Montadoras já oferecem compartilhamento de carros no Brasil

Seguindo tendência mundial, fabricantes começam a investir no compartilhamento de seus modelos no Brasil

No Brasil, o compartilhamento de carros ganha cada vez mais adeptos e agora acaba de chegar aos automóveis de luxo. A primeira iniciativa do gênero é o Audi Share, inicialmente destinado a funcionários de empresas instaladas no condomínio WT Morumbi, onde fica a sede da marca, em São Paulo.Quem trabalha no edifício pode escolher entre A3 Sedan, A4 Sedan, A6 Sedan, Q3 e TT Coupé. As reservas podem ser feitas por hora, dia ou fim desemana e já incluem um tanque cheio e o seguro.Pegando na sexta e entregando na segunda, por exemplo, um A3 sai por R$ 590 e um TT, por R$ 990 – para comparar, o aluguel de um A3 Sedan em uma locadora convencional pelo mesmo período custa em média R$ 780, sem incluir o combustível. A empresa afirma que pretende em breve ampliar o serviço para outros condomínios do país.Mas a Audi não foi a primeira montadora a apostar no compartilhamento. O mesmo tipo de programa já é está em funcionamento em todas as cinco fábricas e no campo de provas da General Motors no país, desde outubro.Também voltado só a funcionários, o sistema funciona por meio de um aplicativo chamado Maven. Pelo app, é possível escolher o período desejado e até travar e destravar o veículo a distância. O valor a ser pago é de R$ 35 por hora ou até R$ 210 para uma reserva de 24 horas, já incluídos o combustível e o seguro dos dois modelos disponíveis: Chevrolet Cruze LTZ e Cobalt Elite.
Audi Share

App Maven compartilha Cruze e Cobalt (Divulgação)

Fora das marcas oficiais, também há exemplos bem-sucedidos, como a paulistana Zascar. Ela começou em 2010 e já tem uma frota de 60 carros, espalhados por 50 pontos, utilizados por cerca de 1.700 clientes. A empresa também opera por meio de aplicativo e o usuário paga R$ 8 a hora mais 50 centavos o quilômetro rodado.Outra iniciativa pioneira é o compartilhamento de carros 100% elétricos. A prefeitura de Fortaleza (CE) tem oito modelos chineses distribuídos por quatro estações de recarga, por R$ 20 pelos primeiros 30 minutos.Uma variação desse sistema é o Pegcar, que permitem que o proprietário alugue o próprio carro por uma plataforma on-line. Há casos em que é possível ganhar até R$ 1.500 por mês, disponibilizando o automóvel aos fins de semana.Este conteúdo foi originalmente publicado no guia QuatroRodas.Fonte: Exame

Dois em cada três jovens brasileiros planejam empreender nos próximos anos

O estudo apontou que, no Brasil, aqueles que já empreendem são mais ligados às causas éticas e socioambientais do que os jovens de outros países

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Uma pesquisa divulgada pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) traçou o perfil de jovens empreendedores em nove cidades do mundo, incluindo Rio de Janeiro e São Paulo. O estudo Jovens Empresários Empreendedores apontou que se tornar empreendedor nos próximos anos está nos planos de dois em cada três jovens brasileiros. As principais motivações são realização de um sonho (76,4%), qualidade de vida (75,6%), altos ganhos financeiros (70%), mercado promissor (66,1%) e não ter chefe (64,5%).
Para o estudo, foram realizadas 5.681 entrevistas com homens e mulheres na faixa etária dos 25 a 35 anos, das classes A B e C, com ensino superior completo ou em andamento. Metade dos consultados já era empreendedor.O estudo apontou que, no Brasil, aqueles que já empreendem são mais ligados às causas éticas e socioambientais do que os jovens de outros países. No Brasil, esse índice alcança 68,3%, contra média de 49% das demais sete cidades pesquisadas, que incluem Nova York (Estados Unidos), Londres (Inglaterra), Berlim (Alemanha), Madri (Espanha), Xangai (China), Bombaim (Índia) e Moscou (Rússia). Em Nova York e Londres, por exemplo, a preocupação com o cenário ético é bem menor que no Brasil, atingindo 22%, apontou o gerente de Pesquisa e Estatística da Firjan, Cesar Kayat Bedran.“É uma questão que chama atenção. A gente categorizou esses jovens empreendedores brasileiros como uma geração híbrida. Isso porque eles têm a criatividade do empreendedor e a inquietude do jovem, mas carregam um senso de responsabilidade de gerações anteriores, de pais e avós. Ou seja, eles têm uma preocupação mais considerável com questões socioambientais do que em outros países que, em alguns casos, são mais individualistas, mais preocupados em ganhar dinheiro, sem se preocupar muito até com o material que usam na confecção do seu produto”, explicou.Os resultados  que se aproximam mais do Brasil são os de Moscou e Madri, disse Cesar Bedran. “Nenhum deles é igual ao do Brasil. Mas se eu for olhar uma questão de proximidade, eu tenho a Rússia e a Espanha, com maior correlação”. Questões como ética, apego à família, otimismo, organização para montagem do negócio, gosto pela liderança, objetividade no negócio são algumas delas. Já na área socioambiental, os russos não se preocupam como os brasileiros: são mais individualistas e querem ser os primeiros sempre.Empreender por escolhaO jovem empresário empreendedor brasileiro usa muito tecnologia para fazer networking, ou construir uma rede relacionamentos (57,2%). Esse percentual só é maior em Xangai (69,1%). Em contrapartida, Londres e Nova York têm jovens com perfis mais inovadores e que se arriscam muito em novos negócios. No Brasil, 82% já passaram por um primeiro emprego formal antes de empreender e estão montando seu primeiro negócio. “Não é uma opção para desempregados. Eles escolhem empreender”, destacou o gerente da Firjan.O dado contrasta com outras cidades, como Bombaim, onde a maior parte dos jovens apenas estudava (67%) antes de abrir o próprio negócio. A jornada dupla, isto é, o empreendedor que tem também uma ocupação formal, está presente nas cidades do Brasil e também em Nova York e Berlim. Em Londres, ocorre o contrário: há mais empreendedores sem emprego formal.Em relação à lucratividade do negócio, 40% dos jovens empreendedores no Brasil têm pouco ou nenhum lucro. Já em Berlim, por exemplo, mais da metade dos negócios já dão lucro (55%). Outro dado relevante diz respeito ao endividamento. No Brasil, o jovem empreendedor não contrai empréstimos para abrir o próprio negócio. Somente 18% recorrem a financiamento; 60% afirmaram já ter o dinheiro para investir; e 29% captaram os recursos com amigos ou familiares. Juros altos e burocracia foram os motivos alegados para não se endividar. Além disso, os brasileiros são os que mais citam o cenário econômico e político como um limitador da atividade (67,3%).DesafiosNo Brasil, 81% afirmaram ter montado seu próprio negócio. A situação é similar no resto do mundo, variando entre 72%, em Madri, e 88%, em Londres. A maior parte dos jovens (85%) está no seu primeiro empreendimento e 15% já tiveram uma empresa anteriormente. A maioria dos jovens brasileiros abriu o negócio por motivação própria (44%) ou foi estimulada pela família (35%).Entre os jovens brasileiros não empreendedores, a estabilidade e segurança financeira foram apontadas como principais razões para não abrir o negócio (73,3%) e 69,3% citam a busca por qualidade de vida para não empreender. Curiosamente, disse Bedran, esses são os motivos alegados pelos jovens empreendedores como estimulantes para os novos empreendimentos.Fonte: Empreendedor

Negócio fatura alto e ajuda o ambiente cuidando de lixo tóxico

Químico virou empreendedor com negócio que cuida de resíduos perigosos para empresas. Ele já fatura 650 mil reais e tem margem de lucro de até 70%

