Donos de lotéricas devem entrar na Justiça nos próximos dias
Donos de lotéricas devem entrar na Justiça, nos próximos dias, para tentar impedir a licitação que será feita pela Caixa Econômica Federal, disse nesta segunda-feira (17) o presidente da Federação Brasileira das Empresas Lotéricas (Febralot), Roger Benac. O objetivo da Caixa é regularizar a concessão das casas lotéricas, unificando o regime jurídico das unidades que começaram a funcionar antes de 1999, em cumprimento a um acordo feito com o Tribunal de Contas da União. Até aquele ano, a permissão para entrar no ramo era concedida por credenciamento na Caixa.Para o presidente Febralot, no entanto, a maioria dos contratos só vão vencer em 2018 e, ao fazer a licitação, a Caixa está “antecipando o vencimento”. Além disso, Roger Benac argumentou que a Lei 12.869 de 2013 garante a renovação da permissão por mais 20 anos. Já a Caixa argumenta que essa lei não tem efeito retroativo para atender as permissões anteriores a 1999.“As lotéricas que serão substituídas são as que tiveram permissão concedida antes de 1999, período em que a legislação não exigia licitação e a autorização se dava por credenciamento na Caixa”, disse o banco, em nota à Agência Brasil.Benac lembrou que os donos de lotéricas fizeram investimentos em novas padronizações exigidas pela Caixa, como instalações com blindagem. “São investimentos altos, além de serem lotéricas antigas que já têm know how [conhecimento do negócio], clientela e ponto”, disse. Ele acrescentou que o investimento mínimo para se abrir uma lotérica, atualmente, é R$ 50 mil.Os donos de lotéricas também reclamam que alguns estabelecimentos foram vendidos para outros empresários recentemente, com o aval da Caixa e, com a licitação, esse investimento pode ser perdido.Segundo a Caixa, o primeiro lote que o banco pretende licitar será sorteado no próximo dia 20 e engloba 500 casas lotéricas de um total de 6.104 (46% do total). O banco pretende fazer essa regularização até o fim de 2018. Serão licitadas 2 mil lotéricas por ano, divididas em lotes de 500 unidades. Os contratos, que começam a ser assinados em 2016, terão 20 anos de duração e poderão ser prorrogados por igual período.A Caixa informou que os atuais donos de lotéricas poderão participar do processo, que será realizado via pregão eletrônico. Vencerá quem der o maior lance, que terá valor mínimo estipulado para cada unidade. Além disso, o banco diz que será necessário observar a localização das unidades disponibilizadas em cada edital e a documentação requerida. O vencedor deve assinar o contrato no prazo de 180 dias.A Caixa informou ainda que todo o processo de substituição será feito sem interromper o atendimento aos clientes.
Segundo informações do The Guardian, companhia de Cupertino está a procura de instalações com altos níveis de segurança para testar Apple Car.
Os rumores de que a Apple estaria desenvolvendo um carro sem motorista parecem não ser um sonho tão distante. Segundo reportagem do Guardian, a companhia pode já estar em fase de testes de um protótipo enquanto você lê esta matéria.O jornal revelou documentos que indicam que a Apple está a procura de uma instalação, de preferência com altos níveis de segurança, para testar seu carro. A companhia reuniu executivos na GoMentum Station, uma área de 2.100 acres, não muito longe de São Francisco. A estação, que é vigiada pelos militares, está fechada ao público e é usada por outras empresas para testar veículos autônomos.O engenheiro da Apple, Frank Fearon junto com Jack Hall, gerente do programa da GoMentum para veículos autônomos, indicaram o potencial uso da área por parte da Apple em maio. Cartas de ambos foram entregues ao Guardian como parte de um pedido de registros públicos.“Nós gostaríamos ter certa compreensão de tempo e disponibilidade do espaço, e sobre como nós poderíamos coordenar outros setores ao redor”, escreveu Fearon de acordo com o Guardian.E por que isso importa? Rumores de que o carro autônomo da Apple, batizado de Projeto Titan de acordo com vários relatórios, têm percorrido há alguns meses. No entanto, a evolução do projeto ainda é desconhecida. Agora, parece que a companhia de Cupertino tem mais do que planos do que simplesmente construir um carro. Parece que ela já tem um para testá-lo. Todos os sinais apontam para o Apple CarAté então, tudo que sabemos sobre a visão da Apple para carros do futuro é que seus executivos estão interessados em carros elétricos – o suficiente para contratar especialistas em baterias de carro da A123 Systems, engenheiros da Tesla e ex-executivos como Doug Betts, da Fiat Chrysler. Recentemente, foi reportado que Tim Cook teria visitado o escritório da BMW no ano passado para aprender mais sobre o seu veículo elétrico i3.Tudo isso indica que a Apple poderia desenvolver um carro. Mas documentos obtidos pelo Guardian revelam que a companhia está muito mais próxima de realizar seus planos do que nós pensávamos.“Nós estamos esperando para ver a apresentação nos testes com layout, fotos e uma descrição de como essas tantas áreas poderiam ser usadas”, escreveu Fearon a Hall, de acordo com o Guardian.A Contra Costa Transportation Authority, que detém a Estação GoMentum, confirmou ao Guardian que a Apple abordou a área, mas até então nenhuma acordo foi finalizado.Um representante da Apple disse ao Macworld que a companhia declinou comentar rumores e especulações.
