Companhia que atua no mercado de assinaturas deve encerrar 2015 com crescimento de 50% e mais de 3.000 clientes pagantes
Empresa de TI aposta na gestão de negócios recorrentes para driblar a crise
Comida brasileira em box inicia processo de internacionalização
A Brasileirinho Delivery pretende chegar a 30 unidades no exterior em 2016
O Brasileirinho Delivery, especializado em comida típica brasileira servida em box, superou suas expectativas e em apenas dois anos de atuação no franchising chegou a 80 franquias. Agora os planos é iniciar sua internacionalização e contar com mais de 30 unidades no exterior e 180 no Brasil até o próximo ano. Estão nos planos de expansão países como México, Colômbia, Chile e Uruguai.
Site aposta na venda de veículos com mais de 10 anos
Ações da Volkswagen despencam mais de 20% com escândalo sobre emissões nos EUA
As ações da Volkswagen despencavam mais de 20% nesta segunda-feira
As ações da Volkswagen despencavam mais de 20 por cento nesta segunda-feira, sua maior queda histórica diária, conforme a montadora alemã era envolvida em turbulências por conta de acusações de autoridades norte-americanas de que teria falsificado informações sobre emissões de poluentes.A Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos disse na sexta-feira que a maior montadora europeia usou software para carros a diesel da VW e da marca Audi que enganou reguladores na medida de emissões tóxicas, podendo enfrentar até 18 bilhões de dólares em penalidades.O escândalo emergiu quando a montadora esperava seguir em frente depois de uma batalha entre suas lideranças. Uma reunião do Conselho supervisor na sexta-feira deve discutir uma nova estrutura para a empresa e um alinhamento da administração.Alguns analistas disseram que o presidente-executivo, Martin Winterkorn, deveria deixar o cargo. O executivo disse no domingo "lamentar profundamente" a quebra de regras norte-americanas e ordenou uma investigação externa."O desastre está além de todas as expectativas", disse Ferdinand Dudenhoeffer, diretor do Centro de Pesquisa Automotiva da Universidade de Duisburg-Essen.Winterkorn, que recentemente enfrentou um desafio à sua autoridade com a saída do presidente do Conselho de Administração Ferdinand Piech, dirigiu a marca VW entre 2007 e 2015, incluindo o período de seis anos quando se descobriu que alguns de seus modelos violaram regras norte-americanas de limpeza do ar. Um porta-voz da VW não estava imediatamente disponível para comentar.Fonte: Ações da Volkswagen despencam mais de 20% com escândalo sobre emissões nos EUA - MSN
Ascensão e queda da Alibaba: o que vem depois do precipício?
A Alibaba Group Holding Ltd. parecia infalível há um ano
A Alibaba Group Holding Ltd. parecia infalível há um ano, quando realizou a maior abertura de capital já feita. Ela tinha total controle sobre o comércio eletrônico chinês, a economia estava crescendo e o consumo aumentava sem parar. As ações subiram 76 por cento em relação ao preço da abertura de capital em apenas dois meses.Depois, tudo isso ruiu. A Alibaba entrou na linha de fogo de um órgão do governo, fechou acordos que desconcertaram os investidores e trocou de CEO quando o crescimento desacelerou. Ainda mais importante, a economia da China se tornou instável, o que comprometeu o aumento do consumo de que a Alibaba depende. As ações caíram, caíram e caíram, chegaram ao preço da abertura de capital e caíram ainda mais. A infalível falhou.E agora? Os investidores que viram US$ 128 bilhões em valor de mercado desaparecerem até quarta-feira não devem esperar um alívio tão cedo. James Cordwell, da Atlantic Equities LLP, o analista mais bem classificado entre os que monitoram a ação, projeta que a desaceleração da economia chinesa vai enfraquecer o crescimento das transações de comércio eletrônico até pelo menos 2016. Os diversos acordos que a Alibaba negociou também vão demorar a render frutos.