‘VENDING MACHINES’: NEGÓCIOS MUITO ALÉM DO LANCHINHO

Máquinas já oferecem carregador de celular, brindes corporativos e até alimentos sem glúten e lactose

Maquininhas de produtos oferecem opções de diversos setores. (Foto: Pexels)
Pipoca, carregador de celular, brigadeiro de colher, flores e creme hidratante. Foi-se o tempo em que uma máquina de autoatendimento servia só para vender café, batatinha frita e refrigerante gelado. As vending machines estão se popularizando, de olho no consumidor que está com pressa ou em local não atendido por lojas físicas.O pagamento é feito em dinheiro ou cartão, o que ajudou no crescimento dessa indústria — já que todo mundo tem na memória a lembrança angustiante de ter cédulas ou moedas engolidas por alguma dessas máquinas, quando elas ainda eram uma novidade no país, na década de 1990.Já são mais de 80 mil máquinas, a maior parte concentrada na Região Sudeste. O crescimento segue acima de 10% ao ano. As vending machines de bebidas quentes (café, chá, cappuccino) concentram a maior fatia do mercado, com 70%, mas há sinais de diversificação.Um dos exemplos é a Mais Pipoca, que vende o produto feito no vapor (sem gordura) em shoppings, aeroportos e estações de metrô. Em São Paulo, essas máquinas são operadas pela empresa fundada pelo engenheiro Felipe Mohama em sociedade com um irmão. Numa escala no aeroporto de Florianópolis, ele viu a máquina e pensou que poderia ser o seu plano B — na época, estava saindo de uma grande construtora.— São 40 máquinas da Mais Pipoca e queremos chegar a cem até o início de 2017 — disse.Cada unidade é vendida a R$ 5, com exceção das localizadas em aeroportos e shoppings, que cobram aluguel mais elevado. Em geral, o preço varia de R$ 1.500 a R$ 3.000 mensais. O valor é definido com base no fluxo de consumidores, padrão do estabelecimento e tipo de produto.EXPOSIÇÃO DE MARCAS Os demais custos são funcionários para fazer a reposição, aquisição do produto e da máquina — que pode ser alugada ou comprada. As mais modernas superam os R$ 30 mil. O aluguel de um quiosque, por exemplo, fica na faixa dos R$ 15 mil.Mas, se a vending machine pode ser o principal canal de venda para uma empresa, em outras, a função é divulgar uma marca ou ter um canal alternativo e secundário de vendas.— Alugar um espaço, como quiosque ou loja, significaria investimento em funcionário, reforma e aluguel. Com a vending machine, o investimento de R$ 30 mil acaba sendo atraente para o pequeno empreendedor — afirmou Michela Cruz, uma das sócias da Cake in Glass, que oferece bolos em recipientes de vidro e brigadeiros de colher, vendidos para festas e empresas como brindes corporativos.A Natura fez um teste, por três meses, de deixar os produtos da linha Sou em vending machines em São Paulo. As consultoras continuam como o principal canal de vendas, mas as vending machines foram uma forma de colocar a marca em locais de alta circulação. Após uma fase piloto, o projeto deve ser retomado no ano que vem.A Máquina Saudável foi criada há três anos com a ideia de utilizar as máquinas para a venda de itens sem conservantes, glúten ou lactose. O negócio começou com oito máquinas alugadas, mas deu tão certo que hoje são 80 equipamentos próprios, além de máquinas para a venda de café.— Buscamos colocar as máquinas em lugares de grande circulação de pessoas e onde esse produto pode ter apelo — disse Roberto Callas, da Máquina Saudável, que tem vending machines instaladas em hospitais e empresas.A maior parte das 80 mil vending machines no Brasil está concentrada em locais de acesso restrito, como áreas internas de grandes empresas. Apenas 15% estão em shoppings, aeroportos e metrô. Na Europa, esse índice chega a 25%, segundo Carlos Militelli, da EPS Eventos, que organiza a feira do setor.Nem só de comida vivem as vending machines. Marcelo Castro e Daniel Doho, sócios da I2Go, decidiram distribuir produtos importados nas máquinas automáticas. A ideia era atender um cliente que estava sem tempo de ir a uma loja para comprar carregador de celular ou fone de ouvido e se tornar opção em locais como estações de metrô.Fonte: PEGN