Quando funcionário de uma companhia de grande porte especializada em  resíduos perigosos, o químico e gestor ambiental Flávio Bragante era sempre consultado por pequenas empresas interessadas no serviço para o descarte correto de seus rejeitos, devido ao risco da fiscalização. Mas nada podia ser feito, porque o mercado só recebia esses materiais para destinação final em quantidades bem maiores.Até que um dia o químico se viu inspirado a imaginar uma solução capaz de virar negócio e começou a desenhar um caminho. Os anos se passaram e, já trabalhando em uma fábrica de cimento adquirindo resíduos para combustão nos fornos, voltou a ser questionado sobre o assunto. “Foi quando decidi arrendar o galpão de um cliente e me desligar da cimenteira, iniciando uma nova atividade para oferecer alternativa ao lixo tóxico de indústrias menores, diante do grande potencial do segmento”, conta Bragante.Formatada para micros, pequenas e médias empresas, a solução permite um fim mais nobre e ambientalmente correto para materiais poluentes que muitas vezes vinham sendo descartados sem critérios em terrenos baldios, porque não havia quem os recebesse. Em 2010, o negócio finalmente começou a operar, após investimento inicial de R$ 100 mil na compra de equipamentos e nas licenças ambientais, que demoraram três anos para serem expedidas.
Com galpão localizado em São Roque e escritório administrativo em São Bernardo do Campo, ambos na Região Metropolitana de São Paulo, a Faex tem como base um processo que abrange desde o recebimento de resíduos perigosos e sua segregação e armazenamento até o envio para o destino final, principalmente blendeiras que abastecem fornos de cimenteiras. O galpão recebe óleos contaminados, lodos industriais, pós, solventes, lâmpadas fluorescentes e outros produtos tóxicos, com destaque para os líquidos – um diferencial da empresa. Atualmente, são recebidos por mês 40 tambores de 200 litros, vindos de 50 indústrias de menor porte.A capacidade de processamento, no entanto, é dez vezes maior. Apesar do menor ritmo no último ano em consequência da queda da atividade econômica do País, o segmento apresenta expressivo potencial, devido ao impulso da lei que estabeleceu a Política Nacional de Resíduos Sólidos, com a obrigação do registro no Cadastro Técnico Federal (CTF), em que o lixo das empresas e sua destinação são especificados. “A tendência é de crescimento do emprego de soluções à medida que a adesão ao cadastro aumenta”, analisa Bragante. Para ele, a maior responsabilidade ambiental e social das corporações, que disseminam regras em suas cadeias produtivas, ajuda a mobilizar pequenos fornecedores e prestadores de serviço para o tema.Além disso, a chegada de uma pequena empresa especializada na gestão de resíduos perigosos é bem-vinda para os gigantes do setor, que “precisam da gente para receber e encaminhar os resíduos, disseminando o tratamento final adequado, que é o principal serviço prestado por eles, na ponta do processo”.O negócio é atraente, com margem de lucro de 50%, podendo chegar a 70%, segundo o empreendedor, animado com a resposta do mercado à estratégia centrada nas empresas de menor porte. Entre 2010 e 2016, a Faex registrou crescimento anual médio de 20% a 30%, com faturamento de R$ 650 mil em 2015.Para melhorar a logística e ampliar a escala, o plano é instalar mais bases no ABC e outras regiões no interior paulista, além da compra de frota própria de caminhões, com investimento de R$ 2 milhões. O modelo de franquia poderá ser o caminho para atingir o restante do País, em polos econômicos de alta demanda, também pressionados pela fiscalização. Mas qualquer expansão, de acordo com Bragante, deverá priorizar a qualificação profissional, porque “a credibilidade é o principal segredo do negócio com resíduos perigosos”.FICHA: FAEX SOLUÇÕES AMBIENTAISMicroempresa Setor: Resíduos Faturamento em 2015: R$ 626 mil Funcionários: 3 Fundação: 2011Principais clientes: Fábrica de Artefatos de Latex Blowtex, Aquapolo Ambiental, Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), Wika do Brasil, Anchieta Serviços Educacionais, Ata Indústria e Comércio de Tensoativos.O que faz: Coleta e destinação correta de resíduos sólidos perigosos industriais, voltadas para o atendimento de pequenos volumes. O material é recebido no centro de estocagem e posteriormente enviado para o descarte final.Inovação para a sustentabilidade: Viabiliza a gestão desses resíduos para micros, pequenas e médias empresas industriais e prestadoras de serviço que têm dificuldades em destinar corretamente tais materiais, que geralmente são coletados somente a partir de uma quantidade mínima de 5 toneladas. A empresa atende também grandes corporações que geram um determinado resíduo em pequenas quantidades.Potencial: A empresa atua em nicho com alta demanda e uma escassez de empresas preparadas para o seu atendimento. Para ganhar escala, o negócio prevê a contratação de pessoal qualificado e novas sedes na Região Metropolitana de São Paulo e no interior paulista, além de maior esforço de divulgação junto aos diferentes setores produtivos.Destaques da gestão: Possui sistema de gestão de desempenho baseado em indicadores relacionados a objetivos e metas corporativas, incluindo temas socioambientais em seu planejamento estratégico. O centro de estocagem da empresa segue todas as normas legais. O consumo de energia elétrica é menor com o uso de telhas translúcidas que permitem realizar o trabalho em até 90% do período diurno apenas com luz natural. Possui, também, um sistema de captação de água pluvial.Texto publicado originalmente no Página22, no Guia de Inovação para a Sustentabilidade em MPE 2016.Fonte: EXAME

As 17 promessas de 2017 para ser um empreendedor melhor

Quer empreender neste ano? Então, veja o que outros empreendedores estão fazendo para seus negócios decolarem:
São Paulo – Toda virada de ano é um momento cheio de promessas. No mundo do empreendedorismo não é diferente: tanto quem quer abrir uma empresa quanto quem já possui um negócio já colocou no papel algumas metas para ter mais sucesso em 2017.Mas será que você está se esquecendo de algum objetivo importante? Ou será que suas metas atuais são as mais adequadas?Para responder tais dúvidas, EXAME.com falou com diversos empreendedores e perguntou quais são as suas principais promessas para cumprir em 2017: desde objetivos exclusivamente empresariais até atitudes para melhorar a qualidade de vida.Quer ter mais inspiração para suas metas de 2017, baseando-se em quem já conhece do riscado? Confira, a seguir, 17 promessas para seu um empreendedor melhor:

1. Focar no que você faz de melhor

2 — Pratique mais a análise e menos o impulso

(demaerre/Thinkstock)

Um momento de virada para toda empresa é definir o seu foco de atuação: muitos negócios querem realizar diversos serviços, o que pode comprometer e qualidade geral do atendimento. Nesse caso, a empresa precisa manter o foco se quiser sobreviver.“Uma de minhas promessas é abraçar menos o mundo para abraçar aquilo que realmente importa”, conta Rodrigo Azevedo, fundador do Grupo Comunique-se. “Queremos focar naquilo em que realmente somos bons, e desacelerar com coisas que não são nosso forte, ainda que sejam lucrativas.”

2. Aprender a organizar seu tempo e suas tarefas

Produtividade; trabalho; tarefas; multitarefas; profissional multitarefa

(SIphotography/Thinkstock)

Para cumprir as promessas feitas para este ano, é preciso antes cumprir uma grande tarefa, que também pode virar promessa: organizar o tempo da melhor maneira possível. Assim, o dono de negócio não fica perdido em tarefas operacionais e pode dedicar-se mais ao pensamento estratégico sobre o empreendimento.Essa é a meta de Vitor de Araújo, diretor de marketing da empresa de arquivamento de notas fiscais Arquivei. “Conforme a empresa vai crescendo, vamos tendo de lidar com novos desafios, que também são cada vez maiores. Conseguir organizar o tempo para enfrentá-los e simultaneamente continuar me desenvolvendo profissionalmente é essencial”, afirma.Vera Kopp, fundadora do marketplace de empregos inCast, tem uma meta específica dentro da organização do tempo: organizar seus documentos.“Com a correria do dia a dia, as pastas no computador vão se desorganizando e os papéis, acumulando. Uma meta profissional para 2017 é ser mais organizada, pois, com menos coisas dentro da cabeça, você se sente mais leve para pensar e lidar com coisas novas.”

3. Ouvir mais o que seu cliente tem a dizer

Pessoas conversam em loja (vendas, comércio)

(Thinkstock)

Prestar mais atenção no que seu próprio consumidor diz é essencial para que sua empresa cresça – especialmente se você ainda está formatando seu produto ou serviço. Essa é a promessa que Eduardo Abramovici, cofundador da startup do setor de saúde Mundo dos Exames, fez para este ano.“Em 2017, pretendo ouvir ainda mais os usuários para adaptar o produto com agilidade e atender ao máximo as necessidades das pessoas. O plano de desenvolvimento de um produto nem sempre se mostra idêntico à realidade, quando o colocamos em contato com o mundo real. O empreendedor precisa ser flexível e estar sempre aberto às respostas do público, para aperfeiçoar seu produto de maneira rápida”, defende.“Gerando experiências valorosas, com ações que realmente melhorem os dias das pessoas, conseguimos trazer emoção”, completa Wilton Bezerra, da rede de cafeterias Cheirin Bão. “É essencial que nos dediquemos a conhecer o que realmente importa para eles, e assim somos capazes de criar ações e promover atitudes que façam com que todos se sintam especiais e tratados de maneira única.”