Estão abertas as inscrições para a quarta edição do Hackaton, maratona promovida pela Fiesp que reúne profissionais da área de tecnologia para desenvolver soluções em uma espécie de maratona que mistura programação e empreendedorismo.
O evento, que acontece na sede da Fiesp (Av. Paulista, 1313) entre os dias 22 a 24 de agosto, terá como tema economia compartilhada e colaborativa, e as iniciativas devem ter formato de aplicativo móvel e código aberto.
A programação inclui palestras, mentorias e brainstorms de criação das equipes. No domingo, os projetos são apresentados para uma banca de jurados e no dia seguinte acontece a cerimônia de premiação.
Maratona acontece entre os dias 22 e 24 de agosto, em São Paulo
Foto: Filipe Frazao / Shutterstock
A equipe ganhadora terá o direito de participar do evento Acelera Startup da Fiesp, que acontece em novembro, com possibilidade de aceleração do projeto, inclusive com investimento.
Howard Schultz inovou no mercado norte-americano ao criar uma rede que oferecia o aconchego e o charme das cafeterias italianas
É possível ficar rico cobrando altos valores por um produto que o mundo inteiro conhece há séculos e pelo qual está acostumado a pagar barato? Howard Shultz prova que sim. Funcionário da Starbucks na época em que a empresa vendia apenas grãos de café, ele tentou convencer seus chefes a também vender a bebida pronta, fazendo das lojas um espaço de convivência social. Decepcionado com a recusa dos proprietários, ele criou sua própria cafeteria, ficou rico, comprou a Starbucks e exportou seu modelo por todo o mundo.
Howard nasceu em uma família judia no bairro do Brooklin, em Nova York. De origem humilde, seu pai era motorista de caminhão e a família vivia em um conjunto habitacional para pessoas de baixa renda. Sua grande paixão na infância eram os esportes, especialmente baseball, basquete e futebol americano. Graças a este último, o jovem ganhou uma bolsa na Northern Michigan University, tornando-se o primeiro membro da família a chegar à faculdade.
Após viagem à Itália, Howard Schultz criou modelo de negócios que fez da empresa uma das marcas mais valiosas do mundo
Foto: Stephen Brashear / Getty Images
Após se formar em Comunicação, em 1975, ele começou a trabalhar como vendedor da Xerox. Quatro anos depois, tornou-se responsável para operação nos Estados Unidos de uma fabricante sueca de máquinas de café. Em 1981, ele ficou curioso com o rápido crescimento das encomendas de filtros de plástico de uma empresa chamada Starbucks, e resolveu ir até Seattle conhecê-la pessoalmente.
Ao chegar no local, ele ficou impressionado com o conhecimento que a empresa tinha de café e com a qualidade do produto que comercializava, e mostrou interesse em trabalhar com no local. O sonho se tornou realidade no ano seguinte, quando foi contratado como gerente de marketing. Nesta época, a empresa vendia apenas grãos de café, e não a bebida pronta. Porém, em uma de suas viagens de negócios, ele visitou Milão, na Itália, e observou a forte cultura em torno do café existente na cidade. Em cada rua existia uma loja especializada no produto. E além de elas servirem café de boa qualidade, seu espaço também servia como um ponto de encontro para a população.
