Mesmo na crise, ter o próprio negócio compensa, mostra pesquisa

Levantamento do Sebrae-SP revela que nível de satisfação do Microempreendedor Individual é elevado. Porém, é preciso melhorar a gestão

Em tempos de crise econômica, quem opta pelo próprio negócio como meio de vida está muito satisfeito com a decisão. A conclusão é da pesquisa MEI 2017, recém-realizada pelo Sebrae-SP sobre o perfil do Microempreendedor Individual (MEI) do Estado de São Paulo. Entre os entrevistados, 86% disseram estar satisfeitos ou muito satisfeitos em ser MEIs. Apesar do contentamento, eles precisam se aprimorar para se consolidarem como empresários mais completos, pois falham na gestão e no cumprimento de obrigações formais do negócio. 

A maioria dos entrevistados empreende porque, além de precisar de uma fonte de renda (79%), queria ser independente (81%) e viu no comando de uma empresa a forma de ter essa autonomia. Além disso, 28% disseram que se tornar MEI é vantajoso porque a formalização permite estar legal perante o governo, e 23,3% porque pagam poucos impostos.

“A figura jurídica do MEI garantiu a cidadania empresarial a quase dois milhões de paulistas e foi a porta de entrada para garantir maior credibilidade e ampliar as possibilidades de negócios”, afirma o presidente do Sebrae-SP, Paulo Skaf. “O MEI só trouxe avanços para quem empreende, além de ajudar a roda da economia a girar e proporcionar avanços à comunidade e à sociedade em geral”, completa.

Atualmente, existem no Estado de São Paulo 1,8 milhão de MEIs, que representam 26% do total do País. 

Apenas 25% dos MEIs partiram para o empreendedorismo porque estavam desempregados e não encontravam recolocação com carteira assinada. Mas boa parte dos MEIs tem muito o que melhorar na administração do negócio: 47,4% não fazem o controle mensal de suas vendas, por exemplo, e 40,6% nem sabem o que é a Declaração Anual do MEI, um compromisso que, quando não cumprido, torna sua situação irregular e acarreta multa.

A inadimplência é outro aspecto presente no dia a dia da categoria. Segundo o levantamento, quase metade atrasou algum pagamento do carnê do MEI no ano passado e 23% deixaram de recolher alguma parcela.

O levantamento mostrou ainda um desconhecimento de parte dos MEIs sobre os benefícios previdenciários a quem têm direito: antes da formalização, 42,7% não sabiam que, dentro da categoria, podem se aposentar por idade; 56,8% ignoravam os direitos a auxílio-doença, e 60,7% o salário maternidade.   

Áreas de atuação e conhecimento técnico

A pesquisa mostra que os principais ramos de atuação escolhidos pelo MEI são beleza, construção e vestuário. Mas nem sempre o empreendedor investe em algo com que já trabalhava anteriormente. Mais de 40% dos entrevistados mudaram de área ao abrirem o negócio próprio. Contudo, a dedicação é grande: 66% empenham sete ou mais horas por dia à atividade. Outra característica do MEI paulista é que ele é o típico trabalhador “mão na massa”: 77,9% dos MEIs dizem que dedicam a maior parte do seu tempo a venda ou prestação de serviço, e apenas 8,7% afirmam passar mais tempo na gestão do empreendimento; para 20,9%, o tempo dedicado às duas atividades é igual.

Numa escala de 0 a 10, em que 0 é nada e 10 é muito, o MEI atribui nota 8,3 ao conhecimento técnico sobre a atividade em que está formalizado. Mas quanto à gestão de negócios, a nota cai para 6,5, comprovando a necessidade de capacitação nesse sentido. Em 2016, a média de faturamento anual da categoria em São Paulo foi de R$ 22,5 mil, bem abaixo do limite de R$ 60 mil permitido para enquadramento como MEI. A maior parcela (35%) registrou receita de até R$ 10 mil no ano passado. 

Outro ponto a ser melhorado pelo MEI é a separação entre a vida profissional e a pessoal. Somente 30,7% da categoria tem conta em banco como pessoa jurídica, ante 72,3% que usam a conta pessoal e 10,5% que nem conta em banco têm.

“O espírito empreendedor é uma realidade do brasileiro. O que ele precisa é melhora como gestor, porque isso é o que vai determinar o sucesso do negócio. Por mais que ele seja ótimo tecnicamente, se não souber conduzir o empreendimento, será muito mais difícil prosperar”, diz o diretor-superintendente do Sebrae-SP, Bruno Caetano. “É nesse momento que a qualificação do MEI se faz mais necessária e o Sebrae-SP está sempre disponível para ajudar”.

Em média, o MEI atende 45,5 clientes por mês, mas a maior parcela, isto é, 24,7%, tem entre dois e cinco clientes mensais.  A pesquisa também revela que a máquina de cartão de crédito e débito ainda não está tão difundida entre a categoria no recebimento de pagamento de clientes, já que 64,8% não a usam. Emitir nota fiscal se mostrou bastante conveniente para o empreendedor. De acordo com 69,8% deles, essa possibilidade ajuda a vender e 41,3% dizem emitir sempre que o cliente solicita.

A formalização também é algo mais recente na vida do empreendedor. O tempo como MEI representa, no geral, 25% do total que ele se dedica à atividade. No entanto, é possível afirmar que já é suficiente para mostrar que é um movimento consolidado. Prova disso é que o MEI realmente se considera empreendedor. Pela pesquisa, numa escala de 0 a 10, as respostas dos entrevistados atingiram a nota 8,7 em relação a essa questão. 

A pesquisa

A pesquisa foi realizada por meio de metodologia quantitativa, com aplicação de entrevistas por telefone. Foram realizadas 1.728 entrevistas com MEIs ativos, entre 8 e 25 de abril de 2017. A amostra possui 2,3% de margem de erro com 95% de confiança.

Fonte: Empreendedor


10 aplicativos gratuitos para empreendedores

Os apps a seguir podem ajudar bastante quem ainda está engatinhando nesse caminho do planejamento simultâneo do dia a dia do negócio e da vida pessoal

Qualquer empreendedor de sucesso nem pensa duas vezes na hora de dar o conselho: organize sua rotina. Só assim é possível dar conta de tantas tarefas que dependem só de você.Para isso, os 10 aplicativos gratuitos a seguir podem ajudar bastante quem ainda está engatinhando nesse caminho do planejamento simultâneo do dia a dia do negócio e da vida pessoal. Todas as dicas foram sugeridas por empreendedores bem-sucedidos.

1) Evernote

O Evernote serve para fazer listas de tarefas, anotar lembretes ou tirar fotos de esboços. “A ferramenta me permite substituir o papel e manter todas as minhas anotações atualizadas e presentes em todos os meus dispositivos”, conta o CEO e fundador da Singu, Tallis Gomes.Para a empreendedora da Guten Educação e Tecnologia, Danielle Brants, o app funciona para manter as anotações organizadas durante reuniões.“Você pode deixar tudo separado por cadernos, evitando misturar vida pessoal e profissional”, sugere o CEO da Samba Tech, Gustavo Caetano.O app está disponível para sistemas Android e iOS.

