“Se continuar assim, mais seis meses e acabou”, diz Olavo de Carvalho sobre gestão Bolsonaro

Filósofo elogiou presidente, mas xingou militares que compõem os primeiros escalões do governo federal

BEATRIZ BULLA / ESTADÃO CONTEÚDO
Evento reuniu Olavo, Eduardo Bolsonaro (primeiro e segundo à esquerda, respectivamente) e Steve Bannon (à direita)BEATRIZ BULLA / ESTADÃO CONTEÚDO

Apontado como um dos principais gurus da gestão de Jair Bolsonaro à frente da presidência, o filósofo Olavo de Carvalho fez duras críticas a militares que compõem os primeiros escalões e afirmou que, se o presidente não promover mudanças, seu governo poderá durar apenas mais um semestre.

— Se tudo continuar como está, já está mal. Não precisa mudar nada para ficar mal. É só continuar assim. Mais seis meses, acabou — disse Olavo, no sábado (16) à noite, após a apresentação de um documentário sobre suas ideias no Trump International Hotel, em Washington (EUA).

A declaração foi dada poucas horas antes da chegada de Bolsonaro aos Estados Unidos, com quem deve se encontrar em um jantar na noite deste domingo (17). Em seu linguajar típico, recheado de palavrões, o filósofo se referiu aos militares do governo como um "bando de cagão" e repetiu críticas à imprensa segundo a Agência Estado:

— Ele (Bolsonaro) não reage porque aquele bando de milico que o cerca é tudo um bando de cagão que tem medo da mídia. Por que eles têm medo da mídia? Porque quando terminou a ditadura militar, eles viram que estavam todos queimados com a mídia, foram para casa e decidiram agora fazer o papel de bonzinho. O que o Bolsonaro tem a ver com isso? Nada.

Olavo disse acreditar que o atual presidente é um grande homem, mas cercado por "traidores" em quem não pode confiar. O guru da família Bolsonaro demonstrou mais uma vez sua inconformidade com o vice, general Hamilton Mourão, com quem tem um histórico de atritos. Olavo se referiu a Mourão como "idiota".

— O presidente viaja e qual a primeira coisa que ele faz? Viaja a São Paulo para um encontro político com Doria. Esse cara não tem ideia do que é vice-presidência. Durante a viagem, ele tem que ficar em Brasília — complementou.

O filósofo atribuiu ainda a Mourão uma "mentalidade golpista" por supostamente tentar ampliar seu grau de influência no governo. As declarações foram dadas depois da sessão do filme O Jardim das Afliçõesorganizada pelo polêmico estrategista americano Steve Bannon. O evento reuniu cerca de 60 pessoas entre brasileiros e americanos, incluindo diplomatas da embaixada do Brasil. Durante a visita aos EUA, Bolsonaro se reunirá com o presidente americano Donald Trump.

A aproximação do clã Bolsonaro com Bannon provoca desconforto em parte da Casa Branca. O ex-estrategista de Trump foi afastado em 2017 e chamado de "traidor" pelo próprio presidente americano. Bannon também foi convidado para o jantar com Bolsonaro e Olavo de Carvalho.


Riscos na importação: quais são e como minimizá-los?

Aos gestores que se dedicam à atividade de comércio exterior, há uma clareza bastante unânime: existem riscos na importação que devem ser minimizados. Para isso, algumas estratégias e posturas são valiosas e podem representar um ganho de escala e uma otimização significativa de recursos.

Se você procura mais informações sobre o assunto, encontrou o conteúdo certo! Neste post, você compreenderá um pouco mais sobre os riscos envolvidos na importação e por que é importante se antecipar a eles. Além disso, também saberá quais são os principais cuidados que precisam ser tomados para garantir a eficácia desse tipo de transação.

Preparado? Vamos em frente e boa leitura!

Por que é importante se antecipar aos riscos de importação?

A importação é um processo complexo e, quando mal executado, pode se tornar bastante oneroso. É preciso, portanto, que a empresa e seus gestores estejam conscientes das exigências fiscais e tributárias, assegurando a conformidade e a viabilidade da operação.

O grande erro das importações malsucedidas, de forma geral, é na falta de planejamento. Quando não existe preparação prévia e dispensa-se o acompanhamento dos fluxos, é mais fácil incorrer em erros que podem gerar prejuízos — comprometendo a saúde operacional da organização.

Para garantir o sucesso da transação, obedecendo às normativas que regulam a atividade, é imprescindível que os eventuais riscos sejam identificados e tratados. Ao se antecipar a eles, o gestor tem mais segurança para efetivar a compra e maior tranquilidade para seguir com ela.

Quais são os principais riscos de importação?

Uma vez reforçada a importância de mapear os riscos, certificando-se de endereçar as soluções antes mesmo que ocorram problemas sérios, é hora de entender quais são os principais entraves na importação.

Documentação mal elaborada

A documentação dos produtos importados é, sem dúvida, um dos pontos mais críticos à operação. No Brasil, a legislação que rege esse tipo de transação é bastante rígida e complexa, exigindo máximo cuidado por parte dos importadores.

No que compete à documentação, o risco é grande: começa na classificação do produto e se estende até a etapa final, de transporte da mercadoria. Por isso, é preciso ficar atento às obrigações de cada tipo de produto.

Obstáculos no processo logístico

Não é novidade aos gestores da área que a logística de importação é um aspecto sensível no processo de nacionalização. Os custos são altos e qualquer falha de planejamento pode significar um prejuízo expressivo às operações.

