Levantamento cobre as seis principais regiões metropolitanas brasileiras (Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife e Salvador)
Agência Brasil19/01/2016
A proporção de pessoas que trabalham por conta própria entre o total de ocupados aumentou de 17,9%, em janeiro de 2013, para 19,8% em novembro de 2015, segundo cálculos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), com base na Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).O levantamento cobre as seis principais regiões metropolitanas brasileiras (Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife e Salvador). Na avaliação do economista e pesquisador do Ipea Miguel Foguel, o aumento do trabalho por conta própria está relacionado à crise econômica e à consequente redução dos empregos formais.Segundo Foguel, os trabalhadores por conta própria podem ser divididos em dois grupos: os que contribuem para a Previdência Social e os que não contribuem. Em 2013, os autônomos do primeiro grupo eram 5,2% do total de ocupados nessas seis regiões. Esse percentual subiu para 7,4%, em novembro de 2015. Já os trabalhadores por conta própria não contribuintes permaneceram estáveis: 12,8%, em janeiro de 2013; e 12,4%, em novembro de 2015.De acordo com o economista do Ipea, provavelmente, esse fenômeno tem a ver com a reação defensiva do trabalhador diante de um mercado de trabalho em crise, em que as empresas estão demitindo e deixando de contratar. “Aí, a reação deles ante a dificuldade de encontrar emprego é buscar algum tipo de renda por meio de um microempreendimento ou alguma atividade que se configura como por conta própria, e continuar contribuindo para a Previdência Social, mas agora não mais como um empregado formal”.No entanto, segundo Foguel, dependendo da restrição orçamentária e da oferta de trabalho na nova fase profissional, alguns deixam de pagar o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) porque não podem ou não querem bancar essa despesa.O fotógrafo Fernando Azevedo, do Rio de Janeiro, é um desses trabalhadores. Depois de atuar por 18 anos em várias editoras e assessorias de imprensa, resolveu dar uma guinada total na vida. Ele se tornou criador de móveis, só fotografa suas criações e há cerca de um mês abriu uma loja em Maricá, na Região dos Lagos, para venda de seus produtos.O empreendimento está dando tão certo que Azevedo está se preparando para contratar uma funcionária para a loja, além dos dois marceneiros que já trabalham com ele. O fotógrafo e agora designer de móveis atualmente não contribui para a Previdência Social.Já o professor de educação física Pedro Copelli, também autônomo, começou recentemente a contribuir para o INSS como forma de se preparar para a aposentadoria. Embora tenha curso superior e não enfrente dificuldades em arranjar emprego, ele preferiu trabalhar por conta própria, mas não descarta a possibilidade de retorno ao mercado formal. “Se aparecer algum emprego legal com carteira assinada eu pego porque, na nossa área, é difícil você trabalhar em um só lugar”, disse.Copelli dá cursos de exercícios funcionais e aulas de futebol feminino há seis anos em um clube em Botafogo, zona sul do Rio de Janeiro. No mesmo bairro, dá aulas de futsal em um colégio e está pensando em ampliar o trabalho, com a abertura de turmas de futevôlei, na praia. Segundo ele, trabalhar por conta própria está sendo compensador e, até agora, a crise econômica não afetou suas atividades.“Tenho um número razoável de alunos porque não tenho muito concorrente. Com o fechamento das escolas de futebol feminino do Fluminense e do Flamengo, muitas meninas migraram para nós”, disse o professor.InformalidadeO avanço do trabalho por conta própria também pode ter impacto sobre os números da informalidade no Brasil, de acordo com o economista do Ipea.Segundo ele, considerando que os trabalhadores por conta própria se subdividem entre os que contribuem para a Previdência Social e os que não contribuem, alguns analistas associam o aumento desse tipo de trabalho como um indicador de crescimento da informalidade, já que nem todos pagam o INSS.“Se a gente considerar que esse trabalhador por conta própria que contribui para a Previdência Social não é informal, não está havendo um crescimento da informalidade. Mas se eles forem incorporados como informais, então, sim, há um aumento da informalidade. Vai depender de como cada um define [esse conceito], ponderou o economista.Crise entre os autônomos
Se a crise está levando mais gente a trabalhar por conta própria, comerciantes que já estão nessa modalidade há muito tempo também estão sentindo os efeitos da desaceleração da economia.O vendedor de frutas Celso Nunes, de Brasília, disse que esse janeiro tem se mostrado o mais fraco desde que ele começou a vender salada de frutas numa barraca que monta no Setor Bancário Norte, no centro da capital, há 15 anos.“Janeiro é mais fraco mesmo, mas esse tem sido o pior desde que eu cheguei aqui”, calculou. Pelas contas que faz de cabeça, ele diz que seu faturamento caiu em torno de 70% na comparação como mesmo mês do ano passado. Para compensar a queda nas vendas e o aumento nos custos devido à inflação, desde o início do ano, Nunes resolveu subir o preço da bandeja de salada de frutas, de R$ 5 para R$ 6.Outros comerciantes informais entrevistados pela Agência Brasil também relataram dificuldades com as vendas recentemente. Sob nuvens negras no céu, o vendedor ambulante Obede Suzarte disse à reportagem que costumava vender de 15 a 20 guarda-chuvas e sombrinhas em dias de chuva no ponto onde monta a sua barraca há cinco anos, na avenida W3 Norte. “Mas neste mês de janeiro, quando costuma chover muito por aqui, tenho vendido umas três ou quatro por dia”, contou.Ele diz que se sente ainda mais prejudicado pela crise porque seu tipo de mercadoria – relógios, barbeadores, carregadores de celular, óculos de sol e radinhos de pilha – não ser de primeira necessidade. “O cliente até vem e olha, mas se não é essencial pra ele, não compra mesmo.”