As histórias de pessoas e empresas que encontraram na crise econômica do país uma oportunidade de negócio.Por causa da recessão, muitos empresários e empresas estão optando por deixar endereços próprios para migrar para lugares coletivos de trabalho. Com isso, os chamados espaços de escritórios virtuais e coworking não param de crescer.Vale a pena assistir!https://youtu.be/vUYiqbNXwgIFonte: Mundo SA
O número de escritórios compartilhados no Brasil cresceu 50% entre 2015 e 2016
O número de escritórios compartilhados que se definem como coworking somam quase 400 no Brasil, um crescimento de mais de 50% entre 2015 e 2016, de acordo com o último censo feito pelo CoWorking Brasil, projeto que reúne informações do setor.Para além da infraestrutura, da comodidade e do custo (geralmente mais baixo do que manter um escritório próprio), outras grandes forças impulsionam esses lugares como o ambiente ideal para multiplicar ideias, contatos e novos negócios: os eventos formais e informais (que estimulam a troca de aprendizado em sessões de mentorias) e o espírito de colaboração entre os residentes (é comum que um futuro parceiro de negócios esteja sentado na mesa ao lado).Para se ter uma ideia do dinamismo encontrado em um ambiente desses, 780 eventos foram feitos durante o primeiro ano de operação do Cubo (um dos maiores do país, em São Paulo, capitaneado pelo banco Itaú e o fundo Redpoint eventures). No Google Campus São Paulo, a lanchonete instalada no local serve mais de 1270 cafés expressos e 700 pães de queijo por mês.
VEJA ABAIXO OS DADOS DIVULGADOS PELO CENSO 2016.
EVOLUÇÃO DE COWORKINGS NO PAÍS
Embora o crescimento deste tipo de espaço esteja crescendo, boa parte ainda está concentrado em grandes cidades das regiões Sudeste e Sul. Faz algum sentindo. Os coworkings tendem a ficar localizados em áreas centrais, onde a diversidade e a densidade de pessoas são naturalmente mais altas, ao contrários de outros clusters que agrupam empresas em zonas industriais ou áreas suburbanas. Por outro lado, o dado mostra uma enorme possibilidade de empreender com esse tipo de negócio em outras regiões do Brasil.
13.800 é o número total de coworkings em todo o mundo
30% foi quanto cresceu o número de coworkings no mundo entre 2015 e 2016
52% foi quanto cresceu o número de coworkings no Brasil entre 2015 e 2016
R$800 por pessoa/mês. É o preço médio do aluguel nas capitais
VEJA ABAIXO OS DADOS DIVULGADOS PELO CENSO 2016 - POR ESTADO
2015 (AZUL) 20116 (LARANJA)
+10.000 posições de trabalho / 57 usuários, em média, por escritório /494 salas de reuniões
840 salas privadas / 53 Espaços funcionam 24 h por dia / 26% são pet friendly
FONTES DE RECEITA
A maioria dos coworkings ganha dinheiro alugando salas e mesas de trabalho para empreendedores, profissionais liberais, freelances e empresas que precisam de espaço flexível. O preço médio cobrado por pessoa nas capitais, fica em R$800 mensais. Em geral, o valor varia conforme o período de contrato (12 meses, seis meses, três meses ou diário). Outros serviços podem estar inclusos, como secretária, limpeza e estacionamento. Alguns ambientes dispõem de salas de reuniões alugadas por hora e de anfiteatro para eventos.
PERFIL DE QUEM TRABALHA NO COWORKING
Os escritórios compartilhados inicialmente foram ocupados por startups e profissionais ligados às áreas de internet, tecnologia e indústria criativa (consultorias, agências de marketing e negócios sociais). Porém, o mercado vem criando nichos de todos os tipos. Já existem coworkings específicos para advogados, dentistas, empresas de moda e negócios que demandam estoque físico de mercadorias (storage).
PERFIL DE QUEM TRABALHA NO COWORKING
ELES VEEM VANTAGENS NO FORMATO...
