10 Tendências para empreender em 2017

Tecnologia, e-commerce e estratégias de vendas fazem parte da lista

Jovens usam a tecnologia para empreender e melhorar o mundo (Foto: Divulgação)
Se você está fazendo planos para empreender no próximo ano, precisa começar um planejamento e um estudo de mercado. Com as mudanças demográficas e tecnológicas que a humanidade está vivendo nas últimas décadas, os negócios mudam com frequência.Pensando nisso, o estrategista de marcas Leonardo Kim fez uma lista com dez tendências que vão guiar o mercado em 2017. A lista, originalmente publicada na revista americana Inc, pode guiar também os novos empreendedores brasileiros. Confira abaixo as ideias:1. Ferramentas para a construção de produtos tecnológicos (sem necessidade de muita bagagem técnica) A necessidade de inovações tecnológicas nos negócios é mais importante do que nunca. Em 2017, a tecnologia será um campo totalmente necessário para que cada negócio tenha potencial de competição no mercado. Plataformas autoexplicativas, como o WordPress, fazem e continuarão a fazer sucesso porque permitem um gerenciamento mais simples sem a necessidade de muitos conhecimentos técnicos por parte dos funcionários.2. Ferramentas que auxiliam marcas pessoais Trabalhar marcas pessoais será uma estratégia cada vez mais usada para se diferenciar no mercado. Em um universo cheio de concorrentes, um branding pessoal bem feito pode fazer a diferença na hora de conquistar os consumidores. Por isso, este tipo de ferramenta deve crescer nos próximos anos.3. De olho nos jovens Ao invés de rejeitar os novos consumidores da geração "Millennial", as empresas terão que cada vez mais enxergá-los como clientes em potencial. Entender como eles pensam e criar produtos para esta geração é uma tendência para acompanhar.4. Treinamento para funcionários remotos O trabalho remoto será, cada vez mais, uma tendência. Pensando nisso, empresas que ofereçam serviços eficientes para o treinamento de funcionários que trabalham longe da sede da companhia devem crescer.5. Possíveis vendas de empresas O processo de recuperação da economia nos últimos anos nos Estados Unidos aumentou a quantidade de fusões e aquisições. Isso deve se manter em 2017 e as empresas que pensam em partir para uma venda devem começar a se preparar.6. Saúde e nutrição A nova geração está preocupada com a saúde e nutrição mais do que qualquer outra. Graças à tecnologia, é possível medir calorias, fazer registros nutricionais e manter os hábitos esportivos e alimentares dentro de um aplicativo. O mercado de ferramentas fitness para smartphones só tende a crescer e o boom desses aplicativos irá  fortalecer o mercado de saúde.7. Apostas em  e-commerce A crescente demanda por itens disponibilizados em lojas online faz com que esse nicho de mercado se fortaleça cada vez mais se comparado ao crescimento de vendas nas lojas físicas. Estudos recentes mostraram que 58% dos compradores estão dispostos a adicionar itens no carrinho para atingir as cotas exigidas para o frete grátis nos sites de compra, por exemplo. Como a tecnologia continuará a se expandir em 2017, isto deve impactar também as tendências no e-commerce.8. Estratégias para manter os clientes sempre próximos Para tornar uma empresa cada vez mais popular, é importante manter uma ligação próxima com o cliente.  Serviços e produtos que não são vendidos de forma direta e uma única vez , como os transportes oferecidos pelo Uber, tendem a permanecer em ascensão.9. Treinamentos de funcionários moldados de forma diferente Em 2017, haverá  uma mudança na forma como as habilidades de treinamento de liderança são desenvolvidos dentro das empresas. Ao invés de ensinar a todos as mesmas habilidades, as empresas irão focar nos pontos fortes de cada funcionário e desenvolver essas habilidades, investindo mais no reforço de um talento natural do que na formação massiva de líderes.10. Marcas e produtos com ações e produções sustentáveis As ações sustentáveis e o desenvolvidos de produtos com métodos que fortalecem a cultura da sustentabilidade devem continuar crescendo. Até o atual período do ano, mais de US$ 500 milhões foram salvos em eficiência energética e este valor tende a crescer em 2017.Fonte: PEGN

Termina hoje prazo para cadastro de aposentados no Senhor Orientador

Termina hoje prazo para cadastro de aposentados no Senhor Orientador

Ex-funcionários do sistema bancário que desejam concorrer a uma das 221 vagas do novo edital precisam se inscrever no portal do Sebrae
Está chegando ao fim o prazo para aposentados do sistema bancário se cadastrarem no novo edital do Senhor Orientador. São 221 vagas para consultores que vão orientar donos de pequenos negócios na tomada de crédito, com foco em linhas do Banco do Brasil voltadas especificamente para o segmento. Até hoje (10), as inscrições podem ser feitas no portal do Sebrae.
O primeiro edital, lançado em fevereiro, selecionou 289 consultores. Entre os pré-requisitos para participar, o interessado precisa ser aposentado, ter no mínimo 60 anos e possuir, pelo menos, dez anos de experiência em análise de crédito e atendimento à pessoa jurídica. O processo de credenciamento terá três etapas: inscrição; habilitação e qualificação técnica; e treinamento e avaliação do uso da ferramenta operacional, plataforma que será utilizada no trabalho dos consultores.A expectativa é que 37 mil micro e pequenas empresas sejam atendidas por esses consultores até o fim do ano – até o momento, um total de 6 mil empresas já receberam atendimento nas etapas preliminares do projeto, que preparam os empresários para receber atendimento do profissional credenciado pelo Senhor Orientador. “Contaremos com esses profissionais experientes no mercado para avaliar a capacidade de endividamento das empresas e orientar os empresários na obtenção de capital de giro. Apoiar o pequeno negócio neste momento de retomada da economia é fundamental, mas deve ser feito de maneira consciente, com riscos calculados, minimizando a chance de inadimplência dessas empresas”, explica o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos.Bahia e Santa Catarina já preencheram as vagas previstas para os seus estados no edital anterior, por isso, não entram nessa nova seleção. As vagas estão assim divididas: Acre (8), Alagoas (5), Amazonas (12), Amapá (8), Ceará (12), Distrito Federal (8), Espírito Santo (5), Goiás (12), Maranhão (9), Minas Gerais (9), Mato Grosso do Sul (8), Mato Grosso (10), Pará (10), Paraíba (6), Pernambuco (8), Piauí (5), Paraná (9), Rio de Janeiro (17), Rio Grande do Norte (7), Rondônia (7), Roraima (8), Rio Grande do Sul (12), Sergipe (5), São Paulo (17), Tocantins (4).Como funcionaO Senhor Orientador deu início à fase de operação do Programa Empreender Mais Simples: menos burocracia, mais crédito, convênio assinado em janeiro entre o Sebrae, o Governo Federal e o BB com o objetivo de simplificar a gestão de micro e pequenas empresas e orientar o financiamento a empresários. É prevista a liberação do montante total de R$ 8,8 bilhões para capital de giro pelo banco.O empresário interessado em obter esse crédito deve procurar o Sebrae em seu estado. Ele será encaminhado a um dos consultores credenciados no Senhor Orientador para realizar diagnóstico da empresa e avaliar se o financiamento é a melhor solução para o negócio. A consultoria será presencial e remunerada, com duração de quatro horas. Cada consultor poderá atender até 200 empresas. Os selecionados firmarão contrato com o Sebrae até dezembro de 2018.Fonte: Empreendedor

