Tayguara Helou e a bela história da Braspress

Filho de Urubatan Helou, fundador da Braspress, cuja sede agora é em Guarulhos, Tayguara Helou falou à RG sobre sua carreira, o grupo que dirige, o Setcesp, do qual é presidente, e se disse animado com as perspectivas da economia brasileira.

Para orgulho de Guarulhos, a Braspress agora tem sua sede em nossa cidade. Em que ano a Braspress foi fundada, onde e por quem?

Para nós é um orgulho e um prazer estar em Guarulhos, uma cidade que é a capital da logística do Brasil, por vários aspectos: abriga o principal hub de transporte aéreo, o portal do Brasil para o mundo; os vários acessos por rodovias; pela presença de seu grande parque industrial e de inúmeras transportadoras e empresas de logística. A Braspress foi fundada por meu pai, Urubatan Helou, em 1º. de julho de 1977. É uma longa história. Vamos tentar resumi-la.

Conte-nos um pouco de como tudo começou.

Meu pai começou as atividades aos 14 aos de idade, em Uberlândia (MG), sua cidade natal. Meu avô tinha uma filosofia esquerdista, foi o fundador do Partido Comunista de Minas Gerais. O irmão dele tinha posição totalmente oposta, era brigadeiro da Aeronáutica, de extrema-direita. Durante o regime militar, meu avô precisou fugir. Meu pai é filho único, meu avô era a única fonte de renda da pequena família, que era querida por lá; estando ele refugiado, a cidade se comoveu com isso: o padeiro ajudava com o pão, o açougueiro com a carne, e o vizinho da casa em que meu pai morava era dono da Transportadora Uberlândia. Convidou-o a trabalhar com ele, como cobrador de “frete fob”, que é quando o destinatário paga o frete. Tempos passaram, muita coisa aconteceu, meu pai seguiu outras carreiras… Aos 19 anos, veio para São Paulo. Foi morar em uma pensão no Centro.

Começou distribuindo o Diário Oficial em um triciclo, igual ao que está exposto em nossa recepção. Como era na região central da cidade, passou a se relacionar com o pessoal da indústria cinematográfica, transportando rolos de filmes em latas no seu triciclo. Levava-os à rodoviária, despachava-os na empresa de ônibus. Esse negócio foi crescendo, ele montou uma empresa com dois colegas, chamada Transfilme, que foi se desenvolvendo crescendo, muito devido ao lançamento do filme Oriente Express no Brasil; que teve origem no livro de Agatha Christie e meu pai era grande fã do filme. Com o crescimento, conseguiram comprar uma Kombi, abriram uma filial no Rio de Janeiro e outra em Belo Horizonte, ficando um sócio em cada local. Ainda que com muita dificuldade, começaram a transportar outras coisas, como autopeças e foram crescendo. O back-office, toda a parte administrativa, ficava em São Paulo. Os sócios viviam bem em suas cidades, carro do ano, tranquilos, e meu pai penando para honrar a folha de pagamento e outros compromissos.

Até que ele concluiu por desfazer a sociedade. Ele tinha cerca de 26 anos e ofereceu sair da empresa com a primeira Kombi e as duas linhas de telefone que tinham em São Paulo. Chamou para conversar o funcionário Milton Domingues Petri e explicou que iria montar uma nova empres e não tinha condições de pagar salário por enquanto. Petri não pensou que fosse algo ruim, mas aliviou-se quando meu pai disse que lhe daria 20% de tudo que construíssem juntos. Assim foi feito e até hoje Petri tem 20% da Braspress.

O nome tem a ver com o filme Oriente Express?

Exato. Resolveram abrir a Brasil Express, inspirados no filme Oriente Express. Porém, essa marca já era registrada pela Sadia, então acionista da Vasp. Foi quando meu pai teve a ideia de juntar parte de cada nome e formar a marca Braspress, constituída em 01.01.1977.

Qual sua formação?

Sou formado em Administração de Empresas, com ênfase em Finanças, pela Bond University, na Austrália. Tenho pós-graduação em Gestão de Negócios, pelo Holmes College, também na Austrália; MBA em Gestão Empresarial, pela FGV, e agora buscando novos conhecimentos, talvez almejando um doutorado na área de tecnologia.

Desde quando na empresa?

Praticamente nasci dentro da transportadora, que era bem menor na época. Acompanhei o crescimento durante toda minha vida. O empresário tem umas sacadas espontâneas que são muito assertivas. Meu pai nunca trouxe a mim e ao meu irmão para a empresa como um castigo, mas como um prêmio. Se íamos bem na escola, ganhávamos o direito de vir para a empresa brincar. Depois, comecei a atuar no recebimento de encomendas, no departamento de coleta, fui conhecer outras áreas; porém, sempre nas férias pois a regra básica era privilegiar os estudos. Depois que voltei da Austrália, em 2003, é que efetivamente iniciei meu trabalho na Braspress.

Então, não teve experiência em outras empresas?

Não tive. Minha maior experiência fora da Braspress tem sido no Setcesp, onde sou o atual presidente.

Quais cargos exerceu lá antes de ser presidente?

Fui suplente de diretor e vice-presidente. Na presidência, estou há três anos. Meu pai também presidiu o Setcesp.

Para instalar-se em Guarulhos a Braspress obteve alguma vantagem fiscal, algum benefício oferecido pelo Município? A empresa reivindica do poder público melhorias para aprimorar a operacionalização?

Não cogitamos pedir nenhum benefício e estamos satisfeitos com as condições que encontramos para nosso funcionamento.

O primeiro caminhão da Braspress tem lugar de destaque na sede da empresa

Qual o investimento feito nas novas instalações?

A área total é de 230 mil m2, sendo 90 mil m2 de construção, entre a via Dutra e a avenida Monteiro Lobato. Chamamos esse complexo de Planeta Azul, incluindo nossa matriz e a Filial São Paulo. O novo Sorter (Sistema Automatizado de Distribuição de Encomendas) tem 6.400 metros de extensão e pode operar 15 mil volumes por hora. Para isso, foram necessários R$ 260 milhões, dos quais metade do nosso caixa e o restante de financiamentos obtidos. Concentramos aqui toda nossa consolidação de carga de transporte. Trouxemos para isso o que há de melhor em tecnologia de automação do planeta: nosso sorter tem 6,4 km de extensão e capacidade de classificar 15 mil volumes por hora; batemos pela terceira vez nosso próprio recorde em automação. Temos a mais avançada rede de dados do planeta, toda em fibra ótica, mesmo no espaço interno, o que garante velocidade e qualidade no fluxo das informações. Nosso datacenter também é o mais avançado do mercado, classificação Tier 3, sendo que a mais avançada do mundo é Tier 4; no Brasil, nenhuma outra do ramo tem um datacenter como esse. A Braspress realmente se diferencia pela tecnologia. Nossos locais em São Paulo e outras cidades da região metropolitana viraram terminais de distribuição urbana.