“Todas as métricas operacionais parecem estar apontando para o lado errado”, disse Cordwell, de Londres. Ele ficou em primeiro lugar nos rankings Bloomberg Absolute Return por suas projeções sobre a Alibaba e pelas recomendações que fez sobre a carteira que monitora. “Enquanto os investidores não sentirem que essa desaceleração já chegou ao fim, vai ser difícil para a ação”.ConfiançaA companhia com sede em Hangzhou está tentando ir além da China e do comércio eletrônico e anunciou US$ 15 bilhões em transações. Muitos dos investimentos têm um sentido estratégico evidente, mas outros são mais difíceis de entender, como as participações em um time de futebol de Guangzhou, em um player menor de smartphones chineses e em um estúdio de entretenimento não lucrativo.Mas o presidente do conselho e um dos fundadores da Alibaba, Jack Ma, e seus sócios têm uma visão de como tudo isso se encaixará nos próximos dez anos. O objetivo é que a Alibaba se expanda além do comércio e incursione por conteúdos, como filmes e esportes, que ofereça sistemas de pagamento para suas próprias transações e para terceiros, e que consiga fazer com que suas tecnologias sejam mais amplamente utilizadas, como o sistema operacional produzido internamente e o serviço de computação na nuvem.Além das disputas com a China por falsificações, a companhia precisou lidar com críticas da mídia. A revista Barron’s projetou neste mês que a ação vai desabar mais 50 por cento. A Alibaba disse que a reportagem se baseou em cálculos incorretos, contém erros factuais e utilizou as informações de modo seletivo.John Choi, analista da Daiwa Capital Markets, disse que apesar da cobertura negativa e da economia desfavorável, as variáveis fundamentais da Alibaba continuam sendo positivas e o comércio eletrônico ainda está crescendo.“Neste momento, tudo se resume à confiança, e a confiança na China está negativa demais agora”, disse Choi, que recomenda comprar a ação. “O comércio eletrônico é uma das pouquíssimas verticais que continuam oferecendo um crescimento adequado no setor da internet em geral”.Otimismo entre analistasOutros analistas também não desistiram da Alibaba. Dos 52 que são acompanhados pela Bloomberg, 44 recomendam comprar a ação e apenas dois recomendam que os investidores vendam.Os acionistas não têm estado tão otimistas. Os bilionários Daniel Loeb e George Soros venderam tudo o que tinham da Alibaba, ou grande parte, assim como os fundos dirigidos pelos discípulos de Julian Robertson, os chamados filhotes de tigre. Além disso, as apostas baixistas na ação aumentaram e o interesse no curto prazo atingiu um recorde.Cordwell, da Atlantic, que tem uma recomendação neutra, vê uma luz no fim do túnel e acredita que a companhia vai acabar voltando à tona mais fortalecida.“Ainda vai haver mais dois ou três trimestres difíceis para a companhia”, disse ele. O desafio atual “é tornar a Alibaba uma empresa melhor nos próximos dez anos”.Fonte: Ascensão e queda da Alibaba: o que vem depois do precipício? - MSN
Cresce concessão de microcrédito a pequenos empreendedores
Entre abril e junho o PNMPO liberou mais de R$ 2,8 bilhões ao financiamento a pequenos empreendedores do país
As instituições integrantes do Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado (PNMPO) ofertaram um volume total de crédito de R$ 2,8 bilhões, no segundo trimestre de 2015. Na comparação com os três primeiros meses do ano, a expansão nominal do microcrédito foi de 8,92%. Comparado aos primeiros seis meses do ano passado, também houve incremento na oferta de crédito, na ordem de 1,61%. Os principais investimentos foram feitos na Região Nordeste do país e nas atividades ligadas ao comércio.