4. Conversar com seus empregados (de verdade)

Como ter sempre funcionários motivados no seu negócio

(Thinkstock)

Além de falar mais com seus clientes, retomar as relações mais próximas com seus próprios empregados é a meta de alguns empreendedores consultados por EXAME.com para este ano. Diante de tantos meios de comunicação disponíveis, a velha conversa olho no olho pode se tornar um diferencial para quem trabalha na sua empresa.“Em 2017, tenho como meta conversar mais pessoalmente com meus funcionários”, diz Stella Kochen Susskind, presidente e fundadora da Shopper Experience, empresa que faz pesquisas de avaliação do atendimento ao consumidor. “Na era digital, sentar para conversar, olhar no olho e sentir o que o cliente e as pessoas que trabalham ao seu redor sentem é uma raridade. É essencial lembrar que por trás de um ‘funcionário’ há um indivíduo.”Essa também é a promessa de Wagner Oliveira, da empresa de tecnologia em gestão de RH Woli. “Na correria do dia a dia, acabamos automatizando tudo, inclusive nossa comunicação com quem está ao nosso lado todos os dias. Eu mesmo acabo enviando um e-mail no lugar de comunicar verbalmente a quem está na mesma sala. Este é um dos exemplos que pretendo não repetir em 2017.”Por fim, Rafaella Giraldi, fundadora da rede de cursos profissionalizantes MacPoli, tem como meta elogiar mais seus funcionários. “Às vezes, na correria do dia a dia, ficamos muito focadas em cobrar metas e resultados. O elogio é importantíssimo para o desempenho do time.”

5. Investir mais na capacitação sua equipe

mulher em computador estudando

(Thinkstock)

Investir mais no desenvolvimento dos funcionários é algo essencial para o sucesso de uma empresa. Ainda mais durante anos difíceis, nos quais a competição é mais acirrada e é preciso mostrar diferenciais aos consumidores.Por isso, esse é um dos planos de Alfredo Soares, CEO e fundador da plataforma de lojas virtuais Xtech Commerce. “Vamos formar uma equipe de mentores e conselheiros mais experientes para trocar ideias e dicas. Outra ação importante é realizar o intercâmbio de funcionários da Xtech e de outras empresas, para que também haja a troca de experiências e conhecimentos. Por fim, investiremos em cursos online”, afirma.Fábio Nadruz, da franquia Mercadão dos Óculos, irá incentivar seus funcionários por meio da leitura. “Nosso objetivo é promover mudanças de hábito na equipe, incentivando a leitura de livros específicos em vendas, administração do tempo e relacionamento interpessoal. Essa meta é importante para incentivar os sonhos individuais dos colaboradores e gestores.”A capacitação da equipe também inclui dar coaching e feedbacks práticos aos funcionários, ressalta Maximiliano Bavaresco, CEO da SONNE Consultoria. “Isso é muito importante para desenvolver o máximo potencial de cada um. Assim, posso elevar ainda mais os níveis excelência no negócio.”

6. Desafiar seus funcionários a inovarem

executivo de cabelo azul pensando dúvida

(Thinkstock)

Além de se desenvolver, outra boa meta para ter sucesso empreendendo em 2017 é lançar desafios para que seus funcionários cresçam – e, assim, também tragam melhores resultados ao seu negócio.“Quero melhorar a integração com minha equipe, dando mais oportunidades e autonomia para meus funcionários e gerentes. Assim, eles podem aprender, crescer e até terem sua própria unidade franqueada”, afirma Mill Dellatore, sócio do Khea Thai, rede de franquias especializada em culinária tailandesa. “É muito importante mostrar para nossa equipe que eles podem ser donos de um restaurante. Assim, criamos novos empreendedores, transmitindo a paixão da culinária tailandesa.”Fazer a equipe pensar diferente também é a meta de Fernando Saddi, fundador do marketplace Easy Carros. “Em 2017, vamos focar em criar um ambiente onde aprendemos muito, tanto entre nós quanto trazendo as pessoas que são referência no mercado. Iremos dar desafios gigantes para as pessoas inteligentes do time usarem o aprendizado adquirido. Pessoas ambiciosas gostam de desafios e atraem mais pessoas ambiciosas.”

7. Aprender a dividir suas responsabilidades e delegar

Pessoas unem as mãos: trabalho em equipe, sucesso, colaboração

(Thinkstock)

Bernard de Luna, da plataforma de contratação Bunee, prometeu que, em 2017, aprenderia a confiar e delegar – um desafio que muitos empreendedores enfrentam quando sua empresa começa a tomar corpo.“Muitos empreendedores acreditam que o maior risco está em abrir um negócio. Mas eu acredito que o maior risco está em crescer e em conseguir diminuir os chapéus de fundador – e, para isso, encontrar, treinar e confiar nos talentos contratados para efetuarem essas missões ainda melhor do que você”, diz de Luna.Está também é a promessa de Miguel Andorffy, fundador da plataforma de ensino Me Salva!. “É preciso delegar mais. Para fazer acontecer, é preciso selecionar só gente boa, que sonha grande que e está comprometida com o propósito da empresa.”

8. Visitar seus franqueados com mais frequência

networking

(Kenishirotie/Thinkstock)

Se o seu empreendimento é uma rede franqueadora, uma boa meta para 2017 é ficar mais de olho em quem investiu na sua ideia: os franqueados.Adotar tal hábito é importante principalmente em tempos de recessão, que pedem maior planejamento estratégico. “Em 2016, nós visitamos praticamente todas as unidades franqueadas, para orientar os nossos parceiros em relação ao negócio. Por conta disso, a empresa atingiu um faturamento de quase R$40 milhões em plena crise”, afirma Marcos Mendes, CEO da franquia de lavagem automotiva AcquaZero. “A ideia para 2017 é intensificar esse suporte aos franqueados.A crise econômica também fez Guilherme Carvalho, presidente da rede de alimentação QG Jeitinho Caseiro, repensar a relação com os franqueados.“Passamos por um período de reestruturação dentro do QG, por conta da crise, e isso acabou me afastando um pouco dos franqueados”, diz Carvalho. “Quero focar no relacionamento com os franqueados no próximo ano – a minha meta é visitar seis lojas por mês. Acreditamos que, por meio de um relacionamento pautado pela transparência e confiabilidade, os franqueados vão tornar-se parceiros muito mais engajados. Isso gera negócios, o que é bom para os dois lados.”

9. Fazer mais networking

pessoas-conversando

(Rawpixel Ltd/Thinkstock)

Fazer networking é fundamental para todo empreendedor: por meio de uma formação de uma rede de contatos mais ampla não apenas amplia seus conhecimentos, mas pode gerar mais negociações.Por isso, Alessadro Fontes, co-fundador da plataforma de descontos Reduza, colocou como meta do ano se conectar mais outros empreendedores e trocar aprendizados, experiências e oportunidades de negócios. “Como estamos fora do eixo Rio-São Paulo o networking fica um pouco mais difícil, e sabemos da importância do relacionamento. Além de poder ajudar outros empreendedores, também poderemos aprender muito.”

10. Ser um leitor mais assíduo

Livros

(Vimvertigo/Thinkstock)

Não é mistério que ler faz você ser um empreendedor melhor: é possível não só aprender conceitos técnicos, mas também receber lições inspiradoras. Por isso, ler mais entrou como promessa de 2017 de muitos empreendedores.Um exemplo é Tallis Gomes, ex-Easy Taxi e fundador do aplicativo de beleza Singu. “Em 2017 eu pretendo colocar em prática dois aspectos que ajudarão a me desenvolver: ler dois livros por mês e fazer cursos em Harvard e Stanford”, enumera.Essa também é a meta de Cristiano Soares, CEO da Vaniday. “Sempre li de um a dois livros por mês, mas no último ano não consegui manter essa média. Quero me dedicar mais, porque acredito que a leitura ajuda a enxergar outros horizontes, desenvolver novos pontos de vista e aprimorar conhecimentos técnicos em determinados assuntos. Todas essas são habilidades essenciais para o que faço.”

11. Ou, então, escrever seu próprio livro

homem de terno e gravata escrevendo e o sol ao fundo

(Choreograph/Thinkstock)

Se você já é um empreendedor mais experiente, escrever um livro pode ser uma boa pedida: com isso, você compartilha seus conhecimentos e pode trocar experiências com seus leitores.Essa é a meta de Jeane Moura, fundadora do negócio de alimentação saudável DNA Natural. “Minha ideia é que a publicação conte a minha trajetória empreendedora e ajude outras mulheres que desejam empreender também. Acho importante cumprir essa promessa porque eu sei quais foram as dificuldades que tive no começo da minha empresa”, conta.Mesmo que você não escreva um livro, pode ter como meta compartilhar seu conhecimento por outras maneiras. É o que fará Thiago Régis, diretor de novos negócios da Pílula Criativa, agência de marketing digital: ele publicará textos soltos na internet sobre o que estudou.“Minha promessa é concentrar os aprendizados de 2016 e transformá-los em conteúdos inovadores para meus funcionários e para novos empreendedores que estejam iniciando sua caminhada. Compartilhar conhecimento é fundamental para termos melhores profissionais em nosso país, para entregarmos os melhores produtos e serviços e gerarmos qualidade no que fazemos.”