2) Slack

O Slack é um app  de comunicação de equipes que permite centralizar as conversas por mensagem de texto, vídeo, voz e documentos.“Uso o aplicativo porque permite uma comunicação bem mais direta do que o e-mail dentro da empresa. As pessoas perdem menos tempo escrevendo”, recomenda o CEO e fundador do Me Salva!, Miguel Andorffy.O diretor da consultoria ADF Soluções e sócio do RED Buteco de Vinhos, Daniel Lage, usa o Slack para se comunicar com os times ou individualmente com os membros de cada empresa. “Pode parecer igual a criar grupos no WhatsApp, porém o Slack traz a segurança da plataforma e as funcionalidades que garantem maior usabilidade para as nossas atividades”, explica.O app está disponível somente em inglês, para sistemas Android e iOS.

3) Trello

O Trello ajuda a gerenciar projetos em listas e pode ser usado individualmente ou para trabalhos em equipe. “É o meu organizador de tarefas, eventos e projetos preferido por ser bastante dinâmico e funcional”, diz o sócio diretor da Agência Campana, Bruno Granatto.O CEO da upLexis, Eduardo Tardelli, acompanha pelo app o percentual de conclusão de cada atividade planejada.Na Master House Manutenções e Reformas, o app foi essencial para o aumento da produtividade na empresa. “Por meio dele, é possível verificar o responsável, o orçamento, o andamento de cada projeto e o prazo de término de projetos”, relata o diretor e fundador do negócio, Allan Comploier.O app está disponível para sistemas Android e iOS.

4) Pocket

O Pocket é um aplicativo de leitura que cria uma versão offline de artigos para você ler onde quiser. “Minha produtividade aumentou muito. Toda vez que estou trabalhando e vejo um texto legal, em vez de parar para ler, guardo para outro momento mais propício”, conta o CEO da Samba Tech, Gustavo Caetano.O sócio da agência de publicidade NBS André Lima usa o Pocket para acumular links com tendências e visões de futuro do negócio.O app está disponível para sistemas Android e iOS.

5) Wunderlist

O Wunderlist serve para organizar tarefas diárias, receber lembretes de compromissos e compartilhar o seu planejamento. O sócio fundador do Grupo VA, Vinicius Almeida, usa o aplicativo para gerenciar as próprias tarefas e o planejamento da empresa.“O Wunderlist é extremamente fácil de usar. Ele funciona em qualquer dispositivo e posso adicionar tarefas pelo app, direto no browser ou por e-mail”, comenta o CEO do WeSeek Food, Felipe Nogueira.O app está disponível para sistemas Android e iOS.

6) Dropbox

O Dropbox é um serviço de armazenamento de arquivos em nuvem, que permite manter vários arquivos com fácil acesso online, a partir de qualquer local ou horário.“Eu e minha equipe conseguimos manter todos os documentos de trabalho atualizados e sincronizados, disponíveis a partir de qualquer computador, tablet ou celular”, explica o empreendedor do Los Paleteros, Gean Francesco Derosso Chu.O diretor da ACTE Sports, David Kamkhagi, usa o Dropbox para compartilhar a edição dos arquivos com outros funcionários da empresa.O app está disponível para sistemas Android e iOS.

7) Asana

O Asana é útil para empresas que trabalham com muitos projetos e precisam organizar as pautas.“Conseguimos acessar as nossas demandas de qualquer lugar e gerenciar nossa carteira de clientes”, diz a diretora da unidade de São Paulo do Grupo Soares Pereira & Papera, Mércia Machado Vergili. Segundo ela, a interface funcional e limpa facilita o manuseio do aplicativo.O app está disponível somente em inglês, para sistemas Android e iOS.

8) MindMeister

O MindMeister serve para organizar ideias por meio de um diagrama chamado de mapa mental. “A aplicativo conta com uma série de recursos visuais para facilitar a organização das ideias”, explica o sócio diretor da Agência Campana, Bruno Granato. O MindMeister também disponibiliza um chat para a equipe debater ideias em tempo real.O app está disponível para sistemas Android e iOS, somente em inglês.

9) MeisterTask

O MeisterTask é outro aplicativo de gestão de projetos e tarefas. Na franquia Next Academy, o app facilita o fluxo de informações para equipes da empresa de outras cidades e permite organizar as tarefas por prioridades.O app está disponível para sistemas Android e iOS, somente em inglês.

10)  Remember The Milk

O Remember de Milk é mais um app engraçadinho para se lembrar das principais tarefas do dia. Para a presidente do Grupo Sóbrancelhas, Luzia Costa, o aplicativo é útil pelos avisos sonoros e alertas, para se lembrar de reuniões com franqueados e fornecedores, além de atividades internas da empresa e atividades pessoais.O app está disponível para sistemas Android e iOS.Fonte: Exame

O que esta padaria de 92 anos faz para crescer

O Bologna foi fundado em 1925 e já está em sua quarta geração de donos. Diante da crise, eles tiveram de se reinventar - mas sem perder a tradição

Se criar um negócio já é uma tarefa complexa, mantê-lo é ainda mais difícil. No dia a dia, um empreendimento está sujeito tanto a complicações internas quanto externas – como os recentes anos de crise econômica, que quebraram muitas empresas.
De sobreviver o negócio Bologna entende bem: criado em 1925 como um restaurante, o negócio completa 92 anos lançando estratégias que garantem uma clientela diária que fica entre 900 e 1.200 clientes.Mas, há alguns anos, o empreendimento estava perto de fechar as portas. “Assumimos sabendo que, daqui a seis meses, o Bologna teria de ser fechado. Já estava há mais de 40 anos sem fazer nenhum tipo de reforma, e com um projeto descolado da atualidade”, conta o empreendedor Wagner Ferreira.Ele e a esposa Gleusa Ferreira se tornaram proprietários do Bologna em 2012, sendo a quarta geração de sócios. E contam como conseguiram não apenas sobreviver à atual crise, mas aumentar seu faturamento. Para seu negócio:O Superlógica Xperience te garante dois dias de intenso aprendizado sobre faturamento Patrocinado

Reformas e tradição

O restaurante Bologna foi criado pelo empreendedor Antonio Trombetti, na região do Brás, em 1925. Depois de alguns anos no Anhangabaú, o negócio mudou-se para a rua Augusta em 1959, onde permanece até hoje. Também virou uma rotisseria – negócio de comida para a viagem.
Foto da rotisseria Bologna, em tempos antigos

Foto da rotisseria Bologna, em tempos antigos (Bologna/Divulgação)