PERFIL
O principal perfil dos tomadores de microcrédito está relacionado à economia urbana, com prioridade para o comércio, ramo de atividade para o qual foram concedidos 74,51% dos investimentos, totalizando R$ 2.1 bilhões no período. O PNMPO atendeu, de abril a junho deste ano, mais de 1 milhão de clientes para atividades no comércio, o que representa 80,78% do total de clientes em todo o país.Os tomadores de financiamento para atividades relacionadas à prestação de serviços estão em segundo lugar, com mais de 80,6 mil clientes atendidos e um valor liberado de R$ 228 milhões. A grande maioria dos clientes atendidos, 89,94% do total, fez operações destinadas à capital de giro (R$ 2 ,5 bilhões) e outros 7,91% para investimento (R$ 276 mil).DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
Tomadores de microcrédito dos estados da Região Nordeste do Brasil foram os mais beneficiados com a liberação dos recursos, com operações que variam entre R$ 2 e R$ 3 mil, com limite individual de até R$ 15 mil, sendo expressiva a quantidade de recursos alocados para os estados nordestinos, que responderam por 79,87% do volume total concedido. Essa concentração deve-se, principalmente, à operação do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), instituição líder na oferta de Microcrédito Produtivo Orientado do país.GÊNERO
A forte presença das mulheres como tomadoras de microcrédito foi confirmada nos segundo trimestre de 2015. As mulheres representam 62,50% do valor concedido e 64,8% dos clientes atendidos e obtiveram mais de R$ 1,7 bilhão em operações.Os dados mostram ainda que os empreendedores informais, ou pessoa física, foram os mais beneficiados com 97,12% das operações.Desde 2008, o PNMPO realizou 25,13 milhões de operações de microcrédito, atendendo mais de 25,48 milhões de clientes, com volume concedido superior a R$ 56 bilhões.Escola profissionalizante cria franquia para microempreendedores
On Byte Personal é modelo de empresa para quem precisa iniciar um novo negócio com baixo investimento
A On Byte Formação Profissional lança o modelo ideal para quem deseja começar um novo negócio. Com baixo investimento e a possibilidade de gerar emprego e renda para a família, a marca inova mais uma vez no mercado e traz a On Byte Personal.
AB InBev, de Lemann, pretende adquirir concorrente SABMiller
Notícia fez com que ações das duas empresas saltassem
Há um acordo em fase de negociação que poderia trazer duas grandes rivais do mundo de cervejas, Bud Light e Coors Light, para o mesmo lado.A Anheuser-Busch InBev, empresa que tem Jorge Paulo Lemann como um de seus principais acionistas, disse, nesta quarta-feira (16), que entrou em contato com a SABMiller sobre uma potencial compra, em um acordo que criaria uma poderosa empresa global de cervejas. A notícia fez com que as ações da SABMiller chegassem a um crescimento de 21% no meio do dia na Bolsa de Londres enquanto as da AB InBev subissem 6% em Bruxelas.Em declaração, a SABMiller disse que a AB InBev informou que “pretende fazer uma proposta para adquiri-la.” Sua diretoria irá “revisar e responder adequadamente a qualquer proposta que possa ser feita”. A declaração reiterou que não era uma certeza que o acordo seria feito e não trouxe nenhuma informação sobre os termos do acordo. A empresa aconselhou os acionistas a manterem suas ações e “não tomar nenhuma atitude”.AB InBev disse, também em comunicado, que deve anunciar a decisão de fazer uma oferta para a SABMiller às 5h da tarde do dia 14 de outubro, caso contrário retirará a proposta, de acordo com as leis do Reino Unido. A declaração reforçou não existir certeza sobre nenhum acordo.Ambas as companhias já são grandes empresas globais de cerveja e o acordo irá, provavelmente, enfrentar preocupações antimonopólio. A belga AB InBev, criada em 2008 através de uma fusão entre Anheuser-Busch e InBev, é a maior empresa de cervejas do mundo, com marcas como Corona, Stella Artois, Budweiser, Bud Light, entre outras brasileiras via Ambev.A SABMiller, com matriz em Londres, é a segunda maior do mundo e tem marcas como Coors Light, Miller Light, Blue Moon, Peroni, Nastro Azzurro e Grolsch. Foi criada em 2002, quando a South African Breweries adquiriu a Miller Brewing Company, a segunda maior empresa de cervejas dos Estados Unidos.Uma fusão entre as duas gigantes tem sido tema de especulação há anos. O maior acionista da AB InBev é a empresa de ativos privados brasileira 3G Capital, conhecida por adquirir negócios, baixar custos e buscar expansão global. Ainda esse ano, a 3G Capital, do trio de bilionários brasileiros Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Herrmann Tellesestava por trás da fusão entre a Kraft e a Heinz.A média anual das margens operacionais ao longo dos últimos cinco anos são de 30% para a AB InBev e 22,2% para a SABMiller. Caso consigam aumentar a média da segunda após a fusão, muito dinheiro será ganho, pois a base de vendas é maior que US$ 10 bilhões.Antes das notícias da quarta-feira, as ações da AB InBev estavam em crescimento de cerca de 1% ao ano, enquanto as ações da SABMiller estavam em queda de cerca de 9%.Fonte: AB InBev, de Lemann, pretende adquirir concorrente SABMiller - MSN
Guilherme Afif: Depois do Simples Nacional
“Precisamos eliminar o medo dos pequenos negócios de crescer”: veja entrevista exclusiva com o Ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa.
