Indústrias que eram símbolo do município cerraram as portas e cidade buscou diversificação
– Fiquei a ver navios por um tempo – admite Müller, referindo-se a tentativas em outros empregos e negócios.
Até que, em 2005, começou a estudar o mercado em ascensão das cervejas artesanais. Era um tipo de consumo que começava a crescer no país. Com três ex-colegas da Antarctica, de diferentes especialidades, lançou em 2006 e pedra fundamental da cervejaria, inaugurada no ano seguinte. Nasceu como Eisenbrück, mas teve de mudar de nome para Altenbrück, por pressão de uma cervejaria maior que tinha a pronúncia semelhante em um de seus rótulos.
Cada um dos sócios investiu um pouco de suas economias na companhia. Começou com capacidade para 6 mil litros ano. Hoje, são 40 mil. E a empresa emprega 10 funcionários.
– Nos primeiros cinco, seis anos, não saía nada para o bolso dos sócios. Era tudo reinvestido na empresa – conta Müller, ressaltando que só agora a microcervejaria começa efetivamente a dar retorno.
Parte do sucesso do negócio, entende o empresário, vem da própria ligação de Feliz com a bebida. Cerca de 70% das vendas ocorrem no próprio município ou em um raio de 15 quilômetros. O resto é vendido para clientes da Serra e de Porto Alegre.
– Foi a comunidade que abraçou essa ideia. Fomos crescendo com a propaganda boca a boca – conta. A tradição cervejeira da cidade, que impulsionou a industrialização do município, se renova e ajuda na reinvenção da economia de Feliz.Assista o vídeo e entenda a reinvenção da Feliz!
Saiba que mercados estarão bombando e comece a se preparar desde já para 2019
Acompanhar e analisar tendências de mercado sempre foi uma prática típica de grandes corporações, principalmente por poderem financiar esses estudos.
Pensando na aplicabilidade e acesso das tendências aos pequenos negócios, o Sebrae/PR lançou o Caderno de Tendências 2018/2019. O material é gratuito e está disponível para download.O caderno traz 37 tendências divididas em quatro macrotendências, que são movimentos importantes que devem influenciar o mercado nos próximos anos. São elas: sociedade e economia inteligentes, novos comportamentos de consumo, gestão para o futuro e experiências reais.De acordo com Maurício Reck, consultor do Sebrae/PR, o caderno é resultado da análise de 14 reports (relatórios, em português), das principais entidades mundiais especializadas em tendências, feita por uma equipe de especialistas do Brasil, Itália, Inglaterra e Portugal.“A equipe reuniu as informações sobre mudanças no comportamento de consumo no Brasil e no mundo e convergiu para a realidade dos pequenos negócios. Os consumidores estão cada vez mais conscientes e em busca de novas soluções. Quem não ficar atento ao que acontece no mercado, perde em competitividade. O caderno de tendências é um direcionamento para que ele se mantenha competitivo, possa identificar para onde seus clientes estão indo e quem pode ser seus novos clientes”, analisa o consultor.Macro e micro
De acordo com Reck, macrotendências tratam de mentalidades globais, originadas por novas necessidades de comportamento em comum na sociedade. “Neste caso, essas mentalidades tomam proporção tão grandes que passam a afetar simultaneamente uma vasta gama de setores da indústria e tem um prazo mais longo, de 15 a 30 anos”, explica.Já as tendências e microtendências, segundo Reck, são padrões de comportamento e consumo mais específicos, que surgem devido às mentalidades globais das macrotendências. “Por meio dessas manifestações em menor escala, ou em menos setores, pode-se compreender com mais precisão – ou na prática – quais são os tais novos anseios e desejos da sociedade”, avalia o consultor.ACESSE AQUI O ESTUDO
Como funciona a coleta e reciclagem de cápsulas de café na Nespresso
A relação do brasileiro com o café é de longa data. As primeiras mudas chegaram em 1727 em Belém (PA) e o cultivo rapidamente se popularizou. O produto, que era voltado para exportação e atendia principalmente às demandas de outros países, caiu no gosto popular. O café inicia o dia de um brasileiro, arremata seu almoço e, muitas vezes, acompanha um doce ou salgado durante a tarde. Além da relação afetiva e gastronômica, o café faz parte da história econômica do Brasil: foi o produto responsável pela expansão do crescimento econômico brasileiro no final do século XIX e permitiu a acumulação de capital para a industrialização do país. Mesmo após tantos anos, o café continua representando uma parte importante da economia nacional: somos os maior produtor e exportador do mundo. O Brasil também é um dos países que mais consome a bebida: as últimas estimativas da Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC) apontam que o consumo brasileiro é de 81 litros por pessoa.