Após outras duas gerações de sócios, Gleusa e Wagner Ferreira assumiram o Bologna, em 2012. Antes de virarem donos, a empreendedora conta que os dois passaram um tempo vendo a forma de trabalhar do local.“A gente se preocupou muito, quando comprou, de entender a tradição. Vimos a produção e fizemos fichas de passo a passo. Além disso, mantivemos a equipe”, diz Gleusa. “Essa equipe ensina os que acabaram de chegar, contratados por conta da nossa expansão. Assim, a tradição passa de geração em geração.”A próxima atitude foi investir cerca de dois milhões de reais em uma grande reforma do local. Segundo o dono, essa foi a primeira atitude essencial para a sobrevivência do negócio na crise econômica, que chegaria pouco tempo depois.“Só estamos financeiramente sadios porque entramos na crise com a casa já arrumada. Aqueles que já entraram desorganizados, devendo para o banco, acabaram não sobrevivendo”, explica Wagner.“Nossa preocupação era que crianças e jovens não frequentavam mais o restaurante, por não ter tido reformas em anos e por comercializar um produto não atrativo, que era comida só para levar. Um estabelecimento que não possui jovens frequentando também não possui futuro.”Além da reforma do local, que adotou um visual retrô dos anos 50, o Bologna expandiu suas cozinhas. O projeto tradicional era feito de rotisseria, pastifício (massas), sorveteria e alguns salgados. Agora, são sete áreas: confeitaria, lanchonete, padaria, pastifício, restaurante, rotisseria e sorveteria.Isso trouxe uma outra preocupação: manter os clientes de 65, 70 anos de idade que frequentam a casa com fidelidade. Por isso, a reforma foi projetada para manter um visual tradicional e a rotisseria não foi eliminada: quem leva comida para casa há 40 anos pode continuar com o hábito. Enquanto isso, os mais jovens costumam frequentar o restaurante do Bologna.“É preciso modernizar o estabelecimento, mas manter a tradição. A tradição não cai de moda: o que cai de moda é a cor do chão, o teto, as paredes. Isso temos de trocar”, diz Wagner. “Os funcionários e as receitas precisam ficar, porque só provando os mesmos pratos e vendo os mesmos cozinheiros é que o cliente pode aceitar as mudanças que fizemos no ambiente. Os funcionários antigos são a cara do negócio.”Hoje, o Bologna recebe de 900 a 1.200 clientes todos os dias, com um ticket médio de 36 reais. É uma cliente fiel, mas que vem aumentando, diz Gleusa. “Hoje, temos famílias que a mulher e o marido vinham ao Bologna com seus pais. Agora, trazem os filhos e mostram as pessoas que os atendiam – e esses funcionários mais experiente já apresentam os novos, fazendo essa ponte entre gerações.”
O Bologna, depois da reforma feita em 2012

O Bologna, depois da reforma feita em 2012 (Bologna/Divulgação)

Aproveitando a noite na Augusta

Mesmo que a reforma feita em 2012 tenha evitado envidar-se em plena crise econômica, o Bologna ainda tinha de procurar formas de aumentar o faturamento.Por isso, há um ano e meio o negócio adotou o regime de funcionamento de 24 horas por dia (exceto aos domingos, quando a casa fecha à meia-noite). A estratégia só funcionou a região possui uma vida noturna muito intensa e não há muitos locais para comer uma boa refeição na madrugada, diz Wagner.“Tem muita empresa que abre 24 horas, mas não tem ponto para tal. Aí só se afunda ainda mais, porque as despesas sobem e as receitas não crescem na mesma proporção.”“A gente sentiu que, na região que estamos, nossos clientes pediam isso. Eles perguntaram quando iríamos funcionar na madrugada, e resolver abrir em alguns dias específicos, como feriados e fins de semana. Como vimos sucesso, resolvemos atender de vez os pedidos”, completa Gleusa.Para isso, o Bologna designou uma equipe apenas para o horário – juntando todos os turnos, 57 funcionários trabalham no local. Enquanto até a meia-noite todos os pratos são servidos, na madrugada não há pratos: há lanches, pizzas, salgados e sopas, por exemplo.
Coxinhas cremosas vendidas no Bologna

Coxinhas cremosas vendidas no Bologna (Bologna/Divulgação)

Movimento atual e planos futuros

O próximo passo é introduzir a cozinha também na madrugada, a partir dos pratos mais demandados dos clientes. O Bologna já recebeu proposta de vender os lanches, salgados e sorvetes por meio de lojas de shopping, mas ainda não está nada acertado.“Não cogitamos abrirmos essas lojas em plena crise. O que acontecer com o país daqui para frente irá nos convencer ou não da ideia”, diz Wagner.Fonte: Exame

5 passos para planejar o início da sua empresa

Confira algumas dicas para não errar na hora de planejar a abertura do seu negócio

Com o crescimento no número de desempregados, muitas pessoas que se encontram nessa situação já projetam a realização do sonho de ter um negócio próprio, infelizmente, boa parcela dos que se arriscam nesse projeto encontram dificuldades, principalmente em relação aos gastos e falta de planejamento.
Isso pelo fato de que abrir um negócio é cercado de grandes dificuldades, basta, se pensar em toda estrutura física necessária, verá que os custos serão muito acima do que permite a realidade de alguém que está iniciando um projeto.Para que os sonhos desses profissionais não se tornem um pesadelo, o diretor executivo da Gowork (www.gowork.com.br ), especializada em Escritórios Compartilhados, Fernando Bottura, detalhou caminhos que observou acertado nas empresas que observou nascer e crescer:1- Planejar é a alma do negócio – Na hora de abrir uma empresa ser impulsivo só irá prejudicar, principalmente em São Paulo, onde qualquer erro pode acabar com um negócio, pois, fará com que tenha ações desordenadas que dificultarão o sucesso. Assim, a recomendação é ter plano de negócio estabelecido, público alvo e estrutura necessária, é necessário sentar e ver o que se pretende e como se objetiva atingir. Também é importante pesquisar como está o mercado em que pretende atuar, para ver em qual nicho de público se encaixará.2- Qual o aporte financeiro inicial – uma empresa tem custos para funcionar, que vão além do pagamento mensal do empreendedor. Dentre esses os principais são as taxas da junta comercial e da emissão do alvará, dentre outras que variam de acordo com a localidade e o ramo de atuação.3- Reduções inteligentes é o caminho – a busca de alternativas aos altos custos administrativos existentes em São Paulo devem ser uma prioridade,  sendo os alugueis um dos mais altos do país. Saiba que custos como aluguel, recepcionista, material de escritório, energia e telefone eliminará grande parte de seus lucros. Assim é primordial reduzir esses ao máximo. Uma boa dica para quem está iniciando em uma área são os espaços de coworking, ou escritórios compartilhados, que permitem unificar todos esses gastos em um, muito menor que a soma de todos anteriores.4- Regularize sua empresa – Hoje os empreendedores podem alinhar sua empresa dentro de diversos tipos de tributação como MEi, Eireli, Simples, Presumido ou Real. Sendo necessárias as análises com antecedência para que se tenha certeza da opção, diminuindo as chances de erros e pagando o menor valor possível de tributos5- Seja visto – Aparecer em São Paulo não é uma tarefa simples. Se já tiver uma ampla carteira de clientes, parabéns! Mas saiba que isso é uma exceção, assim, hora de buscar clientes, busque investir em ampliar redes de relacionamento, se estiver em um escritório virtual/coworking busque se relacionar com os parceiros, se não busque associações. Também é primordial investir em marketing, como um site ou ferramentas de captação de clientes de baixo custo e com retorno certos.Fonte: Empreendedor 

Anvisa simplifica licenciamento sanitário

Redesimples permitirá que empresas de baixo risco obtenham alvará automaticamente

Os pequenos negócios que forem classificados como de baixo risco sanitário terão o alvará de licenciamento sanitário emitido na mesma hora que fizerem a solicitação do documento via internet. A medida faz parte da Resolução 153/2017, da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa), e já está em vigor. São cerca de 200 atividades de baixo risco que serão beneficiadas imediatamente. Entre elas estão hotéis, restaurantes, clubes, academias, salões de beleza, mercado e padarias.

A determinação servirá apenas para as cidades que já utilizam a Redesimples. “Esse é um grande avanço para simplificar o processo de abertura de empresas no Brasil. Sebrae e Anvisa já estavam trabalhando nessa resolução há algum tempo. Essa norma é mais um passo que damos para implementação nacional da Redesimples”, afirma o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos.

