Como este mercadinho virou uma das maiores redes do país

Em 20 anos, um filho de lavradores transformou um mercadinho de Belo Horizonte — o BH — numa das maiores redes de varejo do país

As crises econômicas atingem as empresas de forma diferente. As companhias muito endividadas costumam se enrolar ainda mais; algumas conseguem mudar rapidamente para se adaptar ao novo cenário e perder menos dinheiro; e existem as que crescem ocupando o espaço de concorrentes que faliram. A recessão atual no Brasil tem um pouco de tudo isso. Mas é bem mais raro encontrar empresas que estavam indo bem antes da crise e continuam apresentando bons resultados sem mudar praticamente nada — especialmente no combalido setor varejista.É por isso que uma rede mineira de supermercados, o BH, vem chamando tanta atenção de concorrentes e investidores. Fundado em 1996 por Pedro Oliveira, um ex-carregador de caixas em supermercados de Belo Horizonte, o BH fatura 5 bilhões de reais, tem 16 000 funcionários e 172 lojas. O plano, agora, é comprar o principal competidor no estado, a rede DMA, e tornar-se a quinta maior rede nacional, logo depois dos chilenos do Cencosud (hoje, o BH ocupa a sétima posição). “Se vem alguém falar de crise, eu peço para sair da sala”, diz seu Pedro, como é chamado pelos funcionários.Dezenas de redes regionais de supermercados surgidas nas últimas décadas no Brasil se tornaram empresas relevantes do varejo brasileiro. É o caso do Zaffari, quinta maior rede nacional, e do grupo Irmãos Muffato, do Paraná, que é a sexta. Muitas acabaram sendo compradas — caso do Bompreço, no Nordeste, que foi adquirido pelo americano Walmart em 2010, e do Sendas, no Rio de Janeiro, comprado pelo Pão de Açúcar em 2011. O modelo de negócios do BH, porém, é diferente dos demais.Como surgiu bem depois dos concorrentes — grande parte dos varejistas nacionais tem mais de 40 anos — e após a chegada ao país da maioria dos grupos estrangeiros, o BH decidiu crescer pelas beiradas, abrindo lojas onde havia poucos competidores. Escolheu como alvo a periferia de Belo Horizonte e, em seguida, pequenas cidades no interior de Minas Gerais — sempre vendendo produtos de marcas mais baratas. Assim, foi beneficiado pelo aumento do poder aquisitivo das classes C e D de 1996 para cá.Nesses locais, a competição é com pequenos mercadinhos, e a vantagem do BH é ter escala para negociar melhor com os fornecedores. Além disso, as lojas são espaçosas e iluminadas, ao contrário do que acontece na maioria dos mercadinhos. “A presença em locais com poucos concorrentes permitiu criar um vínculo com o público. O BH faz mudanças em suas lojas para se adequar melhor ao perfil de cada região”, afirma Claudio Felisoni, diretor do Ibevar, instituto especializado em varejo.Mais recentemente, a crise acabou dando uma ajudinha. Consumidores espremidos pelo aumento da inflação  e do desemprego passaram a comprar nos atacarejos, como são chamadas as lojas que vendem produtos em grandes quantidades por preços baixos no varejo. Por ser uma rede popular, o BH compete com os atacarejos. “Alguns produtos podem ser mais caros no BH em comparação com as grandes redes, mas ele atrai os consumidores pela comodidade, já que há mais lojas nos bairros menos atendidos”, diz Flávio Boan, sócio da consultoria Falconi. Além disso, não é preciso comprar 10 quilos de açúcar ou 50 rolos de papel higiênico para conseguir preços melhores do que nos supermercados (como acontece nos atacarejos).Ao detectar que mesmo consumidores de alta renda estavam comprando marcas mais baratas, a empresa vai abrir neste ano sua primeira loja num bairro nobre de Belo Horizonte. Além disso, comprou a rede Atacarejo (antiga ViaBrasil) por 78 milhões de reais e transformou suas lojas em filiais de varejo tradicional. O faturamento do BH aumentou, em média, 22% ao ano de 2011 a 2015 (último dado disponível), enquanto o setor cresceu 10%. Além disso, de acordo com o fundador, a empresa não tem dívidas e mantém cerca de 200 milhões de reais em caixa.Filho de lavradores que moravam em Paineiras, a 250 quilômetros de Belo Horizonte, Oliveira decidiu sair de casa aos 18 anos para trabalhar em Belo Horizonte. Havia estudado até o 8o ano do ensino fundamental e, de cara, foi trabalhar em supermercados — primeiro como encarregado do depósito, depois como carregador, repositor e vendedor. Em alguns anos, virou gerente e, em seguida, supervisor de vendas do atacadista Ferreirão. Em 1996, quando tinha 40 anos e algum dinheiro guardado, ele decidiu usar as economias para abrir uma mercearia em um bairro da periferia de Santa Luzia, cidade próxima a Belo Horizonte.Usou o lucro para ampliar a loja e, em seguida, para abrir filiais em bairros e cidades vizinhas. Em 2004, vendeu cerca de 40% da empresa para dois sócios e, com os recursos, inaugurou mais lojas e comprou mercadinhos que iam mal. “Meus amigos diziam que não ia dar certo vender na periferia e minha mulher queria que eu desistisse. Mas eu não levo em consideração o que os outros pensam”, diz Oliveira. Seus dois filhos trabalham na companhia — um como diretor comercial e outro como diretor de operações. Os gerentes são todos amigos de Oliveira e estão no BH há mais de dez anos. Todos os dias depois do almoço os amigos passam cerca de 1 hora jogando baralho em uma sala no 1o andar da sede da empresa, em Contagem.A aposta é de 300 reais por pessoa. Aos poucos, Oliveira foi se tornando uma espécie de celebridade em Minas Gerais. Volta e meia, pega seu jatinho para comer galinha caipira na fazenda do cantor sertanejo Gustavo Lima, em João Pinheiro, a 340 quilômetros de Belo Horizonte. Torcedor fanático do Cruzeiro, já chegou até a pagar os salários atrasados dos jogadores. Mas, além do Cruzeiro, o BH patrocina o rival Atlético Mineiro e também o time de futebol de Montes Claros. “Não posso desagradar aos clientes”, diz.O problema do BH é a baixa margem de rentabilidade. Para conseguir crescer e manter os preços baixos, a empresa lucra menos do que a maioria das grandes redes de supermercados. O indicador que mede o faturamento por metro quadrado de loja, um dos mais monitorados pelos varejistas, foi de 2% em 2015, um dos piores do setor — o índice do Zaffari, por exemplo, é de 5,7%; e o do Pão de Açúcar, 4,9% (o Walmart está pior, com 1,3%). Escala pode ajudar a resolver o problema, já que aumenta o poder de negociação com os fornecedores e ajuda a diluir os custos fixos. Por dentro do assunto: Walmart tenta rever tropeços no Brasil Por isso, entre os planos de Oliveira está o de juntar-se a seu principal concorrente no estado, o grupo DMA, dono da marca EPA, que fatura 2,6 bilhões de reais e tem pouco mais de 100 lojas em Minas Gerais e no Espírito Santo. Ele negocia há anos com Walter Santana, que já é dono de 40% do BH e, além disso, é um dos maiores acionistas do grupo DMA. “Uma hora esse negócio sai”, diz Oliveira. Segundo o empresário, Carrefour, Walmart e fundos de private equity já tentaram comprar o BH, mas ele não quer vender (procurados, Carrefour e Walmart não deram entrevista). Também não quer sair de seu estado de origem, pelo menos por enquanto. Para o rei da periferia, Minas já é o bastante.Fonte: Exame

