Como João Carlos Martins quis agradecer sua chance na música
Um dos maiores nomes da música clássica do país, Martins falou sobre seus projetos empreendedores para incentivar a democratização da cultura
João Carlos Martins, pianista e maestro: "Através da música, eu corri, corri e corri atrás dos meus sonhos. E, hoje, os sonhos correm atrás de mim" (Endeavor e Sebrae/Divulgação)
João Carlos Martins é um dos maiores nomes da música clássica do país. Foi de pianista famoso por sua interpretação das composições de Johann Sebastian Bach até maestro de mais de 1.500 concertos.Mas tal sucesso não veio sem a superação de diversos obstáculos. Em palestra durante o Day1, evento organizado pela Endeavor em parceria com o Sebrae que ocorreu nesta semana, o regente falou sobre sua trajetória cheia de desafios e sobre como descobriu, recentemente, a importância do empreendedorismo para a cultura.“Uma pessoa tem duas possibilidades na vida: quando alcança seu objetivo, a pessoa tem que ter humildade. E, quando encontra uma adversidade, tem que ter determinação. Foi tal atitude que eu adotei na minha vida”, conta o maestro.
Superação
Tudo começou quando Martins tinha oito anos de idade. Seu pai lhe comprou o primeiro piano – um presente para animar o filho, que havia passado por uma cirurgia para tirar um tumor no pescoço.“Parecia que eu levava jeito. Seis meses depois, ganhei um concurso nacional de piano”, diz Martins.Durante toda a infância e adolescência, Martins foi crescendo como pianista: fez carreira nacional a partir dos 13 anos de idade e internacionalmente aos 18 anos. Dois anos depois, apresentou-se no prestigiado Carnegie Hall, nos Estados Unidos.Ao mesmo tempo, teve de enfrentar diversos problemas de saúde. Também aos dezoito anos de idade, foi diagnosticado com distonia. A doença causa movimentos involuntários, o que afetava a habilidade motora do pianista. “Hoje, conhecemos isso como LER [Lesão por Esforço Repetitivo]”, afirma Martins.“Não tem solução, mas há cuidados paliativos. Tive de encontrar minha própria forma de continuar minha carreira. Por exemplo: eu dormia até meia hora antes do concerto, porque a distonia vai se manifestando ao longo do dia. Com isso, conseguia começar o concerto como se tivesse acabado de acordar. E assim foram feitas minhas gravações de Bach.”Os problemas de saúde não acabaram por aí. Aos 26 anos de idade, enquanto jogava uma partida amistosa pelo time da Portuguesa no Central Park (Nova York), um acidente atingiu o nervo ulnar do pianista. Em outra ocasião, foi assaltado e enfrentou uma lesão cerebral por oito meses no hospital.As tragédias comprometeram mais ainda movimentos de Martins, que fez um longo tratamento para tentar voltar a tocar – e chegou a gravar álbuns e fazer vários concertos usando apenas sua mão esquerda.“Ao todo, foram 23 operações para viver meu sonho. Até que, após uma delas, os médicos me falaram que eu nunca mais tocaria como profissão. Para mim, parecia que o mundo tinha acabado”, contou o pianista.A luz no fim do túnel veio quando um amigo maestro lhe aconselhou a estudar regência. No dia seguinte, às sete horas da manhã, Martins teve sua primeira aula. “Agora, já foram mais de 1.500 concertos como regente. E faço 77 anos de idade neste mês.”
Empreendedorismo
“Na hora que eu percebi que poderia continuar na música através da regência, pensei comigo mesmo que a única forma de agradecer a Deus era continuar buscando a excelência musical aliada à responsabilidade social”, afirmou o maestro.Para concretizar tal objetivo, Martins apostou no empreendedorismo. “Eu percebi a importância do empreendedorismo na música, e na cultura como um todo. Por meio dele, concebi um sonho que quero realizar.”Tudo começou, diz Martins, quando um jovem que tocava violino veio pedir 10 reais ao maestro, para poder comer. “Eu falei que ele tinha talento. Que eu iria formar uma orquestra jovem e que ele seria o primeiro violinista. Dois anos e meio depois, ele estava em pleno Carnegie Hall, levando o nome do Brasil.”Esse foi o começo do projeto “A Música Venceu”, coordenado por João Carlos Martins na Fundação Bachiana, criada em 2006. A ideia é levar a musicalização para crianças e adolescentes em cidades do interior ou bairros pequenos. O trabalho é principalmente voltado para jovens carentes.“Quando eu penso nas minhas visitas à Fundação Casa [antiga Febem]… Lembro de uma quinta-feira que um pai chegou para mim e disse ‘meu filho pediu para ficar preso mais três dias, para falar obrigado”, conta Martins.“Esses mesmos jovens, que estavam em liberdade assistida, deixaram um cartão de Natal na portaria do meu prédio, dizendo: ‘Tio Maestro, Feliz Natal. A música venceu o crime’.”Agora, o regente está liderando o projeto “Orquestrando São Paulo” – que pretende criar 1.000 orquestras em cidades de até 40 ou 50 mil habitantes, juntando bandas locais com músicos de corda, geralmente presentes em igrejas evangélicas.Martins espera que a iniciativa se transforme em “Orquestrando Brasil” em breve – e mais crianças realizem seus sonhos. “Através da música, eu corri, corri e corri atrás dos meus sonhos. E, hoje, os sonhos correm atrás de mim.”Fonte: Exame
Evento com transmissão online contará histórias bem-sucedidas de empreendedores
A décima edição do Day1 será realizada hoje (5) e vai trazer convidados de peso para ministrar pequenas palestras, de 20 minutos cada
A décima edição do Day1 vai trazer convidados de peso que vão inspirar mais de 51 mil empreendedores de todo o país. Promovido pela Endeavor e pelo Sebrae, o evento será realizado na próxima segunda-feira (5), em São Paulo, e terá transmissão on-line. Em formato de pequenas palestras, de 20 minutos cada, o Day1 mostra como se deu a virada daqueles que hoje são considerados exemplos de sonho grande.