Acesso a crédito é fundamental para melhoria do ambiente de negócios

Diretora destaca Senhor Orientador, Crescer sem Medo e Fampe entre as estratégias do Sebrae para as empresas

A diretora técnica do Sebrae, Heloisa Menezes, reafirmou nesta quarta-feira (5) que a melhoria do ambiente de negócios no Brasil passa pela simplificação e o acesso a crédito para as micro e pequenas empresas. Ela participou do painel Desafios das empresas para 2017 – Retomada do Crescimento, no Workshop Estratégias Pessoa Jurídica Caixa Econômica Federal, realizado em Guarulhos, na Grande São Paulo.

“Esse momento de discussão com gerentes e superintendentes da Caixa é importante para que conheçam o outro lado da mesa, entendendo quais são os desafios e os gargalos dos pequenos negócios. Vale destacar a necessidade de ampliar a facilitação do acesso a crédito, com a solução de problemas crônicos, como taxas de juros elevadas e excesso de exigências e documentações”, ressaltou.

Durante os debates, Heloisa destacou as diversas ações em que o Sebrae tem atuado para melhorar o ambiente de negócios no país, como o projeto Crescer Sem Medo, que foi sancionado no ano passado. Ela ressaltou que o Sebrae também vem atuando na orientação ao crédito para pequenas empresas em programas como o Proger/Urbano/FAT e Progerer/BNDES, além do próprio Fundo de Aval do Sebrae (Fampe).

Heloisa lembrou que o projeto Crescer Sem Medo previa ainda a criação da Empresa Simples de Crédito (ESC), no qual pessoas físicas poderão ampliar seus recursos em pequenos negócios locais. Embora não tenha sido aprovado inicialmente, o tema da implementação da ESC deverá ser retomado este ano.

A diretora destacou o projeto Senhor Orientador, com a contratação de consultores com mais de 60 anos, que vão auxiliar os pequenos negócios na tomada de crédito. “São consultores com grande experiência no mercado financeiro e que certamente vão contribuir para que os clientes cheguem mais preparados para solicitarem crédito aos bancos”.

Ela lembrou que pesquisas realizadas pelo Sebrae apontam as crescentes dificuldades das pequenas e médias empresas terem acesso a financiamentos. “Muitas vezes, o empresário acaba tomando o empréstimo como pessoa física, o que não é o ideal”, afirmou.

Durante o painel, Heloisa Menezes também enfatizou a necessidade de melhoria da estrutura tributária para estimular o desenvolvimento dos pequenos negócios. O painel contou com a participação do secretário Especial da Micro e Pequena,  José Ricardo Martins da Veiga, Michel Gutnik, CEO da Agroseed, e Otávio Araújo, CEO da Dotz.

Fonte: Empreendedor


Grandes vendedores do Mercado Livre e Elo7 contam seus segredos

Veja dicas de quem consegue faturar alto pela internet em grandes marketplaces, acessíveis para pequenos empreendedores

Mais do que um caminho para iniciar um negócio, marketplaces podem ser sinônimo de gordos (e sustentáveis) faturamentos. Para isso, é necessário se diferenciar em um terreno relativamente democrático.Quem tem mais dinheiro para investir geralmente consegue ter mais destaque em buscas nesses sites. Mas, ainda assim, o mais importante é ter avaliações positivas de clientes, que ficam visíveis nos sites para qualquer um que visita a loja virtual. Isso dá segurança para novos compradores. Além disso, bom atendimento antes e depois da venda é fundamental.
Como forma de inspirar quem quer se aventurar no comércio eletrônico sem investir em um site próprio, vendedores contam sua trajetória de sucesso em dois grandes marketplaces. Um deles, o Mercado Livre, é voltado para pequenos e médios empreendedores, enquanto o outro, o Elo7, é indicado para microempresários que vendem produtos artesanais. Fraudes no e-commerce: Veja com a Conciliadora como evitar um dos principais motivos de fechamento de lojas online Patrocinado Confira, a seguir, as dicas de grandes vendedores para faturar alto ao vender pela internet:

QualitySP.com, no Mercado Livre

Ednilson Brandão, dono da loja QualitySP.com no Mercado Livre

Ednilson Brandão, dono da loja QualitySP.com no Mercado Livre (Arquivo pessoal/Divulgação)

