BNDES lança portal para Micro, Pequenas e Médias Empresas

Novo site do banco para o setor faz simulação de financiamento com passo a passo para contratação de crédito

Paulo Rabello de Castro: ele deixa o IBGE para assumir o BNDES (Foto: Agência O Globo)
Anunciado como uma alternativa para novos empreendedores, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lançou nesta segunda-feira um novo programa de financiamento a micro, pequenos e médios empresários.Pela primeira vez, o BNDES vai se comunicar diretamente com o empreendedor interessado em suas linhas de crédito, o que até hoje só ocorria, indiretamente, por meio de agentes financeiros repassadores dos recursos do banco de fomento.
A nova ferramenta, batizada de "Canal do Desenvolvedor do MPME", uma plataforma na internet (bndes.gov.br/canal-mpme), vai contar com também a participação do Banco do Brasil (BB) e da Caixa Econômica Federal (CEF), além de instituições privadas interessadas.A ideia, segundo o presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro, é ter um facilitador para disseminar informações que ajudem na concessão de novos financiamentos.— Nós temos que dar acesso a qualquer brasileiro que queira ter recursos, independente do seu grau de bancarização. É uma plataforma 'ônibus', é pra todo mundo entrar — afirmou Rabello, em evento que marcou o lançamento do novo portal.A negociação sobre taxas de juros, por exemplo, será feita da maneira clássica entre possíveis tomadores de crédito e quem empresta o recurso.— Você veja que o canal apenas apresenta as instituições financeiras, da área de cooperativas de crédito e até bancos de desenvolvimento, que podem viabilizar essa ou aquela operação. O BNDES, diretamente, não vai apresentar nenhuma operação financeira. Ele apenas apresenta a instituição financeira, a taxa que está acoplada àquela linha dentro do BNDES. O BNDES sabe qual é a taxa que ele mesmo aplica. O proponente pode até usar a taxa máxima por nós sugerida porque é uma mera simulação — explicou o presidente do BNDES, para completar: — De posse daquilo, ele (cliente) vai sentar na frente do gerente a, b ou c e dizer 'olha, a taxa tá muito alta' e começar a tentar reduzir. Aí, vai entrar a etapa que é de relacionamento com o banco.Segundo levantamento feito pelo Núcleo de Jornalismo de Dados do Globo, no ano passado, apenas 13 companhias abocanharam financiamento de R$ 12 bilhões, 51% do montante contratado em operações diretas e indiretas não automáticas, que são aquelas com valores superiores a R$ 20 milhões e nas quais é necessária análise prévia da diretoria do BNDES.Fonte: PEGN

4 passos para você não errar na hora de investir

4 passos para você não errar na hora de investir numa franquia

Quer investir numa franquia para ter seu próprio negócio? Veja os passos para não errar nessa decisão importante.

Quem tem a intenção de entrar numa franquia eventualmente vai se deparar com a dúvida: qual a melhor rede para investir?“As pessoas sempre me perguntam: ‘Qual a marca boa do momento?’ Mas não é assim que funciona, não existe receita de bolo”, responde Juarez Leão, diretor institucional da ABF (Associação Brasileira de Franchising).Porém, se a resposta não é assim tão simples, é possível seguir algumas dicas de ouro para encontrar a franqueadora que mais combina com cada empreendedor. E a 27ª edição da ABF Franchising Expo, que acontece esta semana, é uma ótima oportunidade para começar a sua busca pela franquia ideal.Veja a seguir algumas dicas para escolher a franquia certa para você:

1 – Descubra do que você gosta

Seja qual for o negócio em que você pretende investir, ele só vai dar certo se você gostar do que faz. Sendo assim, o primeiro passo para escolher a sua franquia é examinar o que você gosta de fazer.“É preciso fazer uma reflexão para identificar a sua vocação. Feito isso, sugerimos que a pessoa analise as empresas que atuam naquele segmento. É preciso considerar que dentro do mesmo segmento existem possibilidades muito distintas. Se a pessoa quer trabalhar com alimentação, por exemplo, tem opções de franquias de fast food a restaurantes mais sofisticados”, afirma o diretor da ABF.

2 – Verifique quanto você pode investir

Depois de identificar o que você gosta de fazer, é preciso levar em conta a sua realidade financeira. Afinal, não basta ter afinidade com um negócio, é preciso poder pagar por ele.Para isso não basta considerar só o investimento inicial da franquia. Você deve levar em consideração também o capital de giro – aquele dinheiro que vai manter seu negócio funcionando enquanto ele ainda não dá retorno financeiro.“O empreendedor tem que ter claro quanto ele tem pra investir, e com base nisso ir atrás de negócios que caibam no seu bolso. E não é só pensar no investimento inicial. Ele também precisa de capital de giro pra sustentar o negócio no início”, explica a consultora Cláudia Bittencourt.

