Um passo a passo para fazer o seu plano de negócios

Empreendedor com seu plano de negócios

Um dos principais motivos que levam empreendedores e profissionais a fazerem um plano de negócios é a necessidade de captação de recursos de investidores. Contudo, esse documento também é muito importante como ferramenta de planejamento ou de análise de rentabilidade e de riscos. São diversos os seus modelos, mas de forma geral todos respondem a cinco perguntas básicas: o que será feito, por que, como, qual o retorno e quais os riscos envolvidos.
O plano deve ter sempre como objetivo principal analisar a viabilidade do que se vai desenvolver, considerando fatores de diferenciação e a necessidade de recursos, além de propor um plano de ação para sua execução.Antigamente os planos eram documentos extensos que demoravam meses para serem desenvolvidos, porém, ao longo do tempo foram sendo reformulados tornando-se ferramentas mais funcionais, flexíveis e rápidas na sua formatação técnica e visual. Os planos muito detalhados ou técnicos tomam muito tempo para fazer e são cansativos para quem lê. É prudente evitar planos que parecem trabalhos de faculdade.Geralmente as empresas e os negócios começam com uma boa ideia, o que não é suficiente para o seu sucesso. É preciso saber se esta ideia é rentável, competitiva, sustentável, inovadora ou diferenciada e principalmente se é fruto da necessidade dos potenciais clientes. Às vezes gostamos da ideia, nos apaixonamos por ela e esquecemos de perguntar se o cliente alvo também gosta. O plano ajuda a transformar a ideia em realidade, nos auxiliando a entender os riscos e o potencial de rentabilidade.Um dos modelos de plano de negócios que costumo utilizar possui as seguintes partes: descrição do produto ou serviço, análise do cliente, análise da competição, plano comercial e de marketing, planejamento financeiro e rentabilidade, time de execução, planejamento operacional, plano de ação, recursos e acordos necessários, análise de riscos e cronograma.Cada empresa ou projeto pode, por suas particularidades, necessitar de uma ou mais análises, assim, não há porque usar modelos rígidos demais. Em essência, fazer um plano de negócios é uma forma bastante estruturada de nos convencermos e imaginarmos que estamos fazendo algo que realmente vale investirmos tempo e recursos. O seu processo de desenvolvimento é uma forma de evoluirmos nossas ideias, entendermos a real viabilidade do que queremos desenvolver e, mais do que isto, de criarmos uma boa argumentação para convencermos pessoas, empresas e investidores de que vale associar-se conosco.Criar uma equipe multidisciplinar para desenvolver o plano é uma forma positiva de abordar diversos tópicos com visões diferentes, o que pode ajudar o processo criativo e crítico, gerando provavelmente melhores e mais profundas visões sobre os dilemas, oportunidades ou riscos. Não tenha medo de pedir feedbacks para pessoas mais experientes ou que tenham competências complementares. Vale inclusive pedir ajuda para mentores ou mesmo para seus próprios investidores.Geralmente, o processo começa com pesquisa, busca de informações, entrevistas ou conversas com diversas pessoas, clientes futuros e participantes do mercado. Com a ideia inicial formulada, tente usar algum modelo de análise estratégica para criticar. Teste modelos alternativos e cenários diferentes. Muitas vezes pensamos tanto de uma forma só, que ficamos “míopes” e não conseguimos ver o negócio de forma sistêmica. É importante nesta fase imaginarmos como será o futuro desta ideia e como ela se tornará um negócio rentável e sustentável no longo prazo. Procure saber com clareza qual o seu modelo de negócio, os fatores de diferenciação, os seus objetivos de curto e de longo prazo e, principalmente, mostrar por que o negócio será um sucesso.Não adianta somente se autoanalisar. Analise criteriosamente o mercado e a competição. É necessário imaginar seus movimentos, planos e potencial de futuro. Grande parte do valor das companhias está atrelado ao seu potencial de crescimento que é função principalmente da capacidade de competitividade das companhias. Portanto, entender sua arena competitiva em detalhes deve ajudar no desenvolvimento do plano e, por consequência, do negócio.Com a determinação do posicionamento estratégico da companhia e de uma visão de mercado, pode-se desenvolver um plano de marketing que suporte as ações comerciais da companhia e possibilitem o seu desenvolvimento.Com relação ao planejamento operacional, é importante considerar como a empresa desenvolverá suas áreas de suprimento, produção e entrega de serviços. Não menos importante é o planejamento logístico e de sistemas.Diversos empreendedores têm dificuldades em planejar as finanças da companhia. Matemática não é o forte da maioria, mas não há necessidade de grandes exercícios financeiros. Procure projetar o fluxo de caixa futuro do negócio considerando as principais premissas de resultado e seus direcionadores de valor. Imagine como argumentar sobre sua projeção de vendas futuras e de resultado. Com isso, você obterá uma boa estimativa de sua necessidade de recursos financeiros e qual o retorno que espera obter com o negócio. Lembre-se: conservadorismo financeiro no Brasil é sempre prudente, especialmente associado a arrojo empresarial.Principalmente em negócios pouco maduros, o sucesso está diretamente relacionado à capacidade da empresa de inovar ou ser mais eficiente, além evidentemente da qualidade do time que executará o plano. Assim, procure cuidadosamente selecionar quais as pessoas que serão responsáveis pela execução do projeto ou do negócio. Determine claramente os seus papéis, incentivos e metas, certificando-se que estas pessoas são aptas e têm competências suficientes para realmente desenvolverem suas atividades.O plano de negócios não precisa ser algo complicado e nunca será completo o bastante. Ele tem que ser coerente, coeso e mostrar por que o negócio é bom, qual a sua rentabilidade, riscos, potencial de crescimento, como será executado e quanto de dinheiro é necessário para se desenvolver. Se for enviar para alguém, cuidado com a forma, estrutura, erros e linguagem. Aparência é importante na venda, porém, argumentação é mais importante ainda. Cuidado em revelar seus planos para potenciais concorrentes pois ideias podem ser copiadas. Peça para que a contraparte assine um contrato de confidencialidade.Os planos vão evoluindo ao longo do tempo e mudam à medida que o mercado se desenvolve ou que o plano vai sendo executado. É como se fosse um organismo vivo e em evolução. Assim, é necessário ajustar, mudar, rever ou evoluir. Tente imaginar o que pode dar errado e procure mitigantes. Não fuja dos pontos fracos e riscos, mesmo que não tenha uma solução imediata.Procure dar o máximo de coerência ao plano, buscando premissas reais de mercado e experiências efetivas ao invés somente de sentimentos e intuições, por mais que estes também sejam importantes. Use como premissas testes reais, fontes seguras, empresas comparáveis e experiências comprovadas.Um plano bem feito pode e deve ser utilizado como meta de desenvolvimento de negócios e companhias. Ajuda de forma realista a buscarmos recursos financeiros e a criarmos elos com parceiros. Quanto mais o plano for executado, maior o potencial de sua eficácia e, por consequência, melhor os investidores o verão, exigindo menos rentabilidade e participação societária nos aportes de capital.Fonte: Exame

