamentos: Dinheiro (5% de desconto), cartões de débito e cartões de crédito. Parcelamento em duas vezes (compras a partir de R$ 200) e em três vezes (compras a partir de R$ 300)
Vendedores: 4
Estrutura de marketing: site, Facebook, Instagram e na loja (banners adesivação, totens, carcelas e aplicativos)
Espaço de convivência: Sofá, frigobar à disposição do nosso cliente (com bebidas e petiscos) e livros que o cliente pode levar para casa sem custo, deixando um outro livro na loja.Fonte: Exame
A Automattic, que gerencia a plataforma WordPress, anunciou o fechamento de seu belíssimo escritório em São Francisco. A empresa de tecnologia há algum tempo oferece a opção de trabalho remoto a seus funcionários (já falamos sobre ela aqui) e nem mesmo a estrutura disponível no local – arquitetura moderna e uma grande biblioteca, por exemplo – fez com que eles fossem até lá trabalhar.Isso mesmo, segundo o CEO Matt Mullenweg, praticamente ninguém entra no espaço de 15 mil m² na 140 Hawthorne, em um dos bairros comerciais mais famosos da cidade. “Hoje em dia, no máximo cinco funcionários usam o local. Ou seja, são 3 mil m² para cada um! Há mais mesas de jogos que pessoas”, diz ele.Agora, todos os 550 funcionários deverão trabalhar de casa, de cafeterias ou de qualquer outro lugar que quiserem.De qualquer maneira, escritório em São Francisco já funcionava apenas como uma opção de coworking – espaços similares são mantidos na Cidade do Cabo (África do Sul) e em Portland (Maine, EUA) e a companhia oferece um valor de U$ 250 por mês caso queiram usar outros lugares. E para quem prefere trabalhar na Starbucks, a Automattic paga o café.
Na contramão
Mas nem todo mundo abraça tão fervorosamente o trabalho remoto. Em 2013, a então CEO do Yahoo, Marissa Mayer, pôs fim ao home office na empresa alegando que para obter melhores resultados era preciso “trabalhar lado a lado”.E mais recentemente, a IBM, uma das pioneiras do trabalho remoto, anunciou a milhares de funcionários dos EUA que eles precisarão voltar aos escritórios. O objetivo é “tornar a força de trabalho mais ágil e promover a criatividade trabalhando ‘ombro a ombro’”.
Empenho para manter o modelo
De acordo com a Gallup, cerca de um quarto dos funcionários dos EUA trabalham remotamente full time ou eventualmente. E há evidências de que essas pessoas trabalham mais horas do que seus colegas vinculados ao escritório.Mas isso também tem um custo.A Elastic, uma empresa de software, não tem sede e emprega 500 funcionários em cerca de 35 países. Para construir uma cultura única entre todos, a companhia os reúne periodicamente, voando centenas de engenheiros para os EUA ou a Europa para se encontrarem duas vezes por ano, conta o CEO Shay Banon.“Quando os funcionários não se conhecem e suas únicas interações são via e-mail, texto ou serviços de mensagens as disputas podem explodir muito rapidamente”, diz Banon. “Se você não vê expressões faciais, você perde as sutilezas.”Por isso, para evitar uma escalada de conflitos, a Elastic mantém um canal de vídeo constante. “Uma das regras que temos é: quando algo chegar a um ponto de ebulição, vá ao vídeo e converse com seus colegas.”Fonte: Quartz
Conheça técnicas que te ajudarão a ter ideias, estruturar o negócio e superar a concorrência
A administração de empresas tem uma série de técnicas consagradas, criadas por teóricos e consultorias. Essas ferramentas ajudam empreendedores em várias etapas de um negócio, da criação de ideias à gestão.Mesmo que você não tenha frequentado a faculdade de administração, pode testar algumas ferramentas na sua empresa. Conheça as técnicas úteis para empreendedores e faça o download grátis.1. Análise SWOT
Usada por empreendedores que desejam entender os pontos fortes e fracos de um negócio, esta é uma das mais consagradas ferramentas da administração. “SWOT” é um acrônimo das palavras strength (forças), weakness (fraqueza), opportunities (oportunidades) e threats (ameaças).Os dois primeiros itens são relacionados aos aspectos internos das empresas, enquanto os últimos dizem respeito a fatores externos.Em uma Análise SWOT, divide-se uma folha em quatro espaços. Em cada um deles, o empreendedor deve elencar seus pontos fortes, fraquezas, oportunidades e ameaças. Ao listar tudo, fica mais fácil entender a situação atual do negócio e o que pode ser feito para melhorá-lo. Baixe aqui um modelo da Análise Swot.2. As 5 Forças de Porter
As 5 Forças são um método concebido pelo americano Michael Porter, um dos gurus da administração de empresas, para entender melhor os concorrentes de uma empresa.A ferramenta se baseia na resposta de cinco perguntas:
“Quem são e como é a rivalidade com seus concorrentes?”