Na norma estão estabelecidos todos os requisitos necessários para a obtenção da licença sanitária, e uma lista com a classificação das atividades que necessitam de licenciamento sanitário, divididas por grau de risco: baixo, alto e que dependem de informações complementares. Os estabelecimentos de baixo risco ficam dispensados de inspeções prévias.

Redesimples

A Redesimples é um sistema integrado de abertura e registro de empresa que tem como objetivo facilitar e agilizar o processo de formalização de empresas. Ela integra Junta Comercial, Receita Federal, Secretaria de Fazenda, Órgãos de Licenciamento, Prefeituras e demais entidades envolvidas na formalização de empresas. O objetivo é estabelecer uma entrada única de dados cadastrais e documentos, extinguir a duplicidade de exigências feitas aos empresários/cidadãos e classificar as atividades empresariais de baixo risco, que poderão ser legalizadas sem necessidade de vistoria prévia por parte dos órgãos de licenciamento.

A cidade de São Paulo já está adotando o sistema, e Alagoas já integrou todos os órgãos de licenciamento.  Em Minas Gerais, o processo de registro de empresas é feito de forma inteiramente digital, sem a necessidade de protocolar documentos impressos. No Rio Grande do Sul, a Redesimples já reduziu em 70% o tempo de registro de empresas e, desde dezembro de 2015, é  utilizada pelos donos de pequenos negócios do Distrito Federal, que abrem a empresa em até cinco dias.

Fonte: Empreendedor


7 dicas de como abrir um negócio com pouco dinheiro

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A decisão de iniciar um negócio próprio é uma das que mais geram dúvidas, especialmente quando se tem pouco capital para investir. Mas, mesmo nessas condições, abrir uma empresa e alcançar o sucesso é uma meta plenamente possível de tingir — basta que isso seja feito de maneira estratégica.Como nosso blog tem como principal proposta auxiliá-lo a se tornar um empreendedor de sucesso, separamos algumas dicas para que você abra a sua empresa, mesmo dispondo de pouco dinheiro. Quer aprender? Acompanhe!

Por que empreender?

O sonho de ser dono do próprio negócio permeia o imaginário de muitos brasileiros. Milhares de pessoas almejam-se tornarem donos do próprio tempo e destino, vivendo daquilo que gostam e, assim, conquistar a independência financeira.Os números comprovam tal afirmação, pois de 4 a cada 10 brasileiros são empreendedores. Ou seja, vemos cada vez mais pessoas saindo de sua zona de conforto e apostando em uma ideia como forma de gerar renda e melhorar sua qualidade de vida.Assim, empreender é uma decisão pautada em diversos motivos:
  • Descontentamento com o atual emprego (chefes autoritários e baixa remuneração);
  • Sonho de conquistar um patrimônio;
  • Busca por melhores condições de vida para a família;
  • Perspectiva de um futuro mais confortável e feliz;
  • Desejo de ver sua ideia se transformando em algo concreto e exitoso.

Que tipo de negócio posso abrir com pouco capital?

Agora que você já está decidido a abrir sua própria empresa, mesmo dispondo de pouco capital, é importante observar alguns modelos de negócio que são ideais para sua realidade. Afinal, como dissemos, você pode se tornar um empresário bem-sucedido investindo pouco.Desse modo, não deixe que o pouco dinheiro o desencoraje e o faça desistir do empreendedorismo. Alguns negócios são promissores e exigem um baixo investimento. Veja alguns exemplos:
  • Negócios online — dispensam uma loja física e podem ser divulgados por sites e redes sociais;
  • Serviços de entregas — necessitam de um veículo, divulgação e, claro, regularização;
  • Comidas prontas e artesanato — com talento e empenho pode ser iniciado até mesmo em casa;

Mas, como abrir um negócio com pouco dinheiro?

Apesar do sonho de empreender, muitas pessoas não dispõem de muito capital para investir e torná-lo realidade. Então, o que fazer?É certo que sem nenhum capital, dificilmente se tira uma ideia do papel. No entanto, se você dispõe de pouco dinheiro e está disposto a empregá-lo nisso, precisa se atentar a alguns detalhes e buscar aperfeiçoar conhecimentos para não correr o risco de perder o pouco que conquistou.Por isso, separamos 7 dicas valiosas que o ajudarão a alcançar seus objetivos de forma segura e planejada. Continue lendo com atenção!

1. Pense em um produto ou serviço inovador

O atual cenário no mercado mundial é de muita concorrência na luta por um consumidor cada dia mais exigente. Nos dias de hoje, ser inovador é mais que um diferencial, é uma clara exigência de sobrevivência.Se você pensa em abrir uma empresa, antes de mais nada, precisa pensar em disponibilizar um produto ou serviço inovador — algo que o mercado ainda não possui e que fará a diferença na vida de seus clientes.Desse modo, pense “fora da caixa” e fuja do comum! Observe ao seu redor o que falta no cotidiano das pessoas e que você poderia ofertar, tornando suas vidas mais simples e confortáveis.Quer um exemplo? Na correria do dia a dia, muitas mulheres e homens quase não têm tempo para se dedicarem aos afazeres domésticos, assim sendo, qualquer coisa que torne tais tarefas mais ágeis é um grande diferencial. Foi assim que alguns empresários começaram a investir em polpas de frutas naturais (saudáveis e prontas para o preparo) e na venda de alimentos já fatiados e descascados, como couve, abacaxi, abóbora (reduzindo o tempo gasto no preparo).

2. Foque em algo que você saiba fazer

Você tem pouco dinheiro, certo? Então, não pode correr riscos desnecessários e perder todas essas economias juntadas com muito trabalho e dedicação. Nesse sentido, a dica é investir em um ramo que seja sua especialidade.Todos nós temos algo que fazemos com mais facilidade, algo que nos estimula e recebe nossas atenções com mais dedicação. Assim, por exemplo, se você já possui alguma experiência no ramo alimentício, em vendas ou gosta e tem muito interesse por carros, moda e maquiagem, o interessante é apostar nisso.Isso não quer dizer que você não pode fugir desses campos de atuação, mas os riscos de algo dar errado se reduzem consideravelmente. Além disso, quando temos afinidade com uma área, nos sentimos mais confortáveis e empenhados em aprender mais e a nos dedicar para que tudo dê certo. Isso é importante, pois é uma das premissas para o sucesso de uma empresa.

3. Faça uma pesquisa de mercado

A pesquisa de mercado é uma das primeiras providências que um jovem empreendedor precisa tomar. Você precisa entender que os dados obtidos servirão de norte para que atue no mercado, sem sofrer com surpresas que poderiam ter sido previstas.Por isso, uma pesquisa de mercado é uma poderosa ferramenta para auxiliar o empresário a identificar diversas questões, como:
  • Conhecer o perfil dos clientes;
  • Identificar os concorrentes e observar suas ações;
  • Conhecer os fornecedores;
  • Ter uma visão mais aprofundada do mercado (potenciais, tendências, etc.);
  • Verificar a aceitação do seu produto/serviço.
Portanto, antes de abrir o seu negócio, procure pesquisas de entidades confiáveis como prefeituras, órgãos estaduais, Sebrae, IBGE, universidades e associações comerciais. Caso elas não sejam suficientes, avalie a possibilidade de realizar a sua própria pesquisa, colhendo os dados que julgar mais relevantes.

