STARTUP FACILITA CONTRATAÇÃO DE PESSOAS EM PEQUENAS EMPRESAS

Proposta da Recruta Simples é diminuir o tempo perdido com a busca por novos funcionários

Vinicius Poit, fundador da Recruta Simples (Foto: Divulgação)
No início do negócio, é muito comum que os empreendedores assumam diversas tarefas ao mesmo tempo. Do administrativo ao comercial, chegando até a entrega de produtos, dificilmente algum processo fica sem a mão do dono. Essa situação é ainda mais rotineira dentro das micro e pequenas empresas, em que o número de funcionários costuma ser reduzido. Em alguns casos, esse acúmulo de funções pode ter como resultado procedimentos mal realizados e ineficientes.Uma das áreas mais afetadas é a de recursos humanos. Sobrecarregado, o empreendedor chega a levar um mês para finalizar uma contratação, o que pode afetar diretamente a produtividade do negócio. Foi para tentar resolver esse problema que Vinícius Poit - filho de Wilson Poit, fundador da Poit Energia e secretário de Desestatização e Parcerias da prefeitura de São Paulo - decidiu criar a Recruta Simples. A startup desenvolveu uma ferramenta que concentra o anúncio de empresas que procuram funcionários e cadastros de profissionais em busca de recolocação no mercado de trabalho.
A ideia surgiu em 2013, quando Poit estava trabalhando com reestruturação de pequenas e médias empresas para um projeto da Endeavor, maior organização de apoio ao empreendedorismo do mundo. Foi durante esse projeto que percebeu um problema comum a muitos empreendedores. “Eu vi como é difícil compor o quadro de funcionários de uma empresa. A missão já é difícil em grandes companhias, imagine em negócios que mal têm uma área de RH”, afirma.Vinicius trabalhou o conceito por três anos até achar o modelo ideal. No início de 2016, lançou a plataforma. “A primeira providência foi procurar possíveis clientes, conversar com os funcionários de Recursos Humanos e tentar encontrar um produto viável”, diz. Para isso, contou com a ajuda do CUBO, coworking do Itaú Unibanco, e da Redpoint eVentures, que deu algumas dicas para o empreendedor. “Aprendemos que o negócio poderia evoluir com o tempo. O importante era testar o modelo”, afirma. A partir dessa constatação, colocaram a plataforma no ar.A startup possibilita que empresas – micro e pequenas, principalmente – disponibilizem suas vagas na plataforma. Segundo Vinicius, o algoritmo desenvolvido por sua equipe cruza as informações das empresas e dos profissionais cadastrados, tornando o processo de contratação de um funcionário mais rápido e eficiente, se comparado aos tradicionais meios de divulgação da vaga. “Se mal feito, esse processo pode ser longo e trabalhoso para o RH”, diz Vinicius.EvoluçãoNo início, as vagas eram divulgadas manualmente pela equipe. “A gente pegava a vaga na mão e mandava para os sites. Foi uma loucura”, afirma Humberto Barros, sócio da Recruta Simples. Depois, a startup desenvolveu um algoritmo que permitia a divulgação para mais de 70 sites, de maneira automatizada. “Como cada negócio tem uma necessidade específica, eu usei a nossa inteligência para analisar o volume de candidaturas da maneira mais assertiva possível”, diz. Por exemplo, o algoritmo entrega às empresas contratantes quais candidatos moram na sua região. “Queremos facilitar ao máximo a vida de quem precisa contratar um funcionário e está com pressa.”O modelo que a Recruta Simples utiliza hoje é a de cobrança das empresas, com planos mensais de R$ 49,90. Seis meses depois de conseguir o primeiro cliente, a empresa já entregou mais de 200 mil currículos para mais de mil empresas. Em fevereiro de 2017, a startup foi selecionada para fazer parte do coworking do CUBO. “Estamos felizes com a oportunidade de fazer networking com outros empreendedores e apresentar o nosso negócio para potenciais clientes”, diz Vinicius.
Fonte: PEGN

Parceria pretende inserir 500 empresas brasileiras no mercado de exportação

Meta da parceria é inserir pelo menos 100 novas empresas no mercado de exportação

O Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) e a Confederação Nacional da Indústria (CNI) anunciaram nesta semana uma parceria para apoiar a inserção de 500 empresas brasileiras no mercado internacional. O prazo de inscrição será aberto em julho para indústrias de todos os portes, setores e unidades da federação.Elas farão parte do programa Rota Global, que oferece consultoria completa para empresas não exportadoras investirem no mercado internacional, com diagnóstico, desenho de estratégia e acompanhamento.A meta é traçar o diagnóstico de 500 empresas, desenvolver planos de negócios para 200 delas e, ao final do projeto, em 2018, ter ao menos 100 novas empresas com operações concretas de exportação. O programa é desenvolvido pela CNI, em parceria com a União Industrial Argentina e o Parque Tecnológico de Extremadura, na Espanha.O investimento de R$ 1,2 milhão da iniciativa vem do AL-Invest, um programa da Comissão Europeia para fomentar a produtividade e competitividade de micro, pequenas e médias empresas na América Latina, como forma de combater a pobreza e a desigualdade social.Presença digitalTambém foi anunciada a parceria entre o MDIC e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para ações de convergência entre o Plano Nacional da Cultura Exportadora (PNCE) e a ConnectAmericas.com, uma plataforma virtual de negócios internacionais de empresas da América Latina e Caribe. Em dois anos de operação, mais de US$ 152 milhões em negócios foram fechados por meio da ferramenta.A parceria MDIC-BID vai disponibilizar conteúdo didático sobre ingresso das empresas na atividade exportadora e estimular as empresas da ConnectAmericas.com a participarem do PNCE e vice-versa.Os anúncios foram feitos hoje pelo ministro do MDIC, Marcos Pereira, durante reunião da Coordenação Nacional do PNCE. “As micro e pequenas empresas têm uma participação importante na geração de empregos e fomento da economia nacional. Mas não têm, pelo seu tamanho, uma condição de competitividade. Vamos poder fazer consultorias, apresentar essas empresas de forma mais abrangente no cenário internacional, treiná-las e com isso conseguir vender seus produtos que muitas vezes ficam focados no mercado doméstico”, disse Pereira.O PNCE reúne iniciativas de instituições parceiras nacionais e estaduais, com o objetivo de aumentar a base exportadora, estimulando a inserção de empresas de pequeno porte no mercado externo. Em 2016, o plano contribuiu para que quase 5 mil empresas exportassem pela primeira vez. E para 2017, estão previstas mais de 200 ações de apoio às exportações no âmbito do PNCE.Fonte: Empreendedor

Empreendedor aposta em receitas de vó para montar cafeteria

“Minha inspiração para fundar a empresa foram as receitas caseiras de doces e salgados que minha avó Geralda Junqueira Franco, a Vovó Lela, fazia para filhos e neto”, informa o diretor da marca Alexandre Cafange.Com apenas 12 anos, Alexandre começou a vender leite e queijo em sua cidade natal, Araçatuba, interior de São Paulo. “O comércio entrou na minha vida muito cedo e de forma natural, sempre gostei do dia a dia do vendedor”, ressalta ele. Com 17 anos, mudou-se para a capital paulista, para a casa dos tios Izolina e Adarmon, onde, além de estudar, trabalhou como garçom e vendedor em consignação de diversas marcas alimentícias.Em 2001, decidiu que era hora de ter a própria marca de produtos alimentícios, e fundou a Casa Junqueira Distribuidora, mais conhecida do grande público como Vovó Lela, marca especializada em produtos alimentícios caseiros.A marca conta hoje com mais de 40 pequenos fornecedores espalhados pelo Brasil e mais de 80 especialidades em seu catálogo de produtos, entre elas pé de moleque, fondant de leite, sequilhos, goiabinha, goiabada cascão, polvilho, torradinhas, croutons, paçoca e cocada. Os produtos estão à venda em diversos estabelecimentos comerciais do país.Mas Alexandre queria mais: Vila Clementino. Montou seu próprio showroom na Vila Clementino com cafés especiais e produtos caseiros. A Cafeteria Vovó Lela – Delícias do Brasil, está localizada à Rua Leandro Dupret.Fonte: Empreendedor

Incubadora lança curso de empreendedorismo

Curso presencial será realizado em Ribeirão Preto (SP) entre os dias 6 e 16 de março

A Supera Incubadora de Empresas de Base Tecnológica, de Ribeirão Preto, lançou um curso de empreendedorismo. O Empreende na Supera tem duração de duas semanas é voltado para quem quer iniciar uma carreira empreendedora seguindo as melhores práticas do mercado.A primeira turma acontece entre os dias 6 e 16 de março, no Supera Parque de Inovação e Tecnologia, e as inscrições custam R$ 180. “Podem participar empreendedores que já estão no mercado e que desejam atualizar conhecimentos e buscar novos conteúdos, pesquisadores, inovadores, além de pessoas que estão dando os primeiros passos nesse universo”, explica Saulo Rodrigues, gerente da Supera Incubadora.Os conteúdos serão ministrados por especialistas experientes que vivem no meio empreendedor. Participam: Flávia Prado (coordenadora da Agência USP de Inovação), Filipe Dal’Bó (sócio-fundador da Decoy Smart Control), Guilherme Approbato (Consultor do International Office do Supera Parque), Murilo Dotti (sócio-fundador da Zutti Cosméticos), Rodrigo Ramos (mentor e Administrador de Empresas ) e Saulo Rodrigues (gerente da Supera Incubadora).O curso é presencial e durante as duas semanas serão abordados temas como empreendedorismo, análise de mercado, proteção tecnológica, captação de recursos, modelos de negócio e apresentação de ideias. As inscrições encerram no dia 3 de março e devem ser feitas, exclusivamente, pelo site: http://www.superaparque.com.br/empreende. Processo seletivoA Incubadora lançou um edital para a seleção de novas startups que receberão apoio para o desenvolvimento de seu negócio. O primeiro para os interessados é a inscrição e participação no curso Empreende na Supera (até 3 de março).Depois de participarem do curso, os candidatos a uma vaga na Incubadora deverão reafirmar o interesse em continuar no processo seletivo, com a submissão de uma proposta preliminar. As inscrições das propostas custam R$ 240 e devem ser feitas no endereçowww.fundacity.com/superaincubadora até o dia 20 de março.As propostas serão avaliadas levando em consideração o alinhamento com os objetivos da incubadora, dedicação da equipe empreendedora e currículo dos proponentes e os  empreendedores selecionados participarão ainda de outras etapas do processo seletivo como o WorkshopLean Startup, acompanhamento semanal de evolução, entrevistas, mentoria e o Demoday (apresentação para banca avaliadora).Supera ParqueO Supera Parque de Inovação e Tecnologia de Ribeirão Preto é resultado de uma parceria entre a Fipase, a Universidade de São Paulo (USP), Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto e Secretaria de Desenvolvimento do Estado de São Paulo. Instalado no Campus da USP local, o Parque abriga a Supera Incubadora de Empresas, o Supera Centro de Tecnologia, a associação do Arranjo Produtivo Local (APL) da Saúde, o Polo Industrial de Software (PISO), além do Supera Centro de Negócios.Ao todo, são 59 empresas instaladas no Parque, sendo: 45 delas na Supera Incubadora de Empresas de Base Tecnológica; 12 empreendimentos no Centro de Negócios e  2 na aceleradora SEVNA Seed.Fonte: Empreendedor