82% acreditam que o ambiente compartilhado oferece ótimas oportunidades de networking
76% acreditam que o coworking é o ambiente ideal para o crescimento
...MAS TAMBÉM TÊM QUEIXAS
66% acredita que os ambientes não são formais o suficiente para receber clientes
52% acreditam que o ambiente não é adequado para reuniões com a equipe
64% reclama da pouca privacidade no ambiente compartilhado
60% diz que a velocidade da internet é um obstáculo para os negócios
51% temem que documentos sensíveis e confidenciais possam ser lidos por outras empresas que trabalham no mesmo ambiente
Palestrante de grandes eventos, Ana Tex também defende que o bom empreendedorismo foi a forma encontrada pelo brasileiro para vencer a corrupção
Começar o próprio negócio é um grande desafio para o empreendedor e o fundamental é concentrar a atenção nas redes sociais. “Se tudo acaba na sua timeline, por que engendrar negócios ignorando essas redes que estão conectando mais de 90 milhões de usuários somente no Brasil?” Esse é o recado que a empreendedora, palestrante e consultora em marketing digital, Ana Tex, tem transmitido em suas conferências pelo país.Como presença constante em grandes eventos, ela é considerada uma das principais autoridades em novas mídias e novas tecnologias. Nesta entrevista, ela afirma que o aumento das iniciativas empreendedoras não decorre só do desemprego, mas principalmente da evolução da internet. Ana comenta a ação inovadora do empreendedor brasileiro e de sua vontade de não depender do governo.O desemprego vem crescendo e as iniciativas empreendedoras também. Isso veio para ficar ou só vai durar até o controle da crise econômica?Ana Tex – Eu acredito que essas iniciativas empreendedoras não surgiram apenas por conta da crise, mas também por conta da evolução da internet. As pessoas estão começando a se dar conta de que, com a internet e as redes sociais, é possível atrair o público certo.Assim como a internet e a cultura das redes sociais vieram para ficar, essa nova forma de se fazer negócio também. Não tem mais volta. Tanto que o Instagram e Facebook, por exemplo, já estão investindo em novas ferramentas para esse tipo de usuário.Então, é uma junção das coisas: tanto a questão da crise, que no caos as pessoas têm de se reinventar, e também porque, intuitivamente, os empreendedores já viram que usar a internet para promover um negócio dá certo. Antes era muito caro fazer marketing e propaganda, mas as novas mídias possibilitam se divulgar de uma forma mais barata e funcional.Qual o perfil do empreendedor que pode dar certo no mercado mais restrito de agora?O perfil do empreendedor que pode dar mais certo hoje é o inovador, perspicaz. Aquele que compreende nos tempos atuais, com a internet e as novas mídias, é preciso reinventar seu negócio e atrair pessoas. Esse é o perfil de inovação. Talvez hoje, para muitas pessoas, a internet não seja uma grande novidade, mas a forma de utilizar para negócio, sim.Nas suas palestras, a senhora tem vinculado o sucesso do negócio ao uso das redes sociais. Como funciona isso?Onde tem público, onde tem pessoas, tem oportunidades. E as redes sociais é uma realidade na qual as pessoas estão ali para conversar, trocar ideias, e até mesmo para tirar dúvidas sobre produtos e serviços. Então, se as pessoas estão trocando ideias com amigos, familiares e outras que eles se identificam e comunidades com as quais fazem parte, as marcas e empresas também devem estar.Eu falo que o sucesso dos negócios não depende 100% das redes sociais, mas elas podem ajudar muito. No marketing de massa, investe-se muito dinheiro para acertar o público. Na internet, é possível realizar um marketing mais direcionado, investindo menos e, consequentemente, atrair as pessoas certas. Nas minhas palestras, cursos e mentorias, eu mostro o caminho para se conquistar esse público-alvo. Ensino técnicas e estratégias para isso.