“Que produtos podem substituir o que você fabrica no curto prazo?”
“Qual é o seu poder de barganha com fornecedores?”
“Qual o poder de barganha dos clientes?”
“Como evitar ou atrapalhar a entrada de novos concorrentes?”A partir das respostas, o empreendedor terá informações para estabelecer políticas de preços mais ou menos agressivas, acelerar ou não o ritmo de criação de novos produtos e negociar com fornecedores. Baixe aqui um modelo das 5 Forças de Porter.3. Business Model Canvas
Indicada para organizações de todos os portes, a ferramenta Business Model Canvas (BMC) é usada principalmente por empresas nascentes, na fase mais básica do planejamento do negócio. Sua função é permitir que empreendedores definam o modelo de negócios da empresa de uma forma simples e visual.Há vários modelos diferentes de BMC. Todos eles, no entanto, têm espaço para fatores essenciais para o sucesso de um negócio, como uma definição do produto, modelos de monetização e definição do público-alvo. Liste todos os pontos que puder lembrar. Com todos eles na sua frente, é mais fácil planejar os próximos passos do negócio. Acesse aqui um modelo de Canvas.4. Matriz BCG
Este método é usado por empreendedores que querem definir quais de seus produtos são os que geram mais caixa com menos esforço. A ferramenta tem esse nome porque foi criada pela consultoria americana Boston Consulting Group (BCG).De acordo com a Matriz, há quatro grupos principais de produtos: os “vacas-leiteiras”, que têm boas margens de lucro e não exigem muito esforço para serem vendidos; os “estrela”, que geram muito lucro, mas, em contrapartida, exigem um bom investimento financeiro e de mão de obra para darem o retorno esperado; os produtos “ponto de interrogação”, que não têm boas margens e exigem altos investimentos em marketing; e os “abacaxis”, que só dão trabalho.Ao elencar todos os seus itens de acordo com as quatro categorias, o empreendedor deve pensar em estratégias para faturar mais. Baixe aqui um modelo pronto da Matriz BCG.5. Funil de Ideias
O Funil de Ideias é uma boa ferramenta para quem quer empreender, mas não sabe como ter uma ideia inovadora.O método propõe duas abordagens. A primeira é a observação do mercado. Pense se vale a pena criar uma ideia totalmente nova ou copiar algo que já existe, se há tendências que podem ser seguidas e quais soluções poderiam melhorar a vida das pessoas.Depois de responder a essas perguntas, parta para a segunda abordagem, que é a sua história de vida: sua origem, família, nível de formação e experiência profissional. Este segundo passo vai adequar as ideias que você teve às suas preferências, eliminando boa parte das opções. Aqui você encontra um modelo do Funil de Ideias.Fonte: PEGN
Pesquisa mostra uma mudança na forma como as empresas interagem com os consumidores na economia digital
O mais novo estudo realizado pela Capgemini em parceria com o MIT Initiative on the Digital Economy (IDE) identifica uma nova abordagem na gestão da experiência com o consumidor, definida pelo conceito de Intercâmbio Colaborativo (da sigla CX ou Collaborative Exchanges , em inglês).