Um tipo de consumo específico de café vem crescendo nacionalmente. A possibilidade de apreciar diferentes tons e sabores em doses menores cativou o brasileiro: o consumo de café em cápsulas, segundo a ABIC, ainda deve aumentar mais de 100% até 2019. Além disso, para a indústria, os recipientes de alumínio têm diversas vantagens: não oxidam, são leves e são infinitamente recicláveis, o que facilita o transporte e também o trabalho de logística reversa. No caso específico do café, ajudam a preservar a boa qualidade e oferecem uma porção individual para o consumidor, evitando o desperdício do produto: calcula-se que 30% dos alimentos que são produzidos mundialmente são desperdiçados ao longo da cadeia.
No entanto, há uma desvantagem grande nesse processo: o lixo gerado pelo descarte incorreto das cápsulas. No mercado brasileiro desde 2006, a Nespresso criou e desenvolveu seu próprio centro de reciclagem para dar um destino correto às cápsulas da marca, localizado em Barueri (SP). Claudia Leite, Gerente de Cafés e Sustentabilidade da Nespresso, explica que as cápsulas coletadas nos diversos pontos de descarte são recebidas, trituradas por máquinas e separadas mecanicamente (sem uso de água) da borra de café. O metal é encaminhado para parceiros de reciclagem e volta ao ciclo produtivo como matéria-prima e a borra é usada para a produção de adubo orgânico.O centro foi aberto ao público para visitas guiadas no dia 17 de maio, Dia Mundial da Reciclagem. O objetivo da ação é mostrar aos clientes e outros interessados o trabalho de logística reversa da organização e aumentar mais o engajamento em torno da questão. “O que vimos é que, nos últimos anos, o engajamento do consumidor tem aumentado, Passamos de 8,6% de taxa efetiva de reciclagem em 2016 para 13,3% em 2017 e, nesse começo de ano, alcançamos 17%”, explica Leite.
Cápsulas após serem trituradas e separadas do café.
Desafio da coleta
Trazer maior comodidade e facilidade para os consumidores reciclarem é o atual compromisso da área de sustentabilidade da marca. Os pontos de coleta da Nespresso atingem hoje 68% dos consumidores da marca, segundo Leite. O objetivo é chegar a 100% de capacidade até 2020. Uma das ações que a companhia atualmente toma nesse sentido é o de tentar parcerias com cooperativas de reciclagem.“No ano passado, tivemos uma primeira abertura para negociar, entender essa realidade das cooperativas e começamos efetivamente em 2018 a coleta em algumas. Mas, mais do que fazer essa coleta, tem todo um trabalho de sensibilização e entendimento da realidade de cada um deles para mobilizá-los a identificar esse tipo de material. Uma vez que eles fazem essa coleta, nós trazemos para cá, e damos a sequência à reciclagem”, relata Leite.Por enquanto, a companhia trabalha a logística reversa quando realiza a entrega de cápsulas novas. Para isso, usa dois meios que não produzem carbono: o carro elétrico e a bicicleta. O carro elétrico atende empresas com a comodidade da entrega com hora marcada: quando chegam com o produto, os motoristas também recolhem o que foi descartado.Para pessoas físicas, a entrega de novas cápsulas é realizada através de bicicletas. A startup Courrieros entrega em até 24h em São Paulo e no Rio de Janeiro, cidades que concentram grande parte do público consumidor de Nespresso. A vantagem desse meio de transporte, além de não emitir carbono, é que chega a ser mais rápido que motocicletas e carros por não pegar trânsito, segundo Gilberto Avi, Head de Operações da Nespresso. “Ter colocado um serviço sustentável tem a ver com eficiência”, resume.
Coletas sustentáveis são realizadas através de carro elétrico ou bicicletas.
Enquanto entregam os novos pedidos, os courrieros, como são chamados os colaboradores, recolhem as cápsulas usadas dos clientes. O piloto vem sendo montado desde 2016 pelas duas empresas e exigiu muita reestruturação e treinamento da startup, como conta um dos fundadores, Victor Castello Branco.Acostumados a entregar documentos e atender e-commerces menores, a empresa, vencedora do Prêmio Eco de Sustentabilidade de 2017, teve que repensar sua logística e operação para atender uma líder de mercado. Isso passou por adequar o espaço de armazenagem, climatização do galpão e toda a parte de recebimentos de carga para não comprometer o prazo de 24h e nem a qualidade.