Qual o segmento de negócio que a senhora aconselharia neste momento econômico?Em minhas palestras e cursos eu costumo dizer que qualquer negócio pode ganhar mais visibilidade com a internet e as redes sociais. O trabalho do marketing digital não está restrito a um segmento específico, mas pode ser adaptado a diferentes nichos do mercado. E foi exatamente isso que eu fiz (e estou fazendo). Estudo cada nicho para ensinar meus clientes e alunos de uma forma mais específica. Comecei com curso mais amplo, mas hoje já ofereço cursos e treinamentos para empreendedores nos segmentos como moda, educação, coach, fotografia, saúde, casamento, arquitetura e design, imobiliário, fitness, beleza, pet e até artesanato. Você tem algo para vender? Então tem alguém para comprar. Com a internet, conecta-se vendedor/serviço ao consumidor. O segredo é estudar cada mercado e o seu consumidor.A superação gradual da crise econômica, prevista já a partir deste ano, pode mudar o perfil do empreendedor que está começando no mercado?O empreendedor que está no mercado, que sobreviveu no mercado em meio a crise, já está com “machado afiado”. Ele teve que ter muito esforço para continuar. Teve de inovar muito, teve que ver, conhecer alternativas para dar certo. Então essa pessoa, com certeza, terá ferramentas e conhecimento para ficar muito bem agora, com a superação da crise. Essa pessoa já passou pelo pior.Agora, para as pessoas que pretendem empreender, terão um “mar” de oportunidades. Porém, será que elas testaram todas as inovações? Será que vão estar tão preparadas quanto um empreendedor que passou pela crise?Como a senhora classifica as startups neste momento em que a abertura de novos negócios vai virando uma tendência de mercado?Eu acredito que a cultura de startups no país tem que evoluir mais. O Brasil está se reerguendo, então, para muitos investidores, investir em empresas inovadoras e de tecnologia pode causar insegurança, até mesmo porque é uma nova cultura de mercado que está se firmando.Tivemos algumas promessas grandes no país que não deram certo, portanto o mercado acaba desconfiando de projetos embrionários.Como o empreendedorismo vai reunir forças para superar o atraso causado pelos maus políticos e pela corrupção?Na verdade, o Brasil é um país que sempre foi difícil para o empreendedor, até mesmo por conta dos impostos e da corrupção. Mesmo assim, é um país muito empreendedor, porque a mente das pessoas é naturalmente empreendedora, criativa. A todo instante, o país tem de se reinventar, tem de reunir forças para se superar. O que aconteceu recentemente com a corrupção no Brasil não é muito diferente com o que já acontecia antes. A única diferença é que foi revelado e está sendo investigado e punido. Ou seja, o brasileiro sempre teve de se reinventar, não tem jeito. Esse perfil empreendedor é característico do brasileiro e é dessa forma que ele consegue se reerguer e crescer. É dessa forma que ele deixa de depender do governo, pois a educação é ruim, a saúde é ruim. Então empreender foi a forma que o nosso povo arrumou para conseguir crescer. Diferente dos países europeus, como Portugal, por exemplo. Lá, a saúde é boa e a educação também. Por isso, as pessoas não têm um perfil tão empreendedor, não se mobilizam tanto para conquistar.Fonte: Empreendedor
Ele criou um boulevard que compartilha até ofurô em São Paulo
Como o designer Wolfgang Menke, 37 anos, surfou na onda do coworking e sobreviveu à crise criando o seu shopping colaborativo, que já fatura R$ 800 mil
Evento realizado no boulevard do House of All, em Pinheiros: conceito de laboratório de consumo atraiu grandes marcas (House of All/Divulgação)
O designer Wolfgang Menke, 37 anos, surfou na onda dos escritórios de coworking desde o início, em 2013. Mas quando 13 empreendedores abriram espaços semelhantes ao seu em um raio de 500 metros, ele já havia conseguido transformar o que seria apenas um espaço de compartilhamento de estações de trabalho em um boulevard da economia colaborativa.Localizada em Pinheiros, na zona oeste de São Paulo, a holding House of All é composta por quatro casas, criadas em três anos: a House of Work (espaço de compartilhamento de estações de trabalho inaugurado em outubro de 2013), a House of Food (que aluga uma cozinha industrial para chefs e cozinheiros amadores aberta em novembro de 2014), a House of Bubbles (que compartilha guarda-roupa e lavanderia em sistema de assinatura desde abril de 2015) e a House of Learning (que começou a alugar salas para palestras e cursos em novembro de 2015). A House of Work tem até um ofurô que pode ser compartilhado pelos usuários do espaço.