“É um momento em que o empreendedor pode se identificar com esses grandes empresários, que já passaram por dificuldades e desafios, erros e acertos, e conseguiram ser bem-sucedidos por meio do trabalho duro, de muita resiliência e persistência”, ressalta a diretora técnica do Sebrae, Heloisa Menezes. Os convidados são líderes de grandes organizações e com suas histórias e experiências podem ser inspiração para a juventude empreendedora que participa deste Day1, acrescentou a diretora do Sebrae.Primeiro palestrante do Day1, o pianista e maestro de renome internacional João Carlos Martins precisou se reinventar depois de um acidente e uma grave doença. Após superar enormes desafios físicos, hoje é o idealizador da Bachiana Filarmônica Sesi-São Paulo, a maior orquestra da iniciativa privada do Brasil.Para contar a história por trás da Natura, uma das maiores e mais conhecidas empresas brasileiras, é preciso voltar no tempo, quando o negócio nasceu, em uma antiga borracharia na Oscar Freire, em São Paulo. O sucesso combinou a paixão pelo conhecimento e o compromisso com as relações humanas do empreendedor Luiz Seabra, que também vai dividir sua trajetória bem-sucedida durante o evento.Outra profissional aguardada no evento é a chef Paola Carosella, empreendedora e executiva que vai narrar sua virada profissional aos 40 anos de idade. Ela teve que tomar uma decisão que mudaria sua vida na época em que era dona de um negócio quase falido, com dívidas se acumulando e uma filha pequena para criar.Esses são alguns dos convidados previstos no Day1 2017, que ainda contará com a presença de Pedro Lima (Grupo 3 Corações), José Renato Hopft (GetNet / 4all) e os Empreendedores Endeavor Caio Bonatto (Tecverde) e Carlos e Noeli Bazanella (Doce D’ocê). Só no ano passado, o evento contabilizou mais de 40 mil internautas nas transmissões virtuais. Ao longo de seis anos e dez edições, mais de 5 milhões de pessoas conheceram as 45 histórias de empreendedores como Jorge Paulo Lemann, Luciano Huck, Gustavo Kuerten e Nizan Guanaes. Todas as histórias estão disponíveis no site: https://endeavor.org.br/videos/day1/.
ON-LINE
O Day1 2017 é uma correalização da Endeavor e o Sebrae e conta com parceiros como: Santander (master), Dell & Intel (gold) e o apoio da Três Corações, da Wine, da agência F.biz, Ministério da Cultura, Fundação OSESP, Governo de São Paulo e apoio de mídia da PEGN. O evento será transmitido ao vivo na página do Facebook do Sebrae (https://www.facebook.com/sebrae), no canal do Youtube da Endeavor (https://www.youtube.com/user/endeavorbrasil) e no Portal Endeavor (https://endeavor.org.br/).
SERVIÇO:
Evento: DAY1Data: 5 de Junho | Segunda-feiraLocal: Sala São Paulo – Praça Julio Prestes, 16Horário: 18h30 às 22hValor: GratuitoMais informações: http://day1.endeavor.org.br/
A fabricação de um BMW é um processo cheio de detalhes e apenas colaboradores habilitados podem colocar o logotipo no veículo pronto
(BMW/Divulgação)
1. Minucioso
(BMW/Divulgação)
A fabricação de um carro já é um processo cheio de detalhes. Quanto mais um carro da BMW.Apenas colaboradores habilitados podem colocar o logotipo no veículo pronto, por exemplo.Além disso, todos os carros que saem da fábrica em Araquari (SC) são testados por pilotos competentes, em pista de asfalto e com obstáculos.A produção na fábrica do BMW Group em Araquari (SC) segue o princípio "build-to-stock". Ou seja, a produção de veículos no local é baseada em dados de vendas e de acordo com o volume de demanda.Confira nas imagens a seguir por dentro da fábrica da montadora.
2. Treinamento
(BMW/Divulgação)
Há ilhas de treinamento dentro das áreas produtivas, algumas com foco específico no treinamento de novos colaboradores e outras para treinamento em novos veículos.
3. Uniforme
(BMW/Divulgação)
Dentro da fábrica, os colaboradores usam uniforme, com seu nome bordado no lado esquerdo do peito e cores que indicam os seus departamentos. Já no escritório, a camiseta polo de uniforme é opcional, mas a maioria utiliza.