Para atenuar os entraves logísticos, é válido conhecer todas as exigências administrativas da mercadoria — e também peso, volume, preço e valor total da carga — para, então, definir qual modalidade é mais adequada e agrega maior valor à importação.

Classificação incorreta de NCM

A análise da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) deve ser prioritária. O código, que identifica o produto que se deseja importar e o atribui uma classificação fiscal, é uma exigência da legislação brasileira e não pode ser negligenciado.

Para assegurar a conformidade da classificação — e minimizar os riscos da nacionalização do item —, é preciso conhecer a categorização de NCM e confirmar a taxa de incidência de impostos a qual a categoria está vinculada. Qualquer equívoco pode trazer riscos altíssimos e prejuízos consideráveis.

Negligência na Licença de Importação (LI)

Por fim, mas não menos importante, a Licença de Importação (LI) funciona como uma autorização para importar determinados tipos de carga. Vale dizer que, embora grande parte dos itens não precise da apresentação do documento, algumas NCM requererem a licença para prosseguir com o processo.

Diante de uma legislação tão complexa, é natural que surjam dúvidas. Para conferir tranquilidade e eficiência às transações internacionais, é importante que a empresa conte com um parceiro especializado, capaz de minimizar os riscos na importação e de alavancar os resultados do negócio.

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É hora de dar um tempo nas redes sociais?

Jaron Lanier, um dos idealizadores da realidade virtual e que ajudou na expansão da internet, fala ao G1 sobre o livro 'Dez argumentos para você deletar agora suas redes sociais'

Durante a leitura de uma passagem de "Dez argumentos para você deletar agora suas redes sociais" me dominou um pensamento de milésimos de segundo que poderia ser traduzido assim: "Puxa, esse trecho vale um bom post no Twitter ou no Facebook!". Outros milésimos depois, claro, me dei conta da flagrante contradição entre esse impulso e o tema do livro. Algo como: "É, me pegaram".

O foco de "Dez argumentos" é justamente o bombardeio constante das redes sociais nas nossas vidas e como isso está mudando a nossa cabeça - para pior, na visão do autor Jaron Lanier.

O cientista da computação de 58 anos é um dos idealizadores da realidade virtual e trabalhou no aperfeiçoamento das redes da internet no final dos anos 1990, entre outras credenciais que o tornam uma lenda no Vale do Silício. O norte-americano é visto frequentemente com suas tranças rastafári na TV para falar sobre presente, futuro e tecnologia.

O livro saiu em maio nos EUA e ganhou recentemente uma edição brasileira. Essa espécie de manifesto apareceu em um momento delicado para o Facebook: 2018 foi o pior ano para a imagem da rede após uma série de escândalos de vazamento ou entrega deliberada de dados privados dos usuários, críticas a ações consideradas tímidas contra a disseminação das fake news e até a revelação de planos da empresa de investigar seus críticos.

Nas cerca de 150 páginas do livro, Lanier se interessa mais em explorar os efeitos sobre a saúde mental de quem olha as notificações várias vezes ao dia. Por exemplo, é saudável checar ansiosamente quantos corações você ganhou com aquela selfie ou se aquele textão seu teve um número decente de likes? Faz bem esse jogo de avaliar o seu sucesso pessoal pela métrica do seu perfil no Face, Twitter ou Insta?

É um vício?

A comparação das redes sociais com o potencial viciante do cigarro e o quanto pode fazer mal à saude tem ganhado espaço, e o escritor concorda com ela, até certo ponto. "Antes era permitido fumar em locais fechados e agora não é mais. De fato, muitas pessoas estão vivas por causa dessa diferença de percepção sobre os males do cigarro entre as épocas", afirmou, em entrevista por telefone ao G1.

"Mas, de um ponto de vista técnico, o uso constante de redes sociais tem mais a ver com o vício em jogos, apostas. Ambos são vícios comportamentais e é mais difícil de se livrar deles porque, para ocorrer alguma mudança, você claramente precisa confrontar o seu próprio comportamento."

Lanier também ressalta como um ajuste aqui e outro ali nos algoritmos podem alterar o humor de uma pessoa. "Pesquisas do próprio Facebook mostram que determinar quais posts aparecem na timeline tem o poder de jogar o ânimo dos usuários para baixo - e sem eles perceberem que isso está acontecendo. É consenso na ciência que você não consegue estar inteiramente a par do que essas ferramentas fazem para os seus processos mentais".

O problema é que é cumulativo, diz o autor.

"Se você ficasse triste uma vez ou outra não seria tão ruim. Mas isso acontece constantemente e, gradualmente, isso se torna o que dá cor ao seu mundo. Com o passar do tempo há um efeito que se nota. Mas muitas pessoas não estão percebendo agora o que está acontecendo com elas".

O processo

Lanier explica que a gangorra emocional (uma hora posts que te deixam feliz, outra hora, com raiva) é uma forma de aumentar o "engajamento" (ou vício) do usuário nas redes sociais.

Outro elemento no processo é a elevação dos níveis de dopamina, um neurotransmissor ligado ao prazer, por causa de likes e interações.

E aí entra a aleatoriedade: dá para fazer uma ideia, mas não se sabe exatamente quando você vai receber os likes de recompensa (o famoso "biscoito", como a internet brasileira refraseou) e em que quantidade. Seu cerébro, no entanto, tenta encontrar um padrão de funcionamento desse processo. É aí que o escritor afirma que você está tentando se ajustar a uma ilusão.