NO BRASIL DA CRISE, VENDA DE CELULARES BÁSICOS CRESCE 18,5%

Dados da consultoria IDC Brasil mostram retorno a tecnologias mais simples em tempos difíceis; mercado de smartphones teve queda de 7,3%

Celular, smartphone (Foto: Reprodução/Pexels)
Em tempos de crise, o mercado brasileiro de celulares deu um passo atrás: a venda de celulares básicos, sem acesso à internet, cresceu 18,5% no ano de 2016, na comparação com o ano anterior, segundo dados da consultoria IDC Brasil. Ao todo, 4,9 milhões de aparelhos do tipo foram vendidos no País durante o ano passado.“A crise e a desvalorização do real frente ao dólar, especialmente no início do ano, influenciaram bastante nesse movimento”, diz Leonardo Munin, analista de pesquisas da IDC Brasil. Como muitos dos componentes de smartphones são importados – a maioria dos aparelhos são apenas montados no País -, a influência do dólar fez o mercado de smartphones de entrada ficar pouco acessível para muitos brasileiros. “O usuário que queria comprar um novo celular inteligente acabou tendo de voltar para um modelo mais básico”, avalia Munin.“O consumidor pode ficar sem um produto de alta especificação, mas não fica sem telefone”, diz Francisco Hagmeyer Jr., diretor comercial da DL, uma das principais fabricantes que se beneficiaram com a busca por aparelhos mais básicos – chamados de feature phones.Para Fernando Pezotti, diretor-geral da Alcatel no Brasil, outro fator que influenciou o cenário foi o fim da Lei do Bem, que concedia isenção de impostos a alguns smartphones mais baratos. “Com o fim da lei, os aparelhos ficaram até 10% mais caros”.MercadoOs celulares mais básicos, segundo a IDC, foram responsáveis por 11% do volume de vendas de dispositivos no País em 2016, mas representaram apenas 2% do faturamento das fabricantes no País. Ao todo, o setor – incluindo a venda de smartphones – teve queda de 5,2% no ano passado, com 48,4 milhões de aparelhos comercializados. Em 2015, foram 51,1 milhões de dispositivos.Sozinho, o mercado de smartphones teve queda de 7,3% ao longo do ano, com 43,5 milhões de unidades vendidas. Mesmo com a queda nas vendas, o Brasil se manteve no quarto lugar do mercado global, em termos de quantidade de smartphones vendidos.O preço médio dos aparelhos, por outro lado, cresceu, passando de R$ 882 em 2015 para R$ 1050 em 2016. Segundo Munin, isso aconteceu porque as fabricantes passaram a investir em aparelhos intermediários ou acima, que tem maior margem de lucro em um momento de crise.Para 2017, a expectativa da IDC é otimista: a previsão é de que sejam vendidos 49,2 milhões de celulares, 1,6% a mais do que em 2016. Destes, cerca de 45 milhões serão smartphones, com crescimento esperado de 3%. “Podemos dizer que o pior para o mercado de smartphones já passou”, diz Munin.Segundo o analista da IDC, este será um ano de troca de smartphones para muitos brasileiros – o ciclo de vida de um aparelho, hoje, está em cerca de dois anos. Por conta da crise, alguns consumidores postergaram a nova compra, mas ela deve acontecer agora. “O brasileiro usa tanto o smartphone que vai aceitar pagar um pouco a mais do que a primeira compra dele”, explica.Para Pezotti, da Alcatel, além de ligeira melhora na economia, outro fator deve auxiliar a venda de smartphones neste ano: o saque das contas inativas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), que acontecerá até julho. “Com a crise e a desvalorização do real frente ao dólar, o usuário que queria um novo smartphone acabou tendo de voltar para um modelo mais básico”, diz Leonardo Munin, analista da IDC Brasil.Fonte: PEGN

Energia fotovoltaica deve movimentar R$ 100 bilhões até 2030

Empresa Fronius, que importa 90% da sua produção anual e está entre os top 10 fabricantes do mundo no segmento, fala sobre este mercado em ascensão

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) até 2024 cerca de 1,2 milhões de geradores de energia solar ou mais deverão ser instalados em casas e empresas em todo o Brasil, representando 15% da matriz energética brasileira e até o 2030 o mercado de energia fotovoltaica deverá movimentar cerca de R$ 100 bilhões.O país possui um grande potencial para movimentar este segmento. A radiação solar na região menos ensolarada é 40% maior do que na região mais ensolarada da Alemanha, por exemplo, que é um dos líderes no uso de energia fotovoltaica. Para aproveitar este potencial o preço do kWp – medida de potência energética associada com células fotovoltaicas – está reduzindo e nos próximos anos o desafio será abrir novas linhas de crédito e financiamento. A tendência é de que surjam mais programas do governo e modelos de negócios, tornando o processo mais acessível.A população brasileira tem pago altas taxas de energia elétrica e sempre está na “berlinda” quando o assunto é água. Estes fatores têm impulsionado o número de instalações do sistema fotovoltaico. Os estados que mais instalam energia solar são Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo, sendo MG um dos pioneiros e com mais instalações e o RJ com melhor potencial e mais instalações por m². Na área empresarial, os estados que mais tem adotado e instalado sistema fotovoltaico são: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Santa Catarina.Com quase quatro anos de atuação no Brasil – a partir da resolução 482/2012 – o sistema garante a todos – públicos residencial, comercial ou industrial – que optarem pela energia solar, descontos na conta de luz. “Ou seja, se o sistema gerar mais energia do que o consumido, a energia excedente será injetada na rede pública. Esta medição é realizada através de um medidor de energia bidirecional – fornecido pela concessionária local – que quantificará os quilowatts-horas injetados de energia solar. Este excedente será analisado e calculado, para que o consumidor receba um desconto em sua conta de luz”, explica Roman Huemer, diretor geral da Fronius, empresa com 25 anos de experiência na produção de inversores solares.A energia solar fotovoltaica é agora, depois de hidráulica e eólica, a terceira mais importante fonte de energia renovável em termos de capacidade instalada no mundo. Mais de 100 países utilizam energia solar fotovoltaica. A China, Japão e Estados Unidos, atualmente, são os mercados de energia fotovoltaica, contribuindo com quase 6% de sua demanda de eletricidade. A Alemanha é o maior produtor, mas estima-se que em breve será superado pela China.“O Brasil dispõe de um potencial gigantesco. A Europa possui 88GW de energia fotovoltaica enquanto o Brasil está com menos de 1GW instalado, ou seja, representa apenas 0,02% do potencial da matriz energética brasileira. Mas este sistema está cada vez mais acessível no Brasil. De acordo com a ANEEL até 2024 cerca 1,2 milhões de geradores de energia solar devem ser instalados em casas e empresas em todo o Brasil”, alerta Roman.É importante que o consumidor fique atento ao escolher os produtos para fazer a instalação, pois é um sistema com duração de pelo menos 20 anos. “A energia fotovoltaica é uma tecnologia extremamente nova no território brasileiro, porém sua instalação é fácil e rápida. O sistema pode ser instalado em telhados residenciais ou comerciais, próximos ou diretamente no local onde é necessária a energia. Ou seja, este sistema independe daquela energia gerada em grandes instalações centrais – hidrelétrica – ou em grandes parques eólicos. Para instalar um sistema fotovoltaico em uma residência, o valor de investimento está em torno de R$ 18 a 22 mil. Com retorno previsto em sete ou oito anos”, afirma Roman.É um mercado em ascensão que tem dado oportunidades para empreendedores investirem num negócio rentável. Diante deste cenário, a Fronius já vendeu mais de 3000 inversores no Brasil e espera que este número duplique nos próximos anos.Fonte: Empreendedor

