Para este bilionário, é hora de investir nas startups do Brasil

O megainvestidor Tim Draper já aportou em negócios como Hotmail, Skype e Tesla. Agora, procura oportunidades em terras brasileiras

Você talvez não conheça Tim Draper de nome. Mas deve acompanhar alguns negócios nos quais o investidor aportou: Baidu, Foursquare, SolarCity, SpaceX, Tesla, Twitter e Tumblr são apenas alguns deles.Tim Draper começou sua carreira investidora em 1985, ao criar o fundo Draper Fisher Juvertson. Desde então, vem construindo seu portfólio de investimentos. A parte de negócios iniciais da DFJ, conhecida como Draper Venture Network, já realizou mais de 450 investimentos em mais de 60 cidades.Desses aportes, 24 resultariam em startups “unicórnios” – empreendimentos avaliados em mais de um bilhão de dólares (na cotação atual, 3,15 bilhões de reais).Draper também acumulou outras apostas excêntricas ao longo de sua carreira: ele ganhou um leilão de 30 mil bitcoins do site ilegal de drogas Silk Road; lançou um projeto para dividir a Califórnia em seis estados; e inaugurou uma escola para empreendedores promissores inspirando-se nas séries Harry Potter e X-Men.Hoje, a Draper Venture Network administra atualmente o equivalente a cerca de 1,6 bilhão de dólares em negócios. A fortuna de Tim Draper é avaliada em mais de um bilhão de dólares.A nova aposta do megainvestidor está na América Latina: ele criou uma nova rede de investimento, chamada Draper Venture Network Beta, apenas para startups em estágio inicial da região. No Brasil, a DVN Beta fez uma parceria com a aceleradora ACE, com sede em São Paulo, permitindo que negócios inovadores nacionais possam ter acesso a investidores globais.EXAME.com conversou por telefone com Tim Draper e Gabe Turner, um dos diretores da Draper Venture Network, para saber mais sobre o ecossistema empreendedor brasileiro e sobre as oportunidades de investimento durante uma recessão econômica.Confira, a seguir, os principais trechos da entrevista:EXAME.com – Você poderia começar falando um pouco do seu histórico como investidor de startups?Tim Draper – Eu estou há 30 anos nesse mercado. É algo que vem de família: meu avô era um investidor, e meu pai também era um investidor. Nós fundamos algumas empresas muito interessantes quando elas ainda estavam no começo, como Hotmail, Skype e Tesla. Nós também aportamos em quase 30 unicórnios ao longo desses 30 anos.Tenho no meu sangue essa coisa de investidor, e me comprometi com a missão de espalhar o empreendedorismo e o investimento em empreendimentos de risco pelo mundo. Eu realmente me satisfiz com os resultados que obtive, e estamos animados com a Draper Venture Network Beta, que é a forma que encontramos para continuá-la. Saiba mais: veja com a Mandaê 5 lições de empreendedorismo que você só aprende do jeito difícil Patrocinado EXAME.com – Qual a missão da Draper Venture Network Beta, de forma mais detalhada?Tim Draper – A Draper Venture Network possui vários programas, que reúnem vários investidores de todo o mundo. Nós compartilhamos as melhores informações e práticas, e com isso passamos a entender como muitos mercados funcionam – ou seja, a forma que suas startups operam e quais setores são os mais fortes.Então, quando vimos a oportunidade de fazer uma grande diferença nesse mundo do empreendedorismo, criamos a Draper Venture Network Beta e começamos a visitar lugares promissores para criar ecossistemas. A grande ideia é que eles possam se tornar tão extraordinário quanto o Vale do Silício.Gabe Turner – De forma mais prática, o propósito da DVN Beta é conectar fundos americanos com fundos de qualquer parte do mundo, compartilhando acordos de investimento e expertises. Nós não teremos um programa de aceleração, incubação ou investimento, e sim mostraremos as melhores oportunidades por meio de nossos parceiros, como a ACE no caso do Brasil.
Nós achamos que é um dos melhores momentos para ir ao Brasil e criar um ecossistema empreendedor. (…) Um país de turbulência política é uma ótima oportunidade para quem quer testar novas ideias e não ser esmagado pelas regulações. Assim, o país pode dar grandes saltos de progresso.Tim Draper, megainvestidor
EXAME.com – Qual a percepção da DVN Beta sobre o mercado de startups brasileiro? Vocês veem oportunidades de investimento? Em quais setores?Tim Draper – Temos visto uma onda de empreendedores brasileiros que tentam fazer algo interessante acontecer. O Brasil se tornou um lugar quente para o empreendedorismo e é um exemplo do que acontece em diversas partes do mundo: com dificuldades econômicas, entraves governamentais e problemas em geral, o empreendedorismo floresce.Os brasileiros sentem que, se o sistema não está trabalhando para eles, é preciso criar algo novo. É a partir daí que surgem os melhores empreendedores. Nós achamos que é um dos melhores momentos para ir ao Brasil e criar um ecossistema empreendedor.Gabe Turner – Nos últimos anos, nós conversamos com entidades como Endeavor e Silicon Valley Bank. O que nos surpreendeu é que, apesar das dificuldades econômicas dos últimos anos, o empreendedorismo floresceu e está florescendo.As grandes empresas procuram otimizar custos, o que envolve tecnologia, e seus fundadores falaram conosco que o país estava em péssimo estado. Mas, quando mostraram seus números, eles estavam indo razoavelmente bem em termos de crescimento. Nós concluímos que é um bom sinal essas empresas estarem indo bem mesmo durante uma recessão. Quando a economia realmente virar, essas companhias serão igualmente propulsionadas.EXAME.com – Então, tempos de crise econômica são os melhores para criar novas ideias?Tim Draper – O Brasil está passando por uma situação financeira complicada, e as pessoas começam a perder confiança no governo, na sua moeda, nos seus negócios. Um país de turbulência política é uma ótima oportunidade para quem quer testar novas ideias e não ser esmagado pelas regulações. Assim, o país pode dar grandes saltos de progresso.Já estivemos na China, por exemplo, e percebemos como algumas regiões passaram de não ter comunicação telefônica para os smartphones, sem passar pela época de cabeamento e telefones fixos. Acho que o Brasil pode ter uma atitude similar.Enquanto isso, nos Estados Unidos, se alguém lançar uma empresa de drones, vai ter de passar por reclamações de vizinhos, negociações com aeroportos e toda uma série de regulações por conta de sua grande estabilidade.Em tempos de crise, as pessoas também possuem uma mente mais aberta: quando as pessoas possuem um emprego estável, as mentes se fecham e não há o desejo de experimentar novos produtos. Afinal, tudo funciona e os consumidores estão bem. Isso dificulta o trabalho do empreendedor e pode gerar estagnação.Fonte: Exame

Embraer anuncia parceria com Uber para "carro voador"

A meta é que os primeiros voos experimentais do Uber Elevate ocorram em 2020, com a operação comercial prevista para 2023