Quantos empregos diretos a empresa gera em Guarulhos?

São 1.350 colaboradores, a maioria dos quais eram nossos funcionários na vila Guilherme e já residiam em Guarulhos. Na rede toda, o grupo emprega 6 mil pessoas no regime da CLT e mais 1.500 terceiros totalmente dedicados ao negócio. Muitos deles são agregados de transporte, transferência e outras tarefas. No transporte rodoviário de cargas, a terceirização da atividade-fim é regulamentada pela Lei 11.442. Fora os serviços auxiliares, como segurança e limpeza, por exemplo. É preciso salientar que, por melhores que sejam nossos sistemas, por mais avançada que seja a tecnologia, por mais modernos que sejam os caminhões, contar com colaboradores capacitados e motivados é imprescindível. Sem a qualidade desse capital humano, nada dá certo. Coisas podem ser compradas. Pessoas, não: elas precisam ser conquistadas. Para conseguir isso, tem-se de trabalhar com muito afinco e carinho.Nós sempre tivemos uma relação muito prõxima com nossos colaboradores.

Com um triciclo igual a este Urubatan Helou entregava diários oficiais. Foi o embrião de um império

Ao todo, quantos são os colaboradores da Braspress?

No Brasil inteiro, 7.500.

Qual a abrangência dos serviços da Braspress Brasil afora?

Temos 96 sedes em todo o Brasil. Atendemos o País todo, de Norte a Sul, Oeste a Leste, além da carga de exportação para o Paraguai e Argentina; estamos construindo a estrutura de distribuição doméstica na Argentina.

De quantos caminhões se compõe a frota?

São 1.200 caminhões próprios, mais cerca de 800 a 850 terceirizados.

A Braspress apoia projetos sociais?

Sim, muitos. Somos Empresa Amiga da Criança, signatários do Projeto Childhood, de proteção aos direitos das crianças e de combate à prostituição infantil nas estradas. Promovemos diversas ações, como campanha do Agasalho, doação de sangue, outubro Rosa, novembro Azul. Temos carretas adesivadas, difundindo conceitos educativos, buscando crianças e adultos desaparecidos, orientando para a acessibilidade e outras formas de conscientização. Graças a isso, algumas pessoas foram localizadas, felizmente.

Na qualidade de presidente do Setcesp, quais as perspectivas do mercado de transporte para este ano?

O ramo de transporte é uma ferramenta econômica, variando conforme o ritmo da economia. Não temos dúvida de que este ano é promissor, por vários fatores; um é que o Brasil nunca experimentou inflação baixa e juros baixo. Outro fator é a reforma trabalhista, que tem trazido benefícios aos trabalhadores e confiança para que as empresas possam contratar mais e melhor. Por mais polêmico que seja o tema, a reforma criou muitas chances de novas vagas de trabalho.

Quantas empresas o Setcesp congrega?

São 21 mil empresas em nossa base e Guarulhos é a segunda em importância em toda essa rede.


O maior evento de inspiração para empreendedores do Brasil

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Fabiana Salles

Fundadora da Gesto & Empreendedora Endeavor. A jornada empreendedora de Fabiana começou cedo: desde pequena, empreendia pequenos negócios -- de aluguel de gibis a venda de figurinhas. Hoje, como fundadora da empresa pioneira em Big Data de saúde no Brasil, a Gesto, já reinventou a empresa mais de quatro vezes, sem nunca chegar a ter sua carteira de trabalho assinada. Os aprendizados que Fabiana teve ao pivotar o negócio e a busca por um modelo escalável fizeram dela uma Empreendedora Endeavor, desde 2017: a primeira apoiada no Brasil do setor de tecnologia.

Ari de Sá

Fundador e CEO da Arco Educação & Embaixador Endeavor Ser o filho do dono tem dois desafios: ou as pessoas pegam muito leve, ou elas pegam muito pesado. No caso de Ari, sua vida inteira seguiu pelo segundo caminho. Filho do dono do colégio onde estudava -- no qual trabalhou mais tarde -- Ari sempre quis construir o próprio legado em educação. Ele enxergava na produção de materiais didáticos, uma oportunidade de gerar mais impacto em escolas do país inteiro. E gerou. Hoje, o SAS atende mais de 1.100 escolas pelo Brasil, levando uma empresa cearense a fazer o IPO em Nasdaq no final do passado.

Max Oliveira

Fundador da MaxMilhas & Empreendedor Endeavor. Max sempre viajou muito pelo Brasil. Um dia, comprando uma passagem aérea para visitar a namorada, o site apresentou um problema. Ele teve que reiniciar a compra, mas, nesse meio tempo, a passagem passou de R$ 100 para R$ 500. Foi aí que veio a ideia: E se existisse uma plataforma em que as pessoas que têm milhas estivessem dispostas a vender a quem precisa viajar? Dessa inquietação, nasceu a MaxMilhas que, em menos de 7 anos, já negociou mais de 20 bilhões de milhas, emitindo 1,5 milhão de passagens aéreas.

Leonardo e Leandro Castelo

Fundadores da Ecoville & Empreendedores Endeavor. Desde pequenos, os irmãos Leandro e Leonardo Castelo ouviam do pai: "Um dia vocês terão um negócio próprio". Essa inspiração fez os dois enxergarem na venda porta a porta de produtos de limpeza, uma grande oportunidade de mercado. O começo não foi nada fácil. Dormindo no pequeno galpão que construíram e trocando o óleo das primeiras kombis a cada três quarteirões para o motor não fundir, os dois irmãos sempre tiveram a resiliência e a humildade que os levariam além. Hoje, a Ecoville conta com mais de 300 unidades espalhadas pelo país, criando um novo conceito de supermercado de produto de limpeza no Brasil.