E tudo isso, descreve o cientista da computação, está a serviço de tentar descobrir em qual estado emocional o usuário tende a clicar nos anúncios nas redes. E, quem sabe, comprar.

Jaron Lanier, autor de 'Dez argumentos para você deletar agora suas redes sociais' — Foto: Divulgação

Jaron Lanier, autor de 'Dez argumentos para você deletar agora suas redes sociais'

Lanier adota um tom bem informal durante o livro, de "conversa", em que lembra diversas vezes que não quer dar lições de moral e é somente o leitor quem pode mudar a própria vida.

"Eu aponto argumentos para deletar seus perfis nas redes sociais, mas eu na verdade não digo que você deve fazer isso. Só você pode saber o que é o melhor para sua vida. Eu não estou fingindo saber isso. Não sou pai nem juiz de ninguém", escreve.

"Mas eu acho que é preciso experimentar passar um tempo fora das redes sociais para descobrir se isso faz uma diferença na sua vida. Pesquisas dizem que pessoas que apagam seus perfis se tornam mais felizes, mais produtivas, saudáveis e menos solitárias."

Faça o que eu digo...

Atualmente Lanier trabalha numa área de pesquisa da Microsoft que passa por física, matemática, economia e, claro, realidade virtual. Mas, afinal, não é suspeito alguém da Microsoft disparando contra outros gigantes do Vale do Silício, que são de alguma forma rivais?

"Quando eu atuo como um escritor diante do público eu não estou representando a Microsoft. Aliás, eu tenho uma carta deles que me permite criticar a empresa se considero apropriado. E, na verdade, falo algumas coisas que horrorizam as pessoas de lá [risos]."

Lanier, obviamente, não tem perfil no Facebook, Twitter e Instagram ou outros. E como alguém que não está no dia a dia vivendo as redes sociais pode ter uma real dimensão de seus efeitos?

"Eu conheço a maioria das pessoas que estão nessas empresas, desde quando elas estavam começando. Sou parte desse mundo. Fiz parte de tudo isso no começo [se refere ao Vale do Silício], então falo por ter uma experiência direta. Imagine alguém que trabalhou com apostas ou num cassino. Ela conhece todos os truques para deixar as pessoas viciadas e, de repente, começa a achar tudo isso terrível e resolve escrever um livro. É o relato de alguém que conhece o funcionamento de dentro."


Sebrae - Como criar e registrar a marca da sua empresa

Para realizar o registro, o empreendedor deve procurar o INPI - Instituto Nacional da Propriedade Industrial

A marca é a identidade de um negócio. A partir dela, os consumidores conseguem distinguir os produtos e serviços das empresas no mercado. Por isso, é necessário estar atento de como registrá-la para garantir exclusividades e proteção do patrimônio empresarial do empreendedor.O registro também ajuda evitar que concorrentes se apropriem da marca das empresas sem autorização.A requisição do registro é realizada no INPI - Instituto Nacional da Propriedade Industrial. No entanto, antes de recorrer ao órgão, o empreendedor precisa fazer uma pesquisa prévia para saber se outra empresa já registrou uma marca semelhante a sua.O pedido pode ser realizado tanto por pessoas físicas como jurídica e tem duração de 10 anos, podendo ser prorrogado.Para saber mais, confira o vídeo a seguir:

Após decisão do Supremo, empresas confundem terceirizados com PJs


Serasa - Micro e pequenas empresas com dívidas atrasadas crescem 9,5% em junho

Serasa - Micro e pequenas empresas com dívidas atrasadas crescem 9,5% em junho

Segundo a Serasa Experian, junho de 2018 registrou 5,174 milhões de micro e pequenas empresas inadimplentes no Brasil. É mais um recorde histórico desde março de 2016, quando teve início a série. Na comparação com o mesmo mês de 2017 (4,727 milhões), o crescimento foi de 9,5%. Na relação com maio deste ano (5,122 milhões), a alta foi de 1,0%.De acordo com os economistas da Serasa Experian, diante da lenta retomada do crescimento da economia brasileira, a dificuldade na geração de caixa das pequenas empresas e o aumento do custo de matérias-primas refletiram na evolução da inadimplência entre as MPEs.
MêsMPEs Inadimplentes
abr/185.079.723
mai/185.121.966
jun/185.174.137
Apesar dos consecutivos avanços no indicador, as reduções nas taxas de juros, promovidas ao longo do primeiro semestre de 2018, podem contribuir para a sua estabilização. A avaliação é de que oportunidades para renegociações de contas em atraso – entre elas está o serviço Recupera PJ (www.serasarecupera.com.br) – sejam incentivadas, e venham trazer uma consequente recuperação da capacidade de empresas destes portes de usar novamente o crédito para financiarem seu crescimento.Entre os setores de mercado, os índices voltaram a apresentar os referenciais de participação de suas atividades entre os 5,174 milhões micros e pequenas empresas brasileiras com CNPJs negativados no sexto mês de 2018Serviços respondeu por 46,5% do total, seguido pelo Comércio (44,5%) e pela Indústria (8,6%).Os indicadores por regiões do país também sinalizaram similaridade com patamares observados nos meses anteriores. A maioria absoluta das MPEs que estão vermelho continua concentrada no Sudeste (54,3%). Nordeste (16,1%), Sul (15,8%), Centro-Oeste (8,7%) e Norte (5,2%) repetiram em junho/2018 a sequência já apurada pelo levantamento.
Região% de MPEs Negativadas em Junho/2018
Sudeste54,3%
Nordeste16,1%
Sul15,8%
Centro-Oeste8,7%
Norte5,2%
No topo do ranking estadual de MPEs negativadas, São Paulo figura absoluto e totalizou, em junho deste ano, 1,707 milhão de micros e pequenas empresas inadimplentes, 1,3% superior ao consolidado de maio/2018 (1,686 milhão). A participação paulista permanece equivalente a um terço (33%) de todas as companhias destes portes endividadas no Brasil. As posições seguintes continuam ocupadas por Minas Gerais (11,0%) e Rio de Janeiro (8,3%) – o estado fluminense registrou ainda a maior alta (13,6%) na inadimplência do segmento, na comparação com junho/2017.Conheça os indicadores de participação de todos os estados:
Estado% de MPEs negativadas
AC0,23%
AL0,82%
AM1,25%
AP0,22%
BA4,83%
CE2,49%
DF1,88%
ES2,00%
GO3,68%
MA1,57%
MG10,95%
MS1,13%
MT2,01%
PA1,90%
PB1,00%
PE2,96%
PI0,69%
PR5,81%
RJ8,30%
RN1,12%
RO0,75%
RR0,17%
RS5,93%
SC4,01%
SE0,62%
SP33,00%
TO0,66%
Veja as grandes dicas que o Samy Dana falou na matéria que saiu na Globo:
  • Capital de giro: muitos empresários erram no capital de giro. Ele é o quanto você precisa para fazer o descasamento entre pagamentos e recebimentos. O mal dimensionamento desse capital pode ser um problema! Exemplo: recebe em 60 dias mas paga fornecedor em 30.
  • Maturidade do negócio: nem sempre um negócio se pagará do dia para a noite, dependendo do ramo pode demorar 1 ano ou mais.
  • Sazonalidade: dentro do ano, existem meses mais tranquilos ou melhores que outros. Atenção aos períodos de vacas magras!
  • Paixão não é suficiente: ser apaixonado pelo que faz é importante, mas não é o suficiente para ter sucesso. Exemplo: se você é apaixonado por culinária, não garante que terá sucesso abrindo um restaurante
Confira o vídeo na íntegra em:  GloboPlay 

Abril demite 500 jornalistas e praticamente fecha

Abril demite 500 jornalistas e praticamente fecha as portas

Veja, Exame e Cláudia resistem ao corte, todas as outras revistas da Editora Abril serão fechadas

Em comunicado interno, o Grupo Abril anunciou na manhã desta segunda-feira (6) o fechamento de 10 títulos: Cosmopolitan, Elle, Boa Forma, VIP, Viagem e Turismo, Mundo Estranho, Arquitetura, Casa Claudia, Minha Casa e Bebe.com. No enxugamento, serão demitidos 500 jornalistas.

As revistas Veja, Exame e Claudia foram poupadas, segundo as informações do site Meio & Mensagem. A decisão foi anunciada em uma reunião com funcionários. Ainda há dúvidas sobre a manutenção de Superinteressante e Quatro Rodas. É o anúncio mais recente após o grupo passar o comando da editora à Alvarez & Marsal.

História da Abril Em 1950, Victor Civita, um descendente de italianos nascido em Nova York, resolveu seguir o caminho do irmão César, que já publicava revistas infantis em Buenos Aires, fundou uma editora em um pequeno escritório no centro de São Paulo. No dia 12 de julho era lançada a versão brasileira dos quadrinhos do Pato Donald. Batizada inicialmente como Editora Primavera, uma referência a Editorial Abril, editora argentina do irmão César, a empresa tinha capital de apenas US$ 500 mil.No ano seguinte, a primeira gráfica da Abril foi inaugurada no bairro de Santana. O próprio Civita ia ao encontro dos jornaleiros para oferecer os gibis do Pato Donald. Somente em 1952 surgiram as revistas. A primeira foi Capricho, focada em fotonovelas e reformulada em 1981 para atender adolescentes. Nos anos 1960, a empresa investiu na publicação de enciclopédias e outras obras de referência.Também nos anos 1960, surgiria a Veja, uma das publicações mais relevantes do jornalismo brasileiro nos últimos 50 anos. No auge, a publicação era a segunda maior revista semanal do mundo. Com o crescimento da indústria automobilística e do turismo brasileiros impulsionaram o surgimento das revistas Quatro Rodas e Viagem e Turismo. Futebol e sexo ganharam revistas sobre o assunto com publicações como Placar, Playboy, Vip e Men’s Health.
Manequim foi a primeira revista da Abril voltada ao segmento de moda e Cláudia era focada nas donas de casa. Nas décadas seguintes, surgiriam inúmeros títulos direcionados ao público feminino, entre os quais Nova (atual Cosmopolitan) e Elle. Em maio de 2006 a empresa anunciou a sociedade com o grupo de mídia sul-africano Naspers, que passou a deter 30% do capital da Abril. Em 2008, A Abril trouxe para o mercado brasileiro títulos internacionais no segmento de saúde, como a Women’s Health e Runner’s World.
O fim da Abril no golpe que ela ajudou a gestar
A partir de 2013, a Editora Abril começou a sofrer os efeitos da revolução digital no Jornalismo. Para além disso, a empresa deu forte guinada à direita, na tentativa de ampliar público, surfando na onda do antipetismo. Trouxe dos Estados Unidos o padrão Rupert Murdock que foi testado pela primeira vez na campanha em defesa das armas.
O sucesso da escalada reacionária levou à radicalização da postura por parte da Abril através da Veja. Nesse movimento, a revista adotou posturas controversas, como a aliança com tipos como Carlinhos Cachoeira, para garantir a cota semanal de escândalos. Capas inverossímeis, assunção de boatos como fatos e assassinatos de reputação foram usados no combate ao campo progressista.
A morte de Roberto Civita impediu que fossem feitos ajustes na linha editorial de Veja. Somente à beira do precipício, a revista tentou restaurar o padrão que fez da revista um símbolo do bom jornalismo nos anos 1960 e 1970.  Missão impossível: a revista tornou-se refém dos lobos que alimentou. A Veja tornou-se mais um vítima do golpe contra Dilma Rousseff – uma empreitada na qual a editora Abril teve papel ativo e relevante.

