Usuários do app móvel do Google começaram a receber nesta quarta-feira um novo feed de notícias e conteúdo de acordo com seus perfis e interesses – o chamado Google Feed.Com a novidade, o Google passa a competir de maneira mais direta com redes sociais, como o Facebook e o Twitter - principalmente no caso de usuários que preferem usá-las para se atualizarem das notícias.
Por enquanto, os Estados Unidos começaram a receber a novidade.Para outros países, elas chegam nas próximas semanas, de acordo com a companhia.A grande diferença do Google Feed para o que existe em redes sociais é a pessoalidade. Segundo conta o Google, a intenção é oferecer uma curadoria dos interesses dos usuários “e não dos interesses de seus amigos”.Será possível encontrar dicas para viagens marcadas para o futuro, links para páginas que dizem respeito a hobbies específicos, entre outros.
Também de acordo com a empresa, cujo VP Bem Gomes deu uma coletiva de imprensa nesta quarta, não há intenção de vender anúncios para esta plataforma no momento.Por enquanto, o foco será usar históricos de buscas e dados de outros serviços do Google, como Gmail e YouTube, para fornecer o conteúdo mais relevante possível.No aplicativo móvel, a nova funcionalidade aparecerá onde hoje fica o Now. Para o futuro, a companhia estuda aplicar o Feed também ao Google no desktop.
Bill Gates responde acusação de ter copiado Steve Jobs
O fundador da Microsoft explicou seu ponto de vista durante um sessão de perguntas e respostas com usuários do site Reddit
Durante uma sessão “Pergunte-me qualquer coisa” com Bill Gates do site Reddit, um participante perguntou ao fundador da Microsoft se ele copiou ou não Steve Jobs. A questão relembra um evento que marcou um dos maiores feudos da tecnologia.Em 1985, a Microsoft lançou a primeira iteração (versão executável do produto) do Windows. Jobs, na época, acusou Gates de copiar o computador Macintosh, apresentado pela Apple em janeiro de 1984.Desde então, os fundadores de duas das maiores empresas do setor não pararam de trocar farpas. Mas foi essa acusação de mais de 30 anos atrás que incitou a resposta de Gates. Segundo o fundador da Microsoft, a principal “cópia” que aconteceu relacionada a ele e Jobs é que ambos se beneficiaram do trabalho da Xerox Parc em criar uma interface gráfica.“Steve contratou Bob Belville, eu contratei Charles Simonyi. Não violamos nenhuma propriedade intelectual da Xerox, mas o trabalho deles mostrou o caminho para o Mac e para o Windows”, explicou Gates.Essa não é a primeira vez que o fundador da Microsoft dá esse tipo de resposta. De acordo com Walter Isaacson, escritor da biografia de Steve Jobs, quando o fundador da Apple acusou Gates de roubar sua ideia, os dois se encontraram e Jobs gritou com o empresário: “Eu confiei em você, e agora você está roubando de nós!”Gates respondeu: “Bem, Steve, eu acho que há mais de uma maneira de ver isso. Eu acho que é como se nós dois tivemos esse vizinho rico chamado Xerox e eu invadi a sua casa (da Xerox) para roubar o aparelho de televisão e descobri que você já tinha roubado.”Fonte: Exame
CASAS BAHIA E PONTO FRIO COMEÇAM A COMPRAR CELULARES E TABLETS USADOS
Valor máximo de avaliação de aparelho em perfeito estado é R$ 2,2 mil
Lojas das Casas Bahia e do Ponto Frio em São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal começaram nesta sexta-feira a aceitar smartphones e tablets usados em qualquer estado de conservação como forma de pagamento na compra de um novo. Neste primeiro momento, 20 filiais distribuídas estão fazendo a transação, sendo seis no Rio de Janeiro. Até o fim de março, a novidade estará disponível em todos os pontos de venda físicos.Nas lojas, a análise da condição do celular é feita pelo vendedor, que indicará o valor a ser oferecido. Se o cliente estiver de acordo com a proposta, o crédito estará disponível instantaneamente. No entanto, o valor só pode ser usado para compra de um celular novo. O valor máximo pago por um top de linha (Samsung Galaxy S7 ou iPhone 7) e em perfeito estado é de