O início
Menke largou seu cargo de diretor de criação em uma agência de publicidade para empreender. Inicialmente pensou em criar um coletivo de designers para continuar a fazer projetos para clientes, mas com estrutura mais leve e maior flexibilidade, sem “espremer fornecedores e tirar mais dinheiro dos clientes” para manter a rentabilidade, como nas agências.Em 2013, quando o Brasil pré-Copa e Olimpíadas estava “bombando”, resolveu seguir a dica de um gringo que abrigava em sua casa pelo Airbnb, o mais famoso site de compartilhamento de quartos: ele disse a Menke que faltavam espaços em Pinheiros para trabalhar.Decidiu abrir um coworkingboutique, “pequeno e bom”, para no máximo 30 pessoas. Em três meses, o espaço estava lotado, e o investimento inicial se pagou no segundo mês.“Estava projetando atingir o equilíbrio do negócio apenas depois de 18 meses. Cheguei a ter 54 pessoas na fila de espera”, conta. Menke acredita que o timing foi essencial, assim como o pioneirismo na região (o bairro era carente de espaços como esses).
O designer Wolfgang Menke, 37 anos (House of All/Divulgação)
Reinvenção e sobrevivência à crise
Quando os concorrentes vieram, os preços se tornaram promocionais, e Menke retirou mimos do espaço, como a cerveja grátis. A crise também veio, e o Brasil deixou de ser o queridinho dos estrangeiros. Mas, antes disso, Menke aproveitou uma oportunidade.Ao lado do imóvel da House of Work, um armazém estava falindo e iria deixar a sala vaga. “Pensei em expandir o coworking. Mas os proprietários do armazém disseram que só poderia comprar o imóvel se adquirisse junto os móveis da cozinha e aparatos. Pensei: por que não aplicar o mesmo conceito de compartilhamento em uma cozinha industrial? Nasceu o House of Food.”Menke buscou especialistas, conversou com chefs e percebeu que muitos empreendedores que tinham food trucks precisavam de uma cozinha homologada para fazer o pré-preparo dos alimentos. Além disso, chefs mostraram interesse em usar o espaço para realizar testes de novos pratos.“Abrir um restaurante é complicadíssimo. Vi que cozinheiros amadores poderiam testar o negócio no espaço antes de investir pesado em um local próprio”.Deu certo. Hoje, o House of Food é o que mais fatura na holding. Desde o início, o empreendedor sabia que se tivesse apenas o coworking estava fadado a desaparecer.“Imaginei que o conceito de compartilhamento começaria a ser tão difundido que uma hora os próprios usuários do espaço iriam dividir o aluguel de imóveis. A necessidade de ter um facilitador como eu iria desaparecer”. O jeito encontrado por Menke para sobreviver foi reunir valor ao redor do espaço.Menke acredita que o crucial para o negócio sobreviver durante a crise no país foi ter evoluído de um espaço de compartilhamento para um laboratório de consumo. Essa característica conseguiu atrair grandes marcas, como Heineken, Diageo e Nike, com as quais a House of All contratos de até seis meses.“Muitas delas colocam seus produtos na cozinha da Food ou no guarda-roupa da Bubbles e conseguem saber quais produtos vendem mais e como investir melhor em marketing a partir desta informação. Conseguem ser mais certeiras ao realizar testes nos espaços”. A ideia é continuar a criar conteúdo a partir dos testes realizados na casa.Caso amanhã apareça um aplicativo de compartilhamento de roupas, por exemplo, Menke não acredita que irá decretar a morte de parte do seu negócio. “Podemos sempre realizar parcerias. Acreditamos que seja importante ter um espaço físico para experimentar os produtos”.