Empresa de energia solar começou sem credibilidade e hoje é uma das maiores do país

energia
Depois de atuar durante anos no ramo automobilístico, o empreendedor Nelson Colaferro resolveu vender seus negócios e apostar tudo no setor de energia renovável. Para começar a empreitada, ele convidou os filhos, José Renato e Luis Otávio, que juntos foram viajar para diferentes partes do mundo com a intenção de entender as principais tendências do setor e ver o que estava ocorrendo no exterior.
Eles concluíram que o grande movimento que estava acontecendo no exterior, cedo ou tarde, chegaria ao Brasil. Então, decidiram investir todo o tempo e desenvolver suas carreiras no segmento. Hoje, a Blue Sol – Energia Solar é uma das empresas de maior destaque do Brasil no setor de energia solar fotovoltaica. A Blue Sol desenvolve projetos de engenharia, incorporando, integrando e instalando sistemas solares fotovoltaicos para geração distribuída no País.Até o final de 2014, a empresa já havia instalado 55 sistemas fotovoltaicos conectados à rede e também para autônomos. O plano para 2016 é crescer substancialmente através da expansão da rede de parceiros e também com a criação de um modelo de franquias.No ano de 2008, época em que a Blue Sol começou, o setor de energia renovável recebia pouca atenção e os relatórios governamentais projetavam que a fonte teria pouca relevância na matriz elétrica brasileira.Apenas depois da Resolução Normativa 482, da Aneel, ser publicada, é que a fonte de energia solar passou a chamar mais atenção. Mais tarde, com a crise energética que iniciou em 2013, o Brasil também passou a reconhecer que o modelo era equivocado e que seria importante investir em diversificação da matriz, tornando-se menos dependente das hidroelétricas e dos regimes pluviais.José Renato, sócio-diretor da Blue Sol, destaca que a fonte solar é a que mais cresce no mundo, ganhando notoriedade nos últimos anos. “Isso fez com que os tomadores de decisão no Brasil percebessem que o país estava atrasado e precisava reagir”, afirma. Além disso, outros fatores mais urgentes contribuíram para que a demanda por fontes de energia renováveis aumentasse, entre eles, o colapso no setor elétrico, provocado pelo crescimento econômico dos últimos anos.De acordo com Luis Otávio, a percepção de que em algum momento haveria escassez era evidente e a necessidade urgente de mudar seria a consequência. Nesse cenário, então, a energia solar se tornou forte candidata a ganhar atenção e participação na matriz energética do país. O empresário acrescenta também que a tendência para o setor apontava que o modelo superconcentrado em usinas hidroelétricas teria fortes limitações de expansão.E uma das saídas é a micro e minigeração de energia elétrica, através de fontes renováveis. “A geração de pequeno porte quebra velhos paradigmas do centenário setor elétrico e muda completamente a forma de pensar sobre energia”, afirma José Renato. Isso porque a micro e minigerações distribuídas produzem energia no mesmo ponto onde se consome energia, gerando liberdade aos clientes que podem escolher produzir “dentro de casa” a energia que consomem ao invés de comprar energia produzida a milhares de quilômetros de onde estão.Segundo José Renato, essa mudança gera modernização para o setor “de dentro para fora” havendo menor necessidade de investimentos faraônicos no meio da