Santa Catarina perderá cinco agências de Correios até abril 

Estatal garante que os funcionários serão realocados

Santa Catarina perderá cinco agências de Correios até abril  Bruno Alencastro/Agencia RBS
Foto: Bruno Alencastro / Agencia RBS
O descontentamento com os serviços tende a piorar com as medidas tomadas recentemente na tentativa de evitar resultados ainda piores em 2017 para a empresa, que acumula dois rombos de R$ 4 bilhões no último biênio. Em Santa Catarina, cinco agências serão fechadas entre abril e maio: duas em Florianópolis e uma em Blumenau, Joinville e São José (veja mais ao lado). A estatal garante que os funcionários serão realocados e que atendimentos serão feitos por unidades próximas.Tendo como público-alvo os empregados com mais de 55 anos, foi aberto em janeiro um Plano de Desligamento Incentivado (PDI) ao qual 5.491 trabalhadores dos Correios em todo o país aderiram. Só com essa medida, a empresa espera conseguir economia anual de aproximadamente R$ 800 milhões. Em Santa Catarina, 179 aderiram, o que corresponde a 4,3% do total de funcionários.Outra medida adotada para redução de despesas foi a suspensão das férias de todos os funcionários pelo período de 12 meses e de horas extras.Para a presidente da Associação dos Profissionais dos Correios (Adcap), Maria Inês Capelli, a derrocada se iniciou no início dos anos 2000, quando ¿a história de contínua evolução dos Correios começou a sofrer abalos, decorrentes em grande parte da desprofissionalização da gestão da empresa¿. Denunciando um aparelhamento partidário – que teria passado por diversas siglas ao longo dos últimos anos –, ela afirma que o sucateamento da estatal se deve ao despreparo das pessoas indicadas para as posições de liderança.Na cabeça dos consumidores, características como economia, segurança, regularidade e confiabilidade – antes orgulho dos Correios – têm deixado de ser sinônimo dos serviços da empresa. A estatal, que outrora podia se vangloriar de feitos superlativos como a ¿maior operação logística do planeta¿,  hoje amarga prejuízos econômicos e à sua reputação, em meio à mais grave crise financeira de seus 354 anos de história. A estimativa é de que o balanço de 2016, que ainda não está fechado, apresente um prejuízo de R$ 2 bilhões.Confira as agências que fecharão no EstadoFlorianópolis Estreito Funcionários: nove Atendimentos por dia: 208 Encerramento: 1o de junho Unidades que atenderão a demanda: Dias Velho (Rua Nossa Senhora do Rosário, 78) e Rua Santos Saraiva (Rua Santos Saraiva, 469, lojas 18 e 24)Aeroporto Funcionários: quatro Atendimentos por dia: 90 Encerramento: 1o de abril Unidade que atenderá a demanda: Baía Sul (Rua João Cancio Jacques, 49, térreo)Joinville Agência Vila Nova Funcionários: três Atendimentos por dia: 100 Encerramento: 1o de maio Unidade que atenderá a demanda: Agência Central (Rua Princesa Isabel, 394)Blumenau Itoupava Norte Funcionários e atendimentos por dia: não informado Encerramento: 1º de junho Unidades que atenderão: Victor Konder (Rua São Paulo, 1277); Itoupava Central (Rua Dr. Pedro Zimmermann 7683/sala T3) e Itoupava Norte (Rua Dois de Setembro, 3075, loja 05)São José Centro histórico Funcionários: cinco Atendimentos por dia: 90 Encerramento: 1o de maio Unidades que atenderão: Ponte do Imaruim (Av. Aniceto Zacchi, 363) e Kobrasol (Av. Lédio João Martins, 38/loja 03)O que fazer se sua encomenda não chegou* A advogada e representante da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste) Sonia Amaro reforça que ao adquirir um produto de uma empresa, a mesma é responsável por problemas na entrega também. Ou seja, caso tenha comprado algo pela internet e não tenha chegado no prazo, o primeiro passo é entrar em contato com o estabelecimento que vendeu o produto e fazer uma reclamação.* Se tiver problema com alguma entrega dos Correios, o primeiro passo é consultar o status da entrega na página de rastreamento de objetos dos Correios (correios.com.br/sistemas/rastreamento). Porém nem todos os serviços de encomendas no Brasil são registrados, isso porque é possível optar pelo envio simples – mais barato, mas sem rastreamento. * Consulte os prazos de entrega, que variam dependendo do objeto e do tipo de entrega (expressa ou econômica) em correios.com.br/sistemas/precosPrazos.* Se, ao final do prazo, a encomenda ainda não tiver chegado, é possível registrar queixa diretamente com os Correios, através do canal de atendimento (0800 725 0100 ou pelo site www.correios.com.br/sobre-correios/fale-com-os-correios). As reclamações por atraso na entrega só podem ser feitas se os prazos de entrega do objeto tiverem expirado.* Caso o problema não seja solucionado, o consumidor deve ir ao Procon de seu Estado ou município. A advogada Sonia lembra que é importante guardar números de protocolos, e-mails de contato e reclamações anteriores para juntar à reclamação.Fonte: A Notícia

Ele criou sua empresa aos 16 anos – e já fatura milhões com ela

Alex Pinhol começou a empreender desde cedo, em casa. Uma ideia transformou o bico em um negócio que faturou R$ 3 milhões em 2016

Alex Pinhol não esperou acumular anos de experiência para abrir sua própria empresa. Ainda adolescente, o futuro empreendedor percebeu uma oportunidade de negócio e, então, fez o que muitos não fariam: resolveu largar a estabilidade de um emprego para investir na sua ideia de levar o marketing digital para empresas que nem site tinham.O risco valeu a pena: o empreendimento criado em 2009, chamado Webfoco, conseguiu centenas de clientes e se tornou um distribuidor oficial dos produtos publicitários da gigante de tecnologia Google. Em 2016, faturou três milhões de reais – e quer ganhar ainda mais este ano.