12. Entrar para um curso de teatro

Ator em teatro (estrela, celebridade, sucesso)

(Thinkstock)

Fazer teatro traz vários benefícios. Por isso, o empreendedor Tomaz Chaves, da plataforma de resolução de problemas jurídicos Dubbio, resolveu colocar como meta para 2017 se formar em um curso de teatro.“Ele é uma importante ferramenta de desenvolvimento pessoal: ajuda a falar em público e a conversar com a minha equipe e com investidores”, conta. “O teatro também promove um intenso processo de autoconhecimento, uma vez que trabalha com toda a complexidade do que é ser humano.”

13. Fazer mais exercícios físicos

Mulher correndo

(Thinkstock)

Rafael Arb, fundador do VocêQpad, aplicativo para pedir e pagar refeições, tem como meta para 2017 correr uma maratona de 21 quilômetros.“Conseguir dar atenção para a saúde e para o esporte ajuda a limpar a mente e o corpo, contribuindo significativamente na melhora de performance e na chance de se ter novas ideias ou soluções para seus negócios”, diz o empreendedor.“Para não impedirmos que as inúmeras tarefas que temos que executar no dia a dia não permitam a prática regular da corrida, é preciso colocar um desafio grande, como completar uma meia maratona. Isso não nos dá opção: se é para terminar, temos que treinar muito.”A meta foi sugerida para toda a empresa, como uma confraternização de fim de 2017. Muitos funcionários já colocaram o projeto em suas resoluções, conta Arb.Rodrigo Batista, CEO da plataforma MercadoBitcoin, também quer pegar mais pesado nos exercícios: ele pretende voltar a nadar e fazer corridas curtas.“Por conta do ritmo de trabalho nos últimos anos, abdiquei de atividades físicas e minha saúde ficou em segundo plano. Agora, até o desempenho profissional ficou comprometido por conta de dores causadas pela postura incorreta e pela falta de exercícios físicos.”

14. Praticar meditação

Meditação

(Getty Images)

Já falamos por aqui sobre como meditar ajuda a ter sucesso nos negócios. Pierre Matos, dono da marca de roupas para yoga Calça Thai, concorda com os benefícios dessa prática.“Alguns benefícios são especialmente interessantes para empreendedores, como aprender a reagir com calma em períodos de estresse, focar melhor nas atividades e controlar melhor sua relação emocional com o negócio. No meu caso, tenho a sorte de passar boa parte do ano na Tailândia, o que deve facilitar o cumprimento da promessa!”

15. Pensar mais sobre capitalismo consciente no seu negócio

globo terrestre

(BrianAJackson/Thinkstock)

“Capitalismo consciente” é uma expressão que tomou conta de muitos negócios nos últimos tempos: a ideia é criar uma empresa não apenas para gerar dinheiro, mas também para cumprir uma missão maior.Barbara Mattivy, dona da marca de calçados ecológicos e veganos Insecta Shoes, tem como meta para 2017 estudar ainda mais sobre esse conceito.“Assim, posso enxergar como minha empresa pode fazer a sua parte na tentativa de ajudar não só em problemas ambientais, mas em sociais também”, conta. “Acredito que os negócios que sejam um híbrido entre o segundo e o terceiro setor são os que têm mais poder de transformação o mundo em um lugar mais colaborativo, empático e justo.”

16. Fazer uma viagem

Passaporte, aviões, dinheiro e a bandeira dos Estados Unidos (viagem, imigração)

(Thinkstock)

Sair da rotina é essencial para quem vive da criação de inovações, como os empreendedores. Por isso, ir para um lugar nunca antes visitado pode ser uma boa promessa para 2017.Ivan Zafalon, da rede de locação de equipamentos para construção civil Gênio da Locação, colocou como objetivo do ano viajar o máximo possível.“O empreendedor é como um artista: precisa de inspiração para criar. Aquele empreendedor que não delega e fica muito tempo preso dentro do escritório, preso a rotinas chatas, raramente empreende. Falta tempo e inspiração”, afirma Zafalon.“Quando vivenciamos o momento presente nos sentimos mais felizes, damos mais atenção às pessoas que nos cercam, ficamos mais atentos a detalhes, as ideias fluem naturalmente e os momentos de inspiração aparecem com muito mais frequência.”Alexandre Borges, presidente da rede de customização Conserta Express, também quer viajar em 2017. Porém, seu objetivo é conhecer mais sobre seu setor de atuação. “Conhecendo melhor o mercado fora do país, é mais fácil de estruturar a expansão da franqueadora.”

17. Controlar bem suas horas de sono

Mulher dormindo

(Getty Images)

Controlar a qualidade e o tempo de sono é fundamental para manter a produtividade em alta.“É normal encontrar empreendedores que estão trabalhando por toda a madrugada, mesmo com uma reunião pela manhã no outro dia. O problema é que o impacto disso vem em longo prazo, com cansaço mental e problemas de saúde, gerando um desempenho prejudicado”, afirma Rafael Milagre, CEO da imobiliária Benvenuto.Por isso, o empreendedor prometeu controlar mais suas horas de sono neste ano.Fonte: PEGN

7 DICAS PARA QUEM QUER MONTAR UM E-COMMERCE

Setor terá espaço-modelo na Feira do Empreendedor; Sebrae-SP espera receber 15 mil visitantes somente nessa área

E-commerce brasileiro cresceu 8% em 2016 (Foto: Pexels)
O último ano foi bom para o comércio eletrônico brasileiro. Enquanto o varejo em geral amargou retrações, as vendas nas lojas online tiveram crescimento de 8% em 2016, segundo dados da Ebit. Para Diego Smorigo, consultor do Sebrae-SP, 2017 deve ser ainda melhor. “O e-commerce é um mercado sem fronteiras. Cada vez mais, as empresas estão adotando o serviço como uma alternativa de canal de vendas”, afirma. De olho nesta tendência, o Sebrae-SP estreia na Feira do Empreendedor deste ano, que acontece entre os dias 18 e 21 de fevereiro, no Pavilhão do Anhembi, em São Paulo, um espaço-modelo para o e-commerce. A área será voltada para todos os visitantes que estão pensando em investir neste tipo de negócio.O ambiente funcionará como um “grande notebook aberto”, onde empreendedores que atuam com e-commerce contarão suas histórias por meio de videoconferências, enquanto interagem com os consultores do Sebrae-SP. A proposta é detalhar toda a trajetória empreendedora, desde a concepção da ideia até as principais dificuldades enfrentadas pelo negócio. As apresentações devem durar de 20 a 30 minutos e o espaço tem capacidade para receber 150 visitantes por sessão. São esperadas 15 mil pessoas ao todo, durante os quatro dias de evento.A estimativa é quase quatro vezes maior do que a dos outros espaços-modelo, que esperam receber até 4 mil visitantes ao longo do evento. Para o consultor do Sebrae-SP, a novidade deve atrair mais pessoas porque o e-commerce é o único capaz de alavancar diretamente todos os setores representados na feira. “O comércio eletrônico serve para qualquer tipo de negócio, desde as oficinas mecânicas, que podem agendar serviços, até os salões de beleza, que vendem produtos por meio do seu site”, diz Smorigo.O consultor listou uma série de dicas e recomendações para quem está pensando em investir e se destacar no segmento.1. É preciso convencer o cliente Quem está pensando em investir em um e-commerce precisa entender que o modelo de venda, se comparado ao da loja física, é muito diferente. No ponto tradicional, o processo todo é auxiliado pelo vendedor, que é responsável por influenciar os consumidores no momento de decisão. Já no mundo virtual, o empreendedor não pode contar com essa “força” na hora da venda. Por isso, Smorigo indica: a plataforma deve ser montada para agradar o público-alvo, com layout e linguagem que tenham a ver com essas pessoas. Dessa forma, fica mais fácil conquistar quem compra online – mesmo quem usa as lojas físicas para testar os produtos. “Há quem teste o produto na loja e realize a compra na hora, pelo celular. Se a sua plataforma oferecer uma boa experiência, as chances de você conquistar aquela compra aumentam.”2. Entrega rápida faz diferença Outro fator que pesa contra os comércios eletrônicos é o imediatismo. Para alguns clientes, a conveniência de levar o produto para casa na hora conta mais que os descontos do e-commerce. Por isso, o consultor do Sebrae-SP indica que o site ofereça modelos de entrega rápida. Assim, será mais competitivo em relação às lojas físicas.3. Força na capacitação Escolher o produto, definir o cliente e desenvolver um modelo de negócio. Quem quer abrir um e-commerce precisa ter esses fatores delimitados. Além disso, não basta ter expertise somente na área de marketing, por exemplo. “O empreendedor deve identificar com antecedência as áreas em que mais falha”, diz o consultor. Por isso, ele indica que o empreendedor procure o Sebrae-SP na Feira do Empreendedor. Além do espaço-modelo, os visitantes poderão se reunir com consultores e obter capacitação em outras áreas. “A ideia é dar todo o suporte possível para quem está pensando em abrir um e-commerce”, afirma.4. Não é tão simples quanto parece Existem no mercado plataformas prontas de comércio eletrônico. No entanto, fazer esse tipo de negócio dar certo está longe de ser uma missão simples. “Quem começa um e-commerce sem o planejamento necessário fatalmente vai fechar em pouco tempo”, diz o consultor do Sebrae-SP. Segundo o especialista, empresários que já têm lojas físicas costumam cometer esse erro. “Ele precisa saber que o mundo virtual possui suas próprias nuances. É uma operação completamente diferente, que exige muito estudo e planejamento”, diz.5. Cuidado na transição Se o empreendedor possui um negócio tradicional, ele já deve ter desenvolvido uma operação logística. Talvez tenha também um software de gestão e um bom conhecimento de mercado. Essa estrutura será útil na transição da empresa para o comércio eletrônico. Segundo Smorigo, nessa hora, o empreendedor terá de investir no site, incluindo conteúdo e boas fotos dos produtos. O consultor também faz um alerta: cuidado com a gestão de estoque. Como há duas operações para o empresário gerenciar – a física e a online –, o acompanhamento do inventário fica mais complexo. Se o item acaba no estoque, não pode continuar disponível no e-commerce.6. Procure se destacar Os grandes players são pouco especializados. Muitos têm se transformado em grandes marketplaces, contando com a operação de diversas lojas dentro de um grande agregador. Por isso, a empresa menor ou iniciante pode focar em nichos. Quando o negócio se identifica com um público específico e o fideliza, ganha destaque no mercado. “Há quem possa achar a segmentação um limitador, mas essa estratégia se mostra mais assertiva”, diz Smorigo. Outra dica é investir em marketing digital, como AdWords do Google e Facebook. Essas ações geram engajamento entre os clientes e a sua loja. “É um esforço de mídia que, no meio online, traz muito retorno.”7. É um setor em alta Com o aumento da confiança das pessoas em realizar transações online, o e-commerce vem ganhando cada vez mais força. Para Diego Smorigo, é um mercado sem fronteiras, com muito a crescer no país ainda. “Antes a pessoa tinha receio de colocar os dados do seu cartão de crédito em um e-commerce, por exemplo. Isso está mudando porque as empresas têm passado segurança.” Outro fator que ajuda o comércio eletrônico é o desenvolvimento de plataformas para os smartphones. “Dessa forma, todo mundo pode andar com seu produto no bolso. Teremos um crescimento exponencial nos próximos anos”, afirma o consultor.Fonte: PEGN