floresta. Ao avaliar o mercado de fontes alternativas de energia de pequeno porte no Brasil, José Renato e Luis Otávio comentam que o modelo brasileiro de energia solar tem um crescimento mais lento e orgânico, porém sustentável. Para eles, os nichos de mercado encontrados não são artificiais e a energia solar é instalada onde realmente se torna competitiva. Porém, por outro lado, o Brasil poderia possuir mais incentivos, diminuir as barreiras e os impostos.Esses aspectos, segundo José Renato, auxiliariam muito, entretanto ele analisa que o Brasil não deve se espelhar em modelos de crescimento artificiais como o alemão. Na Alemanha, o governo deu fortíssimos subsídios durante os primeiros anos de crescimento da fonte solar, dessa forma o consumidor alemão tinha taxas de retorno de mais de 20% ao ano em um país que tem taxa básica de juros de 1%.Essa sistemática gerou forte atratividade e consequente crescimento. Porém, o setor era dependente de subsídios e quando o governo decidiu diminui-los o mercado caiu muito. Por isso, os empresários acreditam que o modelo brasileiro é mais sustentável e defendem que para o consumidor brasileiro ganhar confiança na geração própria de energia, mais informação e divulgação sobre a relação custo x benefício da energia solar fotovoltaica.Atualmente, a Blue Sol possui uma rede de cerca de 140 empresas parceiras, chamadas de integradoras, que representam a empresa em suas respectivas regiões. A empresa terceiriza grande parte das instalações através de uma rede, ganhando competitividade com mão de obra local.A Blue Sol oferece a solução completa, vendendo desde a engenharia do projeto até a instalação. Além disso, fornece treinamento para a rede de integradores e demais interessados em trabalhar com energia solar no Brasil.O treinamento integra desde instaladores técnicos até empreendedores interessados em iniciar no setor de energia solar. “Buscamos criar um modelo que maximize as chances de sucesso de um novo empreendedor trabalhando em parceria conosco, evitando que ele tenha que cometer os erros que cometemos no nosso caminho de crescimento”, diz José Renato.Até hoje, a empresa já vendeu mais de 4 mil treinamentos para diversos perfis de alunos. No Programa de Integradores, além do conhecimento técnico, a Blue Sol transmite ao público, formado basicamente por empresário, informações sobre abordagens comerciais, como trabalhar com os processos e sistemas e tendências futuras de mercado.Os principais clientes da Blue Sol são pessoas físicas de alta renda e empresas que buscam redução das contas de luz. Luis Otávio explica que o preço de um sistema de energia solar fotovoltaica varia sobre o quanto um dado cliente consome de energia elétrica. Quanto maior o consumo, maior o custo do sistema.O empresário conta que já vendeu sistemas de R$ 12 mil até sistemas de R$ 3 milhões, porém o ticket médio hoje é de cerca de R$ 40 mil. A empresa  tem como objetivo tornar a aquisição do sistema solar extremamente simples.Demonstrando consistência, a Blue Sol foi crescendo e, conforme os sócios-fundadores avaliam, a reputação da empresa foi construída através de muito trabalho e demonstração diária de que entrega o que se propõe a entregar. “É muito fácil se enganar e pensar que trabalhar com energia solar vai te tornar grande em pouco tempo. Isso não é real”, afirma José Renato.Fonte: Empreendedor