Ricardo Eletro terá controle norte-americano

Fundo Apollo vai pagar R$ 500 milhões e renegociar dívida de R$ 1,28 bilhão

Troca de comando. O fundador Ricardo Nunes deve deixar a presidência, mas continuará na gestão
Quem quiser negociar desconto diretamente com o dono da Ricardo Eletro – jargão usado pelo fundador da empresa, Ricardo Nunes – agora vai ter que falar com o fundo norte-americano Apollo, que vai assumir o controle da Máquina de Vendas, dona da marca fundada pelo mineiro de Divinópolis, no Centro-Oeste do Estado. Fontes ligadas à rede afirmam que o controle vai trocar de mãos até o fim deste mês. Tudo será feito por meio de um plano de recuperação extrajudicial, ou seja, um acordo firmado fora das esferas da Justiça.Não se trata de uma venda, mas, sim, de um aporte de R$ 500 milhões. Além de investir, o fundo está renegociando a dívida de R$ 1,28 bilhão do grupo, junto a bancos e fornecedores. Por enquanto, a participação do novo proprietário não está definida, mas, certamente, será superior a 51%. O empresário Ricardo Nunes deixará a presidência, mas, como minoritário, vai permanecer na gestão dos negócios.Terceira maior do Brasil no ramo de eletrodomésticos, a Máquina de Vendas só perde para o grupo Via Varejo (Casas Bahia e Ponto Frio) e para o Magazine Luiza. Atualmente, o faturamento está na casa dos R$ 5,5 bilhões, mas chegou a R$ 9 bilhões, em 2014. De lá para cá, o número de lojas caiu praticamente pela metade, assim como os empregos: de 23 mil colaboradores para 13,8 mil.Até 2014, a Máquina de Vendas estava em franca expansão e chegou a incorporar marcas como a Insinuante, City Lar, Salfer e Eletro Shopping. Entretanto, com o agravamento da crise econômica, a integração acabou sendo atropelada. Na avaliação do professor de MBA de varejo da Fundação Getulio Vargas (FGV), Ulysses Reis, o infortúnio da Ricardo Eletro foi coincidir o período de expansão com a crise, que provocou uma grande mudança no perfil de consumo.“A partir de 2015, as pessoas deixaram de lado o modelo de comprar em várias prestações e com juros altíssimos, pois, devido ao alto nível de endividamento, a prioridade passou a ser quitar as dívidas”, justifica o professor.Segundo Reis, outro fator que justifica a queda do faturamento é a mudança na necessidade de consumo. “A maioria das pessoas já comprou TVs, geladeiras e outros produtos da linha branca. O máximo que pode haver é uma reposição”, comenta o professor.As dificuldades financeiras estão rondando a Máquina de Vendas há pelo menos dois anos. No ano passado, os bancos Santander, Itaú e Bradesco chegaram a deter 51% da holding.Máquina de Vendas demitiu  pessoas em quatro anosEm quatro anos, a Máquina de Vendas fechou quase 400 lojas e demitiu cerca de 9.000 pessoas. Por meio da assessoria de imprensa, a rede disse que não vai comentar a transição do controle. Entretanto, fontes ligadas ao comando do grupo garantem que não haverá mais cortes. “Trata-se de um processo de reestruturação que vem acontecendo há pelo menos dois anos. As lojas que tinham que ser fechadas já foram. A ideia, agora, é organizar a casa e manter as atuais unidades”, explica a fonte, que preferiu não ser identificada na reportagem. A Máquina de Vendas, que chegou a ter 1.050 lojas e gerar 23 mil empregos em todo o país, atualmente tem 657 unidades e emprega 13,8 mil pessoas.Embate é ruim para 66% das empresasOs possíveis efeitos da guerra comercial entre as duas maiores economias do planeta já estão sendo antecipados pela maior parte das companhias em atuação no Brasil. Dos 130 executivos consultados no fim de julho pela Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos (Amcham), 66% já incluem como riscos aos seus negócios o aumento de custos causado pela imposição de tarifas ou a queda de receitas provocada pela perda de fatias de mercado.Em análises internas, 53% dessas empresas consideram a guerra comercial como uma ameaça de média proporção. Para 13%, esses riscos são altos. “A percepção dos empresários no Brasil seguem em linha com a estimativa que as tarifas aplicadas às exportações brasileiras poderiam subir de 5% para 32%”, afirmou a presidente da organização no Brasil, Deborah Vieitas.“No cenário de guerra comercial, não há vitoriosos, embora alguns setores brasileiros possam ganhar no curto prazo, especialmente no setor de commodities”, complementa a presidente da Amcham. Os participantes da pesquisa acreditam que as perspectivas de médio prazo são de que os países mais atingidos pelo aumento de tarifas dos EUA buscarão outros mercados para suas exportações.A pesquisa ainda aponta que a principal barreira para integração do Brasil no mercado global, para 31% dos entrevistados, é a insegurança jurídica para investimentos. Também foram mencionados custos poucos competitivos e falta de acordos comerciais ou de investimento. Em relação às negociações entre Brasil e Estados Unidos, 56% dos empresários pensam que o governo brasileiro deveria adotar uma postura mais ativa de diálogo.