História de negócio

Pinhol começou a trabalhar cedo, aos 13 anos de idade: ele perdeu o pai e era o mais de velho de quatro filhos. “Morávamos em uma casa que tinha apenas um cômodo. Eu trabalhei em vários lugares para ajudar a minha mãe”, conta.Um desses empregos, em uma agência de publicidade, abriu seus olhos para uma nova carreira: o empreendedorismo. “Quando eu trabalhava nessa empresa, comecei a perceber que havia muitas falhas ao atender o cliente, vender os projetos publicitários e fazer a entrega deles. Por exemplo, a agência e os funcionários não se atualizavam e usavam tecnologias obsoletas.”Então, menos de um ano depois, Pinhol teve a ideia de abrir seu próprio negócio. ”É claro que toda empresa tem problemas, mas eu vi que havia muitos clientes que foram perdidos por conta dessas falhas. Pensei que poderia adotar um processo diferente e trazer mais qualidade.”Porém, aos dezesseis anos de idade, o futuro empreendedor não poderia se formalizar como MEI: é preciso ter 18 anos ou, então, ser emancipado pelos pais. Então, Pinhol passou um tempo trabalhando de casa, fazendo sites para alguns clientes.Esse foi o começo da Webfoco, em 2008. “O negócio começou com zero investimento: eu mesmo atendia, vendia e produzia. Com o passar do tempo, mesmo sem CNPJ, consegui reinvestir o que havia ganhado e aluguei um escritório. Comecei a crescer mais, e pude contratar um funcionário para a produção, enquanto eu só ficava nas vendas.”

Crescimento e metas

Para Pinhol, a Webfoco cresceu porque aproveitou uma época diferente de hoje, na qual muitas empresas não tinham nem um site, e assumiu a dianteira ao pivotar do desenvolvimento para a publicidade digital.“Tínhamos de convencê-lo de que o site era o futuro e de que, ao investir para atrair os clientes a esse site, ele teria mais vendas. Ou seja, mostrar a importância do marketing digital”, diz Pinhol. “Há clientes que estão comigo desde o início da empresa.”A empresa conseguiu convencer seus clientes não só a entrar na internet, mas passar a investir em um tipo de publicidade que se tornaria comum no futuro: anúncios no Google.Em 2010, a Webfoco se tornou uma “Google Partner” e recebe até hoje treinamentos sobre as ferramentas de anúncio da plataforma, como AdWords.Cinco anos depois, a empresa virou uma distribuidora oficial do Google. “É um grupo de apenas 18 negócios brasileiros, e isso dá direito a um atendimento diferenciado pelo time deles. A principal exigência é trabalhar suas contas com qualidade, além de um certo investimento em mídia do Google”, afirma. Segundo Pinhol, a Webfoco administra hoje cerca de 10 milhões de reais de seus clientes apenas em mídia do Google.Com o tempo, porém, mais negócios focados em marketing digital surgiram – e a Webfoco teve de investir mais para atrair e manter clientes. Por isso, em 2012, criou uma plataforma própria, que mostra aos clientes os resultados em tempo real de suas campanhas de marketing digital.“Ela mostra online quantas pessoas procuraram o produto vendido pelo cliente, viram o anúncio e clicaram, ligaram ou mandaram e-mail para a empresa. Consigo também saber palavras-chave, dia, horário e região de pesquisa. Um relatório muitas vezes é complexo, então fizemos um site fácil de acessar e de entender para nosso cliente”, explica o empreendedor.A plataforma gera indicadores de como é o comportamento do público-alvo de cada negócio atendido. Assim, a Webfoco investe o dinheiro do consumidor apenas no formato que dará mais resultado.

Escritório da Webfoco (Webfoco/Divulgação)

“Era algo novo no Brasil, mas que já existia nos EUA. Tínhamos feito três viagens ao país e trouxemos muitas ideias de fora para nossa plataforma. Quando lançamos, o sucesso foi gigantesco.”Nove anos depois de sua fundação, a Webfoco possui mais de 30 funcionários e atende mais de 800 clientes – como, por exemplo, a Faber Castell. Em 2016, o negócio faturou três milhões de reais.“Como meta para 2017, queremos crescer em 40% nosso número de clientes. A ideia é faturar cinco milhões de reais no ano”, resume Pinhol.Fonte: Exame

Este site quer que você conheça de verdade quem produz sua comida

A Raízs é um marketplace de agricultores familiares com uma grande missão: retomar o relacionamento dos consumidores com os produtores

Os micro e pequenos negócios respondem por boa parte da produção nacional: eles são os responsáveis por mais de um quarto do Produto Interno Bruto do Brasil, segundo o último estudo do Sebrae sobre o tema. E, quando se fala no setor de agricultura e pecuária, a situação não é diferente.Enquanto muitas grandes empresas estão mais focadas na exportação, a agricultura familiar produz 70% dos alimentos que os brasileiros comem, de acordo com os últimos dados do Ministério do Desenvolvimento Agrário.Em uma época de várias polêmicas envolvendo a fabricação de alimentos, conhecer de verdade quem produz sua comida pode dar mais segurança ao consumidor, fomentar o empreendedorismo e resgatar a antiga relação de proximidade com quem vende o que comemos.É o que defendem os empreendedores Bruno Rebouças e Tomás Abrahão. Por isso, lançaram no ano passado a plataforma Raízs: um marketplace que agrega os produtos de diversos agricultores familiares.O negócio social já vende três toneladas de produtos por mês, para 400 usuários, e participa da plataforma de inovação Red Bull Amaphiko.“As pessoas que produzem o que você come, querendo ou não, estão na sua vida. A gente se propõe, acima de tudo, a criar laços cada vez mais afetivos”, diz Abrahão.