Daniela Cruz

Fundadora da Vult Cosméticos. Enquanto ainda trabalhava com seu pai na empresa de construção, Daniela tinha uma visão própria do que era liderar um negócio seu. Ao lado do amigo Murilo, ela enxergou uma oportunidade de criar um novo mercado para maquiagens, democratizando o acesso a bons produtos, que pudessem transformar a autoestima das consumidoras. Catorze anos depois dessa empreitada que começou em Mogi das Cruzes com apenas dois funcionários, Daniela vendeu no ano passado a empresa para o Grupo Boticário.

Laercio Cosentino

Fundador e Presidente do Conselho da TOTVSA expertise de aquisição se desenvolveu cedo na carreira de Laércio. Aos 23 anos, o empreendedor criou, ao lado do seu então chefe, a Microsiga. Na mesma década, adquiriu duas importantes empresas para crescer sua participação de mercado. Mas foi só em 2005 que a Microsiga foi rebatizada de Totvs. No ano seguinte, a abertura de capital na bolsa levou a empresa para um novo patamar de amadurecimento, tornando-se referência nacional. Hoje, mais de 50 empresas foram adquiridas pelo grupo, com um faturamento que ultrapassa os 2 bilhões de reais no ano.

https://youtu.be/vQzu1_htLjE

Barrichello abre restaurante próprio inspirado em vivências da carreira

O piloto Rubens Barrichello agora concilia o volante com as panelas, pratos e cuidados de um novo empreendimento gastronômico. Desde dezembro ele é um dos sócios do restaurante Cutello Fire and Drink, no bairro Jardins, em São Paulo. A casa tem como enfoque a cozinha italiana e carnes, com itens no cardápio com referência a Barrichello e às suas preferências gastronômicas.

O restaurante é o primeiro empreendimento do atual piloto da Stock Car fora do automobilismo. Apesar de morar nos Estados Unidos, Barrichello é um dos oito sócios e participou da formatação do projeto ao apresentar experiências e indicações inspiradas nas viagens e refeições feitas por diferentes países. "No Cutello eu trago as experiências da vida, as boas experiências que tive ao longo desses anos viajando com categorias de automobilismo e dos grandes restaurantes que passei", disse o piloto ao Estado.

Barrichello conversa com funcionários do restaurante

Barrichello conversa com funcionários do restaurante

Um dos sócios de Barrichello, o chef de cozinha Rafael Leão, afirmou que a ligação do restaurante com o piloto tem atraído vários fãs. "O Rubens contribuiu com a nossa proposta e nosso cuidado com os clientes", disse.

Quando o Cutello definiu o cardápio, Rubinho fez questão de batizar uma das seções como "Reserva Barrichello", dedicada a cortes de carne especiais, como Angus, T-Bone e opções dry-aged. "Eu achava que teria que ter algo indicando as minhas preferências", disse. "Sou muito mais da carne do que do carboidrato", completou.

A referência a Barrichello está presente também nas sobremesas. A principal da casa é o pudim de leite condensado batizado de Dolce#111. O número é o utilizado pelo piloto na Stock Car. O doce é um dos preferidos dele e leva na receita itens como limão siciliano e capim-limão.

O piloto é fã de gastronomia desde cedo, incentivado principalmente pela mãe, e aprendeu a cozinhar aos 16 anos, quando se mudou sozinho para a Europa para começar a carreira. Em dezembro do ano passado, Barrichello aproveitou a reunião de pilotos para a etapa final da Stock Car, em Interlagos, para levar alguns dos colegas para conhecerem o restaurante. No fim de semana também chegou a reunir outro grupo de pilotos para que ele próprio cozinhasse para os convidados.

Além de carnes e massas, o local tem opções vegetarianas, frutos do mar, pratos asiáticos e drinks. O prato mais pedido é o maialino, um corte suíno assado em forno especial de alta temperatura para formar a pururuca. Como acompanhamentos, lentilhas vermelhas, cenoura e o molho da própria carne.

O intuito dos sócios é completar a decoração do local com macacões, capacetes e adereços da carreira de Barrichello. O piloto diz ter como principal preocupação no empreendimento propiciar um ambiente agradável. "Os que estão trabalhando ou os que estão sendo servidos têm que estarem bem, felizes e satisfeitos", comentou.

Pudim de leite Dolce#111

Pudim de leite Dolce#111

Receita Pudim Capim Limão Dolce#111

Ingredientes

0,400 ml de leite integral

1 lata Leite Condensado

1 limão siciliano

3 ovos

20g capim limão

70g açúcar refinado

140ml Água

Modo de preparo

1) Em uma panela ferver o leite e o capim limão, deixar descansar por 24 horas e coar;

2) Em um liquidificador, bater o leite saborizado com os ovos e o leite condensado;

3) Adicionar as raspas de meio limão siciliano;

4) Retirar a espuma e descansar por uma hora;

5) Em uma panela junte o açúcar com a água e faça uma calda de caramelo;

6) Usando formas para pudim (usamos as de 7cm) coloque a calda e depois complete com a mistura;

7) Em um forno pré aquecido a 130ºC, usando uma forma de banho maria, cozinhe os pudins por 1 hora;

8) Deixe esfriar, desenforme e sirva;


Alice Matos - Da paixão pelo mundo fitness ao negócio milionário

Saiba como a catarinense Alice Matos transformou a paixão pelo mundo fitness num negócio milionário

Influenciadora digital e dona de uma marca mundialmente conhecida, a catarinense é hoje uma das personalidades mais badaladas do meio fitness