Com base em quase dois anos de pesquisas, realizadas com as principais organizações focadas em consumidores (B2C) e a partir de uma análise quantitativa com esse público, o relatório mostra uma mudança na forma como as empresas interagem com os consumidores na economia digital, na qual a gestão da experiência com o consumidor não está nem nas mãos das companhias e nem nas do cliente final, mas é negociada em intercâmbios colaborativos.O novo relatório, ‘From UX to CX: Rethinking the Digital User Experience as a Collaborative Exchange’, (em português, ‘De UX a CX: Repensando a experiência do usuário digital como um intercâmbio colaborativo’), é parte de um trabalho conjunto de seis anos entre a Capgemini e o MIT para ajudar as organizações a obterem sucesso em sua transformação digital e fornecer melhores práticas.Esta nova forma de colaboração com os consumidores tem duas dimensões principais: a participação ativa do consumidor na cadeia de valor de uma organização e a extração de mais informações em cada ponto de contato para personalização de produtos e serviços.• Mercado de Participação: se concentra na forma como as empresas geram valor compartilhando atividades internas, ao mesmo tempo em que satisfazem uma necessidade do consumidor. Companhias que começaram a colaborar com os clientes finais descobriram que eles querem se engajar, falar sobre suas experiências e apreciam quando são consultados.• Mercado de Informação: foca na forma como as marcas entregam por meio de informações colhidas direta ou indiretamente. Desta forma, se os dados são utilizados para beneficiar o consumidor ou para oferecer uma experiência personalizada, eles estarão dispostos a fornecer seus dados pessoais.Atualmente, os consumidores podem se envolver em diversos níveis ao longo da cadeia de valor de uma empresa de pesquisa e desenvolvimento de produtos, por meio da criação de conteúdo e dos serviços de logística. Ao mesmo tempo em que as organizações tornam-se capazes de reunir informações em cada ponto de contato com o consumidor para levantar ideias e informações. A combinação de decisões estratégicas em torno do nível de participação e do fluxo de informações resulta em uma troca colaborativa bem sucedida.“Todo debate em torno do desenvolvimento de algoritmos que sejam capazes de melhor compreender e prever as preferências do consumidor parecem sugerir que o futuro da experiência do cliente final se encontra na ciência dos dados em si. Porém, o envolvimento do consumidor deve ser entendido pela experiência vivida por ele e também está sujeito aos estudos da ciência comportamental. As organizações devem estar atentas ao elemento humano quando se trata de experiência do usuário para trabalhar lado a lado com os consumidores e assim criar intercâmbios colaborativos”, defende Renée Gosline, professor assistente e principal pesquisador do MIT Sloan School of Management.Quatro arquéticos de intercâmbios colaborativos com consumidores surgem na intersecção de duas dimensões que ajudarão as empresas.• Âncoras: coletam informações sobre seus usuários, abrindo sua cadeia de valor para a participação compartilhada;
• Colegas: trabalham lado a lado com seus consumidores para que a participação compartilhada e as informações do usuário sejam alavancadas de modo a melhorar a experiência do cliente final;
• Consultores: aproveitam informações sobre seus consumidores, mas mantêm o controle sobre qualquer participação;
• Diretores: coletam informações e prestam serviços baseados na participação controlada dos consumidores.Para criar uma troca bem sucedida, tanto as empresas quanto os consumidores devem estar dispostos a abrir mão de parte do controle para permitir uma participação positiva e o compartilhamento de informações. Entender o fluxo bidirecional de engajamento e como os consumidores se beneficiam da permuta é essencial para cultivar uma troca colaborativa. O engajamento dos consumidores deve ser entendido não apenas em termos de quantidade ou valor extraído pela empresa, mas pela experiência vivida pelo consumidor. Obter o equilíbrio certo é fundamental para criar uma relação de ganha-ganha nessa troca.Intercâmbios colaborativos em um mundo digital exigem que as empresas não dependam apenas da ciência de dados, mas que desenvolvam um arsenal paralelo de ciência comportamental. A análise granular precisa ser equilibrada com foco na empatia. Desenvolver uma compreensão abrangente dos comportamentos, valores e sentimentos humanos permanecerá, na economia digital, tão importante como sempre foi.“Os profissionais de marketing sabem que o sucesso de suas ações está na análise, nos algoritmos e na inteligência artificial. É claro que isso é muito importante. Mas o que vemos claramente a partir desta pesquisa é que, na economia digital, o elemento humano se mantém mais importante do que nunca. Uma vez que as marcas forem capazes de encontrar o equilíbrio entre a análise de dados e a ciência comportamental, conseguirão conduzir relações com ganhos mútuos no intercâmbio com seus consumidores”, explica Didier Bonnet, vice-presidente executivo da Capgemini Consulting.Fonte: Empreendedor