Viagem de negócios (sociais)

Abrahão enfrentava um dilema comum a muitos empreendedores: não conseguia achar aquilo que o faria feliz. O então consultor de sustentabilidade pediu demissão e fez uma viagem para Bangladesh, em busca de novas ideias.Lá, foi trabalhar no Grameen Bank, fundado pelo Nobel da Paz e “banqueiro dos pobres” Muhammad Yunus. E conheceu o conceito de “negócio social”: empreendimentos que também possuem um compromisso com a sociedade e seu desenvolvimento.Após essa experiência, o futuro empreendedor viajou pela Ásia e pela América Latina por quase um ano, observando a maneira como as pessoas se relacionavam e se alimentavam. Também pensou em como, na própria infância, sua mãe já estimulava a consciência de saber mais sobre o que se come.Ao voltar para o Brasil, em 2014, Tomás já tinha em mente o seu propósito. “Juntei a questão de valorizar o outro, de ter esse desejo de empatia e de caminhar junto, com a consciência alimentar. Então, pensei: por que não valorizar o pequeno produtor?”, conta.Abrahão idealizou o que viria a ser a Raízs em 2014 e 2015: visitou pessoalmente pequenos produtores no interior do estado de São Paulo, mapeou as histórias das famílias produtoras de alimentos orgânicos e fez um mínimo produto viável (MVP).
Tomás Abrahão, da Raízs

Tomás Abrahão, da Raízs (Fabio Piva/Red Bull Content Pool/Divulgação)

Um crowdfunding, feito no final de 2015, gerou uma doação de 25 mil reais por 204 doadores; um investidor-anjo aportou outros 25 mil reais e os 50 mil reais totais foram usados para as primeiras despesas de estoque da plataforma.A plataforma só foi aberta ao público em maio de 2016, já com a união do sócio Bruno Rebouças, mais focado em marketing e vendas.

Como funciona?

A Raízs é uma plataforma de produtos orgânicos e agroecológicos, com foco em valorizar o pequeno produtor.O usuário pode entrar, olhar os produtos disponíveis de 39 agricultores familiares e fazer sua própria cesta; ou, então, assinar um dos três planos disponíveis de entrega semanal (com preços que variam de 60 a 100 reais por cesta).O estoque disponível é atualizado todo dia, e a colheita só é feita depois da confirmação de compra. As entregas são feitas pela plataforma de terça a sábado e, para compras feitas até 11h, a entrega já é feita no dia seguinte. Por enquanto, a Raízs só entrega no estado de São Paulo (mas pretende ir ao Paraná e ao Rio de Janeiro ainda este ano).“É um modelo que beira a zero desperdício, além de gerar muito mais frescor e qualidade ao alimento”, diz o empreendedor.Mas o grande diferencial da Raízs não está apenas em colocar os agricultores familiares na internet: os consumidores também podem ver suas fotos e ler suas histórias. Abrahão também diz organizar visitas para que alguns usuários colham, cozinhem e conversem com esses produtores.Cerca de 10% do resultado da Raízs vai para um fundo voltado ao pequeno produtor. “É uma reserva que criamos, e os produtos mesmo decidem o que será feito com o valor. É um espaço colaborativo, nesse sentido”, explica.
Alguns dos produtores que estão na plataforma da Raízs

Alguns dos produtores que estão na plataforma da Raízs (Raízs/Divulgação)

Ao todo, o marketplace concentra mais de 500 produtos: de frutas, legumes e verduras de pequenos produtores rurais até geleias e granola de pequenos produtores urbanos.Abrahão afirma que o custo para o consumidor é menor do que o de produtos similares em supermercados tradicionais. Ao mesmo tempo, o repasse para os produtores é maior e há o custo de logística envolvido. Portanto, a Raízs opera com pouca margem de lucro. “Nosso foco está mais em promover equidade na cadeia, valorizando o agricultor e dando mais acesso ao consumidor.”São vendidas em média três toneladas de produtos por mês, para 400 pessoas, que costumam comprar de três a quatro vezes por mês. O ticket médio é de 140 reais.

Fomento à inovação

Antes mesmo de a Raízs ser lançada, o negócio foi selecionado para participar da plataforma Red Bull Amaphiko, que impulsiona projetos sociais e jovens empreendedores.“Ter a Amaphiko como parceira foi fundamental para a gente se construir como negócio social. Eles olharam além dos números e nos ajudaram a olhar os problemas. Fizemos a construção de marca, a formatação de processos e, principalmente, o autoconhecimento da própria empresa”, conta Abrahão.O programa da Red Bull Amaphiko do qual a Raízs participou começou em janeiro de 2016 e irá terminar em junho de 2017. As inscrições para a próxima seleção vão até 31 de março, pelo site da plataforma (amaphiko.redbull.com).Fonte: Exame

APÓS ASSÉDIO DE TAXISTA, EMPREENDEDORA CRIA “UBER” PARA MULHERES

Gabriela Correa lançou o aplicativo Lady Driver que já conta com 2 mil motoristas cadastradas

Lady Driver, Gabriela Correa, Bianca Saad, Raquel Correa, aplicativo, mulheres (Foto: Divulgação)
Muitas mulheres não se sentem seguras utilizando alguns tipos de serviços. Em março de 2016, Gabriela Correa sentiu isso na pele. Ao chamar um táxi por um aplicativo, o taxista a assediou. Ao sair do carro, Gabriela decidiu que não queria que outras mulheres se sentissem daquela maneira. Foi assim que surgiu a ideia do aplicativo Lady Driver.Basicamente, o Lady Driver é um app de mobilidade urbana destinado somente para passageiras mulheres e com motoristas mulheres. “Além das passageiras, descobri que as motoristas também se sentiam muito carentes por esse serviço. Elas não se sentiam acolhidas nos aplicativos comuns”, diz. O aplicativo, lançado neste mês, demorou um ano para ficar pronto.Gabriela tem um histórico empreendedor. Já teve uma oficina mecânica com seu pai, depois abriu sua própria empreiteira, mas nos últimos anos trabalhava na Odebrecht. “Com a crise na área de construção civil, fiquei desempregada. Tive a ideia logo em seguida e foi ótimo porque montar uma empresa enquanto empregada é muito difícil”, conta a empreendedora.Gabriela conta com duas sócias na empresa, sua irmã Raquel e sua cunhada Bianca Saab. Atualmente, a Lady Driiver conta com 15 funcionários e mais de 2 mil motoristas cadastradas. Para chegar nesse número, foram atrás de mulheres que buscavam mais segurança em suas corridas. “Estamos nas redes sociais desde maio de 2016 procurando as clientes e motoristas. Hoje, com a empresa consolidada, elas mesmas nos procuram”, diz.O Lady Driver é o 5º aplicativo a ser permitido na cidade de São Paulo ao lado de Uber, Cabify, 99 Taxi e Easy Taxi. “Recebemos a autorização no dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher”, afirma Gabriela.O Lady Driver exige alguns pré-requisitos para a aprovação da motorista. Todas as profissionais cadastradas devem ter carteira de motorista com a declaração EAR (exerce atividade remunerada), o veículo deve possuir ar condicionado, ter quatro portas e com ano de fabricação acima de 2008. Além disso, a empresa também pesquisa os antecedentes criminais da mulher.A empresa fica com 19,5% do valor pago pela corrida e o resto é para a motorista. Assim como o Uber, a profissional pode escolher o seu horário de trabalho e não há contrato de exclusividade, podendo trabalhar, ao mesmo tempo, para outras empresas do segmento.Até o final do ano, as sócias querem chegar a mais de 10 mil motoristas no sistema. Além disso, pretendem expandir o serviço para outras cidades do país, já que hoje só atuam em São Paulo (SP).Fonte: PEGN