De volta aos Estados Unidos, Howard tentou convencer seus chefes a adotar um modelo semelhante. Para sua decepção, eles não se mostraram muito receptivos, mas concordarem em realizar esta experiência em uma das unidades. A loja foi um sucesso instantâneo, porém os executivos se recusaram a ampliar o modelo para toda a rede, alegando que não desejavam entrar para o ramo de restaurantes.
Faça você mesmo
A negativa levou Howard a deixar a Starbucks em 1985. Mas ele não desistiu de seu sonho, e passou a correr atrás de investidores dispostos a ceder o capital para que ele abrisse sua própria cafeteria. No ano seguinte, já havia levantado os US$ 400 mil necessários para inaugurar o Il Giornale. Dois anos depois, os donos da Starbucks decidiram se desfazer da rede, e a venderam para Howard por US$ 3,8 milhões.
Na sequência, Schultz mudou o nome de suas unidades do Il Giornale para Starbucks, e passou a expandir a rede por todo os Estados Unidos. Ao longo dos anos, Schultz conseguiu a façanha de convencer os norte-americanos a pagar caro por uma bebida pela qual eles estavam acostumados a pagar centavos, graças à qualidade do produto oferecido e ao ambiente acolhedor que conseguiu criar em suas cafeterias.
Atualmente, a Starbucks é a 52ª marca mais valiosa do mundo, avaliada em US$ 70,9 bilhões pela revista Forbes, e conta com mais de 21 mil unidades espalhadas por 65 países ao redor do mundo.
www.compredopequeno.com.br - Convidamos você a fazer parte do Movimento Compre do Pequeno Negócio. 5 de outubro, Dia Nacional da Micro e Pequena Empresa. Dia de priorizar, incentivar e fortalecer os pequenos negócios do seu dia a dia.
Doce, cachaça e chips são produzidos com a fruta de Corupá
Indústria familiar de Corupá nasceu há três gerações e hoje vende para cinco Estados brasileirosFoto: Maykon Lammerhirt / Agencia RBS
A família Langer descobriu há quase 70 anos que a banana poderia ser comercializada de diferentes formas. O carro-chefe da empresa são os pacotes de bananas passas de dez quilos que são vendidas para cinco Estados do Brasil. A sócia-administradora, Gisleini Martins, conta que o avô do seu marido, Alfredo Langer, comprou a fábrica logo que ela foi montada. Desde então, passou a ser o ganha-pão da família.Sob comando da terceira geração, a indústria Langer faz bananas passas, bala de banana, banana com chocolate, cachaça de banana e outros.- É enxergar em uma fruta tão comum na região uma forma de negócio. Temos orgulho de ouvir elogio dos nossos clientes que comprar para exportar ou para fazer barrinhas de cereais. Hoje, estamos com 17 funcionários – diz Gisleini.A empresa utiliza por dia seis toneladas de banana que compra de 25 produtores. Gisleini destaca ainda que não compra banana de outra região, pois a fruta corupaense é adocicada acima da média. Para fazer 600 gramas da fruta seca, se utiliza um quilo de banana.- O processo é todo manual. Temos quatro funcionários para descascar bananas. Quando estamos com muitos pedidos, aumentamos o número. As frutas ficam por 48 horas em um forno a uma temperatura de 80 graus. Depois é só embalar – explica.
