Até abril de 2018 foram formalizadas 1,79 mil MEIs na cidade, um aumento de 23% em relação ao ano passado
O número de microempreendedores individuais (MEIs) cresceu 23% em Joinville nos primeiros quatro meses do ano frente ao mesmo período de 2017. Segundo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), 1.791 negócios deste tipo foram formalizados até abril.O crescimento mostra uma recuperação após o governo federal cancelar o CNPJ de 4.023 microempreendedores individuais em janeiro. Os principais motivos foram a inadimplência ou por falta da Declaração Anual Simplificada referente aos anos de 2015 e 2016. Com o acréscimo dos primeiros meses, a cidade tem atualmente 24.389 MEIs.Aline Ribeiro da Silva, 32 anos, apostou no próprio negócio. Ela começou a produzir no ano passado o kombucha – bebida probiótica obtida a partir da fermentação do chá mate com açúcar. Após começar a vender o produto, largou o emprego como maquiadora para se dedicar ao novo empreendimento.Os objetivos ao se inscrever como MEI, destaca, foram as taxas menores e a isenção de impostos federais. A microempreendedora paga menos de R$ 50 por mês – incluindo a contribuição para a previdência – e tem acesso a linhas de crédito com taxas de juros especiais.– Lógico que, se eu não abrisse o MEI, não pagaria os impostos, mas não poderia entrar em alguns pontos de venda que hoje eu tenho. Dependendo do lugar, eles pedem algumas informações que só quem tem o CNPJ consegue – explica.Auxílio para quem começou a empreenderAline buscou o Sebrae em fevereiro para abrir MEI e hoje conta com 10 pontos de venda do produto em Joinville. De acordo com ela, o serviço de apoio ajuda com cursos gratuitos de capacitação para os microempreendedores, o que auxilia a manter o profissionalismo e a sustentabilidade do negócio.– Quando você não tem um MEI, o crescimento fica muito mais restrito. Para mim, essa era a maior dificuldade – acrescenta.Para os interessados em se tornar um microempreendedor individual, Aline sugere como primeiro passo buscar apoio, como o ofertado pelo Sebrae. Além disso, ela defende que é preciso se organizar financeiramente para que seja possível ver os resultados claramente.Os pré-requisitos para se formalizar são ter um faturamento bruto anual de até R$ 81 mil; não ser sócio ou titular de outra empresa; não possuir filial; ter o máximo de um empregado; e estar enquadrado em uma das 400 atividades permitidas por lei.Programação oferece oficinasO Sebrae realiza nesta semana uma série de oficinas para capacitar os microempreendedores individuais formalizados e aqueles interessados em abrir um MEI em Joinville. A programação é gratuita e vai até sábado. As inscrições podem ser feitas pessoalmente, pelo site do Sebrae ou pelo telefone 0800-570-0800.O objetivo é oferecer informações e treinamento para que os microempreendedores tenham sucesso em seus negócios. Um levantamento do Sebrae mostra que 77% de todos os empreendedores autônomos brasileiros que faturam até R$ 81 mil por ano nunca fizeram um curso ou treinamento em finanças. A pesquisa ouviu mil pessoas entre 14 e 26 de abril.Segundo o coordenador da regional Norte do Sebrae, Jaime Dias Júnior, a semana de formalização tem oficinas de como vender ou comprar melhor, além de gerir as finanças. Ele explica ainda que, apesar dos processos de abertura de empresa serem facilitados, não significa que o empreendedor não precisa trabalhar um pouco de gestão e se preparar para aquilo que vai abrir.– Por exemplo, eles usam a mesma conta para pagar o colégio das crianças e a luz, comprar a matéria-prima para a empresa. Eles não gerenciam o fluxo do caixa, misturam o dinheiro e isso acaba fazendo com que se percam na gestão do negócio – explica.As oficinas foram desenvolvidas para esse público e cada uma tem duração de três horas.MEIs podem emitir notas fiscaisO microempreendedor individual pode emitir notas fiscais, vender para órgãos públicos, vender utilizando cartões e emissão de boletos, ter acesso a linhas de créditos, pagamento unificado e simplificado de impostos e a cobertura previdenciária, entre outros benefícios. Mais informações podem ser encontradas nos sites do Sebrae e do Portal do Empreendedor.Dicas para o negócio:Busque informações e ferramentas para auxílio ao microempreendedor no Sebrae
Conheça bem o mercado fornecedor
Conheça o mercado consumidor em que estará envolvido
Saiba quem são os seus concorrentes
Busque entender sobre controle financeiroFonte: Coordenador da regional Norte do Sebrae, Jaime Dias Júnior
Quem trabalha com Comércio Exterior deve ficar de olho no Paraná e em Santa Catarina. São estados que têm os menores custos de tributação sobre os serviços de importação do país. A vantagem fiscal é considerável e reflete na redução de custos, fluxo de caixa e na competitividade das vendas.
