São Paulo - O Copom anunciou hoje uma alta de meio ponto percentual na taxa de juros básica da economia, a Selic, que foi de 13,75% para 14,25%.Foi o sétimo aumento seguido, o sexto de meio ponto, o que levou a taxa para seu maior patamar desde 2006. Para os economistas, foi a última alta do ano.A taxa de juros reais, que desconta dos juros nominais a inflação dos últimos 12 meses, está agora em 4,92%.É a maior do mundo, de acordo com um ranking com 40 países formulado pela Infinity Asset Manegement e o site MoneYou. Em seguida vem China (3,40%), Filipinas (2,77%) e Tailândia (2,60%). Em último estão Rússia (-3,30%), Argentina (-11,15%) e Venezuela (-28,97%).A Selic vai demorar para cair, o que deve manter o Brasil em primeiro por um bom tempo: "somente um corte de 1 ponto percentual retira o país da atual posição", diz o relatório.A média geral é de -0,6% e em termos nominais, continuamos na terceira posição. Veja os 40 países do ranking e os juros reais em cada um (juros nominais menos a inflação dos últimos 12 meses):
Segundo o ministro da Fazenda, alguns provedores estão fora das fronteiras e é discutida uma forma de tributação para o setor
Com a queda da arrecadação e com as dificuldades de elevar as receitas, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou nesta terça-feira, 28, que tem conversado sobre a tributação da internet. Segundo Levy, "esse é um dos temas globais". Levy explicou que alguns provedores estão fora das fronteiras e que está sendo discutida uma forma de tributação para o setor. "Cada vez que a economia vai para uma direção, temos que discutir uma maneira correta de tributar essa direção."O ministro fez questão de ressaltar que o "tamanho e distribuição da carga tributária são importantes para o dinamismo da economia". Ao lado do secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, Levy afirmou que, "no segundo semestre, vai aprofundar o trabalho do começo do ano". Para o ministro, em algumas áreas, foram alcançados os objetivos plenamente e em outras será preciso "mais diálogo".Durante evento comemorativo dos 40 anos da Escola de Administração Fazendária (Esaf), Levy ressaltou o momento de transformação que a economia está vivendo e disse que é necessário "encontrar o caminho do crescimento". O ministro recordou ainda que é preciso enfrentar os problemas da Previdência Social, após ajustes sugeridos pelo governo.Outro ponto levantado por Levy foram as taxas internas de retorno das concessões, que, segundo ele, agradaram o mercado financeiro. "Taxas de retorno das concessões em logística foram extremamente bem recebidas pelo mercado", ponderou.Fonte: Isto É
Donald Trump continua acumulando crédito político –ao menos em curto prazo— por seus ataques aos imigrantes e ao México. Uma pesquisa do jornal USA Today o coloca agora no topo da preferência dos eleitores na lista de 15 aspirantes à candidatura republicana para as eleições presidenciais de 2016.Mas, como todas as pesquisas, principalmente tanto tempo antes das eleições e mesmo das primárias partidárias que ao longo de 2016 vão depurar a lista de candidatos, os detalhes contam, e muito. E neles a vantagem de Trump se dilui claramente.O certo é que, segundo a pesquisa, neste momento Trump lidera o campo republicano com 17% de preferências. Seu rival mais próximo, Jeb Bush, vem atrás com 14 %. Nenhum outro aspirante republicano obtém apoio de dois dígitos.Mas –e esse mas é grande- o triunfo de Trump não é absoluto, como adverte o próprio jornal. Para começar, a diferença entre Trump e Bush fica dentro dos 3% de margem de erro da pesquisa realizada com 1.000 adultos entre a quinta-feira e o domingo passados.Além disso, quando se estreitam os números da corrida, sua vantagem continua diminuindo. Sobretudo quando ele é colocado frente à candidata democrata mais forte,Hillary Clinton, o empresário que se tornou político fica com a pior nota dos sete aspirantes republicanos com maior vantagem: enquanto, por exemplo, Bush está só quatro pontos atrás de Clinton (46%-42%) e Marco Rubio, seis, Trump estaria, no caso hipotético de enfrentar em novembro de 2016 a ex-secretária de Estado, 17 pontos abaixo (51% -34%).“Vimos que Donald Trump consegue chegar ao posto mais alto, mas a questão é se conseguirá continuar nesse lugar”, disse David Paleologos, diretor do Centro de Pesquisas Políticas da Universidade de Suffolk que realizou a sondagem junto com o USA Today. Ele lembrou que Trump não seria o primeiro pré-candidato a brilhar como a cigarra que canta no verão para logo depois desaparecer do mapa, quando a corrida se torna realmente séria. “Em 2012, Michele Bachmann e Herman Cain lideravam as primárias republicanas mas acabaram sumindo”, observou o especialista.Por ora, contudo, Trump continua tirando vantagem da onda criada por sua insistência em afirmar que os imigrantes que chegam aos EUA pela fronteira do México são em sua maioria estupradores e traficantes. Ao menos parece ter garantido temporariamente a atenção da mídia, algo nada desprezível com uma lista de pré-candidatos tão extensa como a republicana. Sobretudo quando não cabem todos sequer nos debates televisivos para discutir suas candidaturas.A luta para ter acesso a alguma das limitadas vagas nos debates é feroz. Entra aquele que está no alto das pesquisas no momento. Ou seja, Trump ganhou esse posto. Pelo menos para o primeiro debate de candidatos republicanos, que a rede Fox levará ao ar no dia 6 de agosto. Diante dos 15 republicanos que até agora deram o passo à frente para postular a candidatura pelo partido, só há dez postos nesse primeiro encontro. Trump, que conhece como poucos a máquina da mídia –teve um programa próprio, The Apprentice [O Aprendiz], até que a rede NBC se juntou à longa lista de empresas que se desvincularam do magnata do ramo imobiliário por suas palavras ofensivas contra os imigrantes— tem por enquanto um assento garantido.Enquanto isso, Trump segue notícia, mas não das maneiras mais abonadoras. Nesta semana, voltou a causar polêmica ao publicar em sua conta no Twitter um anúncio de campanha com a bandeira dos Estados Unidos e uma imagem de soldados nazistas. A mensagem foi apagada pouco depois de sua conta oficial @realDonaldTrump.