Quando a fruta se transforma em obra de arteUm universo de possibilidades surgiu para a agricultora Elfi Minatti Mokwa, de Corupá. Ela descobriu sua profissão ainda menina com os ensinamentos dos pais e dedicou mais de meio século da sua vida ao cultivo da banana. Há quase dez anos, Elfi decidiu fazer um curso da Epagri. Lá, ela descobriu que a fibra da banana se transformava em arte.- Sou daquela época em que as pessoas faziam seus pertences. Não tinha essa de ir à loja, minha família aproveitava os retalhos para fazer algo - conta.Os produtos de artesanato viraram uma renda extra para a família, que sobrevive da agricultura. Elfi conta que continua ajudando na lavoura e, quando sobra um tempinho, corre fazer artesanato.- Eu faço flores, cachepô, tapetes e vou inventando. Como ajudo na plantação, eu faço quando me sobra tempo ou quando tenho encomendas - afirma Elfi.Atualmente, apenas duas artesãs trabalham com fibra de banana em Corupá. Elfi acredita que muitas desistem porque continuam trabalhando na roça e o serviço de artesanato toma tempo. Primeiro, é necessário retirar a fibra do caule e colocar para secar com o calor do Sol. Sem unidade, o processo de secagem demora três dias. Cada artesanato tem sua peculiaridade: as flores são pintadas antes de serem prensadas em moldes quentes para ganhar o formato das pétalas. Os tapetes são feitos em um tear que exige concentração e paciência, revela Elfi.- Não é um trabalho fácil, mas relaxo quando estou fazendo. Todas as peças são manuais e demoram a serem feitas. Fiz nome na região e as pessoas me procuram mesmo sem uma loja ou ponto de venda - afirma.
O empresário participou do Day 1, evento organizado pela Endeavor, em São Paulo
Jorge Paulo Lemann é hoje um dos maiores empresários brasileiros e, ao contrário do que muitos pensam, passou por muitos altos e baixos para chegar a uma fortuna estimada em mais de US$ 20 bilhões. Hoje, Lemann é o homem mais rico do Brasil e coleciona negócios bem sucedidos. "O sucesso não vem em linha reta".Campeão de tênis em Wimbledon e formado em Harvard, o empresário vive na Suíça desde 1999, quando saiu do Brasil por uma tentativa de sequestro a um dos seus filhos. Sua carreira empreendedora começou com o Banco Garantia. Depois, criou a Ambev, a partir da compra da Brahma e da Antarctica.Com os sócios de longa data Carlos Sicupira e Marcel Herrmann Telles, controla a firma de private equity 3G Capital. Hoje, são donos de negócios como a Anheuser-Busch InBev, maior cervejaria do mundo e dona de marcas como Skol, Stella Artois, Budweiser e Quilmes, a Restaurant Brands International, que comanda as redes Burger King e Tim Hortons, e a americana H.J. Heinz & Company, que fabrica o famoso catchup Heinz. Recentemente, a Heinz se juntou à Kraft Foods, em um negócio bilionário.Boa parte destas aquisições foi acompanhada por Warren Buffett, que é admirador declarado do empreendedor brasileiro. No mundo dos negócios, Lemann é conhecido pela gestão radical de cortes: fazer empresas crescer gastando o mínimo possível. “Tiro o chapéu para o que a 3G está fazendo”, diz Buffet, segundo o Financial Times.Lemann participou do evento Day1, da Endeavor, em São Paulo, e contou como os erros ajudaram a construir o que tem hoje. "A maioria das pessoas olha a carreira de um empresário, vendo o sucesso, e acha que é uma linha reta e que se chega lá com facilidade", diz.1. Não desanime
O empresário falou da importância de seguir acreditando que as coisas podem dar certo, independente das tentativas fracassadas ou das crises. "Quero que todos os empreendedores não desanimem na primeira dificuldade. Quero que eles continuem tentando."Para ele, lidar com altos e baixos é parte das tarefas do empreendedor. "O importante é estar sempre aprendendo com as dificuldades e vendo oportunidades. Vejo o Brasil de hoje como um lugar de muitas oportunidades. A dificuldade gera a necessidade de melhorar."2. Erre e aprenda
Lemann começou no tênis aos sete anos. E, desde então, aprendeu a lidar com fracassos. "Aos 11, perdi para um boliviano. Isso me preparou para perder e cada vez que perdia eu tentava analisar porque não tinha dado certo e como podia melhorar para a próxima vez", diz.Sem esforço, o resultado não aparecia. "O tênis foi importante para mim, para me habituar a não ganhar e a analisar como fazer melhor".3. Foque