Quando é legal viajar para a Itália para buscar a Dupla Cidadania

Brasileiros que passam menos de seis meses naquele país para conquistar o reconhecimento correm risco de perder a cidadania, alerta cônsul

A demora de quase 10 anos para o Consulado Geral da Itália em Porto Alegre analisar pedidos de cidadania tem levado gaúchos que descendem de italianos a buscar um caminho mais rápido — e nem sempre legal: viajar até a Itália, declarar-se residente e obter, por lá, o reconhecimento. O procedimento leva até 180 dias e é previsto pela lei. O problema é que muitos brasileiros têm procurado brechas para encurtar o tempo de estadia no Exterior e manter, artificialmente, uma condição de residente. Com isso, correm o risco de ter seu processo de cidadania suspenso.
— Se alguém vai para a Itália e passa o tempo mínimo apenas para dizer que está residindo no país está indo contra a lei — alerta o cônsul-geral da Itália em Porto Alegre, Nicola Occhipinti.
Para a manobra, brasileiros têm passado apenas o período necessário para que autoridades italianas verifiquem, presencialmente, que o viajante passou a morar onde declarou. Isso ocorre nos primeiros 45 dias. Após este período, o viajante é considerado residente, e a fiscalização é cessada. A partir de então, é possível ingressar com pedido de cidadania como residente italiano, e a comuna (unidade equivalente ao município) tem até seis meses para analisar documentos e reconhecer a condição. Quem deixa a Itália antes de receber a cidadania perde a condição de residente e, portanto, fica alijado de ter seu processo analisado pelas prefeituras, explica Occhipinti.
Mas alguns brasileiros estão voltando ao Brasil logo depois dos 45 dias de fiscalização sem comunicar à prefeitura. Com isso, o processo de cidadania corre até o fim — em um processo ilegal, avalia Occhipinti.
Neste ano, 1.188 processos de dupla cidadania de brasileiros foram suspensos em uma pequena cidade ao norte da Itália em razão de suspeitas de irregularidade. Autoridades de Ospedaletto Lodigiano foram presas suspeitas de receber suborno para atestar que os imigrantes estavam na Itália ao longo dos 45 dias, quando, na verdade, não estavam. Occhipinti assegura que parte destas suspensões ocorreram por que também havia indícios de que muita gente estava voltando imediatamente após pedir o reconhecimento.
Consultada pela reportagem, a Embaixada Italiana em Brasília sugeriu que os brasileiros desconfiem de quem "promete atalhos para obtenção da cidadania, especialmente de quem promete a obtenção da cidadania sem estar residente no comune onde vai ser feito o procedimento, e denunciando qualquer suspeita de irregularidade".

Brechas na lei

Mas casos como o de Ospedaletto ainda são incomuns, e, na prática, dificilmente os brasileiros que aproveitam a brecha na lei são punidos. Isso acontece por que a legislação italiana não informa, textualmente, qual o número de dias que alguém precisa permanecer na Itália para ser considerado residente. A regra é vaga: a lei que trata do tema, de 1989, diz que se perde a condição de residência quando "há transferência do estrangeiro para o estrangeiro", mas não fala em prazos. A lei, inclusive, admite que não deixa de ser residente quem viaja ao Exterior para "exercício de ocupações temporárias".
Nesta lacuna, muitas agências oferecem serviços para ajudar os brasileiros a passarem os 45 dias no Exterior e retornarem ao Brasil para sua cidadania, e garantem que isso não configura infração alguma.
— É um processo totalmente alinhado às leis italianas. Não é preciso passar os 180 dias aguardando na Itália, o solicitante pode aguardar lá os 45 dias e, depois, fica livre para viajar e retomar o trabalho ou os estudos em outro país — garante Juliana Amoroso, diretora da GHF Consult, que presta assistência a brasileiros que querem viajar à Itália para reconhecer a cidadania — A lei italiana inclusive assegura que um residente possa passar até 12 meses fora sem comunicar as autoridades — afirma.
A empresa cobra quase 4 mil euros (cerca de R$  17,7 mil) para providenciar estadia e dar assistência no processo de cidadania naquele país, incluindo o trato com a burocracia brasileira e italiana. A estes custos, somam-se outros que a pessoa terá de arcar, como a busca, a tradução e o registro das certidões de nascimento, batismo, casamento e óbito dos antepassados no Brasil e na Itália, estimados em quase R$ 5 mil.
— No caso de Ospedaletto, houve um crime, as pessoas diziam que estavam na Itália, mas não estavam, e outras ficavam apenas três dias na Itália e teriam pago propina para os guardas atestarem que ficaram os 45. Não há risco para quem segue a lei — reforça Juliana.
O cônsul italiano em Porto Alegre tirou dúvidas dos leitores sobre a cidadania italiana. Confira:

Quem tem direito a pedir cidadania italiana

  • O reconhecimento da cidadania italiana é possível através do princípio Juris Sanguinis (direito de sangue); ou seja, não é preciso ter nascido ou vivido na Itália.
  • Todo descendente de italianos tem direito à obtenção da cidadania.
  • Pela linha paterna, não há limitação quanto ao ano de nascimento dos filhos.
  • Nos casos em que há uma mulher na linha de ascendência, esta só transmitirá a cidadania para os filhos nascidos após 1948 pela via administrativo-consular. Para nascidos antes desta data, é possível o reconhecimento pela via judicial.
  • Pode haver impedimentos também no caso de filhos nascidos fora do casamento.
  • Não é exigido o conhecimento do idioma italiano nem da história e legislação italiana.
  • Se algum ascendente que esteja na linha genealógica italiana tiver se naturalizado brasileiro, os descendentes só poderão requerer a cidadania se o filho tiver nascido antes da naturalização do mesmo.

Quais documentos devem ser buscados

  • Certidões de nascimento ou batismo, certidões de casamento civil ou religioso e certidões de óbito de toda linhagem familiar desde o antepassado italiano, tanto no Brasil quanto na Itália, além de certidões negativas de naturalização.
  • As certidões brasileiras têm de ser em inteiro teor e atualizadas — a validade é de um ano. As certidões italianas têm validade de 10 anos.
  • Se rasurados, os documentos (inclusive manuscritos) não servem para os fins judiciais, nem para a tradução e o apostilamento no protocolo do consulado.
  • O custo total para busca, tradução juramentada e apostilamento das certidões brasileiras e italianas chega a quase R$ 5 mil, sem contar eventuais comissões para assessoramento nas buscas. Contabilizando a consultoria, o custo pode dobrar.

Como buscar a cidadania via consulado da Itália no Brasil

  • Pesquise em quais cidades seus antepassados italianos nasceram, casaram e/ou morreram no Brasil ou na Itália e certifique-se de que os documentos estão disponíveis. Procure estas certidões nos cartórios de registro civil (a solicitação pode ser feita pelo telefone). Nestas certidões, é possível que você encontre a província e comuna (cidade) do ancestral, informação fundamental para seguir as buscas.
  • Comece sempre com as certidões dos antepassados mais distantes, pois estas serão as mais difíceis e, não as encontrando, é inútil que você busque as demais.
  • Tendo certeza que encontrará as certidões, faça imediatamente o pedido de agendamento no Consultado Italiano. As orientações para marcar seu lugar na fila estão neste site.
  • Acompanhe pelo site do consulado a chamada dos números de espera na fila. O tempo de espera hoje é de 10 anos.
  • Após os primeiros anos na fila, você pode começar a trazer os documentos da Itália, que têm validade de 10 anos. Lembre-se que os registros civis naquele país iniciaram entre 1867 e 1871; se datarem antes disso, os documentos devem ser buscados nas igrejas italianas e devem ser chanceladas pelas cúrias competentes.
  • Quando estiver próximo de seu número de chamada, busque todas as certidões brasileiras em inteiro teor e faça a apostila (autenticação nos tabelionatos). Por precaução, algumas pessoas buscam antes os documentos, mas precisam renová-los quando são convocadas pelo consulado, pois a validade das certidões brasileiras é de apenas um ano.
  • Após a entrega dos documentos, o prazo para análise pelo Consulado e emissão da dupla cidadania é de 730 dias.

Como pedir a cidadania na Itália sem riscos

  • Não é preciso ter visto de trabalho ou permanente: é possível entrar com visto de turista, válido por três meses, e, ao ingressar com pedido de cidadania, recebe-se um novo visto que irá vigorar pelo período em que durar o procedimento.
  • Na Itália, é preciso fixar residência em uma comuna (cidade) por pelo menos 180 dias e comprovar o endereço fixo na prefeitura local. Não é preciso morar na mesma cidade onde viveu o antepassado.
  • O pedido pela cidadania poderá ser feito, então, na prefeitura, que tem seu próprio cartório. Toda documentação deve ser levantada no Brasil e na Itália antes de se fixar residência. Valem os mesmos documentos citados acima.
  • Nos primeiros 45 dias após a declaração de residência, a guarda municipal fará visitas à casa para comprovar se a pessoa realmente está vivendo nela. Neste período, é importante que o solicitante não se afaste do imóvel.
  • Após a abertura do processo de cidadania, a prefeitura local tem, por lei, 180 dias para analisar o pedido. Conforme o Consulado Italiano em Porto Alegre, para que seja configurada a estabilidade que legitime a residência, é preciso permanecer na Itália ao longo desses 180 dias.
  • Terminada a análise, o solicitante deverá comparecer novamente à prefeitura para assinar o termo de cidadania aprovado pela comune.
  • O custo estimado total para tocar o pedido na Itália fica em torno de 6 mil euros (cerca de R$ 26,5 mil) por pessoa, estipulado valor de aluguel pelos 180 dias, alimentação e assistência de tradutores para lidar com a burocracia italiana, além dos custos já mencionados para levantar e traduzir os documentos.