10 respostas às questões mais comuns de quem vai abrir um negócio

Muitos futuros empreendedores são movidos pela vontade de “não ter chefe” e pela possibilidade de ficarem ricos. É preciso ter cuidado com pré-conceitos.

Está pensando em empreender?Há nove anos, quando iniciei minha jornada no mundo dos empreendedores, a palavra empreendedorismo não era tão pop quanto é hoje; ainda não estávamos na moda. De lá pra cá, muita coisa mudou: empreender virou o sonho de milhões de brasileiros, muitos movidos pela vontade de “não ter chefe” e pela possibilidade de ficarem ricos.

1. Eu vou mesmo ser o único chefe?

Não ter chefe, infelizmente, não é 100% verdade. Você tem muito mais “chefes”: seus clientes, seus parceiros, seus funcionários, todos que dependem de você e da sua empresa. Você vai perceber que essas cobranças são muito piores.

2. Tenho chances de ficar rico?

Sim, claro que tem, se você criar um negócio que gere valor para as pessoas, que resolva problemas reais da sociedade, você tem uma grande chance de ficar rico. Qual o caminho? O que devo aprender?

3. Se já trabalhei em empresas, sei empreender?

A parte difícil: o mundo corporativo não te prepara para empreender. Acredite nisso: eu mesma senti na pele. As regras estabelecidas no ambiente corporativo mais o despreparam, porque o aprisionam numa caixa onde você é responsável pela sua área e pelos seus objetivos, e pouco se preocupa com as demais questões da empresa.Se precisa de contratação de funcionários, chame o RH; se precisa resolver uma questão jurídica, chame o departamento jurídico; e assim vai. Quando você empreende, não tem a quem chamar a não ser você: sua capacidade, seus conhecimento e suas relações.

4. Posso buscar ajuda?

A primeira coisa é deixar o orgulho de lado e não ter medo de pedir ajuda, de contar com amigos e pessoas do seu relacionamento. Se conseguir, arrume um mentor: alguém reconhecido, com mais experiência e que tenha uma boa rede de relacionamentos. Além de conselhos, vai abrir portas para você.

5. Como posso aprender mais sobre empreender sozinho?

Não conhece o mundo dos empreendedores? Busque capacitação! Existem cursos rápidos que podem ajudá-lo a entender este ambiente e lhe economizam um bom tempo. Todo investimento em conhecimento sempre vale a pena.Algumas dicas de cursos estão abaixo, mas você pode buscar capacitação também online, como os portais Endeavor, Sebrae e Rede Mulher Empreendedora:

7. E como ter ideias?

Não tem ideia de que tipo de negócio abrir? Todo mundo fala para você seguir seu sonho, é verdade, mas não adianta seguir seu sonho se ninguém quiser comprar, certo? Além de seguir o sonho, é importante estar atento aos movimentos da nossa sociedade.O que isto significa? As melhores oportunidades de negócios estão nos maiores problemas da sociedade.

7. Posso (e devo) empreender sem sócios?

Sozinho ou acompanhado? Empreender já é naturalmente muito solitário. Ter os sócios certos, com competências complementares e com mesmos valores de vida é um bom passo para o sucesso do seu negócio.

8. Dá para empreender sem dinheiro?

Com ou sem dinheiro? Dependendo do tipo de negócio, você vai precisar de menos ou mais recursos financeiros. Prepare o terreno, faça uma reserva financeira e reorganize suas despesas.No início, todo negócio exige investimento, além da sua dedicação de tempo. Essa fase varia de 18 meses a 5 anos, em alguns casos. Anjos investidores só aparecem numa fase mais a frente, quando seu negócio precisa de recurso para crescer. Até lá, você tem que se virar com o que tem ou buscar apoio de familiares e amigos.

9. Tive uma ideia. E agora?

Decidiu qual ideia vai botar de pé? Mão na massa: menos plano de negócio e mais ação. Nessa fase, o mais importante é ter uma versão simples do seu produto ou serviço e testar o processo de vendas com clientes reais. É que o chamamos de MVP (Mínimo Produto Viável), fase importante para testar o modelo, fazer ajustes, corrigir erros e, acima de tudo, gerar aprendizado para o empreendedor.

10. Está dando tudo errado. Devo desistir?

O negócio já está rodando e não está dando os resultados que você imaginava? Bem vindo ao mundo dos empreendedores: onde a rotina não faz parte do jogo, o risco é constante e ter estômago forte vai ajudá-lo a atravessar a fase mais difícil de qualquer negócio.Mas, acredite: estando no caminho certo, você tem a chance de construir algo que não só vai mudar sua vida, mas pode mudar a sociedade.Ana Fontes é fundadora da Rede Mulher Empreendedora (RME).Fonte: Exame

7 passos para finalmente abrir um negócio em 2017

Quer criar seu próprio empreendimento este ano, mas nem sabe por onde começar? Confira suas principais tarefas:

São Paulo – O ano de 2017 traz novos ventos econômicos. Com isso, muita gente que até imaginava virar empreendedora, mas tinha receio de enfrentar anos de recessão, resolveu tomar coragem e adicionar o negócio próprio na lista de promessas.“Há um consenso dos economistas de que a economia vai fazer um movimento contrário neste novo ano: a descida do crescimento se tornará uma subida, ainda que seja algo lento e gradual. É uma época que vai ser diferente, porque as expectativas também são diferentes”, analisa Gilbeto Braga, professor de finanças do Ibmec/RJ.Com isso, alguns setores podem começar a crescer neste semestre e, principalmente, no próximo. “É uma boa época para procurar negócios e pesquisar o segmento certo, o lugar certo e o momento de abertura certo”, completa Luis Henrique Stockler, da consultoria ba}STOCKLER.Além disso, Guilherme Afif Domingos, presidente do Sebrae, prevê que algumas medidas podem ser aprovadas neste ano para melhorar o ambiente empreendedor.A principal delas é a redução do tempo de abertura de empresas que se encaixam no programa Simples Nacional: esse período passaria de 102 para 5 dias. “Em Brasília, já conseguimos estabelecer um padrão de países desenvolvidos, que é um prazo de 2 dias para a abertura de negócios. Agora, o próximo alvo é a cidade de São Paulo.”Ficou animado com as perspectivas de 2017 e quer, finalmente, abrir seu primeiro negócio próprio? Confira, a seguir, alguns passos essenciais para isso:

1. Pesquise bem o que você irá fazer

O primeiro passo de um negócio é, claro, ter uma ideia. Porém, apenas uma ideia não forma um negócio de sucesso: é preciso verificar se ela condiz com a realidade.Por isso, um dos primeiros passos para empreender é realizar uma boa pesquisa de mercado. “Pesquise quem é seu público-alvo ideal, quem são seus concorrentes e, principalmente, qual será a sua proposta única de valor, o seu diferencial”, aconselha Stockler.