Pensando em jogar tênis e surfar, Lemann conta que quase foi expulso de Harvard. "Além de não estudar, ainda soltei uns fogos lá. Quase fui expulso e resolvi focar na maneira de completar meu curso. Dei um duro danado, ia às aulas diárias por quatro horas e estudava mais seis. Para um surfista do Arpoador, era muita coisa. Isso me obrigou a desenvolver métodos de focar e ter bons resultados", diz. Em suas empresas, o método das cinco metas básicas, criado nesta época, é adotado com frequência, segundo o empresário.4. Busque pessoas complementares
De volta ao Brasil, Lemann montou uma financeira. Em quatro anos, o negócio quebrou. "Aquilo foi um baque colossal. Eu tinha 26 anos, me achava o máximo e descobri que não era tão esperto. Novamente, as dificuldades me ensinaram muita coisa, a empresa faliu porque não tinha nenhuma administração. Todo mundo queria vender muito e ninguém cuidava da retaguarda", afirma.Segundo ele, a principal lição foi buscar parceiros que se complementassem no negócio. "Em sociedades e quando a gente contrata não se deve ter só pessoas parecidas", diz.5. Invista em boas pessoas
Durante a gestão do Banco Garantia, Lemann conta que aprendeu a força de contar com uma boa equipe. "Eu entrevistava 1000 por ano para escolher dez. Desenvolvemos este sistema de trazer gente boa, remunerar bem e dar oportunidades. Hoje, esse é o ponto forte das nossas empresas. Só estamos fazendo esses negócios e comprando empresas nos Estados Unidos porque temos uma equipe para introduzir nossa cultura", diz.
Controle a ansiedade e acredite em você são dicas do tenista
Ele ficou 43 semanas como o número 1 do mundo no tênis. Gustavo Kuerten, o Guga, ganhou quase 30 títulos em 15 anos de carreira. Fora das quadras, Guga se uniu ao irmão Rafael para comandar o grupo GGK, que fatura R$ 250 milhões, segundo estimativas de mercado.A maior parte do faturamento vem de licenciamentos da marca Guga, com produtos e campanhas que levam a cara do atleta. Além disso, o grupo abriga a RGK, de investimentos imobiliários, a Escolinha Guga, de aulas de tênis, e a GKP, que cuida de parcerias. “Participo como presidente do conselho, em uma tarefa muito mais estratégica. A execução maior da minha parte está vinculada a imagem e marca. Não tenho papel de gestão direto, mas estratégias mais relacionadas ao esporte”, diz Guga.O tenista falou com exclusividade a Pequenas Empresas e Grandes Negócios, durante participação no Day 1, evento da Endeavor que aconteceu em São Paulo. Veja os conselhos de superação do atleta:1. Acalme a ansiedadeVocê quer fazer sua empresa dar certo em seis meses? O jogador que chegou a número um do mundo dá a dica: calma. “Quando a gente é mais jovem, às vezes, a ansiedade é muito grande. E o Brasil tem uma cultura do resultado, um apego demasiado ao resultado, que desvaloriza o processo. Às vezes, cinco anos de pouco resultado vão trazer o aprendizado necessário de 50 anos de sucesso. E aceitar isso nem sempre é fácil. No caso do tênis, acontece muito também. Muita gente que desiste sem chegar a 50% do seu potencial máximo”, afirma.2. AcrediteAs dores, dúvidas e dificuldades fazem parte da jornada de atletas e empreendedores. “A perseverança, principalmente nesta fase do início do negócio, naturalmente precisa acontecer. Precisa buscar essa convicção em tempo contínuo, mas aceitar que as dúvidas aparecem e é normal. Mesmo um jogador que chega a número 1 do mundo é provocado por dúvidas e se questiona em momentos de dificuldade. E isso tem que ser encarado como algo a se enfrentar e não buscar uma escapatória para fugir dessa situação. Vale o mesmo na vida do empreendedor”, diz.3. Busque apoiosO tenista sem o técnico pode não conseguir o mesmo desempenho. Cercar-se de pessoas que ajudam e dão suporte é essencial. “Quando as dificuldades surgem, precisa continuar andando para frente. Mesmo com mais cautela ou morosidade, a dinâmica precisa continuar. Acredite mais no seu potencial e tente encontrar qual é o seu grande trunfo e talvez, até, ele seja depender de outras pessoas. Vale buscar caminhar com mais gente, ter apoios fundamentais e valores e pessoas que possam ser absorvidos na empresa”, afirma.
