Estaleiro catarinense Schaefer já produziu 3 mil barcos desde a fundação
O estaleiro catarinense Schaefer Yachts, criado em 1992 pelo designer Marcio Schaefer, pode ser considerado uma das mais inovadoras empresas do setor náutico brasileiro. Responsável pela produção da maior variedade do mercado nacional entre barcos de 30 a 80 pés, a Schaefer mudou nos últimos anos até mesmo a maneira como o brasileiro se relaciona com o mar, com a oferta de barcos inovadores e que já se consolidaram como verdadeiros casos de sucesso.Desde a fundação, a empresa já comercializou mais de 3 mil barcos, que estabeleceram um novo padrão de qualidade e inovação no setor. Graças ao esforço de produção ininterrupta, capitaneado por Marcio Schaefer, dos galpões da empresa foram surgindo modelos que se espalharam pelo Brasil e exterior, consolidando o polo náutico catarinense como o maior do país.Entre tantos atributos que um barco deve preencher até chegar ao coração do consumidor, a receita do sucesso da Schaefer resida no minucioso mix de lanchas desenhadas sob medida para o perfil do público brasileiro. O DNA inovador mantém a empresa na liderança em várias frentes, que abrangem os barcos nas faixas de 36, 50 e 60 pés. Na trajetória de sucesso da empresa catarinense, um marco se impõe: a produção do barco de maior sucesso comercial do país, o desejado Phantom 300. Mas a estrela da náutica catarinense não ficou apenas colhendo os louros do sucesso.Logo depois de festejar 20 anos de atividade, em novembro de 2012, a empresa de Marcio Schaefer deu uma nova cartada no segmento dos super iates com o seu mais arrojado projeto: a Schaefer 830, de 83 pés. O audacioso projeto foi um dos mais bem recebidos da história náutica brasileira, graças ao desenho arrojado e diferenciais tecnológicos.Com três opções de design interno e capacidade para 23 pessoas, incluindo a tripulação, o modelo ganhou a fama de ser rápido, esportivo e equipado com o que há de mais moderno. Do tipo Open, com teto solar e convés em um nível, permite total integração entre as áreas, com autonomia de 300 milhas e dependências de cozinha, que completam itens indispensáveis para um cruzeiro tranquilo.A tecnologia de construção é a mesma utilizada nos demais modelos do estaleiro, o que confere ao barco elementos ímpares de desempenho, durabilidade e menor peso. Suas quatro suítes e o salão que inclui sala de jantar e de estar traduzem toda a sofisticação oferecida para um público diferenciado. Seu porte comporta ainda garagem para moto aquática, bote de até quatro metros e três motores de 1,2 mil HP. Em seis meses foram três unidades comercializadas.Outro lançamento que aposta na inovação é o Schaefer 560 – um projeto totalmente novo, com 56 pés de comprimento, flybridge, três cabines e duas suítes. Lançado recentemente no São Paulo Boat Show, o maior evento náutico da América Latina, o iate pode ser customizado, deixando o barco ao gosto do cliente, que tem a opção de escolher os tecidos das camas e revestimentos, cor da madeira dos móveis e decoração dos ambientes.O barco possui um local de convivência na proa com solarium para os banhos de sol e um lounge. Mantendo o padrão brasileiro de barcos de lazer, estabelecido pela própria empresa, conta ainda com ampla área gourmet na popa, bancada com churrasqueira elétrica, uma grande praça com sofá, mesa para refeições e cozinha junto à entrada do salão – o que permite maior dinâmica no preparo de pratos e drinques para os convidados.Para os pernoites o barco possui um camarote master à meia nau, um de proa e outro a boreste, com duas camas de solteiro que ainda podem ser revertidas em confortável cama de casal. Com unidades em Florianópolis, Biguaçu e Palhoça, a Schaefer Yachts contribui para a formação de mão de obra e a consolidação de toda uma cadeia de produção do segmento. Da concepção das lanchas à finalização de cada unidade, todo o processo é desenvolvido em um Centro de Design e Inovação, que funciona como um laboratório de novos projetos.De acordo com Marcio Schaefer, toda a tecnologia empregada nos processos gera o mínimo de resíduos e resulta em barcos de alto desempenho e navegabilidade. Cada unidade passa por uma infusão que reduz o tempo de produção e deixa as embarcações muito mais leves e resistentes. O sucesso da Schaefer Yachts, no mercado nacional, catapultou a empresa para um dos principais cenários da náutica mundial, a Coreia do Sul.O encontro entre o empresário Marcio Schaefer com o vice-prefeito da cidade de Busan, Don Young Cho, e o secretário da Divisão de Investimentos Estrangeiros, Jae Hyung Lee, no início do ano, definiu a instalação do estaleiro catarinense na segunda maior cidade da Coreia