Nome: Ednilson BrandãoFaturamento médio mensal: R$ 700 milHá 17 anos, quando o comércio eletrônico ainda dava seus primeiros passos no país, o técnico em marketing Ednilson Brandão, 49 anos, começou a vender produtos em marketplaces. O empreendedor tomou essa decisão pouco depois de fechar uma loja física de acessórios automotivos.Com sua experiência e contatos como representante comercial, Brandão começou vendendo os produtos com os quais já estava acostumado. Sozinho e gerenciando a loja virtual na sala de sua própria casa, ele foi pouco a pouco expandido a linha de produtos comercializados. No ano passado, faturou 12 milhões de reais, do qual 75% foi obtido por vendas em marketplaces.O segredo para ter enfrentado a concorrência que desembarcou nesses sites ao longo do tempo foi priorizar a qualidade de atendimento e pontualidade na entrega de produtos. “Busquei não apenas crescer, mas proporcionar uma boa experiência de compra aos clientes. Vi muitos concorrentes fecharem o negócio porque perderam a mão nesse quesito”, conta o empreendedor.Esse aprendizado foi obtido na prática. Em 2012, Brandão contratou um diretor para auxiliar nas vendas de sua loja virtual. O novo funcionário se empolgou demais com o potencial do negócio. “Quebramos recordes de vendas, mas não conseguimos dar um bom atendimento aos clientes. Como resultado, nosso faturamento caiu 50% no segundo semestre daquele ano por conta de clientes insatisfeitos, que prejudicaram a imagem da empresa”.A operação, conta, foi retomada aos poucos. “Passei a analisar cada avaliação postada no site por um cliente. Quem não ficar atento a isso pode até vender muito, mas não conseguirá manter o negócio por muito tempo”.Outro diferencial do negócio, conta o técnico em marketing, foi sempre selecionar bons produtos para comercializar na loja, com origem comprovada. “O segredo é evitar dor de cabeça. Se um produto começa a gerar reclamações, eu paro de vendê-lo e ainda questiono o fabricante sobre os problemas relatados”.

Voolt, no Mercado Livre

Renan Farias, sócio da Voolt, loja do Mercado Livre

Renan Farias, sócio da Voolt, loja do Mercado Livre (Arquivo pessoal/Divulgação)

Nome: Renan FariasFaturamento médio mensal: R$ 300 milO administrador Renan Farias, 30 anos, vende acessórios automotivos há cinco anos em marketplaces. O canal, que antes representava a totalidade das vendas feitas pelo empreendedor em um pequeno escritório, corresponde hoje a apenas 30% do seu faturamento.Isso porque o resultado do negócio é complementado agora por vendas feitas em uma loja física e também por uma empresa do grupo especializada em vender os produtos em atacados e concessionárias. Farias conta que começou sozinho e hoje divide o negócio com mais três sócios.O segredo para vender bem pelo canal foi criar produtos exclusivos, como centrais multimídias que poderiam ser instaladas em diversos modelos de carros. Para isso, Farias fez viagens à China, onde os produtos passaram a ser fabricados. “Optei por criar uma linha exclusiva de produtos para fugir da guerra de preços”, conta o administrador.Como os produtos eram importados e precisavam ser encomendados em lotes grandes para compensar o custo do frete, exigiram um investimento inicial de 100 mil reais.Outro diferencial para ser bem sucedido em venda por marketplaces, conta o empreendedor, foi sempre ter reinvestido o lucro da empresa na loja virtual, além de buscar oferecer um bom atendimento e ser ágil na entrega.

Divina Caixa, no Elo7

Cintia Pacco D´arienzo com sua mãe e irmã, donas da loja Divina Caixa, no Elo7

Cintia Pacco D´arienzo com sua mãe e irmã, donas da loja Divina Caixa, no Elo7 (Arquivo pessoal/Divulgação)

Nome: Cintia Pacco D´ArienzoFaturamento médio mensal: R$ 25 milO negócio começou quando Fabiana, irmã da bióloga Cintia Pacco D’Arienzo, 41 anos, resolveu casar e pediu para a mãe Edivana produzir caixas para dar de presente aos seus padrinhos na cerimônia. Edivana nunca havia produzido artesanato, mas encarou a tarefa e buscou materiais na tradicional rua do comércio em São Paulo, a 25 de Março.O resultado agradou não apenas sua filha, mas também amigos, que passaram a encomendar os produtos. Foi aí que as três viram uma oportunidade de negócio e resolveram colocar os produtos para venda em marketplaces.O diferencial, conta Cintia, foi divulgar diariamente a loja virtual em redes sociais como Facebook e Instagram. “Enquanto o Facebook fideliza o cliente, que segue a página e continua lá por bastante tempo, anúncios no Instagram conseguem capturar vendas por impulso”.Para criar os anúncios patrocinados nas duas redes, Cintia analisou o perfil das suas clientes. “Optamos por horários nos quais conseguimos historicamente gerar mais comentários”. Inicialmente, os anúncios deram tanto retorno que a empreendedora teve de reduzir a quantidade de publicidade contratada. “Não estávamos dando conta de produzir os produtos a tempo”.Expor variedades de cores de um mesmo produto na loja virtual também fez diferença para o sucesso do negócio, conta. “Nosso público são noivas que gostam de visualizar as encomendas. Então caprichamos nas fotos e buscamos mandar imagens do item com diversos tipos de fitas e outros acessórios”.

Design feito à mão, no Elo7

Durva Simão, dono da loja Design feito a mão no Elo7 (Arquivo pessoal/Divulgação)

Nome: Durva SimãoFaturamento médio mensal: R$ 10 milO publicitário Durva Simão, 45 anos, fazia freelancers em agências de comunicação até que começou a produzir cadernos como hobby. “Os amigos começaram a se interessar e eu dava de presente”. Durva começou então a vislumbrar uma oportunidade de negócio e passou a vender cadernos em marketplaces, apesar de continuar a trabalhar como freelancer. Quatro anos depois, ao romper um contrato com um grande cliente, resolveu entrar de vez na venda pela internet.Após criar uma estratégia de marketing e novos produtos, conseguiu triplicar as vendas que vinha obtendo pelo canal. O segredo foi ter ousadia. “Comecei fazendo cadernos semelhantes aos que via nos cursos de encadernação artística. Mas fiz buscas pela internet e todo mundo fazia a mesma coisa. Resolvi então criar um design diferente, mais moderno. Deu certo”.Ter produtos exclusivos permitiu a Simão cobrar um valor maior pelos itens. “Além de ter um design próprio, meus cadernos são personalizados. Coloco número de páginas e faço as modificações que o cliente quiser. Isso também é um diferencial”.Outra estratégia de negócio do empreendedor sempre foi embalar cuidadosamente os cadernos e incluir pequenos brindes nas encomendas. “A avaliação dos clientes não é obrigatória no site. Então, busco incentivá-lo impressionando. Ter avaliações positivas faz diferença no site”.Simão continua tocando o negócio sozinho, mas terceiriza a produção de pedidos maiores. “Meu foco agora é buscar diminuir o tempo de produção sem perder o caráter artesanal dos produtos”.O empreendedor também busca responder perguntas enviadas por clientes rapidamente. “Fico sempre de olho no aplicativo do site, mesmo durante os finais de semana e à noite”.