2. Elabore um plano de negócios e faça o teste

Agora que você já pesquisou as condições do seu futuro mercado de atuação, é preciso estruturar sua empresa de forma mais detalhada.Como? Fazendo um bom plano de negócio, colocando aspectos como atividade principal, proposta de valor, público-alvo, parcerias estratégicas, fontes de receita e estrutura de custos.Sobre dimensionar o capital necessário, um aviso: sempre se prepare para talvez gastar mais do que você estima. “Não dá para pensar em tudo que pode acontecer com uma empresa: imprevistos ocorrem. Por isso, se seu capital estimado for de 100 mil reais, guarde 150 mil reais, por exemplo.”Se você não sabe como estruturar um plano de negócios, há diversas metodologias que facilitam o trabalho. Uma das mais conhecidas é o Business Canvas Model, por exemplo. Também há sites e instituições que ajudam nesse planejamento, como o Sebrae.“O plano de negócios é importante porque diminui a margem de erro no início na operação. Mesmo que você precise de um profissional para isso, é um investimento que se paga no futuro”, completa Braga, do Ibmec.Vale lembrar que o plano de negócios também inclui a construção de um Mínimo Produto Viável (MVP): uma versão simplificada do que você irá oferecer, que deve ser testada entre seus clientes potenciais. Se a resposta deles for positiva, é hora de realmente investir o capital projetado.

3. Avalie pontos comerciais

Um dos poucos lados bons em uma crise econômica é que quem abrir um negócio encontra melhores condições de negociação com seus fornecedores, diante da falta de demanda. É o caso, por exemplo, dos pontos comerciais para aluguel.Por isso, se seu negócio precisa de uma sede física para operar, é uma boa hora para pesquisar. “Há muitos imóveis comerciais com descontos ou com multas anteriores perdoadas, e isso significa uma redução significativa no seu investimento inicial”, ressalta Braga, do Ibmec.

4. Procure estudar mais sobre gestão e mentalidade empreendedora

Outro passo muito importante para abrir sua própria empresa é abandonar a mentalidade de funcionário: ou seja, pensar apenas no seu setor de atuação.Ao estudar conceitos de gestão, que costumam ser mais amplos e abranger diversos setores, você começará a pensar mais como um empreendedor – unindo sua habilidade inovadora a uma visão estratégica da empresa. “Sem essa mentalidade, o negócio não vira. É como dirigir: quem não sabe acelerar direito, capota na primeira curva”, ressalta Afif, do Sebrae.Assim como no plano de negócios, é possível aprender mais sobre administração empresarial por meio de materiais gratuitos e online.

5. Arranje um mentor

Caso você seja um empreendedor de primeira viagem, tudo isso pode parecer uma tarefa muito complicada.Por isso, pode ser uma boa ideia arranjar um consultor ou mentor de negócios – seja de maneira formal ou simplesmente pedindo conselhos a quem já passou por essa experiência.“É sempre bom o iniciante ter um consultor sênior: alguém que tem uma visão que esse empreendedor de primeira viagem, por falta de experiência, não tem”, defende Afif.Esse mentor poderá ajudá-lo tanto na etapa de concepção do plano de negócios quanto no futuro, quando sua empresa passar por problemas mais específicos – além de contribuir para a formação do seu networking no mundo empreendedor.

6. Faça um calendário de atividades

Você já tem uma ideia, um bom plano de negócios, um teste com seu público-alvo, um ponto comercial e até um mentor para ajudá-lo com suas futuras dúvidas. Agora, é hora de realmente partir para a ação: crie um calendário de atividades e faça sua empresa acontecer.Para não perder os detalhes de cada uma das tarefas e se enrolar no planejamento, Stockler recomenda usar uma metodologia chamada “5WH2”. Derivada do inglês, a sigla elenca sete perguntar que você deve responder sobre cada atividade que fizer: o quê (“what”), por quê (“why”), quando (“when”), onde (“where”), quem (“who”), como (“how”) e quanto (“how much”).

7. Estabeleça uma presença digital

Uma dessas atividades, diz Braga, é a elaboração de uma presença digital – mesmo se sua empresa ainda nem abriu as portas.“É uma tarefa de custo baixo, mas que agrega muito valor à empresa. Você já ganha um ponto de diferenciação em relação aos seus concorrentes se tiver uma boa presença e os consumidores conseguirem saber mais sobre seu negócio”, ressalta o docente do Ibmec. “Além de divulgar seu produto ou serviço, sua marca também começa a ser lembrada pelas pessoas, incluindo seu público-alvo.”Fonte: Exame

Após dever R$ 1 milhão, empresário agora vende adubo chamado Bosta em Lata

Conheça a empresa que dá nome inusitado a adubo

Leonardo de Matos, 41, acumulou R$ 1 milhão em dívidas quando era dono de uma confecção de roupas masculinas, em 2012. Para dar a volta por cima e pagar os R$ 275 mil de débitos que ainda restam, ele aposta em um produto de nome curioso: um adubo orgânico chamado "Bosta em Lata".A ideia de negócio surgiu a partir de seus antigos clientes, que diziam: "Léo, se deixar, você vende até bosta em lata". Acreditando em seu talento para vendas, ele resolveu apostar na ideia. Foram dois anos e meio e R$ 15 mil investidos para desenvolver o produto.A Bosta em Lata é um adubo orgânico composto por esterco bovino (cerca de 10%), turfa e terra. É indicada para uso doméstico, em todos os tipos de planta e em qualquer fase. Uma lata de 500g custa R$ 19,90 na loja virtual."O uso recomendado é de duas colheres por vaso de planta por semana. Se a pessoa tiver cinco plantas, uma lata dura cerca de dois meses" afirma o empresário.Ele diz que o produto não tem mau cheiro e não exige nenhum cuidado especial para manipulação. "É cheiro de terra molhada, lembra fazenda, infância", declara. A produção é terceirizada, feita por uma fazenda de Nova Europa (317 km a noroeste de São Paulo).

Embalagem é diferencial

O grande diferencial do produto, além do nome que chama a atenção, é a embalagem, pois outros adubos do mercado vêm em sacos. "É fácil de abrir, vem com uma colher medidora para aplicação e é reutilizável. Depois de esvaziada, dá para plantar na própria lata, por exemplo", diz.A loja virtual foi lançada no começo do ano, mas Matos considera o mês de julho como o lançamento oficial, quando ele deixou suas outras atividades de vendas para se dedicar totalmente à empresa. Até agora, foram vendidas 1.200 unidades, segundo ele.As vendas são feitas para todo o Brasil por meio da loja virtual, mas o empresário busca parcerias com lojas de jardinagem e grandes redes de varejo que vendem produtos do ramo para tornar o produto mais conhecido e diversificar seus canais de venda.

Planejamento e recuperação

Matos diz que, desta vez, elaborou um planejamento cuidadoso para não repetir os erros passados, que o deixaram endividado. "Minha empresa anterior faliu por má administração. Estou conseguindo me recuperar das dívidas porque fiz um planejamento para a falência."Ele conta a história no livro "Quebrei – Guia Politicamente Incorreto do Empreendedorismo" (Alta Books).Agora, ele aposta no planejamento estratégico e no marketing com bom humor para fazer a nova empresa decolar. "Toda a nossa comunicação tem humor, mas trabalhamos mais o lado da plantinha, do adubo, para não cair no ridículo. É uma linha muito tênue."

Nome atrai, mas pode assustar alguns

Para o consultor Adriano Campos, do Sebrae-SP (Serviço de Apoio à Micro e Pequena Empresa), a proposta irreverente pode atrair clientes. "O bom humor deixa as pessoas mais predispostas a comprar."A embalagem diferente, segundo ele, também é outro atrativo. "Pode ser um presente bem-humorado mesmo para quem não tem plantas. As pessoas podem comprar mais pela brincadeira."Porém, ele diz que o nome pode levar à dificuldade de compreender do que se trata o produto ou até fazer com que algumas pessoas se sintam agredidas."A palavra bosta, embora faça parte do dia a dia, pode ser considerada ofensiva para algumas pessoas. Elas podem pensar que é algo sujo, fedido, e não querer comprar. Outro risco é de avaliarem que se trata de um produto sem seriedade. Isso pode acontecer especialmente quando a marca é nova", declara.