R$ 2.200.No site da Casas Bahia, também serão aceitos os aparelhos velhos. O consumidor acessa o site e informa a marca, o modelo e o estado do aparelho (condição da tela, da carcaça, dos botões etc). Ao fim do processo, é preciso informar os dados do IMEI e do próprio consumidor. O aparelho, então, é enviado pelos Correios, com frete e embalagem para envio grátis.Depois que a empresa recebe o seu aparelho e confirma as condições declaradas pelo consumidor, envia um vale para compra de qualquer produto no site (não apenas celulares). Em caso de divergência de avaliação, a loja entra em contato propor novo valor. Se o consumidor não aceitar, eles enviam o produto de volta. Em caso de extravio do aparelho, a empresa informa que um seguro indenizará o cliente no valor informado no site.Em média, o processo entre a postagem do aparelho e a confirmação ou não do valor previamente indicado no site dura sete dias úteis (para as capitais). Em simulação feita pelo GLOBO no site, um iPhone 5 em perfeito estado de 16GB foi avaliado em R$ 350. Já um Samsung Galaxy S6 também sem qualquer avaria foi avaliado em R$ 500.— Aparelhos como o iPhone e Samsung Galaxy são de grande valor de revenda — explica José Froes, presidente da Brightstar, especializada em recompra de celulares e responsável pela parceria com as varejistas.No Brasil, a empresa já fez 180 mil trocas de aparelhos em 2016 e a previsão para esse ano é de 500 mil. Entre os clientes da Brightstar estão as operadoras Vivo e Tim e as Casas Bahia, Ponto Frio, Magazine Luiza, Saraiva, iPlace e Fnac.Fonte: PEGN
BANCOS SE PREPARAM PARA A MIGRAÇÃO DO ROTATIVO DO CARTÃO
A tendência é de que a porta de saída do rotativo seja a oferta automática do "parcelamento da fatura"
O sistema bancário acerta os últimos detalhes para oferecer parcelamento da fatura do cartão de crédito como alternativa aos clientes que baterem no limite de 30 dias de uso do rotativo. A mudança, que começa em 3 de abril, vai transferir os consumidores do crédito mais caro do sistema financeiro para uma modalidade mais barata.Entre os grandes bancos consultados pelo jornal O Estado de S. Paulo, a tendência é de que a porta de saída do rotativo seja a oferta automática do "parcelamento da fatura". Essa é uma linha já existente e que permite ao consumidor dividir o saldo devedor do cartão de crédito. Ao migrar para o parcelado, o custo cai drasticamente: a taxa dessa operação foi de 153,8% ao ano em dezembro de 2016 - quase um terço do rotativo, de 484%.Determinada em janeiro pelo governo como uma das medidas para reduzir o custo dos empréstimos, a decisão estabelece que os clientes que ficarem pendurados por um mês nessa operação terão de pagar a conta integralmente ou, como preveem os bancos, parcelar a dívida em uma nova operação.Apesar de reconhecerem o potencial de ganho aos consumidores com a redução dos juros, os bancos temem que o elevado calote hoje registrado no crédito rotativo migre para a nova operação. Isso também frustraria os planos do governo de incentivar o consumo por meio de juros menores.Executivos do setor admitem que a troca deve efetivamente reduzir o juro pago pelo consumidor porque a natureza das operações é diferente. "O rotativo é uma linha em que não sabemos quanto nem quando o cliente usará. No parcelamento da fatura, ao contrário, sabemos quanto vamos financiar e por quanto tempo. O risco é menor", diz o diretor do Bradesco Cartões, Cesário Nakamura.Os dados de atraso e inadimplência no rotativo e no parcelado são radicalmente diferentes, o que explica a disparidade de taxa entre os dois. Dos clientes que usam o crédito rotativo, 14,4% têm atraso no pagamento entre 15 e 90 dias e 37,2% estão inadimplentes (com falta de pagamento por mais de 90 dias), segundo o BC. Assim, mais da metade dos clientes - 51,6% - têm atraso superior a duas semanas.Já no parcelamento da fatura, os números são mais comportados: atraso de 15 a 90 dias de 5,2% e inadimplência de 1,1%.O discurso dos bancos é mais cauteloso quando o tema é calote. Um executivo