Lívia Fantasias, no Mercado Livre 

Livia Melo, dona de uma loja de fantasias no Mercado Livre

Livia Melo, dona de uma loja de fantasias no Mercado Livre (Arquivo pessoal/Divulgação)

Nome: Lívia MeloFaturamento médio mensal: R$ 8 milLívia Melo, 58 anos, tinha uma loja física de confecção de uniformes escolares e fantasias e costumava ficar com um estoque de produtos. A solução era doar as peças para a sua neta, até que sua filha sugeriu que vendesse os produtos encalhados em marketplaces. “Consegui vender todos pelo canal. Não esperava tanto retorno”, conta a empreendedora.Lívia começou a investir na sua loja online e colocou à venda no canal, no ano passado, uma fantasia da novela “Cúmplices de um resgate”, transmitida pelo SBT. As vendas explodiram. “Busquei fazer o produto com qualidade de uniforme. Gasto mais com mão de obra, mas prefiro ter uma margem maior na venda do produto do que escala”.Para atender a alta demanda do canal virtual, Lívia contratou uma pessoa para responder a perguntas de potenciais clientes, empacotar e enviar os produtos pelo correio. “Quando o cliente erra o tamanho, busco fazer a troca na hora”.A empreendedora também renova a linha de produtos vendidos quando verifica que as perguntas sobre determinado item vão diminuindo. “É um bom termômetro de que é hora de apostar em novos itens”.Fonte: Exame

“PAIXÃO É O QUE DIFERENCIA O BRASILEIRO DE OUTROS EMPREENDEDORES DO MUNDO”

Yong Su Kim, vice-presidente para pequenas e médias empresas na América, contou como a gigante vê o empreendedor brasileiro

Yong Su Kim, vice-presidente para pequenas e médias empresas na América do Google (Foto: Ed. Globo/ Celso Doni)
Não falta paixão ao empreendedor brasileiro. É o que afirma o sul-coreano Yong Su Kim, vice-presidente para pequenas e médias empresas do Google na América. Em uma visita ao país, o executivo da gigante de tecnologia contou com exclusividade à PEGN o que pensa sobre o empreendedorismo brasileiro. “Coisas muito legais estão acontecendo no mercado brasileiro. Há muito potencial no país", diz.Não foi por acaso que o Yong Su Kim foi escolhido para este cargo. Ele era empreendedor antes de entrar no Google. Comandava uma startup chamada HanPerson, voltada para a criação de aplicações e games na internet. Ele utilizava os serviços do Google em suas tecnologias e aprendeu segredos da pontocom. Alguns anos depois, recebeu o convite para trabalhar exatamente na área de pequenas e médias empresas. Hoje, comanda o setor em todos os países das Américas do Sul, Norte e Central.O executivo aproveitou sua estadia no Brasil para dizer como está vendo o empreendedorismo no país. “Acredito que não falta nada ao empreendedor brasileiro. Ele é muito criativo e compete de igual para igual com empresários de todo o mundo. A sua paixão o diferencia de outros empreendedores no mundo.”Yong Su Kim, entretanto, ainda acha que o empresário brasileiro pode pensar mais globalmente. “O Brasil é um grande mercado, mas estar online possibilita que o empreendedor atinja consumidores ao redor do mundo. Falta uma cultura de exportação”, afirmou. O vice-presidente também contou o que o Google planeja para o Brasil.Confira, abaixo, a entrevista completa:Você foi empreendedor. Por que voltou ao mercado de trabalho? O que aconteceu com a sua startup?Eu estou na indústria de tecnologia há 12 anos. Já trabalhei em grandes, médias e pequenas empresas. Depois de trabalhar em diferentes estágios dessas companhias, fui pego pela veia empreendedora. Iniciei uma startup focada em internet. Comecei 11 anos atrás e toquei o  negócio por quatro anos. Quando você tem uma companhia, você atinge um ponto em que precisa tomar uma decisão: continuo tocando esse negócio ou tento procurar um novo projeto? Nesse momento eu fui contatado pelo Google. Foi um timing perfeito, porque eles estavam precisando de alguém para a área de pequenas e médias empresas – e é basicamente o que eu faço hoje. Depois que entrei na empresa, eu percebi que precisava fechar a minha startup para dar 100% de mim para o trabalho.O que você planeja para os empreendedores brasileiros, particularmente?Estamos muito animados com o que está acontecendo no Brasil. O país vem vivendo um ciclo econômico mais delicado, mas o que realmente é interessante é que nós achamos que mesmo assim coisas boas estão acontecendo. No ano passado fizemos um grande investimento em equipe no Brasil e esperamos colher os frutos este ano. Vemos o país como um mercado com muitos usuários de internet. E o que é mais curioso é que os usuários são muito ativos. Cerca de 90% dos usuários estão online diariamente. Outra coisa legal é que o Brasil é o segundo maior mercado em termos de pesquisas do Google. Então, estrategicamente é um país muito importante. Neste momento, estamos tentando posicionar o Google como a ferramenta de crescimento dos empreendedores brasileiros. Por isso, trouxemos ao país iniciativas como Google Launchpad, YouTube Space e Google Campus São Paulo.Mesmo que usuários brasileiros estejam online, o empreendedor ainda usa pouco o marketing digital para o seu negócio. Como educá-lo?Se você olha para o mercado digital do Brasil, são 10 milhões de pequenas empresas. Há muitos empreendedores – os estudos mostram que há novos negócios sendo criados com muita frequência. O que a gente nota é que, segundo dados, 43% desse total de empresas não está online. Então eu acredito que o primeiro passo a ser dado é que todos criem uma presença online. Coloque sua empresa na internet à disposição do cliente – fazendo com que ele possa achá-lo. A outra coisa é que queremos que essas pessoas saibam de todo o potencial do mercado digital antes de tentar conquistá-lo. Saber como atingir a comunidade, vendo os benefícios do marketing digital. Mas também é importante que eles façam essa transição na sua própria velocidade, para fazer da maneira correta. O primeiro passo a ser dado é estar online. É importante que empreendedores entendam que ele precisa estar onde seus consumidores estão – e os consumidores brasileiros estão online, procurando por negócios. Outra tendência é que as pessoas antes usavam o desktop para procurar negócios e agora elas estão fazendo isso pelo celular. Eu acredito que também é providencial pensar mobile.Quando você olha para o brasil e o compara com outros países, o que o empreendedor brasileiro precisa mais?Acredito que não falta nada ao empreendedor brasileiro. Ele é muito criativo e compete de igual para igual com empresários de todo o mundo. Mas acho que o empreendedor brasileiro precisa exportar mais. O Brasil é um mercado enorme, mas um dos benefícios de estar online é aproveitar consumidores de todo o mundo. O mundo está global e os brasileiros devem pensar em aproveitar essas oportunidades. Isso está mais fácil hoje em dia e acho que as empresas brasileiras precisam olhar mais para fora.Qual a diferença entre o empreendedor brasileiro e o norte-americano? O que o Google faz de diferente no país?Eu venho bastante para o Brasil e eu acho que empreendedores são parecidos ao redor do mundo. São apaixonados. Mas no Brasil há uma paixão extra, que diferencia os empreendedores brasileiros do resto do mundo. No geral, o Google tenta pensar globalmente. Então se a empresa cria algo como o Google Campus nos Estados Unidos, a ideia é que isso seja levado para outros países – como fizemos com o Google Campus São Paulo. A diferença é que nós tentamos trazer características locais aos projetos. Cada local é diferente, mas a ideia é a mesma: ajudar os empreendedores a crescerem.O Brasil tem déficit de inclusão digital. Como levar educação digital e criar produtos para pessoas?Esse é um problema que trabalhamos para resolver. Temos uma iniciativa chamada Next Billion Users (próximo bilhão de usuários, em tradução livre) voltada exatamente para isso. O NBU [como ficou conhecido] reúne programas, produtos e ações para a geração que está prestes a entrar no mundo digital. Entre elas, estão lançamentos como um aplicativo offline do YouTube, que deve chegar logo ao mercado, e pontos de WiFi em estações de trem ao redor do mundo. E sabemos que esses novos usuários vão surgir de lugares como o Brasil, países com menos estrutura e diferentes tipos de smartphones. Exatamente por conta disso, o nosso desafio é facilitar a transição de quem vai se iniciar no mundo digital. Por isso o Google trabalha para desenvolver produtos que consigam atingir toda essa camada de pública da forma mais plena.Fonte: PEGN