Como um negócio criado na faculdade alcança 50 milhões de pessoas

Um projeto de faculdade que se transformou em um negócio de tecnologia disruptiva: conheça a história da In Loco Media

Seis amigos estavam na batcaverna, localizada embaixo da escada do centro de informática da Universidade Federal de Pernambuco, discutindo um trabalho. André Ferraz estava sentado em cima da mesa assobiando quando, de repente, soltou uma ideia: e se a gente criasse uma plataforma ubíqua de informação?André falava em dar vida a um conceito muito estudado por seu pai: o da computação ubíqua, que acredita que a computação estará em todos os lugares ao nosso redor, sem que a gente nem se dê conta. O que hoje a energia elétrica é para nós, a computação seria para o futuro.A pessoa entra no banco e o aplicativo do internet banking abre automaticamente. Entra no shopping e já recebe o mapa das lojas. Ou entra no restaurante e o cardápio abre automaticamente.Assim, nessa plataforma, seria possível capturar a geolocalização das pessoas e, a partir dela, servir por meio do celular o melhor conteúdo ou serviço para aquele local onde ela está.Os cinco amigos olharam para ele embasbacados. Mas decidiram apostar na ideia.Aquela ideia evoluiu e deu origem à In Loco Media, empresa de Recife que desenvolveu uma tecnologia inédita no mundo para localização em ambientes fechados — onde passamos 80% do nosso tempo.A partir dessa tecnologia, é possível determinar a intenção do consumidor, os locais que ele visitou e as marcas com quem se relacionou para, então, oferecer a publicidade mais assertiva para o seu momento de compra — e identificar se ele chegou a entrar na loja anunciada, por exemplo.Hoje, sete anos depois daquela conversa na batcaverna, a In Loco já impacta mais de 50 milhões de usuários com publicidade mobile.Como essa história se desenrolou de um trabalho teórico para um negócio de alto crescimento? Vamos do início!

As inspirações de André

André cresceu ouvindo seu pai falar de um futuro em que a tecnologia é tão avançada que chega a ser proativa, enquanto via, na história de sua mãe, a referência de trabalho e dedicação, de uma mulher que já enfrentou uma situação de pobreza, trabalhou como feirante e que hoje é gerente de uma empresa de tecnologia.Viver uma infância com a presença de duas figuras tão fortes e inspiradoras é um bom jeito de começar sonhando grande desde pequeno. Principalmente quando você passa os dias assistindo ao “Laboratório de Dexter”, em que um pequeno cientista criava invenções malucas dentro do quarto.A soma dessas inspirações fez de André uma criança muito agitada e inquieta, que já sabia desde pequena que não conseguiria viver dentro das regras e dos padrões que existem por aí. Mas, como ainda não tinha uma visão clara do que faria, do que seria o seu rompimento e a sua grande contribuição para o mundo, decidiu seguir o caminho esperado e fazer faculdade.Lá, conheceu cinco dos seus futuros sócios.

Os oito cientistas

Airton Sampaio e Gabriel Falcone sempre foram do tipo que não para nunca, escrevendo quilômetros de linhas de código em um único dia. No caso de Airton, vale até usar o mouse com o pé para ganhar tempo na digitação.Alan Gomes é o engenheiro que carrega a combinação única entre o pragmatismo e o bom relacionamento com as pessoas, responsável pela área de tecnologia da In Loco e pelas disrupções que estão por vir. Já Lucas Queiroz é o Megamente do time, tão versátil que já fez parte dos times de tecnologia, administrativo e financeiro — como CFO da empresa — para agora partir para um novo desafio: cuidar da segurança dos dados dos usuários.Denyson Messias tem a visão de negócio, o único do grupo com experiência profissional — 4 meses de estágio na Motorola. Hoje, é o COO da In Loco.Em 2012, dois novos cofundadores entraram para a sociedade: Júlio Rangel e Eduardo Martins, que tinham acabado de concluir uma pós-graduação em design. Os dois toparam largar seus empregos para apostar no sonho dos seis universitários e foram os responsáveis pela criação de toda a interface do aplicativo.
Sócios da In Loco Media

Sócios da In Loco Media (Endeavor/Reprodução)

Da computação ubíqua ao aplicativo para shoppings

Quando os empreendedores chegaram ao quinto semestre da faculdade, aquele trabalho apenas teórico — o conceito de computação ubíqua de que falavam na batcaverna — teria que descer das nuvens para o chão e se transformar em um negócio viável no Projetão, a cadeira de empreendedorismo da UFPE.Decidiram, então, focar nos shoppings. De um lado, ofereciam um aplicativo com mapa e promoções das lojas e, do outro, monetizavam o negócio com a venda de relatórios com dados de uso para a administração do shopping. Eles também ofereciam espaços publicitários para os lojistas no aplicativo.A grande sacada surgiu quando eles foram atrás de uma tecnologia capaz de capturar com precisão a localização de uma pessoa em ambientes fechados. Mas, adivinha? Não encontraram nada parecido com isso no mercado. Foi aí que os seis descobriram uma oportunidade.

O quarto de Dexter e os oito CPFs

Se na história do Laboratório de Dexter as maiores invenções aconteciam dentro do quarto dele, com a In Loco não foi diferente. Mas a história é menos romântica do que parece. No quarto de Alan, em um espaço de 25 metros quadrados, os seis passaram dias e noites trabalhando, de segunda a segunda, para desenvolver a tecnologia que tanto sonhavam. Na época, não tinham nem CNPJ: eram apenas seis CPFs.“A vantagem de ter seis sócios em uma startup é que você tem seis pessoas trabalhando continuamente com muita garra e determinação sem receber nada por meses.”Mesmo sem ter o produto validado, nem receita ou cliente pago, mas com uma ideia muito ambiciosa e uma tecnologia disruptiva nas mãos, era hora da In Loco buscar investimento.Nesse período, entre 2011 e 2012, os meninos empreendedores já participavam de uma série de competições de startups. Essas aparições abriram para André uma porta na Universidade Stanford, para realizar um bootcamp em 2012. Foi ele mesmo quem escreveu o release para os jornalistas contando a história, até que a notícia saiu no site Startupi.Quem viu a matéria foi um investidor conhecido que chamou os seis para conversar e propor uma parceria com o fundo de investimentos que ele administrava.No papo, veio a pergunta sobre o valor da startup. André não fazia a menor ideia. Mandou uma proposta. O pessoal do fundo tinha imaginado dez vezes menos o valor que André pediu. Mas é como dizem: mire na Lua porque, se você errar, ainda assim acertará as estrelas.O investidor que entrou em contato com eles sabia do potencial da tecnologia de geolocalização e viu a oportunidade de criar algo muito grande e estratégico para o fundo.Negociações feitas. Os empreendedores acabaram saindo de lá com uma proposta de investimento fechada, e a startup valendo um pouco menos do que André propôs, mas ainda sim sete vezes mais do que a proposta inicial do fundo.Inacreditável, não é? O pessoal da Junta Comercial de Recife também achou. Tanto que questionaram o valor do investimento várias vezes, sem aceitar que um grupo de oito universitários tivesse uma empresa nesse valor. O impasse foi tanto que o investimento só caiu na conta em fevereiro de 2013.