4. Escolha um nicho de atuação

Sabe um grande erro de empreendedores iniciantes? Querer atingir tudo e todos com o seu negócio! Fuja dessa armadilha e procure estabelecer um nicho de atuação.Para isso, é aconselhável que você analise os dados obtidos com a pesquisa de mercado e defina qual o seu público-alvo. A partir disso, procure direcionar seu marketing e ações para chamar a atenção e captar as pessoas que se inserem nesse grupo.Selecionar e conhecer o nicho no qual você atuará é de suma importância, pois é assim que você saberá a aceitação de sua empresa e poderá traçar estratégias mais focadas. Desse modo, caso o seu nicho seja o infantil, fica óbvio que deverá investir em uma identidade visual mais lúdica e atrativa, publicidade mais leve e linguagem adequada ao seu público.

5. Tenha cuidado ao escolher um sócio

Quando se tem pouco dinheiro, é comum começar a procurar um sócio para abrir o negócio. No entanto, encontrar a pessoa ideal para dividir um sonho, por ser uma tarefa muito importante, precisa ser executada com muita cautela.Evite escolher pessoas com as quais você não tenha nenhum contato — você não sabe qual o perfil dela e pode ter surpresas desagradáveis ao longo do tempo. Além disso, escolha um sócio tão responsável e empenhado quanto você e que esteja disposto a trabalhar pela empresa.Evite escolher parceiros que ajudarão apenas financeiramente. Acredite, isso não é vantajoso! Você ficará sobrecarregado e receberá cobranças de alguém que sequer sabe por tudo o que você tem passado para tornar o negócio produtivo e rentável.

6. Separe um dinheiro para suas despesas pessoais

Antes de abrir o negócio é importante que você separe uma quantia para suas despesas pessoais. Você não deve aplicar todo o dinheiro disponível na empresa, pois isso transformará suas finanças em um caos, afetando a sua qualidade de vida e fazendo-o desistir de seus sonhos.Portanto, separe um valor de suas economias para gastos individuais, principalmente se você for abandonar o seu emprego para trabalhar exclusivamente em seu empreendimento. Como os primeiros meses são os menos rentáveis, você não correrá o risco de não ter como arcar com suas dívidas pessoais, como aluguel, alimentação, transporte e saúde.

7. Esteja preparado para uma nova rotina

Se você era um empregado provavelmente tinha horários fixos para trabalhar, intervalos para lanche e almoço bem definidos, folgas semanais, férias padronizadas e uma rotina bem definida. Mas, como empreendedor sua rotina mudará totalmente.O dia a dia de um dono de empresa é bem mais intenso do que de um empregado. De modo geral, há sempre muitas responsabilidades, pessoas a atender, equipe para gerenciar, problemas para resolver e inúmeros imprevistos que tornam o seu dia estressante e muito intenso.Desse modo, é importante que você saiba tudo o que lhe espera. Lembre-se de que nem sempre você poderá almoçar em casa e com sua família, seus lanches não serão em horários determinados e seu dia de trabalho poderá se estender para muito além das 8h diárias.No entanto, isso não quer dizer que você será uma pessoa infeliz. É preciso manter o mínimo de controle da situação, saber identificar sinais de esgotamento e se esforçar para ter uma vida social ativa e longe de doenças relacionadas ao estresse. E, acredite, isso é possível! Basta que você aprenda a organizar seu tempo.E então, aprendeu como abrir um negócio com pouco dinheiro? Reunimos várias dicas e informações nesse post que, com certeza, o ajudará a realizar o sonho de se tornar um empresário de sucesso, mesmo iniciando com pouco capital. Por isso, comece a estudar as possibilidades e a colocar em prática tudo o que aprendeu!Fonte: Saiadolugar

Número de novas empresas aumentou no 1º trimestre de 2017

As MEIs cresceram 12,3% no mesmo período

No 1º trimestre de 2017 o número de novas empresas cresceu 6,6% em relação ao mesmo período de 2016 (análise interanual), segundo levantamento da Boa Vista SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito), com abrangência nacional. Em relação ao 4º trimestre de 2016 houve aumento de 29,2%.Forma jurídicaNa análise por classificação de forma jurídica, as MEIs (Microempreendedor Individual) continuam com papel de destaque, como mostra o gráfico 1. Na análise interanual do 1º trimestre de 2017, as MEIs aumentaram 12,3% em relação ao ano passado. Na mesma base de comparação, as MEs (Microempresas) subiram 2,9% enquanto as demais formas jurídicas recuaram 31,3%, respectivamente. Já em termos de representatividade, as MEIs aumentaram para 74% das novas empresas, enquanto as MEs aumentaram 1,1 p.p. (totalizando 17,6% enquanto as demais categorias perderam representatividade em igual magnitude (alcançando 8,5%).Quando analisada a composição das novas empresas por setores, o levantamento da Boa Vista SCPC observou que o setor de Serviços perdeu um pouco da representatividade, passando de 56,6% no acumulado do 1º trimestre de 2016 para atuais 55,2%. O Comércio, por sua vez, voltou a ganhar espaço, ao passar de 32,4% para 34,6% do total.MetodologiaO levantamento trimestral é realizado pela Boa Vista SCPC a partir das novas empresas registradas na Receita Federal, considerando todo o território nacional.Fonte: Empreendedor