Como um dentista (e lavador de pratos) fundou a rede China in Box

Robinson Shiba foi aos EUA para aprender inglês. Porém, um assalto o levou a um subemprego na cozinha - e a uma grande oportunidade de negócio

O futuro empreendedor Robinson Shiba tinha 20 anos de idade quando foi aos Estados Unidos para estudar inglês por dois meses, após seu pai ter juntado a quantia necessária. Porém, algo mudaria sua vida para sempre: um assalto.
Sem querer contar para o pai o que havia acontecido, o então estudante de odontologia resolveu se sustentar por meio de qualquer emprego que arrumasse. Indo de lavador de pratos a entregador, pôde observar bem como era o mercado de delivery nos Estados Unidos. E teve uma ideia que mudaria sua vida.Esse foi o começo de duas grandes redes, abertas no ano de 1992: a China in Box, que hoje possui 153 unidades em funcionamento, e o Gendai, com 62 restaurantes. Saiba mais: 10 franquias que faturam mais de R$ 100 mil ao mês Segundo os últimos dados das redes, que hoje são parte do Grupo Trends Food, 6,5 milhões de pratos são servidos por ano, em 22 estados brasileiros.Como se isso fosse pouco, Shiba também acumula o cargo de investidor pelo programa Shark Tank Brasil, que recebe até 20 de abril inscrições para novos empreendedores.Em entrevista a EXAME.com, o empreendedor contou um pouco mais sobre sua trajetória – e deu dicas para quem também quer fundar uma grande rede.“Se puder, trabalhe dentro de um negócio do ramo. Invista seis meses em um emprego desses e aprenda de quem é realmente é alma do empreendimento”, recomenda. “Aprendi naquele meu primeiro emprego que não existem pessoas mais importantes dentro de um restaurante.”Confira, a seguir, os trechos mais importantes da entrevista:EXAME.com – De onde surgiu a ideia para abrir a rede China in Box?Robinson Shiba – Eu tive como grande inspiração a carreira do meu pai, que era dentista e tinha, em paralelo, uma loja de materiais para construção aqui em São Paulo. Fui também estudar Odontologia e tinha em mente ou continuar com a loja de materiais ou abrir meu próprio negócio.Em 1989, tive a oportunidade de fazer um curso de idiomas nos Estados Unidos por dois meses. Mas acabei ficando mais: no começo da viagem, eu fui assaltado. Eu sabia quão difícil tinha sido para meu pai juntar dinheiro e realizar aquele meu sonho de ir aos Estados Unidos. Era a minha primeira viagem internacional. Como muitos orientais, sou meio orgulhoso. Não quis pedir ajuda a ele e nem ir ao consulado.Então, consegui arrumar um emprego lá mesmo, como assistente de cozinha e depois como entregador – ou seja, atividades que eram consideradas subempregos. Conseguia me manter, e acabei ficando um ano nos Estados Unidos.Nesse tempo, pude observar como a comida era feita lá. A culinária chinesa era algo estabelecido, e o americano já tinha como hábito pedi-la por delivery. Enquanto isso, no Brasil, a nossa única opção de entrega à domicílio eram as pizzas.Voltei ao Brasil em 1990, mas meus planos de abrir o negócio tiveram de ser adiados. Primeiro, meu pai me aconselhou a terminar o curso para só depois montar o restaurante; o Plano Collor acabou confiscando o dinheiro de todo mundo, inclusive da minha família; e eu casei e tive um filho. Mas, em 1992, abri a primeira unidade do China in Box, em Moema [São Paulo].EXAME.com – Como foi para convencer o público brasileiro a aceitar um sistema de delivery na caixinha e de culinária chinesa? O retorno demorou para aparecer ou não?Essa foi uma das grandes batalhas que a gente enfrentou: como educar a população a pedir comida chinesa. Para isso, usei muito, mas muito mesmo, a publicidade em folhetos. Também contratei uma assessoria de imprensa e tive também muita ajuda da mídia impressa, que escrevia matérias sobre a novidade que era o China in Box.Os primeiros seis meses foram os mais difíceis, porque as pessoas ainda estavam se acostumando ao negócio. Mas, no segundo semestre de restaurante, o bairro de Moema já havia adotado a culinária chinesa como opção de delivery.Com os recursos da primeira loja, abri uma segunda. Isso levou a outras quatro lojas, em sociedades com amigos. Só então viramos uma rede de franquias.EXAME – Por que você decidiu apostar em uma nova rede, o Gendai, apenas dois meses depois de ter aberto a primeira loja do China in Box?No Gendai era algo um pouco diferente: eu tinha outros sócios e estava mais como conselheiro e investidor. Foi uma decisão mais por diversificação de investimento e também por acreditar que a culinária japonesa seria uma opção que o brasileiro iria adotar.O começo foi ainda mais difícil do que no China in Box, porque a comida crua era mais exótica. A comida chinesa tinha uma aceitação maior, com a existência de grandes restaurantes tradicionais, enquanto a japonesa era muito restrita ao bairro da Liberdade. Mas, hoje, a comida japonesa tem uma grande aceitação – talvez até maior do que a chinesa.EXAME.com – Qual você acha