Alice Matos
 Quando Alice Matos decidiu investir na malhação para chegar “sarada” no verão de 2010 nem de longe imaginava o quanto isso mudaria a sua vida. Uma das personalidades mais conhecidas no mundo fitness, com quase dois milhões de seguidores nas redes sociais, ela comanda ao lado da família uma marca que se tornou referência para quem gosta de malhar com estilo. A Labellamafia é vendida hoje em mais de mil lojas no Brasil e 350 mundo afora, além de ter lojas próprias na Finlândia, em Barcelona, Colômbia, Venezuela, Bolívia e México.Com uma mega fábrica em Palhoça, de onde sai praticamente tudo que é produzido, Alice prefere não falar sobre faturamento, mas tem orgulho de contar como o destino se encarregou de sua história. Ao lado do então namorado e hoje marido Giulliano Puga, que é o diretor criativo da empresa, ela chegou a vender biquíni como ambulante na areia da praia. Uma espécie de laboratório para a empresária e garota-propaganda que viria a se tornar anos depois.Com um corpo onde cada músculo parece ter sido esculpido, Alice hoje rentabiliza em praticamente tudo o que faz. Possui contratos com marcas internacionais para divulgar produtos como suplementos, comida saudável e artigos de beleza, participa de eventos e se desdobra para manter a forma mesmo com a rotina corrida. Foi numa dessas vindas a Floripa, sua terra natal, que ela bateu um papo comigo e eu conheci melhor essa “gigante” de apenas 1,61m de altura.Você foi uma precursora entre as influenciadoras fitness. Como percebeu esse nicho? Quando eu comecei a postar meus treinos e alimentação, em 2010, não imaginava que ia se transformar no que é hoje. Meu marido me filmava e as pessoas foram se interessando. Tem gente que me segue desde essa época, foi um crescimento muito orgânico e é bacana ver como fui acompanhando esse boom da rede social.Como começou o interesse pela vida saudável? Minha mãe sempre fez questão de ter alimentos naturais em casa, tinha muitos legumes, frutos do mar, pouca comida enlatada e fui criando essa consciência desde pequena, me alimentando com pouca gordura, alimentos mais frescos, é o que tento fazer até hoje.Em que momento o hobby se transformou em trabalho? Eu sempre gostei de praticar esportes, em 2010 comecei a praticar musculação mais a sério e em menos de um ano já estava com shape de competição de fisiculturismo. Quando meu treinador perguntou se eu queria participar fiquei surpresa, na época era um tabu mulher com músculos, mas arrisquei e fui vice-campeão brasileira. Adorei aquela atmosfera e fui competir fora do Brasil também, consegui alguns destaques e sempre trabalhei muito as minhas redes sociais mostrando que eu não estava preocupada com o primeiro lugar, mas em me divertir.Que história é essa que você chegou a vender biquíni na praia? Foi o primórdio da parceria com meu marido, em 2008. Os pais do Giulliano no início da vida juntos venderam roupas na praia como ambulante, no Guarujá, e ele cresceu nesse universo. Um dia ele me fez essa proposta. Era verão, férias da faculdade, ele ia com a mochilinha e algumas peças no braço e eu na frente chamando atenção, já era garota propaganda. (risos)A Alice garota-propaganda também impulsionou a Labellamafia… A empresa já existia desde 2007, no início era mais focada em streetstyle, começou com a família do meu marido. Meu sogro sempre teve muito tino para o comércio e na época ele teve a ideia de lançar uma linha mais fitness. Quem fazia academia só encontrava peças mais básicas, florais, e resolvemos fazer algo diferente. Daí meu esposo me filmava usando as peças nos treinos, valorizava o melhor ângulo e as pessoas foram se interessando. Mais do que conhecer meu público eu fazia parte dele, testava as peças e dava sugestões para valorizar as partes do corpo, deixar mais confortável. Tinha essa pegada do streetstyle no fitness e a galera começou a pedir cada vez mais. Eu ia para os campeonatos fora do Brasil e dava de presente para as meninas, elas amavam as roupas e nós vimos que existia esse nicho internacional que posteriormente acabou virando o nosso office de Miami.O visual esportivo acabou invadindo o guarda-roupa feminino de uma maneira geral. Sim, é a chamada moda athleisure, mistura das palavras athletic + leisure, que são essas roupas casuais feitas para serem usadas para a prática de exercícios mas não só isso, e que acompanham um desejo das consumidoras por peças mais práticas, confortáveis e estilosas.As vendas pela internet ajudaram nesse crescimento? A gente começou no e-commerce muito antes de outras empresas, mas por necessidade. Quando fizemos a mudança em 2010 do streetstyle para o fitness não foi uma mudança muito planejada, foi algo necessário porque a gente tinha um grupo de representantes que nos deixou na mão e precisávamos dar vazão ao estoque. A alternativa foi a venda online. Hoje a gente ainda vende bastante pela internet.Como é trabalhar com a família? Pode rolar um stress de vez em quando, é normal, mas a gente tenta dividir. Como a fábrica é bem grande, cada um cuida de uma parte e a gente tenta não levar muita coisa de trabalho pra casa.Seu marido também é fitness? Zero, inclusive ele gosta de ficar comendo de propósito na minha frente!Como é a sua rotina de treino? Eu treino cinco vezes na semana, musculação e aeróbico, e quando tenho um evento minha dieta fica mais restrita, pra poder ficar com o corpo mais sequinho. No restante do tempo tento equilibrar dieta e exercício. Se não consigo me exercitar como gostaria, dou uma controlada maior na alimentação.Tinha noção de que a empresa atingiria esse patamar? Eu confesso que não tinha, mas a comunicação da marca sempre foi voltada para o público de fora, sempre em inglês, uma linguagem diferenciada, o Giulliano sempre conseguiu enxergar isso muito bem. Hoje você posta na internet e pessoas do mundo inteiro buscam, até dos Emirados Árabes. Tem uma história engraçada, uma vez eu cheguei lá para treinar e uma das nossas revendedoras era personal trainer da família real dos Emirados Árabes e eu perguntei para quem ela vendia as roupas , que tinham decotes e eram coloridas já que na rua elas só andam de preto, mas ela me disse que nas academias em casa e só para mulheres quanto mais colorida e decotada for a roupa melhor. Fiquei surpresa.Além das roupas para mulheres, vocês estão investindo no público masculino também… Sim, a Lamafia a cada coleção duplica a quantidade de vendas. A marca masculina tem uma pegada mais street, não é tão fitness, e esse estilo faz muito sucesso lá fora, onde os homens se permitem usar umas coisas diferentes.Inclusive alguns famosos já usaram? Sim, os jogadores Neymar, Daniel Alves, os cantores Lucas Lucco e Ludmilla, entre outros famosos, como Marcos Mion, Felipe Titto e Martha Graeff.Quais os planos para o futuro? Nós queremos consolidar cada vez mais a marca nos Estados Unidos, e depois Barcelona, já temos um centro de distribuição nos dois lugares.Raio x Alice Matos Idade: 33 anos Natural de: Florianópolis Altura: 1,61m Peso: 58 Kg Percentual de gordura: 14%Agora, assista ao vídeo com a entrevista completa