Especialista lista o que os empreendedores precisam saber para lançar sua marca no mercado sem medo
Para que uma startup consiga crescer, não basta apenas uma boa ideia no papel. Planejamento e esforço são fatores chave para o sucesso da empresa. No entanto, alguns empreendedores deixam certos detalhes jurídicos de fora. De um contrato bem escrito até uma reunião com investidores, especialistas alertam que qualquer erro pode sair bem caro.Para isso não acontecer, Flavio Picchi, fundador do Picchi Estúdio Jurídico e advogado especialista em startups, lista dez dicas jurídicas para você lançar sua startup. Confira:1. Proteja sua ideiaSegundo o advogado, não basta apenas desenvolver o projeto, é necessário protegê-lo. Para isso, a chamada propriedade intelectual pode ser conseguida, respeitando suas características, por meio de registro junto ao INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial).Outras modalidades também podem ser resguardadas com a celebração de contratos diretos, como os acordos de confidencialidade (NDA). “Garantir a segurança de informações estratégicas para o seu negócio é muito mais seguro do que ver a sua ideia ganhar o público sem proteção”, diz.2. Formalize seus colaboradoresMantenha regras claras para todos os funcionários, anote o tempo de permanência na carteira de trabalho e seja transparente quanto ao contrato. Nenhum investidor vai se animar com a possibilidade de ser responsabilizado por um colaborador que aciona uma startup na Justiça.3. Tenha bons parceirosPara o especialista, é mais fácil trabalhar com um advogado de confiança para todos os processos jurídicos da empresa. “É melhor do que tornar como hábito procurar um especialista apenas quando os problemas surgirem e perceber que o barato vai sair caro”, afirma.4. Cuidado com os detalhesFlavio Picchi reforça que uma boa startup tem que se ater aos detalhes. Por isso, ele recomenda que o Acordo sobre os Termos e Condições de Uso e a Política de Privacidade sejam claro.Além disso, dá a dica para os chefes facilitarem o acesso dos seus funcionários aos pontos do acordo. “Esses documentos têm valor de contrato e servem de proteção jurídica ao seu negócio.”5. Crie uma rotinaEle também acredita que definir uma programação de reuniões com os investidores é muito importante. “É bom para deixá-los a par dos processos, progressos e ações de sua startup.”6. Conheça o modelo idealHá diferentes formas de atrair investimentos para a sua startup e algumas chamam atenção pela simplicidade na regulação. É o caso do Equity Crowdfunding, modelo de financiamento coletivo de recursos. As regras estabelecidas pela CVM não dificultam o processo. No entanto, ele afirma: “sem boas justificativas para atrair determinado valor ou como ele será aplicado na empresa, será muito difícil localizar interessados ou ter o seu projeto aprovado.”7. Elabore bons contratosPara Picchi, não adianta ser cuidadoso com os contratos dos colaboradores se houver falhas nos demais documentos. Negociar com terceiros é saber se posicionar de acordo com a legislação, definir objetivos dos dois lados e oficializar a relação.8. Jogue limpoFalecimentos ou saídas de sócios podem acontecer e, por isso, é preciso alinhar em contrato quais medidas podem ser tomadas pela empresa. “O empreendedor precisa saber qual será a compensação financeira ou o impacto organizacional”, afirma.9. Defina bem a adoção do vestingO vesting é um tipo de acordo em que o funcionário passa a ter direito a uma parte da empresa. Implementar esse tipo de programa pode ser uma boa alternativa: serve para estimular o comprometimento dos sócios e garantir que apenas os colaboradores mais engajados assumam o cargo ou recebam uma participação acionária.10. Tenha os pés no chãoComo startups são empresas das quais se espera rápido crescimento, Picchi recomenda que a probabilidade de lucro nos primeiros meses seja bem calculada. “Se você imagina que a empresa vai ter um prejuízo, faça um planejamento tributário eficiente.”
Ele também indica que a startup não escolha o regime de tributação sem pensar bem. “Existem vantagens, por exemplo, na adoção do regime de tributação pelo lucro real se o ponto de equilíbrio demorar a ocorrer”, diz.