do Sul, com prazo de até 18 meses para o início da produção de lanchas a partir de 30 pés. “A Coreia do Sul é líder mundial na indústria naval de grande porte, mas não tem estaleiros de embarcações de lazer e está abrindo uma oportunidade para ingressarmos não só naquela nação, mas no mercado asiático”, comemora Marcio Schaefer. “Começaremos fabricando a Phantom 303 e ano a ano evoluiremos nos modelos, até produzirmos o iate de 83 pés, como Schaefer 830”, assegura.Na carta de intenções assinada com os coreanos, a prefeitura de Busan comprometeu-se em fornecer área com acesso ao mar, para a instalação do estaleiro, além de incentivos fiscais. A Schaefer Yachts terá como contrapartida a geração de empregos e a cessão de tecnologia e formas náuticas.Busan é a segunda maior cidade sul- -coreana, com 6 milhões de habitantes e mantém uma intensa atividade portuária, por onde escoam as exportações do país. A aproximação entre os catarinenses e a o polo naval sul-coreano começou em 2013, promovida pelos agentes Han Kim e José Carlos Fantini, mas só foi efetivamente alavancada quando o barco Phantom 303 foi eleito o melhor equipamento do Busan Boat Show, em outubro do ano passado. “O que assinamos não foi apenas uma carta de intenções, mas a garantia de que estamos firmemente empenhados em assegurar a instalação da Schaefer Yachts em Busan”, afirmou o vice-prefeito Don Young Cho.No Brasil, o preço médio de um Phantom 303 é de R$ 400 mil, porém estima-se que na Coreia do Sul será pelo menos 25% mais baixo, por conta de menor carga tributária e da competitividade da economia do país. “O convite é um reconhecimento mundial da expertise brasileira no segmento”, afirma Pedro Odílio Phellippe, diretor industrial da Schaefer Yachts. Segundo ele, o mercado também está mais receptivo às exportações. Até 2008, dois meses da produção do estaleiro catarinense era destinado ao mercado europeu, mas com a valorização do real, o cenário se retraiu nos últimos anos. “Agora, com o dólar forte, nossa presença no exterior será retomada”, assegura Phellippe.Fonte: Empreendedor
Equipamento da FIT mapeia em segundos a qualidade e a composição de produtos in natura e industrializados
A Fine Instrument Technology (FIT), empresa brasileira especializada no desenvolvimento de equipamentos e soluções que utilizam Ressonância Magnética Nuclear (RMN), desenvolveu uma nova tecnologia de ressonância magnética para alimentos capaz de realizar, em segundos, análises químicas e físicas de frutas, grãos, azeites, leites, carnes, entre outros produtos.
O SpecFIT, desenvolvido com o apoio financeiro da Finep e do Desenvolve SP, é semelhante ao equipamento de ressonância utilizado em ambiente hospitalar, porém, adaptado às necessidades das análises dos alimentos. O diferencial, além do tamanho, está nos métodos de análises incorporados aos softwares do equipamento, sendo alguns deles desenvolvidos em parceria com a Embrapa. Estes softwares retornam dados precisos sobre a qualidade e composição dos produtos, podendo estes serem in natura ou industrializados, e sem sofrerem qualquer tipo de dano.“Uma utilização importante desse equipamento poderá ser feita pelos supermercados, que poderão verificar, de forma rápida e eficaz, a qualidade dos produtos de seus fornecedores”, exemplifica o pesquisador e sócio da FIT, Daniel Consalter. “O SpecFit pode analisar, por exemplo, a maciez de peças de carnes, pureza de azeites, a quantidade de açucares em frutas e sucos, entre muitas outras aplicações possíveis que estão em desenvolvimento, como autenticidade do salmão, a origem de vinhos e pureza do leite”, explica.De acordo com Consalter, essa nova tecnologia, 100% nacional, deve beneficiar outros setores também, como o agronegócio. Ele explica que um produtor de mamão, por exemplo, poderá medir a quantidade de açúcares da fruta verde e saber se ela irá madurar doce ou não.“Desta forma, é possível selecionar o mamão e exportá-lo com a garantia de que chegarão dentro das especificações do cliente”, avalia Consalter. “Outro exemplo é a indústria produtora de óleo vegetal. Muitas vezes o rendimento dos grãos é diferente entre as safras, e com o SpecFIT é possível medir em poucos segundo o teor exato de óleo nelas”, esclarece.Mesmo o foco atual sendo o setor de alimentos, Consalter afirma que o potencial dessa nova tecnologia desenvolvida é infinita. O primeiro equipamento foi vendido para o Laboratório de Tecnologia de Engenharia de Poços da Coppe, na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Neste caso, a tecnologia foi direcionada para exploração de petróleo, com uso da ressonância na análise da porosidade de rochas em regiões promissoras.Fonte: Empreendedor