Eles começaram um negócio com R$ 1 mil e buscam o primeiro milhão

Jovens sócios da empresa de alimentação saudável Lucco Fit começaram fazendo marmita na cozinha de casa e inauguram a primeira loja

Tudo começou com uma vontade de empreender e trabalhar com o que se gosta. O administrador Gustavo Brunello, 30 anos, trabalhava em uma multinacional, enquanto o estudante de administração Daniel Luco, 26, fazia um estágio na área. Eles haviam estudado no mesmo colégio, mas perdido contato até que uma amiga em comum viu que ambos tinham o mesmo objetivo e interesses: ter o próprio negócio e trabalhar com alimentação saudável.
O negócio demorou poucos meses para se concretizar. Sem reservas financeiras, os dois jovens resolveram iniciar, em maio de 2015, a venda das primeiras marmitas com o dinheiro que tinham, já que observaram que o segmento começava a ser explorado por outros empreendedores. Juntaram 500 reais cada um. “Vimos que ia demorar muito para começar do jeito que a gente queria. Resolvemos arriscar: o dinheiro deu para fazer um logo, comprar algumas embalagens e ingredientes”, diz Gustavo.A produção das marmitas começou na cozinha do próprio Gustavo. Ambos gostavam de cozinhar, mas não tinham nenhuma experiência em fazer comida de forma profissional. “No começo erramos muito na quantidade de comida necessária. Compramos 10 quilos de frango e acabamos com muito menos do que isso porque não consideramos pontos como perda de líquido, por exemplo”.Início caseiroA Lucco Fit iniciou as vendas apenas para amigos e familiares. No começo as marmitas eram feitas apenas aos finais de semana e entregues no mesmo dia ou no dia seguinte, já que Gustavo continuava no seu emprego: Daniel já havia saído do estágio para se dedicar ao negócio. “No começo tudo que ganhávamos reinvestíamos. Até o meu salário eu usava”.Depois de dois meses, começaram também a produzir marmitas ao longo da semana. “Contratamos uma cozinheira que agilizou muito o trabalho”. Logo investiram também em marketing nas redes sociais e começaram a vender para amigos de amigos até que decidiram alugar um espaço com cozinha e contratar mais funcionários. “Com cinco meses criamos o site do negócio para suportar o aumento de gastos. A partir disso as vendas aumentaram muito”.Como o negócio é novo, os sócios tiveram dificuldade de obter crédito no mercado. “Fomos usando crédito pessoal para comprar equipamentos, de forma parcelada. Hoje já temos 100 mil reais em equipamentos quitados, inclusive uma máquina italiana de ultra congelamento, essencial para manter a qualidade dos alimentos”.Um diferencial, conta Gustavo, foi contratar como freelancers dois profissionais experientes para cuidar da propaganda nas redes sociais. “No início até pagávamos com refeições. Mas depois fomos colocando metas para eles. Conforme atingiam, aumentávamos o salário”.Foi necessário se reinventarQuando muitos empreendedores passaram a atuar no mesmo segmento, a virada do negócio da Lucco Fit foi analisar quais eram, de fato, os clientes do negócio. “Os pratos que mais saíam não eram os de dieta: pessoal pedia muito estrogonofe, por exemplo. Então, em um trabalho feito nas redes sociais, descobrimos que quem comprava as marmitas não era quem treinava nas academias: 80% eram mulheres que queriam emagrecer ou simplesmente comer de forma saudável e não tinham tempo de preparar a comida porque chegavam tarde do trabalho”.Os sócios então resolveram contratar uma agência para aprimorar o site e reposicionar a marca. “Tínhamos um logo com um cara mostrando o muque. Era tudo bem masculino. Demos um jeito de deixar a marca mais feminina”, conta Gustavo.Mas o que era para ser algo com impacto positivo para o negócio teve uma implicação negativa: o novo site teve problemas de acesso. Resultado: o faturamento caiu pela metade. “Foi um baque. Ficamos desesperados, mas aprendemos uma lição importante: passamos a ser mais racionais nos gastos, e continuamos com esse pensamento até hoje”.De tempos em tempos os sócios revisam os preços cobrados por fornecedores e negociam para reduzir custos. “Buscamos ter um diferencial de preço em relação a concorrentes, sem perder a qualidade”, diz Gustavo. Kits são mais vendidos do que pratos individuais na Lucco Fit. “O que inclui quatro refeições por dia durante um mês (café da manhã, almoço, lanche e jantar) custa 900 reais”.Neste aprendizado, os sócios também decidiram tirar um salário fixo mensal, sem olhar para quanto faturavam. “Não íamos tirar mais se o mês fosse bom. Além disso, em momentos de aperto não tiramos nem esse valor fixo. Nos viramos com o que tínhamos. O importante era o negócio ir para frente”, conta Gustavo.Busca por investidores para chegar à ruaDe poucos pratos iniciais, como carne moída com mandioquinha, arroz e brócolis, o negócio passou a vender opções compostas por mais de 100 itens, entre eles filé mignon e salmão, conta Gustavo. “Ampliamos as opções, mas mantivemos o conceito de alimentação saudável. Não vendemos nada frito ou com farinha branca. Os grãos que utilizamos são integrais e os alimentos não têm corante ou conservantes”.Com a recuperação do faturamento e o negócio crescendo a cada mês, Daniel e Gustavo sondaram alguns investidores para tentar obter o investimento necessário para montar uma primeira loja.Os sócios decidiram montar um empório da marca que permitiria a clientes levar as marmitas por meio de um sistema de assinatura ou comer no próprio local, que também venderia opções adicionais de snacks e café gourmet. “Não conhecíamos nenhum concorrente que havia dado esse passo”. Na loja, o cliente poderia comprar marmitas em menor quantidade do que as vendidas pelo site. “Conseguimos ter mais flexibilidade”.Uma família se interessou pelo negócio, mas a negociação não foi para a frente. “Eles queriam muito desconto, um porcentual relevante das vendas. Foi estressante”.Paralelamente, os sócios resolveram contratar uma arquiteta para criar um padrão para a marca e o ambiente da primeira loja. “Sempre prezamos muito a imagem, tanto que até os pratos que entregamos procuramos montar como se fosse em um restaurante”, diz Gustavo.Daniel e Gustavo se surpreenderam quando a arquiteta ficou interessada em investir na empresa. “Nossa confiança no negócio chamou a atenção dela e da equipe, que entraram para investir na montagem da nossa primeira loja, que será inaugurada neste mês nos Jardins. O investimento deles acabou sendo mais que o triplo do previsto inicialmente”.Gustavo e Daniel se preocuparam em firmar um contrato no qual deixaram expresso que todas as decisões com relação à imagem e produtos teriam de envolvê-los. O objetivo é, agora, expandir por meio de franquias. “Vamos esperar que o investimento na loja seja quitado e pensar nos próximos passos”.Hoje a empresa já tem 10 funcionários, trabalha com três motoboys terceirizados para entregar os pratos e faturou, em janeiro, mais de 100 mil reais. “Esperamos manter esse ritmo e faturar 1 milhão de reais no final do ano”.Fonte: Exame