Sebrae investe R$ 40 milhões em centro de artesanato

A instituição inaugura hoje o Centro Sebrae de Referência do Artesanato Brasileiro (CRAB), no Rio de Janeiro

Centro Sebrae de Referência do Artesanato Brasileiro (CRAB), no Rio de Janeiro  (Foto: Sebrae/Leandro Ribeiro)
O Centro Sebrae de Referência do Artesanato Brasileiro (CRAB) abre as portas ao público hoje, no centro do Rio de Janeiro. O espaço de 4,5 mil metros quadrados vai abrigar exposições, cursos e uma loja. “Esta é uma ideia antiga que foi sendo modificada ao longo dos anos. Surgiu como um showroom e centro de comercialização e, ao longo do tempo, fomos ampliando para virar um centro cultural”, diz Juarez de Paula, gerente da Unidade de Atendimento Setorial Comércio do Sebrae.
Segundo o Programa do Artesanato Brasileiro (PAB), existem mais de 92 mil artesãos inseridos no Sistema de Informações Cadastrais do Artesanato Brasileiro (SICAB).
O artesanato está presente como atividade econômica em 78,6% dos municípios brasileiros, de acordo com a Pesquisa de Informações Básicas Municipais (2014), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).O espaço passou por obras nos últimos dois anos. Localizado na Praça Tiradentes, no Centro do Rio de Janeiro, o CRAB ocupa três prédios históricos que estavam abandonados e foram cedidos pela prefeitura e pelo estado por 20 anos, renováveis pelo mesmo período. Ao todo, o Sebrae investiu R$ 40 milhões em restauração, reforma e mobiliário. “Nós escolhemos o Rio porque é a capital cultural do Brasil e uma cidade com muito foco na economia criativa. Além disso, a gente viu a oportunidade de recuperar esses imóveis e devolver para a cidade um patrimônio histórico e cultural relevante”, diz Paula.O CRAB vai trabalhar, segundo Paula, em três vertentes: exposições, comércio e conhecimento. “A ideia é ser um espaço que congrega três grandes atividades: visibilidade ao artesanato brasileiro com exposições gratuitas e abertas ao público, ser um espaço de estudo, reflexão e debate sobre o artesanato e a terceira dimensão é a comercialização, aproximando potenciais compradores dos artesãos”, afirma.Para a inauguração, os designers Adélia Borges e Jair de Souza fizeram a curadoria da exposição “Origem Vegetal: a biodiversidade transformada”, que apresentará cerca de 800 peças elaboradas por artesãos que atuam nas 27 unidades da Federação. A exposição foca em objetos feitos com matéria-prima de origem vegetal, derivados de plantas e árvores, tais como madeiras, palhas, sementes e resina.Entre os produtos, estão jogos americanos, luminárias, móveis, cestas, bolsas, talheres, joias, painéis decorativos, flores, brinquedos, tecidos, tapetes, almofadas, chapéus, mantas e esculturas que podem custar de R$ 30 a R$ 2 mil. “A nossa ideia não é trabalhar com a vulgarização do artesanato, expondo itens muito comuns, repetitivos ou baratos. Queremos ter o melhor do artesanato brasileiro no CRAB, com produtos de maior valor agregado e não aqueles que são vendidos em feiras”, diz Paula. A mostra fica em cartaz até 24 de setembro e deve ser programa para os turistas nos intervalos dos Jogos Olímpicos.Boa parte dos produtos será comercializada em uma loja dentro do espaço, chamada Brasil Original, que deve gerar R$ 1 milhão em negócios por ano. A empresa Bio Fair Trade, de Recife (PE), foi contratada pelo Sebrae por licitação e vai fazer a gestão operacional, comercial e financeira da loja do CRAB. Além de receber as peças da exposição, a loja vai, aos poucos, oferecer produtos de referência do artesanato, como os criados pelos ganhadores do Prêmio Sebrae TOP 100 de Artesanato.
Centro Sebrae de Referência do Artesanato Brasileiro (CRAB), no Rio de Janeiro  (Foto: Sebrae/Leandro Ribeiro)
Desafios do mercadoSegundo o IBGE, o mercado de artesanato movimenta mais de R$ 50 bilhões no país e é fonte de renda para muitos pequenos empreendedores. “A atividade artesanal, mesmo na crise que estamos vivendo, não tem sido impactada”, diz Paula.A iniciativa do Sebrae pretende conscientizar os artistas também para a importância da gestão. “O artesão brasileiro, em geral, é uma pessoa muito talentosa, mas tem pouco acesso a informação e está fisicamente fora dos grandes centros. Um grande desafio é o artesão se ver não só como criador, mas também como empresário”, diz o gerente do Sebrae.Outro desafio deste mercado é inovar e não entrar no processo automático de repetição dos produtos. “Muitas vezes, ele desenvolve a peça, consegue um bom público, e fica apenas reproduzindo aquele modelo repetidamente até saturar o mercado. A atualização dos produtos ainda é um desafio. É importante saber trabalhar com o conceito de coleção, renovando os produtos para gerar sempre interesse pela novidade”, afirma.Além da conscientização do consumidor, a ideia do CRAB é também incentivar os produtos artesanais de maior valor agregado e, portanto, mais sofisticados. “É importante saber expor, vender e colocar os produtos de forma que valorize a beleza estética. Por isso, o CRAB é muito arrojado e moderno, com uma abordagem contemporânea da cultura popular brasileira, o que aumenta a valorização do produto artesanal e gera desejo de consumo”, diz. Fonte: PEGN