APÓS ACIDENTE, FAMÍLIA INVESTE EM FABRICAÇÃO DE TRICICLOS E FAZ SUCESSO NO PAÍS

A Dream Bike vende triciclos adaptados para pessoas com deficiência e aposta em food-trikes

Sérgio Ribeiro, fundador da Dream Bikes, empresa que fabrica veículos customizados (Foto: Divulgação)
Muitos empreendedores investem em bicicletas ou triciclos para vender seus produtos. No entanto, isso não era uma prática comum há 24 anos, quando surgiu a Dream Bike. A empresa é especialista em fabricação de triciclos e comercializa para o Brasil inteiro.Antes da Dream Bike, o fundador Sérgio Ribeiro, 66 anos, trabalhava no ramo de compra e venda de carros. Sua vida mudou quando sofreu um acidente. Depois de quebrar as duas pernas e passar dois anos imobilizado, Sérgio viu sua loja falir e precisou procurar uma nova fonte de renda para a família.Foi em 1993 que ele teve a ideia de criar uma bicicletaria – uma loja que vendesse e realizasse pequenos consertos nos veículos de duas rodas. Segundo Patrícia Ribeiro, sua filha, a busca do pai por um novo negócio foi a maneira encontrada para reunir toda a família depois do acidente. “Estávamos em nossa casa de praia e ele estava consertando bicicletas. Percebeu que poderia ser um bom mercado, alugou um ponto na Vila Mariana [bairro de São Paulo] e abriu a loja”, explica.Depois do acidente, Sérgio contraiu poliomielite na perna esquerda e, desde então, tem tido grande dificuldade de mobilidade. Pensando em si mesmo e em outras pessoas que não conseguem andar de bicicleta, o empresário começou a criar rodinhas para o veículo. No entanto, depois de muita análise, criou o Kit Triciclo com a ajuda de seu filho mais velho André e o mais novo Marcelo. O produto consiste em um item adaptável que transforma qualquer bicicleta normal em triciclo.No início, era apenas para uso pessoal, mas Sérgio viu o potencial do produto e o pendurou na porta da loja. Após a medida, começaram a surgir consumidores interessados em comprar os produtos. A partir daí a Dream Bike iniciou o processo de fabricação e venda dos triciclos. “Encontramos um público que precisava desse meio de transporte e investimos nisso”, conta Patrícia.Aproximadamente há 10 anos, a ideia do Kit Triciclo foi patenteada e a marca hoje atende grandes clientes como Pão de Açúcar, Kibon, Correios e Nestlé. Atualmente, a empresa possui diferentes tipos de triciclos como os adaptáveis para pessoas com deficiência e os food-trikes (triciclos especializados para micronegócios). A Dream Bike está expondo seus produtos na Feira do Empreendedor em São Paulo.De acordo com Patrícia, há quatro ano, a empresa percebeu o potencial dos food bikes e resolveu investir nos food trikes, triciclos utilizados como pontos de venda para o varejo, que, nada mais são, do que um triciclo que leva uma grande estrutura para o empreendedor vender o que deseja. “Dá para usar em diferentes mercados, desde doces e salgados até a venda de roupas”, conta.A história de superação de Sérgio fez com que ele apostasse em triciclos adaptáveis . “Desde o primeiro Kit Triciclo, a pessoa com deficiência já podia usar, mas com o passar dos anos, criamos adaptações especiais em guidões e assentos”, diz Patrícia. Esse trabalho social fez com que o empresário fosse muito reconhecido em todo o país. “Meu pai já recebeu o diploma da Federação Mundial da Paz e ainda carregou a Tocha Paralímpica”, orgulha-se.Hoje, a companhia possui 35 funcionários e vende aproximadamente 2 mil triciclos por ano. Os valores de cada unidade vão desde R$ 300 para o Kit Triciclo até R$ 5 mil para food-trikes personalizados com design retrô.A sede da Dream Bike fica no bairro do Cambuci em São Paulo (SP) e, além de comercializar seus produtos com revendedores, a empresa realiza projetos especiais com grandes marcas e também vende diretamente para o consumidor final em qualquer lugar do Brasil.Fonte: PEGN