4. Ao ar livre
(BMW/Divulgação)
Durante os intervalos e horários de refeição, os colaboradores podem desfrutar de uma área de lazer ao ar livre, com quadra de basquete, mesa de tênis de mesa, mesa de jogos e cancha de bocha.
5. Começo de tudo
(BMW/Divulgação)
A fabricação de uma BMW começa no setor de solda de carroceria. Este setor possui duas linhas de manufatura instaladas em um espaço de 21 mil m².Aqui são soldadas algumas peças como painel lateral, portas, fecho de roda, piso do carro, fixação da suspensão, porta-malas, caixas de roda dianteira. A parede corta fogo também é soldada nesse momento – é nela que é fixado o painel que separa o motor da parte de dentro do carro, onde ficam motorista e passageiros.
6. Pintura
(BMW/Divulgação)
Após a soldagem, a carroceria segue para a área de pintura. Antes mesmo da tina, ela recebe tratamento de proteção contra corrosão, seladores, e isolantes acústicos. Depois, é aplicada a pintura e o acabamento na cor desejada pelo cliente.
7. Quilômetros de extensão
(BMW/Divulgação)
Para armazenar e distribuir as tintas automotivas à base de água utilizadas nesta fase, são necessários 35 quilômetros de tubulações, além de 350 quilômetros de cabos de energia e de comunicação, instalados em uma área de 23 mil m² divididos em três pavimentos. No fim da pintura, uma inspeção final minuciosa garante a excelência em qualidade.Os sistemas de transferência de tintas e outros produtos envolvem bombas e tubulações, têm pressão controlada para que haja um fluxo contínuo dos fluidos e para que as propriedades químicas não sejam alteradas.
8. Armário de carros
(BMW/Divulgação)
Um sistema de prateleiras gigantes armazena e transporta as carrocerias. Este sistema faz a interligação entre as etapas de soldagem da carroceria, de pintura e da montagem e comporta até 242 unidades.O transporte é feito de forma automática: cada carroceria conta com um número de rastreamento e o sistema identifica e seleciona o próximo modelo a entrar na linha de produção.
9. Sem as portas
(BMW/Divulgação)
Depois que a carroceria é pintada, ela segue para a linha de montagem. Antes de qualquer coisa, as portas são retiradas da carroceria para serem montadas separadamente. Aqui, toda a parte acústica e a forração são instaladas.
10. De ponta cabeça
(BMW/Divulgação)
As linhas de montagem permitem que o carro gire em diversas posições, para auxiliar o trabalho dos colaboradores e garantir as melhores condições ergonômicas para cada etapa. A estação de giro trava o veículo de modo a permitir a rotação do automóvel para a instalação do tanque de combustível e a tubulação de freio, além de algumas proteções térmicas.
11. Parte elétrica
(BMW/Divulgação)
Na sequência, acontece a passagem do chicote elétrico, que funciona como uma espécie de artéria do automóvel.É o conjunto de fios elétricos responsável pela transmissão de dados e comunicação entre os diversos módulos do veículo e a unidade central de comando, instalado no interior do veículo. São três estações que fazem a montagem dos chicotes. Aqui, o chicote é aberto e pré-posicionado no veículo.
12. Painel
(BMW/Divulgação)
Os próximos itens a serem adicionados ao carro são a lanterna, acabamento interno são instalados, assoalho e tampa traseira. Depois, são inseridos a forração do assoalho e teto.Nesta etapa, o painel é colocado no interior do veículo, seguido dos vidros dianteiro e traseiro.
13. Couro legítimo
(BMW/Divulgação)
Os bancos de couro são instalados um a um. Os assentos possuem exatamente o mesmo padrão de qualidade premium dos automóveis produzidos pelo BMW Group na Europa e Estados Unidos e vêm de um fornecedor “reconhecido mundialmente pela qualidade excepcional, expertise adquirida em 140 anos de história”, diz a empresa.
14. Portas fechadas
(BMW/Divulgação)
Depois dos bancos, chegou a hora de colocar as portas de volta. Elas foram retiradas no início da linha de montagem, para seguirem por sua própria linha de produção.
15. Quase pronto
(BMW/Divulgação)
Agora, o produto começa a ficar mais parecido com o resultado final. O veículo é erguido para se unir com o motor, a suspensão e os eixos.Na sequência, há a instalação dos para-choques e do farol dianteiro, sistema de escape e proteções inferiores.
16. De perto
(BMW/Divulgação)
Aqui, detalhes do motor e eixo.
17. Rodas
(BMW/Divulgação)
Os veículos são transportados para uma das etapas finais do processo de produção: a colocação dos pneus.
18. Honra
(BMW/Divulgação)
Segundo a BMW, a colocação do logotipo é um momento especial na linha de produção. Apenas alguns colaboradores são habilitados a colocar o emblema da marca nos automóveis da BMW e MINI.
19. Gasolina e óleo
(BMW/Divulgação)
Depois, todos os fluídos do veículo são preenchidos. Aqui, o automóvel é abastecido, programado e ligado pela primeira vez.
20. Testes e mais testes
(BMW/Divulgação)
Agora com propulsão própria, o veículo se move para a área de alinhamento de rodas a laser. O laser identifica de forma mais precisa a posição e altura da carroceria em relação às rodas dianteiras e traseiras. Desta forma o processo de alinhamento é mais rápido e preciso.Depois, inicia uma série de testes. A primeira cabine é para o teste do motor. Partes eletrônicas, ABS e farol são testadas nesta etapa também.
