Eles têm várias franquias ao mesmo tempo – e contam seus truques

EXAME.com entrevistou cinco empreendedores que adquiriram mais franquias em plena crise - e não enlouqueceram no processo.

Administrar um negócio não é nada fácil – mesmo que ele conte com o suporte de outro empreendedor, como ocorre nas franquias. Os últimos anos, marcados pela recessão econômica, só dificultaram essa tarefa.
Mas, para algumas pessoas, a crise não impediu a expansão dos negócios. É o caso, por exemplo, dos multifranqueados: empreendedores que cuidam não só de uma unidade franqueada, mas de várias – sejam elas da mesma rede ou de redes diferentes.Nas redes que possuem franqueados com mais de uma unidade, eles representam hoje 14% do total de empreendedores associados. Estranhamente, tal porcentagem cresceu justamente nos últimos três anos, marcados pela recessão econômica.A primeira razão desse crescimento se deve à própria expansão do mercado de franchising brasileiro, explica Altino Cristofoletti Jr., presidente da Associação Brasileira de Franchising (ABF).“Para ampliar ou agilizar sua expansão, as redes começaram a passar mais e mais unidades para a administração de um mesmo franqueado bem sucedido. Não são poucas as redes que priorizam a expansão entre seus presentes franqueados antes de ir ao mercado de forma geral”, afirma.“Também contribuíram com este movimento o intercâmbio com mercados onde o multifranqueamento é comum, como os EUA, e o surgimento de empreendedores que já chegam às redes com a mentalidade de administrar várias unidades ao mesmo tempo.”Mas como, na prática, esses empreendedores conseguem gerir tantas franquias simultaneamente? Para descobrir as técnicas de gestão mais usadas, EXAME.com conversou com cinco multifranqueados. Todos adquiriram ao menos uma unidade nos últimos anos.Confira, a seguir, as dicas que cada um desses empreendedores daria para quem também quer ser dono de várias franquias:

1. Procure conhecer de antemão o mercado no qual você entrará

Na hora procurar uma franquia, o empreendedor Giovane Fischborn levou em consideração suas experiências anteriores: ele já havia trabalhado em modelagem e venda de calçados e, por isso, abriu uma unidade franqueada no ramo, da rede Jorge Bischoff.No começo, foi preciso amadurecer a loja e tornar a marca conhecida em Brasília, onde Fischborn mora. O retorno do investimento veio em um ano e meio. Em função do desempenho desse primeiro negócio, o empreendedor abriu novas unidades da marca de sapatos.Após sete anos como franqueado, Fischborn acumulou seis lojas da Jorge Bischoff: quatro em Brasília e duas em Goiânia.Como conselho para quem também quer entrar na vida de multifranqueado, o empreendedor recomenda adquirir conhecimento da sua futura área de atuação.“Você precisa ter um conhecimento básico do mercado – se você não o obteve antes de abrir a franquia, busque aprender o mais rápido possível. Isso aumentará suas chances de ter bons negócios, já que a experiência gera a decisão por estratégias corretas.”
Giovane Fischborn, que tem seis franquias da Jorge Bischoff

Giovane Fischborn, que tem seis franquias da Jorge Bischoff

2. Invista em bons funcionários

A história de Marcelo Ribeiro com as franquias é antiga: ele abriu sua primeira franquia, da All Pé, em 1999.“Eu trabalhava com meu pai, que era distribuidor de cerveja em Natal [Rio Grande do Norte], mas o negócio dele foi decaindo e buscamos novas oportunidades. Então, fui morar em Campina Grande [Paraíba] e abri essa loja em um shopping que havia acabado de inaugurar”, explica o franqueado.De lá para cá, Ribeiro foi colecionando uma série de franquias diferentes. Ele possui nove unidades franqueadas de marcas como All Pé, Balonè, Ellus, Feet Shoes, Malwee Kids, Morana, Pato Roupas e Puket.Uma técnica usada pelo empreendedor para conseguir administrar tantas franquias ao mesmo tempo é contratar gente qualificada – e, então, delegar as tarefas operacionais.“Arrumar funcionários é mais difícil quando você é multifranqueado em marcas distintas, porque você precisa administrar não só mais pessoas, mas também em negócios com diferentes metas e diferentes operações”, explica.“Você tem de procurar funcionários que tenham capacidade de liderança, para resolver os problemas menores de cada franquia. Afinal, você não consegue estar em todos os negócios ao mesmo tempo.”No caso de Ribeiro, houve a criação de um escritório, com quatro funcionários, para cuidarem da gestão básica de finanças e recursos humanos das nove unidades franqueadas. “Eles trabalham diretamente comigo e me passam, todos os dias, as informações de cada loja. Com isso, posso analisar aspectos como compra de estoque e fluxo de caixa sem gastar tanto tempo na coleta de dados.”
Marcelo Ribeiro é franqueado de marcas como All Pé, Balonè, Ellus, Feet Shoes, Malwee Kids, Morana, Pato Roupas e Puket

Marcelo Ribeiro tem marcas como Balonè, Ellus, Malwee Kids, Morana e Puket

3. Faça um bom planejamento e corte as reuniões redundantes

A empreendedora Sedilha Novais abriu uma unidade franqueada da rede de idiomas CNA após ter tido experiências tanto como aluna quanto como professora no negócio. Ela se formou em uma escola da CNA e passou seis anos lecionando. Até que a ideia de ter sua própria unidade falou mais alto.“Era um sonho de adolescente ter uma escola de idiomas. Como eu já conhecia a marca, fomos direto fazer uma reunião com a franqueadora”, explica Sedilha. Ela primeiro tentou administrar franquias junto aos parentes, mas a incompatibilidade de ideias a fez virar uma franqueada de carreira solo.A empreendedora abriu sua primeira unidade franqueada própria em 2007, ao assumir uma escola da CNA que havia quebrado por problemas administrativos, em Osasco (São Paulo).Com o bom resultado da primeira unidade, ela decidiu expandir menos de dois anos depois. Abriu uma segunda unidade, em Alphaville (São Paulo), no ano de 2011. Cerca de 80% do valor investido veio dos resultados da primeira escola.Hoje, Sedilha gere quatro franquias da CNA: três em Osasco e uma em Alphaville. Para conseguir ser multifranqueada, ela conta que tem uma agenda muito organizada e sem redundâncias.“Antes, fazia reuniões separadas com os coordenadores pedagógicos de cada escola. Percebi como é importante trazer todos os líderes em uma reunião única. Além de poupar tempo, surgem novas ideias e conseguimos ter um projeto mais bem elaborado. Esse mesmo esquema é aplicado nos departamentos administrativo, comercial e financeiro”, afirma.Mas não basta planejar: é preciso acompanhar o que foi decidido. Sedilha conta que passa um dia da semana em cada unidade, sendo que o quinto dia útil é variável. “Com os dias fixos, as pessoas sabem onde me achar e é possível marcar novas reuniões, mais pontuais.”
Sedilha Novais possui quatro escolas da franquia CNA

Sedilha Novais possui quatro escolas da franquia CNA

4. Os programas de controle e gestão são seus melhores amigos

Anderson Mota trabalhava em uma multinacional, como coordenador de logística. Mas, como grande parte da população, tinha o sonho de abrir um negócio. Viu uma oportunidade quando sua namorada (hoje esposa) trabalhou em uma loja piloto da franquia Sóbrancelhas – e falou bem do empreendimento.“Eu vi um potencial grande no mercado de beleza e estética. Ao mesmo tempo, estava cansado e descontente com meu trabalho. Fiquei onze anos na mesma carreira. Então, decidi arriscar”, explica Mota. Por isso, em agosto de 2014, abriu sua primeira unidade da franquia de embelezamento do olhar.A primeira loja teve o retorno do investimento em cinco meses, antes do esperado. Então, Mota decidiu reaplicar o investimento em novas unidades. Hoje possui quatro franquias da Sóbrancelhas: uma em Jacareí (São Paulo), duas em Bauru (São Paulo) e uma em Goiânia (Goiás).Para lidar com a gestão de várias unidades, Mota recomenda unir acompanhamento presencial e digital. Para quem abriu unidades em regiões que não permitem visitação frequente, o uso de softwares ajuda bastante.“É interessante primeiro passar uns meses na unidade, entendendo qual o potencial de faturamento. Depois, deixamos um gerente em cada franquia e fazemos uma mistura de acompanhamento físico e online”, explica Mota.O atendimento digital é diário e composto por vigilância por câmeras de segurança, reuniões por Skype e softwares de gerenciamento de equipe e de resultados financeiros.“Acompanhar seus dados é fundamental. Temos um sistema que consegue apontar o rendimento de cada funcionário individualmente – quais produtos ou serviços ele vende e qual o ticket médio dos seus clientes, por exemplo.”
Anderson Mota é dono de quatro franquias da Sóbrancelhas