Fonte: Guilherme Afif: Depois do Simples Nacional - Endeavor BrasilEm conversa exclusiva, o Ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa mostra sua visão sobre o ambiente de negócios brasileiro e explica para onde caminham as políticas públicas de incentivo ao crescimento das empresas.Oferecer melhores condições de desenvolvimento às empresas que têm mantido o crescimento positivo do emprego nos últimos anos é fundamental. Elas precisam crescer sem medo – e é nisso que acredita o Ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif. Não é por menos: no Brasil, menos de 1% das empresas conseguem crescer mais do que 20% ao ano, e são responsáveis por gerar mais de 60% dos novos postos de trabalho. Destas, 90% são pequenas e médias empresas.Mesmo para elas, no entanto, o desafio ainda é imenso, embora o governo tenha dado passos importantes na criação de política públicas que incentivem um ambiente de negócios mais favorável no país. O Simples Nacional, por exemplo, já mostra resultados expressivos. Mas quais devem ser os próximos passos? Perguntamos a opinião de Afif nesta conversa exclusiva com a Endeavor.Endeavor: Ministro, qual a sua visão sobre o empreendedorismo no Brasil? Quais são nossos maiores desafios para multiplicar o número e o impacto dos nossos empreendedores?Guilherme Afif: No Brasil, o empreendedorismo assumiu uma importância enorme para a sociedade. O número de pessoas que pretendem empreender é o dobro daquelas que preferem ser empregados.TRÊS EM CADA DEZ BRASILEIROS ADULTOS POSSUEM UMA EMPRESA OU ESTÃO ABRINDO UMA.Isso tudo levou o país ao topo do ranking do empreendedorismo e aumentou muito a responsabilidade de aprimorar as políticas públicas de apoio e incentivo.Esse panorama positivo possui relação direta com um ambiente de negócios mais adequado ao pequeno negócio, construído ao longo das últimas décadas, a partir da visão de que ele deve ter ônus burocrático e tributário menor: é o tratamento diferenciado e favorecido que está na Constituição e que foi concretizado por inúmeros instrumentos importantes no dia a dia da micro e pequena empresa, especialmente o Simples Nacional.Hoje, são mais de 10 milhões de empresas no Simples Nacional e os pequenos negócios são responsáveis pela criação da maioria dos empregos brasileiros nos últimos anos. Sem contar que já respondem por 27% do PIB.O desafio que se coloca é aprimorar ainda mais esse conjunto de políticas públicas que está na Lei Geral das MPEs, focando em instrumentos importantes que vêm sendo pouco explorados, como é o caso do acesso ao crédito, que precisa avançar.Em julho, você esteve na Câmara dos Deputados para debater o projeto Crescer sem Medo. Você pode falar um pouco mais sobre ele?O projeto busca eliminar o medo dos pequenos negócios de crescer. A proposta é criar rampas suaves para o aumento da tributação no Simples Nacional. Busca, ainda, a redução do número de tabelas e faixas, com a eliminação dos degraus nas mudanças de faixa, que caem das atuais 20 para 7. O projeto prevê também a criação de regime de transição para empresas com faturamento anual até R$ 7,2 milhões nos setores de comércio e serviços, e até R$ 14,4 milhões na indústria, visando a diminuir o abismo tributário para os pequenos negócios que deixam o Simples.De acordo com o IBPT, 63% das empresas deixam de pagar seus impostos após 1 ano de seu desenquadramento do Simples Nacional. Como podemos permitir um “pouso suave” dos empreendedores que saem do Simples?O estudo da Fundação Getúlio Vargas que fundamentou a elaboração do Projeto Crescer Sem Medo deixou clara essa realidade. As empresas do comércio que saem do Simples têm 54% de aumento na carga tributária. Na indústria esse aumento é de 40% e, no setor de serviços, de 35%. O efeito desse aumento cavalar nas cargas tributária e burocrática – muito maior fora do Simples, que tenho chamado de “morte súbita” – é afastado pelo projeto, com a criação de faixas de saída com carga tributária de transição para o regime do Lucro Presumido. Substituímos degraus dentro do Simples e a muralha na saída dele por uma rampa suave de crescimento da tributação.Aumentar o teto do Simples não é apenas uma forma de adiar o problema que os empreendedores poderão viver? Não seria melhor propor uma reforma tributária completa?