ANDRÉ STREET - GANHOU US$ 1,5 BILHÃO COM A STONE

CONHEÇA, O EMPREENDEDOR QUE COMEÇOU AOS 14 ANOS E GANHOU US$ 1,5 BILHÃO COM A STONE

Andre Street, cofundador da Stone (Foto: Divulgação )
Acostumado a vender negócios desde cedo, o empreendedor negociou ações da empresa na Nasdaq, bolsa de ações de tecnologia dos EUA
A brasileira Stonestartup de processamento de cartões, anunciou sua oferta pública de ações (IPO, na sigla em inglês) na bolsa norte-americana Nasdaq, na manhã desta quinta-feira, 25 de outubro. Com o movimento, a startup captou US$ 1,5 bilhão, cerca de R$ 6 bilhões.A empresa foi fundada por André Street junto com Eduardo Pontes em 2013. Street, 34 anos, é filho de um ortopedista dono de hospital, começou cedo nos negócios. Aos 14 anos, tinha uma empresa que exportava produtos típicos brasileiros, como cachaça, para diversos países.Com menos de 20 anos e experiência com programação, ele apostou em negócios digitais, mais especificamente no setor de pagamentos online, e criou várias startups. Mais do que ser um fundador serial, um passo marcante de sua trajetória empreendedora foi a venda de suas empresas.Em 2009, ele negociou a Braspag, uma empresa de pagamentos online, para o Grupo Silvio Santos pelo valor de R$ 25 milhões. Em 2015, ele e os sócios venderam a Sieve, um grupo de e-commerce, para a B2W, dona de Submarino e Americanas.com, por mais de R$ 80 milhões.Ao lado de Pontes, tirou a Stone, uma empresa de maquininhas de cartões de crédito, do papel, há cinco anos. Em menos de 5 anos, os dois chamaram a atenção de grandes investidores brasileiros.No corpo de acionistas da Stone estão os sócios da 3G Capital, Jorge Paulo LemannMarcel Telles e Carlos Alberto Sicupira, além da Madrone Capital Partners, uma empresa de investimentos norte-americana que administra parte da fortuna da família Walton, sócia majoritária do Wal-Mart.Segundo o jornal Valor Ecônomico, André mora no Rio e Pontes, como é mais conhecido, vive em Londres. Eles ocupam hoje a presidência e a vice-presidência do conselho de administração, mas participam ativa e intensivamente do dia a dia da Stone.Os sócios têm perfis complementares. Pontes é o cara da tecnologia, dos bastidores, dos sistemas. André é a frente comercial, é o cara que fala com os investidores.Inspiração André Street costuma se apresentar em eventos de empreendedorismo. PEGN, por exemplo, já acompanhou três palestras do empresário — que adora falar com donos de startups — nos últimos dois anos. Ele costuma dizer à plateia que vender uma startup não é tão fácil quando vender um empresa consolidada. “Quem abrir um negócio pensando em vender não vai dar certo. A empresa tem que ter um propósito. Muitas vezes, elas são vendidas quando os empreendedores menos querem”, afirmou, num evento recente.Ele costuma dar dicas também. Uma de seus preferidas é: procure pessoas que tenham interesse no seu produto – e que conheçam o mercado em que ele está inserido. “O empreendedor não pode ter medo de fazer parceiros, de dar uma porção maior das ações para esse investidor. Se ele for uma pessoa que vai ajudar a sua empresa, o retorno no futuro pode ser muito maior.”Confira, abaixo, as lições do empreendedor para quem está pensando em vender sua startup:1. Não faça para vender “Construa algo sólido, com propósito e pense sempre no seu negócio. A primeira dica é: não se pensa em vender uma empresa logo de cara”, afirma Street.2. Fique atento Para Street, até mesmo aqueles empreendedores que querem montar negócios para durar muitos anos devem prestar atenção no mercado. “No meio do caminho, se fizer um negócio campeão, alguém vai aparecer para comprar. Escute, se prepare, veja a proposta. Pode ser uma boa.” Segundo o especialista, o empreendedor deve vender para “quem está perto de você”. “É muito mais fácil vender para quem te conhece, sabe como você trabalha e confia na sua empresa”.3. Ego e ansiedade Para Street, o empreendedor tem que separar a pessoa física da empresa. “O empreendedor fica imaginando o carro novo, a casa nova. Mas a verdade é que os sócios devem pensar no que é melhor para empresa e ponto.” O mesmo serve para quem quer vender antes da hora, fato que, segundo o especialista, é fruto de ansiedade e falta de pesquisa.4. O ciclo é longo Para o palestrante, nenhuma empresa consegue conquistar tudo que quer em menos de cinco anos. Por isso, recomenda que o empreendedor tenha paciência. “É absolutamente impressionante: todos os empreendimentos  que trabalhei só conseguiram aparecer no mercado para valer depois deste período.”5. Pense grande Não ter medo de procurar grandes empresas é algo básico. “Mande um e-mail para o presidente da maior companhia da sua área de atuação. Converse com ele, peça ajuda, entenda os seus processos. Na hora que você quiser vender o seu negócio estará cheio de conhecimento e experiências.”6. Domine o mercado Para o empreendedor, o negócio terá muito mais liquidez se ele dominar o mercado. “Prefira ser o melhor ortopedista de ombro esquerdo da cidade do que um clínico geral desconhecido”, afirma.7. Incentive a competição Street também ressalta: é importante que o comprador tenha medo de outras empresas interessadas. “Conheça outras empresas e estratégias do seu setor, mantenha os competidores perto. Um dia, quando você for vender, é muito importante que não esteja na mesa sozinho, com um único comprador.”