que foi sua maior dificuldade ao longo da trajetória do China in Box e do Gendai?O mais difícil é você tirar a ideia do papel e pôr em prática. Esse é o momento mais complicado. Claro que, depois da abertura, aparecem dificuldades que não dependem só de você, como a situação do país. Mas sair de algo que não existia para algo concreto é, para mim, o mais complicado.EXAME.com – E quais dicas você daria para quem também quer criar uma grande rede?O que é básico: se você quer criar uma grande rede, você tem que ter uma primeira loja de sucesso. Para que ela vire uma grande rede, você não pode simplesmente aceitar um resultado mediano e abrir uma outra unidade. Você tem que abrir algo diferente, algo com excelência.Se você não conhece o negócio, também é preciso se planejar. Hoje, com a internet, você busca o mercado em que você quer atuar e aparecem redes do mundo inteiro. Dá para visitar o interior das lojas e conhecer os produtos sem sair de casa. Se você puder ir presencialmente, melhor.Mais ainda: se puder, trabalhe dentro de um negócio do ramo. Invista seis meses em um emprego desses e aprenda de quem é realmente é alma do empreendimento. Neste momento, em que eu estou conversando com você, há muitos atendentes e cozinheiros do China in Box que fazem acontecer. Aprendi naquele meu primeiro emprego que não existem pessoas mais importantes dentro de um restaurante.EXAME.com – Como você avalia a situação do país, em termos de oportunidades para o empreendedorismo?Eu continuo acreditando muito no Brasil. Infelizmente, muitos amigos meus que investiram em negócios e geraram empregos foram embora. Mas agora é a hora que aparecem bons negócios, se você souber aproveitar. É como foi em 1992: no ano em que eu abri o China in Box e o Gendai, Collor sofreu o impeachment.Eu soube entender o momento e vi que meu orçamento coube para os pontos que estavam sendo oferecidos. Cada novo negócio gera empregos; cada nova pessoa empregada consome; e o ciclo volta a ser virtuoso. Agora é hora de investir.Fonte: Exame

6 INSTITUIÇÕES COM CURSOS GRATUITOS PARA EMPREENDEDORES

USP, Sebrae e outras instituições oferecem capacitação de graça para quem quer empreender

home office; freelancer; computador; notebook; startups; trabalho; sucesso (Foto: ThinkStock)
Falta de gestão é um dos motivos que mais atrapalham as pequenas empresas. Em partes, os problemas costumam ser causados porque os empreendedores não buscam capacitação específica para lidar com finanças, estoque, equipe e vendas.A boa notícia é que hoje é possível encontrar material de graça online para melhorar a gestão da sua empresa. No Sebrae, por exemplo, o empreendedor encontra mais de 150 tipos de cursos e aulas para o negócio.
Confira abaixo essa e outras instituições com cursos gratuitos sobre empreendedorismo e gestão:1. Sebrae O Portal de Educação a Distância Sebrae recebeu 45 novas capacitações e oferece agora 150 soluções educacionais entre cursos, oficinas, minicursos, jogos, dicas empresariais e vídeos. Para os interessados em começar um negócio, estão disponíveis 64 opções de cursos. Outras 86 opções são exclusivas para quem já possui Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ).2. Fundação Getulio Vargas (FGV) A Fundação Getulio Vargas (FGV) oferece diversos cursos gratuitos por meio de sua plataforma online. As aulas digitais têm temas como Recursos Humanos, Investimentos, Direitos Autorais e Finanças Pessoais. Para se inscrever nos cursos, é preciso apenas fazer um cadastro no site da FGV Online.3. Universidade de São Paulo (USP) A Universidade de São Paulo (USP), por meio da plataforma de ensino Veduca, oferece cursos a distância com assuntos relacionados ao empreendedorismo. Todos eles são gratuitos. Entre os temas das aulas estão Gestão de projetos, Fundamentos de Administração e Liderança, Gestão de Pessoas e do Conhecimento para Inovação, entre outros.4. Endeavor A Endeavor, organização de fomento ao empreendedorismo, oferece 18 cursos gratuitos e online para quem quer abrir um negócio. As aulas são de especialistas em várias áreas como vendas, inovação, gestão de pessoas, estratégia e marketing.5. Senai O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) oferece cursos gratuitos a distância sobre vários temas que ajudam tanto a capacitar a equipe quanto o empreendedor. As aulas estão disponíveis online ou como material impresso. Os cursos abordam temas como empreendedorismo, legislação trabalhista, segurança no trabalho e propriedade intelectual.6. Unicamp A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) criou uma série de cursos online com a plataforma Coursera. Um deles é sobre empreendedorismo. As aulas são dadas por Paulo Lemos, professor do Curso "O Empreendedorismo e as Competências do Empreendedor". É destinado a empreendedores que já identificaram uma oportunidade de negócio ou para quem quer ter uma visão ampla das competências que o empreendedorismo exige.Fonte: PEGN