Anderson Mota é dono de quatro franquias da Sóbrancelhas

5. Está sempre de um lado para outro? Faça uso dos apps

O trabalho do engenheiro civil Bruno Saraiva consistia, basicamente, em resolver pepinos: ele gerenciava aluguéis e reformas de imóveis, atendendo os pedidos dos inquilinos. Até que, com mais de 50 anos de idade, foi demitido.“Era difícil me recolocar no mercado de trabalho tendo essa idade. O aspecto formatado da franquia me deu uma segurança a mais, ainda que nenhum negócio seja garantido. Depois de um atendimento no Sebrae, comecei a pesquisar negócios para investir”, explica Saraiva.Em junho de 2015, Saraiva abriu sua primeira unidade franqueada da Elefante Verde, uma rede de marketing digital que atende pequenos empresários. O franqueado compra microrregiões da cidade e faz um levantamento de campo: apresenta-se, entrega panfletos, fala com empresários e oferece um curso de marketing digital gratuito, como estratégia da própria franqueadora.O empreendedor começou atendendo duas regiões de Recife (Pernambuco): Centro e Noroeste. Em novembro do mesmo ano, adquiriu também a prestação de serviços para a região Sul do município.Com três unidades franqueadas, porém, o acompanhamento presencial ficou mais complicado. Para ajudar nessa tarefa, Saraiva faz uso de aplicativos como Agendor, Evernote e Google Agenda. Sem eles, a rotina dividida entre escritório e contatos presenciais seria impossível.“Com eles, eu consigo organizar tanto minhas ideias quanto informações sobre o negócio, além de poder conversar com minha equipe enquanto estou em trabalho de campo. É fundamental que eu tenha uma forma fácil de acessar o que foi feito no escritório, como a prospecção de leads [clientes potenciais], por exemplo”.
Bruno Saraiva, que atua em Recife com três unidades da franquia Elefante Verde

Bruno Saraiva, que atua em Recife com três unidades da franquia Elefante Verde

Multifranquear é para você?

Para ser multifranqueado, a palavra de ordem é experiência. Ela é fundamental tanto para aproveitar os prós quanto para evitar possíveis contras ao lidar com tantos negócios.O ganho mais imediato ao se tornar um multifranqueado é o de escala: é mais fácil negociar com fornecedores, comprar produtos e serviços, treinar a mão de obra e realizar ações promocionais quando você possui uma história comprovada no franchising.Porém, é preciso preparar-se muito bem: o aumento do fluxo financeiro pode ser uma pedra no sapato de quem não sabe controlar bem as contas empresariais. “Mais unidades demandam um maior fluxo de caixa, de forma que o empreendedor já deve ter um lastro financeiro mais desenvolvido”, explica Cristofoletti Jr., da ABF.Como já foi ressaltado pelos multifranqueados entrevistados, a delegação de tarefas deve estar bem desenvolvida. “O empresário, dificilmente, conseguirá ter a mesma presença de antes. Por mais que o empreendedor continue na supervisão, a equipe deverá assumir o papel de gerir algumas tarefas”, conclui.O presidente da associação destaca também a situação de empreendedores como Marcelo Ribeiro: os multi-bandeira, que possuem unidades de marcas diferentes.“Eles aproveitam o fluxo de consumidores para mais de uma marcas para as quais operam, potencializando toda a operação por meio de complementaridade das franquias. Mas, por mais que haja sinergias, o franqueado deve ter cuidado para não misturar ou desvirtuar a identidade das marcas com as quais opera.”Além disso, o conhecimento adquirido da franqueadora pode ser aplicado aos outros negócios franqueados, diluindo riscos ao empreender. “Em última instância, o empresário aumenta seus lucros e fluxo financeiro, o que facilita também o acesso a crédito”, afirma o presidente da associação.

Estratégias das franqueadoras

EXAME.com conversou também com algumas das franqueadoras associadas aos empreendedores entrevistados para descobrir se as redes usam algum tipo de estratégia para estimular o multifranqueamento. E todos os planos envolvem facilidades financeiras a quem quer expandir dentro da marca.Na CNA, por exemplo, 60% dos franqueados possuem mais de uma escola. “A rede oferece linha de crédito especial, que inclui taxa de franquia reduzida, pagamento parcelado e a possibilidade de reverter parte do valor investido em produtos e serviços para escola”, afirma José Carlos de Souza, diretor de Operação e Expansão do CNA.“Quando se tem mais de uma operação há maior sinergia, pois é possível otimizar os trabalhos. Por exemplo: em uma unidade é possível concentrar toda a parte administrativa para as duas escolas. Isso otimiza recursos, tempo e energia do franqueado”, completa o diretor. “A vantagem para a franqueadora é que o franqueado já conhece a marca e sabemos qual sua capacidade gerencial.”Já na Sóbrancelhas, 40% dos franqueados são multi. A rede informa que trabalha concedendo desconto no valor da taxa de franquia para esse tipo de franqueado, reduzindo o investimento de implantação do novo negócio.“Além disso, buscamos parcerias financeiras para proporcionar ao franqueado uma opção de crédito que o estimule a investir sem o comprometimento de capital próprio”, informa Luzia Costa, fundadora da Sóbrancelhas.No Bischoff Group, 25% dos franqueados possuem mais de uma unidade – seja da rede Jorge Bischoff ou de outras marcas. Adriane Lopes, Diretora de Gestão de Lojas e Expansão do Bischoff Group, diz que a marca “dispõe para estes investidores alguns incentivos financeiros.”Por fim, na rede Elefante Verde, por volta de 10% dos franqueados possuem mais de uma unidade. “Antes de vender um território, oferecemos esse contrato ao franqueado que já possui uma franquia próxima regionalmente. Além disso, facilitamos o pagamento dessa nova unidade”, diz Caio Sigaki, CEO da Elefante Verde.“Com certeza estimulamos o multifranqueamento: são franqueados com bagagem, que irão gerar melhores resultados e mais rapidamente do que um novo franqueado. Outro ponto importante é que a gestão da rede fica mais simples, ao ter menos franqueados.”Fonte: Exame

10 histórias de empreendedores que você não conhece, mas deveria

Todos que estudam empreendedorismo ouviram falar em Gates, Musk ou Jobs. Mas há outros donos de negócios que estão fazendo história:

São Paulo – Quando se pensa em empreendedorismo, vários nomes podem surgir na sua mente: Bill Gates, o criador da Microsoft; Elon Musk, que administra ao mesmo tempo a Tesla, a Solar City e a Space X; ou talvez Steve Jobs, o líder eterno da Apple.
Porém, grandes empreendedores podem estar em qualquer lugar – inclusive longe dos holofotes. Por isso, EXAME.com selecionou alguns donos de negócios que já obtiveram sucesso internacional, mas cujas histórias são pouco conhecidas pelos brasileiros.
Alguns dos empreendedores a seguir podem ser completamente novos para você. Ou você pode até conhecer os produtos ou serviços deles, mas não os seus nomes ou suas histórias. Veja, a seguir, quantos inovadores com trajetórias incríveis você conhece!

1. Amancio Ortega

Amancio Ortega

Amancio Ortega (Divulgação)

Você talvez não lembre de cabeça qual o negócio do empreendedor Amancio Ortega. Mas certamente passa com frequência por uma das lojas de sua rede de roupas: a Zara.Ortega virou recentemente o homem mais rico do mundo, ultrapassando o conhecidíssimo Bill Gates, segundo a Forbes. Mas poucos sabem do seu nome, e menos ainda dos detalhes da vida do empreendedor.Diferente de muitos bilionários, ele teve uma infância humilde. De acordo com o Business Insider, um momento de virada para Ortega foi quando ouviu um comerciante dizer para sua mãe que não poderia mais fazer fiado pelo dinheiro necessário para que a família jantasse naquela mesma noite.Nesse momento, Ortega percebeu a real dimensão dos problemas financeiros dos seus pais. Largou a escola por volta dos 13 anos e arranjou seu primeiro emprego, como mensageiro.Sua riqueza só veio após ter uma grande ideia de negócio, por volta dos 40 anos de idade: vender roupas estilosas a um preço acessível. Só a Zara vale, hoje, 16,7 bilhões de dólares (e Ortega acumula uma fortuna de 70,9 bilhões de dólares, segundo a Forbes).