Sistema Ailos - Campanha conta ações inspiradoras de associados

Incluir, fazer o bem e proporcionar momentos de integração e aprendizagem para todos.Foram esses objetivos que motivaram o Sistema Ailos a criar a campanha Fazedores.Nela, as histórias de cooperados de quatro entidades sem fins lucrativos são relatadas: Trapamédicos, The Green Place Park (Blumenau), Surfe Sem Fronteiras e Associação Novo Alvorecer (Florianópolis).A narrativa de vinte minutos foi feita por meio de um documentário que pode ser acessado através do hotsite, redes sociais e Youtube.Versões mais curtas do material também serão veiculadas nas cidades de abrangência do sistema.O coordenador de comunicação e marketing da instituição, Rodrigo Dellagiustina, explica que a campanha é parte da divulgação da nova marca do Sistema Ailos: “Nosso objetivo é fortalecer a comunidade fazendo com que os cooperados sejam protagonistas da transformação. O cooperativismo de crédito traz um movimento de mudança e é isso que representa nossa essência”.Para o presidente do Conselho de Administração do Sistema Ailos, Moacir Krambeck, o papel da cooperativa é contribuir não só com os cooperados, como também com o meio em que eles vivem:“Nós entendemos que pessoas que colocam a mão na massa e realmente transformam as comunidades precisam ser valorizadas. Essas quatro histórias podem servir como impulso para que mais gente entenda que, com a sua contribuição, vamos acelerar o processo de um mundo melhor”. HISTÓRIAS1. O Trapamédicos começou com duas pessoas, entre elas a idealizadora Adriana Kreibich da Costa.Resultado de imagem para TRAPAMEDICOSHoje são cerca de 70 voluntários que trocam suas roupas do dia a dia para se transformarem em palhaços.A grande motivação é proporcionar a transformação no ambiente onde estão crianças e adultos internados nos hospitais de Blumenau.Focada no empreendedorismo social e cultural, nasceu em 2013 o The Green Place Park. Jackeline Oliveira realizou o sonho de unir cultura, entretenimento, cidadania e colaboração em um único local.São cerca de 600 voluntários que se dividem para tornar realidade o complexo de ação multicultural com a prática de esportes, atrações musicais, cursos e workshops para a comunidade. 2. Surfe Sem Fronteiras  - Um acidente mobilizou os movimentos de um braço do surfista Fidel Teixeira Lopes, mas não a vontade de continuar.Resultado de imagem para SURFE SEM FRONTEIRASEle superou as dificuldades e hoje coordena o Surfe Sem Fronteiras ajudando pessoas com deficiência a surfar.Através do mar eles têm uma experiência de inclusão e são motivados a enfrentar os obstáculos da vida. 3. Associação Novo Alvorecer - Luciane Vieira dos Santos Machado, viu na música uma ferramenta de transformação.
Imagem relacionadaEla deu início à Associação Novo Alvorecer, onde há 23 anos atende cerca de 60 crianças e há sete criou a escola de música O Som da Alvorada.Nela, uma orquestra com 20 alunos é comandada pelo maestro Carlos Alberto Vieira.O trabalho teve início com apenas cinco violinos doados pela cooperativa Credcrea e hoje conta com 55 violinos, cinco violoncelos e quatro violas.Ao final do ano os pequenos músicos fazem uma apresentação, onde toda a verba da bilheteria é dividida entre eles para incentivá-los ainda mais. Sobre o AilosResultado de imagem para NOVO SISTEMA AILOSConstituído em 2002, o Sistema Ailos conta com mais de 665 mil cooperados, 13 cooperativas, mais de 175 postos de atendimento e R$ 6,6bilhões em ativos.Com atuação nos três estados do Sul do país, possui mais de 2,5 mil funcionários.As cooperativas que compõem o SistemaAilos são: Viacredi, AcrediCoop, Credifiesc, Acentra, Credelesc, Transpocred, Credifoz, CredCrea, SCRcred, Evolua, Credicomin, Crevisc e Viacredi Alto Vale.

Como após o fechamento de empresas, Feliz no RS, voltou a sorrir?

Indústrias que eram símbolo do município cerraram as portas e cidade buscou diversificação

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João Fernando Müller: know how ajudou a impulsionar novo negócio
Foram 10 bons anos na Antarctica – antes Serramalte, que por sua vez havia adquirido a Cervejaria Polka, nascida como Ruschel, em 1893. O empresário João Fernando Müller, 55 anos, trabalhou na área de recursos humanos da empresa até 1996, quando uma reestruturação do grupo levou à decisão de fechar a fábrica, onde a produção já vinha caindo. Teve a oportunidade de ir para outra planta da empresa, mas preferiu sair.
– Fiquei a ver navios por um tempo – admite Müller, referindo-se a tentativas em outros empregos e negócios.
Até que, em 2005, começou a estudar o mercado em ascensão das cervejas artesanais. Era um tipo de consumo que começava a crescer no país. Com três ex-colegas da Antarctica, de diferentes especialidades, lançou em 2006 e pedra fundamental da cervejaria, inaugurada no ano seguinte. Nasceu como Eisenbrück, mas teve de mudar de nome para Altenbrück, por pressão de uma cervejaria maior que tinha a pronúncia semelhante em um de seus rótulos.
Cada um dos sócios investiu um pouco de suas economias na companhia. Começou com capacidade para 6 mil litros ano. Hoje, são 40 mil. E a empresa emprega 10 funcionários.
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A entrada da velha fábrica da Antarctica em Feliz
– Nos primeiros cinco, seis anos, não saía nada para o bolso dos sócios. Era tudo reinvestido na empresa – conta Müller, ressaltando que só agora a microcervejaria começa efetivamente a dar retorno.
Parte do sucesso do negócio, entende o empresário, vem da própria ligação de Feliz com a bebida. Cerca de 70% das vendas ocorrem no próprio município ou em um raio de 15 quilômetros. O resto é vendido para clientes da Serra e de Porto Alegre.
– Foi a comunidade que abraçou essa ideia. Fomos crescendo com a propaganda boca a boca – conta. A tradição cervejeira da cidade, que impulsionou a industrialização do município, se renova e ajuda na reinvenção da economia de Feliz.Assista o vídeo e entenda a reinvenção da Feliz!
 

Luciano Hang - Até aonde vai esse maluco?

Luciano Hang constrói o maior império de lojas de departamentos do país, em 14 estados, com mais de 100 mil itens, cresce 35% ao ano e fatura R$ 5 bilhões.