“Tem a parte de delicadeza com as cápsulas, aprender a manusear, aprender a pedir a reversa [cápsulas usadas], isso tudo como parte do treinamento com ciclistas”, relata. Os ciclistas entregam por quase toda a cidade, exceto em endereços considerados de risco.Trabalhar com a logística reversa tem sido um grande desafio, na avaliação de Castello Branco, por depender muito do cliente para que o processo funcione. “Normalmente, não dependemos tanto do cliente para a parte de entrega. Mas dependemos para a parte de coleta, porque ele precisa preparar o pedido. No caso da Nespresso, deixar as cápsulas em um saco, na portaria, avisar o porteiro. Como não é de praxe fazer essa reversa, ainda temos entraves. Falta as pessoas terem a cultura de devolver, de reciclar, e não só clientes, mas também as pessoas que fazem parte da cadeia”, analisa.
A localização da sua empresa pode gerar melhores negócios, se estiver em local de prestígio comercial
Antes mesmo de iniciar um negócio é fundamental escolher onde ele vai funcionar. Acredite: essa é uma das decisões mais importantes que um empreendedor deve tomar.Além de avaliar o melhor local para receber clientes, parceiros e divulgar para o mercado, é preciso, ainda, considerar os aspectos econômicos de instalar um negócio em determinado ponto, incluindo despesas e manutenção.A Âncora Offices® Escritório Virtuais(®), com mais de 8 anos de experiência no mercado de espaços de coworking, conta com escritórios no local mais prestigiados de Joinville, Santa Catarina. Por isso, informamos abaixo, por que a localização é tão importante para o seu negócio:
1. Seu endereço impactará diretamente na percepção dos clientes
Imagine entregar um cartão de visitas a um cliente, parceiro ou futuro consumidor e ele perceber que sua empresa está localizada em um local de difícil acesso, perigoso ou que não tenha uma boa infraestrutura. Provavelmente ele ficará receoso em optar pelos seus serviços ou produtos logo de cara.Quando você investe em um espaço bem localizado, próximo a vias de acesso renomadas, com decoração apropriada e equipado com recursos tecnológicos como boa rede de internet, projetores e máquina de café, por exemplo, passa uma impressão de segurança e confiabilidade.
2. Tudo funciona melhor em um espaço bem localizado
Desde clientes até fornecedores, todos se beneficiam de um escritório localizado em uma região de fácil acesso ao transporte público ou com estacionamentos e infraestrutura adequada. Lembre-se de que, se fica difícil para o cliente te achar e seus colaboradores chegarem ao trabalho, provavelmente você está no lugar errado.
3. Ficar perto dos concorrentes te ajuda – e muito
Se você está “no olho do furacão” consegue avaliar sua operação e entender melhor os seus rivais no mercado.Assim, pode estabelecer conexões que tragam bons resultados ao seu negócio, bem como criar estratégias para superar a concorrência.Esses são apenas três dos inúmeros benefícios que um endereço de prestígio pode trazer ao seu negócio. Se você deseja investir em um sem, de certa forma, economizando, a Âncora Offices® Escritórios Virtuais(®), é o lugar certo!Contamos com diferentes tipos de espaços bem no centro de Joinville e oferecemos planos flexíveis, totalmente adaptáveis às suas necessidades, além de estrutura completa, Sala para Eventos, Reuniões, Secretária, Atendimento Telefônico, Box, Postal, Entrega Garantida, Remessas Expressas, Endereço Fiscal Industrial, e muito mais!Posicione a sua empresa onde ela merece, no melhor endereço de Joinville/SC.
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“SE AS PESSOAS ESTÃO NO WHATSAPP, O SEU NEGÓCIO TAMBÉM DEVE ESTAR”
Maz Sharafi, executivo a frente do WhatsApp Business, comentou sobre as primeiras impressões do aplicativo voltado para o empreendedor
Lançado mundialmente em janeiro deste ano, o WhatsApp Business chegou com uma proposta simples: permitir que as pequenas e médias empresas façam negócios por meio do serviço, gerenciando as mensagens de clientes.Em quatro meses, mais de três milhões de empresas estão utilizando o app ao redor do mundo (o executivo não quis abrir o número de usuários no Brasil). E a experiência, segundo a companhia, apesar de bem-sucedida, ainda é de adaptação.Convidado para vir ao Brasil apresentar as primeiras impressões do aplicativo, disponível somente para Android, Maz Sharafi, head de marketing do WhatsApp e executivo a frente do projeto, falou com exclusividade à PEGN.