Empresários que integram missão da Apex buscam espaço no país que cresce 5% ao ano na América do Sul
Se você acredita que o Paraguai é o país da muamba, melhor tirar essa ideia de sua cabeça. O país vizinho de fronteira do Brasil é hoje uma das economias mais estáveis e vibrantes da América do Sul. Com sua taxa média de crescimento de 5% ao ano na última década e uma moeda estável em relação ao dólar, o mercado paraguaio se transformou num país de oportunidades, inclusive para empreendedores brasileiros.Não à toa, 50 empresas brasileiras desembarcaram no Paraguai na última semana. Integrantes do Programa de Qualificação para Exportação (PEIEX), um projeto voltado à capacitação para exportar criado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), elas foram ao país entender como funciona a economia local. E os empreendedores ficaram animados com o que viram.Agilidade
O Paraguai criou um sistema ágil para o empreendedor, seja ele um cidadão do país ou um estrangeiro. Graças ao Sistema Unificado para Abertura e Fechamento de Empresas (Suace), um empresário consegue registrar sua empresa em vários órgãos num único local. “Ele não perde tempo indo a vários locais”, diz Carlos Paredes Astigarraga, diretor de promoção de investimentos da Rede de Investimentos e Exportações do Paraguai (Rediex). “Em mais ou menos um mês, qualquer pessoa está com sua empresa aberta”.Além do mais, o Paraguai tem um sistema tributário simplificado. “Por exemplo, nas cargas trabalhista e previdenciária, a empresa paga ao governo 16,5% e o empregado, 9%”, diz Paredes, do Rediex. E tem ainda o sistema 10-10-10. Nele, os donos de negócios pagam ao governo 10% de imposto de renda pessoa jurídica, mais 10% de IR pessoa física e 10% de IVA (no Brasil, um tributo similar seria o ICMS).Uma lei também tem deixado o país mais “charmoso” para empresários. É a Lei da Maquila, que taxa em apenas 1% de tributo os negócios que abrirem fábricas no Paraguai e exportarem a totalidade da produção.Por conta desse ambiente promissor, a Riachuelo e a Brinquedos Estrela, por exemplo, abriram unidades no Paraguai. A loja de roupas usa uma fábrica no país para produzir sua moda e substituir, assim, a mão de obra chinesa. Já a Estrela testa uma linha no país para reduzir a dependência da China. “Nós queremos ser a China do Brasil”, diz Paredes.Esperança
Como as grandes empresas, os pequenos e médios negócios também buscam oportunidades no Paraguai.Um deles é Breno Theodoro Seibt, 62 anos, sócio do negócio familiar Seibt, e um dos integrantes da missão da Apex. A empresa, criada por seu pai, Rubem Antônio Seibt, em Nova Petrópolis, na década de 1970, é especializada em máquinas de reciclagem de plástico de sobras industriais. “O Paraguai está crescendo. E quando um país se desenvolve, o consumo de plástico aumenta. Então, estou aqui prospectando vendas ou parcerias”, diz.Seibt já tem experiência com exportação, mas tem enfrentado dificuldades para vender tanto no Brasil quanto em outros países da América do Sul e América Central. “A crise pegou todo mundo. Se o Paraguai está indo bem neste momento, temos que apostar aqui, sem dúvidas. É uma esperança para faturar mais”, diz o empreendedor, que tem como clientes a Amanco, a Tigre e a Copobras.A mesma esperança tem Elias Voltatone, 53 anos, dono da fábrica de salgadinhos Guritos. Ele enxerga no vizinho brasileiro uma chance para sua empresa vencer a crise brasileira e crescer nos próximos anos. “No Brasil, eu tenho muito concorrente e instabilidade. Aqui no Paraguai, com esse mercado em expansão, eu posso conquistar um espaço bom e aumentar minha produção”, diz o empreendedor, que faz 25 toneladas de salgadinhos por mês numa fabrica em Nova Esperança, no Paraná.Segundo Gustavo Sperandio Fernandes, analista de negócios internacionais da Apex-Brasil, o Paraguai, hoje, é um dos melhores países para o empreendedor dar o primeiro passo para aprender a exportar. “Aqui, se ele fizer bem a lição de casa, que é visitar o país e adaptar seu produto ou serviço, terá sucesso. E mais: poderá aprender bastante para poder exportar seu negócio para mais países”, diz.Fonte: PEGN