Esboço do Uber Elevate. A Embraer está trabalhando em conjunto com o app de mobilidade (Foto: Divulgação)
Embraer vai entrar na corrida para desenvolver "carros voadores", como estão sendo chamados os pequenos veículos elétricos que decolam e aterrissam verticalmente e fazem deslocamentos urbanos curtos.O projeto, anunciado nos Estados Unidos, será feito em parceria com o aplicativo de carona paga Uber. A meta é que os primeiros voos experimentais ocorram em 2020, com a operação comercial prevista para 2023.
Entre as grandes fabricantes de aviões do mundo, a Airbus também trabalha em pesquisas na área. A empresa brasileira pretende criar todo o projeto da aeronave, fabricá-la e ficar responsável pela manutenção, além do controle aéreo.
O Uber ficará responsável pelo sistema que receberá os pedidos de deslocamento dos passageiros. "Eles têm a demanda. Esse é o ponto forte deles", disse ao Estado o presidente da Embraer, Paulo Cesar de Souza e Silva.O modelo da aeronave ainda não foi definido. Enquanto algumas startups analisam construir veículos autônomos, com tecnologias semelhantes à empregada nos drones, a Embraer deve apostar em um sistema com piloto. "(O sistema) deverá funcionar com vários hubs (terminais de conexão) na cidade, de onde será possível decolar. O veículo será elétrico e com baixa emissão de ruído e de gases poluentes", destaca Silva.De acordo com o executivo, aeronaves elétricas, ou ao menos híbridas, são uma das tendências da aviação. Ele admite que a companhia precisa "entender melhor" a tecnologia.Por enquanto, o valor investido no projeto pela Embraer não é significativo - inicialmente, serão feitos apenas os desenhos da aeronave e definidos os requisitos delas, segundo o executivo.Para ele, o programa abre a perspectiva de um novo negócio para a Embraer, que tem como vantagem ante as startups o fato de poder fabricar aeronaves em série e o conhecimento no setor aéreo.Preço.O Uber anunciou a intenção de incluir aeronaves em seu serviço de carona paga em outubro do ano passado. Na época, a empresa estimou que, no longo prazo, uma viagem do gênero entre São Paulo e Campinas poderia custar US$ 24 (cerca de R$ 75), valor inferior ao cobrado pela empresa para realizar o mesmo deslocamento de carro.Batizado de Uber Elevate, o projeto, porém, deverá enfrentar entraves regulatórios e técnicos, como a duração da bateria das aeronaves. Além da Embraer, a companhia americana fechou parceria com outras empresas - Aurora Flight Sciences (americana de drones e helicópteros), Pipistrel Aircraft (fabricante de aviões de pequeno porte da Eslovênia), Mooney (também de aviões) e Bell Helicopter (de helicópteros militares) - para desenvolver a nova modalidade do serviço.A brasileira, entretanto, é a de maior porte.O Uber também vem realizando testes de carros autônomos nos Estados Unidos. As pesquisas nesse segmento, no entanto, são feitas por engenheiros da própria empresa.Fonte: PEGN

Enquanto uns choram, a MRV acelera. Como?

Por que a incorporadora MRV ganha tanto dinheiro, enquanto a maioria de seus concorrentes luta para se manter

Um imenso clarão foi aberto nos últimos meses em Pirituba, bairro de classe média na zona norte de São Paulo. Nesse terreno, que tem 169 000 metros quadrados — tamanho equivalente a cerca de 20 campos de futebol —, vai ser construí-do um dos maiores empreendimentos imobiliários do país. O plano é que ele tenha 7 300 apartamentos, de 37 a 44 metros quadrados, divididos em 48 prédios, além de uma creche e uma base da Polícia Militar. Estima-se que 25 000 pessoas morarão ali quando as obras terminarem.
Quem acompanha o momento atual do mercado imobiliário, que vive uma de suas piores crises no Brasil, pode achar que começar algo desse tamanho justamente agora não faz o menor sentido. Milhares de imóveis novinhos estão encalhados nas grandes cidades do país porque faltam interessados com condições de comprá-los. Pirituba é quase uma metáfora do que acontece no setor imobiliário brasileiro — enquanto todos pisam no freio, a incorporadora mineira MRV pisa no acelerador.Fundada em 1979 pelo engenheiro Rubens Menin, a MRV se tornou, na atual crise que assola o setor, a maior incorporadora do país. Vale, na bolsa, 6,5 bilhões de reais — 1,5 bilhão a mais que a badalada Cyrela e duas vezes a Eztec, terceira da lista. Em 2016, seu lucro aumentou, chegou a 557 milhões de reais e foi, de longe, o maior do setor. No mesmo período, 11 das 17 incorporadoras de capital aberto tiveram prejuízo, segundo um levantamento da empresa de informações financeiras Economatica. Entre as empresas que estão no azul, nenhuma conseguiu aumentar seu lucro no ano passado. E, aproveitando-se da crise, a companhia gastou 41 bilhões de reais na compra de terrenos, volume recorde em sua história. É suficiente para dez anos de lançamentos se o ritmo atual for mantido.Parte dos projetos já começou. Além do megaempreendimento em Pirituba, a MRV tem três grandes obras em andamento no país — uma delas fica em Canoas, no Rio Grande do Sul, onde o plano é construir 4 160 apartamentos. “Vamos lançar aos poucos, à medida que percebermos que há demanda”, diz Eduardo Fischer, um dos copresidentes da MRV (o comando é dividido com Rafael Menin, filho de Rubens; Fischer é sobrinho do fundador). Segundo Fischer, a meta é construir 60 000 unidades por ano nos próximos anos, 50% mais do que a empresa fez em 2016.O que faz uma incorporadora ganhar dinheiro no mercado de baixa renda é, principalmente, quanto ela gasta para construir. Parece óbvio, mas foi aí que muitas empresas, especialmente as voltadas para as classes média e alta, patinaram em sua tentativa de crescer na baixa renda. No segmento de alto padrão, a localização pode determinar o sucesso ou o fracasso de um imóvel.Um prédio novo com alguma área de lazer e três vagas de garagem tem muito mais chance de ser vendido se for lançado na região dos Jardins, na zona oeste de São Paulo, onde faltam terrenos para esse tipo de empreendimento, do que no Morumbi, onde há dezenas de condomínios com essas características. Já os imóveis de baixa renda ficam nas periferias, e os interessados acabam olhando muito mais o preço do que a localização — acham que vale a pena mudar de bairro se, assim, conseguirem comprar uma casa.A MRV adotou duas estratégias para manter os custos sob controle. Uma é fazer grandes obras, como a de Pirituba, e prédios padronizados, com os mesmos acabamentos (como portas e janelas), em qualquer lugar em que construir. Com isso, a empresa ganha escala, o que lhe dá mais poder de barganha com os fornecedores.Outra é construir menos nas capitais e mais no interior do país, onde os terrenos costumam ser mais baratos e a concorrência é menor. “Também construí-mos em cidades próximas e, assim, aproveitamos os mesmos corretores e fornecedores. Até os gastos com marketing podem ser divididos”, diz Rafael Menin. Hoje, a empresa tem terrenos e obras em 144 cidades, como São Gonçalo, no Rio de Janeiro; e Araras, em São Paulo.