Os horizontes se ampliaram

Com o primeiro investimento, começava uma nova fase da In Loco. Conversando com várias startups, eles perceberam que se conseguissem inserir a tecnologia da In Loco dentro de aplicativos, em vez de ter um próprio, seria possível coletar um volume maior de dados e vender esses relatórios para os shoppings.Eles já tinham tudo nas mãos: um fundo que apoiava e cuidava da retaguarda, aplicativos com potencial de parceria e a tecnologia cada vez mais precisa.Mas, mais uma vez, assim que o produto foi lançado, nada aconteceu. Não conseguiram vender para ninguém. Aliás, para não dizer que não conseguiram nem um real, tinham sim um cliente. Um shopping que pagava R$ 150 por mês para obter os relatórios.

Mudando a perspectiva e o modelo de negócio

Nesse momento, o fundo ajudou mais uma vez. O relacionamento com os outros empreendedores investidos fez os sócios conhecerem mais o mercado de e-commerce.O que eles perceberam é que a maior vantagem do comércio eletrônico em relação ao varejo físico é a capacidade de analisar o usuário. Que sites ele visitou, quanto tempo passou visitando, em que itens clicou, etc. É isso que faz com que as lojas online sejam mais assertivas em seus anúncios, com itens relacionados ao que o usuário já buscou.Essa possibilidade de rastreio não existe no ambiente físico. Mesmo que o varejo offline seja dez vezes maior que o online, não existia até então um jeito de saber se a publicidade levava, de fato, a pessoa para a loja.Foi aí que eles tiveram a grande sacada: criar uma inteligência em cima da geolocalização de ambientes fechados. Eles podem gerar anúncios em aplicativos mobile e rastrear se a pessoa que viu o anúncio no celular, foi visitar a loja.Agora sim parecia certo: esse era o caminho para a In Loco virar um negócio rentável. Mas, para isso, primeiro eles teriam que jogar tudo o que já tinha sido criado fora e começar do zero.

Prova de fogo: o time sob pressão e o CEO na fogueira

Lá se foram outros meses de trabalho durante o ano de 2014, escrevendo o código de uma tecnologia completamente nova, que ainda não existia em nenhum lugar do mundo, e que seria lançada em setembro do mesmo ano. Se o desafio do time parecia grande, a batalha que André enfrentava era ainda maior.Nesse período, aumentou a pressão do fundo por geração de receita e lucro. Muitas startups foram fechadas, e André acompanhou de perto esse processo com os outros empreendedores, sabendo que — mais cedo ou mais tarde — isso também atingiria a In Loco.Os investidores acabaram exigindo que o salário de todos os fundadores fosse cortado, o time envolvido no projeto, demitido, e o escritório da empresa, devolvido.Mas André não aceitou e negociou até o fim com os investidores. Ele sabia que os resultados viriam assim que o novo produto fosse lançado em setembro, mas até lá, não mexeria em nada que pudesse afetar o trabalho do time. Para o empreendedor, esse foi um dos momentos mais difíceis na história da empresa, mas que, com certeza, definiu os pilares da cultura de apoio e colaboração entre os sócios e todo time.

O ovo ou a galinha

Além de lidar com essa crise, André tinha mais uma preocupação: o famoso dilema do ovo ou da galinha. Ele sabia que só conseguiria vender publicidade se tivesse um aplicativo parceiro com espaços para anúncios. Ao mesmo tempo, um aplicativo só seria seu parceiro se ele já tivesse anunciantes disponíveis.Para resolver esse impasse, foi procurar ajuda. Começou a copiar e colar a mesma mensagem em grupos de desenvolvimento mobile no LinkedIn, Facebook e diversos fóruns, até que um conhecido indicou o dono de um aplicativo com dois milhões de usuários. André conversou com ele, mas o empreendedor parecia desconfiado. Ele decidiu ir até lá. Pegou um voo para Brasília e levou o empreendedor para almoçar.No papo, o empreendedor vendeu a empresa como se estivesse falando com um investidor. Prometeu crescimento e retorno, principalmente por ele ter um aplicativo tão grande e formas restritas de monetizá-lo. Negócio fechado.Com o aplicativo parceiro e o primeiro cliente conquistado — uma escola de inglês — os resultados foram imediatos: os anúncios com geolocalização tinham dez vezes mais taxa de abertura do que os anúncios de Google e Facebook. No segundo mês, a empresa que dava prejuízos começou a lucrar — pela primeira vez.

Um prêmio em Cannes e a certeza de que a tecnologia tem futuro

Apesar do pouco tempo de operação, a empresa já começa a colecionar boas histórias. Em um trabalho para a Mondelez, dona das marcas Oreo, Trident e Lacta, a conversão na gôndola dos supermercados aumentou 30% entre os consumidores impactados pelos anúncios da In Loco.Já para a Hyundai, a tecnologia da In Loco mapeou as pessoas que entravam nas concessionárias de concorrentes e oferecia a elas um test drive gratuito na concessionária da Hyundai.

Sonho grande, visão de futuro e planos para o novo laboratório

Hoje, sete anos depois do projeto de faculdade, eles têm acesso a uma base com mais de 50 milhões de usuários e geram um volume de dados valiosíssimos sobre onde essas pessoas estão, que locais frequentam e que caminhos fazem.As oportunidades que se abrem são tão infinitas que os empreendedores decidiram criar uma plataforma colaborativa em que outras empresas podem usar esses dados para criar novos negócios. Está aí o efeito multiplicador.Por trás desse sonho, existe uma vontade bem forte compartilhada pelos oito de criar a maior empresa de tecnologia do Recife, do Brasil e — por que não? — do mundo.

Ou a gente cria um negócio grande, de impacto, ou a gente morre tentando

A história de desenvolvimento da tecnologia se confunde com a da própria empresa. Começou com a vontade de criar algo que não existia, sem nem mesmo saber como. Agora, o objetivo é construir uma empresa global.Por serem detentores de uma tecnologia tão disruptiva e única no mundo, além de serem um exemplo tão forte para a próxima geração de empreendedores; André, Alan, Denyson e Lucas acabaram de se tornar os mais novos Empreendedores Endeavor!Eles passaram por um rigoroso processo seletivo e foram avaliados pelos maiores especialistas em negócios do mundo até serem aprovados no dia 24/02, no Painel Internacional de Seleção (ISP) da Endeavor em Kuala Lumpur, Malásia.Além de toda a rede de apoio de mentores e outros Empreendedores Endeavor, eles contam com uma equipe muito capacitada para ampliar o impacto do negócio e se tornar uma empresa global. Saiba mais: Como programas de incentivo podem engajar o time e otimizar custos? Patrocinado O cientista-chefe, primeiro funcionário da In Loco, por exemplo, era uma grande referência em Recife e tinha feito sua carreira no Google, trabalhando na Califórnia. Cansado dessa rotina, decidiu voltar para a cidade para escrever romances. Mas foi em um almoço com André que ele topou se juntar aos oito cientistas. Talvez porque quisesse mesmo saber o que é trabalhar dentro do Laboratório de Dexter.Texto publicado originalmente no site da Endeavor.Fonte: Exame 

2017 será o ano das licitações: sua empresa está preparada?