Para efeitos de comparação, em São Paulo, o ICMS sobre o desembaraço aduaneiro, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestações de Serviços (ICMS), gira em torno de 20%. O cenário é totalmente diferente em Santa Catarina. O estado definiu regimes especiais que possibilitam a redução da base de cálculos dos impostos referentes à importação, há também o crédito presumindo que faz com que Santa Catarina tenha a menor taxa tributária do país seguido do Paraná, que também oferece vantagens competitivas para importar através de seus portos.Incentivo fiscal na importação no Paraná e Santa CatarinaO principal segredo para tributar menos em terras catarinenses é o benefício fiscal adotado pelo estado chamado Tratamento Tributário Diferenciado (TTD) que, durante a transação e solicitação do pedido de concessão ao fisco pode trazer vantagens como redução do ICMS. Especificamente o TTD 409 possibilita ao importador reivindicar pela não cobrança da tarifa cheia de ICMS e que seja recolhido apenas um percentual obrigatório de garantia ao fisco catarinense, que pode variar de 0,6% a 2,6%, dependendo dos produtos importados.Já no Paraná, os empresários devem ficar atentos às importações acontecerem via os portos de Paranaguá e Antonina. Nesses casos o benefício fiscal é incorporado ao TTD, só que o imposto recolhido é de 6% de ICMS nas importações.Simulação de economia no processo de importação
Para ilustrar melhor esses benefícios, criamos uma situação hipotética de uma importação com valor VMLD de R$ 100.000,00. Observe a tabela comparativa abaixo:O valor do ICMS hipotético foi calculado pela maior taxa de ICMS de cada estado (8,6% para o Paraná e 2,6% para Santa Catarina), enquanto o valor do IPI hipotético foi calculado com uma taxa de 10% para todos os estados. O valor de Outras Despesas consiste no somatório de PIS, Cofins e a Taxa do Siscomex. Os valores de PIS e COFINS hipotéticos foram calculados pelas alíquotas de empresas no regime de lucro real ( PIS = 1,65% e COFINS = 7,6%) e a taxa do Siscomex com o valor de 1 adição (R$ 214,50).Nesta simulação fica evidente a vantagem de realizar-se uma importação via SC frente a SP, onde o valor final da NF-e é 12,48% menor, enquanto o valor do ICMS é 87% menor. A vantagem competitiva é extremamente significativa!Se você é importador e quer se beneficiar do regime diferenciado em Santa Catarina, fale conosco agora mesmo! Fone 47 3028-8808.
Exportações brasileiras: conheça as novidades e seus impactos econômicos
O crescimento das exportações brasileiras no ano de 2017 foi o principal responsável pelos recordes superavitários comerciais, já que superou em mais de 10% a alta das exportações da maior parte do mundo.
Quais são as principais commodities brasileiras?
As commodities representam uma parcela significativa das exportações brasileiras. Apesar de outros setores também contribuírem para a exportação de commodities, o desempenho agrícola do país, consistentemente forte, faz com que as principais commodities sejam derivadas desse setor. Confira:
Cana-de-açúcar
O Brasil é o principal produtor e exportador de açúcar do mundo e representa 20% da produção global e 40% das exportações mundiais. Cerca de 75% do açúcar produzido é exportado para mais de 100 países diferentes ao redor do mundo.Além de servir como matéria-prima do açúcar, a cana-de-açúcar é responsável também pela produção de etanol, um importante combustível utilizado em veículos.