Um mercado de especialistas

Usando a figura imortalizada pelo filósofo Isaiah Berlin, a MRV é uma empresa “porco-espinho” — que só sabe fazer uma coisa, mas faz direito. A MRV sempre vendeu para a baixa renda. Seu alvo principal são os consumidores com renda familiar de 1 500 a 5 000 reais. No passado, esse público tinha acesso a financiamento em programas de estímulo à construção de moradias populares, como o do Banco Nacional da Habitação (BNH). A coisa mudou de patamar em 2009, quando o governo criou o Minha Casa, Minha Vida.O programa oferece juros menores, menos burocracia na contratação de crédito imobiliário e, dependendo da faixa de renda, subsídios que podem chegar a 90% do valor dos apartamentos e das casas. A amplitude do programa mudou a cara dos imóveis de baixa renda. Em vez de predinhos modestos, começaram a ser lançados condomínios com área de lazer e, em alguns casos, piscinas. No início, a maioria das grandes incorporadoras entrou nesse mercado, mas, aos poucos, ficou claro que se trata de um nicho para especialistas — e mesmo os especialistas passaram por maus bocados. A Tenda, que hoje pertence à Gafisa e só constrói para a baixa renda, enfrentou graves dificuldades financeiras entre 2011 e 2014 e só foi saneada de fato há dois anos.A MRV soube surfar a eufórica onda do mercado imobiliário dos anos 2000 sem grandes tombos. Conteve a ambição e não cresceu mais do que podia quando o mercado financeiro pedia crescimento acelerado. Não tentou competir com a Cyrela na alta renda. E fez poucos empreendimentos no segmento mais subsidiado pelo Minha Casa, Minha Vida, a chamada “faixa 1”, mais suscetível ao vaivém de Brasília e mais semelhante aos velhos programas assistencialistas do passado.Recentemente, o governo reduziu os subsídios à faixa de menor renda, o que prejudicou uma das principais concorrentes da MRV, a Direcional, especializada nesse segmento (procurada, a Direcional não deu entrevista, mas executivos do setor dizem que a empresa está mudando para vender mais para quem ganha acima de 1 800 reais por mês). “A MRV continuou fazendo o que sabia e soube ser agressiva quando houve a oportunidade de expansão”, afirma Luiz Mauricio, analista do setor de construção civil do Bradesco.Hoje, o maior risco para as incorporadoras que constroem para a baixa renda é haver mudanças nas regras de uso do FGTS, de onde saem os recursos para os financiamentos do Minha Casa, Minha Vida. Na verdade, as regras já vêm mudando. Os executivos da MRV criticaram, por exemplo, a decisão de permitir o saque, sem um teto de valor, de contas inativas do FGTS. “Pessoas de renda mais alta vão usar esses recursos para investir, e isso não beneficia o setor de construção, que é o objetivo do FGTS”, diz Rubens Menin.Além disso, a concorrência já começa a aumentar. As incorporadoras Cury, que tem a Cyrela como sócia, e o Grupo Rezek pretendem lançar no segundo semestre um empreendimento com 15 600 unidades na zona sul de São Paulo. A Tenda, hoje revigorada, fez 41 lançamentos em 2016 em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco e Rio Grande do Sul. Para o comando da MRV, porém, há espaço para todo mundo, especialmente quando a economia se recuperar de fato e o desemprego cair. Se o país e o setor imobiliário saírem do atoleiro em que se enfiaram, haverá muitos clarões como o de Pirituba espalhados pelo país.Fonte: Exame

Setor Imobiliário deve focar em 2018 e 2019

Para presidente da MRV, a maior incorporadora do país, uma postura de caixa mais conservadora ainda é necessária este ano

Para presidente da MRV, setor imobiliário está passando por período difícil porque é altamente dependente de condições macroeconômicas estáveis e de crédito  (Foto: Webysther Nunes / Wikimedia Commons)
Uma das poucas incorporadoras que não foram contaminadas pela crise do setor imobiliário nos últimos anos, a MRV, especializada em imóveis para baixa renda, vê um cenário ainda muito difícil para as construtoras em 2017. Eduardo Fischer, copresidente da maior incorporadora do país, diz que a MRV vai manter postura de caixa conservadora este ano, mas, mesmo assim, vai anunciar um grande empreendimento imobiliário na zona norte de São Paulo."O setor residencial é dividido em dois segmentos: média e alta renda, que passa por uma forte crise; e baixa renda, que ainda tem demanda. Estamos do lado da demanda", diz. Leia abaixo os principais trechos da entrevista concedida ao Estado.A maioria das incorporadoras passa por uma crise profunda, com alto número de distratos e situação financeira delicada. Qual será o cenário para o setor neste ano? Nosso setor está sofrendo imensamente, uma vez que é altamente dependente de condições macroeconômicas estáveis e de crédito. As incorporadoras sofreram em 2015 e tiveram um 2016 terrível. A expectativa é de melhora em 2017, mas em um cenário muito ruim ainda.Os negócios da MRV serão afetados? Temos de separar o setor em dois segmentos: média e alta renda de um lado, e baixa renda do outro. A nosso favor, o segmento de baixa renda tem uma diferença de oferta e demanda muito grande. Temos um déficit habitacional para essa camada da população (com até seis salários mínimos). Nesse caso, o crédito vem de bancos públicos e nosso consumidor acessa o FGTS.Mas o desemprego também afeta o perfil de seu cliente... O desemprego aumentou e preocupa. Mas há demanda, mesmo com a crise. Nosso cliente não quer só morar: precisa morar. É diferente do consumidor de média e alta renda - nesse caso, o setor enfrenta ainda a questão de altos distratos. Nessa categoria, há o consumidor que adquire imóvel para morar e outros que compram para investir. Com a crise, a dinâmica de mercado mudou e houve desistências, afetando fortemente as incorporadoras. É perverso. Estamos discutindo isso, via nossa entidade de classe, para mudar a regulamentação do setor.Os distratos da MRV também aumentaram? O nosso distrato tem caído nos últimos dois anos. Temos um saldo de distrato do passado, mas que tem recuado trimestre a trimestre e deverá cair em 2017. No caso do crédito associativo, a construtora consegue passar a dívida para os bancos (públicos). Se o banco aprova o financiamento, aprovamos a compra. A dívida fica com o banco.E os programas do Minha Casa Minha Vida impulsionam os negócios do grupo? Vamos voltar. Habitação de baixa renda é muito importante na economia, não é só social. O programa se mostrou resiliente. A demanda continua firme e as vendas seguem em ritmo muito bom. Mas a demanda se concretiza em negócio? Há uma crise de confiança ainda grande. O problema não está na confiança, mas na liberação de crédito. Trabalho basicamente com dois bancos - Caixa e Banco do Brasil. Os dois estão rígidos na concessão de crédito.Esperava 2017 tão difícil? Olho 2017 e, apesar de situação difícil, a perspectiva é mais positiva. Tive uma pior percepção no fim de 2014, quando não tinha ideia como o mercado iria reagir. O lado bom da crise é que, se você está em um setor que já está sofrendo muito (desde 2010), com custo de obra disparando, as perspectivas para frente são de melhora. A nossa sorte é que não podemos importar apartamento ainda.A crise que afetou o setor vai intensificar um movimento de consolidação? Difícil. É incerteza demais.Mas houve interesse do fundo Jaguar em comprar fatia da Tenda, da Gafisa. Há espaço para investidor estrangeiro no setor imobiliário nacional? Tem de olhar para o longo prazo. Os investidores apanharam muito com Brasil.O cenário também é pessimista para os imóveis comerciais? Hoje o segmento comercial passa por um momento diferente - esse setor já tinha puxado o freio quando a crise do setor começou. A volta à normalidade desse segmento vai ser mais rápida do que o residencial. Estão construindo menos.O sr. acredita que o cenário de instabilidade política deve agravar mais o setor? Essa instabilidade é ruim porque ninguém consegue olhar para 2018 e ter um cenário claro de mudanças macroeconômicas relevantes. A PEC do Teto passou, mas a reforma da Previdência é difícil e não pode demorar. Não olho mais para 2017. Penso em 2018 e 2019.A MRV não terá novos lançamentos para este ano? Sim. Faremos um lançamento na zona norte de São Paulo, um bairro planejado com 25 empreendimentos diferentes, em um investimento de quase R$ 1 bilhão e VGB de R$ 1,6 bilhão, para entrega nos próximos cinco anos. Nos últimos 30 meses, entregamos 100 mil chaves (o que equivale a uma cidade de 350 mil a 400 mil habitantes). A projeção é fazer a mesma entrega nos próximos 30 meses. Nos últimos dois anos, investimos cerca R$ 600 milhões em terrenos novos.Pensam em mudar de estratégia e se diversificar? Não. Fazemos a mesma coisa há 37 anos e vamos continuar assim.QUEM É Formado em Engenharia Civil pela Fundação Mineira de Educação e Cultura (Fumec), Eduardo Fischer Teixeira de Souza é copresidente da MRV, uma das maiores incorporadoras imobiliárias do País, fundado por seu tio, o empresário Rubens Menin. Fischer, que está no grupo desde 1993, divide a gestão da incorporadora com Rafael Menin.