Saiba mais

  • No Rio Grande do Sul, 7 mil famílias aguardam na fila para requerer a cidadania italiana, conforme consultorias que auxiliam a busca pela cidadania.
  • Atualmente, o Consulado está chamando as famílias que pediram agendamento em 2009.
  • O Consulado Italiano em Porto Alegre afirma que o tempo de espera está sendo reduzido, e quem entrar na fila hoje terá o atendimento agendado em apenas três anos (ou seja, em 2021).
  • 88 mil gaúchos já têm cidadania italiana e devem informar ao consulado todas as mudanças de endereço, estado civil, falecimento dos ascendentes diretos e nascimento dos descendentes.
  • Aproximadamente 35% dos gaúchos são descendentes de italianos em alguma linhagem.
Fontes: Embaixada da Itália em Brasília, Consulado Italiano em Porto Alegre e consultorias Cidadania Italiana.org e GHF Consult 

Zoomp volta ao mercado

ZOOMP VOLTA AO MERCADO EM MEIO A EMARANHADO DE PROCESSOS JUDICIAIS

A marca retorna pelas mãos de Alberto Hiar, 52 anos, do grupo familiar K2, dono, entre outros negócios, da marca Cavalera

zoomp (Foto: Divulgação)
Uma das grifes de moda mais famosas das décadas de 1980 e 1990, a Zoomp volta oficialmente ao mercado hoje, com 105 modelos masculinos e femininos que serão vendidos em 180 lojas multimarcas pelo Brasil.A campanha de relançamento da Zoomp tem o rosto de Anna Cleveland, 24 anos, filha de Pat Cleveland, musa de Salvador Dalí. A Zoomp volta pelas mãos de Alberto Hiar, 52 anos, do grupo familiar K2, dono, entre outros negócios, da marca Cavalera, empresa de moda que tem 37 lojas próprias e está presente em 800 pontos de venda multimarca.Antes de criar a Cavalera, Hiar começou no mundo da moda ainda adolescente, ao montar sua primeira estamparia de camisetas.No ano passado, a K2 fechou a compra da marca - sem os ativos imobiliários - por R$ 20 milhões, em um leilão realizado dentro do processo de recuperação judicial da empresa.Do total, pagou R$ 5 milhões de sinal e se comprometeu a quitar o restante 180 dias depois - o que ainda não ocorreu.O êxito do retorno da Zoomp ainda é incerto, tanto por questões de mercado quanto por problemas particulares da marca. Uma das dificuldades é a economia, já que o Brasil vem de dois anos de recessão e vive um momento de desemprego alto e queda na renda real.Além disso, a dona da Cavalera constatou que os antigos donos teriam continuado a operar a marca de maneira inadequada. Segundo o advogado do grupo K2, Marcus Vinicius Perello, de 58 anos, foram encontradas calças com o ícone da Zoomp - um raio - sendo vendidas na varejista popular americana Walmart por apenas R$ 50. Enquanto isso, o preço médio dos jeans da nova coleção será de R$ 400.Por isso, a K2 foi à Justiça para não ter de pagar o restante do valor referente à compra da marca. Embora tenha sido uma "febre" da geração das pessoas que hoje têm mais de 40 anos, os últimos anos da Zoomp não foram de glamour. Quando a K2 fechou a aquisição da marca, a companhia já estava em recuperação judicial. Mas os credores da companhia não aceitaram a decisão da Justiça que desvinculou a compra da marca dos demais ativos, como os imóveis.Por isso, eles entraram com recurso contra a transferência da marca para a K2, que ainda não foi julgado em tribunais superiores. A K2 diz que esse é o segundo motivo para não ter pago o restante do valor da marca. Ela teme que, em caso de decisão desfavorável, não consiga reaver o montante.A dívida da Zoomp supera R$ 100 milhões, e a ideia era incluir os imóveis na venda para aumentar o valor a ser arrecadado. Além disso, os credores consideram baixo o valor de R$ 20 milhões que a K2 pagou pela marca. Isso porque um laudo de 2010 estabeleceu o valor da Zoomp em R$ 66 milhões.O pedido da K2 para suspender o pagamento dos R$ 15 milhões restantes foi indeferido judicialmente. Agora, a estratégia da empresa, segundo seu advogado, é "esperar a decisão final para evitar prejuízo". A Justiça determinou que a quitação fosse feita até 12 de junho, mas Perello entrou com novo recurso.Segundo Thiago Peixoto Alves, advogado dos antigos donos, a proprietária da Cavalera corre o risco de "perder a marca e ainda pagar uma multa". Antes de ser arrematada pela K2, a Zoomp pertencia à Identidade Moda, que havia comprado, em 2006, a marca do criador Renato Kherlakian, que tocava o negócio desde 1974.Caminho O retorno da Zoomp está dando mais trabalho a Hiar do que ele esperava. As negociações para adquirir a marca começaram em 2015, depois que o empresário fez uma pesquisa e constatou que, entre as grifes do passado, a Zoomp era a mais lembrada e ainda tinha imagem positiva."A ideia é resgatar a grife mais importante do jeanswear e também um tempo de glória da moda brasileira." Segundo o empresário, a Zoomp foi inspiração da primeira estamparia de camisetas que ele abriu, aos 17 anos. Nessa época, Hiar fazia propaganda de produtos na TV gritando "O Turco ficou louco!" - apesar de ser filho de libaneses, criado em Heliópolis, zona sul de São Paulo.Fonte: PEGN

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