Homem disléxico larga escola e monta império multimilionário

Fundador da loja de brinquedos The Entertainer, o britânico Gary Grant tem mais de 110 filiais no Reino Unido e 4 no exterior
"Números são minha diversão", diz Gary Grant, fundador da loja de brinquedos The Entertainer. Grant nem precisa discorrer sobre sua paixão por números. Em uma hora dentro de sua empresa, nossa conversa é repleta deles: quantos xelins compõem uma libra, quantos anos ele tinha quando eventos importantes aconteceram em sua vida e as datas de fatos históricos. Quando não consegue se lembrar de um número, ele próprio se interrompe e volta ao assunto original até extraí-lo das profundezas de sua mente.Para uma pessoa que não gosta de matemática, todo o processo é exaustivo, mas trata-se de uma olhar apurado sobre como funciona a mente de Grant. Disléxico, ele não demonstrava interesse na escola, mas dizia que a matemática era "muito fácil". Após ter sido reprovado, ele foi estudar em uma escola para alunos repetentes da qual saiu aos 16 anos com uma única qualificação: nota máxima em matemática.Agora ele lê as tabelas e pode falar instantaneamente se algo está errado, faz somas sem usar calculadora e até hoje, apesar de ter um diretor financeiro, checa semanalmente o fluxo de caixa da empresa, assina cheques e aprova ou não as despesas.Sua devoção aos números acabou compensando. A Entertainer – batizada dessa forma na eventualidade de ele precisar mudar de setor e levar o nome consigo caso o negócio fracassasse – abriu sua primeira loja em 1981. Hoje, são mais de 110 lojas no Reino Unido e quatro no exterior. O LAIR (lucro antes do Imposto de Renda) foi de 7,8 milhões de libras no ano encerrado em janeiro, uma alta de quase um terço ante ao período anterior, com as vendas chegando a 130 milhões de libras.Grant anotava fluxo de caixa da empresa no verso de envelope marrom Grant anotava fluxo de caixa da empresa no verso de envelope marrom Foto: The Entertainer ConversãoO sucesso da Entertainer ocorre apesar do gerenciamento atípico do seu negócio. Grant tornou-se cristão em 1991, uma década depois de abrir a primeira loja. Sua fé era tão forte que ele quase desistiu de tudo para se tornar um missionário, mas, em vez disso, decidiu tornar o negócio compatível com suas crenças.Uma das implicações práticas disso é que a loja nunca abre aos domingos, não vende armas de brinquedo ou produtos licenciados de marcas como Harry Potter e doa 10% dos lucros da companhia para caridade: "Só queremos estar confortáveis com o que estamos vendendo", diz ele.Antes de sua conversão, quando uma cliente muito religiosa lhe disse que ele estava "estimulando as crianças a brincar com a escuridão", e que se ele parasse de vender determinados produtos "Deus lhe devolveria em outras formas", Grant admite ter pensando que ela era "maluca". "Eu expliquei que comprava e vendia as coisas para obter lucro e esse era o segredo de todo e qualquer negócio".Agora, como ela, ele diz que o sucesso contínuo da empresa não causa surpresa, assinalando que a Bíblia diz: "Aqueles que me honram eu honrarei" (1 Samuel 2:30)Quando a companhia enfrentou seu pior momento, no auge da crise financeira de 2008, Grant chamou um vigário e convidou seus funcionários a rezar junto com ele. Ficou surpreso com quantas pessoas ─ cerca de 30 ─ apareceram. Eles se encontraram semanalmente por quatro meses – chegando inclusive a orar pela concorrente Woolworths, à época em maus lençóis, por sabedoria e pela saúde financeira. No final, a empresa – que em certo momento parecia que registraria um prejuízo de 1 milhão de libras ─ terminou 2008 sem estar pior do que começou.

