JUCESC - Abertura de Empresas Cresce em SC

Abertura de empresas cresce 22,3% em Santa Catarina

Desempenho de SC em 2017 é o melhor em pelo menos cinco anos e supera índice de fechamentos, apontam dados da Jucesc e Secretaria de Desenvolvimento Econômico

Abertura de empresas cresce 22,3% em Santa Catarina  Marco Favero/Diário Catarinense

O músico Leonardo Lima, 28 anos, sempre teve o sonho do próprio negócio. Chegou a vender bolos, de modo informal, mas a oportunidade de abrir uma empresa veio no ano passado, com a oferta de uma pastelaria e tapiocaria em Florianópolis. Com o pai, Roberto Carlos Pelissari, comprou o ponto. Em cerca de 40 dias, o comércio começou a funcionar com novo CNPJ. A microempresa alimentou a expectativa de crescimento.

— Sempre tive vontade de empreender, só estava vendo o que era mais viável. A gente está no começo, mas já planeja abrir filial dentro de algum tempo — planeja o empresário Lima, que além do sócio, conta com dois funcionários.Lima diz que o cenário está propício para novos negócios em Santa Catarina. E os números confirmam: em 2017, a abertura de empresas cresceu 22,3% no Estado, maior incremento desde 2012. Os dados da Secretaria de Desenvolvimento Econômico Sustentável e da Junta Comercial de SC (Jucesc) apontam 96,5 mil novos cadastros no ano passado, incluindo os microempreendedores individuais (MEIs).Para o analista técnico do Sebrae em Santa Catarina Cláudio Ferreira, o incremento pode estar relacionado principalmente à maior confiança na economia, diante da melhoria dos indicadores. Mas acrescenta que a crise também impacta nesse cenário:— Tem resquício de pessoas que foram demitidas, depois de anos de crise, que veem no empreendedorismo uma alternativa.O presidente da Juscesc, Julio Cesar Marcellino Jr., além da situação econômica mais favorável, aponta algumas ações que desburocratizaram a abertura de novos negócios no Estado. Ele cita, como exemplo, o programa lançado no final do ano passado que digitalizou parte do processo.– Antes, para abrir uma empresa, você levava vários dias. Agora leva 40 minutos. É um conjunto de fatores de ordem econômica, administrativo, tributário que tem uma relação direta com esse incremento – acredita Marcellino Jr.Cai extinção de negóciosApós dois anos de alta, o número de empresas fechadas voltou a cair. Entre 2016 e 2017, 84,6 mil negócios foram extintos em SC. Apesar do número elevado, o resultado representou queda de 7,8%. Além disso, o índice de empresas abertas voltou a ultrapassar o de extintas, o que não ocorria desde 2014.Segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico Sustentável, Carlos Alberto Chiodini, o Estado simplificou o processo de fechamento e tornou a base de dados mais fiel. Já Marcellino Jr. afirma que a facilidade também influencia positivamente:— Muitos tinham dificuldade em abrir nova empresa, porque não conseguiam baixar a outra. Boa parte das extinções são dos que empreenderam em novos negócios.Fonte: ANotícia
 

EMPREGO DOS SONHOS?

SERASA CONTRATA PROFISSIONAL PARA VIAJAR O PAÍS E OFERECE R$ 100 MIL POR ANO

Funcionário vai viajar por 40 cidades e escrever histórias sobre finanças

Mochila, viagem, turismo (Foto: Reprodução/Pexels)

O SerasaConsumidor, da Serasa Experian, oferece um verdadeiro emprego dos sonhos para profissionais que gostam de viajar, escrever, ouvir boas histórias e fazer vídeos e fotos. A oportunidade é para um funcionário que viajará por 40 cidades ao redor do Brasil para ouvir e contar histórias de realidade financeira. Em um ano, a remuneração total será de R$ 100 mil, além de benefícios de transporte, hospedagem, alimentação e plano de saúde.No dia a dia, o contratado será responsável por atividades como entrevistar consumidores, entender os principais motivos que trazem problemas relacionados a finanças, produzir conteúdo, fazer cobertura fotográfica, elaborar publicações e transmissões ao vivo nas redes sociais.O processo de seleção será totalmente digital. As fases incluem questionário de múltipla escolha, criação de vídeo, voto popular para a seleção dos finalistas e entrevista por Skype.Os interessados precisam ter mais de 18 anos de idade, carteira de trabalho e disponibilidade para viajar de 4 de setembro deste ano a 31 de agosto de 2018.As inscrições podem ser feitas até o dia 13 de agosto no site.Fonte: PEGN

O que a reforma trabalhista muda para as pequenas empresas

Especialistas falam a EXAME.com sobre as mudanças na legislação trabalhista – e como isso pode mudar a rotina de quem tem um negócio

A reforma trabalhista foi aprovada no Senado Federal – e segue, agora, para sanção presidencial. Ao todo, mais de 100 pontos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) serão alterados.Algumas das mudanças são a sobreposição dos acordos entre empregados e patrões aos acordos coletivos; a adoção de uma jornada de trabalho de até 12 horas com compensação em outros dias; a divisão das férias em três períodos; e a regulamentação de trabalhos home office e terceirizados.
Para o governo de Michel Temer, o projeto é uma das principais medidas para estimular novas contratações e desburocratizar processos de admissão e demissão de funcionários. A medida foi comemorada por alguns empresários, principalmente do setor de indústrias, ressaltando que as relações de trabalho seriam modernizadas e que o país ganharia competitividade.
Porém, também há críticas quanto à mudança. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) apontou, em carta, que a reforma proposta pelo governo viola uma série de convenções internacionais assinadas pelo Brasil. Ela também é vista como ruim ou péssima por metade dos mais de três mil profissionais consultados pela equipe do Vagas.com.Mas, afinal, o que muda na vida do pequeno e médio empreendedor com a revisão da CLT? EXAME.com conversou com especialistas no tema e elencou algumas alterações que as PMEs sentirão na pele com a reforma trabalhista – entre benefícios e alertas. Veja neste link o texto completo da reforma.Confira, a seguir, os principais pontos da reforma trabalhista para os empreendedores:

1 – Custos e otimização: jornada de trabalho intermitente

A reforma trabalhista elencou uma série de novas medidas quando se fala em flexibilização dos horários de trabalho e de lazer.Agora, por exemplo, será possível negociar salários por hora ou por dia, em vez de pagamentos mensais.A jornada de trabalho também poderá adotar o esquema “12×36”: após 12 horas de trabalho, há 36 horas de descanso, respeitando o máximo de 48h por semana trabalhadas – 44 horas comuns e 4 horas extras.Por fim, o tempo de alimentação, de uniformização ou de transporte cedido pela empresa para chegar ao trabalho não contarão como horas trabalhadas.“O empregador só vai pagar pelo tempo que o empregado efetivamente trabalhar, o que otimiza a produção da sua empresa e reduz os custos. Em tempos de maior demanda, pode haver o pagamento das 48 horas de jornada semanal; em baixa estação, ele pode contratar menos horas de trabalho”, afirma Jorge Boucinhas, docente da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (FGV-EAESP).

2 – Custos e otimização: férias mais parceladas

As férias também serão flexibilizadas. Continuarão a ser 30 dias de descanso remunerado, mas eles poderão ser divididos em até três períodos. Até então, era possível dividir o recesso apenas em duas partes.Andrea Lo Buio Copola, diretora trabalhista e previdenciária da auditoria PP&C, defende que tal medida irá agradar ambos os lados: empregador e empregado.“O parcelamento irá ajudar no cronograma das atividades da empresa, do lado do empreendedor. Do lado dos empregados, muitos querem fracionar as férias e só conseguem em casos extraordinários”, afirma.Uma pequena e média empresa costuma ter poucos funcionários, e cada um deles possui grande peso no negócio. “Se a pessoa puder se ausentar menos dias seguidos, é melhor para o empreendimento”, afirma Alexandre Almeida, sócio da área de tributação da auditoria Mazars Cabrera.Para ele, esse tipo de acordo era feito de maneira informal: o funcionário de fato tirava menos dias de férias, mas registrava o número de dias permitido pela CLT.“As relações de trabalho que já existiam são regulamentadas, o que é muito importante para dar segurança jurídica ao empreendedor na hora de ele montar um negócio que opera de maneira flexível. O fim da informalidade de acordos assim também reduz a brecha para processos jurídicos, que representam um custo alto para qualquer PME.”

3 – Regulamentação trabalhistas: home office

Outro ponto da reforma trabalhista é a regulamentação do home office. Agora, há menção específica a esse tipo de trabalho na legislação. Não há muitas definições, exceto que a divisão de custos (água, internet e luz elétrica, por exemplo) deverão ser acordadas entre empregador e empregado.Assim como no caso das férias, especialistas apontam que a reforma trará um benefício de regulamentação de uma relação trabalhista que já funciona atualmente, mas de maneira informal.“Agora, o negócio está respaldado na lei para incluir o home office no seu modelo de trabalho. O empregador terá custos reduzidos com aluguel e outras contas fixas, já que poderá praticar rodízio de empregados na sede da empresa, que será menor, portanto”, diz Copola.“Enquanto isso, os funcionários ficam mais engajados em uma empresa que lhes oferece flexibilidade, aumentando a produtividade do negócio como um todo.”Boucinhas, da FGV, cita um exemplo prático: o home office já é comum nas empresas em áreas como programação e tecnologia da informação.“Quem tem funcionários home office, hoje, pode se envolver em problemas na justiça. Agora, o contrato entre as partes fica mais definido, inclusive no quesito de quem deve arcar com os custos relacionados a esse tipo de trabalho. A reforma abre menos brechas para processos jurídicos interpretativos.”

4 – Regulamentação trabalhista: lei da terceirização e “pejotização”

Um ponto bem polêmico no texto é o reforço quanto à terceirização de atividades empresariais – que já estava em discussão antes do anúncio reforma trabalhista desta semana.Agora, será possível terceirizar todas as atividades do negócio. O propósito é, assim como nas decisões de jornada intermitente e férias parceladas, flexibilizar a relação entre empregador e empregado.Porém, o empreendedor tem de ter cuidado para não cair na “pejotização” de funcionários: membros que são cadastrados como pessoa jurídica (“PJ”), mas trabalham de forma não-eventual, assim como um empregado CLT.“Muitos empregadores vão simplesmente transformar seus funcionários em PJs, sem se atentar à carência de 18 meses para a recontratação de um membro CLT como PJ”, alerta Boucinhas, da FGV. “Mesmo passado esse tempo, o empregador ainda tem que tomar cuidado. Se isso cair na mão de um juiz que entender que há uma relação de emprego comum, considerará o PJ como CLT e o empreendedor perderá um grande processo trabalhista.”Copola, da PP&C, minimiza a chance de “pejotização” dos funcionários, defendendo a capacidade dos pequenos e médios negócios de valorizarem a gestão de pessoas como um aspecto fundamental para o sucesso do empreendimento.“Será decisão da empresa terceirizar todas as suas atividades ou não. O negócio deverá ter consciência de que sua empresa precisa ter uma história empresarial. A partir do momento em que eu perco a cultura que eu promovo, a minha identidade, o empreendimento se enfraquece.”

5 – Afinal, a situação da economia (e das PMEs) vai melhorar com a reforma?