2. Anita Roddick

Anita Roddick, da The Body Shop

Anita Roddick (Wikimedia Commons)

Quando a empreendedora Anita Roddick abriu a primeira loja da rede Body Shop, ela não buscava riqueza: nas suas próprias palavras, ela trilhava no momento “um caminho hippie”.Viajando por países subdesenvolvidos e vendo seus hábitos para cuidar do corpo e da saúde, Roddick teve a ideia de criar uma linha de cosméticos feita com ingredientes naturais. Ela não venderia vaidade, e sim preocupação com o meio ambiente. Ao mesmo tempo, obteria uma fonte de renda para sustentar suas duas filhas.Roddick conseguiu um empréstimo de 6,5 mil dólares, uniu-se a um especialista em plantas medicinais e achou um ponto comercial em Brighton, no Reino Unido.Assim nasceu a primeira loja da Body Shop – uma rede global de beleza que se baseia em uma estratégia inusitada, combinando marketing discreto com conscientização ambiental, ética e social.Em 2007, ano de sua morte, Anita Roddick deixou toda sua fortuna, de 51 milhões de libras esterlinas, para organizações ambientais e sociais. A Body Shop foi vendida à L’Óreal.

3. Colonel Harland Sanders

Balde de frango do KFC

Balde de frango do KFC, com a foto de Colonel Harland Sanders (Daniel Acker/Bloomberg)

Você pode até não conhecer Harland Sanders pelo seu nome, mas certamente já viu sua cara estampada por aí: ele é o fundador – e icônico símbolo – da rede de fast food Kentucky Fried Chicken (KFC).A história de Sanders é um exemplo para qualquer um que diz ser muito velho para começar a empreender: ele começou a franquear seu pequeno restaurante em 1956, aos 66 anos de idade, segundo um perfil da revista The New Yorker.A cozinha, porém, vem desde muito cedo. O pai de Sanders faleceu quando ele tinha seis anos e o futuro empreendedor teve de assumir as refeições, enquanto a mãe trabalhava para sustentar Sanders, seu irmão e sua irmã.Aos doze anos, o fundador do KFC conseguiu seu primeiro emprego, trabalhando em uma fazenda de madrugada. Ele conciliava os empregos com a escola, mas logo teve de abandonar os estudos. Nas próximas décadas, teve uma carreira variada – de bombeiro a vendedor de pneus.Para complementar a renda, passou a servir pratos para viajantes. Seu nome ficou conhecido não só em Kentucky, mas em outros estados, e Sanders foi aprimorando sua receita de frango frito.Porém, recebeu um golpe: uma estrada próxima ao seu local de trabalho seria redirecionada, reduzindo o tráfego de automóveis em frente ao restaurante. Não só: uma nova estrada seria construída, justo em cima do negócio.Sanders passou a viver de suas economias e da aposentadoria pública. Pensando no que fazer, rodou restaurantes pelos Estados Unidos e fechou acordos com outros empreendedores: eles pagavam quatro centavos de dólar por frango vendido segundo o processo feito por Sanders.O sucesso desses negócios foi tanto que o restaurante virou uma rede de franquias, em 1956: o Kentucky Fried Chicken.O KFC foi vendido em 1964, com cerca de 600 unidades franqueadas, pois Sanders já pensava em sua sucessão nos negócios (na época, ele tinha 74 anos de idade). Sanders faleceu apenas aos 90 anos, em 1980. O empreendedor continua como a cara da empresa – e é admirado pelos funcionários, até hoje, como um “gênio”.

4. Dustin Moskovitz

Dustin Moskovitz

Dustin Moskovitz (Getty Images)

Se você já viu o filme “A Rede Social”, talvez se lembre de Dustin Moskovitz: menos conhecido do que seus colegas de faculdade Eduardo Saverin e Mark Zuckerberg, Moskovitz é especialista em programação.Porém, um fato muito desconhecido é que Moskovitz aprendeu a linguagem que faria o Facebook se expandir – o PHP – em “apenas alguns dias”, segundo o Business Insider.Zuckerberg sabia o básico de PHP e foi assim que programou a primeira versão do que viria a ser o Facebook, em 2004. Em poucas semanas, o site que conectava estudantes da Universidade de Harvard explodiu e havia a demanda de levar a rede de relacionamento para outras universidades.O empreendedor se matriculou em uma aula de programação, mas não tinha tempo para se dedicar a outros aspectos do Facebook. Foi aí que Moskovitz ofereceu sua ajuda, e falou que iria aprender PHP.A rede social conseguiu se expandir e Moskovitz se juntou à Zuckerberg em Palo Alto, na Califórnia, com o cargo de Diretor de Tecnologia. O programador saiu do Facebook em 2008 – mas sua participação na empresa já havia tornado Moskovitz em um jovem bilionário.Em seu tempo na startup, desenvolveu uma ferramenta interna para que a equipe coordenasse melhor seus trabalhos. Isso originou o novo negócio de Moskovitz: o aplicativo Asana, que já possui mais de 200 funcionários.

5. Elizabeth Holmes

Elizabeth Holmes

Elizabeth Holmes (Theranos/Divulgação)

Aos nove anos de idade, a jovem Elizabeth Holmes escreveu uma carta ao seu pai. Nela, dizia: “O que eu realmente quero da vida é descobrir algo novo, algo que a humanidade não sabia ser possível fazer.”Hoje, a empreendedora é nada menos que a mais jovem bilionária por meio de seu próprio empreendimento: a startup de biotecnologia e saúde Theranos.Segundo o Business Insider, a primeira inspiração para o negócio veio de um parente, que a incentivou a seguir a carreira de médica. Porém, logo Holmes descobriu que tinha medo de agulhas.A solução para esse problema veio enquanto estudava engenharia química na Universidade de Stanford: a partir de um projeto de pesquisa, Holmes criou uma empresa que faria testes clínicos de forma mais barata e rápida.Um teste de sangue seria feito não extraindo diversos tubos, mas com ume leve picada na ponta do dedo, por exemplo.Assim nasceu a Theranos, em 2003. Poucos meses depois da inauguração do empreendimento, Holmes largou a universidade, aos 19 anos de idade, para cuidar da empresa no porão de uma moradia estudantil.A dedicação de Holmes por mais de uma década rendeu frutos: a Theranos receu 92 milhões de dólares em investimentos de personalidades como Larry Ellison, da Oracle. Mesmo enfrentando problemas com parte da comunidade científica, a Theranos é avaliada em 9 bilhões de dólares, enquanto Elizabeth Holmes possui um patrimônio líquido de 4,5 bilhões de dólares.

6. Jack Ma

Jack Ma

Jack Ma (Twitter/Alibaba Group/Reprodução)

Você provavelmente conhece os sites Alibaba e Aliexpress, e talvez saiba que seu fundador se chama Jack Ma. Mas talvez não conheça quão peculiar é o bilionário chinês – e o quanto ele lutou para ser um empreendedor de sucesso.Apenas para começar, o então Ma Yun não teve uma carreira estudantil de destaque na escola. Ele tentou entrar em Harvard dez vezes – e foi rejeitado em todas. Então, foi para outra faculdade e resolveu procurar um emprego. Ma Yun se inscreveu em 30 vagas diferentes – e, novamente, foi rejeitado em todas (incluindo a rede de fast food KFC).Depois do trauma, Ma Yun adotou o nome Jack Ma e resolveu aprender inglês. Por nove anos, ia diariamente ao principal hotel da cidade para conversar e guiar os turistas, de graça.Ele também criou seu próprio negócio: o comércio eletrônico Alibaba. Mas o dinheiro demorou para chegar. Quando ia a restaurantes, ele conta que diversas vezes a conta já vinha paga, com uma nota: “eu ganhei muito dinheiro com o Alibaba, e eu sei que você não. Obrigado.”Com o tempo – e o grande boom da internet -, a situação de Jack Ma se inverteu. O IPO do grupo Alibaba, que foi um dos maiores da história e atingiu US$ 25 bilhões. O empreendedor se tornou um dos homens mais ricos da Ásia e do mundo, com uma fortuna avaliada pela Forbes em US$ 27,6 bilhões.