"Não tivemos lucro, mas não perdemos nenhum dinheiro e sobrevivemos", resume Grant.

Sobreviver é uma palavra antiga no vocabulário de Grant, antes mesmo de fundar seu próprio negócio. Seus pais se divorciaram quando ele tinha apenas três anos e o dinheiro era escasso. "Se eu quisesse qualquer coisa, eu tinha de ir pra rua e batalhar por ela". Durante o período escolar, ele entregou jornais, coletou garrafas vazias de cerveja e trabalhou em uma leiteria, doceria e loja de bicicletas.

Origem

Quando saiu da escola, ele passou a trabalhar em uma loja de bicicletas em tempo integral, que se tornou o epicentro local durante o boom dos skates nos anos 70. Quando o mercado de skates implodiu, comprou o excedente para vendê-lo por conta própria. Passar o tempo todo usando o telefone da loja para conversar com clientes potenciais acabou resultando em sua demissão, mas lhe deu dinheiro suficiente para começar a montar a sua própria loja de bicicletas.

Em vez disso, um telefone de um amigo que era agente imobiliário ─ e que tinha uma loja de brinquedos em Amersham (ao noroeste de Londres) em seu portfólio ─ se provou fatídico. Gary e sua mulher, Catherine, compraram o estabelecimento apesar do pouco conhecimento no setor.

Parecia um movimento ambicioso para um homem de então 23 anos. Mas ele disse que a vida já lhe havia ensinado que se um trabalho acaba, outro aparece.

A cada semana, ele anotava as receitas e as despesas da loja no verso de um envelope marrom. "Era como eu administrava o fluxo de caixa", conta.

O 'divisor de águas' na história de sua empresa ocorreria em 1991, com a derrocada da rival Zodiac Toys. Com o concorrente fora do mercado, a Entertainer pôde abrir sua primeira loja em um shopping center ─ algo normalmente impossível para uma pequena varejista ─ e a partir daí teve início a expansão.

História da Entertainer mudou em 1991, quando concorrente faliu
 História da Entertainer mudou em 1991, quando concorrente faliu
Foto: The Entertainer

As lojas físicas ainda são a principal fonte de receita da empresa ─ correspondendo a 80% das vendas. O restante vem do comércio eletrônico. Trata-se de uma divisão que agrada a Grant e ele demonstra irritação quando lhe digo que as pessoas tendem a inevitavelmente ir às lojas para olhar os brinquedos e, feita a escolha, comprá-los na internet por causa do preço mais baixo.

"Se eu não valorizar o serviço ao cliente, a gama de produtos, o ambiente das lojas, o aconselhamento dos vendedores…então compre na Amazon porque eu não vou perder o meu tempo", diz ele. "Tudo é uma questão de equilíbrio. Oferecemos valor agregado e o valor não é só o preço".

O sucesso da companhia ─ o negócio é controlado integralmente por Grant, sua mulher e seus quatro filhos, dois dos quais trabalham na empresa junto com ele ─ lhe trouxe muita felicidade material, mas uma das conquistas das quais mais se orgulha é dar uma chance a certas pessoas.

Atualmente, muitos dos integrantes do Conselho de Administração (CA) da empresa entraram na empresa como jovens aprendizes. A Entertainer também contrata funcionários sem qualificação.

"Se não me tivessem dado oportunidades talvez hoje eu não teria um negócio desse tamanho. Quero que todos tenham oportunidade", diz ele.

Fonte: Homem disléxico larga escola e monta império multimilionário - Terra

Franquia de SMS oferece fácil gestão online e bom lucro

SMS Digital oferece modelos a partir de R$5 mil que podem ser administrados direto do computador de casa