Soja
Nos dias de hoje, estima-se que 29 milhões de hectares de terra cultivável no Brasil são usados para a plantação de soja e que a produção anual pode variar entre 66 milhões de toneladas até 94 milhões de toneladas métricas.Graças aos estrondosos números, o Brasil representa cerca de 30% da produção mundial de soja e atualmente é o segundo maior produtor do grão em todo o mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, que detêm 42% de participação no mercado.Além disso, a soja produzida no Brasil geralmente tem níveis mais altos de proteína do que os grãos cultivados em outras partes do mundo. Isso permite que os produtores administrem preços mais altos por seus produtos nos mercados internacionais.
Café
O Brasil detém o posto de maior produtor de café do mundo e, por isso, essa também é uma das principais commodities exportadas pelo país.Os 27 mil quilômetros quadrados de plantações de café são responsáveis por uma produção anual que gira em torno de 2.592.000 toneladas métricas. A maior parte do cultivo ocorre nos estados do Sudeste, como Minas Gerais e São Paulo, onde o clima e a temperatura são propícios para o cultivo do grão.
Carne de boi
No ano de 2016, as 218,23 milhões de cabeças de gado presentes no país representaram cerca de 3% do total das receitas de exportação brasileiras e a carne bovina produzida aqui representa cerca de 15,4% da produção mundial do setor.
Quais são as novidades do mercado de exportações e suas consequências econômicas?
Recentemente, o presidente americano Donald Trump anunciou uma medida que vai afetar em cheio as siderúrgicas e a economia brasileira: a sobretaxa ao aço importado.A medida de elevar a taxa em 25% prejudica diretamente o Brasil, já que as vendas desse produto para o país representam um terço das exportações brasileiras. Se aplicada, a resolução trará dificuldades para nosso país na procura de outros compradores para o aço, já que China e Rússia serão concorrentes diretos aos novos mercados.Por outro lado, um mercado que vem crescendo ano a ano é o de exportação de animais vivos. Em 2017, a exportação de cabeças de gado em pé — nome técnico para a modalidade — movimentou R$ 800 milhões na economia.Apesar de sofrer represálias de órgãos protetores durante o processo de exportação, para o ano de 2018 é esperado que as vendas aumentem em 30% em relação ao ano passado. Portanto, pode valer a pena acompanhar o desenvolvimento desse mercado de perto.
Grupo japonês Nidec comprou a joinvilense Embraco por 1,08 bilhão de dólares. O anúncio foi feito nesta terça-feira pela assessoria de imprensa da empresa oriental e já repercute em veículos de todo o mundo.
A negociação durou meses e seu desfecho significa a entrada maior do grupo japonês no segmento de eletrodomésticos.
Apenas a unidade da Embraco na Europa, sediada na Itália, fica de fora da transação
Fundada por Wittich Freitag em 1971, a Embraco começou as operações em 1974. Em Dezembro do ano passado, a empresa brasileira somava 10.464 funcionários.
É mais um grupo asiático abrindo seus negócios e crescendo no Brasil.
A Samsung, maior produtora de smartphones e semicondutores do mundo, começa a utilizar blockchain para monitorar a logística de suas mercadorias a partir de maio deste ano. A Samsung SDS, setor de transportes da companhia sul-coreana, está desenvolvendo a implantação da tecnologia buscando economia de 20%.Para a empresa, que transporta dezenas de bilhões de dólares em produtos pelo mar anualmente, aperfeiçoar a logística implica em grande economia. O sistema vai automatizar a maioria dos protocolos necessários para transações de mercadorias da companhia, emitindo maior controle em contato com as autoridades dos portos.A companhia já comercializa a plataforma baseada em blockchain, apelidada Nexledger, para instituições financeiras. Desde o começo do ano, o sistema vem sendo usado em organizações relacionadas a logística de transporte marítimo, como a Marinha Mercante da Hyundai e o Ministério de Oceanos e Pescaria da Coreia do Sul.O principal fator de lentidão para o envio e retirada de cargas de navios é a burocracia. A obrigação de emitir e aguardar papeladas torna a logística lenta e custosa: o custo para a regularização de cada contêiner chega ao dobro do custo de transporte.Em nota, a empresa ressaltou o caráter disruptivo da aplicação da tecnologia de blockchain. A Samsung SDS será capaz de introduzir uma plataforma de gestão de documentos para contratos globais padronizados por blockchain. A Samsung SDI pretende aplicá-la primeiramente à gestão de seus contratos com subsidiárias além-mar.Com o sistema, a SDS estima lidar com 488 mil toneladas de cargas e 1 milhão de contêineres neste ano. A plataforma de blockchain permitiria reduzir o tempo entre o despacho dos produtos e seu embarque efetivo nos navios.Segundo Cheong Tae-su, professor de engenharia industrial da Universidade da Coreia, em Seul, a vantagem tornaria mais fácil superar a distribuição de aparelhos de concorrentes, além de expandir o mercado consumidor em países emergentes, como a China. O país asiático será o primeiro em que a Samsung testará a plataforma para seus transportes.