3 – Seja realista em relação ao retorno

Muita gente tem a ilusão de que ter o próprio negócio é sinônimo de muito dinheiro no bolso. Mas não é bem assim que acontece, e na hora de definir a sua franquia você precisa de uma boa dose de realismo. “Na sede de se tornar empresário, tem muito executivo que não faz uma conta simples: quanto eu ganho agora X quanto vou tirar com um negócio. Muitas vezes é preciso estar preparado para ganhar menos”, explica Juarez Leão, da ABF.Portanto, antes de escolher a sua franquia analise com cuidado os números apresentados pela franqueadora e faça um exame de como ficará sua situação financeira.

4 – Investigue as marcas

Para não se frustrar ao investir numa franquia, é importantíssimo investigar como as marcas do seu interesse funcionam. Uma estratégia fundamental é conversar com franqueados que já fazem parte da rede. Você pode conseguir o contato deles na COF (Circular de Oferta de Franquia), documento que toda rede deve fornecer.Outro ponto é ficar atento ao suporte que a franqueadora oferece para sua rede. “É importante que o futuro franqueado não fique numa posição passiva durante o processo de seleção. Ele deve questionar, buscar se informar sobre treinamentos e sobre o suporte que receberá, principalmente nos pontos que tem mais dificuldade, como a gestão”, explica Cláudia Bittencourt.Você pode pesquisar também se as redes do seu interesse estão associadas à ABF.Seguindo essas orientações, a chance de você fechar um negócio promissor é maior, afirma Leão. “A chance de dar certo é bem maior porque o franqueado entra com a expectativa mais alinhada à realidade, e fica menos sujeito a se frustrar no caminho”.Quer conhecer centenas de marcas de franquias? A ABF Franchising Expo acontece até sábado (24/06) no Expo Center Norte em São Paulo.Fonte: Exame

Pequenas Empresas Grandes Negócios

Pequenas Empresas Grandes Negócios 18/06/2017 Completo...assista!https://youtu.be/BfqtVHzk0fgImagem relacionada 

Agência especializada em viagens para Orlando

Namorados criam agência especializada em viagens para Orlando

Felipe Magalhães e Rebeca Lopes se uniram para criar um negócio baseado em uma paixão do casal: as atrações temáticas da Disney

Ser um casal unido no pessoal e no profissional não é uma tarefa fácil. Porém, alguns parceiros conseguem a façanha de alcançar o equilíbrio e ter tanto uma relação quanto um negócio próprio de sucesso.Há dez anos, os namorados Felipe Magalhães e Rebeca Lopes fizeram sua primeira viagem juntos para a cidade de Orlando, nos Estados Unidos – onde fica o parque mais conhecido da gigante Disney.
“A Rebeca [Lopes] me convenceu a ir: ela já tinha ido quando era criança, e eu não. Estava com um pouco de medo de não gostar. Mas, como ela, fiquei apaixonado. Desde então, fizemos um planejamento financeiro para ir ao menos uma vez por ano”, conta Magalhães.
Esse foi o começo de um grande negócio, feito por dois turistas apaixonados: a “Rumo a Orlando”, agência de viagens especializada apenas na cidade americana.Para o empreendedor, o segredo para ter um negócio de sucesso feito por um casal é combinar metas e interesses.“O que influenciou positivamente nosso negócio foi estarmos alinhados dentro e fora de casa, nos objetivos pessoais e profissionais. Desde o início, começamos com uma paixão que era dos dois: nunca foi um problema para nós sermos casados e, ao mesmo tempo, buscarmos crescer nosso empreendimento”, diz Magalhães.

Começo de negócio

Em uma das viagens a Orlando, o casal decidiu usar um roteiro feito por Rebeca Lopes.“Fechamos as passagens em uma agência, e a diretora pediu para ver nosso roteiro. Ela achou sensacional e comentou como isso seria bom para seus clientes: muitos fechavam um pacote de viagem sem nem saber o que fariam ao chegar ao local”, explica Magalhães.Depois, os namorados comentaram do roteiro com amigos que já tinham viajado a Orlando. Eles perceberam o mesmo problema dos clientes da agência de turismo: também não havia pesquisas sobre quais atrações visitar.O ano era 2011. Lopes e Magalhães criaram uma página no Facebook para vender roteiros personalizados para Orlando e divulgaram no boca-a-boca para amigos e familiares. De lá para cá, já fizeram mais de mil roteiros.A decisão de se especializar na cidade americana foi natural. “Em primeiro lugar, somos apaixonados por Orlando e temos muito conhecimento sobre a cidade. Segundo, há sempre algo novo lá: é um destino que sempre se renova nos hotéis, parques e restaurantes. Por fim, é um destino muito popular entre os brasileiros, o que significa um mercado com muito a explorar ainda”.Segundo dados de 2015 do centro de informação ao turista Visit Florida, 1,4 milhão de brasileiros visitaram no ano o estado americano da Flórida, onde se localiza a cidade de Orlando.Quando atingiram um bom volume de clientes, Lopes e Magalhães decidiram profissionalizar e abrir uma empresa de vez. Não foi uma decisão fácil: os dois trabalhavam em multinacionais e largaram seus empregos.Magalhães era consultor de Tecnologia de Informação (TI) na Accenture, enquanto Lopes trabalhava na área administrativa da Coca-Cola. Ele entrou aos 21 anos de idade; ela, aos 18 anos.“Tínhamos um receio grande de largar o certo pelo duvidoso. Antes de conhecermos o mundo do empreendedorismo, a Rebeca tinha um sonho muito grande de fazer a carreira dela na Coca-Cola, por exemplo. Mas ela e eu superamos o medo: afinal, se nós não criarmos coragem, não temos como sair do lugar.”Fonte: Exame