“Se as pessoas estão no WhatsApp, o negócio também deve estar”, afirma o iraniano, que antes da empresa já havia passado por gigantes como Google e Facebook.Sem abrir os números referentes ao mercado brasileiro, o executivo conta que o país está entre os principais usuários do WhatsApp Business. Uma dificuldade, entretanto, é que muitos empreendedores ainda utilizam o app como o WhatsApp pessoal. “As pessoas ainda estão utilizando pouco as funcionalidades exclusivas do aplicativo”, diz.Não por acaso, é a terceira passagem do iraniano pelo Brasil desde a sua chegada na empresa. Segundo Sharafi, nesta última viagem, o executivo se reuniu com mais de 150 empreendedores.Além disso, procurou instituições como o Sebrae a fim de auxiliar empresários brasileiros na utilização do WhatsApp Business. “Eu acredito que a educação é importante para influenciar as comunidades empreendedoras locais. Estamos muito dedicados nesta missão”, diz.Na opinião do executivo, um dos grandes objetivos com essa campanha é mostrar a importância da formalização. “Ter uma conta comercial passa confiança aos consumidores e abre portas.”Na entrevista, Sharafi também fala sobre outras questões, como a segurança do aplicativo em relação à geração de dados, o papel da informalidade brasileira e algumas dicas para vender mais pelo WhatsApp Business.Abaixo, confira a entrevista completa com o executivo:Por que o WhatsApp escolheu você para liderar esse projeto?Acho que em primeiro lugar pela minha paixão pelo aplicativo. Eu sou de Teerã, no Irã, e minha família está dividida em mais de sete países. Desde que foi lançado, utilizamos o WhatsApp para nos comunicarmos. Uma empresa que há bastante tempo está na minha vida. E a simplicidade do produto me fascinou. Acho que isso foi muito importante para chegar até aqui. Outra coisa é que o nosso aplicativo foi desenvolvido para atender o máximo possível de pessoas. Não importa a conexão ou a qualidade do telefone. Eu, que vim do Irã, me conectei fortemente com essa questão e acho que a empresa também.Usar o WhatsApp para vendas foi uma ideia que partiu dos empreendedores. Como a empresa reagiu a isso?Entendemos como uma reação natural. Afinal de contas, são mais de 1 bilhão de usuários. Entre eles, milhões de empresas. Então eu acho que isso ia acontecer de alguma forma. Então fez sentido a gente acompanhar essa tendência. Percebemos que se as pessoas estavam no WhatsApp, as empresas também deveriam estar. E aí entra esse trabalho de separação, porque realizar o contato da forma como ele era feito, de maneira informal e sem a ajuda de uma ferramenta, não era escalável. A verdade é que esse movimento nos motivou a criar o WhatsApp Business. Queremos trazer eficiência para as pequenas e médias empresas.Mas, no Brasil, vender os produtos pelo WhatsApp talvez tenha dado certo por conta da informalidade. Como manter esse clima?O empreendedor brasileiro de fato tem uma comunicação simples e rápida com os seus clientes. E isso é algo que queremos manter, com certeza. Mas isso não impede de que o aplicativo ofereça um controle mais organizado dessas conversas. Uma conta que ofereça o endereço, horário de funcionamento e que dificilmente deixa um cliente sem resposta não perde a informalidade. Só melhora o atendimento. Isso é algo que tanto os empreendedores quanto os clientes querem. Além disso, controlar a gestão de maneira mais profissional poupa tempo do empreendedor. E quem tem um negócio sabe o valor disso. No fim, acredito que esses fatores possam gerar mais engajamento que uma conversa informal.E como vocês estão lucrando com o aplicativo? Há planos de cobrar pelo serviço no futuro?Hoje, oferecemos um aplicativo para smartphones Android sem nenhum custo. E isso seguirá dessa forma. Quando foi dito, no lançamento do app, sobre a possibilidade de cobrança, falávamos de algo a longo prazo. A realidade é que ainda é cedo demais. Precisamos testar e criar uma base sólida e entender como empresa e cliente estão se comunicando no WhatsApp. O nosso foco é em construir algo sólido. Depois pensamos nos outros passos.Em relação aos dados gerados no aplicativo, as empresas correm algum risco de escândalo parecidos com o do Facebook quando aderem ao WhatsApp Business?Nós levamos privacidade muito a sério desde o início da empresa. O WhatsApp coleta poucos dados sobre seus usuários. Tudo que é conversado entre as pessoas é criptografado, porque somente o mensageiro e o receptor têm acesso. Isso segue verdadeiro. Então seguimos dedicados nessa questão. É um princípio importante para nós.E quais são as suas dicas para uma empresa vender mais pelo WhatsApp Business?Com base nos casos que tivemos, o primeiro passo é deixar de usar a conta pessoal e só operar pela conta certificada do WhatsApp Business. Isso dá autenticidade ao negócio e apresenta informações importantíssimas para os seus clientes, como horário de funcionamento e responsável pelo negócio.Num segundo momento, registrar uma mensagem de boas-vindas. Em muitos casos, vimos que a primeira mensagem é muito importante para iniciar o contato com os consumidores. É como se você estivesse em uma loja e o vendedor o recepcionasse. Nesse primeiro contato, é possível apresentar melhor o negócio.Em terceiro, criar e deixar no app respostas automáticas, com as perguntas mais frequentes feitas pelos consumidores. Isso vai poupar tempo do empresário e vai melhorar o atendimento ao cliente. Nas nossas experiências, vimos como isso pode aumentar as vendas. São exemplos de atitudes simples que podem ajudar o seu negócio a crescer.