QUAL DEVE SER O SALÁRIO DE UM EMPREENDEDOR?

Sem disciplina, as retiradas podem comprometer as finanças da empresa

dinheiro_real_notas_reais_moeda (Foto: Shutterstock)
Misturar contas pessoais com as da empresa é um dos erros mais comuns e graves que os empreendedores cometem. Usar o dinheiro de uma venda para pagar as compras do mês pode consumir as finanças da empresa e deixar o negócio no vermelho. “Brinco que 99,9% dos empreendedores misturam contas pessoas com profissionais. Isso prejudica a empresa que acaba entrando no cheque especial e cartão de crédito sem limites”, diz João Carlos Natal, consultor do Sebrae/SP.Entender que o faturamento é igual o holerite pode levar a empresa à falência. “Acontece muito de colocar um percentual da receita como salário e isso é errado”, afirma Natal.Para Paulo Guilherme Lopes Wyss, professor da BSP – Business School São Paulo, a falta de disciplina na hora de administrar o negócio atrapalha as finanças pessoais também. “Tirar dinheiro da empresa quando precisar é a forma mais comum de pró-labore. Infelizmente, os empreendedores não tem disciplina”, diz Wyss.Para Natal e Wyss, a maneira mais correta de realizar retiradas na empresa é ter um valor de “salário”. A primeira pergunta que o empreendedor deve responder é quanto ele pagaria a um funcionário que executasse as mesmas tarefas dele. “Se ele é diretor comercial, por exemplo, tem que consultar pesquisas de salários e ver quanto ganharia um profissional na mesma área em empresas de porte semelhante. O mais correto é atribuir a si próprio o mesmo valor”, diz Wyss. E se o valor não for suficiente? “Algo que ele precise a mais deve ser pago por dividendo”, afirma o professor.A distribuição dos lucros depende, primeiro, da empresa estar no caminho certo, gerando resultados positivos. Depois, é preciso ter regras bem definidas para que os lucros sejam divididos, como periodicidade, valor de cada sócio e reserva de caixa. Se um sócio não exerce uma atividade operacional na empresa, ele deve receber apenas neste momento.Outra forma comum de calcular o pró-labore é com base na necessidade. “É montar um orçamento doméstico e ver qual a necessidade dele. Normalmente, a empresa pode pagar isso. É o que os empreendedores já retiram”, diz Natal.E se ele quiser um aumento? Existem algumas regras básicas, segundo o consultor. Hoje, as despesas fixas não podem ultrapassar um percentual na formação do preço: 20% para a indústria, 25% para o comércio e 33,3% para serviços.Logo, se o empreendedor quiser aumentar seus rendimentos, precisa fazer entrar mais dinheiro. “Por exemplo, no comércio, para cada R$ 1 de despesa, ele precisa trazer R$ 4 de receita. Por isso, se tem pró-labore de R$ 2000 e gostaria de aumentar para R$ 3000, ele precisa trazer mais R$ 4000 de receita”, afirma Natal.Não tem fórmula mágica: é preciso aumentar as vendas para conseguir aumentar também o valor da retirada sem quebrar a estrutura financeira da empresa.Fonte: PEGN

O IPO é a saída para a Netshoes?

Maior e-commerce esportivo do país contratou a consultoria KPMG para organizar suas contas e bancos para tocar as negociações com investidores