Franquias e modelo de expansão
Desde o começo do negócio, surgiram interessados em fazer parcerias e a House of All foi expandindo no formato de franquias. Atualmente, o grupo tem uma filial da House of Food no Rio de Janeiro e outra em Belo Horizonte, além de uma House of Bubbles e uma House of Learning também no Rio.No ano passado, o grupo já faturou 800 mil reais e já chegou a realizar eventos para 12 mil pessoas. O próximo passo é abrir até o final do ano, em um segundo ponto de São Paulo, no bairro do Tucuruvi, uma House of All com os quatro negócios integrados.“É um projeto antigo que tenho de levar o conceito para a periferia da cidade que, finalmente, será concretizado”, diz o empreendedor. Para viabilizar o projeto, Menke teve de dar alguns subsídios e levar patrocínio para a franquia.Com o tempo, Menke viu que o negócio ganharia maior potencial se reunisse todos os quatro espaços em um só, como em Pinheiros. “É dessa forma que vamos formatar as próximas franquias”.O empreendedor já lançou um pacote que permite que clientes usem todos os serviços oferecidos por cada espaço, tanto em São Paulo como nos outros estados.“O modelo está em constante mutação. Estamos sempre realizando ajustes. Acredito que foi isso que fez com que a gente sobrevivesse à crise que atinge o país agora”.A House of Bubbles foi inaugurada no ápice do negócio e atraiu parcerias com diversas marcas. Depois, a House of Learning foi criada como um meio de atrair capital intelectual e aumentar a reputação do negócio. Isso porque Menke reúne pessoas também para iniciar projetos. O expediente não se encerra nas casinhas de Pinheiros, explica.“Quando vem alguém bacana dar uma palestra na casa, eu indico para contatos que tenho em grandes empresas. Assim como já chamei chefs que participam da House of Food para fazer eventos. Todos ganham com isso”.O próximo passo, diz Menke, é ter casas também no exterior. “A economia no Brasil é instável. Ter um pé lá fora daria estabilidade ao negócio. Estrangeiros me disseram que se eu consegui manter o negócio com um conceito inovador neste cenário turbulento no Brasil , lá fora, onde já é mais difundido, eu certamente consigo também”.Menke tem como sócios apenas os franqueados. A holding continua sob seu controle. “Preferi deixar o pior da crise passar para evitar de ver parceiros vendendo a sua participação do negócio para outras pessoas, que talvez não fossem tão engajadas. Agora que mostrei que o negócio é sustentável, esta pode ser uma forma de crescer”.Fonte: Empreendedor
A Automattic, que gerencia a plataforma WordPress, anunciou o fechamento de seu belíssimo escritório em São Francisco. A empresa de tecnologia há algum tempo oferece a opção de trabalho remoto a seus funcionários (já falamos sobre ela aqui) e nem mesmo a estrutura disponível no local – arquitetura moderna e uma grande biblioteca, por exemplo – fez com que eles fossem até lá trabalhar.Isso mesmo, segundo o CEO Matt Mullenweg, praticamente ninguém entra no espaço de 15 mil m² na 140 Hawthorne, em um dos bairros comerciais mais famosos da cidade. “Hoje em dia, no máximo cinco funcionários usam o local. Ou seja, são 3 mil m² para cada um! Há mais mesas de jogos que pessoas”, diz ele.Agora, todos os 550 funcionários deverão trabalhar de casa, de cafeterias ou de qualquer outro lugar que quiserem.De qualquer maneira, escritório em São Francisco já funcionava apenas como uma opção de coworking – espaços similares são mantidos na Cidade do Cabo (África do Sul) e em Portland (Maine, EUA) e a companhia oferece um valor de U$ 250 por mês caso queiram usar outros lugares. E para quem prefere trabalhar na Starbucks, a Automattic paga o café.
Na contramão
Mas nem todo mundo abraça tão fervorosamente o trabalho remoto. Em 2013, a então CEO do Yahoo, Marissa Mayer, pôs fim ao home office na empresa alegando que para obter melhores resultados era preciso “trabalhar lado a lado”.E mais recentemente, a IBM, uma das pioneiras do trabalho remoto, anunciou a milhares de funcionários dos EUA que eles precisarão voltar aos escritórios. O objetivo é “tornar a força de trabalho mais ágil e promover a criatividade trabalhando ‘ombro a ombro’”.
