Franquia de calçados dobra de tamanho em apenas dois meses
Franquias focam no interior para fugir da crise
Loja que nasceu no Facebook alcança faturamento de R$ 750 mil
Clariça De Luca começou a negociar biquínis pela rede social. Depois, abriu um e-commerce e, agora, uma loja física
Fonte: Loja que nasceu no Facebook alcança faturamento de R$ 750 mil - PEGN - E-commerceApaixonada por biquínis, Clariça De Luca começou a vender algumas peças para suas amigas. No início, as vendas eram realizadas pelo Facebook e o Instagram, usando oWhatsApp para fechar os pedidos. Mas, com o aumento da procura, ficou difícil administrar e atender todo mundo. “Foi quando percebi que precisava montar um e-commerce e profissionalizar o meu negócio”, conta Clariça.Assim, em 2014 ela investiu R$ 30 mil e fundou a loja virtual Ateliê Cla De Luca. “Como não tinha uma infraestrutura de pessoal e também de loja física, resolvi abrir um e-commerce pela facilidade do negócio e também por não saber o que iria acontecer”, conta a empreendedora.Há dois meses, no entanto, Clariça deu mais um passo, desta vez fora da internet, ao inaugurar uma loja física no bairro da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. “O comércio online permanece em nosso DNA”, diz Clariça. “A ideia é uma plataforma complementar a outra.Com a loja física, eu tenho a possibilidade de ter contato direto com as minhas clientes e elas, de experimentarem os produtos.Além disso, a loja física funciona como uma loja conceito para lançar coleções e expandir a operação de atacado, utilizando o espaço como um show-room.”Para montar a loja física, a empreendedora investiu cerca de R$ 80 mil e a expectativa é que o novo ponto de venda dobre o faturamento da empresa em 2015.Neste ano, a meta é faturar R$ 750 mil, cerca de 25% a mais que em 2014.
Lenovo mostra insatisfação com Microsoft por conta da linha Surface
Fabricante disse ter recusado proposta da Microsoft revender aparelhos Surface. Lançamento recente do notebook Surface Book teria deixado situação ainda pior.
Fonte: Lenovo mostra insatisfação com Microsoft por conta da linha Surface - IDG Now!O sucesso recente da Microsoft como fabricante de computadores top de linha está criando situações estranhas com outras empresas.
Isso ficou claro nesta semana, quando o presidente e COO da Lenovo, Gianfranco Lanci, afirmou que ter recusado um acordo para revender aparelhos Surface para clientes corporativos, afirma o site The Register. “A Microsoft me pediu há mais de um ano, e eu disse não. Não vejo nenhum razão para vender um produto de, entre parênteses, um concorrente”, afirmou o executivo.
Apesar de poder soar estranho que fabricantes de PCs estão vendendo aparelhos da Microsoft em vez dos seus próprios, algumas empresas como HP e Dell possuem negócios de serviços corporativos mais amplos para proteger. A contragosto, elas aceitaram a oferta da Microsoft de revender aparelhos Surface quando os clientes pedem, apesar de não ganharem nada com essas vendas. “ Esses são clientes com os quais trabalhamos há muitos e muitos anos e nós simplesmente não queremos ceder esses relacionamentos para um rival, por isso dissemos ‘Ok, vamos participar disso’”, afirmou o CEO da HP, Dion Weisler, conforme aponta reportagem do The Register.
A história por trás da história
Em um passado recente, empresas como Lenovo e Dell educadamente descartaram os aparelhos Surface como fracos e sem competitividade, e em alguns casos até disseram que eles ajudaram a fortalecer o mercado de PCs. Enquanto eles continuam colocando caras desafiadoras publicamente, surgem relatos de uma hostilidade crescente por trás das cenas à medida que a linha Surface Pro vende mais e mais e o recém-apresentado Surface Book dá um golpe contra o mercado de notebooks tradicionais.
O acordo de revenda da Microsoft com a HP e Dell é apenas um exemplo de como as fabricantes de PCs ficam sem poder à medida que a empresa de Redmond avança no mercado de hardware. Mas essas companhias também estão claramente vendo a situação toda.
Após a Microsoft revelar o Surface Book, um funcionário de uma fabricante parceira da Microsoft disse ao Business Insider que a criadora do Windows era como um “leão adormecido” que nenhum parceiro ousa incomodar.
Apesar de a Microsoft alegar que o seu hardware é complementar aos produtos oferecidos pelas fabricantes, seus parceiros não tem como ficar felizes com a perspectiva de a Microsoft dominar o mercado top de linha, deixando-os com as fileiras mais baixas. No entanto, há pouco que eles podem fazer, já que o Windows continua sendo o sistema operacional desktop mais viável para colocar em suas máquinas.