7. Jony Ive

Jony Ive

Jony Ive (Getty Images)

Se você quer realmente conhecer a história da Apple, precisa ir além da biografia de Steve Jobs. Quem é empreendedor e pretende focar em desenvolvimento de produto deveria conhecer também Jony Ive: o gênio por trás dos grandes sucessos da Apple.A colaboração do designer com Jobs produziria alguns dos mais desejados itens tecnológicos de todos os tempos — como o Mac, o iPod, o iPhone e o iPad. Ive sabe como unir beleza e funcionalidade em apenas um produto, e isso tornou a Apple uma das empresas mais valiosas do mundo.O inovador chegou à Apple no final da década de 90, e ficou conhecido por ser uma pessoa educada e tímida.Após os típicos atritos de entre Steve Jobs e seus funcionários, Ive acabou sendo reconhecido pelo fundador. A parceria foi intensa, e durou até o falecimento de Jobs. No funeral, Ive o chamou de “meu mais próximo e mais fiel amigo”. Já Jobs o chamava de “seu parceiro espiritual” dentro da empresa.“Minha intuição é boa, mas minha habilidade em articular o que sinto não era tão boa assim – e continua não sendo, para minha frustração. E é isso que é difícil, agora que o Steve não está aqui”, disse Ive à revista The New Yorker.

8. Konosuke Matsushita

Konosuke Matsushita, da Panasonic

Konosuke Matsushita (Panasonic/Reprodução)

Você talvez não conheça Konosuke Matsushita, mas já deve ter usado um dos eletrônicos que sua companhia produziu: a Panasonic.Antes de obter sucesso, porém, o empreendedor passou da riqueza herdada para a pobreza – e teve de construir seu próprio patrimônio, com muito trabalho.Matsushita teve uma infância abastada: sua família trabalhava com grandes plantações no interior de Wakayama, no Japão. Porém, uma desvalorização repentina das commodities fez com que os Matsushita empobrecessem, e o futuro empreendedor teve de arranjar seu primeiro emprego aos nove anos de idade, em uma loja de carvão de Osaka, em 1904. Depois, trabalhou em uma loja de bicicleta até os 15 anos de idade.Convencido de que o futuro estava na eletricidade, Matsushita se candidatou para um emprego na companhia Osaka Electric Light. Aos 22 anos de idade, se esforçava para convencer seu chefe de que tinha uma ótima ideia em mãos – uma tomada desenvolvida de forma inovadora. Mas não obteve resposta.Lembrando dos conselhos de seu pai sobre as vantagens de ser empreendedor, Matsushita largou seu emprego, em 1917, e montou sua própria loja em um pequeno alojamento: a Matsushita Electric.As vendas iam de mal a pior, e o empreendedor trabalhava para sobreviver. O negócio só não faliu porque recebeu um pedido inesperado, de mil unidades de placas com isolante para ventiladores elétricos.Matsushita conseguiu se mudar para um local maior e expandiu sua produção para outros produtos inovadores de eletricidade, desenhados por ele próprio. A Matsushita Electric surpreendeu o marcado, por exemplo, ao lançar lâmpadas para bicicleta que operavam por bateria, e não por velas ou querosene.A companhia, que mudou seu nome para Panasonic, se tornou conhecida por oferecer alta qualidade e preço baixo, firmando-se por décadas. Eventualmente, o negócio ficou conhecido por ser o maior do Japão no ramo de eletrônicos para consumo.

9. Michael Dell

Michael Dell, CEO da Dell

Michael Dell (Getty Images/Getty Images)

Você provavelmente já sabe que empresa Michael Dell criou: a gigante do hardware Dell. Mas sua história não é tão conhecida quanto a de outros colegas seus da tecnologia de computadores, como Bill Gates e Steve Jobs.Dell já se interessava por hardware durante o colégio, usando seu tempo livre para mexer em computadores. Porém, seus pais queriam que ele se tornasse um médico, segundo a Entrepreneur. Em 1983, Dell atendeu o pedido e virou um calouro na carreira de medicina da Universidade do Texas.No primeiro semestre, aproveitava o tempo fora das aulas para comprar computadores usados, reformá-los e revendê-los por um preço maior. Vendo as peças se acumularem no seu quarto, percebeu que era a hora de expandir a empresa.Seus pais ficaram furiosos, como era de se esperar. Então, Dell propôs um acordo: ele voltaria para o curso se as vendas durante o verão fossem ruins. Apenas no primeiro mês de operação, o empreendedor de 19 anos de idade vendeu 180 mil dólares em PCs. E nunca mais voltou à Universidade do Texas.O empreendedor teve uma ideia visionária: adotar um modelo de venda direta de computadores, em que ele mesmo comprava os componentes, montava os PCs e os vendia, com preços menores e desempenho maior do que a média pratica pelas grandes marcas.No primeiro ano de operação, a chamada PCs Limited vendeu 6 milhões de dólares em computadores. Poucos anos depois, mudou seu nome para Dell Computer Corp. Em 1992, Michael Dell se tornou o CEO mais jovem a entrar no ranking Fortune 500.“Você não precisa ser um gênio ou um visionário, ou nem mesmo alguém com pós-graduação, para ser bem sucedido. Você só precisa de um modelo de trabalho e um sonho”, defende o empreendedor.

10. Paul Allen

Paul Allen, co-fundador da Microsoft

Paul Allen (Getty Images)

Quem estudou um pouco mais a fundo a história da Microsoft certamente passou pelo nome Paul Allen: menos conhecido do que Bill Gates, o co-fundador da gigante dos computadores pessoais teve de sair da empresa após ser diagnosticado com Linfoma de Hodgkin – um câncer no sistema linfático.Allen se recuperou totalmente do linfoma, e não parou de criar novos projetos após sua carreira nba Microsoft. Segundo seu próprio site, Allen é um “filantropo, investidor, empreendedor, dono dos times Seahawks e Blazers, guitarrista, apoiador da neurociência, pioneiro do espaço e co-fundador da Microsoft.”Em termos de negócios, Allen criou uma nova startup: a Stratolaunch Systems, que pretende fazer o transporte aeroespacial mais acessível. Ele também possui um fundo de investimentos, chamado Vulcan.Além disso, Allen se interessa em projetos de ciência: ele fundou o Insituto Allen para a Ciência do Cérebro e o Instituto Allen para a Inteligência Artificial.A filantropia é outra uma grande causa de Allen: segundo a Forbes, ele já doou mais de 2 bilhões de dólares até hoje. A maioria do dinheiro costuma ir para questões globais, como preservação das espécies. A Paul G. Allen Family Foundation vai na mesma linha e investe em projetos inovadores para resolver “problemas de grande escala”.Alguns fatos curiosos, elencados pelo Business Insider: Allen coleciona aviões militares da Segunda Guerra Mundial; possui uma grande coleção de arte e negocia seus quadros em leilões; abriu dois museus – um sobre ficção científica e outro sobre o guitarrista Jimi Hendrix; e gosta tanto de música que tem uma banda, chamada “The Underthinkers”, na qual ele é o guitarrista.Em 2009, foi diagnosticado com outro câncer do sistema linfático – e, mais uma vez, superou a doença.Fonte: Exame

Como uma loja comprada por fiado virou um negócio de R$ 35 mi

Os empreendedores Sueli e Paulo Barreto faziam de tudo para pagar as contas. Mal sabiam eles que a negociação por uma pequena loja mudaria suas vidas.

São Paulo – A história de Paulo e Sueli Barreto era parecida com a de muita gente – eles saíram do interior de Minas Gerais para São Paulo, em busca de uma vida melhor. Porém, um fato os diferencia de outros viajantes: eles montaram um negócio próprio, e ele deu muito certo.
 Isso não veio, claro, do dia para a noite. A Akio, que faturou 35 milhões de reais no ano passado, começou com a compra de uma pequena empacotadora de alho. Um pequeno detalhe dificultava a tarefa: como o casal não tinha dinheiro para adquirir a loja, negociou a compra por fiado.
Assim como empreendedores de verdade, não se contentaram com pagar o ex-dono e arriscaram mudar completamente o que era feito na empresa: introduziram um novo produto, a farinha de tapioca, e ela virou o carro-chefe de vendas.Com isso, a vida dos empreendedores e de sua pequena loja mudou completamente – só o faturamento, em sete anos, aumentou dez vezes.