Onde encontrar:

Bosta em Lata: www.bostaemlata.com.br

Como as redes sociais mudaram a moda

As redes sociais mudaram a industria da moda.Assista ao vídeo que aborda o universo da nova democratização do mundo da moda.https://youtu.be/F4QSNoe0We4Fonte: Mundo SA

13 startups brasileiras que fizeram a diferença em 2016

Especialistas listam para EXAME.com alguns negócios inovadores brasileiros que se destacaram neste ano.

São Paulo – A recessão econômica que marcou o ano de 2016 trouxe dificuldades para muitas empresas – incluindo os pequenos e médios empreendimentos. Porém, alguns negócios conseguiram crescer justamente quando os mais tradicionais passavam por uma reflexão de estratégia: as startups.
Segundo quatro especialistas consultados por EXAME.com, é fato que o ecossistema de empreendimentos inovadores cresceu neste ano. Ainda que o tamanho dessa ampliação não seja um consenso – para alguns ela é tímida, enquanto para outros foi significativa -, há alguns movimentos que apontam uma melhora para o ambiente de startups.
A primeira grande tendência foi o interesse das grandes corporações nos pequenos negócios inovadores. “A entrada das gigantes no ecossistema de startups ajudou os negócios a captarem mais recursos e a se financiarem, seja por meio de acelerações e investimentos ou pela compra de projetos”, afirma Bruno Rondani, do Movimento 100 Open Startups. “Por outro lado, o governo ficou de fora desse movimento. Faltou investimento público em 2016.”Ana Fontes, idealizadora da Rede Mulher Empreendedora, também destacou a entrada de grandes empresas no ecossistema. “Isso ajuda o ambiente de startups a evoluir, mesmo em um ano instável como esse. Por exemplo, a Visa fechou uma parceria com o Startup Farm; a Telefônica está dando apoio por sua aceleradora, a Wayra; e o Bradesco fez sua segunda edição do programa Inovabra.”Outra tendência de 2016 é a descentralização: há mais empresas inovadoras surgindo fora do eixo Rio de Janeiro-São Paulo. “Isso é muito importante para o desenvolvimento da economia do país como um todo. Vimos isso acontecer principalmente em cidades como Belo Horizonte, Florianópolis e Recife neste ano”, explica Caíque Pegurier, mentor Endeavor, coordenador de MBA na Inova Business School e CEO da Wide Desenvolvimento Humano.“Também vimos startups com reais inovações tecnológicas, e não apenas negócios com mudanças marginais em relação a empreendimentos já existentes. Estamos entrando para valer no desenvolvimento de tecnologia, com negócios disruptivos.”A última tendência destacada pelos especialistas é a popularização dos negócios inovadores – mesmo que a maioria ainda não os conheça como “startups.”“Vimos startups brasileiras se destacando e saindo do grupinho dos especialistas no tema. Hoje, vemos pessoas falando de negócios como o Nubank com naturalidade, sem nem saber que ele é uma startup. Para mim, é um sinal de maturidade do mercado”, explica Pedro Waengertner, da aceleradora ACE.Quais foram as startups que souberam aproveitar melhor os movimentos trazidos por 2016? Veja, a seguir, 15 negócios brasileiros inovadores, que fizeram a diferença:

1. Contabilizei

Fabio Bacarin e Vitor Torres, da Contabilizei

Fabio Bacarin e Vitor Torres, da Contabilizei (Divulgação)

A Contabilizei é uma plataforma de contabilidade para micro e pequenas empresas, administrada de forma completamente online e com simplicidade, por meio da computação em nuvem.“A startup está dentro do movimento das fintechs e provavelmente já é a maior empresa de contabilidade do país, em número de clientes”, explica Pegurier. “Em apenas três anos de atividade, esse é um resultado surpreendente.”A startup, diz o mentor, representa um dos negócios inovadores de destaque que se desenvolveu fora do eixo Rio de Janeiro-São Paulo: ela é do Paraná. Além disso, ajudou seus clientes a economizarem 25 milhões de reais neste ano, apenas pela maior eficiência contábil.A Contabilizei já havia atraído grandes investidores no passado – como o fundo KaszeK Ventures. Este ano, recebeu um novo aporte, liderado pelo e.Bricks Ventures. Outros participantes do investimento foram novamente a KaszeK e o fundo internacional Endeavor Catalyst.

2. Dr. Cuco

Reprodução de telas do aplicativo Dr. Cuco

Reprodução de telas do aplicativo Dr. Cuco (Reprodução)

O Dr. Cuco é um aplicativo que funciona como uma “enfermeira digital”: por meio da ferramenta, é possível receber lembretes de medicamentos para doenças como colesterol alto, diabetes e hipertensão, por exemplo. Além de poder criar manualmente seus alarmes, o app permite receber automaticamente a prescrição feita por seu médico, já convertida em lembretes (peça ao seu médico para integrar-se ao Dr. CUCO).Em breve, os usuários poderão compartilhar seu tratamento com familiares e cuidadores, além de receber benefícios pelo tratamento realizado de maneira correta.“Essa solução tem o potencial de reduzir muito a taxa de desistência de tratamentos, o que reduz os custos do setor de saúde também”, explica Rondani. “É um negócio que tomará ainda mais força com o progressivo envelhecimento da população.”O criador do 100 Open Startups destaca que a empresa fechou este ano parcerias com grandes players do mercado de saúde, como o HCor (Hospital do Coração).O Dr. Cuco também foi escolhido como uma das dez startups mais sexy no evento de Rondani, a partir da opinião de 50 grandes empresas e dezenas de investidores. Por fim, a startup foi vencedora do Concurso de Planos de Negócios para Universitários do SEBRAE/SC, na categoria Negócios Digitais.O Dr. Cuco já recebeu um investimento-anjo e hoje está no Cubo, espaço para startups do banco Itaú Unibanco.

3. Me Passa Aí

Tela do site Me Passa Aí

Tela do site Me Passa Aí (Reprodução)

A Me Passa Aí se autodescreve como uma espécie de “Netflix dos estudos universitários”: os estudantes assinam o serviço e acessam videoaulas produzidas por alunos que se destacam, com posterior certificação por professores. O negócio começou em 2014 e tem 25 mil usuários cadastrados.Rondani destaca que o negócio passou este ano por um processo de investimento que pode se popularizar nos próximos anos: o equity crowdfunding. Por meio dele, pessoas físicas podem dar dinheiro a uma startup em troca de participação do negócio. No caso da Me Passa Aí, 250 mil reais foram arrecadados em troca de 12,5% de participação societária, diluída em 54 investimentos.

4. Exact Sales

Smartphone com informações sobre a Exact Sales

Smartphone com informações sobre a Exact Sales (Reprodução)

A Exact Sales é uma startup que desenvolveu uma metodologia e um software para gerar eficiência especificamente em vendas complexas.Com um ano e meio de vida, o negócio já atende mais de 500 clientes e faturou 2,1 milhões de reais no primeiro semestre de 2016.Neste ano, o negócio conquistou sua segunda rodada de investimentos. O aporte foi realizado pelo fundo CVentures, no valor de 4 milhões de reais. O valuation é seis vezes maior do que o do primeiro investimento, feito no ano passado.“O que me impressiona é eles chegarem tão rápido neste porte de negócio. Eles conseguem esse resultado atingindo um grande problema das empresas brasileiras: as vendas”, diz Waengertner, da ACE. “Em 2016, eles provaram que já saíram do estágio de startup iniciante, entrando em uma faixa de maior peso.”Vale lembrar que a Exact Sales também está fora do eixo Rio de Janeiro-São Paulo, como a Contabilizei: ela foi fundada em Santa Catarina.

5. GuiaBolso

Thiago Alvarez e Benjamin Gleason, sócios fundadores do GuiaBolso

Thiago Alvarez e Benjamin Gleason, sócios fundadores do GuiaBolso (Divulgação)

O GuiaBolso é um aplicativo que promete melhorar a saúde financeira do brasileiro. A startup aposta na simplicidade da experiência do usuário como diferencial: além de ser gratuito, o app exporta e categoriza automaticamente todos as receitas e despesas da conta bancária do cliente.“O negócio já tem três milhões de usuários e diz que ajudaram seus usuários a economizarem mais de 200 milhões de reais este ano”, afirma Pegurier. “Eles resolveram uma dor enorme, por meio do desenvolvimento tecnológico de uma boa UX [experiência do usuário]. Isso gerou o boca a boca, que se transformou em sucesso para a startup.”A ideia chamou a atenção até mesmo do Banco Mundial em 2016. Em maio, a International Finance Corporation (IFC), ligada ao banco, e outros investidores dos fundos Kaszek Ventures, Ribbit Capital e QED Investors aportaram 60 milhões de reais no negócio.Pegurier analisa que o próximo passo do GuiaBolso será o oferecimento de serviços financeiros, o que poderá dar trabalho até para os grandes bancos – algo em que as fintechs já são especialistas.