Brasil começa a sair da recessão

Três indicadores apontam que o Brasil começa a sair da recessão; veja quais são:

Crescimento previsto por Serasa Experian, Banco Central e FGV varia entre 0,9% e 1,19%

 Imagem relacionadaTrês indicadores apontam que o Brasil começa a sair da recessão. Respectivamente, Serasa ExperianBanco Central e Fundação Getúlio Vargas (FGV) têm índices que fecharam o trimestre prevendo resultado positivo para a economia: 0,9%1,12% e 1,19%. Esses indicadores são como prévias do Produto Interno Bruto (PIB). O dado oficial da economia brasileira é calculado pelo IBGE e será divulgado só em junho, já com as informações consolidadas.O último, chamado Monitor do PIB — divulgado pela FGV nesta quarta-feira —, mostrou que o desempenho do primeiro trimestre cresceu 1,19% quando comparado com o quarto trimestre de 2016. É a primeira taxa positiva após oito trimestres consecutivos negativos.  A FGV afirma tentar seguir ao máximo a metodologia do IBGE. Em termos monetários, o PIB do primeiro trimestre, em valores correntes, alcançou a cifra aproximada de R$ 1,62 trilhão. Já o indicador Serasa Experian de Atividade Econômica terminou o primeiro trimestre com expansão de 0,9%. Economistas da instituição apontam os motivos: retomada da confiança de consumidores e empresários, melhor avaliação da política econômica, recuos da inflação e taxa de juros, aliados aos bons resultados da agropecuária e das exportações.Em nota, a Serasa detalhou o resultado:"Pelo lado da oferta agregada, a agropecuária foi o grande destaque positivo da atividade econômica do primeiro trimestre de 2017, crescendo 10,8% em relação ao último trimestre de 2016. O setor de serviços também teve desempenho positivo no primeiro trimestre de 2017, com alta de 0,3% perante o quarto trimestre de 2016. Já o setor industrial recuou 1,1% no primeiro trimestre de 2017. No acumulado do primeiro trimestre de 2017, quase todos os componentes da demanda agregada exibiram crescimento em relação ao último trimestre de 2016. As exportações foram o destaque com alta de 11,2% neste critério de comparação. Os investimentos cresceram 1,3% e o consumo das famílias 0,3%. Por outro lado, os gastos do governo recuaram 0,6%. Já as importações, que entram com sinal negativo no PIB, avançaram 5,3% no primeiro trimestre de 2017."AdvertismentNa prévia considerada mais "oficial", calculada pelo Banco Central, o indicador apontou crescimento de 1,12% — é o chamado Índice de Atividade Econômica.O Brasil entrou em recessão técnica no segundo trimestre de 2015. Isso ocorre quando o PIB tem recuo por dois trimestres consecutivos. Esta é considerada a pior crise já registrada na economia brasileira, superando a dos anos 30, pelo prolongamento.Fonte: Zero Hora

Paraguai - esperança de lucro para Brasileiros

Empresários que integram missão da Apex buscam espaço no país que cresce 5% ao ano na América do Sul