Em linhas gerais, o principal ponto da reforma trabalhista é de flexibilização de contratos: as decisões acordadas entre empregador e empregado, individualmente, têm sobredeterminação aos acordos coletivos de cada categoria.A principal crítica a essa linha de pensamento é a de que as relações entre empregador e empregado não são igualitárias, como a ideia de “negociação” pressupõe: o dono de negócio é detentor de bens de produção e capital, sendo o agente responsável por remunerar o empregado em troca de sua força de trabalho e, portanto, com maior poder ao negociar.Para Almeida, a situação nas pequenas e médias empresas não reflete tal argumentação. “Em uma grande empresa, minha tendência é concordar com isso. No mundo das pequenas e médias, porém, não é bem assim. Embora o empreendimento também seja detentor de capital, ela está numa situação mais difícil, com custos, litígios e inseguranças jurídicas que podem realmente inviabilizar o negócio”, defende.Para o sócio da auditoria Mazars Cabrera, toda ação para fortalecer investimentos no país é positiva. “O custo trabalhista é realmente um obstáculo para o investimento em atividade produtiva no Brasil, seja ele doméstico ou estrangeiro. Trazendo um incentivo econômico para o empreendedorismo, haverá mais empregos e mais consumo.”Boucinhas traz uma linha de análise mais crítica para os efeitos da reforma trabalhista: atitudes como a “pejotização” dos funcionários podem ser um tiro no pé dos planos do governo para melhor o caixa público.“A terceirização de qualquer relação trabalhista, por meio do pagamento de notas fiscais a diversos empregados, pode acabar interferindo na contribuição à Previdência Social. É preciso analisar bem como essa flexibilidade será feita”, alerta o docente da FGV.Fonte: Exame

8 passos para abrir o próprio negócio sem largar o emprego

Você não precisa largar o emprego para empreender. Saiba como dar conta de uma jornada dupla

 
vida pessoal, trabalho, equilibrio, empreendedor (Foto: ThinkStock)
Tornar-se um empreendedor pode ser bastante difícil. Isso acontece porque abrir o próprio negócio pode ser arriscado, já que é impossível saber se a empreitada vai ser bem-sucedida. Ao mesmo tempo, permanecer no emprego pode parecer uma escolha mais realista. Afinal, apesar de o trabalho não trazer nenhuma fortuna, as probabilidades de uma demissão e da consequente falta de dinheiro são menores.Segundo o especialista em empreendedorismo Ryan Robinson, em muitos casos é possível empreender sem largar o trabalho. Assim, se a empresa der errado, você ainda terá uma fonte de renda.É importante ressaltar que alguns negócios exigem atenção exclusiva. É difícil listar quais deles precisam de um gestor em tempo integral. Robinson recomenda que, antes de tentar ter uma "jornada dupla", o empreendedor analise sua situação e veja se é possível conciliar as duas atividades. Se der para ser funcionário de dia e empreendedor à noite (ou vice-versa), siga as dicas do especialista, publicadas originalmente no site da revista "Inc.":1. Pergunte-se se empreender é realmente o que você quer Ao conciliar trabalho com o próprio negócio, você terá que priorizar as duas atividades, em detrimento da sua vida pessoal. Não adianta se comprometer a enfrentar esse desafio duplo se sua cabeça estiver em outro lugar.Robinson recomenda que, para tomar uma decisão, você escreva todas as atividades e compromissos da sua agenda semanal em um papel. Feito isso, veja se há alguma atividade mais importante para você que o sonho de empreender. Se houver, talvez seja melhor continuar somente como empregado.2. Domine os conhecimentos necessários Quem administra uma empresa precisa ter conhecimento em várias áreas. Não é necessário ser um especialista nesses assuntos, mas é preciso ter noção suficiente para você mesmo não ser a razão do eventual fracasso do seu negócio.Antes de abrir o próprio negócio, aprenda um pouco sobreadministração e gestão de pessoas. Não é preciso fazer uma faculdade. Uma mescla de cursos de curta duração já pode ajudar bastante, de acordo com Robinson.3. Valide suas ideias A inspiração para a abertura de uma empresa normalmente vem de uma ideia. Muitos empreendedores acreditam ter projetos revolucionários nas mãos. Só que, muitas vezes, a ideia em questão é ruim. Antes de abrir uma empresa, valide seu negócio: converse com especialistas em empreendedorismo e com seu público-alvo e veja se as pessoas realmente comprariam o que você criou. Se sim, pode prosseguir. Do contrário, pense em outra coisa.4. Tenha algum diferencial Para superar a concorrência, você deve ter algum diferencial. Basicamente, você tem duas opções: vender mais barato ou ter um produto melhor. Ao oferecer o mesmo que outras companhias, é mais difícil atrair e fidelizar seus clientes, segundo Robinson.5. "Terceirize" atividades Você precisa de ajuda em sua empresa por duas razões: você não é um especialista e vai faltar tempo para dar conta de tudo. Por isso, tenha funcionários ou empresas que auxiliem na gestão da empresa. As áreas que serão "terceirizadas" devem ser escolhidas a partir do conhecimento do empreendedor e da quantidade de dinheiro em caixa.6. Procure feedback Você deve saber o que está indo bem e o que deve ser corrigido na sua empresa. E, para isso, tem que ouvir seu cliente. Deixe um telefone, um endereço de e-mail e as redes sociais à disposição deles. Robinson afirma que todos os contatos devem ser respondidos.7. Divida as coisas Robinson afirma que empreendedores que ainda têm um emprego não podem resolver assuntos do próprio negócio durante o expediente. Ao não se dedicar ao emprego e empreender no momento errado do dia, são maiores as chances de você ficar desempregado em um momento ruim.8. Saia do trabalho no momento certo Se você decidiu conciliar emprego e empreendedorismo, supõe-se que sua prioridade é ter o próprio negócio. Espera-se, então, que você peça demissão em um determinado ponto.Robinson diz que a dedicação exclusiva ao próprio negócio deve acontecer em dois casos: quando o empreendedor tiver confiança suficiente que sua empresa vai dar certo ou quando os ganhos do negócio forem suficientes para ser a única fonte de renda.A partir da saída do emprego, é a hora de crescer ainda mais. Com dedicação exclusiva, você terá tempo para aperfeiçoar processos e poderá gerenciar melhor sua equipe e torná-la mais produtiva, de acordo com o especialista.Fonte: PEGN