21. Passeio
(BMW/Divulgação)
Depois, os carros são levados para um passeio: 100% dos automóveis produzidos em Araquari são testados em pista de asfalto e obstáculos. Os pilotos habilitados para este teste recebem treinamento nas fábricas da BMW Alemanha. Na pista, são feitas verificações de vários componentes e funções, como o sistema de áudio e entretenimento, módulos de conexão, sensores, câmbio, dirigibilidade, ruído de vento, medição do óleo, etc. Também são testados o som, conectividade, sistema multimídia, controle de velocidade e abertura e fechamento do teto solar.
22. Acabamento
(BMW/Divulgação)
O veículo ainda passa por um teste de estanqueidade. Numa cabine, ele recebe fortes jatos de água em diferentes direções, simulando uma chuva torrencial, para verificar se está bem vedado.Na linha de acabamento, a pintura é verificada, o veículo é polido e emblemas diversos são colocados, além dos tapetes e manual de instruções.Existem diversas estações de controle de qualidade durante o processo de produção, mas a auditoria de produto final é realizada no veículo completamente finalizado por equipe especializada da área de Qualidade.
23. Finalizado
(BMW/Divulgação)
O carro recebe um OK final e é levado para o pátio. Será depois enviado para a concessionária, que vai entregar ao cliente. Esta foto foi feita no primeiro dia de produção da fábrica – 30 de setembro de 2014.Fonte: Exame
Após receber uma demanda sem precedentes e notar uma movimentação de consumidores fora do normal, o vendedor de Illinois Ray Kroc (Michael Keaton) adquire uma participação nos negócios da lanchonete dos irmãos Richard e Maurice "Mac" McDonald no sul da Califórnia e, pouco a pouco eliminando os dois da rede, transforma a marca em um gigantesco império alimentício.Assista o filme completo.
Ivan Macena começou a trabalhar aos sete anos de idade. De negócio em negócio, criou uma rede de fondue saudável que já possui 80 unidades
Ivan Macena, dono da Fábrica Di Chocolate: (Foto)
O empreendedor Ivan Macena aprendeu a tocar negócios desde cedo: aos 14 anos de idade, deixou de ser feirante para cuidar das vendas de seu primeiro empreendimento, com a família.De lá para cá, sempre ficou de olho em oportunidades de negócio: ele passou em negócios tão variados como uma rotisseria e uma loja da rua 25 de março.
Até que uma conversa ouvida por acaso em um shopping traria uma oportunidade milionária: a falta de uma boa loja de chocolate.Assim nasceu a Fábrica Di Chocolate: uma rede de franquias que aposta em fondue express, com “chocolate saudável” e frutas. Apenas no ano passado, o negócio faturou 24 milhões de reais. Para 2017, o plano é crescer esse valor em 8 a 12%.Macena atribui tais números à sua experiência em empreender desde jovem. “Seja na rotisseria ou na loja na rua 25 de março, eu adquiri uma boa base de administração. Eu não li: eu vivi. Isso que me deu conhecimento”, afirma. “Isso eu traduzo para o plano de negócios, mostrando o que acontece ou não nos quiosques. Os futuros franqueados percebem o grau de conhecimento que você tem.”Empreendedorismo:O Superlógica Xperience te proporciona dois dias de imersão nas inovações dos negóciosPatrocinado
História de vida
Macena acumulou diversos empregos e empreendimentos até chegar à Fábrica Di Chocolate. Ele começou a trabalhar vendendo frutas com os vizinhos em feiras, por volta dos sete anos de idade.Após cerca de três anos como feirante, conseguiu o primeiro emprego retirando lotes de borracha para carros, e depois trabalhou em uma vidraçaria.Aos 15 anos de idade, Macena participou de seu primeiro negócio, com a mãe e a irmã: uma rotisseria em São Bernardo do Campo (São Paulo), para venda de pratos congelados. Elas faziam as comidas e ele era responsável pelas vendas aos fins de semana – nos dias úteis, trabalhava em um escritório.“Éramos em dez irmãos, e os mais velhos já tinham de trabalhar. Queria ganhar meu dinheiro, e ficava pensando em como trabalhar para isso”, conta o empreendedor. “Depois, já como funcionário, vi o quanto eu conseguia produzir – e queria trabalhar para mim mesmo. Por isso, sempre tentei conciliar o emprego com um negócio próprio.”Foi assim durante cinco anos. Quando Macena tinha 21 anos de idade, montou um estande de adesivos, chaveiros, embalagens e presentes na rua 25 de Março. O negócio durou três anos.“Mesmo assim, percebi que negócios assim tinham uma sazonalidade muito grande, e eu queria algo mais estável. Enquanto não via uma oportunidade negócio, resolvi aproveitar uma proposta de emprego.”Aos 24 anos de idade, ele recebeu um convite para trabalhar no Grupo Votorantim. Ficou nove anos na gigante, fazendo contratos de compra e logística.Depois de passar quase dois anos em uma multinacional alemã, Macena aceitou uma terceira proposta de emprego em logística e suprimentos, da multinacional Tigre. Dessa vez, teve de se mudar para Joinville (Santa Catarina).O ano era 2002. A família não se adaptou muito bem à nova cidade: a esposa de Macena havia acabado de se formar em Direito e encontrava dificuldades para se estabelecer no mercado.Pensando em um negócio para os dois, marcou uma conversa com o administrador de um shopping em Joinville. A ideia era montar uma loja, mas ouvir pessoas conversando na recepção do local enquanto aguardava o administrador mudou os planos do empreendedor. Elas reclamavam que só havia uma loja que vendia chocolates no shopping todo.