Primeiros passos

Nas palavras da própria Sueli, ela e o marido viajaram para São Paulo em 1989 com “uma mão na frente e outra atrás”, impulsionados pelo sonho de conseguir uma casa própria.“É muito difícil conseguir trabalho sem estudo na cidade grande. Aí, tentamos aproveitar todas as oportunidades, esperando que uma delas desse certo”, explica a empreendedora. O casal passou os três primeiros anos em São Paulo pulando de trabalho em trabalho – venderam de chinelos, costuraram mochilas e até saíram anunciando doces em uma Kombi.Até que um amigo do casal decidiu vender sua pequena empresa de alho empacotado, chamada Akio. O negócio não estava indo muito bem e ele decidiu que ganharia mais dinheiro voltando para o país de sua família: o Japão.Paulo e Sueli negociaram com o amigo a compra da empresa – mas por fiado, já que não tinham dinheiro suficiente para desembolsar o pagamento na hora. “Tínhamos amizade com ele desde que chegamos a São Paulo, e ele sabia que éramos honestos. Só por isso confiou na gente e aceitou o acordo”, explica Sueli.

Expansão

O casal não tinha funcionários. Enquanto Paulo saía para conseguir novos clientes, Sueli cuidava de toda a operação da empresa: recebia o alho dos fornecedores, limpava, empacotava e enviava para os supermercados parceiros.O trabalho de prospecção de consumidores deu certo: em um ano, o casal conseguiu pagar o valor que devia ao antigo dono. O lucro passou a ser reinvestido na empresa, e o negócio se estabilizou: em 2010, 17 anos depois do ponto de equilíbrio, o faturamento anual era de 3,5 milhões de reais.Então, Paulo ouviu de um parente que havia um novo produto sendo vendido no centro de São Paulo: a tapioca. O empreendedor teve a ideia de inserir a farinha como um novo item da Akio. “Eu achava um produto muito difícil de se mexer, não tinha certeza de que isso realmente funcionaria. Mas, como já tínhamos passado por tanta coisa, resolvemos tentar”, explica Sueli.Como no ponto atual só cabiam os equipamentos para limpar e empacotar alho, o casal alugou um pequeno salão ao lado da loja atual. Lá, produziam e empacotavam a farinha de tapioca – o casal acabou perdendo muito dinheiro até acertar o ponto certo do alimento, segundo a empreendedora.Depois de a receita estar pronta, Paulo saiu propondo um acordo com os mercados já parceiros: a Akio deixaria uma caixinha com sacos de farinha de tapioca, sem custo, perto dos caixas. Os parceiros só pagariam aquilo que realmente vendesse.Surfando na onda de alimentação leve e saudável, a farinha de tapioca deslanchou: os supermercados faziam novas encomendas todas as semanas. A Akio não tinha espaço para montar uma produção maior e abastecer o mercado, então foi aos poucos comprando terrenos e expandindo. O negócio chegou a ter sete galpões operando ao mesmo tempo.Hoje, a Akio vende tanto o alho quanto a farinha de tapioca – mas esse último item virou o carro-chefe. “Vendemos alho frito, a granel, em pacote e triturado, mas é um produto mais concentrado no estado de São Paulo, por ser mais caro e mais difícil de vender”, explica Sueli. “Já a tapioca comercializamos em 13 estados diferentes.”O empreendimento vende desde pacotes de 1 kg, em atacadões, até potes menores, feitos para cozinhar em casa. Ao todo, a Akio produz seis mil toneladas de tapioca por ano.

Concorrência e planos

Hoje, o maior desafio da Akio é enfrentar a concorrência crescente: há cerca de 300 marcas de tapioca no país, segundo a Associação Brasileira dos Produtores de Amido e Mandioca. O negócio atende dois mil clientes e detém 15% de participação de mercado.“Quando começamos, foi fácil de entrar no mercado. Mas tivemos uma perda de clientes, que foram para marcas com preço menor. Nossa estratégia é se diferenciar deles e investir em melhor qualidade do produto e em criação de novos formatos, além de oferecer um atendimento mais dedicado aos supermercados.”Para isso, a empresa unificou os galpões existentes em uma única sede industrial, com investimento de 14 milhões de reais. Agora, estão procurando equipamentos e finalizando a documentação.A expectativa para 2017, com o atendimento da demanda e a elaboração de outros produtos derivados da mandioca, é aumentar em 30% o faturamento, em relação aos 35 milhões de reais em 2016.
Nova sede da Akio, em Guarulhos (SP)

Nova sede da Akio, em Guarulhos (SP) (Akio/Divulgação)

Fonte: Exame


AS LIÇÕES DE WALT DISNEY PARA TRANSFORMAR SONHOS EM REALIDADE

Exigente e ousado, o empreendedor contou com a ajuda de administradores para levar a empresa ao sucesso sustentável