Na contramão da crise, pequenos negócios esperam resultados positivos em 2017

Mesmo com as quedas nas finanças registradas em 2016, micro e pequenas empresas mineiras estão com expectativas favoráveis para este ano

 No ano passado, os empresários das micro e pequenas empresas mineiras sentiram no bolso os reflexos da crise. Mais da metade dos pequenos negócios registraram queda no faturamento e, consequentemente, na margem de lucro. Apesar da desconfiança, em 2017, grande parte dos empresários estão otimistas e preveem estabilidade no quadro de funcionários e na manutenção dos preços dos produtos e serviços. Isso é o que aponta a pesquisa “Avalição de 2016 e perspectivas de 2017 das MPE mineiras”, realizada pelo Sebrae Minas com 1.814 empresários de todo o estado nos setores de comércio, serviços e indústria.
De acordo com o estudo, a expectativa de 68,7% dos entrevistados é que permaneça o número de empregos nas empresas. Essa estabilidade também está prevista nos preços médios dos produtos e serviços oferecidos pelos negócios (59,5% dos entrevistados). Já em relação aos custos, 68,6% acredita que haverá um aumento em relação a 2016.“O otimismo dos empresários das micro e pequenas empresas esboça uma possível retomada do crescimento. Temos que olhar com atenção essas expectativas, pois os pequenos negócios têm papel fundamental na economia do país. Em Minas Gerais, eles são responsáveis por 59% da força de trabalho e representam 48% dos salários pagos no estado, o que equivale a cerca de R$ 2,6 bilhões na economia”, justifica o Superintendente do Sebrae Minas, Afonso Maria Rocha.O otimismo dos entrevistados foi verificado principalmente em relação ao crescimento do faturamento (66,6%). Os empresários do setor de serviços são os que mais confiam em um melhor resultado para este ano.Assim, mais da metade dos pequenos negócios ainda esperam resultados positivos em relação à margem de lucro (53,5%), à ampliação da carteira de clientes (69,1%) e ao aumento das vendas (66,7%).Além disso, acredita-se na expansão dos investimentos previsto para os próximos três anos (50%). Do total dos que pensam em investir, a maior parte destinaria recurso para a ampliação e reformas (51,8%) e para aquisição de máquinas e equipamentos (36,7%).Porém, quando questionados sobre as expectativas em relação à permanência da empresa no mercado, 48,3% dos empresários afirmaram estar receosos, inseguros ou muito inseguros. Os principais motivos para essa desconfiança estão atrelados à instabilidade econômica do país (57,4%) e à queda brusca do volume de vendas (12,9%).“Para quase a metade dos entrevistados, uma das maiores preocupações é com a conjuntura econômica deste ano, inclusive com a instabilidade financeira, as baixas expectativas em relação ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e, principalmente, com a elevação da carga tributária – impostos que pesam bastante no fechamento das contas das micro e pequenas empresas”, complementa Rocha.BalançoAs micro e pequenas empresas mineiras sofrem os efeitos da crise de 2016. De acordo com a pesquisa, houve queda no faturamento (apontado por 54,6% dos entrevistados), na margem de lucro (54,6%), nas vendas (57,7%) e no quadro de funcionários (30,4%). Além disso, verificou-se aumento dos custos (68,2%) e do endividamento dos pequenos negócios (23,9%). “2016 foi um ano no qual as micro e pequenas empresas sentiram o aprofundamento da recessão econômica, a retração da produção e dos investimentos, além do aumento das taxas de desemprego”, justifica o Superintendente do Sebrae Minas, Afonso Maria Rocha.O balanço aponta que a indústria foi o setor mais impactado no ano passado. O estudo mostrou ainda que o segmento teve queda no número de clientes (60,5%), retração da margem de lucro (63,4%), diminuição das vendas (60,5%), redução no quadro de funcionários (35,8%) e aumento dos custos (72%).PerfilPor meio da pesquisa “Avalição de 2016 e perspectivas de 2017 das MPE mineiras”, também foi possível montar o perfil das micro e pequenas empresas mineiras. De acordo com o estudo, a maior parte delas são comandadas por homens (59,7%), brancos (42%), com idade entre 31 e 40 anos (29,9%), chefes de família (71,2% casados e 74,1% têm filhos) e com Ensino Médio completo (37,1%).A pesquisa demonstrou que 60,8% das empresas foram fundadas por sócios e 45,3% são do setor de comércio. Do total de empresas, 25,2% vendem para o governo (municipal, estadual ou federal), 21,8% para outros estados, 18,3% pela internet (site, Facebook, Instagram) e 2,2% exportam.Fonte: Empreendedor

ESSA SIMPLES ESTRATÉGIA AJUDA A SUPERAR O MEDO DE VIRAR EMPREENDEDOR

Tem medo de tomar riscos? Não tem coragem de largar o emprego?