BNDES - mecanismos para atender MPE e MEI

A presidente do BNDES, Maria Silvia Bastos Marques, afirma que a instituição e os agentes repassadores têm compromisso com a transparência dos pedidos de financiamentoPortal Lei Geral da Micro e Pequena EmpresaO ano de 2017 será marcado pela maior destinação de recursos e serviços aos pequenos negócios e às médias empresas pelo maior banco estatal de financiamento do País, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).Desde o início deste ano, o empreendedor desse segmento já pode acompanhar pela internet como estão seus pedidos de crédito, sem a intermediação dos agentes financeiros repassadores de recursos. Também passou a contar com aplicativo para smathphones e tablets.Essa aproximação será maior, com o lançamento em breve na internet do Canal MPME (Micro, Pequena e Média Empresa). Nele serão apresentadas linhas de crédito, simulação de financiamentos, consultas prévias de certidões, escolha de agentes financeiros e encaminhamento de pedidos de financiamento.Ao prestar essas informações, em entrevista ao Portal Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, a presidente do BNDES, Maria Silvia Bastos Marques, destacou que a transparência com a tramitação dos pedidos é um compromisso do Banco e dos seus agentes financeiros.“O micro, pequeno e médio empresário que acessar nosso site pode acompanhar em que estágio está sua operação. Isso passa a ser um compromisso não só do agente financeiro, mas também do BNDES, de informar como está sendo tratada a operação, em que estágio está o processo, se a operação está em análise, aprovada ou contratada”, afirmou.Maria Silvia detalhou que a instituição desenvolve um importante plano de trabalho focado em soluções de tecnologia e avanços na área digital, com o objetivo de simplificar, racionalizar e automatizar os processos de concessão de crédito.“Tudo isso para dar mais alcance aos recursos do BNDES para os micro e pequenos empresários”, continuou a executiva. cuja meta é reduzir, de 30 para até 2 dias, o prazo de avaliação dos pedidos, agilizando a liberação de crédito para esse segmento.A presidente também ressaltou que o BNDES vai aplicar este ano R$ 12,5 bilhões em micro e pequenas empresas, o que significa um acréscimo de 38% no volume de recursos destinados ao segmento em relação ao ano passado. E já investiu, desde 2005, R$ 1 bilhão em microcrédito produtivo, beneficiando cerca de 1 milhão de microempreendedores.Para facilitar o acesso ao crédito, o Banco vai usar o FGI (Fundo Garantidor para Investimentos) como contrapartida, passando a cobrir de 70% a 80% dos financiamentos. Isso aumenta as chances de aprovação de operações inclusive para microempreendedores individuais e caminhoneiros autônomos.Em dezembro passado, o BNDES também revisou seus critérios para atender mais diretamente o empreendimento de menor porte, ao passar a enquadrar no segmento o mesmo teto de faturamento anual observado na Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, que é de R$ 3,6 milhões.“Essas empresas respondem por uma grande parcela da oferta de empregos no País e são as mais afetadas pelo contexto da crise econômica atual. O fortalecimento da atuação do BNDES junto a esse público visa à indução da retomada do crescimento e a manutenção e geração de emprego e renda no País”, acrescentou.Confira a entrevista completa com a presidente do BNDES:Portal Lei Geral: Já foi dito que os recursos do BNDES só chegavam aos “grandes dos pequenos negócios”. Essa avaliação foi constatada pela atual gestão?   Maria Silvia Bastos Marques: As micro e pequenas empresas (MPEs) são importante elo das cadeias produtivas, são essenciais para o crescimento econômico e geração de emprego no País e continuarão a contar com o apoio diferenciado do BNDES. Nos últimos cinco anos, o segmento de MPE representou cerca de 67% do número de operações e 13% do volume de desembolsos do Banco. Os números evidenciam a relevância de nossa atuação no apoio aos “pequenos dos pequenos negócios”.Uma boa surpresa que tive quando cheguei ao Banco, e que muita gente desconhece, é a forte atuação do BNDES no apoio ao microcrédito produtivo orientado. Desde 2005, foram realizadas 1,3 milhão de operações do BNDES Microcrédito, com R$ 1 bilhão em desembolsos. Considerado o efeito multiplicador na ponta, o giro é de R$ 4,5 bilhões. Quando pensamos que o ticket médio por operação é de R$ 2,5 mil, vemos que o microcrédito é um importante instrumento de inclusão produtiva e de suporte financeiro aos pequenos negócios.Até o ano passado, o Banco classificava como MPEs aquelas empresas com faturamento anual de até R$ 16 milhões. Com a implantação das novas políticas operacionais, alinhamos nossa classificação de porte à Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, que estabelece um teto de faturamento de até R$ 3,6 milhões. Tal iniciativa é importante para que o apoio do Banco às MPEs fique em sintonia com a representação de porte utilizada pelos demais agentes econômicos.Ampliamos também o limite do cartão BNDES, de R$ 1 milhão para R$ 2 milhões, por agente financeiro, bem como o prazo de financiamento da FINAME [investimentos em máquinas e equipamentos] de 5 para 10 anos.Além disso, estamos executando um importante plano de trabalho focado em soluções de tecnologia e avanços na área digital, com o objetivo de simplificar, racionalizar e automatizar os processos de concessão de crédito, tudo isso para dar mais alcance aos recursos do BNDES para os micro e pequenos empresários.Por fim, ampliamos o acesso e instituímos melhores condições para a concessão de capital de giro para as MPMEs, através da linha de financiamento BNDES Progeren.PLGHavia um motivo especial para o BNDES adotar um critério de receita anual bastante superior ao que estabelece a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa para a concessão de financiamento para o segmento? MSBM: O BNDES utilizava, como referência para classificação de porte, uma resolução do Mercosul de 1998 (MERCOSUL/GMC/RES Nº 59/98) que instituía a política de apoio às MPMEs e estabelecia que empresas industriais com faturamento anual de até US$ 400 mil fossem classificadas como microempresa e aquelas com faturamento anual de até US$ 3,5 milhões, como pequena empresa.Desde então, essa classificação passou por algumas alterações. Especificamente para as MPEs, em 2002, o porte “micro” foi elevado a R$ 1,2 milhão, enquanto o porte “pequena” foi elevado a R$ 10,5 milhões. Em 2009, o porte “micro” foi elevado a R$ 2,4 milhões, enquanto o porte “pequena” subiu para R$ 16 milhões.Finalmente, em dezembro de 2016, fizemos o alinhamento com a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa e os padrões utilizados pelos agentes financeiros. A mudança é importante, já que as micro, pequenas e médias empresas são prioridade em todas as linhas do BNDES, de forma horizontal, independentemente do setor.PLG: Qual é a previsão do percentual de recursos do BNDES que serão destinados às micro e pequenas empresas com receita até R$ 3,6 milhões, após a implantação das mudanças operacionais anunciadas?MSBM: Com a nova classificação de porte, estamos, de fato, ampliando o acesso aos recursos em TJLP [Taxa de Juros de Longo Prazo] para as empresas com faturamento anual de até R$ 3,6 milhões. A previsão de desembolsos, apenas para MPEs, é da ordem de R$ 12,5 bilhões em 2017, um crescimento projetado de 38% em relação a 2016.PLGO FGI (Fundo Garantidor para Investimentos) do BNDES poderá ser usado para as contrapartidas de financiamentos a serem liberados para micro e pequenas empresas? Quais as contrapartidas serão exigidas dos pequenos tomadores de crédito, a exemplo de garantias reais? ​​MSBM: Sim, o FGI pode e deve ser usado para a contrapartida de financiamento. Aumentamos recentemente a possibilidade de cobertura de 70% para 80% do financiamento, pois temos ciência de que a garantia é quase sempre um obstáculo para o micro, o pequeno e o médio empresário.​​O BNDES FGI aumenta as chances de aprovação dos pedidos de financiamento de MPMEs, empreendedores individuais e caminhoneiros autônomos. Isso porque ele complementa as garantias oferecidas às instituições financeiras e melhora as condições de financiamento para esse público.Desde o início de suas operações, aproximadamente 65% dos clientes do Fundo acessaram crédito do BNDES pela primeira vez com a garantia do FGI e mais de 85% dessas operações foram com microempresas ou autônomos. Isso mostra que o Fundo, de fato, é uma alternativa de suporte ao crescimento e modernização das empresas de menor porte.O BNDES FGI oferece garantia de até 80% em operações contratadas em diversas linhas e programas do BNDES e também em linhas dos próprios agentes financeiros habilitados, incluindo capital de giro e investimento. A garantia oferecida não é seguro de crédito e não isenta o tomador do crédito de suas obrigações financeiras.Como contrapartida, em geral, é exigida dos tomadores a constituição de garantia pessoal – fiança ou aval sobre a totalidade do crédito – e, dependendo do caso, podem ser exigidas contragarantias reais, como, por exemplo, penhor de bens ou hipoteca de imóveis. Essas são exigências mínimas do FGI, mas os agentes financeiros podem estabelecer outras exigências de acordo com sua política de crédito.PLG: O BNDES é um banco de fomento que utiliza bancos convencionais. Agora se anuncia que fará liberação de capital de giro sem a intermediação de agentes financeiros. Como será isso? Os pedidos serão encaminhados diretamente à instituição via online, já que o BNDES não dispõe de estrutura para atendimento em massa?  