Há eventos que vêm se repetindo todo mês de janeiro, ano após ano. Os arrastões nas praias cariocas, as contratações milionárias de times de futebol chineses e a explosão de blocos de carnaval em São Paulo estão entre eles. No mundo das finanças, janeiro é tempo de especulações sobre a possível oferta pública de ações (IPO, na sigla em inglês) da Netshoes, maior e-commerce esportivo do país. A companhia ensaia entrar na bolsa pelo menos desde 2013, apesar dos constantes prejuízos. O ano de 2017 continuou sendo de arrastões e gastança chinesa, mas tudo indica que, agora sim, o IPO da Netshoes sai do papel.EXAME Hoje apurou que a companhia está decidida a abrir capital, no Brasil ou nos Estados Unidos – se tudo ajudar, ainda no primeiro semestre. Para isso, contratou a consultoria KPMG para organizar suas contas e também bancos nacionais e internacionais para tocar as negociações com investidores. Procurada, a Netshoes disse que “a abertura de capital é apenas uma dentre diversas possibilidades que a empresa tem à sua disposição para seguir seu planejamento estratégico”.Os planos anteriores da companhia envolviam realizar uma abertura de capital na bolsa americana Nasdaq, que abriga gigantes da tecnologia como Amazon, Apple e Google. A Netshoes chegou a ilustrar uma capa de EXAME sobre o tema, em 2013. Lá, os investidores estariam mais acostumados com negócios na área da tecnologia – onde perder dinheiro é rotina, em prol de um crescimento acelerado. Mas a Netshoes não foi para Nasdaq, por uma série de motivos, e a cada dia que passa a distância foi ficando maior. “A empresa precisaria mostrar um crescimento mais sustentável, com uma tendência mais clara de que está no caminho certo”, afirma um especialista do setor.Os desafios da Netshoes são pra lá de conhecidos – manter um ritmo de crescimento minimamente agressivo e ao mesmo tempo entrar no azul. O problema é que o balanço da Netshoes é uma gangorra. Até 2014, o ritmo de crescimento vinha diminuindo – em 2014 o faturamento cresceu apenas 19% enquanto prejuízo chegou ao patamar recorde de 93 milhões de reais, uma alta de 30%. Em 2015, no último balanço disponível, a companhia conseguiu voltar a crescer com o lançamento do seu e-commerce de moda Zattini. O faturamento avançou 30%, para 1,5 bilhão de reais, e o prejuízo diminuiu, para os 63 milhões de reais.A dúvida agora é o que a companhia conseguiu fazer em 2016, ano em que, por conta da crise, nem as gigantes do comércio eletrônico foram poupadas. O varejo online cresceu apenas 11%, segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico, ante uma média superior a 20% nos anos anteriores. A B2W, a maior do país, que opera o e-commerce das Lojas Americanas, Submarino.com e Shoptime, teve uma queda de 8,7% na receita nos primeiros nove meses de 2016, com o prejuízo subindo 49%, para 383,6 milhões de reais. “A principal dúvida é: a Netshoes conseguiu fazer o dever de casa e crescer mesmo em tempos de crise? Essa é a questão fundamental para um IPO”, diz Paulo Humberg, presidente da companhia de investimentos em internet A5. Os dados de 2016 devem ser divulgados pela Netshoes em março.Outros planosUma possibilidade que bate na porta da Netshoes é a venda para uma empresa maior. No último dia 5, o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, noticiou que a B2W estaria negociando uma aquisição. O que se sabe é que a Lojas Americanas, controladora da B2W, contratou o banco Credit Suisse para uma nova emissão de ações, no valor de 1,5 bilhão de reais, mas esse dinheiro não deve ser usado para comprar a Netshoes, de acordo com o que apurou EXAME Hoje com executivos próximos das duas empresas. “Essa conversa existiu, mas há 10 anos, quando as duas companhias eram bem próximas”, disse um deles. “Agora, isso não existe mais”.Nesse período, a Netshoes operou o braço de artigos esportivos da B2W, mas as conversas para uma fusão ou compra da Netshoes não avançaram.Por conta própria, a Netshoes tem avançado na seara da B2W. No início de 2016, a Netshoes anunciou a criação de seu marketplace – plataforma que permite que outros lojistas vendam seus produtos no site da companhia. Na época, a empresa estimou que o marketplace poderia representa até 20% de seu negócio no médio prazo, dobrando seu portfólio – na época de 80.000 produtos – ainda em 2016.“A Netshoes é uma das únicas companhias de e-commerce com um atendimento ao consumidor especializado e internalizado, e também tem parcerias exclusivas com grandes marcas como a Nike, que só utiliza o marketplace da Netshoes”, diz um executivo de uma concorrente. “Eles estão conseguindo montar uma operação parecida com a da B2W”. Por enquanto, a Netshoes se mantém focada em beleza, moda e esporte, mas, segundo EXAME Hoje apurou, há planos para avançar para novos nichos.Se vier a ofertar suas ações na Bovespa, a Netshoes também vai seguir os mesmos passos da B2W – única companhia do setor na bolsa brasileira. Os números da empresa não animam muito: a B2W já perdeu 54% de valor de mercado, que passou de 9,6 bilhões de reais na época do IPO, em 2007, para os 4,4 bilhões de reais atuais, segundo a consultoria Economatica. “A companhia é boa e na minha visão está barata, mas os investidores estão cansados de prejuízo atrás de prejuízo”, afirma Luis Gustavo Pereira, estrategista da corretora Guide. Em 10 anos de bolsa, a B2W nunca fechou um ano no azul. Saiba mais: Quais empresas mais cresceram na Bovespa em 2016? – Patrocinado Analistas consultados por EXAME Hoje afirmam que a Netshoes a não poderia exigir um valor muito alto pelos papeis – a exemplo do que aconteceu com as últimas tentativas ocorridas no mercado. A única empresa a entrar na bolsa em 2016 – a companhia de diagnósticos Alliar – já perdeu mais de 30% do valor de suas ações, a construtora Tenda desistiu de um IPO no fim do ano passado e a locadora de veículos Movida teve que reduzir o preço inicialmente pedido para conseguir estrear na bolsa esta semana.Calcular o valor de mercado da Netshoes é uma tarefa difícil. Em 2013, os acionistas da companhia esperavam que, no dia de seu IPO, a Netshoes valesse 2 bilhões de reais. Há um ano e meio, a varejista americana Walmart fez uma oferta de 900 milhões de reais pelo controle da companhia, mas a Netshoes recusou.Em todos esses casos de aberturas de capital recente, a explicação para as avaliações abaixo do esperado é de que as empresas têm colocado seus preços com base em expectativas de lucros maiores no futuro, mas o investidor – depois de sofrer com promessas não cumpridas nos últimos anos – não está tão disposto a pagar para ver. Não é o cenário dos sonhos para a Netshoes. Mas a empresa espera a janela ideal de oportunidade há quatro anos. Uma hora cansa.Fonte: Exame

Da pequena lojinha ao mate dos milhões

Pequeno empreendedor desiste da advocacia para criar a maior rede de lojas do ramo no país