“Você é um maluco”. Luciano Hang, o ex-operário de fábrica e que começou a empreender numa loja de 45 metros quadrados, sempre ouviu essa expressão ao longo da sua vida desde que abriu a primeira megaloja Havan, em Brusque, e ergueu no lado a estátua da liberdade, símbolo maior dos americanos. As palavras que poderiam ter o aniquilado logo no início, sempre foi um estímulo para ir sempre em frente. Hoje já soma 112 megalojas. Quer chegar em 2022 a 200 lojas, empregar mais de 20 mil pessoas e um faturamento que poderá bater na casa de R$ 10 bilhões. Na metade do ano, um ritual que já se tornou rotina na Havan, a festejada loja de departamentos catarinense, repetiu-se mais uma vez. A empresa abriu as portas da sua última filial, na cidade catarinense de Videira, e como costuma acontecer nos locais onde a Havan lança âncora, a cidade parou para conferir de perto as novidades de cama, mesa e banho, utilidades domésticas, eletroeletrônicos, entre inúmeros outros produtos nacionais e importados, que formam um mix de 100 mil itens.Como das outras vezes, o sucesso que acompanha a rede catarinense se repetiu. Nada menos que 40 mil consumidores passaram pela loja só no primeiro final de semana, conferindo de perto o empreendimento comandado pelo empresário Luciano Hang. Desta vez, Hang investiu R$ 30 milhões na abertura da filial, erguida em 6 mil metros quadrados, com estacionamento rotativo e área de alimentação. A euforia que a presença da Havan provoca nas cidades onde aporta – entre consumidores e lideranças políticas – é inegável. Na inauguração da filial de Sinop (MT), foram 150 mil pessoas que prestigiaram a inauguração durante o final de semana. Aproximadamente, o mesmo número de consumidores compareceu a inauguração da 100ª filial, em Rio Branco, no Acre.No Rio Grande do Sul, onde a rede catarinense anunciou investimentos de até R$ 2 bilhões no início do ano, houve uma verdadeira disputa entre municípios que se candidataram a sediar a empresa. Ao final, Caxias do Sul e Passo Fundo foram os escolhidos para receber investimentos iniciais que devem chegar aos R$ 50 milhões e gerar mais de 125 empregos por loja. Na reunião que teve com o governador gaúcho, Hang explicou seu ousado plano de erguer nos próximos anos pelo menos 50 novas megalojas e gerar até 10 mil empregos diretos no estado. Em Videira, 150 pessoas passaram a trabalhar na rede varejista. Com a recente expansão, a rede catarinense chega ao segundo semestre do ano presente em 15 estados e contabilizando 112 megalojas distribuídas em 1 milhão de metros quadrados construídos.A incrível expansão da Havan talvez só possa ser comparada aos feitos do seu proprietário. Catarinense de Brusque, Luciano Hang, 55 anos, iniciou sua exitosa trajetória no cenário varejista nacional em 1986, com a abertura de uma pequena loja de 45 metros quadrados, que ostentava apenas um balcão e um funcionário, sediada na Av. Primeiro de Maio, em Brusque. O nome inusitado surgiu da união de Hang com Vanderlei, o antigo sócio que participou da história da empresa nos primeiros seis anos de vida. Na década de 1990, o primeiro impulso de crescimento veio com a abertura do mercado nacional aos produtos importados, quando os tecidos e artigos de baixo valor agregado passaram a fazer parte do varejo brasileiro.O final da década trouxe a desvalorização cambial e a Havan passou a atuar diretamente como uma loja de departamentos. Em 1995, junto com a inauguração da primeira filial, em Curitiba, a loja passa a adotar uma arquitetura que reproduz a Casa Branca e a réplica da Estátua da Liberdade – símbolos do estado norte-americano – como uma marca. Os próximos dez anos seriam de uma expansão planejada no Paraná e em cidades catarinenses, incluindo a abertura de uma majestosa filial em Florianópolis. Em 2008, em outra jogada de mestre, Hang assume a restauração do antigo Castelinho de Moellmann, um dos principais cartões-postais do estado, localizado no centro histórico de Blumenau, transformado em loja temática. Um novo marco na história da rede seria a abertura da Parada Havan, em Barra Velha (SC), onde foi instalado o Centro de Distribuição Havan. De acordo com o empresário, um dos trunfos da empresa foi entender as sucessivas ondas da economia nacional nos último 30 anos, passando de grande vendedora de tecidos a estrela das lojas de 1,99 até se consolidar como loja de departamentos.Atrás da meta estabelecida de inaugurar mais 20 lojas no Paraná e Santa Catarina nos próximos dois anos e atingir a cifra de 200 lojas até 2022, Luciano Hang busca a liberação de alvarás para construir em mais de 20 terrenos já adquiridos pela empresa. Se tudo correr como planeja, 2018 deve superar as 13 unidades. Em 2017, a empresa cresceu 35% e atingiu um incrível faturamento que gira em torno dos R$ 5 bilhões. A presença de símbolos norte-americanos que a Havan adotou como identidade visual acabou consolidando uma imagem liberal que o empresário Luciano Hang faz questão de brandir como uma verdadeira bandeira ideológica. A ideia de colocar uma estátua da liberdade em frente de cada loja surgiu de uma criança, que sugeriu a Hang a proeza. Hoje a estátua faz parte da identidade da rede, e provavelmente o Brasil seja o país que possui mais réplicas da estátua em todo o planeta. Notabilizado pelas críticas aos recentes governos é um defensor ferrenho de uma economia livre de amarras estatais. Dessa maneira, o filho de operários que ficou milionário – ele mesmo tendo vivido por sete anos como operário de uma indústria têxtil – apostou na polarização como uma forma de se fazer ouvir.Detentor de inúmeros prêmios de empreendedorismo por todo o país, Hang também enfrentou problemas com a justiça, através de acusações que envolviam importações fraudulentas através do Porto de Itajaí. Chegou a ser autuado pela Receita Federal, mas pagou a dívida através do Refis (regularização de débitos) e teve outras acusações consideradas nulas pela justiça. Sempre com um pé na possibilidade de candidatura política, o empresário catarinense ainda mantém em suspense seus próximos passos no campo eleitoral. O que não descarta uma verdadeira peregrinação a favor do livre mercado e a desburocratização do estado brasileiro. “Adoro os Estados Unidos, mas as pessoas têm que saber que é possível fazer no Brasil uma empresa de sucesso tendo a melhor equipe. Portanto o sucesso não é meu, mas dos 10 mil colaboradores que a Havan tem”, costuma afirmar.  Para o empresário, a receita do sucesso da rede está na dedicação e no comprometimento da equipe, na superação diária e no encantamento do cliente.Independente das polêmicas políticas, é impossível para os empreendedores nacionais não identificarem em Hang um gestor que inventou uma nova forma de vender, com lojas descentralizadas em cidades de menor porte e que fez vigorar com sucesso o modelo de loja de departamentos, que para muitos analistas do varejo, já estaria esgotado. “Não adianta vender produtos com pouca qualidade e querer enganar o cliente com outros artifícios. Ao contrário, temos que conquistar o coração do cliente”, afirma. Além de propagar que o foco das ações da Havan tem como norte a paixão pelos clientes e funcionários, Hang dá como fórmula para o sucesso a constante busca pela inovação.“Fazer sempre melhor e de maneira diferente é fundamental. Quando você acha que está tudo perfeito, aí é o começo da descida do teu desempenho.  É preciso se reinventar a cada loja inaugurada”, ensina. Mas nem só o crescimento através de megalojas destinadas a encantar o consumidor médio – algumas até com salas de cinema – fazem parte dos planos de Luciano Hang. O empresário também vem diversificando seus investimentos e pretende apostar alto no setor elétrico, com um aporte de R$ 400 milhões através da aquisição de PCHs – Pequenas Centrais Hidrelétricas, com capacidade de 63 megawatts, a exemplo das três unidades que já possui no interior de Santa Catarina.