Miguel Abuhab, empresário e fundador de companhias inovadoras como Datasul e Neogrid e articulador de tecnologias disruptivas, com assento em espaços privilegiados do poder econômico e largo trânsito junto aos meios políticos, concedeu entrevista exclusiva de 70 minutos à coluna, em seu escritório, no dia 11 de maio. A conversa girou em torno de temas variados: desde o empreendedorismo à expansão dos negócios; passando por ambiente econômico e inovação em Joinville e macroeconomia. O seu mais novo projeto é voltado à melhoria da qualidade nas escolas públicas em Joinville, utilizando conceitos da Teoria das Restrições. A seguir, o resumo do pensamento do líder empresarial.EDUCAÇÃOO nosso projeto de educação transformadora se ampara em elementos da Teoria das Restrições, também muito aplicada nas organizações. Os professores aprendem a fazer as crianças a pensar. A ideia parte de quatro peguntas: 1. Como fazer para que todos ganhem? 2. Como você pode mudar o seu mundo? 3. Como você pode agir para seu sonho se realizar? 4. Por que uma pergunta é melhor do que uma resposta? Essa formulação ajuda as pessoas a refletirem, tendo o debate como método. É uma maneira de organizar ideias com causa e efeito. A iniciativa está sendo aplicada em duas escolas municipais de Joinville, estimulada pela Prefeitura, que abraçou o projeto. O modelo prevê treinamento de professores, em horários fora do trabalho regular – já há 30 envolvidos – e também há participação de voluntários replicando os conceitos. O nosso desafio é ter 600 professores engajados, alcançando 17 mil crianças. JOINVILLEJoinville evoluiu na gestão pública: honesta, séria e está muito bem. Entendo que o prefeito Udo Döhler está pensando em fazer o planejamento estratégico. E Danilo Conti – o secretário de Planejamento Urbano e Desenvolvimento Sustentável – desenvolve bem o seu papel. Joinville está a caminho de ter nova identidade econômica, depois dos ciclos da erva-mate, do ramo têxtil, e mais adiante do metalmecânico. As áreas de tecnologia e serviços crescem mais hoje. PARQUE TECNOLÓGICOOs investimentos no Ágora Tech Park, no Perini, mostram que os empreendedores confiam na cidade. A ida do campus da UFSC para lá também é muito positiva. O que marcou o crescimento de Joinville foi o estabelecimento das universidades. Elas fixaram os jovens na cidade e muitas novas empresas surgiram. As universidades são importantes para se fazer pesquisa e desenvolvimento científico. Lá trás, a Datasul não teve as facilidades que se tem hoje. Mas valeu a pena. Fomos pioneiros. INFORMAÇÕES COMPARTILHADASO que vai acontecer nos próximos três anos? A tendência é de que a tecnologia e os conhecimentos estejam, cada vez mais, na nuvem e no Google. De maneira geral, a evolução é tão rápida com a internet das coisas, que os fabricantes de um barco e de um refrigerador saberão quando os equipamentos de ambos estarão ligados, de modo que poderão ajustar os preços de forma dinâmica e se adequar à demanda. As informações serão cada vez mais compartilhadas NEGÓCIOS DISRUPTIVOSEstive recentemente em Israel. Há três anos, lá havia falta de água potável. Em 2018, Israel exporta água. Esta mudança radical foi possível graças à tecnologia disruptiva da dessalinização da água do mar. Essa tecnologia garante abastecimento à agricultura em regiões de deserto. Água e energia são negócios disruptivos. Tenho motivado lideranças de Joinville a organizar missão a Israel e, nela, incluir equipe da Cia. Águas de Joinville. EMPREGOSA Neogrid lidera negócios de supply chain networking. Significa: as informações de estoques e ritmo de vendas são compartilhadas para o fornecedor abastecer os clientes de forma rápida e segura. Vamos crescer na Neogrid. Temos 50 vagas de trabalho em aberto no Brasil; 30 delas em Joinville. ESTOQUES PELA METADEEntão, o que vai acontecer é que os estoques físicos de mercadorias vão se reduzir à metade. Os bancos estão financiando estoques físicos desnecessariamente. O dinheiro poderia ser alocado para novos investimentos. As empresas têm grande parte de suas dívidas alocadas em estoques. FOCO AMPLIADO A Neogrid faz essa leitura de dados – unindo fornecedores e lojistas de 130 varejos em mais de 25 mil estabelecimentos. Estamos instalando mais de mil pontos por mês em estabelecimentos pequenos do varejo. Queremos atingir 10 mil pontos de venda até o fim do ano. Essa mesma tecnologia é usada em redes de shopping centers – isso é novo. VANTAGEM DECISIVA O erro mais comum que cometem os empreendedores é ter empolgação sem ter adequada estratégia e planos táticos. A Teoria das Restrições oferece metodologia para identificar, nos projetos, qual é a vantagem competitiva decisiva. Ter vantagem competitiva decisiva acontece quando satisfaz as necessidades do cliente e, simultaneamente, é impossível ser copiada rapidamente pela concorrência. O erro é não ter essa vantagem competitiva decisiva. ECONOMIA BRASILEIRAPassamos de um momento de reflexão para outro, de inflexão. Todo esse movimento de gente indo para cadeia... isso ajuda a sociedade. O STF está tomando decisões que a população e a economia esperam; está dando o direcionamento que a economia espera. Os fatos da recuperação da Petrobras são indícios de melhora. SISTEMA TRIBUTÁRIOApresentei proposta de simplificação dos impostos, com criação do imposto de valor agregado. Acredito ser mais fácil controlar a volta do dinheiro do que a ida da mercadoria. A minha proposta prevê que cada CNPJ tenha uma conta de imposto vinculada a um banco e que se faça a compensação como um crédito em conta, à medida que aconteçam as transações até a ponta final.