Fábrica Di Chocolate
Macena pensou no que havia acabado de ouvir dos consumidores, e também no fato de que costumava fazer fondue para seus amigos.Assim que a reunião com o administrador começou, ele revelou seus planos de abrir um quiosque de foundue express. Após alguns dias, Macena enviou o projeto de quiosque e recebeu, como resposta, um prazo de 20 dias para instalar o negócio.A Fábrica di Chocolate começou com esse primeiro quiosque, no ano de 2003. “Fiquei com esse negócio por três anos trabalhando de noite, enquanto lidava com o emprego no horário comercial.”Nesses três anos, muita gente perguntava se Macena não queria franquear seu quiosque. Por isso, o empreendedor estudou o mercado e se associou à Associação Brasileira de Franchising (ABF).Macena recebeu a autorização para franquear apenas em 2006, com a elaboração de um plano de negócios voltado a quiosques franqueáveis.A família já conseguia viver da renda do quiosque, e então o empreendedor largou de vez o emprego para focar na franqueadora.“Eu mesmo fiz o plano e comecei a divulgar na internet, atendendo os interessados no shopping mesmo”, conta. “As primeiras franquias apareceram em Curitiba e Salvador, e aí foi indo. Quando vendi a quarta, comecei a me estruturar: contratei funcionários e montei um escritório.”Macena não conhecia o tamanho do mercado até então – e só ao se associar à ABF percebeu que outros três negócios apostavam também no fondue express.“Se você não tiver um conhecimento profundo do mercado antes, você não conseguirá criar um negócio de sucesso franqueável, com boa formatação”, defende o empreendedor. “Estávamos em quarto lugar, e hoje somos líderes no mercado.”Para se diferenciar, Macena fez uma parceria com uma empresa belga para produzir seu chocolate.“Nosso chocolate não tem glúten nem gordura trans e hidrogenada. Com isso, pudemos unir frutas a um chocolate que só tem gordura por conta do leite que vai em sua formulação, gerando um fondue saudável e com muito sabor. A gente evita ao máximo trabalhar com ingredientes pesados, como o leite condensado.”O fondue representa, hoje, 75% das vendas nas unidades da Fábrica di Chocolate. O ticket médio fica em cerca de 12 reais, em uma estratégia de negócio que foca nas classes B e C.Fonte: Exame
O Bologna foi fundado em 1925 e já está em sua quarta geração de donos. Diante da crise, eles tiveram de se reinventar - mas sem perder a tradição
Fachada do restaurante, rotisseria e padaria Bologna: negócio passou a funcionar 24h para aumentar seu faturamento (Bologna/Divulgação)
Se criar um negócio já é uma tarefa complexa, mantê-lo é ainda mais difícil. No dia a dia, um empreendimento está sujeito tanto a complicações internas quanto externas – como os recentes anos de crise econômica, que quebraram muitas empresas.
De sobreviver o negócio Bologna entende bem: criado em 1925 como um restaurante, o negócio completa 92 anos lançando estratégias que garantem uma clientela diária que fica entre 900 e 1.200 clientes.Mas, há alguns anos, o empreendimento estava perto de fechar as portas. “Assumimos sabendo que, daqui a seis meses, o Bologna teria de ser fechado. Já estava há mais de 40 anos sem fazer nenhum tipo de reforma, e com um projeto descolado da atualidade”, conta o empreendedor Wagner Ferreira.Ele e a esposa Gleusa Ferreira se tornaram proprietários do Bologna em 2012, sendo a quarta geração de sócios. E contam como conseguiram não apenas sobreviver à atual crise, mas aumentar seu faturamento.Para seu negócio:O Superlógica Xperience te garante dois dias de intenso aprendizado sobre faturamentoPatrocinado
Reformas e tradição
O restaurante Bologna foi criado pelo empreendedor Antonio Trombetti, na região do Brás, em 1925. Depois de alguns anos no Anhangabaú, o negócio mudou-se para a rua Augusta em 1959, onde permanece até hoje. Também virou uma rotisseria – negócio de comida para a viagem.