Está cada vez mais em alta o conceito de economia compartilhada. Seguindo essa linha, que atrai cada vez mais seguidores, surgiu a BoBags
Bel Braga, fundadora da startup BoBags: tudo começou com as bolsas da própria empreendedora (BoBags/Startupi/Reprodução)
Está cada vez mais em alta o conceito de economia compartilhada. Empresas como Uber e Airbnb são a prova de que a cada dia que passa o consumidor preza mais pela contratação de serviços prestados com qualidade, não necessariamente pela aquisição do produto utilizado.Seguindo essa linha, que atrai cada vez mais seguidores, surgiu a BoBags. A empresa é um site de aluguel, compra e venda de bolsas que surgiu “para ser uma extensão do closet das mulheres, partindo do conceito de um amplo armário de acessórios que proporcione tantos estilos quanto a criatividade feminina permitir”, diz a startup.Em entrevista ao Startupi, Bel Braga, fundadora da startup, diz que quando idealizou a plataforma, em 2009, os conceitos de consumo consciente e economia compartilhada ainda não eram foco no mercado, e produtos de segunda mão ainda sofriam um certo preconceito.“Mas eu sabia que em algum momento futuro o negócio iria fazer sentido. Imaginava uma realidade com mulheres compartilhando seus closets, usando melhor o que ja possuíam e sempre achei que bolsas e acessórios eram o caminho mais natural”, explica.Até 2013, o site funcionava como um hobby para a empreendedora, que anunciava suas próprias bolsas na plataforma.“Falava com as clientes, anotava cada feedback, respondia e-mails a noite ou em qualquer momento livre que eu tinha. Considero esse período fundamental para o negócio hoje. Aprendi muito ali, errei em um formato onde ainda era permitido errar. Acho que errar na hora certa é fundamental. Hoje quem começa um negócio desses não pode mais errar.”
Vale do Silício e investimento
Quando percebeu que startups de economia compartilhada estavam ocupando seus espaços e se tornando febre em usuários, ela largou tudo e foi para o Vale do Silício.Bel conta que, junto com o marido, foi para Stanford fazer cursos de programação e liderança e até entrou para uma aceleradora, a Women Startup Lab.Também no Brasil:No Superlógica Xperience 2017, você conhece as inovações ideais para seu negócioPatrocinadoLá, a empreendedora teve como mentores a Fran Maier, uma das fundadoras do Match.com, toda quarta-feira tinha aula de pitching com o Bill Joos, cofundador da Garage Ventures junto com o Guy Kawasaki.“O próprio Guy me deu feedback sobre meu pitch e meu negócio. Conheci mulheres incríveis como a Heidi Rozen e anotava cada pedacinho de conselho. Voltava pra casa e testava, pensava e avaliava”, diz.De volta ao Brasil, a empresa cresceu e ganhou corpo. Agora, a BoBags anuncia um aporte de 125 mil reais realizado pela MIA – Mulheres Investidoras Anjo.“Geramos um ROIC de 88% ao ano para nossos investidores. Foi um movimento inicial de ramp up e agora estamos prontos para escalar e atingir uma grande aceleração de crescimento com rentabilidade e geração de caixa”, explica Bel.
Planos e dicas
A BoBags abriu uma filial em São Paulo e hoje, junto com a base do Rio de Janeiro, atende mulheres de todo o Brasil.A startup também lançou um serviço de entrega expressa para atender mulheres dessas duas cidades que tenham um evento e última hora e precisem dos produtos com rapidez.O acervo da plataforma também cresceu e o marketplace foi lançado. Hoje, 10% do acervo da startup não é próprio.“No primeiro mês de operação já temos clientes que tiveram R$ 400,00 de rendimento com bolsas que estariam paradas em seus armários”, explica.E, para as startups que também trabalham com economia compartilhada, quais as dicas para buscar investimento?“A minha principal dica é não ir apenas atras do dinheiro. Parece óbvio, mas não é. Busque investidores que possam contribuir com seu negocio, trazendo ideias, desafiando, criando pontes. Outra dica que aprendi é não ter ilusões de que você deve perseguir enormes valores de captação se não houver necessidade”, diz Bel.“Quanto maior a captação, maior a necessidade de entregar resultados e retornos. Buscamos crescer com consistência, respeitando conceitos de rentabilidade, controle de custos e responsabilidade gerencial.”Por outro lado, a empreendedora ressalta que também é importante que a empresa não deixe o crescimento engessar suas operações. É importante ficar atento para não burocratizar o negócio e, assim perder a agilidade de uma startup.“Tem uma frase do Victor Hugo que gosto muito: ‘nada mais poderoso do que uma ideia cujo tempo chegou’. Tem tudo a ver com o nosso momento”, finaliza Bel.Fonte: Exame