“Tá difícil geral, essa crise financeira chegou para todo mundo”, disse a vendedora de churrasquinho Raimunda Nonato da Silva. Ela, que chegou em Brasília vinda do Maranhão em 1979, começou no ano passado a vender espetinhos de carne em uma parada de ônibus da avenida W3, depois de perder o emprego como doméstica. Apesar da redução nas vendas, Raimunda ainda resiste a subir o preço do espetinho, vendido a R$ 3. “Se não, não vendo é nada, meu filho”.Diante do aumento significativo do número de ambulantes por causa da crise, o governo do Distrito Federal deflagrou desde dezembro uma operação de repressão aos comerciantes informais, agravando a situação dos vendedores de rua.Desde 11 de janeiro, por exemplo, policias militares e agentes da Agência de Fiscalização do Distrito Federal ocupam cada esquina do Setor Comercial Sul, na região central de Brasília. A justificativa dada pelo administrador regional do Plano Piloto, Marcos Pacco, é “revitalizar o espaço e coibir atividades ilegais”. O mesmo tipo de operação ocorre nos arredores da rodoviária do Plano Piloto.Fonte: Com crise, mais brasileiros passaram a trabalhar por conta própria - Empreendedor
Conheça as orientações que contribuem na tomada de decisão na hora de começar uma empresa
Agência Sebrae07/01/2016
O número de empresas que abriram as portas em Minas Gerais, de janeiro a outubro do ano passado, caiu 7,1% em comparação ao mesmo período do ano passado. De acordo com o balanço da Junta Comercial do Estado (Jucemg), 39 mil novos empreendimentos foram registrados no estado em 2015, contra aproximadamente 42 mil, em 2014. Para quem pretende abrir uma empresa em 2016, o Sebrae em Minas Gerais dá sete dicas para ter sucesso nos negócios.Todo empreendedor ao abrir uma empresa deseja obter retorno do investimento a curto prazo, mas é necessário trabalho árduo e paciência para tornar o empreendimento viável e bem-sucedido. Uma das dicas é ter planejamento. Muitas vezes é necessário deixar a emoção de lado e investir em um processo realista e racional de avaliação, na busca de informações estruturadas para realizar o investimento.Em um período de instabilidade econômica, alguns empreendedores não sabem em qual atividade investir. Nesse caso, o aconselhável é elaborar um modelo de negócio, que não inclui ainda aspectos técnicos como legislação, custos e despesas, mas pode auxiliar na estruturação de um novo negócio e testar a ideia. Isso pode ser feito por meio do Canvas, uma ferramenta desenvolvida pelo Sebrae que permite que qualquer empreendedor desenvolva suas ideias de negócio ou até mesmo repense um modelo de negócio já existente.Após esse teste, o empreendedor pode utilizar um instrumento simplificado, de planejamento detalhado, chamado Plano de Negócios, que auxilia passo a passo na construção do empreendimento, considerando os pontos essenciais que devem ser observados e registrados em finanças, marketing, pessoas, mercado, entre outros.Procurar o melhor local para instalar o negócio é uma das atividades mais importantes antes de abrir a empresa. É necessário analisar o processo de logística e venda da mercadoria, facilidade de acesso dos clientes ao local, estacionamento, distância entre rodovias, sistema bancário, bem como todos os custos fixos envolvidos no imóvel para a instalação do empreendimento.O empreendedor deve ter conhecimento sobre os impostos para a abertura do negócio, a legislação trabalhista e tributária e os procedimentos específicos para a liberação do alvará de licença. Isso porque, alguns empreendimentos precisam de autorização como a do Corpo de Bombeiros e a Vigilância Sanitária. Fazer uma pesquisa de mercado é essencial para uma empresa. Saber quem são seus concorrentes e fornecedores, as tendências e novos nichos de clientes são fatores muito importantes antes de colocar um novo produto ou serviços no mercado e investir recursos.Plano de investimentosO empreendedor deve fazer um plano de investimentos que inclui a previsão de faturamento, cálculo dos custos fixos e variáveis e a previsão de resultados (lucros e prejuízos) para garantir reservas financeiras, evitar grandes dívidas e conseguir equilíbrio nos dois primeiros anos de mercado, período em que a mortalidade das micro e pequenas empresas são maiores. Saiba que o empresário não recebe salário mensal como os empregados e que as retiradas mensais das empresas precisam ser controladas, de acordo com faturamento e a necessidade de recursos para novos investimentos.Pesquisas demonstram que quanto maior o conhecimento do empreendedor e as experiências por ele vividas, na área ou em atividades similares em que pretende atuar, maiores serão as chances de sucesso. A experiência e o estudo são fatores que auxiliam na definição do foco do negócio e na sua expansão ou crescimento. Por isso, é necessário refletir sobre o perfil do empreendedor.Dicas para abrir uma empresa em 2016:1 .Busque o equilíbrio entre emoção X razão2. Tenha conhecimento no ramo de atividade3. Pesquise o local de instalação4. Conheça a legislação5. Conheça o mercado6. Cuide das finanças7. Identifique se possui o perfil de empreendedorFonte: 7 dicas para abrir um negócio em 2016 - Empreendedor
Médias e grandes companhias perderam 1 milhão de vagas
De janeiro a novembro deste ano, as micro e pequenas empresas geraram um saldo líquido de 56.240 empregos. Trata-se de um quadro bem diferente das empresas de médio e grande porte que fecharam um total de 1.010.939 vagas no mesmo período. As informações são do estudo mensal que o Sebrae elabora com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego.Em novembro deste ano, os pequenos negócios encerraram 20,2 mil vagas de empregos. As médias e grandes empresas foram as responsáveis por 108,2 mil demissões. “Apesar da queda acentuada da economia neste ano, os pequenos negócios continuam sendo o segmento que gera novos postos de trabalho”, afirma o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos.O presidente do Sebrae afirma que um dos motivos para a redução das vagas de emprego se deve principalmente às restrições de crédito. “O quadro econômico atual tem provocado elevação dos custos das empresas e a consequente redução de suas receitas. Isso dificulta a ampliação das vagas de empregos”, destaca.Segundo Afif, uma saída está na redução dos depósitos compulsórios (recursos que são recolhidos e não podem ser emprestados pelas instituições financeiras). Se o Banco Central reduzir os compulsórios em 20%, afirma o presidente do Sebrae, podem ser liberados R$ 40 bilhões para empréstimos às pequenas empresas.Fonte: Pequenos negócios geraram 56 mil empregos em 2015 - Empreendedor