FÁBRICA DE LINGERIES INVESTE EM INOVAÇÃO E FATURA R$ 20 MILHÕES
A 2Rios Lingerie criou calcinha com tecnologia que impede a passagem de fungos e bactérias pelo tecido
Para Paulo Roberto Fagundes, 51, a inovação é fundamental para ter um destaque no mercado de lingerie. O empresário é fundador da 2Rios Lingerie, fábrica que exporta para 20 países e faturou R$ 20 milhões em 2017.A marca investe em pesquisas e tecnologia para se diferenciar da concorrência e expandir o negócio no exterior. Por causa disso, foi criado grupo de trabalho dentro da empresa que tem a função de pensar em sugestões para implantar inovações.Em uma reunião surgiu a ideia de uma calcinha que impede a passagem de fungos e bactérias pelo tecido por até 100 lavagens. O tecido atrai os micro-organismos e, quando eles entram em contato com o revestimento, são perfurados e destruídos. A linha destas calcinhas foi lançada em 2018.A invenção desta lingerie fez com que a empresa fosse até o South by Southwest (SXSW), evento de tecnologia e inovação realizado em Austin, nos Estados Unidos, em março deste ano. "Nós apresentamos uma tecnologia inovadora e 100% nacional que também abriu portas para o público dos Estados Unidos", diz Matheus Diogo, filho de Fagundes e atual presidente da empresa.Além disso, o empresário afirma que a presença no evento foi importante para conseguir informações sobre inovação. "Como o foco do negócio são os clientes, a empresa precisa estar antenada para saber quais são as demandas no setor de tecnologia e conectividade. É uma forma de se manter atualizado que vai além da questão têxtil", afirma.Origem da marcaNatural de Joinville (SC), Fagundes sempre quis ser dono de seu próprio negócio. Para realizar o sonho, ele se inspirou em sua mãe, que trabalhava em uma fábrica de lingeries. “Eu queria fazer algo e achei que o ideal seria confecção destas peças”, diz o empresário.De acordo com Fagundes, o primeiro passo para criar a 2Rios Lingerie, em 1990, foi observar algumas fábricas concorrentes para entender o que eles estavam fazendo e copiar. Mas, logo no começo do negócio, na década de 1990, ele já enfrentou algumas dificuldades, como a inflação que estava fazendo várias empresas fecharem as portas. “Foi muito difícil continuar e contratar mão de obra.”Na época, eram apenas 4 funcionários que trabalhavam com máquinas de costura em Rio do Sul, Alto Vale do Itajaí (SC). Em 1997, o empresário decidiu transferir a produção para Joinville para ficar mais próximo dos fornecedores e de sua família.Mas Fagundes considera 2001 como o ano em que a fábrica “deslanchou”. “Nós começamos a produzir o nosso tecido, conseguimos preços melhores e nossa qualidade aumentou, diz o empresário”. Com o crescimento da fábrica, Fagundes decidiu começar a exportar a produção em 2003.Para o empresário, vender os produtos em outros países foi uma oportunidade de manter o faturamento em momentos em que o mercado interno costuma vender menos, como em junho e julho.O primeiro país a receber os produtos da 2Rios Lingerie foi o Chile, e logo depois começaram as exportações para países como Uruguai, Paraguai, EUA, Japão, Austrália. Hoje, 20 países de cinco continentes recebem as peças da 2Rios, o que representa 20% do faturamento da fábrica.SustentabilidadeFagundes conta que a sustentabilidade é algo levado em conta durante a produção. “O que nós mais produzimos de lixo são justamente as sobras de tecidos”, afirma. Então, ao invés de descartá-los, a fábrica investe em usos alternativos, como dar para academias encherem sacos de lutas ou para pessoas que produzem tapetes.Além disso, a fábrica faz o aproveitamento de água da chuva e trocou as lixeiras individuais por locais de descarte apropriados para materiais recicláveis e não recicláveis. Por causa dessas ações, a empresa recebeu o prêmio de mérito da ABIT (Associação Brasileira da Indústria Têxtil) pelo programa Lixo Zero.