Criação de empresas - maior alta em 7 anos

Criação de empresas tem a maior alta em 7 anos, diz Serasa

Na avaliação dos economistas da Serasa Experian, esse resultado se deve ao "empreendedorismo de necessidade"

O Brasil atingiu, no primeiro trimestre, o maior número de abertura de empresas nos últimos sete anos, com o registro de 581.242 companhias, o que representa um crescimento de 12,6% sobre o mesmo período do ano passado.
De acordo com o Indicador Serasa Experian de Nascimento de Empresas, também houve recorde na criação de empresas em março em relação à série histórica iniciada em 2010.
No terceiro mês desse ano, foram registrados 210.724 novos empreendimentos, quantidade que é 19,5% maior do que em fevereiro último e 14,2% acima de igual período de 2016.Na avaliação dos economistas da Serasa Experian, esse resultado se deve ao “empreendedorismo de necessidade”.Com as taxas de desemprego muito elevadas, as pessoas desempregadas acabam abrindo negócios como forma de geração de renda, sobretudo na área de serviços”, explicam os economistas.A maioria das novas empresas que surgiu em março é de microempreendedores individuais (MEIs), totalizando 162.694 ou 9,4% superior ao número registrado no mesmo mês do ano passado.Em relação a este perfil de empresa, as sociedades limitadas, mesmo em menor número (17.516 unidades), apresentaram uma taxa de crescimento maior (29,9%) na comparação com março de 2016.Também teve expressiva elevação, de 38%, as empresas individuais (17.730) e nos demais segmentos constam 12.784 empresas, uma alta de 49,6%.

Serviços

O investimento em atividades na área de serviços liderou na lista de preferência dos novos empreendedores e atingiu 135.681 novas empresas.Segundo o levantamento, este segmento tem crescido nos últimos sete anos, com uma participação que passou de 53,6% (em março de 2010) para 64,4% (em março de 2017).A segunda maior procura foi pela área do comércio (57.908), correspondente a 27,5% e no setor industrial, foram abertas 16.625 empresas (7,9%).A Região Sudeste manteve-se na liderança com 108.150 novas empresas, mais da metade do total (51,3%).Mas a maior taxa de crescimento foi constatada na Região Centro-Oeste, onde surgiram 20.051 companhias, um avanço de 36,7% em março último sobre o mesmo mês do ano passado. Esta região tem uma participação de 9,5% no total de novos empreendimentos.Segunda colocada no ranking de nascimento, a Região Sul teve 37.331 empresas, o equivalente a 17,7% do total e uma expansão de 33%.Em seguida aparece o Nordeste com 34.301 novas empresas, participação de 16,3% e alta de 23,7%. No Norte, foram criadas 10.981 empresas, 5,2% do total e um aumento de 33,6%.Os três estados mais procurados pelos empreendedores foram São Paulo, que concentrou 28,1% dos novos investimentos (59.129); seguido por Minas Gerais (23.707), 11,3% do total, e Rio de Janeiro (20.404) e 9,7% do total.Fonte: Exame

Ela foi desvalorizada no emprego

E criou um negócio de R$ 30 mi

Sofia Esteves, fundadora de uma das maiores consultorias de RH do país, começou trabalhando em um ‘banheiro’, ganhando menos do que um salário mínimo

A história de Sofia Esteves poderia ser a de muitas pessoas que vivem na periferia da cidade. Filha de imigrantes europeus, ela cresceu no bairro de Itaquera, no extremo leste de São Paulo. Caçula de três irmãos, muitas vezes se viu sem dinheiro para comprar lanche na escola e tendo de andar quilômetros até ela. Mas, mesmo com uma situação financeira frágil, seus pais batalhavam dia a dia para dar educação aos filhos.A empreendedora cresceu observando a luta dos pais para tocar, inicialmente, uma carrocinha que vendia miúdos de carne pelo bairro e, depois, um açougue na região. Ela lembra que eles sempre buscaram tirar os filhos da zona de conforto. “Meus pais sempre nos ensinaram que teríamos de batalhar por cada objetivo”, disse, em entrevista a EXAME.com.O primeiro emprego de Sofia foi como recepcionista de um consultório médico, aos 17 anos. Depois, fez um curso técnico na área de arquitetura e foi trabalhar em uma loja de móveis perto de casa. Ao entrar na faculdade de psicologia, viu-se em um dilema. “Precisava ajudar meus pais a pagar o curso. Então, continuei trabalhando nessa loja até terminá-lo”.No final da faculdade, Sofia não havia feito um estágio em sua área de formação. Uma amiga apresentou uma empresa de consultoria de recursos humanos, mercado ainda incipiente no país. “Não tinha ideia do que se tratava”.

E agora?