É um equívoco concluir que o projeto cuida de aumentar o teto do Simples. Ele fundamentalmente cria um regime de transição que aproxima a carga tributária da faixa final desse regime do patamar do regime do Lucro Presumido. Ou seja, não adia o problema e não mantém a morte súbita da empresa ao sair do Simples. Cria alternativa que assegura crescimento da carga compatível com o aumento da receita e incentiva a empresa a crescer, a não ter medo de quebrar. É a reforma tributária para os pequenos.Menos de 1% das empresas brasileiras consegue crescer acima de 20% ao ano por 3 anos seguidos, mas são responsáveis pela criação de mais de 60% dos novos empregos, de acordo com o IBGE. Mais da metade dessas “scale ups” são pequenas empresas, com até 50 funcionários. O que mais pode ser feito pelo governo para facilitar a vida dos empreendedores que estão entregando resultado e gerando valor para o país?O universo das MPEs é formado, predominantemente, pelos muito pequenos, muitíssimos pequenos. No Simples, por exemplo, 62% das empresas possuem receita de até R$ 180 mil anuais e 84,7% têm receita de até R$ 540 mil anuais. Para essa esmagadora maioria, o custo burocrático do sistema tributário é muitas vezes tão ou mais nefasto do que o próprio custo tributário, o que explica o sucesso do Simples Nacional e a necessidade de sua expansão.Apesar disso, as empresas de elevado impacto também merecem atenção do projeto Crescer Sem Medo pela sua importância. Há proposta para remover barreiras para investimentos, por meio da dispensa da necessidade de utilização de sociedade por ações e garantia de permanência no Simples Nacional. Esse debate está aberto no Congresso Nacional e é importante contar com a participação da sociedade para avançar no apoio a esses empreendimentos.No projeto também está prevista a criação da Empresa Simples de Crédito (ESC). Um dos grandes fatores de concentração de renda no Brasil é o sistema de crédito, pois capta de todos para emprestar apenas para alguns. A ESC poderá realizar operações de empréstimo, financiamento e desconto de títulos de crédito somente para pessoas jurídicas no âmbito local e não poderá captar recursos. Esse mecanismo pretende multiplicar a oferta e facilitar o acesso ao crédito para os pequenos negócios, podendo significar apoio significativo para os empreendimentos inovadores.Num momento de aumento de impostos e aperto nas contas públicas, é possível acreditar que o Crescer Sem Medo é uma prioridade para o Governo como um todo? E para o Congresso?Tenho dito frequentemente que o óbvio cria facilmente o consenso. É claro que o ajuste também se faz pelo lado do desenvolvimento econômico. Dotar a esmagadora maioria das empresas – as que têm mantido o crescimento positivo do emprego nos últimos anos e, ao mesmo tempo, são a mais importante alternativa ao emprego – de melhores condições de desenvolvimento, de crescer sem medo, é fundamental. Isso foi plenamente incorporado pela Câmara dos Deputados, que aprovou por unanimidade o relatório da comissão especial sobre o projeto no último dia 1º de julho. Tenho certeza de que não será diferente no plenário da Câmara e no Senado. A Frente Parlamentar da MPE é uma das maiores e mais ativas do Congresso e tem o projeto como pauta prioritária. É necessário, todavia, manter forte a mobilização da sociedade perante os parlamentares para aprovação do projeto.Você já foi empreendedor e ainda convive com muitos empreendedores em seus círculos pessoais. Agora é o Ministro responsável por melhorar