Empenho para manter o modelo
De acordo com a Gallup, cerca de um quarto dos funcionários dos EUA trabalham remotamente full time ou eventualmente. E há evidências de que essas pessoas trabalham mais horas do que seus colegas vinculados ao escritório.Mas isso também tem um custo.A Elastic, uma empresa de software, não tem sede e emprega 500 funcionários em cerca de 35 países. Para construir uma cultura única entre todos, a companhia os reúne periodicamente, voando centenas de engenheiros para os EUA ou a Europa para se encontrarem duas vezes por ano, conta o CEO Shay Banon.“Quando os funcionários não se conhecem e suas únicas interações são via e-mail, texto ou serviços de mensagens as disputas podem explodir muito rapidamente”, diz Banon. “Se você não vê expressões faciais, você perde as sutilezas.”Por isso, para evitar uma escalada de conflitos, a Elastic mantém um canal de vídeo constante. “Uma das regras que temos é: quando algo chegar a um ponto de ebulição, vá ao vídeo e converse com seus colegas.”Fonte: Quartz
Conheça técnicas que te ajudarão a ter ideias, estruturar o negócio e superar a concorrência
A administração de empresas tem uma série de técnicas consagradas, criadas por teóricos e consultorias. Essas ferramentas ajudam empreendedores em várias etapas de um negócio, da criação de ideias à gestão.Mesmo que você não tenha frequentado a faculdade de administração, pode testar algumas ferramentas na sua empresa. Conheça as técnicas úteis para empreendedores e faça o download grátis.1. Análise SWOT
Usada por empreendedores que desejam entender os pontos fortes e fracos de um negócio, esta é uma das mais consagradas ferramentas da administração. “SWOT” é um acrônimo das palavras strength (forças), weakness (fraqueza), opportunities (oportunidades) e threats (ameaças).Os dois primeiros itens são relacionados aos aspectos internos das empresas, enquanto os últimos dizem respeito a fatores externos.Em uma Análise SWOT, divide-se uma folha em quatro espaços. Em cada um deles, o empreendedor deve elencar seus pontos fortes, fraquezas, oportunidades e ameaças. Ao listar tudo, fica mais fácil entender a situação atual do negócio e o que pode ser feito para melhorá-lo. Baixe aqui um modelo da Análise Swot.2. As 5 Forças de Porter
As 5 Forças são um método concebido pelo americano Michael Porter, um dos gurus da administração de empresas, para entender melhor os concorrentes de uma empresa.A ferramenta se baseia na resposta de cinco perguntas:
“Quem são e como é a rivalidade com seus concorrentes?”
“Que produtos podem substituir o que você fabrica no curto prazo?”
“Qual é o seu poder de barganha com fornecedores?”
“Qual o poder de barganha dos clientes?”
“Como evitar ou atrapalhar a entrada de novos concorrentes?”A partir das respostas, o empreendedor terá informações para estabelecer políticas de preços mais ou menos agressivas, acelerar ou não o ritmo de criação de novos produtos e negociar com fornecedores. Baixe aqui um modelo das 5 Forças de Porter.3. Business Model Canvas
Indicada para organizações de todos os portes, a ferramenta Business Model Canvas (BMC) é usada principalmente por empresas nascentes, na fase mais básica do planejamento do negócio. Sua função é permitir que empreendedores definam o modelo de negócios da empresa de uma forma simples e visual.Há vários modelos diferentes de BMC. Todos eles, no entanto, têm espaço para fatores essenciais para o sucesso de um negócio, como uma definição do produto, modelos de monetização e definição do público-alvo. Liste todos os pontos que puder lembrar. Com todos eles na sua frente, é mais fácil planejar os próximos passos do negócio. Acesse aqui um modelo de Canvas.4. Matriz BCG
Este método é usado por empreendedores que querem definir quais de seus produtos são os que geram mais caixa com menos esforço. A ferramenta tem esse nome porque foi criada pela consultoria americana Boston Consulting Group (BCG).De acordo com a Matriz, há quatro grupos principais de produtos: os “vacas-leiteiras”, que têm boas margens de lucro e não exigem muito esforço para serem vendidos; os “estrela”, que geram muito lucro, mas, em contrapartida, exigem um bom investimento financeiro e de mão de obra para darem o retorno esperado; os produtos “ponto de interrogação”, que não têm boas margens e exigem altos investimentos em marketing; e os “abacaxis”, que só dão trabalho.Ao elencar todos os seus itens de acordo com as quatro categorias, o empreendedor deve pensar em estratégias para faturar mais. Baixe aqui um modelo pronto da Matriz BCG.5. Funil de Ideias