Elias Voltatone, dono da fábrica de salgadinhos Guritos: foco no Paraguai para crescer (Foto: Fabiano Candido)
Se você acredita que o Paraguai é o país da muamba, melhor tirar essa ideia de sua cabeça. O país vizinho de fronteira do Brasil é hoje uma das economias mais estáveis e vibrantes da América do Sul. Com sua taxa média de crescimento de 5% ao ano na última década e uma moeda estável em relação ao dólar, o mercado paraguaio se transformou num país de oportunidades, inclusive para empreendedores brasileiros.Não à toa, 50 empresas brasileiras desembarcaram no Paraguai na última semana. Integrantes do Programa de Qualificação para Exportação (PEIEX), um projeto voltado à capacitação para exportar criado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), elas foram ao país entender como funciona a economia local. E os empreendedores ficaram animados com o que viram.Agilidade O Paraguai criou um sistema ágil para o empreendedor, seja ele um cidadão do país ou um estrangeiro. Graças ao Sistema Unificado para Abertura e Fechamento de Empresas (Suace), um empresário consegue registrar sua empresa em vários órgãos num único local. “Ele não perde tempo indo a vários locais”, diz Carlos Paredes Astigarraga, diretor de promoção de investimentos da Rede de Investimentos e Exportações do Paraguai (Rediex). “Em mais ou menos um mês, qualquer pessoa está com sua empresa aberta”.Além do mais, o Paraguai tem um sistema tributário simplificado. “Por exemplo, nas cargas trabalhista e previdenciária, a empresa paga ao governo 16,5% e o empregado, 9%”, diz Paredes, do Rediex. E tem ainda o sistema 10-10-10. Nele, os donos de negócios pagam ao governo 10% de imposto de renda pessoa jurídica, mais 10% de IR pessoa física e 10% de IVA (no Brasil, um tributo similar seria o ICMS).Uma lei também tem deixado o país mais “charmoso” para empresários. É a Lei da Maquila, que taxa em apenas 1% de tributo os negócios que abrirem fábricas no Paraguai e exportarem a totalidade da produção.Por conta desse ambiente promissor, a Riachuelo e a Brinquedos Estrela, por exemplo, abriram unidades no Paraguai. A loja de roupas usa uma fábrica no país para produzir sua moda e substituir, assim, a mão de obra chinesa. Já a Estrela testa uma linha no país para reduzir a dependência da China. “Nós queremos ser a China do Brasil”, diz Paredes.Esperança Como as grandes empresas, os pequenos e médios negócios também buscam oportunidades no Paraguai.Um deles é Breno Theodoro Seibt, 62 anos, sócio do negócio familiar Seibt, e um dos integrantes da missão da Apex. A empresa, criada por seu pai, Rubem Antônio Seibt, em Nova Petrópolis, na década de 1970, é especializada em máquinas de reciclagem de plástico de sobras industriais. “O Paraguai está crescendo. E quando um país se desenvolve, o consumo de plástico aumenta. Então, estou aqui prospectando vendas ou parcerias”, diz.Seibt já tem experiência com exportação, mas tem enfrentado dificuldades para vender tanto no Brasil quanto em outros países da América do Sul e América Central. “A crise pegou todo mundo. Se o Paraguai está indo bem neste momento, temos que apostar aqui, sem dúvidas. É uma esperança para faturar mais”, diz o empreendedor, que tem como clientes a Amanco, a Tigre e a Copobras.A mesma esperança tem Elias Voltatone, 53 anos, dono da fábrica de salgadinhos Guritos. Ele enxerga no vizinho brasileiro uma chance para sua empresa vencer a crise brasileira e crescer nos próximos anos. “No Brasil, eu tenho muito concorrente e instabilidade. Aqui no Paraguai, com esse mercado em expansão, eu posso conquistar um espaço bom e aumentar minha produção”, diz o empreendedor, que faz 25 toneladas de salgadinhos por mês numa fabrica em Nova Esperança, no Paraná.Segundo Gustavo Sperandio Fernandes, analista de negócios internacionais da Apex-Brasil, o Paraguai, hoje, é um dos melhores países para o empreendedor dar o primeiro passo para aprender a exportar. “Aqui, se ele fizer bem a lição de casa, que é visitar o país e adaptar seu produto ou serviço, terá sucesso. E mais: poderá aprender bastante para poder exportar seu negócio para mais países”, diz.Fonte: PEGN

Para este bilionário, é hora de investir nas startups do Brasil

O megainvestidor Tim Draper já aportou em negócios como Hotmail, Skype e Tesla. Agora, procura oportunidades em terras brasileiras

