Sávio de Castro Ferreira trocou comércio de carros pelo agronegócio
Em janeiro de 2015, Sávio de Castro Ferreira tomou a decisão que mudaria sua vida: abandonar a profissão de vendedor de automóveis para cuidar, apenas, da produção de orgânicosque iniciara no ano anterior, nas terras da família, em Planaltina de Goiás. Desde 2014, vinha plantando tomates e outras hortaliças com o objetivo de se tornar produtor de alimentos orgânicos, com o apoio técnico do Sebrae no DF em consultoria de orientação tecnológica para cultivo de hortaliças in natura, desenvolvida até hoje. Em um ano, o negócio tinha crescido tanto que foi a hora de escolher – e ele optou pelo seu empreendimento rural.
Passado mais um ano, não há motivos para arrependimento. “Começamos com um funcionário e três estufas. Hoje temos quatro funcionários e 15 estufas, que deverão ser 20 até o início de 2017”, explica o agricultor, que tem como sócias as irmãs Maria Jacqueline e Iara Ferreira de Castro. A família, vinda da cidade mineira de Coromandel, também trabalha na produção da Ferreira Orgânicos, cujo selo e visual da marca também foram desenvolvidos na parceria com o Sebrae no DF.“Desde que implantamos nosso sistema de produção agrícola, procuramos o Sebrae no DF e o Sindicato de Produtores Orgânicos do DF (Sindiorgânico-DF), porque sabíamos que precisaríamos de apoio. Começamos o negócio sem nenhum embasamento teórico. Desde então, o Sebrae nos apoiou com assistência técnica, certificação orgânica, engenharia de produção e, agora, está viabilizando a melhoria da nossa casa de manipulação de alimentos para higienização e embalagem”, explica o produtor. “Até o início de 2017, vamos ampliar nossas estufas e nossa produção em 30%, chegando a 20 estufas, para, depois, partir para a fruticultura orgânica, que já está em estudo”, completa Sávio de Castro Ferreira. Ele lembra que, também pela rede de relacionamentos estabelecida por meio do Sebrae no DF, teve contato com novos mercados.A Ferreira Orgânicos produz, embala e distribui prioritariamente tomate salada. Porém, em menores quantidades, também saem da propriedade outros orgânicos: abobrinha, pepino, berinjela, alface, brócolis e couve-flor. Como uma das cooperadas da Cooperorg, a Ferreira Orgânicos distribui seus alimentos no Mercado Orgânico da Ceasa, às terças e quintas-feiras e aos sábados. Dos 2 hectares ocupados hoje pela produção, o dobro da área inicial, nascem semanalmente 2 toneladas de alimentos.“O mercado orgânico é um segmento em franca expansão e tem muito a crescer. Embora sejam grandes as dificuldades de produção, trata-se de um mercado aquecido, promissor e com concorrência restrita”, explica o produtor. “Com o apoio do Sebrae no DF, seguiremos crescendo e ampliando o valor agregado da nossa produção”, completa Sávio de Castro Ferreira.Fonte: Pequenas empresas e grandes negócios
O empresário Alexandre Dias Generoso, dono da oficina mecânica High Torque, em Belo Horizonte (MG), aumentou o faturamento do negócio em 40% depois que seus vídeos com dicas para manutenção de carros ficaram famosos no YouTube.
Depois de fazer fama na internet com os vídeos dos consertos de carros realizados em sua oficina mecânica, a High Torque, em Belo Horizonte (MG), o empresário Alexandre Dias Generoso, ou ADG, como é conhecido por seus seguidores, agora lança franquias da sua marca que custam a partir de R$ 420 mil.O valor inclui custos de instalação, taxa de franquia e capital de giro. O faturamento médio mensal é de R$ 90 mil, com lucro médio de R$ 18 mil. O retorno do investimento é previsto em até 36 meses. Os dados foram fornecidos pela empresa.As primeiras unidades franqueadas serão em São Paulo, Belo Horizonte, Salvador, Natal e Londrina."O pessoal que acompanha os vídeos sempre perguntava sobre franquias, mas eu tinha medo de arriscar a reputação que consegui para a minha marca", diz ele.Sua opinião mudou no final de 2015, quando leu uma reportagem que falava sobre a falta de incentivo ao empreendedorismo no Brasil. "Resolvi pesquisar sobre franquias e vi que era possível estabelecer um padrão e manter a qualidade", afirma. Ele contratou uma consultoria para criar o novo modelo de negócio.Os primeiros franqueados são pessoas que acompanham seu programa "Por Dentro da Oficina", no canal High Torque, no YouTube. São quase 400 mil inscritos e cerca de 2,2 milhões de visualizações mensais. São entre dois e três vídeos por semana, que superam 50 mil acessos cada, segundo Generoso.
Espera para atendimento é de dois meses
A empresa foi fundada em 2005. Para virar franquia, passou por algumas mudanças: Generoso deixou de se dedicar à operação para cuidar da expansão, e o foco agora são consertos rápidos e revisões, para que os veículos não fiquem muito tempo parados na oficina."Adotei o novo modelo assim que a franquia foi estruturada, no começo do ano, e os resultados foram muito satisfatórios", declara. Hoje, há uma fila de espera de dois meses para ser atendido na High Torque, segundo o empresário."Os vídeos passam confiança, mostram a transparência do nosso trabalho. As pessoas não querem ser enganadas por mecânicos."Ele diz que, após as inaugurações, os vídeos serão gravados nas franquias. "Vai ser uma forma de divulgação", declara.