de outra grande instituição financeira alerta que a migração forçada do rotativo para o parcelamento poderá reduzir o juro, mas não há clareza se os indicadores de inadimplência vão melhorar."Estamos apostando que o mercado terá uma contrapartida com a redução efetiva do risco. Se a inadimplência simplesmente migrar do rotativo para o parcelamento, o juro dessa operação não seguirá baixo e teremos problemas", diz o executivo.O alerta do executivo é que o risco de calote de um cliente não cai só com a troca do crédito. Ele reconhece, porém, que o risco teórico da operação tende a cair porque o parcelamento permitirá à instituição adequar a dívida ao fluxo de caixa do cliente.Outro entrave pode ser a compreensão da operação. "Nem sempre o cliente entende ou concorda com a mudança. É um desafio de comunicação, educação e entendimento", diz o superintendente-executivo de cartões do Santander, Rodrigo Cury.Para complicar, clientes que ainda tiverem limite disponível poderão continuar usando o meio de pagamento. A fatura virá com as compras mais recentes somadas ao parcelamento automático do mês anterior.Uma outra grande instituição decidiu que o valor será acrescido ao campo "pagamento mínimo". Assim, o campo será a soma de 15% das compras do mês acrescida de 100% do rotativo usado por 30 diasO sistema bancário acerta os últimos detalhes para oferecer parcelamento da fatura do cartão de crédito como alternativa aos clientes que baterem no limite de 30 dias de uso do rotativo. A mudança, que começa em 3 de abril, vai transferir os consumidores do crédito mais caro do sistema financeiro para uma modalidade mais barata.Entre os grandes bancos consultados pelo Estado, a tendência é de que a porta de saída do rotativo seja a oferta automática do "parcelamento da fatura". Essa é uma linha já existente e que permite ao consumidor dividir o saldo devedor do cartão de crédito. Ao migrar para o parcelado, o custo cai drasticamente: a taxa dessa operação foi de 153,8% ao ano em dezembro de 2016 - quase um terço do rotativo, de 484%. Determinada em janeiro pelo governo como uma das medidas para reduzir o custo dos empréstimos, a decisão estabelece que os clientes que ficarem pendurados por um mês nessa operação terão de pagar a conta integralmente ou, como preveem os bancos, parcelar a dívida em uma nova operação.Apesar de reconhecerem o potencial de ganho aos consumidores com a redução dos juros, os bancos temem que o elevado calote hoje registrado no crédito rotativo migre para a nova operação. Isso também frustraria os planos do governo de incentivar o consumo por meio de juros menores.Executivos do setor admitem que a troca deve efetivamente reduzir o juro pago pelo consumidor porque a natureza das operações é diferente. "O rotativo é uma linha em que não sabemos quanto nem quando o cliente usará. No parcelamento da fatura, ao contrário, sabemos quanto vamos financiar e por quanto tempo. O risco é menor", diz o diretor do Bradesco Cartões, Cesário Nakamura.Os dados de atraso e inadimplência no rotativo e no parcelado são radicalmente diferentes, o que explica a disparidade de taxa entre os dois. Dos clientes que usam o crédito rotativo, 14,4% têm atraso no pagamento entre 15 e 90 dias e 37,2% estão inadimplentes (com falta de pagamento por mais de 90 dias), segundo o BC. Assim, mais da metade dos clientes - 51,6% - têm atraso superior a duas semanas.Já no parcelamento da fatura, os números são mais comportados: atraso de 15 a 90 dias de 5,2% e inadimplência de 1,1%.O discurso dos bancos é mais cauteloso quando o tema é calote. Um executivo de outra grande instituição financeira alerta que a migração forçada do rotativo para o parcelamento poderá reduzir o juro, mas não há clareza se os indicadores de inadimplência vão melhorar."Estamos apostando que o mercado terá uma contrapartida com a redução efetiva do risco. Se a inadimplência simplesmente migrar do rotativo para o parcelamento, o juro dessa operação não seguirá baixo e teremos problemas", diz o executivo.O alerta do executivo