Mesmo assim, Sofia resolveu “dar a cara para bater” após ver o anúncio de uma vaga em uma dessas consultorias no jornal. “Liguei dizendo: ‘olha, tenho 24 anos e um alto potencial. Não querem me ajudar a começar?’ A recepcionista que me atendeu riu e passou para o diretor, que riu também e disse: ‘qual a sua pretensão salarial?’ Eu disse: ‘estou quase pagando para quem me deixar começar’”. A entrevista com a jovem candidata foi marcada.Chegando no escritório, Sofia tomou um “chá de cadeira” de uma hora e meia. “Me senti desrespeitada”. Quando o diretor finalmente apareceu, foi logo dizendo: “Olha, acabamos de contratar uma psicóloga formada pela USP com experiência de cinco anos”.Sofia não deixou barato. “Que bom que encontraram a pessoa certa. Não tenho mais tempo a perder aqui. Quero trabalhar”. O diretor, então, pensou duas vezes e fez uma proposta. “Olha, já que você diz que tem esse talento todo, você entra na empresa como assistente. Mas, se não se desenvolver em três meses, vai ser uma ‘assistentezinha’”. O pagamento? Menor do que um salário mínimo na época. Sua sala? Um banheiro “reformado”.O sangue de Sofia “ferveu”, mas ela resolveu encarar a proposta como um desafio. “Ele me desvalorizou. Mas resolvi lutar e mostrar do que era capaz. Em 15 dias já era uma consultora e, depois de um ano, já havia me tornado gerente da área e estava abrindo uma unidade de negócios para eles”.Um dos diferenciais de seu trabalho, conta, era buscar entregar pessoalmente os currículos que recebia para os clientes. “Eu tentava entender o perfil de cada um, analisar a necessidade da empresa e só enviar os que tinham mais a ver com esse objetivo. Como os Correios demoravam um tempo para entregá-los, ia eu mesma fazer isso e aproveitava para explicar mais sobre os candidatos. O objetivo era tornar o processo mais humano e menos burocrático”.Sofia continuou na empresa até que resolveu buscar uma outra oportunidade profissional, em uma empresa de recolocação de executivos. Depois de seis meses, viu-se diante de um dilema ético. “Os diretores queriam que eu tomasse uma atitude com relação a um fornecedor que não era de ganha-ganha. Insisti que não iria fazer, mas o diretor colocou sua autoridade na mesa. Resolvi pedir demissão. Aquilo ia contra os meus valores”. Pedido de demissão: Saiba, com a Xerpa, o que é necessário fazer e quais são as regras .Sem emprego, ela conheceu uma psicóloga que propôs que alugasse uma sala de sua clínica. Quase ao mesmo tempo, recebeu a ligação de um diretor de uma grande empresa, cliente na sua antiga consultoria. “Ele me disse que queria passar um projeto para mim depois de descobrir que havia saído da empresa. Rebati: só tenho dois anos de experiência. Acho melhor passar para a empresa. Ele então me disse que gostava do jeito que eu pensava a área de recursos humanos e me aconselhou: ‘abra o seu negócio que você vai ter sucesso, menina’”.

O início

Sofia pensou que inicialmente trabalharia como uma profissional autônoma. “Por absoluta necessidade de sobrevivência, aluguei a sala da psicóloga, comprei uma mesa e três cadeiras por cerca de mil reais na época, que era o que eu tinha, e aluguei uma máquina elétrica, pois não conseguia comprar uma. Só fiz isso porque o projeto daria para pagar ao menos o primeiro aluguel”. Ela conta que, em janeiro de 1988, teve 15 dias para criar uma metodologia própria na qual acreditava, ouvindo diversos profissionais do mercado.Logo um projeto puxou o outro. “Foi tudo no boca a boca”. Sofia resolveu, então, seguir o conselho do cliente. “Pedi ajuda para mentores sobre como abrir uma empresa e criei a Decision Making, que depois virou a DM”.
“Minhas funcionárias foram almoçar sozinhas. Mas depois anunciaram que sabiam que provavelmente eu não teria dinheiro para pagá-las, mas queriam continuar na empresa”Sofia Esteves, contando sobre a primeira crise do negócio
Depois de seis meses, a empreendedora alugou seu primeiro escritório e tinha uma pequena equipe, de cinco pessoas. Não demorou muito para enfrentar sua primeira crise: o confisco da poupança realizado pelo então presidente Fernando Collor.“Estava tocando 17 projetos e 12 foram suspensos apenas no período da manhã. Nesse dia, minhas funcionárias foram almoçar sozinhas. Depois anunciaram que sabiam que provavelmente eu não teria dinheiro para pagá-las, mas queriam continuar na empresa. Mandaram dar férias para elas e pagar apenas os encargos obrigatórios. Quando o mercado retomasse eu poderia chamá-las de volta. Depois de dois meses, comecei a chamá-las para voltar ao trabalho”.Para ter esse grau de engajamento de seus funcionários, foi necessário dar muita autonomia, confiar no trabalho deles e sempre tratá-los como sócios. “Sempre busquei fazer quatro reuniões no ano, nas quais compartilho os resultados da empresa e sua situação real. Não por acaso, quem esteve comigo no início se tornou, efetivamente, sócio com o tempo. Todo mundo sempre soube qual era meu salário e quanto a empresa faturava”.Com a empresa novamente andando, a empreendedora decidiu iniciar um trabalho voluntário em universidades. “Queria explicar a jovens conceitos básicos para orientá-los profissionalmente, como quais eram as diferenças entre uma empresa multinacional e nacional”.Até que, um dia, recebeu a ligação de um diretor da então Gessy Lever, agora Unilever. “Eles queriam terceirizar um programa de trainees. Nem sabia do que se tratava, só conhecia programas de estágios. Inicialmente recusei, mas ele insistiu que eu tinha experiência com jovens e como selecionadora e poderia fazer. Nasceu então uma nova divisão da empresa, a Cia de Talentos”.A divisão somente deu lucro para o grupo depois de 13 anos. O importante, conta Sofia, era que o grupo fechasse no azul neste período. “Quando a divisão se tornou conhecida até em países vizinhos, percebi que não há dinheiro melhor do que aquele que você coloca no que acredita”.
Sofia Esteves, fundadora da DMRH