Mercado de Academias

Concorrência acirrada e evolução do mercado de Academias em todo o Brasilhttps://youtu.be/lJ5C5jFXxukFonte: Mundo SA

Empreendedores lucram com negócios adaptados para bicicletas

Impulsionados pelo aumento da malha cicloviária nas cidades e o incentivo às bicicletas, empreendedores investem em negócios conhecidos como "bike friendly" ou adaptados para bicicletas.https://youtu.be/C8JtXq5x9eoFonte: Mundo S/A

PROMOÇÕES FAZEM BRASILEIRO VOLTAR A COMER MELHOR

Alimentos impulsionaram o consumo de bens não duráveis entre julho e setembro

Alimentos em promoção estão atraindo mais pessoas para dentro das lojas (Foto: Stokpic / Pexels)
Na crise, o brasileiro voltou a comer um pouco melhor por causa das promoções, que vão de embalagens econômicas, dias especiais de desconto e até ofertas nas quais dois itens são vendidos pelo preço de um. No terceiro trimestre deste ano, o consumo de uma cesta de 96 categorias de produtos, entre alimentos, bebidas e itens de higiene e limpeza cresceu 3,6% em unidades e 4,9% em valor, já descontada a inflação, na comparação com os mesmos meses de 2015, puxado pelos alimentos e pelas promoções.A constatação é da consultoria Kantar Worldpanel que visita semanalmente 11 mil domicílios em todo o país para radiografar o consumo da população. "Estamos menos piores e as promoções em alimentos estão atraindo mais pessoas para dentro das lojas, até mesmo para a compra de produtos básicos", afirma a diretora comercial da consultoria e responsável pela pesquisa Christine Pereira.Entre julho e setembro, os alimentos impulsionaram o consumo de bens não duráveis e essa foi a única cesta de produtos em que houve aumento na frequência de compras, de 2,9%, em comparação com o terceiro trimestre de 2015.Christine explica que 55,5% das famílias aumentaram o número de idas às lojas, visitando os estabelecimentos mais de cinco vezes na semana, atraídos pelas promoções. Em três viagens às lojas, os consumidores declararam que compraram produtos que estavam em oferta, aponta a pesquisa.Um resultado que chama atenção e revela o estrago que a crise provoca no orçamento das famílias é que na lista de ofertas que atraiu o brasileiro para as compras estão muitos produtos que são básicos e cujo consumo está consolidado, como óleo de soja, papel higiênico, biscoito, por exemplo.No óleo de soja, a pesquisa aponta que cresceu 5,4% o número de famílias que compraram o produto porque ele estava em promoção no terceiro trimestre.Movimento com proporções semelhantes se repetiu no biscoito, papel higiênico, iogurte e sabonete. Em contrapartida, o consumo de itens mais supérfluos, que vinha avançando, como suco pronto, antisséptico bucal, por exemplo, recuou porque esses produtos não foram alvo de promoções."As promoções estão dando um respiro, mas isso não significa que a crise já tenha passado. É uma alternativa para que as famílias comprem o que precisam", diz Christine.A força da promoção, especialmente para itens de primeira necessidade, ficou nítida na semana passada quando os supermercados lotaram no dia da Black Friday, com os consumidores em busca de ofertas em miudezas, como cerveja e refrigerante.Falta A corrida do consumidor para encher o carrinho, especialmente de alimentos em oferta por causa da crise, provocou a falta de muitos itens nas prateleiras dos supermercados.Em outubro, de uma lista de cem itens, entre alimentos, bebidas, higiene e limpeza doméstica, mais de dez (10,5) estavam faltando nas lojas, segundo levantamento feito pela consultoria Neogrid/Nielsen em 10 mil lojas de supermercados espalhadas pelo país."Uma possível razão para a falta de produtos é o aumento nas promoções do tipo leve três pague dois realizadas pelos supermercados", diz Robson Munhoz, diretor da consultoria e responsável pelo relacionamento com o varejo. Ele argumenta que, com as promoções, houve uma saída maior de produtos nas lojas, o que provocou a falta de mercadorias.O índice de falta de produtos nas prateleiras, conhecido no jargão do setor como de ruptura, começou o ano em 13%, bem acima da média histórica de 8%. Caiu até julho, quando fechou o mês em 9,5%. De lá para cá veio gradativamente aumentando.Fonte: PEGN