é que o risco de calote de um cliente não cai só com a troca do crédito. Ele reconhece, porém, que o risco teórico da operação tende a cair porque o parcelamento permitirá à instituição adequar a dívida ao fluxo de caixa do cliente.Outro entrave pode ser a compreensão da operação. "Nem sempre o cliente entende ou concorda com a mudança. É um desafio de comunicação, educação e entendimento", diz o superintendente-executivo de cartões do Santander, Rodrigo Cury.Para complicar, clientes que ainda tiverem limite disponível poderão continuar usando o meio de pagamento. A fatura virá com as compras mais recentes somadas ao parcelamento automático do mês anterior.Uma outra grande instituição decidiu que o valor será acrescido ao campo "pagamento mínimo". Assim, o campo será a soma de 15% das compras do mês acrescida de 100% do rotativo usado por 30 dias.Fonte: PEGN
Plano de recuperação judicial da Oi prevê venda da área de telefonia móvel
Documento prevê carência de até 10 anos para início do pagamento a credores
Foto: Diego Vara / Agencia RBS
A companhia Oi prevê a venda das operações de telefonia móvel da companhia em seu plano de restruturação entregue à Justiça. O objetivo da empresa é a partir de agora se concentrar na divisão fixa, em especial na banda larga fixa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.O documento com a proposta de recuperação judicial foi entregue nesta segunda-feira, à Justiça e traz um leque de opções para os credores sem garantia real, a maior parte do total. O documento prevê carência entre cinco e 10 anos para início do pagamento a esse grupo, sendo a dívida quitada em até 19 anos após a homologação do plano.
Com dívidas de cerca de R$ 65 bilhões, a empresa criada para ser a 'supertele nacional' - e concorrer com gigantes como a espanhola Telefônica/Vivo, a italiana Tim e a mexicana América Móvil (Claro e da Embratel) - virou a protagonista do maior processo de recuperação judicial já feito no Brasil.
Para créditos trabalhistas, o pagamento ocorrerá em cinco parcelas mensais iguais, com seis meses de carência após a homologação do plano.A situação da empresa se agravou depois que sua sócia Portugal Telecom levou um calote de 897 milhões de euros em 2014 da holding Rioforte, braço não financeiro do Banco Espírito Santo (BES), que acabou dissolvido. Depois disso, a Oi viu seus resultados piorarem e passou por trocas de executivos.Fonte: Zero Hora
Empresário diz que situação econômica do país “parou de piorar”
O empresário foi recebido pelo ministro Henrique Meirelles, da Fazenda, com quem conversou sobre as dificuldades do setor têxtil e a expectativa de crescimento para o Brasil.
O presidente da Vicunha Têxtil, Ricardo Steinbruch, disse que espera uma boa surpresa para a economia em 2017, se as medidas propostas pelo governo forem adotadas. Ele declarou que a situação econômica do país “parou de piorar”.
Agemed planeja faturar R$ 400 milhões neste ano
Plano de saúde pretende construir em Joinville hospital próprio, no bairro Boa Vista
Pedro Assis, presidente da Agemed, plano de saúde de Joinville Foto: Charles Guerra / Agencia RBS
Claudio Loetz
Pedro Assis, presidente da Agemed, fala, nessa entrevista, sobre as razões da expansão da empresa. O planejamento prevê faturar R$ 400 milhões neste ano, um crescimento previsto de 60% sobre a receita apurada no ano passado. A Agemed lança franquias de seu modelo de comercialização, para avançar em regiões onde ainda não atua. O hospital próprio, a ser construído no bairro Boa Vista, exigirá investimento superior a R$ 100 milhões. Para bancar as obras, a empresa joinvilense de prestação de serviços de planos de saúde poderá buscar recursos de bancos – inclusive tentará dinheiro do BNDES.
A Notícia – A economia brasileira passa por um momento de quase estagnação. As empresas reduzem quadros e o crescimento do PIB é próximo de zero. Nesse cenário, a Agemed anuncia a meta de crescer 60% até o fim do ano. Que índice é levado em conta para medir esse crescimento?
Que estratégia explica o resultado?