O Funil de Ideias é uma boa ferramenta para quem quer empreender, mas não sabe como ter uma ideia inovadora.O método propõe duas abordagens. A primeira é a observação do mercado. Pense se vale a pena criar uma ideia totalmente nova ou copiar algo que já existe, se há tendências que podem ser seguidas e quais soluções poderiam melhorar a vida das pessoas.Depois de responder a essas perguntas, parta para a segunda abordagem, que é a sua história de vida: sua origem, família, nível de formação e experiência profissional. Este segundo passo vai adequar as ideias que você teve às suas preferências, eliminando boa parte das opções. Aqui você encontra um modelo do Funil de Ideias.Fonte: PEGN
Confira algumas dicas para não errar na hora de planejar a abertura do seu negócio
Com o crescimento no número de desempregados, muitas pessoas que se encontram nessa situação já projetam a realização do sonho de ter um negócio próprio, infelizmente, boa parcela dos que se arriscam nesse projeto encontram dificuldades, principalmente em relação aos gastos e falta de planejamento.
Isso pelo fato de que abrir um negócio é cercado de grandes dificuldades, basta, se pensar em toda estrutura física necessária, verá que os custos serão muito acima do que permite a realidade de alguém que está iniciando um projeto.Para que os sonhos desses profissionais não se tornem um pesadelo, o diretor executivo da Gowork (www.gowork.com.br ), especializada em Escritórios Compartilhados, Fernando Bottura, detalhou caminhos que observou acertado nas empresas que observou nascer e crescer:1- Planejar é a alma do negócio – Na hora de abrir uma empresa ser impulsivo só irá prejudicar, principalmente em São Paulo, onde qualquer erro pode acabar com um negócio, pois, fará com que tenha ações desordenadas que dificultarão o sucesso. Assim, a recomendação é ter plano de negócio estabelecido, público alvo e estrutura necessária, é necessário sentar e ver o que se pretende e como se objetiva atingir. Também é importante pesquisar como está o mercado em que pretende atuar, para ver em qual nicho de público se encaixará.2- Qual o aporte financeiro inicial – uma empresa tem custos para funcionar, que vão além do pagamento mensal do empreendedor. Dentre esses os principais são as taxas da junta comercial e da emissão do alvará, dentre outras que variam de acordo com a localidade e o ramo de atuação.3- Reduções inteligentes é o caminho – a busca de alternativas aos altos custos administrativos existentes em São Paulo devem ser uma prioridade, sendo os alugueis um dos mais altos do país. Saiba que custos como aluguel, recepcionista, material de escritório, energia e telefone eliminará grande parte de seus lucros. Assim é primordial reduzir esses ao máximo. Uma boa dica para quem está iniciando em uma área são os espaços de coworking, ou escritórios compartilhados, que permitem unificar todos esses gastos em um, muito menor que a soma de todos anteriores.4- Regularize sua empresa – Hoje os empreendedores podem alinhar sua empresa dentro de diversos tipos de tributação como MEi, Eireli, Simples, Presumido ou Real. Sendo necessárias as análises com antecedência para que se tenha certeza da opção, diminuindo as chances de erros e pagando o menor valor possível de tributos5- Seja visto – Aparecer em São Paulo não é uma tarefa simples. Se já tiver uma ampla carteira de clientes, parabéns! Mas saiba que isso é uma exceção, assim, hora de buscar clientes, busque investir em ampliar redes de relacionamento, se estiver em um escritório virtual/coworking busque se relacionar com os parceiros, se não busque associações. Também é primordial investir em marketing, como um site ou ferramentas de captação de clientes de baixo custo e com retorno certos.Fonte: Empreendedor