Empreendedorismo Social cresce entre jovens no Brasil

 https://youtu.be/WgrVhbTXIHkFonte: Mundo S/A

Projeto Leitor Usado prevê recompra de maquininhas de cartões usadas

MAquininha
O Grupo Transire, fabricante dos produtos Pax no Brasil, lança o Transire Hub, núcleo de inovação que visa incentivar startups a desenvolver soluções e iniciativas pioneiras para o segmento. O primeiro projeto apoiado pela companhia tem como objetivo proporcionar o descarte correto a dispositivos não utilizados por comerciantes e subadquirentes.
A campanha “Leitor Usado”, criada pela startup 8POS em parceria com a Pax, irá coletar todos os equipamentos por meio da plataforma de e-commerce www.leitorusado.com.br. Com foco na redução do lixo eletrônico, a iniciativa é válida para os modelos D180, D200 e D210. Para participar, é necessário que o proprietário do dispositivo se cadastre no site, que será avaliado pelo laboratório do Leitor Usado, no prazo de até três dias úteis. Além de pagar pela maquininha, o projeto responsabiliza-se pelos custos do envio.Segundo o diretor de Novos Negócios do Grupo, Linconl Rocha, apoiar projetos como o Leitor Usado corresponde à visão de negócios do Grupo Transire de criar produtos e soluções alinhados a práticas socioambientais. “A campanha integra nosso programa de inovação e compromisso com a sustentabilidade. Fomos pioneiros em produzir, no Brasil, equipamentos sem emissão de papel. Não por acaso, esse é o primeiro projeto a ser selecionado e apoiado em nosso hub”, afirma o executivo.De acordo com o CEO do Grupo, Gilberto Novaes, a companhia tem buscado incentivar e viabilizar iniciativas como a do Leitor Usado, proporcionando oportunidades de crescimento e inclusão a startups do mercado de Fintech. “Valorizar e apoiar novos empreendedores, independentemente do seu porte, faz parte de nossa filosofia. Acreditamos no potencial de inovação e crescimento de pequenos empresários que estão iniciando seu negócio, por isso, continuaremos dando suporte a projetos que visam incluir e empoderar”, destaca Novaes.Fonte: Empreendedor

Ex-costureira cria rede de franquias e fatura R$ 72 milhões

Ela costurava e vendia lingeries na adolescência, o que lhe trouxe o gosto por empreender. Hoje é dona de uma rede com 70 unidades.

A empreendedora Leiza Oliveira começou a trabalhar na adolescência, aos 16 anos. Ela costurava e vendia lingeries para colegas da escola e meninas do seu bairro, em Maringá (PR).
“Minha mãe é costureira e sempre fez nossas lingeries. Ela me ensinou e eu vi que era algo simples”, lembra. Leiza conta que começou fazendo peças para si própria, até que as colegas se interessaram e começaram a comprar.Foi aí que nasceu sua vontade de empreender. “Tudo começou ali. Fazer o produto, vê-lo nascer, colocar a minha etiqueta e depois sair para vender. Isso aguçou a minha vontade de empreender”, conta.O tempo passou e a jovem costureira se tornou uma empreendedora de sucesso, dona de uma rede de franquias com 70 unidades e faturamento de 72 milhões de reais.A rede criada por Leiza é a escola de idiomas Minds. Fundada em 2007, a rede promete um curso enxuto de 18 meses para quem quer aprender inglês de forma rápida. Além disso, oferece a comodidade de o aluno marcar suas aulas no horário que quiser, como se contratasse um professor particular, explica a empreendedora.A mudança da costura para as escolas de idiomas veio para Leiza após a faculdade. Ela deixou de vender lingeries aos 18 anos e foi cursar ciências contábeis. Depois de formada, começou a atuar em escolas de inglês como funcionária.“Gosto do contato com pessoas. Trabalhei principalmente na área comercial, com vendas, que é algo de que gosto desde a época das lingeries” conta. Depois de um tempo, Leiza também chegou a ser franqueada de duas redes de idiomas, até que veio a vontade de ter o seu próprio negócio.“Eu conhecia bem esse meio. Via coisas que faria diferente, pontos que eu sentia que podiam melhorar. Planejei meu negócio durante cerca de oito anos”, lembra.Em 2007, ela decidiu dar o passo decisivo. Uniu-se a um amigo que se tornou sócio e iniciou a Minds, com uma unidade em Porto Alegre. O investimento inicial foi de 700 mil reais.“O retorno foi muito positivo. Em três meses já tínhamos 120 alunos. E dois meses depois que abrimos já apareceu o primeiro em investir em franquia da marca”, conta.O sucesso inicial, Leiza atribui principalmente à proposta de horários personalizados. “Percebia que, sempre que perguntava ‘Por que você não faz um curso de inglês?’, a resposta era falta de tempo”, afirma.Um ano após a inauguração, a Minds entrou para o franchising e hoje tem 70 unidades de norte a sul do país. Leiza ressalta que a marca se preocupa em fazer sua expansão de forma responsável. Por isso, aceita um máximo de oito novos franqueados por ano.Quem quiser se tornar franqueado precisa estar preparado para desembolsar de 200 mil a 250 mil reais. O valor inclui a taxa de franquia e os gastos necessários para a montagem da escola.Fonte: Exame