Pedro Assis – A previsão é de ampliarmos o faturamento em 60% neste ano. No ano passado faturamos R$ 250 milhões e deveremos atingir
os R$ 400 milhões. Há diferentes motivos que explicam isso. Temos uma equipe comercial bastante numerosa, com mais de 350 corretores cadastrados para vender os nossos produtos em todo o Estado de Santa Catarina, no Rio Grande do Sul e no Mato Grosso. Temos 22 unidades comerciais. Ao mesmo tempo, buscamos oferecer produtos de qualidade e diversas opções de planos.
Assis – Sempre atuamos com foco em pequenas empresas, que hoje representam 80% de nossos clientes. Importante: 70% dessas empresas, antes não ofereciam o benefício aos colaboradores. Nossa carteira de planos inclui opções tradicionais – com, e sem co-participação –, e inovações, como o plano com franquias para procedimentos. Este modelo está possibilitando àquelas empresas reduzirem seus custos com o plano de saúde sem comprometer a qualidade do benefício.AN – Mas vocês conquistaram conta de grandes empresas.
Assis – Com esta estratégia, passamos a conquistar também as grandes empresas. Além da redução dos custos, oferecemos uma excelente rede de prestadores.Outro fator que tem atraído as grandes empresas é o nosso modelo de gestão da carteira. Acompanhamos o comportamento dos beneficiários, e podemos tomar medidas para ajudá-los a usar o plano da melhor forma.AN – Algum exemplo?
Assis – Em um hotel de Joinville, por exemplo, identificamos que diversas camareiras marcavam consultas com ortopedistas, justamente no período mais frio do ano. Nossa equipe técnica avaliou que o problema era causado pela má-postura no momento de arrumar ou desfazer as camas, com muitos cobertores pesados. Um fisioterapeuta foi ao local e orientou as camareiras sobre como trabalhar da forma mais adequada, evitando a ocorrência daqueles problemas. A diferença é a atenção aos dados disponíveis.AN – Há outras novidades?
Assis – Outra inovação foi o atendimento médico domiciliar para os casos de emergência médica, em, que uma equipe vai até a casa do beneficiário, presta os primeiros atendimentos e, se for indicação, remove o paciente até o hospital credenciado da operadora. Graças a essas inovações, em Joinville, conquistamos clientes como a Schulz e a Tupy. Tudo isso alterou substancialmente a meta inicial estabelecida de crescer 40% que poderá chegar, e até ultrapassar aos 60% sobre o faturamento do ano passado Já estamos faturando R$ 35 milhões mensais.AN – Há parcerias?
Assis – Estamos presentes em toda Santa Catarina; em Porto Alegre e Canoas (RS) temos uma forte parceria com o Hospital Mãe de Deus. Também atuamos em Cuiabá, no Mato Grosso.AN – Qual é o tamanho do mercado?
Assis – O mercado nacional é muito grande. Menos de 25% da população tem plano de saúde. Nos Estados Unidos esse número é superior a 80%. Só no Estado de Santa Catarina ainda tem muito espaço para crescer. Menos de 30% da população tem plano de saúde. Este benefício é indispensável na hora da contratação da mão de obra. Trata-se de um salário indireto.AN – Qual é a estratégia de expansão da companhia?
Assis – Estamos estruturando uma mudança importante na estratégia de expansão, com o lançamento de franquias do nosso sistema de comercialização. A Vanquisher Franchising Ltda, a mais nova empresa do grupo, vai ser uma importante aliada neste esforço para estruturar as operações de crescimento para outros Estados. Essa franquia terá diferenciais importantes. O parceiro pagará uma taxa inicial, calculada a partir do potencial de cada mercado e beneficiado, com todo o conhecimento comercial, publicidade, treinamento de equipe. A remuneração será por meio do pagamento de um percentual sobre a carteira conquistada.AN – Quais os planos para os próximos meses?
Assis – Para este ano, estamos nos preparando para, em agosto, inaugurarmos a agência Curitiba, e algumas franquias em pequenas cidades do Estado de Santa Catarina, no Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso. Em setembro, a inauguração do espaço saúde Tupy, uma clínica médica com laboratório, clínica de fisioterapia e clínica de imagem com mais de 1600 m2. Aí, o investimento será superior a R$ 4,5 milhões.AN – Em que estágio se encontra o projeto do hospital próprio?