Ele criou sua empresa aos 16 anos – e já fatura milhões com ela

Alex Pinhol começou a empreender desde cedo, em casa. Uma ideia transformou o bico em um negócio que faturou R$ 3 milhões em 2016

Alex Pinhol não esperou acumular anos de experiência para abrir sua própria empresa. Ainda adolescente, o futuro empreendedor percebeu uma oportunidade de negócio e, então, fez o que muitos não fariam: resolveu largar a estabilidade de um emprego para investir na sua ideia de levar o marketing digital para empresas que nem site tinham.O risco valeu a pena: o empreendimento criado em 2009, chamado Webfoco, conseguiu centenas de clientes e se tornou um distribuidor oficial dos produtos publicitários da gigante de tecnologia Google. Em 2016, faturou três milhões de reais – e quer ganhar ainda mais este ano.

História de negócio

Pinhol começou a trabalhar cedo, aos 13 anos de idade: ele perdeu o pai e era o mais de velho de quatro filhos. “Morávamos em uma casa que tinha apenas um cômodo. Eu trabalhei em vários lugares para ajudar a minha mãe”, conta.Um desses empregos, em uma agência de publicidade, abriu seus olhos para uma nova carreira: o empreendedorismo. “Quando eu trabalhava nessa empresa, comecei a perceber que havia muitas falhas ao atender o cliente, vender os projetos publicitários e fazer a entrega deles. Por exemplo, a agência e os funcionários não se atualizavam e usavam tecnologias obsoletas.”Então, menos de um ano depois, Pinhol teve a ideia de abrir seu próprio negócio. ”É claro que toda empresa tem problemas, mas eu vi que havia muitos clientes que foram perdidos por conta dessas falhas. Pensei que poderia adotar um processo diferente e trazer mais qualidade.”Porém, aos dezesseis anos de idade, o futuro empreendedor não poderia se formalizar como MEI: é preciso ter 18 anos ou, então, ser emancipado pelos pais. Então, Pinhol passou um tempo trabalhando de casa, fazendo sites para alguns clientes.Esse foi o começo da Webfoco, em 2008. “O negócio começou com zero investimento: eu mesmo atendia, vendia e produzia. Com o passar do tempo, mesmo sem CNPJ, consegui reinvestir o que havia ganhado e aluguei um escritório. Comecei a crescer mais, e pude contratar um funcionário para a produção, enquanto eu só ficava nas vendas.”

Crescimento e metas

Para Pinhol, a Webfoco cresceu porque aproveitou uma época diferente de hoje, na qual muitas empresas não tinham nem um site, e assumiu a dianteira ao pivotar do desenvolvimento para a publicidade digital.“Tínhamos de convencê-lo de que o site era o futuro e de que, ao investir para atrair os clientes a esse site, ele teria mais vendas. Ou seja, mostrar a importância do marketing digital”, diz Pinhol. “Há clientes que estão comigo desde o início da empresa.”A empresa conseguiu convencer seus clientes não só a entrar na internet, mas passar a investir em um tipo de publicidade que se tornaria comum no futuro: anúncios no Google.Em 2010, a Webfoco se tornou uma “Google Partner” e recebe até hoje treinamentos sobre as ferramentas de anúncio da plataforma, como AdWords.Cinco anos depois, a empresa virou uma distribuidora oficial do Google. “É um grupo de apenas 18 negócios brasileiros, e isso dá direito a um atendimento diferenciado pelo time deles. A principal exigência é trabalhar suas contas com qualidade, além de um certo investimento em mídia do Google”, afirma. Segundo Pinhol, a Webfoco administra hoje cerca de 10 milhões de reais de seus clientes apenas em mídia do Google.Com o tempo, porém, mais negócios focados em marketing digital surgiram – e a Webfoco teve de investir mais para atrair e manter clientes. Por isso, em 2012, criou uma plataforma própria, que mostra aos clientes os resultados em tempo real de suas campanhas de marketing digital.“Ela mostra online quantas pessoas procuraram o produto vendido pelo cliente, viram o anúncio e clicaram, ligaram ou mandaram e-mail para a empresa. Consigo também saber palavras-chave, dia, horário e região de pesquisa. Um relatório muitas vezes é complexo, então fizemos um site fácil de acessar e de entender para nosso cliente”, explica o empreendedor.A plataforma gera indicadores de como é o comportamento do público-alvo de cada negócio atendido. Assim, a Webfoco investe o dinheiro do consumidor apenas no formato que dará mais resultado.

Escritório da Webfoco (Webfoco/Divulgação)

“Era algo novo no Brasil, mas que já existia nos EUA. Tínhamos feito três viagens ao país e trouxemos muitas ideias de fora para nossa plataforma. Quando lançamos, o sucesso foi gigantesco.”Nove anos depois de sua fundação, a Webfoco possui mais de 30 funcionários e atende mais de 800 clientes – como, por exemplo, a Faber Castell. Em 2016, o negócio faturou três milhões de reais.“Como meta para 2017, queremos crescer em 40% nosso número de clientes. A ideia é faturar cinco milhões de reais no ano”, resume Pinhol.Fonte: Exame

TERCEIRIZAÇÃO IRÁ AMPLIAR MERCADO PARA OS PEQUENOS NEGÓCIOS

Presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, comemorou votação da Câmara