O escritor mostra como monta uma tabela para analisar e dissecar seus maiores medos (Foto: Reprodução Inc)
A vida de empreendedor não é para todo mundo. É preciso ter muita dedicação, aceitar riscos e ter paciência para esperar resultados que, na maior parte das vezes, demoram a chegar. Mas verdade é que muita gente tem vontade de abrir um negócio e acaba adiando qualquer projeto de empresa porque sente medo. De fato, o empreendedorismo não dá certezas logo de cara e pode parecer assustador à primeira vista. Se esse é o seu caso, você já se perguntou qual a origem desse medo todo?O escritor Tim Ferriss, autor de best-sellers do New York Times e do Wall Street Journal, falou sobre o assunto em um vídeo publicado no site da revista Inc. Ele conta que aprendeu a melhor estratégia para superar o medo com o ator Jamie Foxx, estrela de filmes como Ray e Django Libre. "Ele é uma das pessoas mais confiantes que eu já conheci", diz Ferris sobre o artista. Numa conversa, o escritor perguntou a Foxx como era possível ter coragem o suficiente para enfrentar o medo.A estratégia do ator começa com a pergunta: o que está do outro lado desse medo? "Isso significa que você precisa estudar o medo, analisá-lo, dissecá-lo e, assim, eles perdem seu poder", afirma Ferris. Ele conta o passo a passo do que faz - baseado no que Foxx disse - para se sentir confiante quando está apavorado."Pegue um pedaço de papel e divida-o em três colunas. Acima delas, você deve escrever qual é o medo que você está sentindo." Então, na primeira divisão ele escreve o pior que pode acontecer. Se o maior medo no caso é o de largar o emprego e abrir um negócio, por exemplo, o maior temor seria não encontrar clientes para a empresa e ficar sem nenhum dinheiro na poupança."Na segunda coluna, coloque tudo o que você pode fazer para minimizar cada uma dessas situações", continua Ferris. Então, para o problema de ficar sem dinheiro, uma boa estratégia seria não investir todas as economias numa empresa. Em vez disso, deixar uma quantia segura guardada para o caso de a ideia dar errado.Por fim, na última parte da tabela, o escritor aconselha escrever o que o empreendedor faria para voltar exatamente ao ponto de partida caso seu pior medo se concretize. "Assim, você muda a sua perspectiva dos seus medos. Eles deixam de ser algo abstrato e se tornam algo claro e definido", afirma. "É assim que você se permite assumir riscos e tornar sonhos em realidade."Fonte: PEGN

Estudo global aponta caminhos e desafios dos negócios em 2017

Para 40% dos respondentes, conectar as jornadas de compra on e off-line será a prioridade em 2017