Combo Atacadista inaugura primeira loja em Araranguá

A Rede Giassi Supermercados inaugura no dia 30 de agosto seu novo canal de vendas: o Combo Atacadista.A primeira loja da nova operação está instalada em Araranguá e terá foco nas negociações de quantidades maiores, tanto para o consumidor final quanto para comerciantes.O modelo é conhecido popularmente como “atacarejo”.O mix de produtos inclui cerca de 8 mil itens contendo grandes marcas reconhecidas no setor.Além dos tamanhos comuns nos supermercados e da venda por unidade para atender o cliente que deseja abastecer a casa serão comercializadas embalagens com volumes maiores destinadas a transformadores, como panificadoras, restaurantes, lanchonetes e bares e pequenos comerciantes que atuam como revendedores, entre eles supermercados, minimercados e lojas de conveniência.O atacarejo tem algumas características distintas do varejo tradicional, com estrutura mais simples, que acomoda parte dos estoques na própria prateleira.De acordo com o diretor-presidente da rede, Zefiro Giassi, a região tem potencial para este tipo de negócio:“Sentimos a necessidade do consumidor e decidimos atender a esta demanda”, justifica ele. “Na década de 1960 instalamos nosso primeiro atacado em Araranguá, que funcionou por quase 20 anos. Depois, o mercado passou por transformações que exigiram o modelo de varejo. Agora estamos retomando a atividade com mais atrativos”.A estrutura soma 5.200 m2 de área de vendas e 13.000 m2 de área construída, 20 checkouts e mais de 380 vagas de estacionamento.O evento de inauguração está marcado para as 9h.Televendas facilita negociações com comerciantesPara os comerciantes, um canal de atendimento exclusivo do Combo Atacadista agilizará ainda mais os orçamentos e pedidos.Por meio do telefone (48) 3521-4700 e do e-mail [email protected] será possível solicitar cotações e negociar os produtos.Os pedidos serão separados e estarão prontos para retirada quando o cliente chegar à loja para efetuar o pagamento.A rede também aceitará diversos cartões de débito e crédito, e terá ainda cartão próprio para pessoa física e jurídica.Sobre o GiassiA Rede Giassi Supermercados completou em julho seus 58 anos de atuação.No varejo conta com 15 lojas localizadas em dez cidades catarinenses e emprega mais de 6 mil funcionários.Para o próximo ano o plano de expansão prevê a abertura de mais lojas do Combo.

QUEM É O DONO DA RICARDO ELETRO?

Ricardo Nunes, fundador da Ricardo Eletro

Ricardo Nunes. Esse é o nome do fundador de uma das maiores empresas do ramo varejista do país, a rede Ricardo Eletro. O empresário brasileiro é nascido em Divinópolis, Minas Gerais. Além de criar a empresa, atualmente Ricardo é proprietário de 72% da também varejista Máquina de Vendas, originada graças a fusão de sua empresa com a Insinuante, em 2010. Ricardo não construiu o seu império em cima de outro, como através de uma herança, por exemplo. Começando debaixo, o fundador enfrentou diversas dificuldades até chegar onde chegou.
Ele começou sua carreira como vendedor aos 12 anos de idade, após a morte de seu pai. Ricardo vendia mexericas na rua e permaneceu nisso até os 18 anos. Quando completou a maioridade, começou a transportar bichos de pelúcia de São Paulo para vender em sua cidade natal. Em 1989, conseguiu abrir sua primeira loja em parceria com sua família. O primeiro nome é o que conhecemos hoje, "Ricardo Eletro" e ela possuía apenas 20 m².
No começo, a loja vendia apenas bichos de pelúcia, mas posteriormente ele expandiu e começou a oferecer eletrodomésticos ao público. O seu negócio cresceu de forma considerável ao longo dos anos e já no ano de 2010, a Ricardo Eletro ocupava a terceira colocação entre as varejistas de móveis e eletrodomésticos em todo o país. Nesse ano ele anunciou a fusão com a baiana Insinuante, líder no mercado nordestino. A operação teve como resultado a "Máquina de Vendas", nova segunda colocada no ranking nacional, ficando atrás apenas do Grupo Pão de Açúcar.
O grupo poderoso também é proprietário das redes Casas Bahia, Ponto Frio e Extra Hipermercados. Em 2011, Ricardo viu sua vida mudando aos poucos ao ser condenado à prisão por corrupção ativa. O mandato foi dado após uma denúncia da Procuradoria da República, por ter pago propina a um auditor fiscal da Receita para que sua rede não fosse autuada. O empresário recorreu ao Tribunal Regional Federal e toda a ação corre sob segredo da Justiça. Veja melhor quem é Ricardo.
E aí, você sabia quem era ele? Comenta pra gente aí embaixo e compartilhe com seus amigos. Lembrando sempre que o seu feedback é extremamente importante para o nosso crescimento.

Nossos sinceros parabéns e admiração por Ricardo Nunes, fundador da Ricardo Eletro.


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