Para atingir produtividade máxima, empresas brasileiras precisam investir no novo mundo digital. Com o atual momento político e econômico que temos no País, os desafios são grandes, mas, sem dúvida, o caminho mais assertivo para melhorar definitivamente os indicadores é apostar em serviços e produtos de tecnologia. É preciso investir em inovação para transformar os negócios tradicionais em digitais.Executivos antenados com tendências estão acompanhando os novos movimentos internacionais. Quem prova isso é o Gartner, quando aponta que a receita digital global crescerá de 16% para 37% nos próximos cinco anos nas empresas e de 42% para 77% no governo. Ainda estamos apenas começamos a pesquisar esse universo, mas as informações iniciais já indicam muito claramente que a tecnologia nos negócios é uma realidade e cada vez mais será uma importante vantagem competitiva e fator de diferenciação para as organizações brasileiras.Estamos iniciando a Era dos Negócios Digitais, cuja maior urgência é a inovação. Com o surgimento de modelos de negócios radicais, o mercado global como conhecemos hoje mudará para sempre. Da agricultura à aviação, teremos novos cenários disruptivos e de profundas transformações. Essa nova era permitirá a migração dos modelos antigos para um novo patamar muito mais moderno, lucrativo e assertivo.As empresas que não forem capazes de mudar poderão desaparecer. Mas, em contrapartida, quem encarar esse caminho poderá ter um novo motor propulsor para alavancar seu futuro sucesso empresarial. Ou seja, as ameaças podem se transformar em grandes oportunidades de negócios se os CEOs, líderes empresariais e CIOs começarem a modernizar seus sistemas. É preciso começar o quanto antes as transformações tecnológicas e novos projetos com componentes de inovação para dar guinadas empresariais rumo a novas frentes de atuação.Com um olhar no futuro e bons parceiros tecnológicos, empresas terão condições de agregar ao seu legado tecnológico novas estruturas multiplataformas com aplicativos, soluções em cloud, mobile, mídias sociais, big data, entre outras.Se as empresas acreditarem que a tecnologia realmente gera vantagens competitivas, um novo ambiente de desenvolvimento será criado, podendo ter novos produtos e soluções, fundamentais para turbinar os negócios atuais. A área de TI tem papel fundamental no direcionamento desse novo caminho, de forma a engajar funcionários, reunir ideias, testar novos sistemas, melhorar a produtividade e até garantir a segurança das empresas com os novos aplicativos mobile. Diferentes práticas de trabalho podem ser implementadas com o apoio de consultores especializados, capazes também de reformular a Arquitetura Corporativa para continuar adicionando valor para as organizações. Com esse suporte, a área de TI terá condições de ter um olhar diferenciado sobre pessoas, processos, informações e tecnologias.Esse trabalho parece simples, mas é extremamente complexo, uma vez que companhias precisam de um conjunto de soluções integradas para serem bem-sucedida. As empresas precisam procurar uma direção mais ampla do ecossistema da arquitetura corporativa, favorecendo o surgimento de novas oportunidades internas de negócios digitais.Nesse cenário, o modelo bimodal estará sempre presente, pois há sistemas antigos que precisam ser mantidos ao mesmo tempo em que novos aplicativos e soluções precisam ser criados para atender as demandas dos clientes. Essa frente dupla demandará uma profunda transformação, inclusive na essência do setor de TI, que passará a atuar não só na solução de problemas técnicos internos, mas também na criação de novas plataformas para comunicação, interação e realização de negócios com terceiros, incluindo clientes, fornecedores e parceiros.Como sempre digo, o segredo é mudar o foco para o novo ecossistema de negócios. A empresa seria como um avião que precisa trocar toda a turbina em pleno voo. Por essa razão, os ajustes precisam ser feitos por especialistas em TI com habilidade para substituir e ajustar muitas peças simultaneamente, o que na prática significa desenvolver novos sistemas mantendo os atuais. Os riscos externos estão sempre presentes, como alta altitude, frio externo, nuvens que geram turbulência e combustível suficiente apenas para chegar ao destino. Traduzindo para os termos da área, as ameaças seriam prazos reduzidos para os projetos, concorrentes criativos, riscos de segurança, possibilidades de ataques aos dados e budget reduzido.O avião já decolou e, agora, nosso papel como especialistas em TI é traçar um bom plano de viagem e escolher bons sistemas e técnicos. Tenho certeza de que essa jornada demandará um esforço extra de todos, mas depois que a aeronave aterrissar no destino com um motor mais moderno e econômico que o anterior, muitos voos poderão ser agendados para qualquer lugar do planeta com maia facilidade. Com tecnologia e inovação é possível voar longe.Gilmar Batistelaé CEO Global da Resource ITFonte: A nova era dos negócios digitais - Empreendedor
Inovação representa um novo paradigma no controle aduaneiro do País