Man in home office using computer and smiling
O avanço da tecnologia possibilita o desenvolvimento e facilita a comunicação e o relacionamento interpessoal. A questão é item crucial em muitas áreas, e no que diz respeito aos negócios também. O paradigma do empreendimento tradicional preso a um espaço físico relacionado a imagem do trabalhador diante de uma mesinha de escritório foi quebrado há muito tempo.
Enfrentar o trânsito, bater ponto, qualidade de vida sacrificada é uma realidade vista com outra perspectiva devido às oportunidades que esse avanço desencadeou. Empreendimento online é um exemplo disso. A forma de trabalho a cada dia se torna mais convencional e opção de muitos brasileiros que querem evitar as mazelas do dia a dia.Negócios dirigidos de forma online são favoráveis no Brasil. Para se ter uma ideia, de acordo com a E-Bit (empresa especializada em informações de comércio eletrônico), o setor movimentou em 2014, R$35,8 bilhões. Já em 2015, os valores alcançaram um faturamento de R$41,3 bilhões, atingindo um crescimento de 15,3% em relação ao ano anterior.Os gêneros que permeiam esse cenário são abundantes, são muitas as oportunidades. A SMS Digital é exemplo da tecnologia. A rede de franquias, assim como o nome sugere, trabalha com o disparo de SMS, ou seja, a franquia divulga informações de cunho publicitário, entre outros, por meio de uma mensagem que chega até o celular de qualquer pessoa.O franqueado encontra no portal da franquia uma área especifica pra ele. Essa é simples e de fácil acesso! Com acessibilidade clara e simples, sua potencialidade é muito eficaz. A plataforma possui capacidade para enviar milhões de SMS por dia e disponibiliza relatórios online para todas as operadoras do Brasil. Só basta estar conectado à internet e em menos de dois minutos é possível se comunicar com toda a carteira de clientes.De acordo com o diretor executivo da franquia, Kawel Lotti, os envios podem ser efetuados até mesmo pela integração com qualquer sistema (webservice). “Seu uso é simples, com personalização das mensagens, importação de arquivos em vários formatos, envios imediatos ou agendados na data e hora da escolha do cliente, com a gestão completa dos envios”, explica Kawel.“Lucrando na sala de casa”E de onde conduzir os trabalhos? Tudo pode ser feito direto do computador de casa. Adotando o modelo home office, a SMS Digital propõe dois tipos de modalidades: a Franquia Home Office e a Franquia Home Office Light. A primeira exige um investimento inicial de R$15 mil, já a segunda R$5 mil.– Franquia Home Office: O empreendedor pode formar uma equipe comercial de até 4 vendedores com login para utilização do portal e recebe o suporte e enxoval compatível. Nessa modalidade ele tem exclusividade de atuação em divisão territorial a cada 100 mil habitantes. Retorno do investimento em aproximadamente 12 meses. O faturamento médio mensal é de R$ 8 mil.– Franquia Home Office Light: O empreendedor pode ter mais um vendedor com login para utilização do portal, e recebe o suporte e enxoval compatível. Nessa modalidade ele tem exclusividade de atuação em divisão territorial a cada 50 mil habitantes. Retorno do investimento em aproximadamente 6 meses. Já este atinge o faturamento médio mensal de R$6 mil.Mas o diretor conta que é necessário ter alguns cuidados básicos para atingir o sucesso. Um dos maiores riscos que o empreendedor pode cometer trabalhando em casa é misturar a rotina do trabalho com as rotinas do lar. “Há quem peça auxílio de familiares para a execução de algumas tarefas do trabalho como atender ao telefone.  Esse que é também um erro; utilizar o mesmo número telefônico de casa para falar com os clientes. Esses erros podem e devem ser evitados quando o franqueado encara o home office como um escritório mesmo. Pode até estar junto ao seu lar, mas a empresa deve ser separada da rotina dela”, explica.Além disso, o franqueado precisa fazer o contato presencial para conquistar o cliente. “É missão do franqueado atuar na prospecção e atendimento dos seus clientes, nesse caso ele precisa ter disciplina para fazer no mínimo quatro visitas por dia para gerar bons negócios e resultados”, relata Kawel.Poderoso SMSA forma de trabalho já agrada muitas pessoas, a aceitação do mercado diante do método, satisfaz muito mais, sendo classificada por especialistas como tendência para este ano e para os próximos. Segundo a Nielsen, o Brasil já possui 68,4 milhões de usuários mobile, sendo que 51% é público feminino e 49% público masculino. A faixa etária que mais utiliza smartphones e tablets está entre 18 e 49 anos, representando 73% do total de usuários. Resumindo, existe o público, e o processo é irreversível. O público que faz uso do SMS Marketing, tem muito a ganhar com isso.Mensagens de todos os tiposA aposta para aumentar a proximidade do cliente com o público e fomentar as vendas, é oferecido de diversas formas pela SMS Digital.  A pioneira no setor, oferece três opções de serviços:Começamos pelo SMS Corporativo. Esse serviço é destinado para o envio de informações como felicitações, agradecimentos, convites, cobranças etc.Já o SMS Marketing, é indicado para realizar a divulgação de ações promocionais e campanhas de marketing como alertas de ofertas, cupons de descontos e lançamentos.E por fim o SMS Radar! Este é designado para a realização de pesquisa personalizada de satisfação com relatórios gráficos online e aplicações coletivas e individuas. A franquia é a única que presta esse serviço no mercado.Fonte: Empreendedor

Marca de Joinville pretende dominar o mercado plus size

Com investimentos em novo parque fabril, tecnologia de ponta e marketing, empresa deseja liderar setor que movimenta mais de R$ 4,5 bilhões/ano