Como são ensinamentos sutis, é difícil consolidá-los. A seguir, apresento as lições de Walt Disney que podem ser seguidas por qualquer empreendedor que queira tornar seus sonhos realidade.1. Sonhe grande e sonhe sempre “Se você tem um sonho, pode transformá-lo em realidade. Sempre se lembre de que tudo isso começou com um sonho e um rato”, disse Disney. Muitos empreendedores não sonham grande, e outros têm até medo de fazê-lo. É nesse momento em que o sonho se vai, e fica apenas o rato. “Todos os nossos sonhos poderão ser tornar realidade se houver a coragem de querer realizá-los”, afirmou o criador do Mickey. “E a forma de começar é parar de falar e começar a fazer.”2. Seja persistente “Eu acredito que não haja uma altura que não possa ser escalada por alguém que conheça o segredo de tornar sonhos realidade. Esse segredo é resumido em quatro Cs: curiosidade, coragem, confiança e constância. O mais importante é a confiança. Quando acreditar em algo, acredite com todas as suas forças!”, disse. Poucos sabem, mas a primeira empresa de Disney, a Laugh-O-Gram, faliu a ponto de ele mudar de cidade para fugir das dívidas. A falta de dinheiro era tanta que Disney procurava comida em latas de lixo, dormia de favor e tomava banho uma vez por semana na estação de trem. Mas tudo isso não o impediu de criar um novo estúdio em Los Angeles, para onde se mudou. “Todos caem. Dar a volta por cima é aprender a andar novamente.”3. Não traia o seu sonho, mesmo que vire um pesadelo Disney enfrentou muitas dificuldades. Mas nada o marcou tanto quanto a perda dos direitos do seu primeiro personagem de sucesso, Oswald, o Coelho Sortudo, e de parte da sua equipe, que o abandonou. Na viagem em que recebeu essa notícia, entre Nova York e Los Angeles, jurou para a esposa que trabalharia por conta própria e começou a dar vida a um novo personagem. Era um ratinho esperto, que ele chamou de Mortimer. Mas sua esposa disse que Mickey soava melhor... “Todas as adversidades que tive na vida, todos os problemas e obstáculos me fortaleceram. Você não entende quando isso acontece, mas um chute no dente pode ser a melhor coisa do mundo.”4. Tenha o empreendedor e o administrador Não raro, o empreendedor é a estrela que brilha na empresa. É o criativo. É o que traz resultados. Mas é preciso ter a pessoa que paga a conta da energia para a estrela brilhar. Que transforma criatividade em realidade, e garante que a realidade se torne, de fato, resultados duradouros, e não a simples explosão de uma estrela. “Eu tive a sorte de ter um grande irmão. Ele ainda está comigo. E eu ainda o amo. Eu brigo com ele. Às vezes, acho que ele é o sujeito mais burro que encontrei na vida. Mas não sei o que faria sem ele, que é o presidente da empresa. Nós começamos o negócio em 1923 e, se não fosse pelo meu irmão, eu teria sido preso várias vezes por cheques sem fundos. Eu nunca sabia o que tinha no banco. Ele me trouxe foco e disciplina.” Todos os grandes empreendedores, sem exceção, tiveram um Roy Disney, o irmão a que se refere Walt Disney nessa passagem.5. Tenha os convidados, os membros do elenco e o show Essa percepção consolidou-se com a Disneyland. Nos parques da Disney, não há clientes, consumidores ou usuários. “Os visitantes são nossos convidados.” E devem ser sempre tratados como convidados. Também não há empregados, funcionários ou colaboradores. Todos, do diretor ao pipoqueiro, passando pelos responsáveis pela limpeza, são chamados de membros do elenco. São atores que exercem um papel em um show. E o show é a única palavra de deve ilustrar a experiência vivida pelo convidado quando interage com um produto ou serviço Disney.6. Trate os clientes como seus convidados O convidado primário é a criança, e o secundário são os pais. Todo membro do elenco da Disney sabe a ordem dos valores e das prioridades: primeiro vem a segurança, em seguida, a cortesia, depois o show (qualidade do produto/ serviço) e, por fim, a eficiência. Por isso, os colaboradores têm liberdade para agir da forma que julgarem mais conveniente. “Não é difícil tomar decisões quando você sabe quais são seus valores” – dizia Roy Disney. Mas Walt Disney sabia que o seu convidado será sempre a criança: “Eu não faço filmes prioritariamente para crianças. Eu os faço para a criança que está em todos nós, não importando se estamos com 6 ou 60 anos de idade.”7. Seus colaboradores são membros de um elenco Disney sempre se preocupou com as condições de trabalho que oferecia à sua equipe. Móveis ergonomicamente pensados, construções elegantemente integradas às atividades do negócio. Mas, desde o primeiro momento como empreendedor, sabia da importância de ter os membros corretos do elenco nos papéis principais para contar uma grande estória. Roy Disney, por exemplo, cuidava da gestão dos negócios; Ub Iwerks liderava a equipe de desenho; e Herman Kamen cuidou do licenciamento da marca, tornando a Disney uma marca global. “Você pode desenhar, criar e construir o local mais maravilhoso do mundo. Mas são as pessoas que transformam os sonhos em realidade”, disse Walt Disney. “Eu tenho uma organização em que as pessoas são realmente especialistas. Elas precisam estar todas juntas, e essa é a minha função.”8. Seu produto (ou serviço) deve ser (sempre) um show Walt Disney soube sofisticar com sutileza o seu show. “Nós sempre nos guiamos pela ideia básica de que na descoberta do conhecimento deve haver uma grande diversão. Da mesma forma, em todo bom entretenimento deve haver alguma semente de sabedoria, humanidade ou iluminação a ser ganha.” Por essa razão, suas mensagens se tornaram universais e eternas e continuam a conquistar crianças de todas as idades e de todas as partes do mundo.9. O show sempre pode ser melhorado Uma das partes mais polêmicas da trajetória de Disney era sua obsessão por sempre querer fazer melhor, mesmo que isso não fosse lucrativo, que fosse arriscado demais, que todos fossem contra e que a sua equipe se esgotasse. Disney não ficava satisfeito. Quando tudo era preto e branco, ele produziu desenhos coloridos, mesmo que custassem mais caro. Quando os desenhos eram mudos, ele incluiu sons, mesmo que não houvesse uma tecnologia consolidada para isso. Quando todos produziam desenhos para crianças, Disney queria atingir pessoas de todas as idades, mesmo que os críticos achassem que era irracional uma flor cantar ou uma árvore dançar. Quando todos os parques estavam indo à falência, Disney queria criar o parque mais caro do mundo. “Mesmo quando dou um passeio, estou sempre pensando sobre o que está errado com as coisas e como poderiam ser melhoradas.” Por isso, conversava com todos para receber sugestões de melhorias. “Você nunca sabe de onde a próxima grande ideia virá.”10. Seu show começa na sua casa A preocupação em oferecer entretenimento com sabedoria para as famílias começava com suas próprias filhas e esposa. Disney sempre se orgulhou de ser um pai presente e apaixonado, que protegia suas filhas da sua enorme fama. Foi só aos 6 anos que a sua primeira filha, Diane, se deu conta de que seu pai era “o” Walt Disney. Naquele momento, ela pediu um autógrafo ao pai... “Um homem jamais deve negligenciar sua família em favor do seu negócio.”Fonte: Exame

GOVERNO ANUNCIA INVESTIMENTO DE R$ 8,2 BI EM MICRO E PEQUENAS EMPRESAS

Parceria prevê financiamentos do BB, consultorias do Sebrae e participação da Receita

Dinheiro (Foto: Agência Brasil)
governo federal anunciou nesta quarta-feira que vai disponibilizar R$ 8,2 bilhões para micro e pequenas empresas. R$ 7 bilhões virão da linha BNDES capital de giro Progeren. O outro R$ 1,2 bilhão, da linha Proger Urbano Capital de Giro, com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). A parceria prevê financiamentos pelo Banco do Brasil e consultorias pelo Sebrae, além de participação da Receita Federal.Também está previsto investimento de R$ 200 milhões na criação de sistemas para melhorar o ambiente de negócios e destravar burocracias. O governo estima que 98,5% das empresas nacionais sejam micro e pequenas empresas, que concentram 52% das vagas de emprego no país.O investimento de R$ 8,2 bilhões vai começar a partir de março. Entre as medidas para desburocratizar, estão a criação de sistema de nota fiscal eletrônica para municípios; a unificação de obrigações fiscais acessórias previdenciárias; fiscais e trabalhista; e facilitação do acesso para aquisição de veículos por empresas do simples, visando à isenção de IPI e IOF.Fonte: Exame

Nova lei reduz para 5 dias o tempo para abrir micro e pequenas empresas em Santa Catarina

Programa Bem Mais Simples facilita o cadastro de empresas de baixo risco ambiental, que não dependem de alvarás

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Já está em vigor em Santa Catarina o programa Bem Mais Simples, voltado para agilizar a abertura de microempresas. A lei foi sancionada pelo governador Raimundo Colombo em 13 de janeiro. Agora, os próprios empresários podem declarar o baixo risco ambiental das empresas, agilizando a liberação de alvarás.Cerca de 90% das empresas brasileiras são de baixo risco e estamos facilitando a vida de quem quer empreender — afirma o deputado federal Jorginho Mello, presidente da Frente Parlamentar da Micro e Pequena Empresa na Câmara de Brasília.O projeto é voltado para empresas que não dependem de licenças da Vigilância Sanitária, autarquias fiscalizadoras do meio ambiente e Corpo de Bombeiros. Os próprios empresários agora vão preencher o cadastro. A liberação chega em cinco dias — atualmente, o tempo médio para abrir uma empresa no Brasil é de 100 dias. A medida também será adotada para a renovação dos documentos.— Vamos facilitar a vida de quem quer empreender, criando mais emprego aos catarinenses e distribuindo renda — disse o parlamentar.Hoje, Santa Catarina possui cerca de 350 mil micros e pequenas empresas.Fonte: A Notícia

8 passos para um negócio com sócios que realmente dá certo

Alguns comportamentos certamente ajudam a manter uma sociedade de sucesso. Veja quais são eles:

Como nutrir uma sociedade de valor?
Uma relação que tem como ingredientes dinheiro, super convivência, amor, família, amizades e questões culturais – como sobreviver a ela? Essa é uma equação (difícil), e é justamente a de uma sociedade.Sou empreendedora há quase nove anos e o que mais vi em todos este tempo trabalhando com empreendedores são problemas de sociedade – tanto a dificuldade em construir como em manter. Eu mesma já passei por esses dilemas, porque já tive uma sociedade que não funcionou.Mas, considerando essa mistura quase explosiva, é possível ter uma sociedade de sucesso? Sim, é possível: existem vários casos famosos de sociedade que funcionaram muito bem e a maioria dos negócios de sucesso são compostos por sociedades.Importante entender que, em sociedade e principalmente na nossa cultura, estamos falando de relações humanas. Elas são difíceis, não importa em que grau: de amizade, familiar, passional ou profissional.Existe algum segredo para sociedades de sucesso? Não acredito em fórmulas mágicas, nem em segredos, mas acredito em alguns comportamentos que certamente ajudam a manter uma sociedade de sucesso. Veja quais são eles:1. Não faça sociedade somente por amizade. Faça por competência, e dê preferência às competências complementares: ter sócios com o mesmo perfil é um atalho para os problemas.2. É importante alinhar valores de vida com seus sócios. Pessoas com mesmos valores têm mais chance de dar certo juntas – por exemplo, saiba o que buscam e qual será sua dedicação ao negócio.3. Alinhe valores éticos (o que é inegociável para você) e certifique-se de que seus sócios têm os mesmos valores. Ética deveria ser uma regra para todos, mas infelizmente já vi muitas sociedades acabarem por diferenças éticas.4. Estabeleça as regras do jogo desde o início da sociedade de forma clara e transparente no contrato da empresa – ou seja, regras de administração com papéis e responsabilidades bem definidos para cada sócio. Isso não evita 100% dos problemas, mas contribui bastante para diminuição dos conflitos.5. É difícil, mas essencial, não misturar questões pessoais ou familiares com a empresa. Evite envolver os cônjuges nas questões do negócio. Muitas vezes, as opiniões do cônjuge que não estão na operação é que causam transtornos à empresa.6. Estabeleça uma governança mínima, com reuniões para discutir o andamento da empresa, e respeitem as opiniões divergentes.7. Tenha um conselheiro/mentor que tenha a neutralidade necessária para ajudá-los em possíveis divergências e, se possível e a empresa tiver condições, elejam um conselho consultivo para o negócios – pessoas de confiança não envolvidas na família e que podem contribuir com as decisões.8. Parece redundante, mas foquem no objetivo comum, que é o sucesso da empresa. Deixem de lado picuinhas, vaidades e questões emocionais que podem destruir um negócio promissor.É impossível separar as empresas das pessoas e, com isso, torna-se extremamente importante as relações de respeito e uma boa dose de empatia. A resiliência é uma das mais importantes características de um empreendedor e é um item fundamental para manutenção de uma sociedade de sucesso.Ana Fontes é fundadora da Rede Mulher Empreendedora.Fonte: Exame

ALIMENTAÇÃO, VESTUÁRIO E CONSERTO SÃO OS SETORES MAIS PROMISSORES PARA 2017

Levantamento feito pelo Sebrae avaliou o perfil das novas empresas e o comportamento da economia nacional

Em tempos de crise, consumidor prefere reparar o automóvel do que comprar um novo (Foto: Pexels)
Os ramos de alimentação, vestuário e conserto são as atividades mais promissoras para 2017, segundo levantamento divulgado pelo Sebrae nesta terça-feira (17/1). O estudo, feito com base no perfil de novas empresas em anos anteriores e no comportamento da economia nacional, revelou que os empreendimentos que atendem às necessidades básicas, que oferecem serviços de reparação, além de serviços especializados que permitem a redução de custos operacionais a outras empresas estão entre as atividades com as melhores perspectivas para este ano para este ano.Para chegar a essa conclusão, o Sebrae avaliou quais foram as áreas com maior taxa de natalidade de empresas no ano passado. Segundo a entidade, esse dado sinaliza existência de uma demanda maior. Parte dos negócios em alta são ligados a vestuário, alimentação e higiene. “A população continua crescendo e, mesmo em tempo crise, não deixa de consumir esses produtos e serviços”, afirma o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos. “As pessoas buscam alternativas mais baratas, mas o consumo permanece. É importante o empresário acompanhar esse movimento da economia para ter mais sucesso.”O segmento de reparação também apresentou bons resultados na pesquisa. O Sebrae explica que o consumo eletrodomésticos, automóveis e eletrônicos disparou durante a ascenção da classe média, num movimento que durou até meados de 2014. Com a crise econômica, somada ao aumento do desemprego e à redução do crédito, as pessoas estão segurando gastos e preferem reparar esses produtos do que adquirir novos.Também por conta da crise, empresas que ofereçam serviços e produtos para reduzir custos operacionais ou aumentar a eficiência de outros negócios também estão na lista dos ramos mais promissores.Veja a seguir a lista das atividades mais promissoras para 2017:Alimentos e bebidas: comércio de alimentos e bebidas, representação comercial, preparação de alimentos, comida preparada, restaurantes populares, lanchonetes, produtos de panificação, laticínios, doces, refeições.Vestuário: Confecção, comércio de vestuário e acessórios do vestuário e bijuterias.Serviços de saúde: consultório médico, serviços ambulatoriais, fisioterapia, nutrição, venda de planos de saúde, comércio de medicamentos e artigos de ótica.Produtos/serviços inovadores: produtos e serviços que permitam aumentar a eficiência produtiva e/ou redução de custos das demais empresas.Serviços de Reparação: reparação e manutenção de veículos usados, manutenção de máquinas e equipamentos, comércio de peças e acessórios para veículos usados.Estética/beleza: cabeleireiros, comércio de cosméticos, comércio de produtos de perfumaria, higiene pessoal.Serviços especializados: serviços advocatícios, de engenharia, de comunicação, de gestão empresarial, serviços de apoio administrativo, serviços de contabilidade, serviços domésticos, serviços com foco na 3ª idade.Informática: Serviços de manutenção e reparação de computadores e equipamentos de informática, produção de softwares e comunicação multimídia.Construção: comércio de material de construção, manutenção, reparação, pintura, pequenas reformas de imóveis, instalações elétricas, hidráulicas, obras de acabamento, artigos de serralheria, móveis de madeira, manutenção de sistemas de ventilação e refrigeração.Fonte: PEGN

7 PASSOS PARA MONTAR UM MINIMERCADO DE SUCESSO

O varejo de alimentos brasileiro está passando por mudanças e o empreendedor brasileiro pode aproveitar o embalo

Caixa de supermercado: ciência desvenda como deixar a fila mais rápida (Foto: ThinkStock)
O perfil do consumidor brasileiro mudou muito nos últimos anos. E isso não foi diferente no varejo de alimentos. Segundo o Sebrae-SP, grande parte das famílias deixou de fazer as tradicionais “compras de mês” nos hipermercados para atender às necessidades do dia a dia com aquisições menores, em mercados de bairro. Esse fenômeno que tem gerado empregos e afetado diretamente setores como a indústria e o agronegócio. De olho nesta tendência, a Feira do Empreendedor deste ano, que acontece entre os dias 18 e 21 de fevereiro, no Pavilhão do Anhembi, em São Paulo, estruturou pela primeira vez um minimercado-modelo, espaço exclusivo para quem está pensando em investir no setor.Com 225 m², o ambiente contará com as principais seções de um minimercado, oferecendo dicas e recomendações para o empreendedor ter um negócio de sucesso. Os visitantes poderão conferir, na prática, a importância de uma loja bem planejada e a maneira correta de expor seus produtos, fatores que afetam diretamente as vendas da empresa. Segundo Rodrigo Palermo de Carvalho, consultor do Sebrae-SP, o espaço é voltado tanto para os visitantes que querem abrir um minimercado quanto para quem já é dono de negócio. “O espaço dá a base para quem vai começar e novas ideias àqueles que já estão no mercado”, diz.A expectativa é que, ao longo dos quatro dias de evento, mais de 2.500 pessoas passem pelo minimercado-modelo. Para o consultor, a alta procura pelo espaço está ligada a uma tendência para 2017. “O mercado de bairro está ganhando mais espaço porque oferece atrativos que grandes redes não conseguem proporcionar por conta da escala. Atendimento personalizado, relacionamento com a comunidade e produtos de diferenciados estão em alta com os consumidores”, afirma Carvalho.O consultor listou quais são os passos a serem dados para quem está pensando em abrir um minimercado. Confira.1. Localização Segundo o consultor, a escolha da localização é a decisão mais importante para o dono de um minimercado. A partir dessa definição, o empreendedor vai estabelecer toda a sua estratégia, estruturando o modelo de negócio e o mix de produtos baseado no público-alvo da região. “Se o seu negócio estiver em um bairro com maior poder aquisitivo, você deve buscar atender esse público. O mesmo serve se estiver em uma região com menor poder de compra”, diz Carvalho.2. Atendimento personalizado Não é fácil se destacar em relação às grandes redes. Para o consultor do Sebrae-SP, dificilmente um minimercado consegue atrair os clientes por conta do valor dos seus produtos. O setor cresce pela personalização do atendimento, pelo portfólio e pela conveniência. Por isso, Carvalho aponta que o empreendedor deve incentivar seus funcionários a tratar os consumidores de maneira personalizada. “Normalmente, o comprador vai ao estabelecimento com mais frequência. É aí que o atendimento deve se diferenciar, buscando tratá-lo de forma intimista, auxiliando-o durante as compras.”3. Relacionamento com a comunidade Como já apontou o consultor, a escolha da localização define toda a estratégia do negócio. Dentro disso, é importante manter uma relação boa e próxima com a comunidade da região onde o seu minimercado está localizado. Ações que aproximem o empreendedor dos seus possíveis clientes são altamente recomendadas, porque passam uma imagem positiva da empresa. O especialista sugere que, por exemplo, o empreendedor convide uma escola da região para conhecer o seu negócio e mostrar como funcionam os processos dentro da empresa.4. Planejamento visual O planejamento visual de um minimercado deve ser muito bem feito. “É fundamental para quem trabalha neste setor”, diz Carvalho. Para o consultor, é de extrema importância que haja comunicação entre a escolha da fachada, do logotipo e das cores, por exemplo. Também entra no planejamento visual a disposição da loja, que deve seguir uma linha de acordo com as suas características. “Se você vende somente comidas típicas de uma região, o visual deve estar relacionado ao local de origem dos seus produtos”, afirma.5. Limpeza e conservação Essencial para qualquer estabelecimento relacionado à alimentação, o cuidado com a limpeza deve ser muito prezados pelo empreendedor. Mas, segundo o consultor, não basta ter uma equipe de limpeza eficiente, ela também deve tomar cuidado para não atrapalhar o fluxo dentro da loja. “O percurso realizado pelo cliente dentro do mercado não pode ter empecilhos”, diz Carvalho.6. Capacitação de funcionários Uma das principais características dos minimercados é que normalmente são estabelecimentos com poucos funcionários. É exatamente por isso que o empreendedor deve primar pela capacitação da equipe. “É fundamental investir nesses funcionários para que você tenha um time empenhado em fazer o negócio dar certo”, afirma Carvalho.7. Atenção às novas tecnologias Estar atento às inovações tecnológicas pode fazer toda a diferença para o empreendedor. Segundo Carvalho, há tecnologias disponíveis no mercado que já facilitam a vida do empresário, capazes de melhorar a transição de dados do fluxo de caixa, estoque e inventário, além das etiquetas eletrônicas, que agilizam processos e aumentam a produtividade dos funcionários. Outro fator a que o empresário deve ficar atento é em relação às redes sociais. “Há uma geração nova muito ligada às mídias sociais. Estar presente nelas pode ser uma forma de atingir esse público”, afirma o consultor.Fonte: PEGN