BNDES - mecanismos para atender MPE e MEI

A presidente do BNDES, Maria Silvia Bastos Marques, afirma que a instituição e os agentes repassadores têm compromisso com a transparência dos pedidos de financiamentoPortal Lei Geral da Micro e Pequena EmpresaO ano de 2017 será marcado pela maior destinação de recursos e serviços aos pequenos negócios e às médias empresas pelo maior banco estatal de financiamento do País, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).Desde o início deste ano, o empreendedor desse segmento já pode acompanhar pela internet como estão seus pedidos de crédito, sem a intermediação dos agentes financeiros repassadores de recursos. Também passou a contar com aplicativo para smathphones e tablets.Essa aproximação será maior, com o lançamento em breve na internet do Canal MPME (Micro, Pequena e Média Empresa). Nele serão apresentadas linhas de crédito, simulação de financiamentos, consultas prévias de certidões, escolha de agentes financeiros e encaminhamento de pedidos de financiamento.Ao prestar essas informações, em entrevista ao Portal Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, a presidente do BNDES, Maria Silvia Bastos Marques, destacou que a transparência com a tramitação dos pedidos é um compromisso do Banco e dos seus agentes financeiros.“O micro, pequeno e médio empresário que acessar nosso site pode acompanhar em que estágio está sua operação. Isso passa a ser um compromisso não só do agente financeiro, mas também do BNDES, de informar como está sendo tratada a operação, em que estágio está o processo, se a operação está em análise, aprovada ou contratada”, afirmou.Maria Silvia detalhou que a instituição desenvolve um importante plano de trabalho focado em soluções de tecnologia e avanços na área digital, com o objetivo de simplificar, racionalizar e automatizar os processos de concessão de crédito.“Tudo isso para dar mais alcance aos recursos do BNDES para os micro e pequenos empresários”, continuou a executiva. cuja meta é reduzir, de 30 para até 2 dias, o prazo de avaliação dos pedidos, agilizando a liberação de crédito para esse segmento.A presidente também ressaltou que o BNDES vai aplicar este ano R$ 12,5 bilhões em micro e pequenas empresas, o que significa um acréscimo de 38% no volume de recursos destinados ao segmento em relação ao ano passado. E já investiu, desde 2005, R$ 1 bilhão em microcrédito produtivo, beneficiando cerca de 1 milhão de microempreendedores.Para facilitar o acesso ao crédito, o Banco vai usar o FGI (Fundo Garantidor para Investimentos) como contrapartida, passando a cobrir de 70% a 80% dos financiamentos. Isso aumenta as chances de aprovação de operações inclusive para microempreendedores individuais e caminhoneiros autônomos.Em dezembro passado, o BNDES também revisou seus critérios para atender mais diretamente o empreendimento de menor porte, ao passar a enquadrar no segmento o mesmo teto de faturamento anual observado na Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, que é de R$ 3,6 milhões.“Essas empresas respondem por uma grande parcela da oferta de empregos no País e são as mais afetadas pelo contexto da crise econômica atual. O fortalecimento da atuação do BNDES junto a esse público visa à indução da retomada do crescimento e a manutenção e geração de emprego e renda no País”, acrescentou.Confira a entrevista completa com a presidente do BNDES:Portal Lei Geral: Já foi dito que os recursos do BNDES só chegavam aos “grandes dos pequenos negócios”. Essa avaliação foi constatada pela atual gestão?   Maria Silvia Bastos Marques: As micro e pequenas empresas (MPEs) são importante elo das cadeias produtivas, são essenciais para o crescimento econômico e geração de emprego no País e continuarão a contar com o apoio diferenciado do BNDES. Nos últimos cinco anos, o segmento de MPE representou cerca de 67% do número de operações e 13% do volume de desembolsos do Banco. Os números evidenciam a relevância de nossa atuação no apoio aos “pequenos dos pequenos negócios”.Uma boa surpresa que tive quando cheguei ao Banco, e que muita gente desconhece, é a forte atuação do BNDES no apoio ao microcrédito produtivo orientado. Desde 2005, foram realizadas 1,3 milhão de operações do BNDES Microcrédito, com R$ 1 bilhão em desembolsos. Considerado o efeito multiplicador na ponta, o giro é de R$ 4,5 bilhões. Quando pensamos que o ticket médio por operação é de R$ 2,5 mil, vemos que o microcrédito é um importante instrumento de inclusão produtiva e de suporte financeiro aos pequenos negócios.Até o ano passado, o Banco classificava como MPEs aquelas empresas com faturamento anual de até R$ 16 milhões. Com a implantação das novas políticas operacionais, alinhamos nossa classificação de porte à Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, que estabelece um teto de faturamento de até R$ 3,6 milhões. Tal iniciativa é importante para que o apoio do Banco às MPEs fique em sintonia com a representação de porte utilizada pelos demais agentes econômicos.Ampliamos também o limite do cartão BNDES, de R$ 1 milhão para R$ 2 milhões, por agente financeiro, bem como o prazo de financiamento da FINAME [investimentos em máquinas e equipamentos] de 5 para 10 anos.Além disso, estamos executando um importante plano de trabalho focado em soluções de tecnologia e avanços na área digital, com o objetivo de simplificar, racionalizar e automatizar os processos de concessão de crédito, tudo isso para dar mais alcance aos recursos do BNDES para os micro e pequenos empresários.Por fim, ampliamos o acesso e instituímos melhores condições para a concessão de capital de giro para as MPMEs, através da linha de financiamento BNDES Progeren.PLGHavia um motivo especial para o BNDES adotar um critério de receita anual bastante superior ao que estabelece a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa para a concessão de financiamento para o segmento? MSBM: O BNDES utilizava, como referência para classificação de porte, uma resolução do Mercosul de 1998 (MERCOSUL/GMC/RES Nº 59/98) que instituía a política de apoio às MPMEs e estabelecia que empresas industriais com faturamento anual de até US$ 400 mil fossem classificadas como microempresa e aquelas com faturamento anual de até US$ 3,5 milhões, como pequena empresa.Desde então, essa classificação passou por algumas alterações. Especificamente para as MPEs, em 2002, o porte “micro” foi elevado a R$ 1,2 milhão, enquanto o porte “pequena” foi elevado a R$ 10,5 milhões. Em 2009, o porte “micro” foi elevado a R$ 2,4 milhões, enquanto o porte “pequena” subiu para R$ 16 milhões.Finalmente, em dezembro de 2016, fizemos o alinhamento com a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa e os padrões utilizados pelos agentes financeiros. A mudança é importante, já que as micro, pequenas e médias empresas são prioridade em todas as linhas do BNDES, de forma horizontal, independentemente do setor.PLG: Qual é a previsão do percentual de recursos do BNDES que serão destinados às micro e pequenas empresas com receita até R$ 3,6 milhões, após a implantação das mudanças operacionais anunciadas?MSBM: Com a nova classificação de porte, estamos, de fato, ampliando o acesso aos recursos em TJLP [Taxa de Juros de Longo Prazo] para as empresas com faturamento anual de até R$ 3,6 milhões. A previsão de desembolsos, apenas para MPEs, é da ordem de R$ 12,5 bilhões em 2017, um crescimento projetado de 38% em relação a 2016.PLGO FGI (Fundo Garantidor para Investimentos) do BNDES poderá ser usado para as contrapartidas de financiamentos a serem liberados para micro e pequenas empresas? Quais as contrapartidas serão exigidas dos pequenos tomadores de crédito, a exemplo de garantias reais? ​​MSBM: Sim, o FGI pode e deve ser usado para a contrapartida de financiamento. Aumentamos recentemente a possibilidade de cobertura de 70% para 80% do financiamento, pois temos ciência de que a garantia é quase sempre um obstáculo para o micro, o pequeno e o médio empresário.​​O BNDES FGI aumenta as chances de aprovação dos pedidos de financiamento de MPMEs, empreendedores individuais e caminhoneiros autônomos. Isso porque ele complementa as garantias oferecidas às instituições financeiras e melhora as condições de financiamento para esse público.Desde o início de suas operações, aproximadamente 65% dos clientes do Fundo acessaram crédito do BNDES pela primeira vez com a garantia do FGI e mais de 85% dessas operações foram com microempresas ou autônomos. Isso mostra que o Fundo, de fato, é uma alternativa de suporte ao crescimento e modernização das empresas de menor porte.O BNDES FGI oferece garantia de até 80% em operações contratadas em diversas linhas e programas do BNDES e também em linhas dos próprios agentes financeiros habilitados, incluindo capital de giro e investimento. A garantia oferecida não é seguro de crédito e não isenta o tomador do crédito de suas obrigações financeiras.Como contrapartida, em geral, é exigida dos tomadores a constituição de garantia pessoal – fiança ou aval sobre a totalidade do crédito – e, dependendo do caso, podem ser exigidas contragarantias reais, como, por exemplo, penhor de bens ou hipoteca de imóveis. Essas são exigências mínimas do FGI, mas os agentes financeiros podem estabelecer outras exigências de acordo com sua política de crédito.PLG: O BNDES é um banco de fomento que utiliza bancos convencionais. Agora se anuncia que fará liberação de capital de giro sem a intermediação de agentes financeiros. Como será isso? Os pedidos serão encaminhados diretamente à instituição via online, já que o BNDES não dispõe de estrutura para atendimento em massa?  