Com a participação do secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, foi lançada, na sexta-feira (11), em São Paulo, a segunda fase do Programa Brasileiro de Operador Econômico Autorizado (OEA) Módulo Cumprimento, uma iniciativa da Receita Federal que deve beneficiar empresas brasileiras que serão certificadas por representar baixo risco em relação à segurança da carga e o cumprimento da legislação. “O Programa OEA é um passo importante dado pelo governo e pelo setor privado para melhorar o ambiente de negócios no país na medida em que facilita a vida dos empresários e confere maior transparência nos processos de comércio exterior”, comentou o secretário da Receita Federal, Jorge Rachid.O lançamento ocorreu durante o Seminário Internacional Projeto OEA: Compliance, organizado pelo Procomex – Aliança Pró-Modernização Logística de Comércio Exterior, promovido pela Receita Federal, com o apoio da CNI – Confederação Nacional da Indústria, e que reuniu aproximadamente 500 pessoas entre autoridades de aduanas de diversos países, representantes de organismos nacionais e internacionais e de vários segmentos do setor privado. “O Programa OEA representa um novo paradigma no controle aduaneiro no Brasil, pois além de reduzir a burocracia nos trâmites alfandegários de importação e exportação, diminui o tempo de tramitação na entrada e saída de mercadorias no País, reduz custos operacionais e propicia maior segurança logística nas operações de comércio exterior”, acrescentou o secretário da Receita Federal.Durante o Seminário, foi promovida uma solenidade especial para a entrega das Certificações OEA – Conformidade para 15 empresas que participaram do projeto-piloto do Programa. As empresas contempladas na lista das primeiras certificações dessa modalidade são: 3M, Basf, Bosch, CNH Latin America, Dell, Dow Química, Embraer, Farmoquímica, General Motors, IBM, LG Electronics, Samsung, TAM, Toyota e Volvo.As certificações foram entregues pelo secretário da Receita Federal e outros dirigentes da entidade, entre eles o subsecretário da Receita Federal, Ernani Checcucci; pelo diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI – Confederação Nacional da Indústria, Carlos Eduardo Abijaodi; o coordenador geral de Administração Aduaneira da Receita, José Carlos de Araújo, além do coordenador do Procomex, John Mein.Nos casos da Embraer, 3M e CNH, as empresas receberam ainda a Certificação OEA Pleno, pois também foram certificadas na modalidade Segurança. Também receberam a Certificação na modalidade Segurança, as empresas: UPS do Brasil, Hyundai Motor Brasil Montadora de Automóveis; e Suata Serviços Unificados de Armazenagem e Terminal Alfandegário, uma empresa do Grupo Localfrio.O Programa OEA, já adotado em 73 países, incluindo os principais parceiros comerciais do Brasil, permitirá que as empresas pré-autorizadas pela Receita Federal transitem sua carga – na importação e na exportação – com menos atraso decorrente das análises física e/ou documental da carga. “O Programa Brasileiro OEA deve mudar significativamente a forma como a Receita trabalha para que o Brasil se torne mais competitivo em relação ao comércio internacional”, afirmou John Mein, coordenador executivo do Procomex.A principal vantagem do Programa para o exportador será receber no país de destino, a partir dos Acordos de Reconhecimento Mútuo (ARM), o mesmo tratamento aduaneiro preferencial recebido no Brasil. “O Programa OEA traz mais segurança e reduz a burocracia, envolvendo também uma mudança cultural para as indústrias”, afirmou Carlos Eduardo Abijaodi, diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI – Confederação Nacional das Indústrias, que coordenou o primeiro painel do Seminário.Abijaodi destacou a importância do Programa, ao mencionar uma pesquisa, feita pela CNI com 600 empresas, apontando a burocracia alfandegária como segundo maior fator para o entrave do comércio exterior brasileiro. “Nesse sentido, o Programa OEA deve contribuir para aumentar a participação no comércio internacional do País”, comentou Abijaodi.Sem restrição quanto ao porte, as empresas terão de avaliar se farão os investimentos identificados na autoavaliação. Além das vantagens operacionais e econômicas para os agentes envolvidos no comércio exterior, o Programa OEA é algo que favorece também a atração de investimentos para o País, na medida em que confere maior transparência e confiabilidade nas transações de comércio exterior brasileiras.Além da atuação da Aliança Procomex, o projeto de implantação do Programa OEA contou com apoio da CNI e também da assessoria especial fornecida pela consultoria sueca KGH, empresa líder mundial no desenvolvimento desse tipo de mecanismo para aduanas. “O pacote de soluções desenvolvido pela Receita Federal do Brasil para a elaboração do Programa brasileiro é um dos melhores do mundo”, avaliou Lars Karlsson, presidente da KGH, que fez uma palestra no primeiro painel do Seminário.A meta da Receita é que, até 2019, 50% das operações de importação e de exportação do Brasil deverão ocorrer por meio de empresas habilitadas no Programa OEA. Para a RF, a partir de 2016 será essencial a integração de outros órgãos anuentes para que o programa esteja completo. “Nosso maior desafio ao desenhar o Programa foi compatibilizar facilidades para os trâmites alfandegários com a segurança necessária para as transações”, disse José Carlos de Araújo, coordenador geral de Administração Aduaneira da Receita Federal.O gerente de logística da Embraer, Claudenir Chamorro Pelegrina, fez um relato de como foi a implantação do Programa OEA na empresa. “Foi necessário um intenso trabalho de mudança cultural dentro da companhia para o sucesso da implementação do programa”, afirmou Pelegrina. O executivo informou que foram promovidos diversos cursos e treinamentos, que envolveram, no total, 700 funcionários. “Além disso, atualmente, todos os novos funcionários, ao entrarem na companhia, passam por um treinamento específico no Programa OEA”, relatou.O Seminário contou ainda com uma palestra internacional, proferida pela representante do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Sandra Corcuera Santa Maria, que abordou o tema Visão Geral do Programa OEA na América Latina e Caribe. “Para a América Latina e Caribe, o Programa cria uma aliança estratégica entre o setor privado e as Aduanas, que reforça a confiança entre os agentes que atuam no comércio exterior, que importante para a região, pois assim ela caminha em conformidade com a legislação