Sofia Esteves, fundadora da DMRH: Transparência, humildade e um passo por vez (DMRH/Divulgação)

O sucesso

Com 200 funcionários, presença em 40 países e faturamento de 31 milhões de reais no ano passado, a DMRH está prestes a completar 30 anos. No portfólio, grandes clientes, inclusive a Unilever, que são fiéis à consultoria por quase duas décadas ou até mais de duas.Olhando sua trajetória, Sofia conta que nunca parou para pensar muito em empreender e nem percebia os riscos que corria quando montava o negócio. “Por necessidade, eu ia fazendo, seguindo uma intuição, sempre buscando fazer bem feito. Acho que faz parte de um perfil: tem muita gente com história similar à minha que, frente a uma dificuldade, para e se engessa”.O que fez diferença, conta, foi a visão de mudar o que se praticava na área. “Quando comecei, só existiam consultorias internacionais que faziam processos seletivos enlatados, que não levavam em consideração os valores, a cultura e o perfil emocional do brasileiro”.
“Talento não é sinônimo de uma boa escola e nem significa ter fluência em uma língua estrangeira. Sou um exemplo disso e consegui mudar essa mentalidade nos processos seletivos”Sofia Esteves, sobre como mudou a mentalidade de clientes nos processos seletivos
Apesar do crescimento rápido, Sofia conta que ele poderia ter sido ainda mais acelerado. Precauções para evitar que o negócio saísse do seu controle diminuíram o ritmo do crescimento, mas tornaram o negócio mais sólido. Seus pais foram roubados por sócios e contadores mais de uma vez, e ela nunca assumiu dívidas ou empréstimos sem a certeza de que poderia pagar, dando um passo por vez.A sinceridade com colaboradores, humildade de pedir ajuda a profissionais experientes e o fato de sempre pagar funcionários e fornecedores em dia também foram decisivos no caminho para o sucesso do negócio. “No aluguel do meu primeiro escritório, não tinha como pagar uma arquiteta. Mas ela me disse que eu estava sendo tão corajosa que poderia pagar depois. Confiou em mim, pois fui muito transparente”.O cuidado com os candidatos também sempre marcou o seu negócio. “Quem paga minhas contas são as empresas que contratam, meus clientes, mas sempre expliquei para eles que não poderia colocar os candidatos em uma fria. Precisava, portanto, de informações completas sobre os processos seletivos”.Preocupada em tornar o mercado de trabalho mais acessível, Sofia conta que levou uma década para mudar a mentalidade de clientes sobre o perfil almejado dos candidatos. “Expliquei que talento não é sinônimo de uma boa escola e nem significa ter fluência em uma língua estrangeira. Dessa forma, acredito que se criam feudos, com cabeças pensando sempre igual. Me mostrava como exemplo. Conhecimentos técnicos podem ser treinados no dia a dia. Alma e valores não. Dessa forma, consegui criar uma onda de diversidade no quadro de funcionários das empresas”.Fonte: Exame

Brasileiro volta a empreender

De acordo com pesquisa, 75% das pessoas que levantam informações para abrir uma empresa enxergam uma oportunidades de mercado

Vislumbrar uma oportunidade voltou a ser comum entre os que se preparam para abrir um negócio. De acordo com a pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM) 2016, apoiada pelo Sebrae e realizada pelo Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP), 75% dos empreendedores nascentes – aqueles que estão envolvidos na abertura de uma empresa – buscaram esse caminho porque encontraram um nicho.

No ano anterior, metade das pessoas com empresas recentes investiu no próprio negócio por causa da necessidade. O presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, destaca que essa mudança no perfil dos novos empreendedores pode revelar um início de reação positiva da economia. “Um país vai se desenvolver no futuro se tiver pessoas querendo empreender hoje. O aumento do empreendedorismo por oportunidade demonstra uma luz no fim do túnel, é o início da volta do crescimento econômico”.

Apesar do empreendedorismo por oportunidade fazer parte do universo de quem quer abrir um negócio nos próximos meses, a pesquisa GEM revelou que houve uma pequena queda da taxa de empreendedorismo do brasileiro no ano passado, caindo de 39% em 2015 (a maior da série histórica) para 36%, em 2016. Essa diminuição tem como um dos seus principais motivadores a queda no número dos empreendedores já estabelecidos, ou seja, aqueles que já tinham uma empresa há mais de três anos e meio.

“As dificuldades econômicas passadas nos últimos anos fizeram com que muitas empresas fechassem as portas, por isso, houve essa diminuição na taxa total de empreendedorismo. Acreditamos que com a inflação estabilizada, a queda dos juros e o aquecimento da economia, o brasileiro volte a sonhar mais com o empreendedorismo”, ressalta Afif.

A pesquisa também constatou que as mulheres já correspondem a 51% dos empreendedores iniciais, e que está aumentando o número de pessoas com mais de 55 anos que se aventuram no mundo dos negócios. De acordo com o estudo, em 2012, 7% dos empreendedores iniciais tinham mais de 55 anos. Em 2016, esse número saltou para 10%. Já entre a participação dos brasileiros empreendedores que têm entre 18 e 24 anos, passou de 18%, em 2012, para 20%, em 2016.

A GEM

A pesquisa GEM é parte do projeto Global Entrepreneurship Monitor, iniciado em 1999 com uma parceria entre a London Business School e o Babson College, abrangendo dez países no primeiro ano. Em 2016, participaram 66 países, cobrindo 70% da população global e 83% do PIB mundial. No Brasil, a pesquisa é feita desde 2000, e no ano passado foram entrevistados 2 mil adultos entre 18 e 64 anos de todas as regiões do país e 93 especialistas em empreendedorismo.