Você talvez não conheça Tim Draper de nome. Mas deve acompanhar alguns negócios nos quais o investidor aportou: Baidu, Foursquare, SolarCity, SpaceX, Tesla, Twitter e Tumblr são apenas alguns deles.Tim Draper começou sua carreira investidora em 1985, ao criar o fundo Draper Fisher Juvertson. Desde então, vem construindo seu portfólio de investimentos. A parte de negócios iniciais da DFJ, conhecida como Draper Venture Network, já realizou mais de 450 investimentos em mais de 60 cidades.Desses aportes, 24 resultariam em startups “unicórnios” – empreendimentos avaliados em mais de um bilhão de dólares (na cotação atual, 3,15 bilhões de reais).Draper também acumulou outras apostas excêntricas ao longo de sua carreira: ele ganhou um leilão de 30 mil bitcoins do site ilegal de drogas Silk Road; lançou um projeto para dividir a Califórnia em seis estados; e inaugurou uma escola para empreendedores promissores inspirando-se nas séries Harry Potter e X-Men.Hoje, a Draper Venture Network administra atualmente o equivalente a cerca de 1,6 bilhão de dólares em negócios. A fortuna de Tim Draper é avaliada em mais de um bilhão de dólares.A nova aposta do megainvestidor está na América Latina: ele criou uma nova rede de investimento, chamada Draper Venture Network Beta, apenas para startups em estágio inicial da região. No Brasil, a DVN Beta fez uma parceria com a aceleradora ACE, com sede em São Paulo, permitindo que negócios inovadores nacionais possam ter acesso a investidores globais.EXAME.com conversou por telefone com Tim Draper e Gabe Turner, um dos diretores da Draper Venture Network, para saber mais sobre o ecossistema empreendedor brasileiro e sobre as oportunidades de investimento durante uma recessão econômica.Confira, a seguir, os principais trechos da entrevista:EXAME.com – Você poderia começar falando um pouco do seu histórico como investidor de startups?Tim Draper – Eu estou há 30 anos nesse mercado. É algo que vem de família: meu avô era um investidor, e meu pai também era um investidor. Nós fundamos algumas empresas muito interessantes quando elas ainda estavam no começo, como Hotmail, Skype e Tesla. Nós também aportamos em quase 30 unicórnios ao longo desses 30 anos.Tenho no meu sangue essa coisa de investidor, e me comprometi com a missão de espalhar o empreendedorismo e o investimento em empreendimentos de risco pelo mundo. Eu realmente me satisfiz com os resultados que obtive, e estamos animados com a Draper Venture Network Beta, que é a forma que encontramos para continuá-la. Saiba mais: veja com a Mandaê 5 lições de empreendedorismo que você só aprende do jeito difícil Patrocinado EXAME.com – Qual a missão da Draper Venture Network Beta, de forma mais detalhada?Tim Draper – A Draper Venture Network possui vários programas, que reúnem vários investidores de todo o mundo. Nós compartilhamos as melhores informações e práticas, e com isso passamos a entender como muitos mercados funcionam – ou seja, a forma que suas startups operam e quais setores são os mais fortes.Então, quando vimos a oportunidade de fazer uma grande diferença nesse mundo do empreendedorismo, criamos a Draper Venture Network Beta e começamos a visitar lugares promissores para criar ecossistemas. A grande ideia é que eles possam se tornar tão extraordinário quanto o Vale do Silício.Gabe Turner – De forma mais prática, o propósito da DVN Beta é conectar fundos americanos com fundos de qualquer parte do mundo, compartilhando acordos de investimento e expertises. Nós não teremos um programa de aceleração, incubação ou investimento, e sim mostraremos as melhores oportunidades por meio de nossos parceiros, como a ACE no caso do Brasil.
Nós achamos que é um dos melhores momentos para ir ao Brasil e criar um ecossistema empreendedor. (…) Um país de turbulência política é uma ótima oportunidade para quem quer testar novas ideias e não ser esmagado pelas regulações. Assim, o país pode dar grandes saltos de progresso.Tim Draper, megainvestidor
EXAME.com – Qual a percepção da DVN Beta sobre o mercado de startups brasileiro? Vocês veem oportunidades de investimento? Em quais setores?Tim Draper – Temos visto uma onda de empreendedores brasileiros que tentam fazer algo interessante acontecer. O Brasil se tornou um lugar quente para o empreendedorismo e é um exemplo do que acontece em diversas partes do mundo: com dificuldades econômicas, entraves governamentais e problemas em geral, o empreendedorismo floresce.Os brasileiros sentem que, se o sistema não está trabalhando para eles, é preciso criar algo novo. É a partir daí que surgem os melhores empreendedores. Nós achamos que é um dos melhores momentos para ir ao Brasil e criar um ecossistema empreendedor.Gabe Turner – Nos últimos anos, nós conversamos com entidades como Endeavor e Silicon Valley Bank. O que nos surpreendeu é que, apesar das dificuldades econômicas dos últimos anos, o empreendedorismo floresceu e está florescendo.As grandes empresas procuram otimizar custos, o que envolve tecnologia, e seus fundadores falaram conosco que o país estava em péssimo estado. Mas, quando mostraram seus números, eles estavam indo razoavelmente bem em termos de crescimento. Nós concluímos que é um bom sinal essas empresas estarem indo bem mesmo durante uma recessão. Quando a economia realmente virar, essas companhias serão igualmente propulsionadas.EXAME.com – Então, tempos de crise econômica são os melhores para criar novas ideias?Tim Draper – O Brasil está passando por uma situação financeira complicada, e as pessoas começam a perder confiança no governo, na sua moeda, nos seus negócios. Um país de turbulência política é uma ótima oportunidade para quem quer testar novas ideias e não ser esmagado pelas regulações. Assim, o país pode dar grandes saltos de progresso.Já estivemos na China, por exemplo, e percebemos como algumas regiões passaram de não ter comunicação telefônica para os smartphones, sem passar pela época de cabeamento e telefones fixos. Acho que o Brasil pode ter uma atitude similar.Enquanto isso, nos Estados Unidos, se alguém lançar uma empresa de drones, vai ter de passar por reclamações de vizinhos, negociações com aeroportos e toda uma série de regulações por conta de sua grande estabilidade.Em tempos de crise, as pessoas também possuem uma mente mais aberta: quando as pessoas possuem um emprego estável, as mentes se fecham e não há o desejo de experimentar novos produtos. Afinal, tudo funciona e os consumidores estão bem. Isso dificulta o trabalho do empreendedor e pode gerar estagnação.Fonte: Exame

Embraer anuncia parceria com Uber para "carro voador"

A meta é que os primeiros voos experimentais do Uber Elevate ocorram em 2020, com a operação comercial prevista para 2023