internacional”, destacou Sandra.Num dos painéis, cujo tema tratado foi OEA Integrado, que contou com a moderação do presidente da Associação Comercial do Rio de Janeiro, Paulo Manoel Protasio, participaram Renato Agostinho da Silva, diretor de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC); e Tatiana Lipovetskaia Palermo, secretária de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).Para o representante do MDIC, um Programa como o OEA é recomendável para outras instâncias governamentais. “Tanto o OEA, quanto o Portal Único de Comércio Exterior, criado pelo ministério, são iniciativas com um elevado grau de complementaridade”, disse Agostinho. Avaliação semelhante tem a representante do MAPA. “O OEA vai nos proporcionar mais confiança. Temos também um projeto piloto no âmbito do Vigiagro, o Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional, que prevê a inspeção somente os itens que oferecem maior risco, de forma a simplificar e unificar as operações de comércio exterior”, explicou Tatiana.O seminário Receita Federal-Procomex foi encerrado com uma palestra do subsecretário da Receita Federal, Ernani Checcucci. “Entendo que o Programa OEA, que lançamos hoje em sua segunda fase, é um produto coletivo, que foi concebido e está sendo implantado junto com o setor privado. O que buscamos com ele é caminhar no sentido da conformidade. Quanto mais os processos de comércio exterior estiverem alinhados com a conformidade, mais fácil serão os trâmites, o que ajuda na evolução da Receita do estágio de punir e penalizar. Nosso objetivo é intervir cada vez menos no processo de comércio exterior”, enfatizou Checcucci.John Mein, coordenador do Procomex, ao encerrar o evento, enfatizou que o seminário foi um sucesso, pois atraiu a atenção de empresários e executivos que atuam no comércio internacional, profissionais e especialistas em comércio exterior, além de entidades e lideranças empresariais e de órgãos públicos ligados ao segmento. “O evento foi a grande oportunidade para que todos esses profissionais e lideranças envolvidos com comércio exterior e sistemas de aduanas a se atualizarem sobre as particularidades do Programa Nacional OEA”, assinalou.Fonte: Receita lança programa para melhorar ambiente de negócios no país - Empreendedor
Programa insere milhares de jovens entre 14 e 17 anos no mercado de trabalho
Para Patrícia, o dia a dia da empresa a ajudou a decidir o que realmente gosta de fazer - Foto: Salmo Duarte / Agencia RBS
Em busca de independência financeira e experiência ainda na adolescência, o jovem têm ingressado no mercado de trabalho cada vez mais cedo. Em Joinville, dados doSistema Nacional de Emprego (Sine) apontam que, do total de carteiras de trabalho confeccionadas por mês, pelo menos 50% são destinadas a jovens entre 14 e 17 anos. Faixa etária que, hoje, é a maior contemplada pelo Programa Jovem Aprendiz, responsável por inserir mais de quatro mil jovens entre 14 e 24 anos no mercado de trabalho da região, sendo 40% deste total em áreas da indústria joinvilense.– As portas de entrada para a indústria são várias, mas o que realmente atrai o jovem é que todas as empresas buscam profissionais dispostos a crescer e a experiência não é requisito fundamental, pois fornecer essa experiência é justamente o papel delas – explica Isabelle Christina Dutra, consultora de recursos humanos.Com a proximidade do fim do ano, empresas de Joinville começaram os processos seletivos para a contratação desses jovens, que desde o ano 2000 contam com o suporte da lei trabalhista para ingressarem no primeiro emprego na condição de aprendiz em todo o Brasil. De acordo com a legislação, empresas de médio e grande portes devem assegurar a reserva de, no mínimo, 5% das vagas para os aprendizes. Ao ser contratado nesta condição por uma dessas empresas, o aprendiz é preparado, por meio de aulas teóricas e práticas, em conformidade com as atividades desenvolvidas na organização.– Se pelo menos metade das empresas cumprir a cota mínima exigida por lei, o potencial de contratação de menores aprendizes alcançaria mais de 27 mil catarinenses inseridos no mercado e adquirindo experiência – explica.Em setembro deste ano, a Embraco, de Joinville, foi um dos destaques na pesquisa realizada pela Cia. de Talentos, maior consultoria de recursos humanos da América Latina, que apontou quais eram as empresas dos sonhos dos jovens brasileiros. Para a coordenadora do Programa Jovem Aprendiz da Embraco, Tatiane C. Silva, a preferência é reflexo do programa de desenvolvimento que a empresa adotou com os aprendizes, que os coloca em contato direto com o mercado.– O jovem passa a fazer parte da força orgânica da empresa. Participa dos processos, estreita relações, desenvolve talentos e consegue usar a experiência interna para balizar suas escolhas para o futuro, para a formação profissional – explica.Para Tatiane, o investimento reverte-se em benefícios a ele, à empresa e à sociedade.– No futuro, o jovem pode ser alocado em novas funções e cargos, reduzindo processos seletivos.Oportunidade para encontrar o seu lugarPatrícia dos Santos teve seu primeiro contato com a Embraco neste ano, quando venceu as etapas do processo seletivo e passou a fazer parte do quadro de funcionários da multinacional como jovem aprendiz. Em poucos meses, tornou-se parte vital dos processos do setor de manufatura internacional, a integrante favorita da equipe e a responsável por otimizar um processo que, anualmente, deve poupar R$ 2 milhões em gastos para a empresa.– Acho que da mesma maneira que todos os jovens que chegaram aqui comigo, eu fui aos poucos encontrando meu lugar e descobrindo o que eu gostava de fazer. Viver a indústria, conhecer os processos e conviver com pessoas cheias de experiência me ajudaram a achar o meu caminho – diz a adolescente, que foi aprovada no vestibular para a faculdade de engenharia de produção.Ela conta que o desafio de conciliar o estudo e a experiência de trabalho ajuda o aprendiz a valorizar o tempo dentro da empresa e aproveitar o espaço para tirar o máximo do dia a dia.