Saiba como se preparar para ingressar ou regressar ao mercado de trabalho através de processo licitatório, de acordo o executivo Clodoaldo Barbosa

Diferente do que se viu nos últimos dois anos, 2017 será de muitas oportunidades para as empresas que participam de licitações – o que pode ser uma boa notícia para quem está à caça de novas chances para ingressar, ou mesmo regressar ao mercado de trabalho.
Esta é a análise do executivo da Nossa Gestão de Pessoas Clodoaldo Barbosa, que percebe com otimismo a retomada nos processos licitatórios no Brasil. “O que está acontecendo é que muitas empresas que trabalham com o setor público estão ativas. O ano de 2016 foi atípico, pois o governo estava em dificuldades financeiras e não conseguia repassar esta demanda. Até mesmo as empresas particulares tiraram automaticamente o pé do acelerador pelo medo da inadimplência por parte do governo, fato que realmente aconteceu não só em 2016, mas também em 2015. Já 2017 será o ano da licitação.”Clodoaldo explica que o governo é obrigado a investir, pois não vai poder mais aumentar a sua folha de pagamento em razão da LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal). “O governo dificilmente fará concursos e terá que terceirizar para atender a demanda. Ano passado foi ano de eleições, que também impede este tipo de contratação. Com todo este represamento, as licitações vieram  para 2017 e a procura neste início de ano é bem grande. Muitas empresas possuem algum envolvimento com o setor público.”Como uma empresa de gestão de pessoas e serviços pode ajudar?O especialista da NOSSA exemplifica como as empresas que participam de licitações podem se beneficiar da terceirização quando ganham algum contrato oficial. “Vejamos uma empresa que é especializada em radares. A expertise deles é participar de licitações e instalar os radares. É aí que entra o serviço da terceirização de serviços e de pessoas. Eles ganham a licitação e nos procuram para ajudar na contratação do seu quadro de pessoal – seja no recrutamento e na seleção, seja na terceirização da atividade ou até mesmo com trabalho temporário, dependendo do período desta licitação. A empresa precisa desta contratação de profissionais e busca uma empresa de gestão de pessoas para resolver este problema.”Desinchar a máquina é uma boa oportunidades para as empresasCom a aprovação do teto de gastos por parte do Governo Federal, os órgãos públicos não vão poder contratar mais, pois estão com um limite reduzido e a máquina pública inchada. Clodoaldo explica que eles terão que reduzir seus quadros pessoais e com a verba que possuem a migração para o setor privado será inevitável. “Tem a reforma trabalhista, a previdenciária, todas essas reformas obrigam os setores públicos a serem mais eficientes. Automaticamente virão para o setor privado. Já se percebe com bons olhos a terceirização para que ela tenha a sua própria legislação específica.”Agilidade na mobilização de pessoasClodoaldo lembra ainda que o prazo máximo é de 60 meses (ou cinco anos), renovado automaticamente todos os anos, mas com um prazo máximo de cinco anos, quando a empresa é obrigada a fazer uma nova licitação. Pelo tempo curto dos contratos, dependendo de cada caso, as empresas precisam mobilizar todo o pessoal necessário para a execução do trabalho contratado em um tempo muito curto.Ao terceirizar estes serviços ou contratações de atividades-meio (as que são intermediárias para eles) a empresa consegue essa mobilização rapidamente atrelada à qualidade de custos e eficiência, explica Clodoaldo.Fonte: Empreendedor

O carro do Beco das Flores

O Peugeot Partner contribui para deixar ainda mais bonitos os arranjos do paisagista Carlos Brioschi, do Beco das Flores

Foi paixão à primeira vista: Brioschi experimentou o Peugeot Partner e viu que era perfeito para sua empresa  (Foto: Marcus Steinmeyer)
Com um grande número de eventos na agenda, Carlos Brioschi resolveu que era hora de ir à concessionária para renovar um dos três veículos de sua empresa. Era setembro de 2016 quando um dos vendedores lhe sugeriu testar o Peugeot Partner. “Amei dirigir o carro. A direção é maravilhosa”, recorda o arquiteto e paisagista, que há 32 anos comanda o Beco das Flores, uma das mais tradicionais floriculturas e lojas especializadas em arranjos e vasos da capital paulista.O amor pelas plantas sempre foi muito presente na trajetória de Carlos. Na infância, ele mesmo cuidava da horta da mãe – e não raramente colhia rosas no caminho da escola para presentear as professoras. Na adolescência, ele se realizou ao namorar a filha da dona de uma floricultura. “Comecei a montar os arranjos da loja e vendia tudo”, orgulha-se. Em uma época em que o setor era dominado por arranjos esteticamente ultrapassados, com caixas de acetato e papel celofane, seu trabalho moderno, feito em vasos de vidro, com galhos soltos, destacava-se naturalmente.Logo, Carlos e o Beco das Flores começaram sua história na Galeria Augusta – corredor charmoso, com café e lojas, que liga a última quadra da famosa Rua Augusta com a Rua Barão de Capanema. O pequeno balcão com os arranjos logo deu lugar à maior loja do local, com um sem-número de vasos à venda e um gigantesco lustre de cristal. O Beco ainda ocupa dois andares no prédio sobre a galeria, onde armazena materiais e recebe noivas e decoradores.
Seguro, espaçoso e com ar condicionado, o Partner transporta as plantas e os arranjos do Beco das Flores para todos os lugares  (Foto: Marcus Steinmeyer)
Os diferenciais Além do design moderno e a direção confortável, dois detalhes chamaram a atenção do paisagista na hora de optar pelo Partner: a confiabilidade e o ar condicionado. As idas ao entreposto atacadista de flores e plantas da Ceagesp acontecem às madrugadas: “Eu não posso ter algum problema no meio da Marginal do Pinheiros”, explica. A relação de confiança fez Carlos dispensar o motorista, para dirigir pessoalmente o furgão nesses deslocamentos.Mas o mais importante para quem lida com flores e plantas na hora de transportá-las é o ar condicionado. “Tem carro que você liga o ar condicionado e não gela em nada. O do Partner, não. Ele gela muito bem. Você pode ir da capital ao interior que a flor chega parecendo ter saído da loja naquele instante.” A parceria com o Peugeot Partner ainda rende frutos, agora organizando decoração e paisagismo para eventos em todo o Brasil.Fonte: PEGN

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