Ele fatura R$ 38 milhões e dá dicas para você também chegar lá

Patrick Schilte fundou o Grupo Nutri Import em 2006, e a jornada foi longa até o sucesso da rede de suplementos.

São Paulo – Um negócio com crescimento sustentável não surge de um dia para outro: é preciso enxergar oportunidades, fazer um estudo de viabilidade, aportar recursos e estar preparado para ganhar ou perder com sua ideia de negócio.Para aqueles que persistem e sabem se adaptar aos novos tempos, o sucesso é mais visível no horizonte. Ao menos foi assim que o empreendedor Patrick Schilte levou sua empresa, o Grupo Nutri Import, a um faturamento de 38 milhões de reais no ano passado. Para este ano, a ideia é manter essa marca.Schilte consumia suplementos, mas não entendia nada do ramo – ele trabalhava na empresa de seu pai, na parte de comércio exterior. Até que conheceu o dono de uma loja de suplementos, chamado Cloves Monteiro, interessado em importar produtos.Os sócios criaram o Grupo Nutri Import em 2006, com um investimento de 30 mil dólares cada um (hoje, Monteiro não faz mais parte da empresa). A moeda estrangeira foi usada para importar os primeiros itens de suplementação alimentar.Aproveitando a moda das academias e do cuidado com o corpo, o Grupo Nutri cresceu e enfrenta um mercado com muito mais concorrência. Hoje, importa 28 marcas americanas para atacadistas e para suas sete lojas voltadas ao consumidor, chamadas de “Fast Nutri”.Você também quer que o seu negócio chegue a um faturamento milionário? Veja então as dicas de Schilte para alcançar o sucesso, mesmo nos tempos mais adversos da economia. Os conselhos são baseados em sua experiência como empreendedor. Confira:

1. Para cortar custos, busque eliminar intermediários

No primeiro ano do Grupo Nutri, o negócio comercializava as marcas de suplementos que outras empresas traziam para o Brasil – as chamadas “importadoras”. Era uma solução mais simples, mas incorria em maiores gastos para o empreendimento. Por isso, chegou um momento em que Schilke decidiu fazer uma ponte direta com as marcas.“É uma evolução natural o processo de querer cortar intermediários e fazer um contato direto. No começo, claro, a gente teve muita dificuldade. Mas ganhamos benefícios no nosso nome, e não no nome da importadora: por exemplo, incentivos fiscais ao receber a importação em certos estados, como no Espírito Santo”, conta o empreendedor.Em 2007, o Grupo Nutri Import negociou a importação com algumas marcas americanas do ramo de suplementos, como a MHP. O empreendimento passou de distribuidor para importador: isso não só gerou benefícios financeiros, mas também ajudou a estabelecer o nome da empresa no mercado.

2. Procure conhecimento técnico antes mesmo de abrir o negócio

Vale lembrar que assumir a responsabilidade da importação para si foi possível principalmente porque Schilke já havia trabalhado com exportações. Mesmo assim, ainda foi um processo burocrático e penoso, segundo o empreendedor.Eliminar seus intermediários requer um conhecimento prévio sobre o processo que eles executam. Por isso, avalie o investimento que centralizar as ações poderá incorrer antes de cortar acordos com seus parceiros de negócio.Isso poderia ser resumido em uma regra mais geral: pesquise muito bem sobre todas as burocracias que envolvem seu empreendimento antes mesmo de criá-lo. No caso do Grupo Nutri, por exemplo, todos os produtos importados tiveram de ser registrados na Anvisa – um processo que pode levar anos para um só item.