A Elegance Plus Size, com sede em Joinville, atua há 17 anos no segmento de confecção feminina. Nesse período conseguiu situar-se entre as principais marcas voltadas ao público GG, oferecendo roupas com informação de moda para mulheres que vestem do manequim 42 ao 56.A empresa nasceu da ideia empreendedora da ex-sacoleira Cinara Nunes Fernandes e está se prepando para dobrar sua capacidade de produção e liderar um mercado que movimenta mais de R$ 4,5 bilhões por ano. Para isso, está construindo um novo parque fabril e investindo pesado em tecnologia de ponta. ELEGANCE PLUS SIZE_projeto 3DA nova fábrica terá 5.000m2 e está sendo instalada na zona industrial da cidade, com previsão de inauguração no segundo semestre de 2016. Atualmente, a empresa conta com cerca de 200 colaboradores diretos e indiretos e deverá aumentar seu quadro em até 15%. O investimento em tecnologia é fator determinante para quem pretende dominar um nicho específico de mercado. Por isso, a Elegance Plus Size utiliza o que há de mais atual em termos de softwares e sistemas de CAD, além de equipamentos como estamparia rotativa e corte automatizado.  E mesmo em um ano com cenário econômico pouco animador, a empresa almeja um crescimento de 25% no seu faturamento. Para conseguir atingir esta meta, a marca vem diversificando seus produtos e investindo também no marketing. “Temos que planejar crescer mesmo em tempos de crise, assim sempre estaremos na frente porque seremos a primeira marca a conseguir suprir a demanda do mercado quando a economia voltar a crescer, diferentemente dos que optam por aguardar melhoria no cenário econômico para começar a planejar e investir”, afirma Cinara Nunes Fernandes.Fonte: Empreendedor

Taxa de empreendedorismo é a maior em 14 anos

De cada dez brasileiros adultos, quatro já possuem ou estão envolvidos com a criação de uma empresa. É o que revela a nova pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM) 2015, patrocinada pelo Sebrae no Brasil. No ano passado, a taxa de empreendedorismo no país foi de 39,3%, o maior índice dos últimos 14 anos e quase o dobro do registrado em 2002, quando a taxa era de 20,9%.O presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, destaca que o empreendedorismo é uma alternativa dos brasileiros para contornar as dificuldades que a economia vem passando. Para ele, é necessário promover ações que reduzam a burocracia, simplifiquem a legislação, facilitem o crédito e incentivem a educação empreendedora.“Precisamos facilitar a vida de quem empreende ou quer empreender. Quanto mais crédito e menos tempo o empresário perde com entraves burocráticos, mais ele pode se dedicar ao seu negócio, o que gera mais emprego e renda para os brasileiros”, diz Afif. Quando comparada internacionalmente, a taxa de empreendedorismo brasileira é superior a dos Estados Unidos, México, Alemanha e dos países que compõem o Brics.A pesquisa também revela que 56% dos empreendedores que estão criando ou já abriram uma empresa identificaram uma oportunidade. Esse número sofreu uma queda em relação aos últimos anos e voltou ao mesmo patamar de 2007, quando a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa entrou em vigor. “Com a melhoria do ambiente legal no Brasil, presenciamos um boom no empreendedorismo. O aumento de incentivos influenciou o forte crescimento do empreendedorismo por oportunidade, que pode ter voltado a um patamar mais equilibrado quando comparado com o empreendedorismo por necessidade”, destaca o presidente do Sebrae.A GEMA pesquisa GEM é parte do projeto Global Entrepreneurship Monitor, iniciado em 1999 com uma parceria entre a London Business School e o Babson College, abrangendo dez países no primeiro ano. Desde então, quase cem países se associaram ao projeto, que constitui o maior estudo em andamento sobre o empreendedorismo no mundo. No Brasil, a pesquisa foi realizada entre os meses de setembro e novembro de 2015 e entrevistou duas mil pessoas entre 18 e 64 anos de todas as regiões do país, e 74 especialistas em empreendedorismo.Fonte: Empreendedor

Empreendedor traz para o Brasil sorvete fabricado a base de nitrogênio

Azato Nitro Gelato tem planos ousados e deve abrir cerca de 30 unidades em 2016.

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André Luchesi tem uma trajetória cheia de desafios e superações. Formado em economia pela UNESP e especializado em finanças pela FIA/USP, o paulista do município de Araraquara sempre foi um apaixonado por viagens e gastronomia.  De origem humilde, no entanto, Luchesi investiu em uma carreira corporativa, a fim de viabilizar os seus sonhos pessoais: conhecer lugares e sabores do mundo.
Atuou por dez anos em diversas instituições bancárias, logo conquistando uma posição gerencial. Em 2013 ingressou em uma tradicional indústria de alimentos, onde a sua identificação com o setor só cresceu. Apesar da estabilidade e do sucesso profissional, a vontade de empreender sempre foi algo latente. Sua inspiração, certamente, é a sua mãe, D. Stela, que durante muitos anos complementou a renda da família administrando uma pequena bomboniere na sua cidade natal.Já de posse de uma reserva financeira, Luchesi decidiu pesquisar o nicho dos gelatos, cujo hábito de consumir se intensificou devido às recorrentes viagens realizadas à Itália. Nesse cenário, como desejava algo realmente inovador, o produto elaborado com nitrogênio líquido surgiu como uma opção perfeita. Assim foi fundada a AZATO, que já contempla em sua marca o Azoto, que significa nitrogênio em italiano, e o tradicional gelato.O método de fabricação da AZATO utiliza nitrogênio líquido e produtos frescos, totalmente sem conservantes e livres de glúten. Congelado instantaneamente, devido à baixa temperatura do nitrogênio, -196º C, o resultado final é um gelato cremoso e saboroso, sem a formação de cristais de gelo. Segundo o empresário, o gelatoAZATO, além de inovador, é um produto delicioso, que faz bem à saúde. “Oferecemos opções variadas de sabores, como frutas frescas, todas cortadas 100% no dia do uso. Também não trabalhamos com produtos desenvolvidos quimicamente”, explica. “Como o consumidor escolhe os ingredientes, que podem contemplar até bebidas alcoolicas, hoje possibilitamos mais de 100 mil combinações de sabores!”, destaca.Outro importante diferencial é que como o gelato é feito na hora, a base é livre de conservantes e gorduras hidrogenadas. “A única gordura da composição vem do creme de leite”, ressalta Luchesi. Há também a opção de base funcional, sem lactose, que conta com açúcar demerara e óleo de coco como fontes de gordura. “E para os consumidores que têm restrição ao açúcar, a AZATO tem no cardápio o sorbet, ideal para os diabéticos”, complementa o empreendedor.Hoje, a AZATO conta com uma loja própria, em Balneário Camboriú, Santa Catarina, mas os planos de expansão são bastante ousados. A unidade piloto, liderada por Luchesi, atingiu faturamento mensal de R$ 85 mil. “Por conta deste sucesso, acabamos de aderir ao sistema de licenciamento por meio de franquias. O investidor poderá optar pelos modelos de loja tradicional ou quiosque. A meta é a abertura de 30 unidades somente este ano”, finaliza.