SERASA CONTRATA PROFISSIONAL PARA VIAJAR O PAÍS E OFERECE R$ 100 MIL POR ANO
Funcionário vai viajar por 40 cidades e escrever histórias sobre finanças
O SerasaConsumidor, da Serasa Experian, oferece um verdadeiro emprego dos sonhos para profissionais que gostam de viajar, escrever, ouvir boas histórias e fazer vídeos e fotos. A oportunidade é para um funcionário que viajará por 40 cidades ao redor do Brasil para ouvir e contar histórias de realidade financeira. Em um ano, a remuneração total será de R$ 100 mil, além de benefícios de transporte, hospedagem, alimentação e plano de saúde.No dia a dia, o contratado será responsável por atividades como entrevistar consumidores, entender os principais motivos que trazem problemas relacionados a finanças, produzir conteúdo, fazer cobertura fotográfica, elaborar publicações e transmissões ao vivo nas redes sociais.O processo de seleção será totalmente digital. As fases incluem questionário de múltipla escolha, criação de vídeo, voto popular para a seleção dos finalistas e entrevista por Skype.Os interessados precisam ter mais de 18 anos de idade, carteira de trabalho e disponibilidade para viajar de 4 de setembro deste ano a 31 de agosto de 2018.As inscrições podem ser feitas até o dia 13 de agosto no site.Fonte: PEGN
A arquiteta Vanessa Prado Lopes e a empreendedora Fernanda Leão desenvolveram a Archie; plataforma promete preços mais competitivos
Em julho passado, a arquiteta paulista Vanessa Prado Lopes, 39, percebeu que seus clientes costumavam ter a visão de que contratar profissionais para realizar projetos de decoraçãoem suas casas era algo muito custoso, demorado e trabalhoso. Por conta dessa constatação, Vanessa teve um estalo criativo e recorreu à sua amiga, a empreendedora Fernanda Leão, 41, para propor que ambas criassem uma solução com preços mais competitivos.
Vanessa e Fernanda são as fundadoras da Archie, plataforma digital de consultoria em decoração que reúne profissionais do ramo da arquitetura e da decoração a clientes interessados em repaginar cômodos de suas casas.“A nossa ideia é democratizar o belo e trazer a consultoria de quem tem um olhar treinamento para decoração àqueles que não têm. Todo mundo quer ter uma casa bonita, mas muitos acham que é caro ou não sabem como que funciona o contato com esses profissionais”, diz a empreendedora Fernanda, que também é formada em direito.
A Archie foi oficializa nesta segunda-feira (10), e seu site – que também está disponível em versão mobile e tablet – já está no ar. Ao acessar a plataforma, o usuário interessado é convidado a fazer um teste de estilo, informado as cores, o tipo de móvel e outras características que ele gosta. Depois, ele cria um perfil e informa em que cômodo deseja receber uma consultoria especializada. Posteriormente, o cliente informa mais sobre si mesmo (se tem pets ou crianças, por exemplo) e envia fotos de cômodos que lhe inspiram e uma planta do seu cômodo, podendo ser a da construtora do apartamento até um esboço feito de próprio punho, informando medidas.
Coletadas todas as informações necessárias do cliente, a plataforma seleciona o arquiteto que tem o perfil para cumprir o requisito. “Os profissionais da Archie também fazem os testes de estilo para podemos ‘combiná-los’ com os clientes, como acontece em aplicativos de relacionamento”, diz Vanessa.Sem intermediação, o usuário e o arquiteto têm os perfis associados e estabelecem contato: “O cliente pode aceitar ou não as sugestões do profissional, de forma que ambos vão chegar a uma proposta final juntos. Por isso, é muito mais provável que ela agrade o consumidor”, afirma Vanessa. Após 10 dias de conversa, o arquiteto entrega a proposta final completa em 3D ao usuário, até com mobílias de marcas parceiras no cômodo. Cada cômodo custa um preço fixo de R$ 299 reais, valor que vai 30% para a Archie e 70% para o profissional.O investimento inicial da Archie não saiu do bolso de Fernanda e nem de Vanessa. Dois meses após terem formulado a ideia do projeto, as empreendedoras ganharam apoio financeiro ao garantir o primeiro lugar na categoria Executiva do Empreenda, programa de empreendedorismo do Insper. No final do ano passado, também receberam recursos de investimento-anjo.Por enquanto, a Archie conta com 2 arquitetos cadastrados e 23 propostas entregues durante a época de testes. Mas os planos para o futuro já estão bem encaminhados: “Queremos solucionar essa dor que é encontrar alguém que faça uma repaginada no ambiente de um jeito barato, prático e acessível. Desejamos ser um canal facilitador entre o cliente e o fornecedor, fazendo girar o mercado”, afirma Fernanda.