Três companhias ficarem em primeiro nas categorias do ranking Great Place To Work, que escolhe as com melhor ambiente de trabalho
Way2 foi eleita a melhor na categoria pequena empresa e também foi destaque como a melhor no setor de Serviços - Foto: Antônio Rossa / Divulgação
Três empresas se destacaram e conseguiram ficar nas primeiras posições do ranking dos melhores lugares para se trabalhar em Santa Catarina. A pesquisa é realizada pela Revista AMANHÃ e o Instituto Great Place To Work (GPTW) e lista os ambientes de trabalho mais atrativos do Estado com base no nível de confiança dos funcionários em cinco fatores:: credibilidade, respeito, imparcialidade, orgulho e camaradagem.Veja o que tem a dizer e o que fazem as três companhias que venceram nas categorias pequena, média e grande empresa. Um dos pontos em comum entre as três é o espaço para escutar e construir de forma colaborativa soluções para os problemas internos.A Way2 - 1ª na categoria Pequena EmpresaAutonomia, colaboração, recursos para capacitação e uma infraestrutura dignas das inovadoras empresas do Vale do Silício (EUA) são alguns dos quesitos que levaram a Way2, empresa de software e serviços para o setor elétrico, com sede em Florianópolis, a conquistar o primeiro lugar em Santa Catarina na categoria pequena empresa.Mais do que as opções de lazer e descontração oferecidas para os colaboradores (como fliperama, mesas de pebolim e poker, café expresso gourmet e chopeira para os happy hours de sexta), o foco da empresa é prover uma gestão cooperativa e horizontalizada, com equipes autônomas, maduras e responsáveis.Antes de ser efetivado, qualquer candidato da empresa passa por um período de imersão e integração com a equipe, que define ou não a contratação do novo colega.— A característica que mais valorizamos é o equilíbrio entre os aspectos técnicos e comportamentais do profissional — explica André Carlucci, diretor de tecnologia da empresa.Hoje a empresa tem 54 funcionários, contra 36 em 2014. Em meados de 2015, a Way2 inaugurou nova sede em uma área do Centro de Inovação ACATE Primavera. Além de ter vencido na categoria pequena empresa, foi considerada no ranking a melhor do setor de Serviços.A Resultados Digitais - 1ª na categoria Média Empresa
Resultados Digitais também tem uma série de áreas de lazer para os funcionários dentro da empresa - Foto: Diorgenes Pandini / Agencia RBS
A Resultados Digitais, criadora do RD Station, um software para gestão e automação de marketing online, é a melhor empresa de médio porte para se trabalhar em Santa Catarina. No ano passado, quando a equipe era formado por 88 colaboradores, a conquista foi na categoria pequena empresa. Em 2015, são mais de 200 pessoas na equipe, chamados internamento de RDoers.— A estratégia que tivemos foi reforçar as iniciativas que proporcionam aprendizagem, crescimento e clima descontraído, destaca o CEO Eric Santos.A empresa é recente. Foi fundada em 2011 em Florianópolis. E um dos principais diferenciais da empresa na gestão de pessoas é o Culture Code, criado em 2014 de maneira coletiva para apresentar os comportamentos mais valorizados:— Destacamos a colaboração, o ensinar o que se sabe, proatividade, agilidade e foco no cliente externo e interno como o fundamental para construir um bom ambiente de trabalho — resume Ana Rezende, responsável pela área de talent management.As ações foram de ponta a ponta na hierarquia da empresa, passando desde treinamento para desenvolvimento de líderes (uma imersão de quatro dias, do CEO à coordenação, para alinhar papeis, conceitos e comportamentos de liderança) a reestruturação do programa interno de recrutamento (RD Rotation) até o lançamento de seleção de estágio, chamada Vale do Início, voltada a universitários.A Viacredi - 1ª na categoria Grande Empresa
Viacred é a veterana da lista, com 64 anos de atuação, na região do Vale do Itajaí como cooperativa de crédito - Foto: Divulgação / viacred.coop.br
A empresa é uma veterana na comparação com as outras duas ganhadoras. Foi criada há 64 anos em Blumenau. A Viacredi, Cooperativa de Crédito Vale do Itajaí, é uma instituição financeira, organizada sob forma do cooperativismo. Com isso, seus clientes acabam sendo, na verdade, 350 mil cooperados. O alto número acontece mesmo a empresa tendo sua área de atuação concentrada apenas no Vale do Itajaí.— Ano passado tínhamos ficado em terceiro lugar entre as grandes empresas, na primeira vez participamos. Então, a diretoria levou muito a sério o que foi apontado pelos colaboradores como necessidade de melhoria e fizemos um plano de ação contínuo — conta Sheila Teston, gerente de gestão de pessoas da Viacredi.Para a gerente, foi esse processo que fez com que a Viacredi melhorasse muito sua nota na pesquisa. Também foi a ação que acabou levando ao resultado desta terça-feira, comemorado pela empresa que, no dia 26 de novembro de 195, foi fundada por por 21 funcionários da Companhia Hering, liderados pelo então presidente da empresa, Ingo Hering.Ele queria incentivar os funcionários da empresa a pouparem dinheiro, como uma forma de conseguirem adquirir suas casas próprias. Ficou durante 16 anos à frente da cooperativa acumulando a função de presidente. Hoje, a Viacredi tem 1247 colaboradores.— O que a gente faz muito aqui é ouvir o colaborador: temos pesquisa de clima, avaliações do atendimento que funcionários recebem das áreas administrativas, sempre pontuando se estamos indo bem ou não. Essa é uma prática constante — diz Sheila.