Para diminuir custos, empresas levam produção para dentro de casa
Companhias melhoram margens eliminando fornecedores
Se cortar custos e aumentar a produtividade já era parte da estratégia das empresas brasileiras, na crise essas duas metas viraram um mantra, repetido exaustivamente por empreendedores e executivos. Como parte desse movimento, há companhias aumentando suas apostas na verticalização e levando para dentro de casa processos que antes estavam nas mãos de terceiros.Algumas passaram a correr atrás disso depois que a situação econômica começou a apertar. Outras já estavam com projetos engatilhados há mais tempo e estão se beneficiando agora dos ganhos de margem que, em momentos de retração, podem fazer a diferença.É o caso, por exemplo, da divisão de agronegócios da Algar, que responde por 43% da receita do grupo mineiro. Em setembro, a empresa encerrou o contrato com a fornecedora de embalagem para o óleo de soja e passou a fabricar internamente, depois de investir R$ 40 milhões em uma fábrica, que tem capacidade de produzir 25 milhões de unidades por mês. “Quando esse projeto começou o sentimento de crise ainda não era tão profundo como é hoje, mas digamos que foi tudo providencial”, diz Murilo Braz Sant’Anna, CEO da Algar Agro. “Em momentos de baixo crescimento, o mercado não está disposto a te dar margem e remunerar com preço. É preciso fazer a tarefa dentro de casa.” Embora não revele quanto conseguiu economizar com a mudança, Sant’Anna ressalta que a embalagem representa 25% do custo do produto. Outra companhia que também está buscando fazer mais dentro de casa é a fabricante de biscoitos e massas M.Dias Branco. A empresa investiu R$ 250 milhões no primeiro semestre deste ano, valor que contemplou a construção de dois novos moinhos de trigo e aquisição de outra unidade. Na divulgação de resultados do segundo trimestre, a indústria informou que 78,1% da farinha consumida pela companhia é produzida em moinhos próprios, índice que era de 72,4% no mesmo período do ano passado. Para gorduras, o porcentual aumentou de 59,9% para 92,5% no mesmo período. A empresa informou, em relatório trimestral, que a maior verticalização da produção trouxe reduções de custo.“É uma vantagem competitiva para as fabricantes de biscoito ser donas de moinho. Elas têm controle do preço da matéria-prima e têm um custo mais competitivo”, explicou o presidente da consultoria de gestão Naxentia, Vincent Baron.Na pequena cidade de Pomerode, em Santa Catarina, a alemã Netzsch Moagem investiu R$ 20 milhões para produzir internamente peças que eram obtidas com um grupo de cerca de 50 fornecedores. Agora, a fábrica onde são produzidos equipamentos para a indústria de alimentos, de tinta e para agronegócios, tem 9,5 mil m² - área que é três vezes maior que a original. “O investimento foi feito para reduzir custos e aumentar o controle da empresa sobre a qualidade do produto”, afirmou o diretor geral da empresa, Giuliano Albiero. “Nosso custo de produção caiu 8%.”Antes da inauguração da fábrica, em julho, entre 70% e 80% das peças eram feitas em fábricas de parceiros. Hoje esse número caiu para cerca de 30%. O prazo médio de produção caiu de quase quatro meses para dois meses com a verticalização. Albiero destaca, no entanto, que não vale a pena para a indústria produzir todas as suas peças. “Nosso negócio é suscetível à economia. Se aumentamos a capacidade, temos de sustentar essa estrutura mesmo se não houver demanda.”A 30 km de Pomerode, em Jaraguá do Sul, a fabricante de motores WEG já adota essa estratégia há muito tempo. No passado, a empresa já teve de produzir tudo que fosse possível dentro de casa, por falta de fornecedores na região. “Hoje é uma estratégia. Tudo que tem tecnologia e podemos agregar valor fazemos na nossa fábrica”, disse o diretor superintendente da WEG Motores, Luis Alberto Tiefensee. Ele explica, no entanto, que a empresa precisa de escala para viabilizar a produção dos componentes internamente. Assim, algumas de suas subsidiárias nascem abastecidas por fornecedores locais e, só depois que o negócio ganha escala, a companhia investe na verticalização.TerceirizaçãoAs associações da indústria têm defendido mudanças nas regras para terceirização, que permitirão aos empresários contratar de terceiros até mesmo a atividade-fim da companhia e não apenas serviços sem relação direta com o negócio, como limpeza ou segurança. “Em geral, é mais eficiente. Isso permite a formação de empresas ultra especializadas”, disse André Rebelo, assessor econômico da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).Segundo o assessor econômico da Fiesp, muitas empresas não terceirizam atividades porque há insegurança jurídica sobre esse tema no Brasil. “Defendemos que seja liberado e cada empresa vai fazer suas contas, pesar prós e contras e tomar sua decisão”, disse Rebelo.O projeto de lei que libera a terceirização da atividade-fim foi aprovado em abril na Câmara dos Deputados. O texto segue em análise no Senado.Fonte: Para diminuir custos, empresas levam produção para dentro de casa - MSN