Amazon disponibilizará mais de 45 milhões de itens para entrega no Brasil
A Amazon anunciou que ampliará para mais de 45 milhões de produtos disponíveis para entrega no mercado brasileiro. O site americano da empresa poderá ser usado em português e o preço final já incluirá os impostos. Uma das iniciativas da gigante americana será cuidar, ela própria, da liberação aduaneira.O novo recurso dentro de seu aplicativo de compras atenderá clientes internacionais que compram produtos dos EUA, visando o Brasil, a China, a Alemanha e os mercados de língua espanhola.Os clientes que usarem a nova função poderão fazer compras em cinco idiomas – inglês, espanhol, chinês simplificado, alemão e português do Brasil – e poderão pagar compras em 25 moedas.A remessa internacional já é uma opção em muitos pedidos do site da Amazon nos EUA, mas os novos serviços visam facilitar o processo. O recurso, que foi anunciado esta semana mostrará preços, custos de envio e estimativas de impostos de importação, com a Amazon gerenciando serviços de correio e desembaraço aduaneiro.O movimento é uma resposta à também gigante Alibaba, cujo braço de e-commerce, AliExpress, já é o terceiro em vendas e em reconhecimento de marca no mercado brasileiro. O Brasil, porém, é um desafio sério para a empresa chinesa por conta da logística.
AS OPORTUNIDADES DE MIAMI PARA OS EMPREENDEDORES BRASILEIROS
Xavier Gonzales, CEO do eMerge, conta por que os investidores da cidade norte-americana estão de olho nas startups do Brasil
A cidade de Miami (EUA) é conhecida por ter belas praias, uma animada vida noturna e por ser um bom lugar para se fazer compras. Mas esse destino pode oferecer ainda mais aos empreendedores. É o que garante Xavier Gonzalez, CEO do eMerge Americas, evento de tecnologia criado para conectar os ecossistemas de empreendedorismo da América Latina, América do Norte e Europa.“Atraímos centenas de investidores que vem ao evento para se conectar aos empreendedores em toda a região. É uma grande oportunidade para alavancar mercados emergentes. Não trata-se apenas de Miami, mas também de investidores que vem de Nova York, Vale do Silício, Europa e outras partes da América Latina”, diz o executivo.Para Gonzalez, os investidores estão especialmente interessados em startups do Brasil, pois os empreendedores do país são hoje vistos como “muito qualificados” e têm negócios com “soluções inovadoras”.