Investidores optam por franquias para fugir dos desafios de criar o próprio negócio

Suporte oferecido é uma das principais forças a favor do setor

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Recolocação no mercado de trabalho, sonho, garantia de uma segunda renda… plano B! Muitos são os motivos que movem os brasileiros a investir no negócio próprio. Mas, abrir algo do zero ou investir em uma franquia? Se por um lado, o franchising oferece praticidade de um modelo e marca já testados e aprovados no mercado. Por outro, administrar o próprio negócio proporciona liberdade de escolhas e poder de decisões sobre a estrutura e administração do empreendimento.

A escolha depende de vários fatores. Entre outros importantes pontos: perfil do empreendedor, valor do capital disponível para investimento e a urgência para ter o retorno do recurso aplicado. Essas são as principais prioridades dos interessados.

Paulo José Ferreira Marques, 27 anos, de Uberaba (MG) é franqueado da Encontre Sua Viagem desde agosto de 2015. Um dos motivos que fez o jovem investir na franquia foram as dificuldades geradas para quem pensa em abrir algo do zero. “Antes de fechar com a marca, realizei alguns estudos. Como sempre tive vontade de ter o meu negócio, fui atrás disso primeiro, mas é muita burocracia, são muitos os desafios”, falou.As facilidades foram decisivas para o jovem. “A franquia se torna um modelo de negócio atrativo e rentável porque possui suas estratégias claras e definidas, já é bem posicionada dentro de um nicho de mercado, com planejamentos de marketing e equipe capacitada para dar suporte”, relata o empresário que possui uma modalidade home office.

Há quatro meses conduzindo uma unidade no Rio de Janeiro (RJ) também home office, Leandro Guerra do Bonfim Almeida, de 38 anos, apostou na segurança que o sistema transfere ao investidor. “Fiquei com receio dos riscos, principalmente porque é necessário investir muito dinheiro. Após algumas especulações cheguei a conclusão de que o franchising era mais vantajoso. Senti confiança no fato de ter um acompanhamento diário, profissionais com know-how me orientar em questões mais empresariais mesmo”, falou o franqueado.

A experiência que possui no ramo de turismo fez com que Almeida optasse pela marca. “Agarrei a chance como uma oportunidade. Apesar de pouco tempo em atividade, não me arrependo de ter investido no franchising. Tive treinamento e orientação sobre o negócio e o mercado de atuação – não fiquei no escuro. Estou satisfeito com os resultados da minha unidade, sei que todo início é questão de divulgação, mas, mesmo nesse período, já estou obtendo excelentes resultados”, falou entusiasmado.

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O casal Paula Nadalini Simão e Kleber Eduardo Ferretti Simão, ambos com 50 anos, são de São Paulo (SP). Apesar de já possuírem uma agência de publicidade, se renderam às franquias diversificando seus negócios. Há aproximadamente quatro meses, investiram no sistema home office da Encontre Sua Viagem. “Como estamos iniciando nesse segmento, julgamos importantes usufruir de todo o escopo do empreendimento já pronto, seus caminhos e claro, do suporte, principalmente”, esclareceu Paula.

Suporte e Apoio ao Franqueado

O suporte oferecido é uma das principais forças que somam a favor das franquias. O franqueado pode ter acesso a benefícios incríveis. Cada marca atua de uma forma, no caso da Encontre:

– Marketing: criação de materiais visuais, criação de redes sociais e publicações.

– Central de Atendimento

– Equipe Suporte: profissionais que acompanham o franqueado desde a entrada no modelo de negócio, em todo decorrer do seu trabalho.

– Departamento jurídico para apoio.

-Tecnologia: Investimento continuo em tecnologia e melhores ferramentas provedoras do mercado

– Acordos Comerciais: mais de mil empresas parceiras.

-Projeto Visual: arquitetônico e design para os modelos físicos, interno e externo.

– Análise de Geomarketing: viabilidade de mercado para instalação do ponto de vendas

– Treinamento: a rede oferece uma academia de estudos que possui cursos de vendas, marketing e fornecedores, a plataforma á 100% on-line. Para a modalidade Home Office o treinamento é 100% pela Academia, nas modalidades físicas, existe treinamento presencial na estrutura do franqueado ou internamente na nossa.

Entretanto, segundo Mol, outros tributos são necessário para garantir a conquista de um negócio bom e duradouro: “Nós oferecemos todo o respaldo, mas a garantia de sucesso se dá principalmente pela força de vontade e pelo trabalho executado pelo franqueado”, relata o diretor.

Taxa de mortalidade

Pesquisas endossam a teoria de que o investimento em franquias é mais seguro. Segundo dados da ABF – Associação Brasileira de Franchising, a taxa de mortalidade média das pequenas empresas no Brasil é de 85% nos primeiros sessenta meses, ao passo que no caso das franquias, esse percentual cai para 4,3%, em função da experiência que é transferida.

Negócios para todos os gostos e todos os bolsos

O home office da Encontre Sua Viagem vem caindo cada vez mais no gosto da população. Entretanto, a empresa diversifica com outros modelos: Loja e Quiosque. “Todas trabalham com os mesmos sistemas, oferecem excelente qualidade e vendem os mesmos serviços, o que muda mesmo é a forma de trabalho”, relatou o diretor.

Segundo o empresário, o Home Office proporciona ao empreendedor investir no negócio sem a estrutura de uma empresa convencional. Esse modelo em questão é dividido em dois padrões: COM e SEM Exclusividade; a diferença é que em relação ao primeiro, o franqueado será o único atuando na cidade.  Focado principalmente para quem quer atuar com baixo investimento que é a partir de R$3mil.

O quiosque é um formato compacto de fácil gestão e necessita de apenas dois funcionários. Este é destinado para locais fechados com alto fluxo de pessoas, como por exemplo, shoppings, galerias comerciais, supermercados e metros. Seu investimento inicial é de R$47mil.

Já a Loja Física, é o formato de franquia que possui maior possibilidade de ganhos financeiros já que o faturamento pode chegar a R$200 mil. Esta pode ser instalada em shoppings, supermercados, centros da cidades entre outros. Para aderir ao negócio é necessário o investimento de R$40 mil.

Fonte: Empreendedor


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