Considerada a maior casa de mate do Brasil, a marca Rei do Mate foi criada por Kalil Nasraui em 1978, mas foi Antônio Carlos, seu filho, quem transformou o empreendimento em uma rede de sucesso. Tudo começou com uma pequena loja de 20 metros quadrados no centro de São Paulo, e com poucas opções no cardápio. Na época, Antônio Carlos mantinha o ritual de sair da escola, pegar o ônibus e ficar com a barriga no balcão ajudando o pai.
Apesar de gostar de trabalhar com comércio, seu pai não queria que ele seguisse essa área. Então ele decidiu fazer faculdade de Direito na FMU e Economia na PUC-SP. “Foi a única briga que eu tive com meu pai. Ele queria que eu abrisse um escritório de advocacia, e advertiu que se eu fosse para a área do comércio iria enfrentar dificuldades”, conta Antônio.Uma das monografias da faculdade de Economia era sobre franchising, que ainda engatinhava no Brasil, e após o pai permitir que o filho entrasse no negócio em 1991, inaugurou a primeira franquia, em 1992. Depois de repaginar a marca e criar mais opções no cardápio, como salgados, a rede se tornou um sucesso e referência no mercado. Hoje conta com mais de 300 lojas por todo o país. “Vi que essa pequena loja tinha potencial para crescer e decidi arriscar e o resultado foi um sucesso e não me arrependo de abrir mão de seguir carreira em outras áreas”, diz.A principal casa de mate do país começou oferecendo um cardápio de bebidas preparadas à base de sua receita de chá própria, que podia ser apreciada pura, com leite, limão, caju ou maracujá. O ponto foi um importante ganho, conta Antônio. Localizada inicialmente próximo a um dos cruzamentos mais famosos do mundo, a esquina paulista das avenidas Ipiranga e São João, o primeiro endereço da rede, apesar de pequeno, começou a registrar um enorme sucesso entre os consumidores, acabou se tornando um ponto tradicional do Centro paulistano, na década de 1980.Por mais de uma década, a empresa manteve apenas lojas próprias, sete no total, todas instaladas na cidade de São Paulo, fato que contribuiu para a mudança do hábito de consumo de chá dos paulistanos. Com Antônio no comando, em 1991, com a entrada da segunda geração da família, o modelo de negócios passou uma reestruturação que resultou em seu ingresso no mercado de franquias e daí para frente iniciou-se uma nova fase de evolução. Acompanhando a ampliação de seus mercados de atuação, a rede resolveu incorporar a seu cardápio café e pão de queijo, além de desenvolver novos produtos e combinações de bebidas preparadas à base de seu carro-chefe que, hoje, já chegam a mais de 100.Sempre partindo do preceito de que os sucessos de uma rede e seu crescimento têm que ser suportados por um modelo de negócios consistente e com diferenciais competitivos, a Rei do Mate, através do acompanhamento de Antônio, consagrou-se como referência no mercado de franquias brasileiras. Em 2015, registrou um faturamento de cerca de R$ 230 milhões e, apostando no trio criatividade, planejamento e investimento, criou diferenciais que, além de garantirem bons resultados no processo de expansão, foram capazes de superar as adversidades existentes no meio empresarial, firmando ainda mais a consolidação da marca.Com previsão de faturar R$ 250 milhões, em 2016, mesmo em meio à crise, a empresa viu na fidelização de seus clientes um meio de conquistar seus objetivos. Foram inúmeras ações e campanhas ligadas à área, que vêm se intensificando nos últimos anos. Entre as atividades desenvolvidas neste âmbito, Antônio costuma destacar a adoção do sistema Uau-fi, um programa personalizado, interativo e diferenciado de internet sem fio que permite identificar as preferências do cliente e, assim, aprimorar o atendimento, e a promoção Você de Rei na Universal.Essa promoção foi viabilizada graças a uma parceria com a Universal Orlando Resort, além de uma série de ativações que vão desde participação e patrocínio em diversas produções do cinema nacional, passando por campanhas estreladas por badalados nomes do showbiz brasileiro e parcerias com importantes personalidades mundialmente conhecidas.Graças aos excelentes resultados obtidos e os diferenciais oferecidos a seus franqueados, este ano, a rede conquistou pela 17ª vez consecutiva o Selo de Excelência em Franchising consecutivo. Além disso, já conquistou por três vezes o Prêmio As Melhores do Brasil, na Categoria Cafeteria e Confeitaria, pela revista Pequenas Empresas, Grandes Negócios (2010, 2013, 2014).Atualmente, a Rei do Mate é a maior rede de casas de mate e a segunda maior rede de cafeterias do Brasil. Além disso, ocupa a 10ª posição no ranking de redes de alimentação do país, em número de unidades. No total são mais de 330 lojas, instaladas em 87 cidades, espalhadas por 20 estados brasileiros, onde circulam cerca de 80 mil pessoas que, mensalmente, consomem, em média 8 mil pãezinhos de queijo, 1,7 milhão de copos de mate, 500 mil xícaras de café expresso gourmet e 250 mil sanduíches Tost, o que valida a saga do empreendedor Antônio Carlos Nasraui.RX  – REI DO MATECidade Natal: São PauloIdade: 50 anosFormação: Formado em Direito pela Faculdade Metropolitana Unidas (FMU) e Economia pela PUC – SPInvestimento inicial: R$ 250 a R$ 350 mil sem ponto comercialTaxa de franquia: R$ 29.500 mil para a primeira loja, R$ 25 mil a partir da segunda e R$ 20 mil a partir da terceira unidadeMeta de abertura de novas lojas: 20 a 30 unidadesFaturamento da marca em 2015: 250 milhões de reaisData de fundação da empresa: 1978Área mínima da unidade: de 25m² a 60m² para instalação da loja e quiosque a partir de 15m² sendo que 10m² de área remota para alocar o estoqueUnidades próprias: 2Investimento inicial: R$ 250 a R$ 350 mil sem ponto comercialFuncionários: 3200Funcionários por loja: 6 a 10Prazo de contrato: cinco anosRoyalties: 4% do faturamento brutoTaxa de propaganda: 1% do faturamento brutoPrevisão de retorno do investimento: em média 36 mesesMédia de faturamento por loja: em média R$ 75 mil por mês (média conforme o tipo de ponto)Lucro médio:  de 15% do faturamentoCapital de giro: R$ 20 milFonte: Empreendedor