O que você pensa sobre as startups e empreendedores brasileiros. Por que vocês estão interessados nos negócios daqui?Temos contato com os empreendedores brasileiros desde que lançamos o eMerge em 2014. Eles são inovadores e têm negócios bem desenvolvidos. Alguns têm uma perspectiva global, outros estão focados no mercado nacional. Há uma grande vantagem se consideramos o tamanho e as oportunidades do mercado brasileiro, apesar de existirem desafios em níveis macroeconômicos que muitos brasileiros precisam enfrentar.A razão para estarmos tão interessados em negócios da América Latina e, particularmente, do Brasil, é porque há uma onda de empreendedores muito qualificados, com empresas inovadoras que estão desenvolvendo ótimas soluções e olhando cada vez mais além de seus países. Temos percebido um interesse muito grande nesses mercados, não apenas dos investidores, mas também das grandes empresas de tecnologia que buscam soluções inovadoras.E o que o eMerge Americas e Miami podem oferecer aos brasileiros?eMerge é uma conferência de tecnologia para conectar a América Latina a América do Norte e a Europa. Atraímos centenas de investidores que vem ao evento para se conectar aos empreendedores em toda a região. É uma grande oportunidade para alavancar mercados emergentes.Não trata-se apenas de Miami, mas também de investidores que vem de Nova York, Vale do Silício, Europa e outras partes da América Latina. Por exemplo, o 500 Startups um fundo de investimentos muito ativo na América Latina, que está abrindo um escritório em Miami.Além disso, há uma grande quantidade de empresas de tecnologia que tem escritórios para América Latina aqui em Miami. Empresas como a Cisco, IBM, Microsfot, Twitter, Google e Uber estão instaladas aqui e estão olhando para o mercado latino-americano, especialmente para o Brasil. Então, há muitas oportunidades quando você vem a Miami, onde o ecossistema é muito aberto para ajudar os empreendedores a terem sucesso.O que você considera essencial para uma startup brasileira ter sucesso em Miami?Acho que uma das coisas essenciais para se conectar aqui em Miami e em mercados emergentes é ter uma boa noção dos diferentes atores e organizações que estão ajudando os empreendedores. Há uma quantidade significativa de atividades e suporte que está sendo oferecido. A Knight Foundation, por exemplo, tem ajudado diferentes programas de empreendedorismo por meio do ecossistema de Miami. A cidade está muito diferente do que era há cinco anos.Os investidores estão aqui novamente, como a 500 Startups. Há alguns outros investidores que também estão vindo para esse mercado, especialmente quando falamos em investidores anjo, de Série A e Série B. Acho que é muito importante entender a diversidade que existe aqui, não apenas em relação a diferentes nacionalidades das pessoas que vivem e trabalham aqui, mas também nos conhecimentos técnicos que essas pessoas tem e suas especialidades.Os investidores estão procurando startups de algum setor especifico?Isso depende do investidor. E também do estágio da empresa. Mas eu diria que Miami é um hub para comércio, logística, serviços financeiros e de mídia. Essas são algumas das áreas chaves que vemos, ao menos para os empreendedores baseados em Miami.* O eMerge Americas será realizado nos dias 23 e 24 de abril no Miami Beach Convention Center.
Portal Único do Comércio Exterior passa a valer para os pequenos negócios
Seminário realizado no Sebrae recebe empresários interessados em conhecer as operações de novo sistema que vai beneficiar mais de 8 mil empresas exportadoras
A partir do dia 2 de julho, as micro e pequenas empresas exportadoras do país deverão utilizar o Portal Único do Comércio Exterior. Essa novidade beneficiará a mais de 8 mil pequenos negócios que exportam seus produtos – que representam 38% das empresas exportadoras do país -, por meio da redução de prazos e custos envolvidos nas operações. A ferramenta simplifica trâmites para vendas externas, elimina documentos e etapas e reduz exigências governamentais.