Entender o aprofundamento da economia digital, as mudanças no comportamento do consumidor, sua jornada de compra e os impactos nos negócios das empresas são os objetivos do “Future Focus”, estudo global com grandes empresas de 120 países de todo o mundo, incluindo o Brasil, promovido pela iProspect, agência de marketing digital full performance presente em 54 países. O estudo contou também com a participação das áreas de audiência e estratégia da iProspect dos países em que atua, além de profundo Desk Research. O “Future Focus” mostra que a revolução digital é uma realidade nos negócios, ou seja, a dinâmica econômico-social já foi alterada, tendo o mundo digital como centro dela. Não por acaso, uma pesquisa da MIT Sloan aponta que as empresas que já incorporaram essa visão são 26% mais eficientes que seus pares.
O presidente da iProspect Brasil, Rodrigo Turra, explica que “em 2016, o mundo atingiu 3,6 bilhões de usuários da internet, 50% da população mundial. Esses usuários estão cada vez mais conectados, principalmente por meio de dispositivos móveis cada vez mais potentes e flexíveis. Essa constante conectividade digital criou uma nova economia, a economia digital, na qual negócios tradicionais são virados pela cabeça, marcas nascidas no meio digital criam novas categorias e consumidores tem expectativas cada vez mais elevadas em relação a produtos e marcas. Entregar crescimento e lucratividade neste contexto exigirá das marcas uma reinvenção de suas metodologias de atuação”.O estudo aponta que as marcas se moverão de um modelo de simples coleta de dados para um modelo de dados estratégicos. Isso significa identificar dados confiáveis e relevantes para o negócio e organizá-los continuamente e com agilidade por meio de ferramentas adequadas, retroalimentando o negócio. “Nenhum dado específico responde a todas as perguntas. O valor real é extraído quando, justamente, se faz as conecções corretas entre os dados disponíveis”, afirma Rodrigo Turra.Nesse sentido, o principal desafio é monitorar as interconecções entre a jornada de compra on-line e off-line. O Google, por exemplo, fez grandes progressos nesta área monitorando essa conexão nos últimos 18 meses. A empresa afirma ter medido mais de 1 bilhão de visitas a lojas que agora podem ser ligadas ao Google Adwords para dar uma estimativa de conversões e proporcionar insights sobre o comportamento do consumidor. “Notas digitais e cartões de fidelidade também são soluções úteis para monitorar a interrelação entre meios digitais e compras off-line”, completa o presidente da iProspect Brasil.O Future Focus apontou também que a tecnologia de dispositivos conectados móveis é a que mais estimula as empresas (32%), enquanto que integrar as jornadas de consumo on-line e off-line é a prioridade de negócios para 40% dos respondentes. Em termos de investimento de marketing por canais, os focos serão buscas pagas (22%) e redes sociais (18%).Novas e criativas soluçõesOutra tendência identificada é que veremos mais e mais empresas investindo em ações ou metodologias de coleta de dados primários do consumidor para além dos tradicionais sistemas de CRM e o tracking de navegação de sites e aplicativos. A própria produção de conteúdo dirigido pode ajudar as empresas a realizar a coleta de informações importantes.O comércio conversacional promete ser a nova “onda” com empresas desenvolvendo aplicações para venda de produtos em aplicativos de conversa como o Whats’Up. “No exterior, já temos exemplos de empresas com plataformas funcionais de venda em aplicativos de conversa. Já é possível comprar roupas, pedir um taxi ou delivery de comida”, afirma Rodrigo Turra.Na mesma linha, há uma tendência de integrar ainda mais mídias com links diretos para compras. Por exemplo, o Pinterest desenvolveu uma aplicação que permite comprar a partir de um clique na foto de um produto desejado. O Facebook e o Google estão desenvolvendo aplicações nesta linha também. Isso é importante, pois de acordo com um relatório da eMarketer, até o fim de 2016, 43% da população mundial já terá realizado alguma compra online. Com um faturamento global em 2020 de até US$ 4 trilhões, o e-commerce continuará sendo um dos segmentos com crescimento mais rápido na economia digital. Outra característica importante do e-commerce, é que ele será cada vez mais sem fronteiras, com consumidores adquirindo produtos de fornecedores em todo o mundo.O estudo apontou, por fim, a emergência da busca por voz – logo as estratégias de busca paga devem se adaptar a essa realidade –, o uso mais amplo da inteligência artificial para agilizar respostas para consumidores e uma maior integração dos pontos de contato das empresas com seus públicos, facilitando assim o relacionamento.Fonte: Empreendedor

Eles começaram um negócio com R$ 1 mil e buscam o primeiro milhão

Jovens sócios da empresa de alimentação saudável Lucco Fit começaram fazendo marmita na cozinha de casa e inauguram a primeira loja