Heineken compra dona da Schin por US$1,09 bilhão

Após a conclusão do negócio, a companhia holandesa passará a ter uma participação de mercado de quase 19 por cento

A Heineken anunciou nesta segunda-feira que assinou acordo com a japonesa Kirin para compra da Brasil Kirin, em uma transação que a tornará a segunda maior fabricante de cervejas do país.Incluindo dívidas, a Heineken informou que pagará 1,09 bilhão de dólares pela Brasil Kirin, a fim de aumentar sua presença no mercado brasileiro, fortalecer seu portfólio de marcas e ganhar escala.Após a conclusão do negócio, a companhia holandesa passará a ter uma participação de mercado de quase 19 por cento. No caso da Kirin, o acordo marca a sua saída do Brasil. O grupo japonês pagou cerca de 3,9 bilhões de dólares em 2011 por 12 cervejarias, mas o negócio depois perdeu fatia de mercado e teve os custos elevados pela fraqueza da moeda local.
A Kirin disse que os riscos brasileiros e o competitivo e estagnado segmento de cervejas e refrigerantes no país eram "limitações" para tornar a Brasil Kirin rentável. De acordo com a empresa, a unidade brasileira teve prejuízo operacional de 284 milhões de reais em 2016.A economia brasileira parece propensa a entrar no terceiro ano de recessão em 2017, mas a Heineken considera o mercado de cervejas atrativo no longo prazo, com o segmento premium crescendo mais rápido.A empresa holandesa já tem cinco cervejarias no Brasil, depois de comprar em 2010 os negócios de cerveja da mexicana FEMSA.Fonte: Administradores

“O EMPREENDEDORISMO VIROU MEU JOGO”

Um dos principais jogadores da história do futebol mundial, Ronaldo Nazário, o Fenômeno, conta como trocou as chuteiras pelo mundo dos negócios

Ronaldo Nazário: ex-jogador virou empreendedor  (Foto: Anna Carolina Negri )
Por onde anda, Ronaldo Nazário, o Fenômeno, é incentivado por torcedores a voltar aos campos de futebol. Vontade, diz o jogador, não falta. Mas, aos 40 anos, ele prefere ajudar o esporte mais popular do país de outra forma: empreendendo. Sua primeira iniciativa depois de deixar os campos foi a 9ine, uma agência de publicidade especializada em esporte, mas o negócio não durou muito tempo.
Há pouco mais de um ano, Ronaldo se uniu a Carlos Wizard na criação da Ronaldo Academy, rede de franquias que treina e educa jovens promissores no futebol. Já são mais de 70 unidades espalhadas por China, Suíça, México, Colômbia, Estados Unidos e Brasil. “Eu sou a cara do futebol e o Wizard sabe tudo de franquias. Montamos uma máquina de gerar jogadores em todas as partes do mundo”, afirma. Em um evento realizado em novembro, em Águas de Lindoia, no interior paulista, o jogador recebeu PEGN para falar sobre empreendedorismo — o caminho que escolheu para sua vida após se aposentar dos gramados, em 2011.
Quando e por qual razão você decidiu empreender? Eu conheci muita gente importante durante a minha carreira como jogador de futebol, entre 1993 e 2011. O esporte abre portas, oferece muitos contatos. Com alguns empresários, fiz contratos para usar minha imagem em publicidade; com outros, fiz amizades. Depois que encerrei minha carreira, no Corinthians, o empreendedorismo foi a saída para não ficar parado. Usei a experiência que acumulei negociando contratos e criei a 9ine, uma pequena agência de publicidade feita em parceria com a WPP. Com a crise, fechamos o negócio. Mas eu decidi continuar em frente com outras empresas.Quais são seus negócios hoje? Sou sócio de duas empresas: a Liv Drinks, que fabrica sucos e água de coco, e a Ronaldo Academy. A escolinha é um projeto com que eu sempre sonhei para ajudar crianças e jovens a encontrar um caminho na vida por meio do esporte. Além da questão social, é um bom negócio: o futebol é jogado praticamente em todos os países do mundo, por isso temos oportunidades em todas as partes. Só na China, um país que começa a investir pesado no futebol, vendemos 30 unidades da rede.Como você se prepara para administrar seus negócios? Apesar de ter tido experiência com alguns negócios, eu sei que ainda estou no começo da minha jornada empreendedora. Estou aberto ao aprendizado no dia a dia. Mas eu tenho o necessário para ser um empreendedor: bom senso e coragem para tocar um negócio.Numa negociação difícil, como você  escolhe a melhor alternativa para a sua empresa? Eu gostaria de ter me especializado em negócios, sei que isso seria bom para mim. Mas não vejo problema. Veja bem, eu lido com dinheiro desde os 16 anos, fiz muitos contratos de altas cifras com patrocinadores e clubes. Reinaldo Pitta e Alexandre Martins, empresários do ramo do esporte, também me ensinaram muito. Além desse aprendizado que tive, conto com uma equipe muito próxima para me ajudar nas decisões. E tem outra coisa: sei que um negócio é bom quando a soma dá positivo.Quem são essas pessoas que te ajudam nos negócios? Eu tenho uma estrutura para me ajudar em vários assuntos. Em negócios, são três advogados, dois na Espanha e um aqui no Brasil. Eles recebem as propostas de sociedade, fazem uma análise e eu decido se vou investir. Um economista nos auxilia no processo para ver se o acordo é vantajoso.Quais empreendedores te inspiram? O Carlos Wizard [Mundo Verde, BR Sports e Taco Bell] é um deles e sinto que é um privilégio ser parceiro dele. Outro é o Jorge Paulo Lemann [3G Capital], que me empresta a quadra de sua casa no Rio de Janeiro para jogar tênis. E também tenho muita admiração pelos sócios dele, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles, que já me chamaram para fazer publicidade da Brahma.Você está ao lado de lendas do mundo dos negócios. Conversa com eles sobre empreendedorismo? Eu tento pegar o máximo possível de dicas. Houve uma situação engraçada em 2013. Eu estava na casa do Jorge Paulo Lemann jogando e ele apareceu e perguntou: ‘Ronaldo, você tem ações?’. Disse que tinha uma carteira pequena. Ele desconversou e se foi. Dois dias depois ele anunciou a compra da H.J. Heinz. Mas é bom registrar: ele não me disse absolutamente nada sobre a compra.Como é a sua rotina? Como moro em Madri, tento vir ao Brasil pelo menos uma vez por mês. Quando pouso aqui, tenho uma agenda bem extensa e tento ajustá-la para duas coisas: ficar com meus filhos e tocar os negócios, o que inclui reuniões societárias, de contratos de imagem e ações de marketing. É bem corrido porque eu viajo o mundo em nome do futebol. Saindo dessa entrevista, vou para o México inaugurar um museu e me encontrar com o Carlos Slim, dono da Telmex. Vou pedir dicas de negócios para ele.Como seu amigo Lemann, você sonha em ser um bilionário? Eu não estou no empreendedorismo por esse motivo. A minha grande batalha é para que a academia vingue. É claro que, se  o negócio der certo, será legal ter mais dinheiro. Mas não precisa ser bilhão.Fonte: PEGN