Novos prazos serão estabelecidos para a liberação do funcionamento de empresas na cidade
Dono da Colchões Center é um dos empreendedores que esperar se beneficiar do novo projeto - Foto: Rodrigo Philipps / Rodrigo Philipps
De olho em uma tendência global de virtualização dos processos burocráticos para a emissão e manutenção de documentos oficiais, um projeto de lei encubado pelaPrefeitura e pela Associação de Joinville e Região da Micro, Pequena e Média Empresa (Ajorpeme) deve entrar em vigor nos próximos dias, assim que for sancionado pelo prefeito Udo Döhler. A Prefeitura ainda não fixou uma data para isso ocorrer.
O objetivo, entretanto, está bem definido: diminuir a burocracia e o tempo de espera para abertura de empresas. De autoria do vereador Dorval Pretti (PPS), o projeto altera a lei municipal 414/2014 sobre o registro de pessoas físicas e jurídicas e o processo eletrônico de concessão do alvarás. Assim, novos prazos serão estabelecidos para a liberação do funcionamento de empresas em Joinville.— A cidade já perdeu grandes investimentos por causa da burocracia e das dificuldades na obtenção de licenças. A BMW é um dos exemplos mais gritantes. Esse projeto nasceu para otimizar processos e tirar Joinville da lista de cidades que afugentam o empreendedor pela dificuldade de abrir um negócio — afirma a presidente da Ajorpeme, Silvana Fioravanti.A partir da sanção do projeto de lei, as novas licenças serão inclusas em três categorias: baixo, médio e alto grau de risco, com prazos de liberação de alvarás que variam de 15 a até 40 dias, para os casos mais complexos. A ideia, segundo o projeto, é informatizar o processo e diminuir o número de vezes que o empreendedor precisa ir, pessoalmente, aos órgãos públicos.Outra meta é colocar Joinville entre as cidades brasileiras que praticam avirtualização dos processos e têm suas bases de dados integradas com órgãos públicos federais e estaduais e que se relacionam com a formalização de pessoas jurídicas no País.O projeto é baseado no estudo elaborado pelo comitê permanente de desburocratização, composto por representantes de entidades contábeis e de órgãos públicos ligados a abertura de empresas.— Entre janeiro e julho, técnicos do comitê reavaliaram todos os aspectos legais e os fluxos dos processos de abertura de empresas. Foi um estudo minucioso, que teve a participação de órgãos da polícia e entidades de classes. Isso resultou em um entendimento uniforme das autoridades quanto ao grau de risco do estabelecimento e da atividade econômica — diz Silvana.Alvará em 30 diasO comerciante Tironi Meier, dono da Colchões Center, é um dos empreendedores de Joinville que espera se beneficiar do novo projeto. Isso porque, apesar da capacidade para ampliar o negócio, Tironi tem esbarrado na burocracia para conseguir expandir a empresa.— É complicado. Temos uma realidade onde existe capital e disposição para a ampliação, mas o excesso de burocracia e a falta de uma tabela de prazos e de cobranças mais atualizadas fazem a gente pensar duas vezes antes de investir forte — explica.Joelma Fernandes, enfermeira e especialista em saúde ocupacional, conta como enfrentou uma espera de dois meses para conseguir uma licença em Joinville. A ideia era abrir uma clínica especializada na saúde das mãos e, durante o processo, ela quase desistiu da ideia ao se deparar com as dificuldades burocráticas.Conforme previsto no novo modelo para abertura de empresas, toda a parte de regulamentação teria ficado pronta em, no máximo, 30 dias.— O tempo de espera sempre faz o empreendedor pensar duas vezes antes de seguir em frente. A gente quer formalizar a nossa atividade, colocar tudo dentro da lei e tinha de esperar meses, tudo isso num cenário econômico instável. Com esse novo modelo, vai ser uma injeção no desenvolvimento econômico regional — afirma.Como é a divisão de riscos para abrir uma empresa-Atividade econômica de baixo grau de risco I: é a atividade desenvolvida sem a necessidade de estabelecimento físico e que não implique na comercialização de produtos ou prestação de serviços regulados pelo Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS) ou esteja obrigado ao licenciamento ambiental cuja indicação constará no documento de permissão para exercício de atividade.- Atividade econômica de médio grau de risco II: é a atividade econômica não classificada como de alto grau de risco (grau III), cujo alvará de localização e permanência será concedido nos termos da lei, observadas as disposições da lei complementar nº 84/2000, no que couber.- Atividade econômica de alto grau de risco III: é a atividade econômica que apresenta nível de perigo à integridade física, à saúde humana, ao meio ambiente e ao patrimônio, disciplinadas por intermédio de resolução expedida pelo comitê permanente de desburocratização, assim entendidas: 1) relacionadas aos estabelecimentos de espetáculos, shows e diversões noturnas; 2) relativas a materiais inflamáveis, explosivos, radioativos etc; 3) que impliquem em aglomeração de pessoas.