Tudo começou com uma vontade de empreender e trabalhar com o que se gosta. O administrador Gustavo Brunello, 30 anos, trabalhava em uma multinacional, enquanto o estudante de administração Daniel Luco, 26, fazia um estágio na área. Eles haviam estudado no mesmo colégio, mas perdido contato até que uma amiga em comum viu que ambos tinham o mesmo objetivo e interesses: ter o próprio negócio e trabalhar com alimentação saudável.
O negócio demorou poucos meses para se concretizar. Sem reservas financeiras, os dois jovens resolveram iniciar, em maio de 2015, a venda das primeiras marmitas com o dinheiro que tinham, já que observaram que o segmento começava a ser explorado por outros empreendedores. Juntaram 500 reais cada um. “Vimos que ia demorar muito para começar do jeito que a gente queria. Resolvemos arriscar: o dinheiro deu para fazer um logo, comprar algumas embalagens e ingredientes”, diz Gustavo.A produção das marmitas começou na cozinha do próprio Gustavo. Ambos gostavam de cozinhar, mas não tinham nenhuma experiência em fazer comida de forma profissional. “No começo erramos muito na quantidade de comida necessária. Compramos 10 quilos de frango e acabamos com muito menos do que isso porque não consideramos pontos como perda de líquido, por exemplo”.Início caseiroA Lucco Fit iniciou as vendas apenas para amigos e familiares. No começo as marmitas eram feitas apenas aos finais de semana e entregues no mesmo dia ou no dia seguinte, já que Gustavo continuava no seu emprego: Daniel já havia saído do estágio para se dedicar ao negócio. “No começo tudo que ganhávamos reinvestíamos. Até o meu salário eu usava”.Depois de dois meses, começaram também a produzir marmitas ao longo da semana. “Contratamos uma cozinheira que agilizou muito o trabalho”. Logo investiram também em marketing nas redes sociais e começaram a vender para amigos de amigos até que decidiram alugar um espaço com cozinha e contratar mais funcionários. “Com cinco meses criamos o site do negócio para suportar o aumento de gastos. A partir disso as vendas aumentaram muito”.Como o negócio é novo, os sócios tiveram dificuldade de obter crédito no mercado. “Fomos usando crédito pessoal para comprar equipamentos, de forma parcelada. Hoje já temos 100 mil reais em equipamentos quitados, inclusive uma máquina italiana de ultra congelamento, essencial para manter a qualidade dos alimentos”.Um diferencial, conta Gustavo, foi contratar como freelancers dois profissionais experientes para cuidar da propaganda nas redes sociais. “No início até pagávamos com refeições. Mas depois fomos colocando metas para eles. Conforme atingiam, aumentávamos o salário”.Foi necessário se reinventarQuando muitos empreendedores passaram a atuar no mesmo segmento, a virada do negócio da Lucco Fit foi analisar quais eram, de fato, os clientes do negócio. “Os pratos que mais saíam não eram os de dieta: pessoal pedia muito estrogonofe, por exemplo. Então, em um trabalho feito nas redes sociais, descobrimos que quem comprava as marmitas não era quem treinava nas academias: 80% eram mulheres que queriam emagrecer ou simplesmente comer de forma saudável e não tinham tempo de preparar a comida porque chegavam tarde do trabalho”.Os sócios então resolveram contratar uma agência para aprimorar o site e reposicionar a marca. “Tínhamos um logo com um cara mostrando o muque. Era tudo bem masculino. Demos um jeito de deixar a marca mais feminina”, conta Gustavo.Mas o que era para ser algo com impacto positivo para o negócio teve uma implicação negativa: o novo site teve problemas de acesso. Resultado: o faturamento caiu pela metade. “Foi um baque. Ficamos desesperados, mas aprendemos uma lição importante: passamos a ser mais racionais nos gastos, e continuamos com esse pensamento até hoje”.De tempos em tempos os sócios revisam os preços cobrados por fornecedores e negociam para reduzir custos. “Buscamos ter um diferencial de preço em relação a concorrentes, sem perder a qualidade”, diz Gustavo. Kits são mais vendidos do que pratos individuais na Lucco Fit. “O que inclui quatro refeições por dia durante um mês (café da manhã, almoço, lanche e jantar) custa 900 reais”.Neste aprendizado, os sócios também decidiram tirar um salário fixo mensal, sem olhar para quanto faturavam. “Não íamos tirar mais se o mês fosse bom. Além disso, em momentos de aperto não tiramos nem esse valor fixo. Nos viramos com o que tínhamos. O importante era o negócio ir para frente”, conta Gustavo.Busca por investidores para chegar à ruaDe poucos pratos iniciais, como carne moída com mandioquinha, arroz e brócolis, o negócio passou a vender opções compostas por mais de 100 itens, entre eles filé mignon e salmão, conta Gustavo. “Ampliamos as opções, mas mantivemos o conceito de alimentação saudável. Não vendemos nada frito ou com farinha branca. Os grãos que utilizamos são integrais e os alimentos não têm corante ou conservantes”.Com a recuperação do faturamento e o negócio crescendo a cada mês, Daniel e Gustavo sondaram alguns investidores para tentar obter o investimento necessário para montar uma primeira loja.Os sócios decidiram montar um empório da marca que permitiria a clientes levar as marmitas por meio de um sistema de assinatura ou comer no próprio local, que também venderia opções adicionais de snacks e café gourmet. “Não conhecíamos nenhum concorrente que havia dado esse passo”. Na loja, o cliente poderia comprar marmitas em menor quantidade do que as vendidas pelo site. “Conseguimos ter mais flexibilidade”.Uma família se interessou pelo negócio, mas a negociação não foi para a frente. “Eles queriam muito desconto, um porcentual relevante das vendas. Foi estressante”.Paralelamente, os sócios resolveram contratar uma arquiteta para criar um padrão para a marca e o ambiente da primeira loja. “Sempre prezamos muito a imagem, tanto que até os pratos que entregamos procuramos montar como se fosse em um restaurante”, diz Gustavo.Daniel e Gustavo se surpreenderam quando a arquiteta ficou interessada em investir na empresa. “Nossa confiança no negócio chamou a atenção dela e da equipe, que entraram para investir na montagem da nossa primeira loja, que será inaugurada neste mês nos Jardins. O investimento deles acabou sendo mais que o triplo do previsto inicialmente”.Gustavo e Daniel se preocuparam em firmar um contrato no qual deixaram expresso que todas as decisões com relação à imagem e produtos teriam de envolvê-los. O objetivo é, agora, expandir por meio de franquias. “Vamos esperar que o investimento na loja seja quitado e pensar nos próximos passos”.Hoje a empresa já tem 10 funcionários, trabalha com três motoboys terceirizados para entregar os pratos e faturou, em janeiro, mais de 100 mil reais. “Esperamos manter esse ritmo e faturar 1 milhão de reais no final do ano”.Fonte: Exame

“O EMPREENDEDORISMO VIROU MEU JOGO”

Um dos principais jogadores da história do futebol mundial, Ronaldo Nazário, o Fenômeno, conta como trocou as chuteiras pelo mundo dos negócios