PLATAFORMA CONECTA PESSOAS QUE PRECISAM DO SERVIÇO DE UM DIARISTA E FATURA R$ 13 MILHÕES

A Parafuzo foi fundada por Eduardo Campos e conta com mais de mil profissionais credenciados

Eduardo Campos, Parafuzo, empreendedor (Foto: Divulgação)
Segundo o Sebrae, nesse momento da economia, o empreendedor que investe em prestação de serviços deve apostar no digital para atingir uma grande fatia de mercado. Foi sentindo essa tendência que Eduardo Campos fundou a Parafuzo em março de 2014. A empresa é uma plataforma que conta com uma base de mais de mil diaristas e faz a mediação entre o usuário e as profissionais de limpeza.Para contratar uma faxineira, basta acessar o site ou o aplicativo da empresa, responder quantos cômodos possui a sua casa, selecionar o melhor dia e horário e o próprio sistema já te promove um orçamento. “Calculado esse preço, o sistema procura a profissional disponível para ir até a sua casa ou empresa”, explica Eduardo Campos, 30 anos.Eduardo teve a ideia de criar a Parafuzo com base na própria experiência em não conseguir uma profissional de qualidade. Nascido em Recife, Eduardo se mudou para São Paulo para trabalhar em uma empresa de consultoria e sentiu na pele essa dificuldade. “Todo mundo quer contratar um profissional com mais segurança. A ideia era apenas fazer isso em grande escala e com garantia para o cliente”, explica.Formado em música, ele nunca trabalhou na área e sempre se interessou por tecnologia. “Passei dois anos no mercado financeiro, convivi com startups e, mesmo gostando do meu emprego na época, me demiti para criar a Parafuzo”, conta. No entanto, Eduardo não entrou com tudo no negócio. Foram dois ou três meses em fase de teste para sentir o mercado e não pisar em falso.Batendo de porta em porta, Eduardo conseguiu filiar 10 diaristas. No início, foi criado um site bem básico que continha apenas um número de telefone. “Os interessados ligavam e fazíamos o trabalho de mediação manualmente entre as pessoas e as diaristas”, explica. As solicitações começaram a crescer, outras diaristas se interessaram em ser parceiras. Tinha chegado a hora de criar uma plataforma mais completa para a marca. Com a ajuda de um especialista em tecnologia, foi criado um sistema que funciona tanto na web quanto no app e que faz todo o trabalho de seleção.Apesar de ter sido o autor da ideia, Eduardo não investiuno negócio sozinho. Ele conta com um sócio, Felipe Brasileiro. Juntos, fizeram um investimento inicial de R$ 300 mil . Depois de um ano de funcionamento, conseguiram um grande investidor que colaborou para que a empresa crescesse no mercado.O faturamento da empresa foi de R$ 13 milhões em 2016, mas os sócios pretendem triplicar esse número em 2017. “Só em janeiro já fizemos mais de R$ 1,5 milhão então estamos confiantes para o ano”, prevê o empresário. Atualmente, o ticket médio da empresa é de R$ 130. Em relação a porcentagem, a empresa fica com 15% do valor pago pelo usuário enquanto a diarista fica com os outros 85%.Com sede em São Paulo (SP), a Parafuzo completa três anos em março e possui 22 funcionários. Na plataforma, existem cinco modalidades de serviço: faxina comum, faxina pré-mudança, faxina pós-obra, passar roupa e limpeza de escritório. “Além disso, têm os extras: limpeza de área externa, janelas, geladeira... Com base em todos os critérios, o sistema define quanto tempo durará a visita da diarista”, adiciona o fundador.O orçamento é feito no mesmo momento pela plataforma e o próprio pagamento pode ser feito online por cartão de crédito. Depois de definido o dia e horário da visita, o usuário recebe todas as informações da diarista pelo e-mail e, no dia agendado, a profissional realizará seu trabalho uniformizada e no tempo definido.Uma dificuldade muito grande para a Parafuzo é o fato de não existir um local de encontro com clientes e nem mesmo uma padronização do serviço. Contudo, os sócios procuram resolver esse problema tendo um contato muito próximo com as profissionais de limpeza. “Nós fazemos uma integração com todas as profissionais. Damos cartilha de dicas e explicamos o funcionamento da empresa”, conta Eduardo.Atualmente, a Parafuzo atua em 20 cidades do Brasil sendo elas localizadas em cinco regiões metropolitanas: Grande São Paulo, Rio de Janeiro, Campinas, Curitiba e Belo Horizonte. E não importa onde essa profissional esteja localizada, a Parafuzo vai até elas para promover essa integração. Hoje, contam com mais de mil profissionais e, na média, entram 200 novas diaristas por mês.Fonte: PEGN