Será criado um portal para facilitar o acesso ao crédito pelos pequenos tomadores ou a instituição planeja contar com a parceria de empresas FinTech?​​MSBM: No início do ano, ampliamos o acesso das MPMEs a capital de giro, oferecendo o BNDES Progeren também na modalidade direta, ou seja, sem a intermediação de agentes financeiros. Todas as empresas que tenham interesse em um financiamento do programa podem realizar a solicitação online no site do BNDES por meio do sistema de Consulta Prévia Eletrônica (CPE), e acompanhar a tramitação de seu pedido.É importante lembrar que isso não vale só para o Progeren. Temos buscado dar transparência total à tramitação dos projetos do Banco. O micro, pequeno e médio empresário que acessar nosso site pode acompanhar em que estágio está sua operação. Isso passa a ser um compromisso não só do agente financeiro, mas também do BNDES, de informar como está sendo tratada a operação, em que estágio está o processo, se a operação está em análise, aprovada ou contratada.E, para reforçar a presença digital do BNDES, em uma nova fase de relacionamento com os MPMEs, lançamos, na Feira do Empreendedor do Sebrae-SP deste ano, um aplicativo para smartphones e tablets, o BNDES MPME. Ele permite que o próprio empresário acompanhe, na palma da mão, o estágio de suas operações, sem precisar consultar o agente repassador de recursos.Na linha da simplificação, percebendo uma necessidade de mudanças no nosso modelo de negócios, lançaremos em breve um canal de relacionamento na Internet exclusivo para o MPME.Por mais simples que sejam os produtos do banco, o pequeno e médio empresário às vezes tem dificuldades de entender qual produto do BNDES é mais aderente ao seu negócio, por exemplo.Nesse canal, ele poderá identificar as linhas de crédito disponíveis para a finalidade desejada, simular financiamentos, obter o resultado de consultas prévias de certidões exigidas pela legislação federal, apontar os agentes de sua preferência e encaminhar, de forma ágil, seus pedidos de financiamento.Testes de conceito com o Sebrae [Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas], a Febraban [Federação Brasileira de Brancos] e a ABDE [Agência Brasileira de Desenvolvimento Econômico] já foram realizados e, com apoio dos agentes financeiros, a plataforma já está em fase de construção, devendo ser disponibilizada para o público ainda no primeiro semestre deste ano.Além disso, recentemente firmamos um acordo de integração de sistemas com a B2W, maior plataforma digital do país, que passou a aceitar o Cartão BNDES como meio de pagamento. Até então, as transações do Cartão só podiam ser realizadas, após negociação direta entre as partes interessadas, em um único site específico na internet. A medida, que confere mais agilidade e automaticidade aos processos do Cartão BNDES, representa o início de uma revolução na forma do Banco operar com as MPMEs, comparável ao lançamento do produto em 2003.Finalmente, para potencializar o acesso ao crédito e atender a diferentes nichos de mercado, estamos construindo uma agenda com fintechs e outras empresas do ramo de tecnologia e inovação, com enorme potencial de avanço em diversas frentes. Uma delas é a realização, em plataformas digitais, de leilões reversos de crédito entre as instituições financeiras repassadoras, a partir do perfil de cada operação, o que aumentará a competitividade do setor bancário e reduzirá os custos financeiros para o cliente final. A expectativa é que essas e outras parcerias acelerem a integração de diferentes plataformas tecnológicas do BNDES simplificando a vida do micro e pequeno empresário no processo de tomada de crédito.PLG: No ano passado, em janeiro, foi sinalizado o fim da exigência de registro em cartório de contratos das micro e pequenas empresas para a obtenção de recursos do BNDES. Cada registro custava R$ 2.000,00. Também era exigido o registro dos balancetes das empresas para pedir acesso ao cartão BNDES, que deveriam ser registrados em cartório ao custo de R$ 1.500,00. Essas exigências resistem? MSBM: Nas operações do Cartão BNDES não existe exigência de registro de documentação em cartório para a contratação de financiamentos. Como essas são operações indiretas, o agente financeiro, de acordo com sua política de crédito, pode solicitar documentos a seu critério, mas essa não é uma exigência do BNDES e sim do agente repassador.PLG: O que levou o BNDES a passar a considerar como prioridade no início deste ano o atendimento das micro e pequenas empresas? É possível imaginar que poderão também ser atendidos pela instituição os microempreendedores individuais (MEIs)? Quais as linhas de crédito que ficarão mais acessíveis aos pequenos negócios? Finame, cartão BNDES? MSBM: O atendimento às micro e pequenas empresas sempre foi importante para o BNDES. Com as novas políticas operacionais, o apoio financeiro a esse segmento assumiu um foco estratégico. Essas empresas respondem por uma grande parcela da oferta de empregos no País e são as mais afetadas pelo contexto da crise econômica atual. O fortalecimento da atuação do BNDES junto a esse público visa à indução da retomada do crescimento e a manutenção e geração de emprego e renda no País. A expectativa é que, em conjunto, as medidas que anunciamos levem a um aumento projetado de 20% nos desembolsos para MPMEs, um acréscimo de R$ 5,4 bilhões.O Microempreendedor Individual (MEI), que fatura até R$ 60 mil por ano e que se legalizou, passando a possuir um CNPJ, é considerado microempresa e pode obter financiamento do BNDES. Com condições bastante atrativas, o Cartão é o principal instrumento acessado por esse público. Por meio dele, é possível financiar, desde material de construção e insumos, até móveis, computadores e veículos utilitários.Outra opção de financiamento do Banco que pode ser acessada pelos MEIs é o BNDES Microcrédito. Desde 2005, o BNDES já realizou mais de 1,3 milhão de operações de microcrédito, no valor de até R$ 20 mil, a juros de até 4% ao mês, beneficiando mais de um milhão de microempreendedores em todo o Brasil.Existem ainda outras linhas que podem ser acessadas pelos pequenos empresários, com condições bastante favoráveis: o BNDES Progeren, no financiamento ao capital de giro; o BNDES Finame, para o apoio à compra de máquinas e equipamentos e o BNDES Automático, para o financiamento a projetos de investimento.PLG: Quais são os critérios que o BNDES vai utilizar para avaliar se um projeto para o qual se pleiteia financiamento é bom ou ruim? Terão prioridade as empresas com as quais o Banco já se relaciona? MSBM: A revisão das políticas reflete mudanças na atuação do BNDES, no seu papel de indutor do desenvolvimento sustentável e na adoção das melhores práticas de governança corporativa pelas empresas apoiadas. Com um apoio mais criterioso ao investimento, independentemente do setor ou do tamanho da empresa, queremos priorizar a qualidade dos projetos e o seu retorno social.Essa mudança para foco no projeto tem origem na constatação de que os setores, na verdade, estão todos se fundindo. Em um mundo convergente, as fronteiras entre os setores são cada vez mais difusas. Assim como houve a convergência das mídias, a convergência mobile, há uma convergência nos setores também. E, cada vez mais, a indústria se funde com os serviços. Da mesma forma que a gente olha para o comércio e percebe que, hoje, boa parte dele é feita eletronicamente e não em lojas físicas.E o BNDES está olhando essa realidade, está se adaptando a esse dinamismo da economia. Assim, investimentos em saúde, educação, meio ambiente, infraestrutura, inovação, exportação e de apoio às MPMEs, que apresentem externalidades positivas – não apenas para o tomador de crédito, mas para toda a sociedade – terão apoio do BNDES em melhores condições (juros e prazos), independentemente dos setores em que eles estejam.PLG: Como e quando serão efetivadas as seguintes modificações anunciadas: a) Simplificação de portfólio de produtos e programas, para facilitar o financiamento para micro e pequenas companhias, b) Redução de 30 para dois dias do prazo de análise e concessão de crédito, c) Ampliação no limite do Cartão BNDES, usado para financiar máquinas e equipamentos.MSBM: As simplificações e modificações já foram informadas à rede de agentes financeiros credenciados por meio de circular, no início deste ano. De forma geral, o número de linhas foi reduzido, evitando sobreposição e até canibalização entre as mesmas, e houve racionalização na exigência de documentos necessários para se pleitear o financiamento.Quanto ao Cartão BNDES, os agentes estão pouco a pouco adaptando internamente seus sistemas e, principalmente, sua política de crédito, para contemplar a possibilidade de elevação dos limites de R$ 1 milhão para R$ 2 milhões nos cartões concedidos.Estamos investindo muito em automatização e em parcerias e revendo nossos processos de concessão de crédito para que tudo seja feito de forma muito mais ágil e rápida. Nas operações indiretas automáticas, que são muito acessadas pelos micro e pequenos empresários, nossa meta é reduzir esse prazo de 30 para até 2 dias, agilizando a liberação de crédito para esse segmento.Fonte: Lei Geral 