Esboço do Uber Elevate. A Embraer está trabalhando em conjunto com o app de mobilidade (Foto: Divulgação)
Embraer vai entrar na corrida para desenvolver "carros voadores", como estão sendo chamados os pequenos veículos elétricos que decolam e aterrissam verticalmente e fazem deslocamentos urbanos curtos.O projeto, anunciado nos Estados Unidos, será feito em parceria com o aplicativo de carona paga Uber. A meta é que os primeiros voos experimentais ocorram em 2020, com a operação comercial prevista para 2023.
Entre as grandes fabricantes de aviões do mundo, a Airbus também trabalha em pesquisas na área. A empresa brasileira pretende criar todo o projeto da aeronave, fabricá-la e ficar responsável pela manutenção, além do controle aéreo.
O Uber ficará responsável pelo sistema que receberá os pedidos de deslocamento dos passageiros. "Eles têm a demanda. Esse é o ponto forte deles", disse ao Estado o presidente da Embraer, Paulo Cesar de Souza e Silva.O modelo da aeronave ainda não foi definido. Enquanto algumas startups analisam construir veículos autônomos, com tecnologias semelhantes à empregada nos drones, a Embraer deve apostar em um sistema com piloto. "(O sistema) deverá funcionar com vários hubs (terminais de conexão) na cidade, de onde será possível decolar. O veículo será elétrico e com baixa emissão de ruído e de gases poluentes", destaca Silva.De acordo com o executivo, aeronaves elétricas, ou ao menos híbridas, são uma das tendências da aviação. Ele admite que a companhia precisa "entender melhor" a tecnologia.Por enquanto, o valor investido no projeto pela Embraer não é significativo - inicialmente, serão feitos apenas os desenhos da aeronave e definidos os requisitos delas, segundo o executivo.Para ele, o programa abre a perspectiva de um novo negócio para a Embraer, que tem como vantagem ante as startups o fato de poder fabricar aeronaves em série e o conhecimento no setor aéreo.Preço.O Uber anunciou a intenção de incluir aeronaves em seu serviço de carona paga em outubro do ano passado. Na época, a empresa estimou que, no longo prazo, uma viagem do gênero entre São Paulo e Campinas poderia custar US$ 24 (cerca de R$ 75), valor inferior ao cobrado pela empresa para realizar o mesmo deslocamento de carro.Batizado de Uber Elevate, o projeto, porém, deverá enfrentar entraves regulatórios e técnicos, como a duração da bateria das aeronaves. Além da Embraer, a companhia americana fechou parceria com outras empresas - Aurora Flight Sciences (americana de drones e helicópteros), Pipistrel Aircraft (fabricante de aviões de pequeno porte da Eslovênia), Mooney (também de aviões) e Bell Helicopter (de helicópteros militares) - para desenvolver a nova modalidade do serviço.A brasileira, entretanto, é a de maior porte.O Uber também vem realizando testes de carros autônomos nos Estados Unidos. As pesquisas nesse segmento, no entanto, são feitas por engenheiros da própria empresa.Fonte: PEGN

Enquanto uns choram, a MRV acelera. Como?

Por que a incorporadora MRV ganha tanto dinheiro, enquanto a maioria de seus concorrentes luta para se manter