o dia-a-dia de mais de 90% dos donos de empresas do Brasil. Qual é o legado que você quer deixar?Há 31 anos foi aprovado o primeiro Estatuto da Microempresa e, há 19 anos, a primeira Lei do Simples. Para chegar ao estatuto, meu trabalho começou em 1979 e foi concluído após os dois primeiros congressos nacionais das MPEs – o último foi dentro do Congresso Nacional. A primeira Lei do Simples, que resultou da inclusão do art. 179, de minha autoria, na Constituição, assegurando tratamento diferenciado e favorecido às MPEs, foi objeto de intensa articulação junto aos Poderes da República e de grande campanha institucional do SEBRAE na mídia pela facilitação da vida do pequeno negócio. Deu tão certo que começou como projeto de lei apresentado no Senado e foi concluída após a apresentação de medida provisória transformada em lei pelo Congresso Nacional.Após tanto tempo de amadurecimento da política pública de tratamento favorecido e diferenciado para as MPEs, vimos avanços importantes: a inclusão do tema na Constituição (art. 179); a criação do Simples Federal, do Simples Nacional, do MEI e da Secretaria da Micro e Pequena Empresa da Presidência da República; e uma verdadeira e nova revolução em 2014, com a edição da Lei Complementar 147.Essa revolução engloba mais de 80 inovações, como a universalização do Simples Nacional, os instrumentos de garantia de tratamento favorecido e diferenciado, a facilitação para obtenção de licenciamento de atividade, a dispensa de certidão negativa de débitos em atos da vida empresarial, a ampliação da fiscalização orientadora, as inovações na recuperação judicial e na falência, entre outras.Acabar com a discriminação injusta de alguns setores para usufruir do Simples foi uma luta de 18 anos, pois ela já existia na primeira Lei do Simples. Com a universalização, mais de 500 mil empresas foram beneficiadas e mais de 140 atividades puderam, a partir de 2015, optar pelo regime simplificado.A IMPORTÂNCIA DESSE PASSO É GIGANTESCA PARA AUMENTAR O POTENCIAL DE GERAÇÃO DE TRABALHO E RENDA NA SOCIEDADE E INCENTIVAR O EMPREENDEDORISMO E A FORMALIZAÇÃO DOS NEGÓCIOS.O sucesso dessa experiência importante com o Simples permitiu a sua transposição para outros campos de ação, marcando o início do Programa Bem Mais Simples Brasil, que está sendo desenvolvido com projetos importantes para a sociedade.Há legados importantes que serão deixados. É o caso da implantação nacional do processo integrado de abertura, alteração e baixa de empresas, que reduzirá drasticamente as dificuldades para a formalização de negócios.Em que pesem essas e outras ações, eu gostaria de ser lembrado como o ministro que colocou os pequenos negócios na agenda nacional, vinculando efetivamente todos os poderes e governos, a fim de pensarem primeiro nas pequenas empresas ao criarem novas obrigações e ao atuarem para o desenvolvimento econômico local e nacional, respeitando a necessidade do devido tratamento diferenciado e favorecido. É um caminho que ainda está sendo trilhado, mas com passos evolutivos firmes e fortes de concretização.Por último, queríamos que você completasse a seguinte frase: “Empreender é…”Empreender é assumir riscos. Além do empreendedor econômico, há também os empreendedores sociais e cívicos. Todos têm um traço comum: a coragem de assumir riscos. Sem essa coragem não há empreendedor.*Foto: Renata Castello Branco
Um terço das reuniões em todo o mundo já são virtuais
Plataformas para conferências online facilitam dia a dia de colaboradores
O número de reuniões deve continuar a crescer, segundo levantamento global da LogMeIn em parceria com a Ovum. Os dados apontam que 91% dos entrevistados esperam que o número de reuniões se mantenha ou aumente ainda mais nos próximos anos, reforçando cada vez mais a necessidade de alterativas seguras e estáveis para a realização de encontros corporativos em qualquer lugar, tendo a tecnologia como aliada.