Pegcar - Alugue seu carro parado na garagem

O Pegcar realiza 200 aluguéis por mês e movimentou R$ 300 mil em 2016

Peg Car, Locação, Carro, Bruno, Conrado (Foto: Thiago Gimenes/Divulgação)
Muitas pessoas não têm carro, mas gostariam de ter em alguns dias. Por outro lado, outras pessoas têm carro e o veículo acaba parado na garagem o tempo todo. Foi para satisfazer essas duas parcelas que surgiu o Pegcar, um serviço que permite a locação de carros. O proprietário do veículo pode anunciá-lo; e, quem estiver interessado em alugá-lo por determinado período, pode realizar por meio do site.Com apenas 26 anos, Conrado Ramires e Bruno Hacad são as cabeças por trás da empresa. Depois de terem se formado juntos em Administração de empresas na Fundação Getúlio Vargas (FGV) em São Paulo, os dois trabalharam por três anos no mercado financeiro antes de abrirem seu próprio negócio. “Sempre achamos que a tendência ia ser economia compartilhada e resolvemos investir nisso”, diz Conrado.A ideia surgiu no final de 2014 e foi só outubro de 2015 que o negócio começou a funcionar. Isso aconteceu porque existiam muitos obstáculos que impediam o funcionamento do Pegcar. O maior deles era a relação com as seguradoras. A apólice de seguro comum não cobre carros que são usados para fins comerciais. “Tivemos que montar um seguro especial para o usuário. Fizemos um acordo com a Mapfre [empresa de seguros] e, no período de locação, o carro está automaticamente segurado pela empresa”, explica o empresário.Para começar a funcionar, Conrado e Bruno investiram R$ 40 mil e contaram com o apoio de investidores anjos. No total, foram mais de R$ 1 milhão para o Pegcar entrar no ar. No início, os amigos resolveram gerar oferta ao invés de demanda. “Fomos na rua mesmo! De carro em carro pedindo para os proprietários cadastrarem”, conta Conrado. Segundo ele, os 50 primeiros carros da plataforma foram assim. Hoje, o Pegcar conta com mais de 400 carros anunciados, 200 alugueis por mês e movimentou R$ 300 mil em 2016 sendo que a empresa fica com menos de 30% do valor anunciado.A plataforma tem uma logística simples. Para o proprietário anunciar seu carro, ele deve ter abaixo de 100 mil quilômetros rodados, um seguro ativo. Além disso, o veículo não pode ter seu valor acima de R$ 90 mil. Feito o anúncio, basta esperar alguém se interessar pela proposta. “É uma ótima opção de renda extra. Já temos muito usuários que conseguem um bom dinheiro no final do mês”, afirma o empreendedor.Do outro lado, o comprador só precisa entrar na plataforma, realizar um cadastro e escolher qual veículo deseja. Na maioria dos casos, o aluguel é para um final de semana ou um curto período de viagem. O valor é contado por diárias e o pagamento é realizado via cartão de crédito pelo próprio sistema. Quando o comprador solicita o aluguel, o proprietário tem a opção de aceitar ou não. Se for um bom negócio para ambos, basta combinar o melhor lugar para pegar as chaves.O Pegcar tem um escritório em São Paulo (SP) e carros espalhados pela Grande São Paulo, Belo Horizonte (MG) e Curitiba (PR). O maior desafio da empresa, no momento, é superar a falta de credibilidade. Para Conrado, o brasileiro tem uma dificuldade cultural de acreditar em negócios onlines. “Precisamos desmistificar o setor para chegar em nossa meta que é 1 mil alugueis por mês”, planeja.Fonte: PEGN