“Com o Portal Único nós atacamos diretamente a burocracia que, como todos nós sabemos, é um dos componentes principais do custo Brasil e afeta de maneira ainda mais dramática as micro e pequenas empresas”, ressalta Renato Agostinho da Silva, Diretor do Departamento de Operações de Comércio Exterior (Decex) da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) durante a abertura da 50ª edição Seminário de Operações de Comércio Exterior.Renata Malheiros, gerente de Acesso do Sebrae, destaca a importância do debate sobre a desburocratização do comércio exterior e dos procedimentos simplificados para importação e exportação. “A gente sabe que as pequenas empresas, mais do que ninguém, sofrem muito com questões burocráticas, com vários procedimentos para poder exportar. Esse tipo de evento fortalece o trabalho do Sebrae porque traz parceiros importantes como MDIC, a Receita Federal e o Mapa, e facilita um ambiente de negócios mais amigável para o comércio exterior no âmbito das pequenas empresas”, explica.O Seminário de Operações de Comércio Exterior acontece nessa terça e quarta, 3 e 4 de abril, no Sebrae, e busca aproximar o governo do setor privado por meio de palestras, esclarecimento de dúvidas e coleta de sugestões para o aprimoramento de normas e sistemas que são atualmente aplicados no comércio exterior brasileiro. O evento conta também com a participação de outros órgãos do governo como a Receita Federal do Brasil (RFB), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).Serviço
Os exportadores têm até o dia 2 de julho de 2018 para migrar completamente suas operações para o Novo Processo de Exportações do Portal Único de Comércio Exterior: http://portal.siscomex.gov.br/Pelo novo sistema, os exportadores poderão preencher a Declaração Única de Exportação (DU-E), que substitui os atuais Registro de Exportação (RE), Declaração de Exportação e Declaração Simplificada de Exportação (DSE).O preenchimento da DU-E pode ser feito pelo próprio empresário, na própria tela do Portal Único. A medida vai beneficiar, principalmente, as micro e pequenas empresas exportadoras. Dentre os principais benefícios, pode-se destacar:• Eliminação de etapas processuais;
• Integração com a Nota Fiscal Eletrônica;
• Redução em 60% no preenchimento de informações;
• Automatização da conferência de informações;
• Guichê único entre exportadores e governo;
• Fluxos processuais paralelos;
• Expectativa de redução de 40% do prazo médio para a operação de exportação.Fonte: SEBRAE
[vc_row][vc_column][vc_column_text]Santa Catarina aparece em lugar de destaque pelas iniciativas de fomento à economia, principalmente através de incentivos fiscaisDe acordo com um levantamento feito pelo Banco Mundial, o Brasil continua sendo o país onde as empresas gastam mais tempo pagando impostos em todo o mundo. A burocracia excessiva e a enorme quantidade de taxas a serem pagas faz com que as empresas nacionais despendam, em média, 1958 horas ao ano para quitar suas pendências com o fisco.Apesar do cenário não ser dos melhores, o Brasil caminha a passos lentos rumo à simplificação tributária. Alguns estados tomam a frente nesse sentido, apresentando um ambiente muito atrativo para as empresas se instalarem e crescerem. Dentre eles, Santa Catarina aparece em lugar de destaque pelas iniciativas de fomento à economia, principalmente através de incentivos fiscais.Para as empresas que operam diretamente com comércio exterior, há um benefício específico que faz toda a diferença na composição dos custos das importações:Pró-Emprego – Lei Estadual/SC 13.992/07O Programa Pró-Emprego visa promover o incremento da geração de emprego e renda no estado de Santa Catarina, através de tratamento tributário diferenciado do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação – ICMS.O foco do programa é incentivar empreendimentos situados ou que venham a se instalar em território catarinense, desde que sejam considerados de relevante interesse socioeconômico para o estado.Para serem caracterizados como tal e receberem o incentivo, os empreendimentos devem ser considerados prioritários ao desenvolvimento econômico, social e tecnológico do estado e resultarem em geração ou manutenção de empregos, bem como os que consolidem, incrementem ou facilitem exportações e importações.Como aderir?O pedido para receber os benefícios do Programa Pró-Emprego deverá ser dirigido ao Secretário de Estado da Fazenda, contendo um projeto detalhado do empreendimento e outras informações previstas no regulamento.Junto do pedido, deverá ser anexada uma via do comprovante de recolhimento da taxa (DARE/SC - Documento de Arrecadação), cujo acesso para sua emissão será através do site http://www.sef.sc.gov.br, em campo específico DARE/SC, que será pago nos bancos autorizados.Os BenefíciosAs empresas que se enquadram nos requisitos exigidos