Foto da rotisseria Bologna, em tempos antigos (Bologna/Divulgação)
Após outras duas gerações de sócios, Gleusa e Wagner Ferreira assumiram o Bologna, em 2012. Antes de virarem donos, a empreendedora conta que os dois passaram um tempo vendo a forma de trabalhar do local.“A gente se preocupou muito, quando comprou, de entender a tradição. Vimos a produção e fizemos fichas de passo a passo. Além disso, mantivemos a equipe”, diz Gleusa. “Essa equipe ensina os que acabaram de chegar, contratados por conta da nossa expansão. Assim, a tradição passa de geração em geração.”A próxima atitude foi investir cerca de dois milhões de reais em uma grande reforma do local. Segundo o dono, essa foi a primeira atitude essencial para a sobrevivência do negócio na crise econômica, que chegaria pouco tempo depois.“Só estamos financeiramente sadios porque entramos na crise com a casa já arrumada. Aqueles que já entraram desorganizados, devendo para o banco, acabaram não sobrevivendo”, explica Wagner.“Nossa preocupação era que crianças e jovens não frequentavam mais o restaurante, por não ter tido reformas em anos e por comercializar um produto não atrativo, que era comida só para levar. Um estabelecimento que não possui jovens frequentando também não possui futuro.”Além da reforma do local, que adotou um visual retrô dos anos 50, o Bologna expandiu suas cozinhas. O projeto tradicional era feito de rotisseria, pastifício (massas), sorveteria e alguns salgados. Agora, são sete áreas: confeitaria, lanchonete, padaria, pastifício, restaurante, rotisseria e sorveteria.Isso trouxe uma outra preocupação: manter os clientes de 65, 70 anos de idade que frequentam a casa com fidelidade. Por isso, a reforma foi projetada para manter um visual tradicional e a rotisseria não foi eliminada: quem leva comida para casa há 40 anos pode continuar com o hábito. Enquanto isso, os mais jovens costumam frequentar o restaurante do Bologna.“É preciso modernizar o estabelecimento, mas manter a tradição. A tradição não cai de moda: o que cai de moda é a cor do chão, o teto, as paredes. Isso temos de trocar”, diz Wagner. “Os funcionários e as receitas precisam ficar, porque só provando os mesmos pratos e vendo os mesmos cozinheiros é que o cliente pode aceitar as mudanças que fizemos no ambiente. Os funcionários antigos são a cara do negócio.”Hoje, o Bologna recebe de 900 a 1.200 clientes todos os dias, com um ticket médio de 36 reais. É uma cliente fiel, mas que vem aumentando, diz Gleusa. “Hoje, temos famílias que a mulher e o marido vinham ao Bologna com seus pais. Agora, trazem os filhos e mostram as pessoas que os atendiam – e esses funcionários mais experiente já apresentam os novos, fazendo essa ponte entre gerações.”
O Bologna, depois da reforma feita em 2012 (Bologna/Divulgação)
Aproveitando a noite na Augusta
Mesmo que a reforma feita em 2012 tenha evitado envidar-se em plena crise econômica, o Bologna ainda tinha de procurar formas de aumentar o faturamento.Por isso, há um ano e meio o negócio adotou o regime de funcionamento de 24 horas por dia (exceto aos domingos, quando a casa fecha à meia-noite). A estratégia só funcionou a região possui uma vida noturna muito intensa e não há muitos locais para comer uma boa refeição na madrugada, diz Wagner.“Tem muita empresa que abre 24 horas, mas não tem ponto para tal. Aí só se afunda ainda mais, porque as despesas sobem e as receitas não crescem na mesma proporção.”“A gente sentiu que, na região que estamos, nossos clientes pediam isso. Eles perguntaram quando iríamos funcionar na madrugada, e resolver abrir em alguns dias específicos, como feriados e fins de semana. Como vimos sucesso, resolvemos atender de vez os pedidos”, completa Gleusa.Para isso, o Bologna designou uma equipe apenas para o horário – juntando todos os turnos, 57 funcionários trabalham no local. Enquanto até a meia-noite todos os pratos são servidos, na madrugada não há pratos: há lanches, pizzas, salgados e sopas, por exemplo.
Coxinhas cremosas vendidas no Bologna (Bologna/Divulgação)
Movimento atual e planos futuros
O próximo passo é introduzir a cozinha também na madrugada, a partir dos pratos mais demandados dos clientes. O Bologna já recebeu proposta de vender os lanches, salgados e sorvetes por meio de lojas de shopping, mas ainda não está nada acertado.“Não cogitamos abrirmos essas lojas em plena crise. O que acontecer com o país daqui para frente irá nos convencer ou não da ideia”, diz Wagner.Fonte: Exame
Alberto Saraiva, criador do Habib's e do Ragazzo, acredita que amar os clientes é a base para o sucesso de uma empresa
Para Alberto Saraiva, criador e presidente do Habib's, empresa com mais de 25 anos de história no Brasil, a crise não é um problema. Segundo o empreendedor, só em 2016, a empresa seguiu com um crescimento na lucratividade de 10%, construindo entre 30 e 40 lojas novas por mês. Seu segredo? Amar os clientes. “Precisa de amor para atingir o sucesso profissional.”“Que tipo de relacionamento você tem com o seu cliente? É de amor ou interesse econômico?”. Para Saraiva, as respostas dessas perguntas escodem soluções para os empreendedores vencerem dificuldades.O criador da maior rede de fast food árabe do mundo também acredita que o empreendedor que deseja obter sucesso não pode ter medo de colocar a mão na massa. Durante sua palestra na Feira do Empreendedor SP, Saraiva inclusive preparou esfihas para o público. “Não há nada melhor do que vencer pelas próprias mãos”, diz.Durante sua palestra, listou outras recomendações para quem está pensando em abrir um negócio. Confira:1. Pense nas pessoasNa visão do criador do Habib’s, o empreendedor deve construir um negócio que pense nas pessoas. Por isso, a empresa precisa oferecer vantagens que atendam aos seus interesses. “Quando eles precisarem de algo a mais, vai responder com sim? Pois deveria.”2. DeterminaçãoSaraiva, que enfrentou a morte do seu pai ainda jovem, acredita que determinação é essencial para o empreendedor. “Encarar os problemas da vida com coragem faz a gente seguir em frente. Assim conseguimos trabalhar sem descanso, com força e garra.”3. Tenha um diferencialO presidente da rede de fast food considera os seus baixos preços um diferencial. E é nesse fato que apoia todas as suas campanhas de marketing, por exemplo. “O zero à esquerda [em referência ao valor das esfihas] nunca foi tão querido no Brasil.”