Será criado um portal para facilitar o acesso ao crédito pelos pequenos tomadores ou a instituição planeja contar com a parceria de empresas FinTech?​​MSBM: No início do ano, ampliamos o acesso das MPMEs a capital de giro, oferecendo o BNDES Progeren também na modalidade direta, ou seja, sem a intermediação de agentes financeiros. Todas as empresas que tenham interesse em um financiamento do programa podem realizar a solicitação online no site do BNDES por meio do sistema de Consulta Prévia Eletrônica (CPE), e acompanhar a tramitação de seu pedido.É importante lembrar que isso não vale só para o Progeren. Temos buscado dar transparência total à tramitação dos projetos do Banco. O micro, pequeno e médio empresário que acessar nosso site pode acompanhar em que estágio está sua operação. Isso passa a ser um compromisso não só do agente financeiro, mas também do BNDES, de informar como está sendo tratada a operação, em que estágio está o processo, se a operação está em análise, aprovada ou contratada.E, para reforçar a presença digital do BNDES, em uma nova fase de relacionamento com os MPMEs, lançamos, na Feira do Empreendedor do Sebrae-SP deste ano, um aplicativo para smartphones e tablets, o BNDES MPME. Ele permite que o próprio empresário acompanhe, na palma da mão, o estágio de suas operações, sem precisar consultar o agente repassador de recursos.Na linha da simplificação, percebendo uma necessidade de mudanças no nosso modelo de negócios, lançaremos em breve um canal de relacionamento na Internet exclusivo para o MPME.Por mais simples que sejam os produtos do banco, o pequeno e médio empresário às vezes tem dificuldades de entender qual produto do BNDES é mais aderente ao seu negócio, por exemplo.Nesse canal, ele poderá identificar as linhas de crédito disponíveis para a finalidade desejada, simular financiamentos, obter o resultado de consultas prévias de certidões exigidas pela legislação federal, apontar os agentes de sua preferência e encaminhar, de forma ágil, seus pedidos de financiamento.Testes de conceito com o Sebrae [Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas], a Febraban [Federação Brasileira de Brancos] e a ABDE [Agência Brasileira de Desenvolvimento Econômico] já foram realizados e, com apoio dos agentes financeiros, a plataforma já está em fase de construção, devendo ser disponibilizada para o público ainda no primeiro semestre deste ano.Além disso, recentemente firmamos um acordo de integração de sistemas com a B2W, maior plataforma digital do país, que passou a aceitar o Cartão BNDES como meio de pagamento. Até então, as transações do Cartão só podiam ser realizadas, após negociação direta entre as partes interessadas, em um único site específico na internet. A medida, que confere mais agilidade e automaticidade aos processos do Cartão BNDES, representa o início de uma revolução na forma do Banco operar com as MPMEs, comparável ao lançamento do produto em 2003.Finalmente, para potencializar o acesso ao crédito e atender a diferentes nichos de mercado, estamos construindo uma agenda com fintechs e outras empresas do ramo de tecnologia e inovação, com enorme potencial de avanço em diversas frentes. Uma delas é a realização, em plataformas digitais, de leilões reversos de crédito entre as instituições financeiras repassadoras, a partir do perfil de cada operação, o que aumentará a competitividade do setor bancário e reduzirá os custos financeiros para o cliente final. A expectativa é que essas e outras parcerias acelerem a integração de diferentes plataformas tecnológicas do BNDES simplificando a vida do micro e pequeno empresário no processo de tomada de crédito.PLG: No ano passado, em janeiro, foi sinalizado o fim da exigência de registro em cartório de contratos das micro e pequenas empresas para a obtenção de recursos do BNDES. Cada registro custava R$ 2.000,00. Também era exigido o registro dos balancetes das empresas para pedir acesso ao cartão BNDES, que deveriam ser registrados em cartório ao custo de R$ 1.500,00. Essas exigências resistem? MSBM: Nas operações do Cartão BNDES não existe exigência de registro de documentação em cartório para a contratação de financiamentos. Como essas são operações indiretas, o agente financeiro, de acordo com sua política de crédito, pode solicitar documentos a seu critério, mas essa não é uma exigência do BNDES e sim do agente repassador.PLG: O que levou o BNDES a passar a considerar como prioridade no início deste ano o atendimento das micro e pequenas empresas? É possível imaginar que poderão também ser atendidos pela instituição os microempreendedores individuais (MEIs)? Quais as linhas de crédito que ficarão mais acessíveis aos pequenos negócios? Finame, cartão BNDES? MSBM: O atendimento às micro e pequenas empresas sempre foi importante para o BNDES. Com as novas políticas operacionais, o apoio financeiro a esse segmento assumiu um foco estratégico. Essas empresas respondem por uma grande parcela da oferta de empregos no País e são as mais afetadas pelo contexto da crise econômica atual. O fortalecimento da atuação do BNDES junto a esse público visa à indução da retomada do crescimento e a manutenção e geração de emprego e renda no País. A expectativa é que, em conjunto, as medidas que anunciamos levem a um aumento projetado de 20% nos desembolsos para MPMEs, um acréscimo de R$ 5,4 bilhões.O Microempreendedor Individual (MEI), que fatura até R$ 60 mil por ano e que se legalizou, passando a possuir um CNPJ, é considerado microempresa e pode obter financiamento do BNDES. Com condições bastante atrativas, o Cartão é o principal instrumento acessado por esse público. Por meio dele, é possível financiar, desde material de construção e insumos, até móveis, computadores e veículos utilitários.Outra opção de financiamento do Banco que pode ser acessada pelos MEIs é o BNDES Microcrédito. Desde 2005, o BNDES já realizou mais de 1,3 milhão de operações de microcrédito, no valor de até R$ 20 mil, a juros de até 4% ao mês, beneficiando mais de um milhão de microempreendedores em todo o Brasil.Existem ainda outras linhas que podem ser acessadas pelos pequenos empresários, com condições bastante favoráveis: o BNDES Progeren, no financiamento ao capital de giro; o BNDES Finame, para o apoio à compra de máquinas e equipamentos e o BNDES Automático, para o financiamento a projetos de investimento.PLG: Quais são os critérios que o BNDES vai utilizar para avaliar se um projeto para o qual se pleiteia financiamento é bom ou ruim? Terão prioridade as empresas com as quais o Banco já se relaciona? MSBM: A revisão das políticas reflete mudanças na atuação do BNDES, no seu papel de indutor do desenvolvimento sustentável e na adoção das melhores práticas de governança corporativa pelas empresas apoiadas. Com um apoio mais criterioso ao investimento, independentemente do setor ou do tamanho da empresa, queremos priorizar a qualidade dos projetos e o seu retorno social.Essa mudança para foco no projeto tem origem na constatação de que os setores, na verdade, estão todos se fundindo. Em um mundo convergente, as fronteiras entre os setores são cada vez mais difusas. Assim como houve a convergência das mídias, a convergência mobile, há uma convergência nos setores também. E, cada vez mais, a indústria se funde com os serviços. Da mesma forma que a gente olha para o comércio e percebe que, hoje, boa parte dele é feita eletronicamente e não em lojas físicas.E o BNDES está olhando essa realidade, está se adaptando a esse dinamismo da economia. Assim, investimentos em saúde, educação, meio ambiente, infraestrutura, inovação, exportação e de apoio às MPMEs, que apresentem externalidades positivas – não apenas para o tomador de crédito, mas para toda a sociedade – terão apoio do BNDES em melhores condições (juros e prazos), independentemente dos setores em que eles estejam.PLG: Como e quando serão efetivadas as seguintes modificações anunciadas: a) Simplificação de portfólio de produtos e programas, para facilitar o financiamento para micro e pequenas companhias, b) Redução de 30 para dois dias do prazo de análise e concessão de crédito, c) Ampliação no limite do Cartão BNDES, usado para financiar máquinas e equipamentos.MSBM: As simplificações e modificações já foram informadas à rede de agentes financeiros credenciados por meio de circular, no início deste ano. De forma geral, o número de linhas foi reduzido, evitando sobreposição e até canibalização entre as mesmas, e houve racionalização na exigência de documentos necessários para se pleitear o financiamento.Quanto ao Cartão BNDES, os agentes estão pouco a pouco adaptando internamente seus sistemas e, principalmente, sua política de crédito, para contemplar a possibilidade de elevação dos limites de R$ 1 milhão para R$ 2 milhões nos cartões concedidos.Estamos investindo muito em automatização e em parcerias e revendo nossos processos de concessão de crédito para que tudo seja feito de forma muito mais ágil e rápida. Nas operações indiretas automáticas, que são muito acessadas pelos micro e pequenos empresários, nossa meta é reduzir esse prazo de 30 para até 2 dias, agilizando a liberação de crédito para esse segmento.Fonte: Lei Geral 