3. Construa uma relação de confiança com fornecedores e clientes

Outro ponto importante para o sucesso de um negócio é a construção de credibilidade: desde seus fornecedores, como são as marcas americanas para a Nutri, até para os consumidores no atacado e no varejo.Isso é especialmente verdade em um mercado que mexe com alimentação, como é o de suplementos. “O suplemento é um alimento, e o consumidor quer saber exatamente o que está consumindo. No Brasil, o grande influenciador é o educador físico e depois os profissionais da saúde”, explica Schilke. “Por isso, só importo marcas em que eu realmente acredito. Visito as fábricas e faço uma nova análise técnica dos produtos no Brasil.”Tendo um produto de qualidade, é hora de trabalhar exaustivamente em colocá-lo nas prateleiras. Com novas repercussões a cada venda, uma hora o reconhecimento aparece. “Foi difícil entrar no mercado, porque as marcas não eram conhecidas aqui, estavam sendo importadas pela primeira vez. A gente realmente pedia favor para o lojista, negociando para colocar o produto na prateleira da loja.”

4. Invista em marketing e saiba adaptar sua estratégia

O crescimento do Grupo Nutri só veio mesmo quando essa venda dos novos produtos foi associada a um trabalho de marketing intenso, diz Schilke. Em 2010 e 2011, o empreendimento começou a fechar contratos de divulgação com celebridades no mundo fitness – por exemplo, a modelo Juju Salimeni.O primeiro trabalho de marketing envolveu anúncios em mídia impressa e adesivos nas lojas. Foi uma iniciativa pioneira para as empresas do ramo de suplementos, segundo o empreendedor. “Foi uma visibilidade muito boa para a marca. Somos reconhecidos no mundo dos negócios mais pelo nosso marketing do que pela nossa atuação comercial, inclusive. Todo ano fazemos uma campanha nova.”Com o tempo, o negócio adaptou sua estratégia e migrou algumas ações para o digital – muitos consumidores do Grupo Nutri estão nas redes. “Cuidamos bem das nossas páginas e procuramos influenciadores digitais, como o casal Gabriela Pugliesi e Erasmo Viana e o cantor sertanejo Lucas Lucco. Também investimos em ferramentas como o Google Adwords”, conta Schilke. “O mundo digital é muito importante, dependendo do segmento do seu negócio.”Na mesma linha, a empresa inaugurou um e-commerce em março deste ano, mais focado no consumidor final. Mesmo assim, a maior parte do faturamento do negócio ainda vem dos atacadistas.
Gabriela Pugliesi e Erasmo Viana participam de lançamento de uma das lojas Fast Nutri

Gabriela Pugliesi e Erasmo Viana participam de lançamento de uma das lojas Fast Nutri (Thiago Teixeira/Grupo Nutri Import/Divulgação)

5. Procure inovações que façam sentido para o seu público-alvo

Um negócio deve sempre procurar inovar – mas de nada adianta trazer novidades que não representem um valor agregado para seus consumidores. Por isso, antes de investir em algo inovador, avalie o impacto de tal decisão.No final de 2011, o Grupo Nutri lançou no Brasil uma proteína feita à base de carne. Até então, essas proteínas eram derivadas do ovo e do leite. Além de não ter lactose ou glúten, a novidade trazia mais sabor para o suplemento, diz Schilke.“Ficamos exclusivos com esse produto durante dois anos e meio, fazendo uma campanha de marketing associada. Ressaltamos nosso pioneirismo, nossa credibilidade e o profissionalismo.”A proteína feita à base de carne continua um dos produtos mais vendidos do Grupo Nutri. O negócio também fez parcerias para elaborar produtos específicos para o gosto dos brasileiros: por exemplo, suplementos pré-treino com aminoácidos, chás diuréticos naturais e snacks, como as barrinhas de cereais.“É importante estudar o mercado: mesmo que o americano dite tendências, o brasileiro tem suas peculiaridades. Temos que criar parcerias com marcas que importamos para criar produtos específicos para o nosso mercado. Todos os anos tento ir ao menos em duas feiras internacionais, para conhecer fornecedores e seus produtos e, assim, construir relacionamentos”, conta o empreendedor.Fonte: Exame