Mercadinhos e empórios voltam a fidelizar clientes

O charme e a proximidade proporcionados pelos mercadinhos de antigamente, mas com a eficiência da arquitetura moderna. Assim são os empórios, estabelecimentos que são tendência no mercado
A arquiteta Simone Rocha executou um projeto exatamente neste molde. A profissional planejou e decorou o Empório Du Carmo, onde o proprietário buscava uma atmosfera acolhedora e amigável para o seu estabelecimento. “O pedido principal do cliente era também nosso maior desafio: o aproveitamento do espaço. Como a loja possui dimensões bem reduzidas e um pé direito extremamente baixo, tivemos que buscar soluções para conseguir expor um número significativo de produtos, tornando a loja viável do ponto de vista comercial, e ao mesmo tempo, garantir uma circulação confortável, para propiciar sensação de bem-estar dentro da loja, e evitar a impressão de confinamento”, explica.Para conduzir o projeto, a arquiteta trabalhou com três pontos principais: ambiente aconchegante, tratamento personalizado e oferta de produtos diferenciados. Desta forma, o empreendimento ganhou ares de mercadinho do interior e conseguiu se destacar no comércio local. “Uma decoração isolada, seguindo determinado ‘estilo’ que não seja condizente com o público ou com o produto oferecido, terá sido feita em vão e não conseguirá alcançar a meta do sucesso comercial. Da mesma forma, trabalhar corretamente o atendimento e a gama de produtos, deixando de lado a aparência e funcionalidade da loja – intrínsecas a um projeto arquitetônico bem feito – é sinônimo de montar uma loja com baixo movimento, uma vez que ela não consegue atrair os clientes que passam pela rua. O visual da loja é o primeiro aspecto capaz de convidar um cliente a entrar e deve ser complementado por uma boa experiência no momento da compra, para garantir o sucesso da venda e o retorno do cliente”, avalia.O administrador de empresas Marcelo Jácome, proprietário do Empório Du Carmo, ratifica a importância da presença de um profissional para conseguir concretizar o que desejava para o seu comércio. “O Empório está aberto há quatro meses e decidi fazer o investimento há sete meses. Foram três meses de análise de mercado, desenvolvimento do projeto e obra. Tudo o que eu faço, faço bem feito e então contratei a Simone Rocha para fazer o projeto e discutimos bastante sobre ele. Focamos em um estilo vintage e no melhor aproveitamento do espaço, pois a loja tem somente 25m2. O projeto foi tão bem feito, que eu consegui aproveitar um espaço mínimo e, hoje, para se ter uma ideia, estou com 960 itens diferentes na loja, ativos”, conta.Para Marcelo, esta forma de voltar ao estilo dos mercados antigos, onde se vende biscoito a granel, por exemplo, é, certamente, um atrativo a mais para a clientela, o que vem sendo motivo de elogios ao seu empreendimento. “A comunicação visual e o mobiliário do Empório, indiscutivelmente, são um diferencial da loja. O atendimento também, claro, pois criamos uma maneira de cativar o cliente onde ele se sente bem recebido, apesar do espaço físico ser pequeno, porém, é aconchegante. Até o dia de hoje, nunca recebi uma crítica sequer que desabonasse a loja”, exalta.De acordo com a arquiteta Estela Netto, existem serviços e produtos que resgatam outras épocas e, portanto, estimulam a criação de estabelecimentos como os empórios e as barbearias, que também voltaram com tudo. “Quando fazemos este tipo de projeto, de alguma maneira, fazemos uma alusão a outra época para que as pessoas reconheçam com mais rapidez. E, por mais que a gente não tenha vivido na época dos empórios, das compras a granel, que aconteceu com nossos pais e nossos avós, nós temos a referência no nosso imaginário. Quando vemos um saco de farinha, com uma canequinha, vamos imediatamente compreender que aquilo veio do artesanal e faço uma leitura, inconsciente, pois aquilo é um ícone do sentido imagético, um ícone que conheço como antigo, do universo artesanal e, que possui qualidade”, afirma.A arquiteta, porém, ressalta a importância de se adequar este arquétipo do passado aos dias de hoje. “Nossas demandas hoje são diferentes das que tínhamos nas décadas de 40, 50. Inclusive, o tempo que temos para fazer a compra, o tipo de iluminação, o concorrente ao lado. Temos, na verdade, uma lógica totalmente contemporânea de projeto que se apropria de alguns elementos estéticos daquele universo que a gente está reprisando”, esclarece.Para Estela, este tipo de comércio é uma tendência devido ao momento em que estamos. “As pessoas voltaram a cozinhar e receber em casa e o anfitrião quer ter uma experiência de compra mais agradável do que apenas encher o carrinho de coisas. Ele quer produtos mais exclusivos, marcas melhores para poder testar as receitas. Vemos isso acontecendo com azeite, cerveja, vinho. As pessoas querem comprar produtos melhores e os empórios podem te vender produtos mais exclusivos e de um jeito que possibilita o comprador a curtir mais o momento, descobrindo outras possibilidades. Você se distrai, se envolve com a compra”, afirma.Simone Rocha concorda que os empórios têm tudo a ver com o que os consumidores vêm buscando atualmente. “A atmosfera de mercadinho faz toda a diferença. Uma decoração que remete aos antigos armazéns e uma abordagem pessoal totalmente distinta, propicia uma experiência de compra muito mais agradável. Os biscoitos vendidos a granel, a possibilidade de degustar um café enquanto faz suas compras e o bom papo com o proprietário da loja – muitas vezes presente e recebendo pessoalmente os clientes – são detalhes que conquistam”, encerra.Fonte: Empreendedor

Sistemas gratuitos de gestão auxiliam no crescimento de pequenas empresas

Softwares como o ERP Lite Free Plus integram operações de estoque, vendas, faturamento e finanças