E-books são indicados para quem está começando um negócio e precisa de crowdfunding para empreender
Para empreender, é preciso aprender conceitos teóricos, entender a prática e se inspirar em histórias de sucesso – e os livros são ótimos aliados na trajetória de quem busca o sucesso profissional.O preço dos livros no Brasil é um tanto salgado. Quando os produtos vêm do exterior, pior ainda. Mas felizmente, alguns autores não escrevem por dinheiro, mas para transmitir uma mensagem, e oferecem seus trabalhos para os leitores sem cobrar um centavo. Pequenas Empresas & Grandes Negócios fez uma seleção de livros, que orientam quem está começando um negócio, precisa de crowdfunding, planeja usar as redes sociais para crescer ou quer apenas se inspirar com histórias de sucesso. Tudo grátis.Alguns dos livros estão disponíveis em formato PDF e podem ser visualizados e salvos em qualquer computador ou tablet. Outros, são disponibilizados pela Amazon para o Kindle, e-reader da empresa, mas podem ser vistos em um leitor para PCs, Macs, Android e iOS, e que pode ser encontrado aqui.Confira os livros:1- Amenina do vale: Nascida em São Paulo, Bel Pesce estudou no Massachussetts Institute of Technology (MIT), nos EUA, e hoje mora na região norte-americana do Vale do Silício. Lá, ela coordena a equipe do Lemon, aplicativo que funciona como uma "carteira eletrônica". No livro, Bel conta o que tem aprendido em sua jornada e como o empreendedorismo pode mudar vidas. O livro pode ser visto e baixado neste link.2- Manual para jovens sonhadores: Nathalie Trutmann, a autora do livro, nasceu na Guatemala, mas hoje trabalha como diretora na faculdade Fiap e na Zyngamedia. Em seu livro, ela quer incentivar jovens a desenvolver práticas empreendedoras. O livro pode ser acessado aqui.3- O gerente de projeto preguiçoso: No livro, Peter Taylor explora o conceito da “preguiça criativa”, ilustrando como podemos crescer, mas sem gastar tempo e energia demais. O livro pode ser baixado no site da Amazon.4- Viagem ao mundo do empreendedorismo: Organizada pelo Instituto de Estudos Avançados (IEA), em parceria com o Instituto Friedrich Naumann, a publicação mostra como começar e manter um negócio como se a trajetória fosse uma viagem. O livro pode ser visto e baixado aqui.5- Ferramentas visuais para estrategistas: O trabalho é de autoria do BMGen, núcleo de negócios inovadores da ESPM. O livro mostra o poder dos recursos visuais para planejar, decidir e cocriar. A visualização e o download podem ser feitos nesta página.6- The crowdfunding bible Os autores Scott Steinberg e Rusel DeMaria reúnem dicas sobre como conseguir financiamentos para bancar projetos. O trabalho, escrito em inglês, é gratuito no site da Amazon e está no site da empresa.7- How to work for yourself: Este livro, de autoria de Bryan Cohen, também em inglês, lista 100 formas de conseguir tempo e energia para começar o próprio negócio e como escolher prioridades para conseguir o sucesso. O trabalho de Cohen também está na Amazon.
8- The myth of the garage: Empresas como a Microsoft surgiram dentro de uma garagem. Para os irmãos Chip e Dan Heath, os autores deste livro, a chance de que negócios cresçam da mesma forma, nos tempos de hoje, é improvável. Esse e outros mitos são abordados no trabalho, escrito em inglês e disponível aqui.9- From dust to diamonds: Nesta biografia, o norte-americano David Oreck, dono de uma fabricante de aspiradores que leva o seu sobrenome, mostra que é possível transformar poeira em diamante e prosperar em qualquer lugar. O link para a leitura do livro é este.10- Social media marketing unleashed: O autor do livro, John Elder, é um dos pioneiros no estudo de redes sociais nos EUA. Neste trabalho, também disponível pela Amazon, John Elder mostra aos leitores como fazer para alavancar seus negócios com a força das redes sociais. O livro pode ser visto neste link.Fonte: PEGN