Pegcar - Alugue seu carro parado na garagem

O Pegcar realiza 200 aluguéis por mês e movimentou R$ 300 mil em 2016

Peg Car, Locação, Carro, Bruno, Conrado (Foto: Thiago Gimenes/Divulgação)
Muitas pessoas não têm carro, mas gostariam de ter em alguns dias. Por outro lado, outras pessoas têm carro e o veículo acaba parado na garagem o tempo todo. Foi para satisfazer essas duas parcelas que surgiu o Pegcar, um serviço que permite a locação de carros. O proprietário do veículo pode anunciá-lo; e, quem estiver interessado em alugá-lo por determinado período, pode realizar por meio do site.Com apenas 26 anos, Conrado Ramires e Bruno Hacad são as cabeças por trás da empresa. Depois de terem se formado juntos em Administração de empresas na Fundação Getúlio Vargas (FGV) em São Paulo, os dois trabalharam por três anos no mercado financeiro antes de abrirem seu próprio negócio. “Sempre achamos que a tendência ia ser economia compartilhada e resolvemos investir nisso”, diz Conrado.A ideia surgiu no final de 2014 e foi só outubro de 2015 que o negócio começou a funcionar. Isso aconteceu porque existiam muitos obstáculos que impediam o funcionamento do Pegcar. O maior deles era a relação com as seguradoras. A apólice de seguro comum não cobre carros que são usados para fins comerciais. “Tivemos que montar um seguro especial para o usuário. Fizemos um acordo com a Mapfre [empresa de seguros] e, no período de locação, o carro está automaticamente segurado pela empresa”, explica o empresário.Para começar a funcionar, Conrado e Bruno investiram R$ 40 mil e contaram com o apoio de investidores anjos. No total, foram mais de R$ 1 milhão para o Pegcar entrar no ar. No início, os amigos resolveram gerar oferta ao invés de demanda. “Fomos na rua mesmo! De carro em carro pedindo para os proprietários cadastrarem”, conta Conrado. Segundo ele, os 50 primeiros carros da plataforma foram assim. Hoje, o Pegcar conta com mais de 400 carros anunciados, 200 alugueis por mês e movimentou R$ 300 mil em 2016 sendo que a empresa fica com menos de 30% do valor anunciado.A plataforma tem uma logística simples. Para o proprietário anunciar seu carro, ele deve ter abaixo de 100 mil quilômetros rodados, um seguro ativo. Além disso, o veículo não pode ter seu valor acima de R$ 90 mil. Feito o anúncio, basta esperar alguém se interessar pela proposta. “É uma ótima opção de renda extra. Já temos muito usuários que conseguem um bom dinheiro no final do mês”, afirma o empreendedor.Do outro lado, o comprador só precisa entrar na plataforma, realizar um cadastro e escolher qual veículo deseja. Na maioria dos casos, o aluguel é para um final de semana ou um curto período de viagem. O valor é contado por diárias e o pagamento é realizado via cartão de crédito pelo próprio sistema. Quando o comprador solicita o aluguel, o proprietário tem a opção de aceitar ou não. Se for um bom negócio para ambos, basta combinar o melhor lugar para pegar as chaves.O Pegcar tem um escritório em São Paulo (SP) e carros espalhados pela Grande São Paulo, Belo Horizonte (MG) e Curitiba (PR). O maior desafio da empresa, no momento, é superar a falta de credibilidade. Para Conrado, o brasileiro tem uma dificuldade cultural de acreditar em negócios onlines. “Precisamos desmistificar o setor para chegar em nossa meta que é 1 mil alugueis por mês”, planeja.Fonte: PEGN

Simples Nacional dobra sobrevivência das empresas

De acordo com pesquisa do Sebrae, de cada dez empresas que estão nesse sistema de tributação, oito superam os dois primeiros anos

As micro e pequenas empresas que são optantes pelo Simples Nacional apresentaram uma taxa de sobrevivência maior do que as que não são optantes. De acordo com levantamento feito pelo Sebrae, 83% dos pequenos negócios criados em 2012 e ligados a esse sistema diferenciado de tributação sobreviveram aos dois primeiros anos de vida, mais do que o dobro das empresas não optantes.  Apenas 38% das empresas que estão no Lucro Presumido ou no Lucro Real superaram o primeiro biênio de vida.“Essa é mais uma prova de que o Simples não pode ser visto como renúncia. Se ele não existisse, milhões de negócios não estariam abertos”, afirma o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos. De acordo com ele, como esse sistema de tributação diferenciado reduz a carga de impostos e a burocracia, ele também permite que o empresário cuide mais do seu negócio do que com as obrigações tributárias. “Isso melhora a qualidade da gestão e aumenta a vida da empresa”, destaca o presidente do Sebrae.O levantamento constatou que entre 2012 e 2016, o número de optantes do Simples cresceu 64%, passando de 7,1 milhões para 11,6 milhões. De acordo com o estudo, o Microempreendedor Individual (MEI) foi o principal influenciador desse resultado: cresceu 150% no mesmo período. Pesquisa elaborada pelo Sebrae O levantamento ainda constatou que 67% das empresas não optantes gostariam de aderir ao Simples. “Além da redução na carga tributária, essa elevada adesão a esse sistema pode ser atribuída a benefícios como a possibilidade do empresário saber se está em dia e o quanto paga em impostos”, ressalta Afif.Ainda de acordo com o estudo, um terço das empresas optantes pelo Simples Nacional confirmaram que estão sendo prejudicadas pela Substituição Tributária (ST). Dentro deste grupo, 72% afirmam ser alto ou muito alto o tamanho do prejuízo. A Substituição Tributária impactou negativamente 48% das empresas na produção, 56% das empresas no investimento, 68% das empresas no lucro e 39% das empresas no quadro de empregados.SimplesO Simples Nacional foi criado pela Lei Geral da Micro e Pequena Empresa em 2006. Esse sistema diferenciado abrange os seguintes tributos: Imposto sobre a Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ), Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), PIS/Pasep, Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) ,  Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI),  Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS), Imposto sobre serviços de qualquer natureza (ISS) e a Contribuição Patronal Previdenciária para a Seguridade Social (CPP). O recolhimento é feito por um documento único de arrecadação que deve ser pago até o dia 20 do mês seguinte àquele em que houver sido auferida a receita bruta.Fonte: Empreendedor

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