Doceria portuguesa de Curitiba fatura R$ 500 mil

Pastel de Belém, toucinho do céu, broa de milho, pães. Os amantes da padaria e doçaria portuguesa não dispensam as guloseimas tradicionais do país. Foi nessa paixão pela tradição que o empresário Leonardo Romanelli, 29 anos, e o chef português Paulo Cordeiro, 36,  apostaram para montar a Doce Fado.
“Quando mais jovem, trabalhei na confeitaria do meu pai em Alcobaça e aprendi todas as receitas tradicionais. Foi no mosteiro de lá que muitos desses doces foram criados”, conta Cordeiro.
Com a crise econômica em Portugal, o chef decidiu vir para o Brasil em 2012. Depois de trabalhar por um tempo em uma padaria de Curitiba, durante uma visita à empresa de catering curitibana V.Romanelli, Cordeiro foi apresentado a Romanelli. Os dois decidiram, então, se associar e montar a Doce Fado.Com um investimento inicial de pouco menos de R$ 100 mil reais, a primeira loja da marca foi aberta em 2014 no Mercado Municipal de Curitiba. “O mercado é um ponto turístico da cidade e foi uma boa localização para começarmos a Doce Fado”, diz Romanelli. Com o sucesso da primeira unidade, a marca ganhou mais duas localizações em Curitiba: Mercadoteca e Pátio Batel.De acordo com os sócios, a matéria-prima dos doces produzidos foi adequada para aquilo que é encontrado nos mercados brasileiros. No entanto, Cordeiro buscou manter as guloseimas o mais fiéis possíveis e importa diversos ingredientes para que seus clientes “se sentissem em Portugal”. Com uma linha de mais de 30 produtos, os que se destacam são o pastel de Belém (R$ 5), o de Santa Clara (R$ 7) e o toucinho do céu (R$ 5).
O chef Paulo Cordeiro (Foto: Divulgação)
A receita parece ter dado certo e, em 2015, Cordeiro e Romanelli estimam que o faturamento - que ainda não foi consolidado - chegue a R$ 500 mil. Já para 2016, o chef português prefere não dar nenhuma previsão de crescimento, já que almeja abrir novas unidades e até franquias. “Não fazemos ideia de quanto será o faturamento, pois ao avançar com as franquias, o faturamento será muito diferente do que poderemos imaginar.”Apesar de terem criado a Doce Fado juntos, os sócios passaram por diferentes dificuldades na hora de empreender. “Diferente do Paulo, eu não tinha nenhum conhecimento dos doces e não fazia ideia que a aceitação seria tão boa. O meu grande desafio foi fazer as pessoas que experimentarem nossos produtos. Assim como eu, muita gente não conhecia os doces portugueses”, afirmou o empresário.Cordeiro, por outro lado, aponta que seu maior desafio foi se adaptar ao país e ao fato de que tudo no Brasil parece ser mais complicado de se resolver. “Quem quer abrir um negócio deve lutar e correr atrás desse sonho, porque a solução pode ser encontrada no momento em que menos se espera, ao virar a esquina”, finaliza.Fonte: Pequenas Empresas & Grandes Negócios

SC pode receber polo de inovação com fundos do BNDES

Terceira versão do Criatec contará com sete empreendimentos no País e patrimônio de R$ 200 milhões

O BNDES lançou o Criatec 3, fundo voltado para investimentos em empresas inovadoras com atuação prioritária nos setores de nanotecnologia, tecnologia da informação, biotecnologia, agronegócios e novos materiais. A terceira versão contará com sete polos de atuação regional e patrimônio de R$ 200 milhões.Um dos sete polos poderá ser em Santa Catarina, que disputa o empreendimento com o Paraná. Os outros polos serão na Bahia e três na região Sudeste, sendo obrigatório um no Espírito Santo e em Minas Gerais. As vagas restantes estão entre Amazonas e Pará; e Pernambuco e Paraíba.A Inseed Investimentos será gestora nacional do fundo. Poderão ser apoiadas empresas com receita operacional líquida anual de até R$ 12 milhões. O valor máximo de investimento por empresa, em uma primeira capitalização, será de R$ 3 milhões. No mínimo, 25% do portfólio do fundo deverão ser investidos em empresas com receita operacional líquida anual inferior a R$ 3 milhões.O BNDES, por meio da BNDESpar, investirá R$ 130 milhões. Os demais quotistas deverão somar aportes da ordem de R$ 70 milhões. Há oportunidade para investidores que queiram aportar até R$ 20 milhões.Fonte: ANotícia