pelo governo do estado, passam a contar com tratamento tributário diferenciado. Os principais benefícios são:1) Diferimento para a etapa seguinte de circulação à da entrada no estabelecimento importador do ICMS devido por ocasião do desembaraço aduaneiro, na importação realizada por intermédio de portos, aeroportos ou pontos de fronteira alfandegados, situados neste Estado;2) Diferimento do ICMS relativo à saída de mercadorias, de estabelecimento localizado neste Estado, para utilização em processo de industrialização em território catarinense, por empresas exportadoras;3) Diferimento do ICMS relativo aos materiais e bens adquiridos de estabelecimento localizado neste Estado, para a construção de empreendimento que se enquadre nas regras do Programa, considerando-se encerrada a fase do diferimento na data da alienação do empreendimento;4) Compensação do ICMS devido na importação de bens ou mercadorias com despacho aduaneiro no território catarinense com saldo credor acumulado;5) Transferência de saldo credor acumulado para terceiros, inclusive:
a) para pagamento do ICMS na importação de bens ou mercadorias;
b) para integralização de capital de nova empresa ou modificação de sociedade existente;
c) para pagamento de mercadorias adquiridas por terceiros, em regime de substituição de fornecedores interestaduais;6) Diferimento para a etapa seguinte de circulação do ICMS relativo às saídas internas de mercadorias destinadas a centros de distribuição que atendam os Estados das Regiões Sul e Sudeste;7) Na hipótese de implantação, expansão ou reativação de atividades de estabelecimento industrial e de centros de distribuição que atendam os Estados das Regiões Sul e Sudeste, o valor do incremento do ICMS apurado em cada período poderá ser pago, levando-se em consideração a localização regional do empreendimento, com dilação de prazo em até 24 meses, sem juros, a contar do período subsequente ao da ocorrência do fato gerador;8) Tratando-se de instalação, modernização ou ampliação de terminal portuário, poderá ser concedido:
a) redução do imposto incidente sobre a energia elétrica consumida nas áreas operacionais do porto, de modo que a tributação seja de, no mínimo, sete por cento;
b) diferimento do imposto devido por ocasião do desembaraço aduaneiro na importação de bens destinados à integração do ativo permanente, desde que realizada por intermédio de portos, aeroportos ou pontos de fronteira alfandegados situados neste Estado.9) Para projetos de implantação e expansão de empreendimentos geradores de energia elétrica e de linhas de transmissão, poderá ser concedido diferimento na aquisição de bens e materiais destinados à integração do ativo permanente, do imposto:
a) que incidir nas operações internas;
b) devido por ocasião da importação, desde que realizada por intermédio de portos, aeroportos ou pontos de fronteira alfandegados situados neste Estado;
c) relativo ao diferencial de alíquota, quando adquiridos de outras unidades da Federação.Como funciona na práticaAtravés do TTD (Tratamento Tributário Diferenciado) é concedida a redução da alíquota de incidência do ICMS, bem como seu diferimento parcial ou total para mercadorias que entrem no Brasil por Santa Catarina.As mercadorias que ingressam no Brasil por Santa Catarina recebem 1% de tributação efetiva, no entanto, o destaque em nota fiscal será de 4%. Trata-se de um valor muito abaixo do que teria que ser pago nas importações por outros estados do Brasil.Além disso, o estado recolhe, também, uma taxa de 0,4% da base de cálculo do ICMS nas operações de importação como contribuição ao Fundo Estadual de Defesa Civil, Fundo de Apoio à Manutenção e ao Desenvolvimento da Educação Superior do Estado de Santa Catarina, Fundo Pró-Emprego e Fundo de Desenvolvimento Social.Mesmo havendo essas pequenas taxas cobradas pelo estado, importar por Santa Catarina ainda é um excelente negócio para a maioria das empresas. Se você trabalha com importação e deseja reduzir os custos de suas operações, talvez mudar o processo para Santa Catarina seja uma possibilidade bem vantajosa.Conte com os profissionais certos e eles te auxiliarão a analisar qual a melhor forma de crescer, trabalhando com comércio exterior e com o custo mais baixo possível.Contate 47 3028-8808 / 47 3030-2060[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]
Elaboração do contrato social, escolha do tipo de tributação, obtenção de alvará, cálculo de custos...