Um imenso clarão foi aberto nos últimos meses em Pirituba, bairro de classe média na zona norte de São Paulo. Nesse terreno, que tem 169 000 metros quadrados — tamanho equivalente a cerca de 20 campos de futebol —, vai ser construí-do um dos maiores empreendimentos imobiliários do país. O plano é que ele tenha 7 300 apartamentos, de 37 a 44 metros quadrados, divididos em 48 prédios, além de uma creche e uma base da Polícia Militar. Estima-se que 25 000 pessoas morarão ali quando as obras terminarem.
Quem acompanha o momento atual do mercado imobiliário, que vive uma de suas piores crises no Brasil, pode achar que começar algo desse tamanho justamente agora não faz o menor sentido. Milhares de imóveis novinhos estão encalhados nas grandes cidades do país porque faltam interessados com condições de comprá-los. Pirituba é quase uma metáfora do que acontece no setor imobiliário brasileiro — enquanto todos pisam no freio, a incorporadora mineira MRV pisa no acelerador.Fundada em 1979 pelo engenheiro Rubens Menin, a MRV se tornou, na atual crise que assola o setor, a maior incorporadora do país. Vale, na bolsa, 6,5 bilhões de reais — 1,5 bilhão a mais que a badalada Cyrela e duas vezes a Eztec, terceira da lista. Em 2016, seu lucro aumentou, chegou a 557 milhões de reais e foi, de longe, o maior do setor. No mesmo período, 11 das 17 incorporadoras de capital aberto tiveram prejuízo, segundo um levantamento da empresa de informações financeiras Economatica. Entre as empresas que estão no azul, nenhuma conseguiu aumentar seu lucro no ano passado. E, aproveitando-se da crise, a companhia gastou 41 bilhões de reais na compra de terrenos, volume recorde em sua história. É suficiente para dez anos de lançamentos se o ritmo atual for mantido.Parte dos projetos já começou. Além do megaempreendimento em Pirituba, a MRV tem três grandes obras em andamento no país — uma delas fica em Canoas, no Rio Grande do Sul, onde o plano é construir 4 160 apartamentos. “Vamos lançar aos poucos, à medida que percebermos que há demanda”, diz Eduardo Fischer, um dos copresidentes da MRV (o comando é dividido com Rafael Menin, filho de Rubens; Fischer é sobrinho do fundador). Segundo Fischer, a meta é construir 60 000 unidades por ano nos próximos anos, 50% mais do que a empresa fez em 2016.O que faz uma incorporadora ganhar dinheiro no mercado de baixa renda é, principalmente, quanto ela gasta para construir. Parece óbvio, mas foi aí que muitas empresas, especialmente as voltadas para as classes média e alta, patinaram em sua tentativa de crescer na baixa renda. No segmento de alto padrão, a localização pode determinar o sucesso ou o fracasso de um imóvel.Um prédio novo com alguma área de lazer e três vagas de garagem tem muito mais chance de ser vendido se for lançado na região dos Jardins, na zona oeste de São Paulo, onde faltam terrenos para esse tipo de empreendimento, do que no Morumbi, onde há dezenas de condomínios com essas características. Já os imóveis de baixa renda ficam nas periferias, e os interessados acabam olhando muito mais o preço do que a localização — acham que vale a pena mudar de bairro se, assim, conseguirem comprar uma casa.A MRV adotou duas estratégias para manter os custos sob controle. Uma é fazer grandes obras, como a de Pirituba, e prédios padronizados, com os mesmos acabamentos (como portas e janelas), em qualquer lugar em que construir. Com isso, a empresa ganha escala, o que lhe dá mais poder de barganha com os fornecedores.Outra é construir menos nas capitais e mais no interior do país, onde os terrenos costumam ser mais baratos e a concorrência é menor. “Também construí-mos em cidades próximas e, assim, aproveitamos os mesmos corretores e fornecedores. Até os gastos com marketing podem ser divididos”, diz Rafael Menin. Hoje, a empresa tem terrenos e obras em 144 cidades, como São Gonçalo, no Rio de Janeiro; e Araras, em São Paulo.

Um mercado de especialistas

Usando a figura imortalizada pelo filósofo Isaiah Berlin, a MRV é uma empresa “porco-espinho” — que só sabe fazer uma coisa, mas faz direito. A MRV sempre vendeu para a baixa renda. Seu alvo principal são os consumidores com renda familiar de 1 500 a 5 000 reais. No passado, esse público tinha acesso a financiamento em programas de estímulo à construção de moradias populares, como o do Banco Nacional da Habitação (BNH). A coisa mudou de patamar em 2009, quando o governo criou o Minha Casa, Minha Vida.O programa oferece juros menores, menos burocracia na contratação de crédito imobiliário e, dependendo da faixa de renda, subsídios que podem chegar a 90% do valor dos apartamentos e das casas. A amplitude do programa mudou a cara dos imóveis de baixa renda. Em vez de predinhos modestos, começaram a ser lançados condomínios com área de lazer e, em alguns casos, piscinas. No início, a maioria das grandes incorporadoras entrou nesse mercado, mas, aos poucos, ficou claro que se trata de um nicho para especialistas — e mesmo os especialistas passaram por maus bocados. A Tenda, que hoje pertence à Gafisa e só constrói para a baixa renda, enfrentou graves dificuldades financeiras entre 2011 e 2014 e só foi saneada de fato há dois anos.A MRV soube surfar a eufórica onda do mercado imobiliário dos anos 2000 sem grandes tombos. Conteve a ambição e não cresceu mais do que podia quando o mercado financeiro pedia crescimento acelerado. Não tentou competir com a Cyrela na alta renda. E fez poucos empreendimentos no segmento mais subsidiado pelo Minha Casa, Minha Vida, a chamada “faixa 1”, mais suscetível ao vaivém de Brasília e mais semelhante aos velhos programas assistencialistas do passado.Recentemente, o governo reduziu os subsídios à faixa de menor renda, o que prejudicou uma das principais concorrentes da MRV, a Direcional, especializada nesse segmento (procurada, a Direcional não deu entrevista, mas executivos do setor dizem que a empresa está mudando para vender mais para quem ganha acima de 1 800 reais por mês). “A MRV continuou fazendo o que sabia e soube ser agressiva quando houve a oportunidade de expansão”, afirma Luiz Mauricio, analista do setor de construção civil do Bradesco.Hoje, o maior risco para as incorporadoras que constroem para a baixa renda é haver mudanças nas regras de uso do FGTS, de onde saem os recursos para os financiamentos do Minha Casa, Minha Vida. Na verdade, as regras já vêm mudando. Os executivos da MRV criticaram, por exemplo, a decisão de permitir o saque, sem um teto de valor, de contas inativas do FGTS. “Pessoas de renda mais alta vão usar esses recursos para investir, e isso não beneficia o setor de construção, que é o objetivo do FGTS”, diz Rubens Menin.Além disso, a concorrência já começa a aumentar. As incorporadoras Cury, que tem a Cyrela como sócia, e o Grupo Rezek pretendem lançar no segundo semestre um empreendimento com 15 600 unidades na zona sul de São Paulo. A Tenda, hoje revigorada, fez 41 lançamentos em 2016 em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco e Rio Grande do Sul. Para o comando da MRV, porém, há espaço para todo mundo, especialmente quando a economia se recuperar de fato e o desemprego cair. Se o país e o setor imobiliário saírem do atoleiro em que se enfiaram, haverá muitos clarões como o de Pirituba espalhados pelo país.Fonte: Exame