4. Fracasso“Fracasso, persistência e determinação fazem parte da vida. Andam juntos.” Com as falhas, Saraiva diz ter aprendido muito. Por isso, ele deixa uma dica para os empreendedores: “O sucesso costuma vir somente depois de muitos fracassos.”5. Elimine atravessadoresPara eliminar os atravessadores, Saraiva é dono das fazendas que produzem o queijo das suas esfihas, da agência de publicidade que faz as propagandas da marca e da empresa que realiza o serviço de atendimento ao cliente do Habib’s e do Ragazzo. “É economia de escala. Dessa forma, a gente reduz os preços da matéria-prima.”Fonte: PEGN
Histórias que deram origem a duas marcas de sucesso
Líderes da empresa de utensílios domésticos Tramontina e da rede de restaurantes Madero contaram como conseguiram romper fronteiras e se destacar no mundo empresarial
Tramontina está à frente da Tramontina há 25 anos Foto: Maykon Lammerhirt / Agencia RBS
Lideranças genuinamente brasileiras e responsáveis por gerir os negócios de empresas que romperam fronteiras e ganharam o mundo. Assim são Clóvis Tramontina e Júnior Durski, os dois painelistas que participaram da sessão Inspiração Empreendedora da Expogestão 2017, que ocorre em Joinville.Na tarde desta quarta-feira, eles compartilharam as histórias que deram origem as marcas de sucesso Tramontina, criada pelo avô de Clóvis e presente em 120 países, e Madero, fundada por Júnior há pouco mais de uma década e com 85 unidades franqueadas no Brasil e nos Estados Unidos.À frente da empresa da família desde 1992, Clóvis Tramontina trouxe dados que reforçam a palavra "inspiração" para empreendedores consolidados ou que desejam empreender com as dicas deixadas por ele durante o painel. Fundada há 106 anos, a Tramontina emprega mais de sete mil funcionários e tem em seu portfólio 18 mil utensílios.No ano passado, um ranking feito com empresas de todo o País mostrou que a Tramontina cresceu 50 posições entre as marcas com maior reputação no mercado: passou da 86ª para a 36ª colocação. A chave para o sucesso, segundo ele, envolve simplicidade:— Procuramos tornar o assunto, por mais complexo que ele seja, em algo objetivo e simples e a simplicidade é por si só uma atitude humana — apontou.Outra marca da empresa é a valorização dos profissionais, que segundo ele, "não é uma empresa de panelas, facas e ferramentas, mas uma empresa de pessoas". O empresário apontou ainda investimentos em comunicação da marca e uma gestão descentralizada entre as dez unidades fabris mantidas pela empresa como determinantes para o crescimento e fortalecimento do nome da Tramontina no mundo. A forma de empreender também foi destacada.— Ser empreendedor não é fácil, imagina ser empreendedor hoje no Brasil? É um desafio muito grande, mas é possível unindo quatro pontos chave: capacidade de criar algo novo, ser criativo, ter paixão e introduzir um novo serviço. Tendo essas características você já é um empreendedor – ressaltou.