Simples Nacional dobra sobrevivência das empresas

De acordo com pesquisa do Sebrae, de cada dez empresas que estão nesse sistema de tributação, oito superam os dois primeiros anos

As micro e pequenas empresas que são optantes pelo Simples Nacional apresentaram uma taxa de sobrevivência maior do que as que não são optantes. De acordo com levantamento feito pelo Sebrae, 83% dos pequenos negócios criados em 2012 e ligados a esse sistema diferenciado de tributação sobreviveram aos dois primeiros anos de vida, mais do que o dobro das empresas não optantes.  Apenas 38% das empresas que estão no Lucro Presumido ou no Lucro Real superaram o primeiro biênio de vida.“Essa é mais uma prova de que o Simples não pode ser visto como renúncia. Se ele não existisse, milhões de negócios não estariam abertos”, afirma o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos. De acordo com ele, como esse sistema de tributação diferenciado reduz a carga de impostos e a burocracia, ele também permite que o empresário cuide mais do seu negócio do que com as obrigações tributárias. “Isso melhora a qualidade da gestão e aumenta a vida da empresa”, destaca o presidente do Sebrae.O levantamento constatou que entre 2012 e 2016, o número de optantes do Simples cresceu 64%, passando de 7,1 milhões para 11,6 milhões. De acordo com o estudo, o Microempreendedor Individual (MEI) foi o principal influenciador desse resultado: cresceu 150% no mesmo período. Pesquisa elaborada pelo Sebrae O levantamento ainda constatou que 67% das empresas não optantes gostariam de aderir ao Simples. “Além da redução na carga tributária, essa elevada adesão a esse sistema pode ser atribuída a benefícios como a possibilidade do empresário saber se está em dia e o quanto paga em impostos”, ressalta Afif.Ainda de acordo com o estudo, um terço das empresas optantes pelo Simples Nacional confirmaram que estão sendo prejudicadas pela Substituição Tributária (ST). Dentro deste grupo, 72% afirmam ser alto ou muito alto o tamanho do prejuízo. A Substituição Tributária impactou negativamente 48% das empresas na produção, 56% das empresas no investimento, 68% das empresas no lucro e 39% das empresas no quadro de empregados.SimplesO Simples Nacional foi criado pela Lei Geral da Micro e Pequena Empresa em 2006. Esse sistema diferenciado abrange os seguintes tributos: Imposto sobre a Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ), Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), PIS/Pasep, Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) ,  Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI),  Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS), Imposto sobre serviços de qualquer natureza (ISS) e a Contribuição Patronal Previdenciária para a Seguridade Social (CPP). O recolhimento é feito por um documento único de arrecadação que deve ser pago até o dia 20 do mês seguinte àquele em que houver sido auferida a receita bruta.Fonte: Empreendedor

Aplicativo oferece lições gratuitas de marketing digital e pode ser usado off-line

Google Primer leva inovação e conhecimento para mais de 760 mil empreendedores brasileiros

Um ano após o lançamento da versão em português, o Brasil já é o segundo no mundo em número de downloads do Google Primer, guia gratuito que reúne lições de marketing digital para empreendedores. Mais de 760 mil brasileiros já baixaram o aplicativo, colocando o país a frente de mercados como México e Estados Unidos e atrás somente da Índia, que ocupa o primeiro lugar.Primer foi pensado para ser usado em qualquer lugar e hora para quem quer aprender mais sobre marketing digital, sem se descuidar do negócio em si. As lições são curtas, com duração de até cinco minutos, e podem ser baixadas quando se está no wi-fi e feitas off-line, economizando o plano de dados.As lições são elaboradas por profissionais do Google, em parceria com especialistas em marketing e business, e divididas em categorias como publicidade, conteúdo, métricas e estratégia. Hoje, o Primer conta com 90 lições (20 a mais que em 2016). As cinco aulas mais prestigiadas pelos usuários brasileiros são: “Atraia seus consumidores com uma boa história”, “Os primeiros passos com SEO”, “Como o remarketing mantém os clientes sempre voltando”, “Como sua marca pessoal pode ajudar seu negócio” e “Crie anúncios na rede de display que se conectam com os consumidores”.“Os empreendedores têm nessa ferramenta os recursos necessários para aplicar tudo o que aprendem diretamente em seus negócios, como planejar as ações para atingir o público-alvo e medir o retorno das campanhas realizadas. Após um ano de lançamento, o aplicativo é um sucesso no mercado”, afirma Susana Ayarza, diretora global do Primer.Na prática, Primer está ajudando a mudar a história de vida de muitas pessoas. O farmacêutico André Marques dos Santos trabalhava na área de saúde, mas sempre quis se aventurar no mundo dos negócios. “Ao entrar em um programa de trainee, no SEBRAE, mesmo sem prática, usei Primer para desenvolver cinco projetos, o conteúdo me trouxe conceitos básicos, mostrou caminhos e insights, com isso fiquei entre os 15 selecionados e mudei minha carreira”, diz o analista de negócios sênior no Sebrae-SP.Lições sobre temas sensíveis, como o preconceito, também foram inseridas no aplicativo. A “Como evitar o viés inconsciente no trabalho” foi inspirada em um treinamento que é feito pelos próprios funcionários do Google. “Todo mundo tem um tipo de preconceito e é importante saber como lidar com certas situações inconscientes, nossa lição apresenta dados de várias pesquisas realizadas por diversas universidades e institutos para mostrar como o preconceito pode afetar as decisões, avaliações e relações entre as pessoas”, diz Guilherme Brandão, gerente de marketing e produto do Google. O Primer está disponível tanto Android e IOS.Fonte: Empreendedor 

Por que ela largou o mercado financeiro para ter o próprio brechó

Leilane Sabatini negociava ações no ramo de energia elétrica – até que uma olhada em seu armário fez com que ela largasse a carreira para empreender

Há poucos anos, Leilane Sabatini estava em um ponto da carreira que daria inveja em muitos: ela era trader do setor de energia elétrica, negociando operações de curto prazo no mercado financeiro.
“Eu era a diretora da mesa de energia, e já havia conquistado uma certa estabilidade. Não tinha a intenção de abandonar a carreira, porque é um mercado que paga muito bem, mas sentia que faltavam novos desafios”, conta.Uma olhada no seu armário, porém, mudaria a vida da empreendedora. Percebendo que havia comprado peças de estilistas famosos que mal tinham sido usadas, Sabatini decidiu vendê-las.Ela tentou em marketplaces populares, como o Mercado Livre – mas não conseguia procurar interessados em produtos tão luxuosos.“Então, criei uma conta no Instagram com o nome que pensei na hora: ‘Cansei Vendi’. Foi quando a rede social estava em alta e todo mundo postava, inclusive lojas. Em uma semana, vendi praticamente todos os itens”, conta.Depois, vieram os pedidos de parentes para que Sabatini também vendesse as peças delas. “Percebi que era um nicho de grande potencial e que não havia sido explorado profissionalmente no Brasil. Enquanto isso, nos Estados Unidos e na Europa, o ‘second hand’ de luxo já era consolidado.”Esse foi o começo do Cansei Vendi, em 2013: um brechó de luxo que, hoje, já fatura em média 50 mil reais por mês. E as metas para o ano são ambiciosas.