Decathlon quer cem lojas no Brasil em dez anos

O ano passado foi o primeiro que a companhia não encerrou no vermelho em sua história no país

Unidade da Decathlon em Vila Velha (Foto: Divulgação)
Após 15 anos de operações no Brasil, a varejista francesa de artigos esportivos Decathlon finalmente teve lucro. O ano passado foi o primeiro que a companhia não encerrou no vermelho em sua história brasileira, e esse resultado positivo deu força ao projeto de expansão da rede, que pretende chegar a cem lojas em dez anos - hoje, são 21.No ano passado, a empresa registrou alta de 15% no faturamento no País, o terceiro melhor resultado no mundo, atrás de Rússia e China. O presidente da companhia no Brasil, Cedric Burel, credita o bom desempenho a duas estratégias: um programa de qualificação de funcionários e a manutenção de preços e margens mais baixos, o que atraiu os consumidores durante a crise.Para ganhar competitividade, a Decathlon tem um modelo de negócio de custos reduzidos, com lojas com acabamento simples e instaladas em locais menos valorizados, longe dos centros das cidades. Também para cortar custos, a companhia praticamente não investe em publicidade. "Crescemos mais devagar por não investirmos em comunicação, mas nossa estratégia é conseguir clientes fiéis que façam propaganda boca a boca", afirma Burel.
Sem pressa
O ritmo de expansão da rede nos seus 15 anos no Brasil foi lento, com uma média de uma unidade por ano até 2014. Foi apenas nos últimos dois anos que a empresa acelerou e inaugurou sete lojas. "Precisávamos de escala para sermos lucrativos. Uma operação com dez lojas não se viabiliza. Hoje, está rentável", acrescenta o executivo.Burel admite que a companhia ficou praticamente parada entre 2008 e 2013 no País, mas frisa que, agora, o modelo foi reformulado - além da expansão, o novo projeto prevê a inclusão no portfólio de unidades menores em regiões não tão distantes do centro. Atualmente, a menor lojas da rede, em Joinville (SC), tem 2 mil metros quadrados de área.Com lojas menores, a empresa pretende atrair consumidores que precisam fazer compras rápidas, como um óculos da natação. Em locais afastados do centro, os pontos de venda costumam ser chamarizes apenas para o cliente que está disposto a de deslocar quilômetros, pois pretende adquirir um grande volume de mercadorias ou algo bastante específico.
Competitividade
Outra reformulação do modelo de negócios da Decathlon foi a ampliação de investimentos nos produtos de marca própria, que também garantem maior competitividade. Hoje, a empresa tem 22 marcas, como a Tribord, de mergulho e surfe. A ideia é segmentá-las mais e ter, por exemplo, uma linha para mergulho e outra para surf. A meta é chegar a 150 marcas.A empresa ainda reforçou a fabricação de mercadorias no Brasil e já produz localmente bicicletas, biquínis e pranchas de stand up paddle, entre outros itens, diminuindo a exposição ao dólar. No início de 2016, a Decathlon precisou repassar a alta do dólar ao preço de venda dos importados, que representam 70% do total de produtos que comercializa.
Empecilhos
Para o especialista em varejo Alberto Serrentino, fundador da consultoria Varese Retail, a meta da Decathlon de alcançar cem unidades no Brasil não será fácil de ser atingida. Serrentino diz que o País não tem um mercado tão extenso como o europeu, já que a prática esportiva não é acessível a todos. "A Decathlon é como a Zara. É uma marca de massa na Europa, mas não terá o mesmo perfil no Brasil."O especialista destaca que a rede esportiva pode se beneficiar por trabalhar com marcas próprias, que resultam em preços inferiores, mas que o atual tamanho das lojas dificulta a operação. Caso consiga inserir em sua rede unidades menores, como pretende, a companhia poderá ter êxito, destaca Serrentino. "Mas tem d ter muita habilidade para selecionar os produtos que ficarão de fora dessas lojas pequenas. Esse é o mesmo caminho que a Tok Stok e que a Etna começaram a fazer."A Decathlon é um dos negócios da família francesa Mulliez, que detém também a Leroy-Merlin (de materiais de construção) e a rede de supermercados Auchan, a segunda maior da França e a 11.ª do mundo.Fonte: Época Negócios

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