Fonte: Empreendedor


Setor Imobiliário deve focar em 2018 e 2019

Para presidente da MRV, a maior incorporadora do país, uma postura de caixa mais conservadora ainda é necessária este ano

Para presidente da MRV, setor imobiliário está passando por período difícil porque é altamente dependente de condições macroeconômicas estáveis e de crédito  (Foto: Webysther Nunes / Wikimedia Commons)
Uma das poucas incorporadoras que não foram contaminadas pela crise do setor imobiliário nos últimos anos, a MRV, especializada em imóveis para baixa renda, vê um cenário ainda muito difícil para as construtoras em 2017. Eduardo Fischer, copresidente da maior incorporadora do país, diz que a MRV vai manter postura de caixa conservadora este ano, mas, mesmo assim, vai anunciar um grande empreendimento imobiliário na zona norte de São Paulo."O setor residencial é dividido em dois segmentos: média e alta renda, que passa por uma forte crise; e baixa renda, que ainda tem demanda. Estamos do lado da demanda", diz. Leia abaixo os principais trechos da entrevista concedida ao Estado.A maioria das incorporadoras passa por uma crise profunda, com alto número de distratos e situação financeira delicada. Qual será o cenário para o setor neste ano? Nosso setor está sofrendo imensamente, uma vez que é altamente dependente de condições macroeconômicas estáveis e de crédito. As incorporadoras sofreram em 2015 e tiveram um 2016 terrível. A expectativa é de melhora em 2017, mas em um cenário muito ruim ainda.Os negócios da MRV serão afetados? Temos de separar o setor em dois segmentos: média e alta renda de um lado, e baixa renda do outro. A nosso favor, o segmento de baixa renda tem uma diferença de oferta e demanda muito grande. Temos um déficit habitacional para essa camada da população (com até seis salários mínimos). Nesse caso, o crédito vem de bancos públicos e nosso consumidor acessa o FGTS.Mas o desemprego também afeta o perfil de seu cliente... O desemprego aumentou e preocupa. Mas há demanda, mesmo com a crise. Nosso cliente não quer só morar: precisa morar. É diferente do consumidor de média e alta renda - nesse caso, o setor enfrenta ainda a questão de altos distratos. Nessa categoria, há o consumidor que adquire imóvel para morar e outros que compram para investir. Com a crise, a dinâmica de mercado mudou e houve desistências, afetando fortemente as incorporadoras. É perverso. Estamos discutindo isso, via nossa entidade de classe, para mudar a regulamentação do setor.Os distratos da MRV também aumentaram? O nosso distrato tem caído nos últimos dois anos. Temos um saldo de distrato do passado, mas que tem recuado trimestre a trimestre e deverá cair em 2017. No caso do crédito associativo, a construtora consegue passar a dívida para os bancos (públicos). Se o banco aprova o financiamento, aprovamos a compra. A dívida fica com o banco.E os programas do Minha Casa Minha Vida impulsionam os negócios do grupo? Vamos voltar. Habitação de baixa renda é muito importante na economia, não é só social. O programa se mostrou resiliente. A demanda continua firme e as vendas seguem em ritmo muito bom. Mas a demanda se concretiza em negócio? Há uma crise de confiança ainda grande. O problema não está na confiança, mas na liberação de crédito. Trabalho basicamente com dois bancos - Caixa e Banco do Brasil. Os dois estão rígidos na concessão de crédito.Esperava 2017 tão difícil? Olho 2017 e, apesar de situação difícil, a perspectiva é mais positiva. Tive uma pior percepção no fim de 2014, quando não tinha ideia como o mercado iria reagir. O lado bom da crise é que, se você está em um setor que já está sofrendo muito (desde 2010), com custo de obra disparando, as perspectivas para frente são de melhora. A nossa sorte é que não podemos importar apartamento ainda.A crise que afetou o setor vai intensificar um movimento de consolidação? Difícil. É incerteza demais.Mas houve interesse do fundo Jaguar em comprar fatia da Tenda, da Gafisa. Há espaço para investidor estrangeiro no setor imobiliário nacional? Tem de olhar para o longo prazo. Os investidores apanharam muito com Brasil.O cenário também é pessimista para os imóveis comerciais? Hoje o segmento comercial passa por um momento diferente - esse setor já tinha puxado o freio quando a crise do setor começou. A volta à normalidade desse segmento vai ser mais rápida do que o residencial. Estão construindo menos.O sr. acredita que o cenário de instabilidade política deve agravar mais o setor? Essa instabilidade é ruim porque ninguém consegue olhar para 2018 e ter um cenário claro de mudanças macroeconômicas relevantes. A PEC do Teto passou, mas a reforma da Previdência é difícil e não pode demorar. Não olho mais para 2017. Penso em 2018 e 2019.A MRV não terá novos lançamentos para este ano? Sim. Faremos um lançamento na zona norte de São Paulo, um bairro planejado com 25 empreendimentos diferentes, em um investimento de quase R$ 1 bilhão e VGB de R$ 1,6 bilhão, para entrega nos próximos cinco anos. Nos últimos 30 meses, entregamos 100 mil chaves (o que equivale a uma cidade de 350 mil a 400 mil habitantes). A projeção é fazer a mesma entrega nos próximos 30 meses. Nos últimos dois anos, investimos cerca R$ 600 milhões em terrenos novos.Pensam em mudar de estratégia e se diversificar? Não. Fazemos a mesma coisa há 37 anos e vamos continuar assim.QUEM É Formado em Engenharia Civil pela Fundação Mineira de Educação e Cultura (Fumec), Eduardo Fischer Teixeira de Souza é copresidente da MRV, uma das maiores incorporadoras imobiliárias do País, fundado por seu tio, o empresário Rubens Menin. Fischer, que está no grupo desde 1993, divide a gestão da incorporadora com Rafael Menin.