Assis – Enquanto aguardamos a liberação das licenças, estamos finalizando os projetos do Hospital Monte Hermon. Os projetos levam em consideração as certificações hospitalares internacionais de qualidade como Joint Comission, e de sustentabilidade como LEED (Leadership In energy and Environmental design). O projeto arquitetônico está focado na humanização do paciente, e da equipe de funcionários do hospital. Escritórios especializados em arquitetura hospitalar – um de Florianópolis e outro da Espanha –, desenvolveram um projeto que agiliza os fluxos internos e o design ao mesmo tempo, trazendo conforto e rapidez no atendimento.AN – E tecnologias?
Assis – Novas tecnologias como robotização no controle de medicamentos da farmácia e correio pneumático, trarão segurança e diminuição no fluxo de trânsito de pessoas pelos corredores, aumentando a segurança do paciente, tanto no atendimento quanto no controle de infecções. No início de 2017 poderemos ter uma data mais precisa para a conclusão desta obra.AN – A obra será construída com recursos próprios?
Assis – Este projeto representa um investimento superior a R$ 100 milhões. Estamos analisando algumas alternativas de built to suit, e também as possibilidades de um financiamento bancário, com recursos do BNDES, complementados com recursos próprios.
Fonte: ANotíciaAN – Qual é o foco?
Cinco comportamentos que influenciarão o consumo nos próximos anos
O desempenho econômico do País deve se dar em ritmo modesto nos próximos anos: segundo levantamento realizado pela Bain & Company, a expectativa é que, após uma queda estimada de 4,1% em 2016, a retomada de crescimento do PIB se inicie em 2017, com 2% e se mantenha praticamente estável em 2018, com crescimento de 1,8%.
Faltam 10 dias: Empresas do simples com mais de 5 funcionários devem ter certificado digital
Faltam menos de 10 dias para que as empresas com mais de 5 funcionários passem a utilizar o Certificado Digital para o envio das informações trabalhistas, fiscais e previdenciárias por meio da GFIP e do e-Social.
"Não há razão para sair do Brasil", diz vice-presidente de negócios da Whirlpool
Armando Ennes do valle Jr. revela planos da companhia e a importância da unidade de Joinville na expansão dos negócios
Valle Jr. já transitou por postos de liderança em áreas como inovação, sustentabilidade e relações institucionaisFoto: Andre Kopsch / Divulgação
Uma das maiores empresas instaladas em Joinville, a Whirlpool tem planos de fortalecer seus negócios no Brasil. Em entrevista exclusiva ao jornal “A Notícia”, o vice-presidente de novos negócios da Whirlpool Latin America, Armando Ennes do Valle Jr., revelou as prioridades da empresa.Uma delas é a parceria com a Ambev para a produção de cápsulas para bebidas. Valle Jr. também descarta a hipótese de a Embraco, empresa que faz parte do Grupo Whirlpool, deixar Joinville.Com a experiência de quem já transitou por postos de liderança em áreas como inovação, sustentabilidade e relações institucionais dentro do grupo, o executivo que também preside o conselho da Eletros, critica a ideia do governo brasileiro de abrir o mercado para investidores estrangeiros. Confira:A Notícia – A Whirlpool lidera o setor no qual atua. Como é ser líder e de que forma a empresa enxerga a concorrência?
Armando Ennes do Vale Jr. – Sim, somos líderes de mercado no Brasil e temos concorrentes bons. A Electrolux é o principal competidor. A Panasonic é outro, um pouco menor, além de outras mais. Ao todo, há 25 fabricantes. Na linha de fogões, são dez.AN – A sustentabilidade é destaque no vocabulário corporativo contemporâneo. E na Whirlpool?
Valle Jr. – Uma das nossas maiores preocupações é com o tratamento da água. É importante notar que não se admite jogar fora nada. A reciclagem é essencial. Você muda de lugar as coisas e todo produto que se coloca no mercado vira um filho. A Lei de Resíduos Sólidos define responsabilidades compartilhadas entre a indústria, o varejo e o consumidor final nesta questão. As empresas passaram a procurar parceiros para a reciclagem.AN – O senhor comanda a área estratégica de novos negócios. O que a Whirlpool está fazendo de novo?