Especialista lista passos para não errar na hora de lançar uma empresa
Quer ter um negócio próprio em 2018? Abrir uma empresa é uma decisão de grande responsabilidade, sendo necessários diversos processos, que necessitam de atenção, principalmente, nos detalhes mais técnicos. Alguns pontos de destaque são elaboração do contrato social, a escolha do tipo de tributação da empresa, a escolha do imóvel, obtenção de alvará.Veja alguns pontos que o diretor-executivo da Confirp Contabilidade, Richard Domingos, selecionou para ser levado em conta antes de abrir uma empresa.1. Planejamento do negócioO grande problema na maioria das empresas abertas é que isso ocorre impulsivamente, e em função disso não há um plano de negócio estabelecido, público alvo e estrutura necessária, assim, antes de qualquer coisa é necessário sentar e ver o que se pretende e como se objetiva atingir.Muitas vezes após essa primeira análise se percebe a necessidade de uma capacitação e hoje se encontra um grande número de cursos de capacitação para empreendedores, muito desses gratuitos. Também é importante pesquisar como está o mercado em que pretende atuar, para ver em qual nicho de público se encaixará.2. Cálculo de custos para começar a funcionarÉ preciso que se tenha em mente que para colocar uma empresa para funcionar haverá custos que vão além dos que já se conhece no dia a dia de uma empresa com infraestrutura e pessoal. Dentre esses os principais são as taxas da junta comercial e da emissão do alvará, dentre outras que variam de acordo com a localidade e o ramo de atuação.3. Elaboração do contrato socialPara toda empresa funcionar é imprescindível que se elabora um contrato social, é nesse documento que estão relacionados os pontos práticos do funcionamento da empresa. Pontos primordiais que devem englobar são informações como nome, endereço e atividade, capital social (valor ou bens investidos), qual a relação entre os sócios e como se dá a divisão dos lucros.Importante frisar que quaisquer alterações contratuais, faz com que se tenha que refazer as inscrições federal, estadual e municipal e as licenças. As sociedades limitadas só podem alteradas se 75% do capital estiver de acordo. Geralmente o registro de um contrato social pode ser agilizado procurando o sindicato da categoria da empresa, sendo que o mesmo pode possuir um posto avançado da junta comercial. Com isso, todo esse processo pode ser finalizado em até 24 horas.4. Opção pelo regime tributário que a empresa seguiráHoje, três são basicamente três os regimes de tributação existentes, Simples, Presumido ou Real. A opção pelo tipo de tributação que a empresa utilizará deve ser feita até o início do próximo ano, mas, as análises devem ser realizadas com antecedência para que se tenha certeza da opção, diminuindo as chances de erros.Outro ponto é que cada caso deve ser analisado individualmente, evidenciando que não existe um modelo exato para a realização de um planejamento. Apesar de muitos pensarem que melhor tipo de tributação é o Simples, existem até mesmo casos que esse tipo de tributação não é o mais interessante, mesmo que a companhia se enquadre em todas as especificações.5. Definição da estrutura físicaAlém de definir o local onde será o empreendimento é necessário também que se adquira toda uma estrutura para o funcionamento da empresa, e isso dependerá de cada ramo de atuação, podendo ir desde maquinário até material de escritório.Sobre o local em que será é importante que se observe também se esse se adéqua ao público que pretende atingir e, principalmente, diretrizes estabelecidas pelo município referente ao local. Uma ótima opção são espaços de escritórios compartilhados, que reduzem em muito os custos.6. Obtenção de registros e licençasHoje, a burocracia é tanta para empresas que grande maioria não possuem todos os registros e licenças necessários para o funcionamento, no que se configura em um risco jurídicos para essas, dentre os registro necessários estão o habite-se do imóvel (autorização da prefeitura para que ele possa ser habitado) e as regras de ocupação de solo (cada cidade define regras específicas em leis de zoneamento), alvará de funcionamento, pagamento de taxas de funcionamento, dentre outras licenças necessárias dependendo da atividade da empresa.Veja todos os documentos necessários e em quais órgão buscar:Junta Comercial: registros dos atos sociais (contrato social, atas de reuniões, deliberações etc.).Receita Federal: para obtenção de registro do CNPJ (Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica).Prefeitura: para obtenção do Alvará de Funcionamento e nota fiscal, caso a empresa seja contribuinte do ISS (Imposto Sobre Serviços).Secretaria Estadual da Fazenda: para obtenção de inscrição Estadual.7. Contratação de uma contabilidadeToda empresa necessita de uma contabilidade par funcionar. Essa que será responsável por estar gerando as informações imprescindíveis para a empresa esteja em dia com os órgãos públicos.Também são responsáveis pelo cálculo de impostos e tributos que a empresa deverá pagar, bem como análise da situação contábil da empresa e geração de informações imprescindíveis para a gestão empresarial8. Processo de contratação de profissionaisSua empresa terá necessidade de funcionários? Se sim é necessário abrir processos seletivos para contratação, hoje esse ponto é um dos mais problemáticos para as empresas em função de um crescente apagão de mão de obra que passa o país. Após a contratação é necessário elaborar o contrato de trabalho, definir salários benefícios ver qual o melhor regime de trabalho e regularizar o mesmo junto ao INSS.Fonte: IDGNow