Trocar o emprego por um negócio

Antes de tomar a decisão de se dedicar totalmente ao novo negócio, cheque se você está preparado para dar esse passo

Você teve uma ideia de negócio e está morrendo de vontade de jogar tudo para o alto e agarrá-la com unhas e dentes? Muita calma nessa hora.O professor de empreendedorismo do Ibmec-MG, João Bonomo, acredita que algumas oportunidades podem exigir a saída de um emprego fixo o quanto antes. Mas, em geral, é possível esperar um pouco para que esse processo seja mais organizado e, principalmente, seguro. “Na vida real não é tão fácil jogar tudo para cima e entrar de cabeça em um sonho. Geralmente recomendamos aos empreendedores que tenham cautela antes de tomar a decisão de se dedicar totalmente ao próprio negócio”.Especialistas apontam abaixo quais são os sinais de que você está preparado para deixar de ter uma remuneração fixa por mês para tocar o negócio:

1 — Você tem uma oportunidade de negócios (mesmo)

O consultor do Sebrae-SP, Wagner Antonio Jacometi, ressalta que uma boa ideia não necessariamente pode se tornar uma oportunidade de negócio de fato. “Uma ideia só se transforma em oportunidade quando identificamos que há demanda para ela no mercado, seja por experiência própria ou observação”.

2 — Você realizou uma pesquisa extensa

Identificada a oportunidade, é hora de levantar informações sobre como o negócio funciona, qual a perspectiva de lucro que oferece, quem são os concorrentes e eventuais fornecedores. Isso ajuda a diminuir riscos.

3 — Você montou um plano de negócios

É importante colocar a ideia no papel antes de começar a executá-la. Para isso serve o plano de negócios. “Esse instrumento é como uma bússola para tomar a decisão menos arriscada em cada etapa do projeto”, diz Wagner Jacometi, consultor do Sebrae-SP.Para criá-lo, é necessário responder a perguntas como quanto será necessário investir, qual será o capital inicial para fazer o negócio girar e quanto será preciso vender ou faturar para pagar fornecedores e funcionários. Outro dado importante que deve ser incluído no plano é qual a taxa de retorno do negócio. “O empreendedor pode comparar o salário que recebe atualmente com essa perspectiva de ganhos”, completa o consultor. Comece agora: realize seus sonhos com empréstimos da Just Online. É rápido, barato e seguro. Patrocinado

4 — Você traçou metas e objetivos

É prudente traçar metas racionais e tangíveis e acompanhá-las  diariamente, diz Bonomo, do Ibmec. “No momento de defini-las, é sempre melhor pender para o pessimismo e não pressupor que se concorrentes estão sendo bem-sucedidos no segmento você será também”.

5 — Você fez um teste de mercado

Se for possível, antes de efetivamente abrir o negócio teste o produto ou serviço entre amigos e familiares. “É uma boa forma de medir a aceitação do negócio e fazer ajustes”, diz Wagner do Sebrae-SP”. Contudo, a avaliação de um profissional não deve ser esquecida neste processo.”Faça o teste também entre sua rede profissional e no seu próprio ambiente de trabalho.”

6 — Você guardou algum dinheiro no banco

Segundo o professor Bonomo, do Ibmec, a questão financeira é a “parte mais dolorosa” da decisão. “A ideia é boa, o mercado é aquecido. Mas o empreendedor tem de se questionar: tenho capital suficiente até o negócio amadurecer?”O ideal, diz, é acumular recursos para ter condição de se manter durante um tempo. “A definição do período de duração da reserva financeira vai depender do grau de dependência financeira. Por exemplo, para quem tem um imóvel financiado, talvez esses recursos tenham de ser maiores para evitar um descontrole das finanças.”

7 —Você sabe a hora de sair

Bonomo, do Ibmec-MG, ressalta que não há um momento mais adequado para tomar a decisão de largar o emprego e assumir o risco de tocar um novo negócio. Apesar de depender de cada caso, um claro sinal de que está na hora de abrir mão da remuneração fixa é quando a gestão do novo negócio começa a tomar tanto tempo que passa a interferir no trabalho fixo.Outro termômetro de que é hora de concentrar esforços no projeto é quando ele começa a dar sinais de evolução, diz o professor. “O empreendedor pode começar a receber pedidos, notar um aumento no interesse das pessoas pelo produto ou serviço ou começar a faturar”, exemplifica. Outras formas de checar que o negócio está ganhando corpo é verificar que o tráfego na página do negócio está aumentando ou o tempo para responder avaliações de clientes está sendo ampliado.Fonte: Exame

Empreendedores não pensam em se aposentar

Pesquisa do Sebrae revela que donos de pequenos negócios estão mais preocupados em tocar a empresa

“A crise e uma possível reforma da Previdência podem ser alguns dos fatores que influenciaram esse resultado”, explica o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos. O estudo ainda revela que 8% dos empresários já são aposentados e que 45% pensam em se aposentar algum dia.Entre os que planejam parar de trabalhar algum dia, 57% acreditam que quem pagará a sua aposentadoria será o INSS. O número é quase três vezes superior ao de donos de pequenos negócios que pensam em contar com uma aposentadoria privada, que é vista como fonte para 19% dos entrevistados. Outros 18% acreditam que investimentos próprios darão conta do recado.Os microempreendedores individuais (MEI) são os que mais esperam receber a aposentadoria pelo INSS. De acordo com o estudo, 61% dessa categoria têm expectativa quanto ao benefício da previdência pública. “A possibilidade de ser um segurado da Previdência Social é um estímulo para esses empreendedores que faturam até R$ 60 mil por ano se formalizarem, por isso percebemos um interesse maior em relação ao INSS nessa categoria”, justifica Afif.Fonte: Empreendedor

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