Valle Jr. – A água é um nicho de negócios no qual temos muito a avançar. Estamos abrindo franquia da linha de purificadores e de filtros, além do negócio de aluguel de máquinas.AN – O senhor se refere ao mercado de cápsulas?
Valle Jr. – Estamos fazendo uma fábrica de cartuchos (cápsulas) de bebidas de diferentes tipos em parceria com a Ambev. É no interior de São Paulo e vai ficar pronta em agosto deste ano. A fábrica de cápsulas vai embasar mercadorias como o guaraná zero e energéticos. Atualmente, eles são importados da Alemanha e isso é bem mais caro do que produzir aqui. Tem a questão da logística, dos tributos de importação.AN – No cenário nacional, o que mais lhe preocupa?
Valle Jr. – A instabilidade política desencadeou a crise e, somada à instabilidade econômica, vivemos a desorganização. Hoje, a crise é econômica mesmo.AN – Como o senhor avalia a atividade econômica atual?
Valle Jr. – Verificamos uma discreta melhora em relação a 2015, com crescimento de 3%. Mas, se olharmos com cuidado, veremos que estamos há pelo menos dois anos com quedas significativas. Então, 3% é muito pouco.AN – Qual é a importância da fábrica de Joinville para o Grupo Whirlpool?
Valle Jr. – Sessenta por cento do faturamento da Whirlpool vêm da produção da unidade de Joinville. É significante (dados coletados no balanço do 1º trimestre de 2016 da companhia mostram lucro de R$ 50,4 milhões para uma receita de R$ 1,49 bi).AN – O senhor acredita em melhoria dos negócios?
Valle Jr. – Possivelmente no segundo semestre de 2018 haverá uma melhoria. Se tivermos um Natal de 2017 bacana, 2018 será bom. O ano de 2017 já está perdido porque 2016 não será favorável.AN – O que o senhor espera do governo federal para reanimar a atividade econômica?
Valle Jr. – O governo não tem espaço para elevar impostos. O que tem a fazer é a venda (liberação) de empresas estatais como os Correios.AN – E a política industrial?
Valle Jr. – Falou-se em abrir a economia para o exterior. Se isso acontecer, será um desastre. Antes de abrir, é necessário o governo promover ajustes, fazer reformas e reorganizar as coisas.AN – E o que esperar do governo estadual?
Valle Jr. – Queremos que o Estado nos auxilie nas conversas com a União. Santa Catarina é um Estado equilibrado. Nossa principal fábrica está aqui e nos interessa que o Estado se desenvolva.AN – A companhia continuará investindo aqui?
Valle Jr. – Somos líderes e, se deixarmos de investir, em dois anos deixaremos de ser líderes. Não há como não investir em produtos novos, com pesquisa e desenvolvimento junto com as universidades. A UFSC é vital nesse campo. E em eficiência da fábrica também. Não baixamos em investimentos aplicados na fábrica. Quando o mercado voltar, vamos sair na frente. O índice de eficiência na fábrica de Joinville é 20% maior do que no ano passado. Paramos a produção em fevereiro, instalamos o sistema de gerenciamento de processos (SAP) e trocamos padrões na fábrica. A Whirlpool Eletrodomésticos e a Embraco investiram R$ 1,2 bilhão nos últimos cinco anos.AN – A Whirlpool considera ampliar suas instalações?
Valle Jr. – Sempre consideramos, assim que o mercado virar. Nosso maior direcionamento é aumentar o faturamento. Isso se dará com novos produtos, com a abertura de mercados novos. As lições de casa estão sendo feitas e os acionistas querem saber como o Brasil vai crescer.AN – Há algum tempo, fala-se em Joinville que a Embraco iria fechar a unidade e transferir sua produção para o México. Isso é verdade?
Valle Jr. – Não tem nada disso. Não há a menor razão para a Embraco sair do Brasil. À época, minimizamos os comentários, que chegaram até a instâncias inesperadas na cidade. Isso não faz nenhum sentido. Quarenta por cento dos fornecedores estão em SC e uma das maiores preocupações nossas é mantê-los vivos e fortes. Isso é essencial. Prestar atenção à cadeia produtiva catarinense é importante.
Fonte: ANotícia