NA CRISE, MARCOPOLO BUSCA MERCADO EXTERNO

Crise no Brasil fez fabricante de ônibus focar nas vendas internacionais

Ônibus da Marcopolo. Empresa focava no mercado interno, mas crise fez a empresa mirar o exterior (Foto: Divulgação)
Depois de um período de dez anos com o foco de suas operações no Brasil, a fabricante de ônibus Marcopolo mudou de rumo e voltou a priorizar o mercado externo.A maior parte da receita líquida da empresa vinha sendo gerada internamente desde 2006. Agora, houve uma inversão, fazendo com que as exportações a partir do Brasil e as vendas de veículos produzidos e negociados fora do País passassem a ser 68% da receita.Já havia sinais dessa mudança em 2015, principalmente em decorrência da queda das vendas domésticas, e o movimento se acentuou neste ano, com um salto nas operações internacionais – entre janeiro e setembro, as exportações a partir do Brasil avançaram 43,8% ante o mesmo período de 2015.Além da desvalorização do real e da relativa perda de competitividade chinesa, uma estratégia montada pela companhia impulsionou as vendas para fora.Em outubro de 2015, uma equipe de 30 funcionários fixou um mapa-múndi na parede e começou a marcar os países em que a Marcopolo havia perdido mercado nos últimos dez anos e que poderiam ser retomados, além de possíveis novas conquistas. "Conhecendo o histórico de exportações da Marcopolo, criamos uma força-tarefa", conta o presidente da empresa, Francisco Gomes Neto.Nos 12 meses seguintes, as equipes viajaram 60 países na tentativa de vender seus produtos e amenizar os efeitos da crise econômica brasileira, que devastou o setor automotivo.Desde o auge da empresa, em 2013, até 2015, a Marcopolo viu sua receita líquida recuar 25% e o número de unidades fabricadas cair 46%. "Aumentar as exportações foi a única saída. Aprendemos que não podemos descuidar do mercado externo, mesmo quando o câmbio é desfavorável (como no início da década de 2010), porque a retomada não é fácil."O descuido com as vendas internacionais foi consequência do bom momento vivido pelo setor no Brasil até 2013. Os juros a 2,5% ao ano para empresas de transporte e o programa federal Caminho da Escola (que facilitou a compra de veículos por prefeituras) resultaram na explosão das vendas domésticas de ônibus no período.Para Antônio Jorge Martins, professor da Fundação Getulio Vargas (FGV), especialista no setor, a Marcopolo conseguiu recuperar suas exportações por ter alto nível de internacionalização - são 12 plantas fora do País.Martins afirma, ainda, que as multinacionais instaladas no Brasil não puderam ampliar suas exportações a partir do território brasileiro em igual ritmo, porque precisam negociar com as matrizes para não comprometerem unidades produtivas de outros países.Sem milagre Apesar de amenizarem as perdas, as vendas internacionais não chegam a salvar a Marcopolo. Em 2016, ano para o qual se previa um alívio, houve queda de 10% nas receitas de janeiro a setembro. A companhia acabou fechando uma fábrica no interior do Rio de Janeiro, adquirida no fim do ano passado, quando comprou a concorrente Neobus.Também precisou se desfazer de 7,5% do capital da canadense New Flyer, permanecendo com 10,8% do negócio. Ainda há a intenção de usar a New Flyer para entrar no mercado americano, onde poderia explorar os segmentos rodoviário e de micro-ônibus. Os veículos seriam enviados para os EUA a partir do Brasil ou do México.Gomes Neto admite que não será possível manter o ritmo de crescimento internacional em 2017. "Neste ano, retomamos mercados onde a Marcopolo era forte, o que não vai se repetir." O foco, entretanto, continuará lá fora, já que não há sinais de recuperação interna.Fonte: PEGN

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