Para microempresas, empresas de pequeno porte e microempreendedores individuais, nem sempre é viável aplicar uma verba em informatização, mesmo que ela seja essencial no dia a dia de trabalho. Porém, a solução pode ser encontrada gratuitamente na internet. Recentemente, a WK Sistemas, empresa de desenvolvimento em softwares de gestão, lançou o ERP Lite Free Plus, uma atualização do software ERP Lite Free, desenvolvido em 2007, que conta com mais de 70 mil empresas registradas. Em poucos meses, a nova versão já atingiu cerca de dois mil cadastros.O sistema foi projetado para apoiar o crescimento dos pequenos negócios. Ele é gratuito e atende empresas de qualquer tipo de tributação. Além disso, foi desenvolvido com a mesma tecnologia dos softwares pagos. “O ERP Lite Free Plus é completo. Integra operações de estoque, vendas, faturamento e finanças. Não existe prazo de validade para sua utilização”, explica o gestor de Canais da WK Sistemas, Marcio Tomelin. Para instalar, basta acessar o site e clicar no link “comece agora”. No canal da WK no Youtube, os usuários também podem assistir tutoriais sobre a instalação e funcionamento do software.Segundo o diretor de Marketing, Estanislau Mário Balzan, a decisão de desenvolver uma solução eficiente e econômica para a gestão de pequenos negócios tem como base a estratégia da empresa catarinense em atuar como parceiros dos microempresários. “O ERP Lite Free Plus veio pra ser o primeiro sistema de gestão integrado de uma pequena empresa, sem necessidade de investimentos. Queremos que elas cresçam e se tornem competitivas no mercado”, afirma.Fonte: Empreendedor

Franquia de massas lança espaguete de pupunha para atrair público fitness

A Spaziale Italiana, de São José do Rio Preto (SP), virou franquia há dois meses e lançou uma linha de massas saudáveis, como o espaguete de pupunha (foto), para atrair o público fitness

O restaurante Spaziale Italiana, de São José do Rio Preto (438 km a noroeste de São Paulo), lançou uma linha de produtos saudáveis, há 15 dias, para atrair o público fitness. A empresa também virou franquia, há dois meses, e quer expandir a marca para todo o país.A linha saudável tem o espaguete de pupunha (espécie de palmito), o penne integral e sem glúten e a lasanha integral, além do espaguete de pupunha."A culinária italiana carrega o peso de oferecer muito carboidrato em seus pratos, por isso pensamos em dar mais opções para o cliente ao criar versões de massa integral, sem glúten e o espaguete de pupunha", diz William Pirolla, um dos sócios da empresa.

Preço vai de R$ 22 a R$ 27

O preço do prato médio de massas é R$ 21,99 (pesa de 450g a 550, dependendo da quantidade de ingredientes) e do grande é R$ 26,99 (pesa a partir de 700 g).O espaguete é o único prato servido com a receita pronta: alho, cebola, manjericão, queijo minas, tomate, brócolis, ervilha, milho, frango, cheiro verde e molho ao sugo. Ele custa R$ 26,99.Há, ainda, a lasanha e a pizza brotinho, que são montadas na hora e podem ter até quatro acompanhamentos, além do queijo mozarela. A pizza brotinho sai por R$ 17,99, e a lasanha por R$ 29,99.O restaurante é conhecido na região por pratos de massas com até 30 ingredientes -como calabresa, bacon, peito de peru, presunto, tomate seco, brócolis, frango, ervilha, milho, azeitona e queijos.

Dentista cuida da expansão da rede

Criado em novembro de 2015 pela família Pirolla -Luiz, 51, Leonilda, 48, e William, 27-, o estabelecimento faturou R$ 1 milhão no ano passado. Segundo William, 40% desse total (R$ 400 mil) é o lucro do negócio.O empresário, responsável por cuidar do processo de expansão da empresa, divide suas atividades corporativas com os atendimentos que faz como dentista. Os pais atuam exclusivamente no restaurante.

Investimento para abrir uma loja é de R$ 164.498

William afirma que a empresa já iniciou as negociações para a abertura de unidades nos Estados do Rio Grande do Norte e Minas Gerais, mas que nenhum contrato ainda foi fechado. "Nós testamos o modelo durante um ano para avaliarmos todo o negócio antes de iniciarmos a comercialização." Confira os dados da franquia, fornecidos pela empresa:
  • Investimento inicial: R$ 164.498, com  taxa de franquia, custo de instalação e capital de giro
  • Faturamento mensal: a partir de R$ 63.382
  • Lucro médio mensal: a partir de R$ 25.352 (40% do valor do faturamento)
  • Retorno do investimento: em até 22 meses

Consumidor quer variedade

Para Luis Stockler, consultor especializado em franquias da BaStockler, o fato de a rede estar seguindo na contramão das concorrentes e oferecer uma boa variedade de ingredientes em seus pratos, é um grande chamariz para o consumidor, que quer sempre mais opções."Com a crise, muitas redes começaram a enxugar suas operações e reduziram a oferta de  ingredientes para manter sua margem de lucro. Quando o consumidor souber que tem mais opções em uma rede do que em outra, ele vai optar por comer onde terá mais vantagens."Stockler afirma que a opção por criar uma linha saudável também é positiva. "O consumo de comida saudável vem crescendo em torno de 40% ao ano. Seja em supermercados ou em restaurantes, o potencial de mercado é muito grande."

Rede precisa provar que tem diferenciais

O especialista diz, no entanto, que o processo de expansão da rede não será fácil. "A empresa terá de provar para os shopping centers que oferece algo a mais do que as suas concorrentes para conseguir entrar nas praças de alimentação."Por esse motivo, segundo ele, não dá para prometer uma expansão agressiva, antes de o mercado de shoppings entender o seu diferencial. "Talvez uma alternativa seja iniciar a expansão com lojas de rua, mas é preciso avaliar se a operação está preparada para atender esse nicho."

Onde encontrar:

Spaziale Italiana - https://www.spazialeitaliana.com.br/Fonte: UOL

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