Conheça 12 opções de franquias para jovens empreendedores
Foto: ShutterstockDe acordo com a primeira edição da pesquisa nacional 'Perfil do Jovem Empreendedor Brasileiro', da Confederação Nacional dos Jovens Empresários, a maioria dos jovens que empreendem no País tem de 26 a 30 anos, são do sexo masculino e possuem curso superior completo.Pensando nisso, preparamos uma lista com 12 opções de franquias indicadas para jovens empreendedores. As informações foram fornecidas pelas empresas. Confira:1.Park IdiomasA Park Idiomas é uma escola de ensino de línguas que está presente em São Paulo, Minas Gerais, Distrito Federal e Paraná. Segundo a rede, quase 50% dos franqueados têm menos de 35 anos e isso demonstra que a empresa precisa muito empreendedores com esse perfil.Investimento total: de 105 mil a 240 mil reais
Faturamento médio mensal: de 50 mil a 90 mil reais
Retorno do Investimento: até 24 meses2. Chicken-inFundada em 1967, a rede de restaurantes Chicken-in voltou ao mercado de franquias esse ano. A Chicken-in afirma que tem uma identidade com jovens empreendedores pelo dinamismo e produto que a franquia disponibiliza.Investimento total: 300 mil reais
Retorno do Investimento: de 12 a 24 meses3. Guia-se Negócios pela InternetCom investimento baixo e possibilidade de trabalhar em casa através da internet, a rede de franquias tem afinidade com jovens empreendedores. A empresa oferece serviços como criação de sites, lojas virtuais e anúncios no Google. Não há necessidade de gastos com a montagem de ponto fixo ou com funcionários para quem for trabalhar em casa.Investimento total: a partir de 25,9 mil reais4. Casa do ConstrutorA Casa do Construtor é uma franquia especializada em locação de equipamentos para construção civil com 22 anos de mercado. Cerca de 30% do total dos franqueados são jovens empreendedores com, em média, 30 anos.Investimento total: de 550 mil a 775 mil reais
Faturamento médio mensal: 75 mil reais
Retorno do Investimento: de 24 a 36 meses5.On Byte Formação Profissional
A On Byte desenvolve cursos profissionalizantes e de informática através de um sistema de ensino interativo. A rede possui 80 escolas espalhadas pelo Brasil e tem um elevado número de jovens à frente do negócio: 45% dos franqueados têm até 35 anos. A marca se identifica com os jovens empreendedores por 3 fatores: estar ligada à tecnologia, exigir baixo investimento e grande vontade de crescer.Investimento total: 5 mil reais
Retorno do Investimento: 4 meses6. WEST 1Com operação em 5 cidades no Brasil e 4 na Austrália, a WEST 1 oferece serviços de programas de intercâmbio para a terra dos cangurus e para a Nova Zelândia. A empresa se identifica como uma agência jovial, por manter um tratamento informal e próximo ao estudante.Investimento total: de 80 mil a 180 mil reais
Faturamento médio mensal: 40 mil a 160 mil reais
Retorno do Investimento: de 18 a 28 meses7. 5àsecA rede de lavanderias 5àsec possui hoje mais de 400 unidades no Brasil e no mundo. Segundo a marca, o modelo de negócio da 5àsec é voltado para pessoas independentes e, além disso, a empresa tem muitos clientes jovens.Investimento total: de 380 mil a 525 mil reais
Faturamento médio mensal: 45 mil a 150 mil reais
Retorno do Investimento: 44 meses8. Concretta
A rede de franquias de escolas de cursos profissionalizantes Concretta tem cerca de 30% de franqueados com idade inferior ou igual a 30. A empresa possui quatro modelos de franquias, com investimento inicial que varia entre 36 mil e 380 mil reais.Investimento total: de 36 mil a 380 mil reais
Retorno do Investimento: a partir de 6 meses9. DocSystemA rede de franquia DocSystem, que desenvolve soluções de gestão para empresas, tem hoje mais de 100 franquias no Brasil. A marca diz que, por atuar na área de tecnologia e trabalhar com modelos de microfranquias, atrai empreendedores mais jovens.Investimento total: a partir de 7 mil reais
Retorno do Investimento: De 5 a 10 meses10. LouytA Louyt é uma rede de franquias que reúne a experiência de três empresas de tecnologia que busca ser referência em Mobile Marketing no mundo. A marca afirma buscar um perfil de franqueado jovem porque ele tende a se adaptar facilmente às novas tecnologias.Investimento total: 15 mil reais
Retorno do Investimento: 6 meses11.Gracom
A escola de efeitos visuais Gracom oferece cursos para capacitar profissionais em áreas como Games e 3D. De acordo com a empresa, 40% dos franqueados têm entre 21 e 30 anos.Investimento total: 250 mil reais
Retorno do Investimento: 12 meses12. Croasonho
A Croasonho é uma rede de franquias especializada em croissants que conta com 68 lojas em 14 estados. Segundo a empresa, a marca possui uma grande empatia entre os jovens empreendedores.Investimento total: a partir de 400 mil reais
Retorno do Investimento: de 24 a 36 mesesFonte: 12 opções de franquias para jovens empreendedores