Estratégia da BMW em Araquari é a longo prazo

Gerente sênior de comunicação corporativa da empresa no Brasil diz resultados do primeiro ano são satisfatórios e que investimentos previstos para a unidade catarinense terão continuidade
Estratégia da BMW em Araquari é a longo prazo, diz Vladimir Mello Divulgação/Grupo BMW Brasil
Mello ressalta que a fábrica de Araquari opera atualmente com 750 funcionários - Foto: Divulgação / Grupo BMW Brasil
A instabilidade da economia brasileira e a queda gradual do volume de vendas de todos os segmentos de veículos no País têm deixado muitos investidores cautelosos. Afinal, como continuar apostando em um País que vive uma grave crise política e econômica.Na última semana, durante o lançamento do novo BMW X1, em Barueri, na Grande São Paulo, a reportagem de Negócios & Cia. conversou com Vladimir Mello, gerente sênior de comunicação corporativa do Grupo BMW Brasil, para saber como a montadora alemã encara esse momento e de que forma isso impacta na produção dafábrica de Araquari, no Norte do Estado.Na avaliação de Mello, nada mudou no planejamento e não há qualquer indicativo de que irá mudar por causa da crise econômica brasileira. Prova disso é que a partir de março, a unidade começará a produzir a nova geração do X1, veículo que é um dos mais vendidos da marca no País. Confira a entrevista:Crise no setor – Passamos por um momento difícil e desafiador. Todos sabem que as vendas do setor no Brasil vêm caindo, embora o segmento premium tenha fugido um pouco dessa tendência. Se olharmos para o balanço de 2015, veremos que o resultado foi positivo, mas inferior ao que poderia ter sido. O fato é que essa situação de mercado e a desconfiança do consumidor impacta nas vendas. Para 2016, evitamos fazer previsões. O mercado está muito volátil com as altas do dólar e da inflação. Se fecharmos 2016 com os índices de 2015, estaremos satisfeitos. No ano passado, vendemos cerca de 17,8 mil veículos, sendo 2 mil Minis. Mantendo esse mesmo ritmo, o ano terá valido a pena.Risco de demissões – Em momento algum pensamos em reduzir o quadro de funcionários. Pelo contrário. Como a fábrica estava sendo implementada, procuramos justamente estruturar todas as unidades operacionais e fazer contratações para isso. Não tivemos nenhum tipo de demissão, nem medidas de contenção. Agora, estamos consolidando a instalação da fábrica, com cerca de 750 funcionários. É o que tínhamos previsto com base no volume de produção da unidade. Isto está bem equacionado.Investimentos na unidade catarinense – A BMW tem uma estratégia a longo prazo na fábrica de Araquari. O investimento feito – mais de R$ 600 milhões – não foi imaginado para um prazo de dois ou quatro anos, por exemplo, mas pensado em como posicionar a marca no Brasil daqui a 20 ou 30 anos. É normal que, alguns anos atrás, ninguém conseguisse prever essa volatidade que acontece na economia brasileira, especialmente nesse último ano. Mas a decisão de consolidar a produção no Brasil vai além do momento econômico do País.Segundo turno de trabalho – Hoje, a fábrica opera com apenas um turno de trabalho, mas tem capacidade para ampliar para um segundo e, eventualmente, um terceiro turno. Só que isso tudo depende da demanda. Neste momento, não justificaria implantar um segundo turno. O número de funcionários que a fábrica tem atualmente é suficiente. Certamente, se a demanda aumentar, poderemos adotar novas medidas e abrir mais vagas de trabalho.A fábrica de Araquari – Produzimos no ano passado, em Araquari, cerca de 11 mil veículos. Foi um ano bem importante, porque, além de consolidarmos a produção com cinco modelos – séries 1 e 3, X1 e X3 e Mini  Countryman –, desde o final de setembro, o projeto da fábrica está finalizado. Em setembro de 2014, começamos com a montagem e, um ano depois, implementamos os setores de carroceria e de soldagem. Portanto, esse número de unidades faz parte do processo natural de evolução da empresa. Não tínhamos a expectativa de produzir um volume muito grande no primeiro ano. A gente sabe o tamanho do segmento premium no Brasil. Seria ilusório imaginar que a BMW produziria mais unidades. Mas é natural que se espere e trabalhe para que, a curto prazo, tenhamos um cenário diferente e maior demanda pelos nossos produtos.Produção do X1 – O início da produção da segunda geração do X1 será importante porque se trata de um modelo de volume. Para se ter uma ideia do que isso significa, no ano passado, ainda com a geração anterior, ele representou entre 15% e 20% das vendas totais da BMW. Então, certamente esse novo modelo vem incrementar o nosso portfólio, o que é muito importante. Devemos produzir entre 200 e 250 unidades por mês da nova geração, a partir de março. O X1 – cujos preços vão variar de R$ 166.950 (versão de entrada) a R$ 199.950 (versão topo de linha) –, juntamente com o Série 3, são os nossos dois carros-chefe de vendas no Brasil.Fonte: Estratégia da BMW em Araquari é a longo prazo, diz Vladimir Mello - A Notícia

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