 
Guilherme Afif Domingos, presidente do Sebrae (Foto: Divulgação)
O presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, comemorou a regulamentação da terceirização, aprovada na noite dessa quarta-feira (22) pela Câmara dos Deputados. Afif é defensor do modelo e acredita que a contratação de empresas terceirizadas é uma das saídas para a crise. “A terceirização é um fator de geração de emprego. É uma oportunidade para o surgimento de muitas atividades para novos empreendedores que hoje são trabalhadores. O operário vira empresário”.De acordo com pesquisa realizada pelo Sebrae, 41% dos donos de pequenos negócios acreditam que poderão aumentar o faturamento com o fornecimento de serviços terceirizados. “A terceirização irá permitir que as empresas participem de cadeias produtivas como prestadoras de serviços especializados ou tenham contratos de trabalho que sejam adequados às modernas relações que a CLT não contempla e traz insegurança jurídica”, pontua Afif.
A pesquisa do Sebrae também apontou que apesar da terceirização ser uma possibilidade para aumentar o faturamento das empresas, menos da metade dos empreendedores pensam em terceirizar a sua própria mão de obra. O levantamento constatou que duas em cada três micro e pequenas empresas com empregados não têm interesse em terceirizar parte das suas atividades-fim. “Esse resultado reforça mais ainda a minha tese: a regulamentação da terceirização não deve ser confundida com a precarização da força de trabalho. Precarização é a falta de trabalho”, conclui o presidente do Sebrae.
Entre os pequenos negócios que veem oportunidades em oferecer serviços para as médias e grandes empresas estão os de reparação de veículos e de equipamentos, de promoção de eventos, os de serviços de transporte e hospedagem e os ligados à construção civil. As atividades ligadas à educação também são vistas como promissoras para oferecer serviços terceirizados.Fonte: PEGN

Conheça quais são as obrigações acessórias de quem é Simples Nacional

As empresas optantes pelo Simples Nacional precisam estar atentas com as suas obrigações acessórias tal qual qualquer outra empresa enquadrada em outro regime.
Muitas dúvidas surgem sobre impostos federais que devem ser retidos e sobre as regras impostas pelo Governo Federal, como a recente alteração que aumentou a alíquota do Imposto de Renda sobre o ganho de capital, que saltou de 15% para até 22,5% para as empresas optantes pelo Simples Nacional através da  Lei nº 13.259/2016, alterando o artigo 21 da Lei nº 8.981/1995.Mas afinal de contas, quais seriam os itens que as empresas enquadradas como Simples Nacional precisam focar as suas atenções?Para esclarecer quaisquer dúvidas sobre este tema, Marcos Rodrigues, presidente do Contabfácil,  ferramenta online que trata de toda a contabilidade de empresas do Simples Nacional, Profissionais Liberais e MEIs, explicou cada uma das obrigações acessórias do Simples Nacional, ou seja, as declarações obrigatórias que precisam ser enviadas para a Receita Federal.1 – Declaração ÚnicaDeclaração de Informações Socioeconômicas e Fiscais – DEFISÉ similar a antiga Declaração de Rendimentos da Pessoa Jurídica – DIPJ e é entregue anualmente até 31 de março do ano subsequente. Nela são informados:– Saldo inicial e final de caixa/bancos;– Faturamento;– Lucro líquido;– N. de funcionários;– Sócios:– participação societária;– pró-labore;– IRRF;– dividendos2 – Emissão de Nota Fiscal e ArquivamentoA emissão da NF varia de acordo com o município mas, independente do local, o emissor deverá manter os arquivos por 5 anos. A mesma regra vale para o modelo de Nota Fiscal para Serviços de Qualquer Natureza – NF  – ISS3 – Livros fiscais e contábeisPara o Simples Nacional é permitida a emissão de livro caixa mas, com o objetivo de comprovar o lucro a ser distribuído com escrituração contábil, emitimos o livro razão e diário para todas as empresas.4 – Apuração mensalMensalmente é enviada uma declaração com o objetivo de apurar o imposto e gerar o DAS (guia para pagamento)5 – Guia de Recolhimento do FGTS e de Informações à Previdência Social – GFIPEnviada mensalmente, refere-se às informações de pró-labore e emite a guia de INSS (GPS).6 – Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte – DIRFEnviada anualmente para as empresas que façam retenção de impostos (IRRF ou CRF) de seus fornecedores.7 – Relação Anual de Informações Sociais –  RAISDeclaração anual referente aos funcionários. Caso não tenha funcionário, é necessário enviar a RAIS NEGATIVA.Tributos não Abrangidos pelo RegimeA cereja do bolo para quem opta pelo Simples Nacional está nos tributos que não estão inseridos.O recolhimento centralizado de tributos no Simples não abrange os seguintes 15 itens:I – Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou Relativas a Títulos ou valores Mobiliários (IOF);II – Imposto sobre Importação de Produtos Estrangeiros (II);III – Imposto sobre exportação, para o Exterior, de Produtos Nacionais ou Nacionalizados (IE);IV – Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR);V – Imposto de Renda, relativo aos rendimentos ou ganhos líquidos auferidos em aplicações de renda fixa ou variável;VI – Imposto de Renda relativo aos ganhos de capital auferidos na alienação de bens do ativo permanente;VII – Contribuição provisória sobre movimentação ou Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos de Natureza Financeira (CPMF);VIII – Contribuição para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS);IX – Contribuição para manutenção da seguridade social, relativa ao trabalhador;X – Contribuição para a Seguridade Social, relativa à pessoa do empresário, na qualidade de contribuinte individual;XI – Imposto de Renda relativo aos pagamentos ou créditos efetuados pela pessoa jurídica a pessoas físicas;XII – PIS, COFINS e IPI incidentes na importação de bens e serviço;XIII – ICMS devido:
  1. a) nas operações ou prestações sujeitas ao regime de substituição tributária;
  2. b) por terceiro, a que o contribuinte se ache obrigado, por Força da legislação estadual ou distrital vigente;
  3. c) na entrada, no território do Estado ou do Distrito Federal, de petróleo, inclusive lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, bem como energia elétrica, quando não destinados à comercialização ou industrialização;
  4. d) por ocasião do desembaraço aduaneiro;
  5. e) na aquisição ou manutenção em estoque de mercadoria desacobertada de documento fiscal;
  6. f) na operação ou prestação desacobertada de documento fiscal;
  7. g) nas operações com mercadorias sujeitas ao regime de antecipação do recolhimento do imposto, bem assim do valor relativo à diferença entre a alíquota interna e a interestadual, nas aquisições em outros Estados e Distrito Federal, nos termos da legislação estadual ou distrital.
XIV – ISS devido:
  1. a) em relação aos serviços sujeitos à substituição tributária ou retenção na fonte;
  2. b) na importação de serviços;
XV – demais tributos de competência da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos municípios, não relacionados especificamente (tais como as taxas de licenças, alvarás, etc.).Fonte: Empreendedor

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