Ronaldo Nazário: ex-jogador virou empreendedor  (Foto: Anna Carolina Negri )
Por onde anda, Ronaldo Nazário, o Fenômeno, é incentivado por torcedores a voltar aos campos de futebol. Vontade, diz o jogador, não falta. Mas, aos 40 anos, ele prefere ajudar o esporte mais popular do país de outra forma: empreendendo. Sua primeira iniciativa depois de deixar os campos foi a 9ine, uma agência de publicidade especializada em esporte, mas o negócio não durou muito tempo.
Há pouco mais de um ano, Ronaldo se uniu a Carlos Wizard na criação da Ronaldo Academy, rede de franquias que treina e educa jovens promissores no futebol. Já são mais de 70 unidades espalhadas por China, Suíça, México, Colômbia, Estados Unidos e Brasil. “Eu sou a cara do futebol e o Wizard sabe tudo de franquias. Montamos uma máquina de gerar jogadores em todas as partes do mundo”, afirma. Em um evento realizado em novembro, em Águas de Lindoia, no interior paulista, o jogador recebeu PEGN para falar sobre empreendedorismo — o caminho que escolheu para sua vida após se aposentar dos gramados, em 2011.
Quando e por qual razão você decidiu empreender? Eu conheci muita gente importante durante a minha carreira como jogador de futebol, entre 1993 e 2011. O esporte abre portas, oferece muitos contatos. Com alguns empresários, fiz contratos para usar minha imagem em publicidade; com outros, fiz amizades. Depois que encerrei minha carreira, no Corinthians, o empreendedorismo foi a saída para não ficar parado. Usei a experiência que acumulei negociando contratos e criei a 9ine, uma pequena agência de publicidade feita em parceria com a WPP. Com a crise, fechamos o negócio. Mas eu decidi continuar em frente com outras empresas.Quais são seus negócios hoje? Sou sócio de duas empresas: a Liv Drinks, que fabrica sucos e água de coco, e a Ronaldo Academy. A escolinha é um projeto com que eu sempre sonhei para ajudar crianças e jovens a encontrar um caminho na vida por meio do esporte. Além da questão social, é um bom negócio: o futebol é jogado praticamente em todos os países do mundo, por isso temos oportunidades em todas as partes. Só na China, um país que começa a investir pesado no futebol, vendemos 30 unidades da rede.Como você se prepara para administrar seus negócios? Apesar de ter tido experiência com alguns negócios, eu sei que ainda estou no começo da minha jornada empreendedora. Estou aberto ao aprendizado no dia a dia. Mas eu tenho o necessário para ser um empreendedor: bom senso e coragem para tocar um negócio.Numa negociação difícil, como você  escolhe a melhor alternativa para a sua empresa? Eu gostaria de ter me especializado em negócios, sei que isso seria bom para mim. Mas não vejo problema. Veja bem, eu lido com dinheiro desde os 16 anos, fiz muitos contratos de altas cifras com patrocinadores e clubes. Reinaldo Pitta e Alexandre Martins, empresários do ramo do esporte, também me ensinaram muito. Além desse aprendizado que tive, conto com uma equipe muito próxima para me ajudar nas decisões. E tem outra coisa: sei que um negócio é bom quando a soma dá positivo.Quem são essas pessoas que te ajudam nos negócios? Eu tenho uma estrutura para me ajudar em vários assuntos. Em negócios, são três advogados, dois na Espanha e um aqui no Brasil. Eles recebem as propostas de sociedade, fazem uma análise e eu decido se vou investir. Um economista nos auxilia no processo para ver se o acordo é vantajoso.Quais empreendedores te inspiram? O Carlos Wizard [Mundo Verde, BR Sports e Taco Bell] é um deles e sinto que é um privilégio ser parceiro dele. Outro é o Jorge Paulo Lemann [3G Capital], que me empresta a quadra de sua casa no Rio de Janeiro para jogar tênis. E também tenho muita admiração pelos sócios dele, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles, que já me chamaram para fazer publicidade da Brahma.Você está ao lado de lendas do mundo dos negócios. Conversa com eles sobre empreendedorismo? Eu tento pegar o máximo possível de dicas. Houve uma situação engraçada em 2013. Eu estava na casa do Jorge Paulo Lemann jogando e ele apareceu e perguntou: ‘Ronaldo, você tem ações?’. Disse que tinha uma carteira pequena. Ele desconversou e se foi. Dois dias depois ele anunciou a compra da H.J. Heinz. Mas é bom registrar: ele não me disse absolutamente nada sobre a compra.Como é a sua rotina? Como moro em Madri, tento vir ao Brasil pelo menos uma vez por mês. Quando pouso aqui, tenho uma agenda bem extensa e tento ajustá-la para duas coisas: ficar com meus filhos e tocar os negócios, o que inclui reuniões societárias, de contratos de imagem e ações de marketing. É bem corrido porque eu viajo o mundo em nome do futebol. Saindo dessa entrevista, vou para o México inaugurar um museu e me encontrar com o Carlos Slim, dono da Telmex. Vou pedir dicas de negócios para ele.Como seu amigo Lemann, você sonha em ser um bilionário? Eu não estou no empreendedorismo por esse motivo. A minha grande batalha é para que a academia vingue. É claro que, se  o negócio der certo, será legal ter mais dinheiro. Mas não precisa ser bilhão.Fonte: PEGN

CANAIS DE VENDA ONLINE