Durski é o idealizador da rede de restaurantes Madero Foto: Maykon Lammerhirt / Agencia RBS
Para Júnior Durski, idealizador do Madero, empreender também exige persistência. Nascido em Prudentópolis, no Paraná, ele aprendeu a apreciar bons pratos ainda na infância quando morou com os avós em uma fazenda. Chegou a se formar em Direito, passou pela política e foi madeireiro por 15 anos no Norte do País, entre as décadas de 1980 e 1990.Foi nesse período que descobriu a paixão por cozinhar e, em 1999, quando desembarcou em Curitiba, deu início a uma história de empreendedorismo que só deu certo depois de muito persistir.Seu primeiro restaurante, Durski, especializado em comida polonesa e ucraniana, não deu certo.Em 2005, após passar um mês nos Estados Unidos e visitar mais de 70 restaurantes, resolveu criar o Madero próximo do seu outro restaurante. A ideia mais uma vez não vingou, apesar de elogios e o sabor do hambúrguer já ser reconhecido. Foram 11 anos e seis restaurantes em cidades diferentes, todos sem dar lucro. Mas ele insistiu e, desta vez, reduzindo o preço e mantendo a qualidade dos produtos, o resultado foi além do esperado.Hoje, a franquia conta com 85 restaurantes e estão sendo projetados outros 40 ainda este ano. A alteração no preço dos produtos foi apenas um dos motivos para o crescimento da rede nos últimos anos. Os maiores destaques para manter o sucesso do empreendimento são processo e procedimento, gostar do que faz e muito trabalho.— Foi o que eu fiz no Madero. Temos uma central que fabricamos tudo ou quase tudo que vendemos. A logística é nossa, não sou adepto à terceirização. Quando a gente faz, a gente faz bem feito. Tenho paixão pelo que faço e busco passar isso para os meus funcionários. Gostar do que faz é a grande sacada.O empresário citou ainda a humildade para reconhecer erros, as oportunidades de carreira e fazer o bem como determinantes para alavancar resultados.– Se sua empresa está fazendo o bem, pode levantar as mãos e agradecer por isso. Quanto mais eu ganho, mais bem eu posso fazer e mais serei recompensado. Acredito nisso.Neste ano, a rede de restaurantes Madero projeta realizar mais de R$ 2 milhões em doações para instituições de caridade do Brasil. Durante a Expogestão, o empresário anunciou que essa política da empresa também será estampada no slogan da marca. A famosa frase "O Madero faz o melhor hambúrguer do mundo" dará lugar às mesmas palavras, mas colocadas de forma diferente: "O hambúrguer do Madero faz o mundo melhor."Fonte: A Notícia
Discretamente a Dudalina completou nesta semana 60 anos de história. Foi no dia 3 de maio de 1957 que Dona Adelina Hess de Souza costurou as primeiras camisas com tecido que estava encalhado na loja da família em Luiz Alves. O produto teve boa aceitação e dali para frente ninguém segurou o crescimento da empresa que chegou a ser a maior produtora de camisas do Brasil e uma das maiores da América Latina.Para marcar a data, uma homenagem foi prestada ao espírito empreendedor de Adelina na prefeitura de Luiz Alves. No evento esteve a maior parte dos 16 filhos do casal, entre eles a última presidente que representou a família na empresa, Sônia Regina Hess de Souza.Assista ao vídeo produzido pela Pacto Comunicação em homenagem a Adelina Hess de Souza
A Schornstein foi fundada em 2006 por três descendentes de alemão na cidade de Pomerode, interior de Santa Catarina
A cidade de Pomerode, no interior de Santa Catarina, é conhecida como a cidade mais alemã do Brasil. Para fazer jus a esse título, Adalberto Roeder, Gilmar Sprung e Luís Fernando Selke decidiram criar uma cervejaria na cidade. Assim, em 2006, nasceu a Schornstein. O nome significa chaminé de pedra e faz alusão ao local onde a cervejaria foi fundada.“A coisa começou como um hobby. A ideia era pra ser um bar que servia apenas 5 mil litros no balcão”, disse Adilson Altrão, diretor-executivo e sócio da Schornstein. Altrão, de 50 anos, foi trazido como sócio para a operação pouco depois do nascimento da cervejaria. “Começamos então produzindo apenas chope. Depois começamos a mandar alguns barris para Florianópoli. E daí em diante não paramos de crescer”.O diretor aproveitou a oportunidade de adquirir uma fábrica em Holambra, interior de São Paulo, para expandir a área de atuação da empresa. “No começo de 2009 montamos a filial de produção em Holambra que nos ajudou no processo de expansão”, disse Altrão, paranaense de Terra Boa.
O aumento da demanda exigiu que a Schornstein começasse a trabalhar com garrafas. “Em 2013, resolvemos levar a coisa mais a sério. Entramos no mercado de cerveja de garrafa. O chope possui uma certa limitação geográfica. Esse foi o nosso ‘boom!’ de crescimento” disse o diretor executivo.Até 2012, a Schornstein produzia em torno de 25 mil litros de cerveja por mês. Depois de um investimento de R$ 5 milhões em uma nova planta na própria cidade de Pomerode, a produção da empresa subiu para 150 mil litro por mês. “Vendemos a planta de Holambra em meados de 2016 e inauguramos nossa nova fábrica em Pomerode. Ela foi projetada para produzir até 300 mil litros de cerveja”, disse Altrão. A empresa espera ultrapassar o patamar de 200 mil litros em 2018 e depois alcançar a capacidade máxima de produção da fábrica.Atualmente, a Schornstein conta com nove cervejas artesanais em produção. A fábrica no interior de Santa Catarina possui uma equipe de 38 pessoas para dar conta do volume. A empresa fechou 2016 com um faturamento de R$ 15 milhões e espera aumentar esse número para R$ 21 milhões neste ano. A cervejaria está em 2,7 mil pontos de venda espalhados por 24 estados brasileiros.Para alcançar a meta, a empresa começou a investir em cervejas em lata. “As cervejas artesanais em lata são uma forte tendência no exterior e está chegando ao Brasil”, disse Altrão. Além disso, a Schornstein desenvolveu um modelo de bar que oferece as suas cervejas e uma variedade de produtos oficiais da marca. O “Armazém Schornstein” vai funcionar em um modelo de franquias.“O Armazém nos surpreendeu positivamente. Para complementar, também criamos um beer truck para os nossos produtos e também estamos criando um aplicativo para treinar garçons e vendedores sobre os detalhes das cervejas artesanais”, disse o diretor executivo.Fonte: PEGN