Decisão de carreira e profissionalização

Ainda que o Cansei Vendi tenha surgido há três anos e meio, foi apenas em maio de 2016 que Sabatini finalmente tomou a decisão de largar sua carreira no mercado financeiro para se dedicar inteiramente ao negócio.Até então, o negócio operava apenas pela página do Instagram e por um site bem simples: não havia processos automatizados para processar as compras, algo comum em lojas virtuais.Mesmo assim, o Cansei Vendi cresceu rápido: a empreendedora passou a receber vários e-mails de gente querendo comprar e vender peças.Em 2016, com a dedicação integral à marca, Sabatini estruturou a empresa e passou a buscar investidores. Entraram também duas novas sócias: Ana Carolina Darde e Carol Leonhardt.
Ana Carolina Darde, Leilane Sabatini e Carol Leonhardt

Ana Carolina Darde, Leilane Sabatini e Carol Leonhardt, do Cansei, Vendi (Cansei, Vendi/Divulgação)

Em dezembro do ano passado, o empreendimento recebeu um investimento-anjo no valor de 400 mil reais.“Falei com gente que eu já conhecia, que sabia como eu trabalhava e tinha dinheiro para investir. Os investidores-anjo que aportaram no fim do ano passado são ex-chefes meus, que nunca investiram em startups, mas acreditaram no meu potencial e nas informações que eu dei sobre o mercado.”Com esse aporte, a plataforma própria do Cansei, Vendi começou a ser desenvolvida. O site foi lançado após três meses de programação. “Queríamos passar credibilidade e, assim, sair na frente dos concorrentes”, explica.O Instagram assumiu um novo papel: hoje, ele funciona mais como um grande canal de divulgação do site, que é por onde realmente acontecem as transações. O grande objetivo do perfil é dar informações adicionais para os consumidores e convidá-los a conhecer a plataforma.Além disso, a empreendedora faz testes de demanda de produtos. “A gente posta lá produtos que já confirmamos a venda, mas que ainda não fizemos as fotos e subimos no site. Isso acaba sendo um termômetro para a gente do potencial de liquidez de cada item”, conta.“Temos um público-alvo de mulheres entre 25 e 40 anos, de média e alta renda, que nos associam muito com o Instagram”, diz. Até hoje, 60% das vendas vem dessa rede social.Em 2017, a média de faturamento mensal do Cansei, Vendi girou entre 40 e 60 mil reais. Em 2016, a média era de 25 mil reais. “Com as mudanças que tivemos, dobramos nosso faturamento”, diz Sabatini.“Há pouco tempo, começamos a investir no Google. O foco, agora, será nas mulheres de 50 ou 60 anos, que também podem se tornar nossas clientes. Quando estivermos bem calibrados, acho que a maior fonte de receita virá do Google.”

Como funciona?

No marketplace Cansei Vendi, é possível comprar e vender peças de luxo de segunda mão. Para comprar, o funcionamento é parecido ao de qualquer e-commerce.Já para vender, o usuário deve entrar no site, cadastrar informações do seu produto e mandar fotos para triagem pelo negócio.“Cada marca tem um checklist de itens que comprovam sua originalidade, e eu que assumi principalmente esse estudo. Vi os critérios em contatos com empresas americanas que fazem tal avaliação, diversos sites e vídeos. Se a peça não passa em um item, devolvemos”, diz Sabatini.Se o item for aprovado, o Cansei Vendi entrará em contato e um termo deve ser assinado. As peças então são entregues à plataforma e ela fica responsável por enviá-la ao comprador. O objetivo é garantir a segurança da peça e a qualidade na entrega.“O contato do comprador é conosco, e não com o vendedor. A comissão é de 35% do valor de venda: ou seja, o vendedor fica com 65% do valor anunciado da peça. Nos Estados Unidos, essa comissão costuma ser de 40%”, defende a empreendedora.Hoje, cerca de 300 peças estão cadastradas no site, com ticket médio de venda em 2,5 mil reais. Cerca de 20 itens são vendidos pelo martketplace. A campeã de vendas é a bolsa Neverfull, da marca Louis Vuitton.A média de descontos sobre o valor do produto novo é de 50%, segundo Sabatini. O preço anunciado varia de acordo com sinais de uso, pressa em vender o produto e, claro, preço de mercado. A grande maioria dos vendedores pede para o Cansei, Vendi uma sugestão de preço a anunciar, baseado na avaliação feita pelo marketplace da peça.

Planos

Além da consolidação da nova plataforma após a aporte, o Cansei Vendi está investindo em novos recursos para seus consumidores.“Criamos uma calculadora de revenda pela qual o cliente consegue estimar o valor de venda do seu item no mercado de revenda de produtos de luxo. Ainda estamos na fase de piloto dessa calculadora, com as marcas e produtos mais comercializados”, conta Sabatini.O investimento-anjo também será usado para conquistar participação de mercado, focando em ações de marketing e em estruturas operacionais para suportar tal crescimento (por exemplo, mais gestão de estoque e de processos). Sabatini também pretende vender outros itens dentro do nicho de luxo, diversificando o mix de produtos.Com isso, o Cansei Vendi já projeta metas agressivas para este ano. Até dezembro de 2017, a marca que chegar a um faturamento mensal de cerca de 120 mil reais – quatro vezes mais do que o obtido em dezembro de 2016, que foi de 30 mil reais. Hoje, o negócio fatura entre 40 e 60 mil reais no mês.Fonte: Exame

Empreste a sua visão aos cegos

Já pensou em usar o smartphone para auxiliar deficientes visuais?

Be my Eyes é app que conecta rede de voluntários a cegos do mundo inteiro (Foto: Reprodução/Be my Eyes)Be My Eyes é um app que conecta rede de voluntários a cegos do mundo inteiro (Foto: Reprodução/Be My Eyes)
O funcionamento do app é simples, requerendo somente uma conexão à Internet de boa qualidade, seja por Wi-Fi ou 3G/4G. Isso porque a ajuda é feita via videochamada, sempre que uma pessoa cega precisa de auxílio; se você fizer parte da rede de voluntários, uma notificação chega no celular e a conexão é estabelecida, caso aceite a chamada.A partir daí, basta descrever o que aparece na tela usando sua voz, estabelecendo também um canal de comunicação com alguém que poderá ser um novo amigo. Na prática, o app opera como o Skype, mas com uma série de facilidades de acessibilidade para os deficientes visuais e com um propósito único.
App busca ajudar cegos em tarefas simples, como saber a validade do leite (Foto: Reprodução/Be my Eyes)App busca ajudar cegos em tarefas simples, como saber a validade do leite (Foto: Reprodução/Be My Eyes)
“Minha esperança é de que, ajudando uns aos outros como uma comunidade online, Be My Eyes possa fazer uma grande diferença na vida cotidiana das pessoas cegas em todo o mundo”, explica o criador do projeto, o dinamarquês Hans Jorgen Wiberg.
Para ajudar, basta descrever o que aparece na tela do iPhone (Foto: Reprodução/Be my Eyes)Para ajudar, basta descrever o que aparece na tela do iPhone (Foto: Reprodução/Be My Eyes)
O Be My Eyes também concede pontos aos usuários por cada pessoa ajudada, criando um ranking que funciona como incentivo. O aplicativo tem versões para iPhone e iPad.Fonte: Techtudo

CANAIS DE VENDA ONLINE