6. In Loco Media

André Ferraz, CEO da In Loco Media

André Ferraz, CEO da In Loco Media (Divulgação)

A startup pernambucana In Loco Media é um exemplo de inovação disruptiva, segundo Pegurier. O negócio, lançado dentro de uma universidade de Recife, desenvolveu uma tecnologia de geolocalização mais preciso que o GPS – útil principalmente em ambientes internos.O negócio está presente na América Latina, nos Estados Unidos e na Europa e já rastreou mais de 15 milhões de estabelecimentos, diz o mentor. Seu foco é oferecer um serviço de publicidade digital hipersegmentada para empresas.“Uma montadora de veículos pode fazer publicidade específica para pessoas que já estão dentro de suas concessionárias, ou uma universidade consegue lançar publicidade para quem está perto da instituição, por exemplo.”O negócio tem hoje 50 milhões de usuários ativos e trabalha com grandes empresas, como Claro, Coca-Cola, Fiat, LG, Lojas Americanas, Natura e Nestlé.

7. Love Mondays

Luciana Caletti, do Love Mondays

Luciana Caletti, do Love Mondays (Fabiano Accorsi/VOCÊ S/A)

O Love Mondays, lançado em 2014, ajuda profissionais a conhecer 75.000 empresas e candidatar-se a vagas. Ana Fontes, da Rede Mulher Empreendedora, destaca que é uma startup liderada por uma mulher – Luciana Caletti – e que conseguiu obter êxito com pouco tempo de vida.O principal marco da empresa neste ano foi sua venda para o negócio que os inspirou: o portal Glassdoor. O valor da transação não foi divulgado. “O exit foi um marco importante principalmente no modelo que foi feito: a Luciana continua na operação e na liderança.”

8. Méliuz

Ofli Guimarães e Israel Salmen, fundadores do Méliuz

Ofli Guimarães e Israel Salmen, fundadores do Méliuz (Divulgação)

A Méliuz é um programa de fidelidade que, em vez de dar pontos, devolve parte do seu dinheiro direto na conta.Criada em 2011, a startup vem crescendo exponencialmente: segundo a empresa, 23 milhões de reais já foram repassados às contas bancárias de seus usuários.“Eles estão de fato fazendo diferença no seu setor, que é um mercado bastante novo ainda”, explica Ana Fontes. “Os fundadores foram selecionados como mentores da Endeavor e a Méliuz está bem cotada, com vários prêmios.”O maior deles foi o de startup do ano, no prêmio Startup Awards 2016. No final de 2015, o negócio já havia conquistado um aporte do investidor francês Fabrice Grinda, um dos criadores da OLX. O valor do investimento não foi divulgado.

9. Movile

Fabricio Bloisi, presidente da Movile, dona do iFood

Fabricio Bloisi, presidente da Movile (Forbes Brasil/Divulgação)

A Movile é uma das maiores startups do Brasil. A empresa paulista de conteúdo para celulares responsável por aplicativos como iFood e PlayKids é o negócio mais cotado para se tornar o primeiro unicórnio brasileiro – negócios avaliados em um bilhão de dólares (ou mais).“O FabrIcio Bloisi, da Movile, é um empreendedor de primeira linha. A Movile entra em setores muito competitivos – o iFood disputa agora com negócios como o UberEats, por exemplo – e se destaca, mesmo fora do país”, explica Waengertner, da ACE. “Essa agressividade e essa urgência torna a Movile um grande exemplo brasileiro de empreendedorismo.”

10. Nubank

Aplicativo do Nubank no celular

Aplicativo do Nubank no celular (Nubank/Divulgação)

O Nubank é provavelmente a startup mais popular de 2016: seu nome não saiu da boca dos brasileiros, o que gerou uma fila de sete milhões de pessoais querendo o cartão de crédito da marca – administrado totalmente online e sem taxa de administração.A ameaça de fechamento por conta de uma medida do Banco Central, divulgada há poucos dias, só confirmou o interesse dos brasileiros pelo “roxinho”, apelido do cartão da fintech.“O Nubank se destaca por estar lutando contra gigante e por estar trazendo um nível de qualidade Vale do Silício ao Brasil: a gente sente isso quando visita o negócio, quando conversa com os clientes e com os funcionários e quando colocam o Brasil no alvo de muitos investidores que nunca investiriam em negócios do país antes”, explica Pedro Waengertner, da ACE.“É uma startup de um setor que anda muito popular – as fintechs – e são o exemplo de maior sucesso nesse mercado, cheio de grandes players e super regulamentado”, completa Ana Fontes, da Rede Mulher Empreendedora. “Não deixo de destacar que uma mulher compõe a liderança: a Cristina Junqueira.”Em 2016, o negócio conseguiu o maior investimento da sua história, de série D. Desta vez, o valor do investimento foi de US$ 80 milhões (aproximadamente R$ 276 milhões, pela cotação atual). Até hoje, o Nubank já arrecadou mais de 600 milhões de reais nas cinco rodadas de investimentos acumuladas. Muitos colocam a startup no mesmo grupo da Movile: o de futuros unicórnios brasileiros.

11. Resultados Digitais

Escritório da Resultados Digitais

Escritório da Resultados Digitais (Mar Santos/Divulgação)

A Resultados Digitais foi criada em 2011, explorando um mercado que ainda não existia no Brasil: o de automação de marketing digital.Para obter sucesso, trabalhou para convencer os brasileiros de que era preciso investir na atração de consumidores pela internet. Seu evento de marketing digital, o RD Summit, recebeu em 2016 mais de cinco mil visitantes.“Eles dominam um setor que eles mesmo criaram, estão exportando e seus criadores viraram mentores da Endeavor. É uma startup para ficar de olho”, diz Ana Fontes.Ela também destaca o aporte recebido pela RD neste ano: um investimento série C, no valor de 62 milhões de reais. A injeção de capital foi capitaneada pelo fundo TPG Growth, que já investiu em empresas como Airbnb, Uber e Spotify. Outros investidores foram Redpoint eventures, Endeavor Catalyst e DGF Investimentos.Já Pedro Waengertnet, da ACE, destaca a gestão do negócio. “A equipe tem um nível de execução próximo das empresas do Vale – especialmente na maneira como eles pensam o desenvolvimento do produto e a área comercial. Além de atraírem os principais investidores brasileiros, atraíram fundos americanos neste ano. São um exemplo de empresa de tecnologia no Brasil.”Ao todo, a Resultados Digitais já recebeu R$ 83 milhões em aportes e possui 380 funcionários na sua equipe.

12. Sympla

Equipe da startup Sympla, escolhida como a melhor de 2015

Equipe da startup Sympla (Divulgação)

Fundada em 2012, a Sympla é uma plataforma inteligente para venda e gestão de ingressos e inscrições. O negócio é voltado para produtores de eventos de pequeno e médio porte e já totalizou mais de 75 mil eventos feitos pela plataforma.A Sympla foi considerada melhor startup do ano de 2015 pelo Spark Awards. Neste ano, o negócio recebeu um aporte de 13 milhões de reais, liderado pela Movile.“É uma startup bem mineira. Sem fazer muito alarde, mas trabalhando muito e de forma focada, está crescendo muito. Em 2017, pretende faturar 250 milhões”, ressalta Fontes.“A Sympla teve uma trajetória muita agressiva, cercada de mentores bons e parceiros bons, como a Movile. Eles crescem de forma sólida e logo sairão do patamar de pequena e média empresa”, analisa Waengertner.  “O negócio também acabou de comprar uma startup acelerada por nós e que era concorrente deles, a Eventick.”

13. VivaReal

Brian Requarth, criador do VivaReal

Brian Requarth, criador do VivaReal (Germano Lüders/Revista EXAME)

O VivaReal é uma startup criada em 2009 para bater de frente com outros portais de imóveis do país: o marketplace conecta compradores com vendedores e alugadores de residências.Hoje, são mais de 4,5 milhões de casas ou apartamentos dentro do site. O negócio também já acumulou 245 milhões de reais em investimento.Junto com as startups GuiaBolso e Nubank, o VivaReal foi considerado uma das empresas brasileiras mais inovadoras ao transformar a relação das pessoas com o dinheiro, segundo a consultoria KPMG e a investidora em fintechs H2 Ventures.“É um negócio feito por um empreendedor americano que veio ao Brasil sem conhecer ninguém e criou uma empresa que desafia portais de imóveis já estabelecidos há anos”, explica Waengertner, da ACE. “Ele encara esses concorrentes de forma eficiente e atraiu grandes investidores ao Brasil. É muito parecido com o Nubank, nesse sentido.”Fonte: PEGN

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