Há oportunidades no setor, mas qualidade é essencial
O segmento de oficinas mecânicas é pulverizado e não tem marcas fortes, de abrangência nacional, segundo o consultor especializado em franquias Luis Stockler, da BaStockler. "As pessoas têm receio de levar nas concessionárias por achar que vai ser mais caro", diz.O setor cresce mesmo na crise pois as pessoas querem manter seu patrimônio, afirma Stockler.Ele acha positivo o empresário se dedicar à expansão do negócio, desde que o serviço seja padronizado. "Ele é muito didático nos vídeos, o que cria uma boa reputação e ajuda a estabelecer um padrão de serviço e de atendimento."É possível ter bom lucro no segmento com a prestação de serviços, de acordo com Stockler, mas é necessário ter controle de custos, eficiência e qualidade na mão de obra, para não danificar os veículos "Se isso acontecer, pode comprometer a rentabilidade."Fonte: UOL
Mônica Burgos começou vendendo de porta em porta e hoje comanda a Avatim, com 58 lojas pelo país
A missão de criar três filhos após o divórcio não impediu que Mônica Burgos decidisse largar a advocacia e mudar de carreira. Aos 30 anos, a baiana foi para o Rio de Janeiro para estudar moda, voltou para seu estado e fundou a Avatim.
Natural de Itabuna, Mônica trabalhou oito anos como advogada antes de se mudar para a capital carioca com os três filhos. Encontrou-se na área de consultoria para lojistas com dicas de como expor os produtos e proporcionar uma melhor experiência aos clientes.
Dentro desse ramo, conheceu os aromatizantes de ambiente. “Vi uma lacuna no mercado que era o de aromas que marcassem a identidade das lojas. Na época, existiam apenas incensos e algumas essências, então, decidi apostar no marketing olfativo”, diz a empreendedora.Mônica voltou para a Bahia com a intenção de prestar os serviços de consultoria e vender os aromatizantes que levou na bagagem para o nordeste. “Depois de seis meses me dei conta de que não havia conseguido prestar uma consultoria sequer, mas já tinha vendido centenas de frascos de aromatizantes”, afirma.O talento para vendas diretas de Mônica chamou a atenção do amigo César Fávero, que a convidou para profissionalizar o serviço, entrando como sócio no negócio e futuramente ajudando a produzir suas próprias fragrâncias.Dessa parceria nasceu há 13 anos a Avatim, rede de franquias presente em 17 estados e que, além de aromatizantes, produz há sete anos cremes e sabonetes para uso pessoal.Hoje, com 48 anos, Mônica confessa que foram os filhos que a motivaram a se aventurar como empreendedora. “Não admito quem diz que não pode se arriscar na carreira, pois têm filhos para criar. Foi justamente por querer um futuro melhor para eles que decidi que precisava mudar”, diz.Das vendas diretas à rede de franquias
A parceria com Fávero fez Mônica enxergar o real potencial de seu negócio. “Ele impôs uma programação que eu não estava acostumada. A única coisa que me pediu foi que continuasse fazendo o que estava dando certo, que era vender os aromatizantes e treinar novos vendedores”, diz a empresária.Quando o negócio completou quatro anos, o escritório em Salvador mudou-se para Ilhéus, onde foi fundada a primeira fábrica da Avatim. Durante este período, Mônica mobilizou vendedores de diferentes estados e antes mesmo de fundar a primeira loja, em 2009, já havia popularizado os produtos da Avatim do Acre à Porto Alegre.Apenas cinco meses depois da primeira loja física, surgiram os interessados em montar franquias. “Tive que correr para aprender o que era franquia, padronização e o que deveria partir da empresa. Acompanhei de perto as 37 primeiras franquias, viajando pelo Brasil”, afirma.Com 52 franquias e 6 lojas próprias, a meta da empresária é quase triplicar o número de unidades nos próximos anos. “Estamos montando agora as franquias Slim, menores, para atender a cidades do interior. Com elas, pretendemos chegar a 150 lojas até o fim de 2017”.Fonte: Pequenas empresas e grandes negócios
Startups receberão mais investimentos com Crescer Sem Medo
O presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, destacou nesta segunda-feira (29) a importância da aprovação do Crescer Sem Medo para estimular os investimentos e o desenvolvimento das startups no Brasil. O projeto tem um capitulo especial que regulamenta a figura do investidor-anjo. Afif participou da assinatura do convênio de Cooperação Técnica entre o Sebrae e o Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio (MDIC), que vai ampliar a participação da instituição no programa InovAtiva Brasil, destinado ao desenvolvimento de startups.
A cerimônia ocorreu na Escola de Negócios do Sebrae em São Paulo, onde foi realizado desde sábado (27) o encerramento do primeiro ciclo de atividades do InovAtiva Brasil do ano. O evento teve mentoria, treinamento e conexão das empresas com investidores e clientes. Foram selecionadas 125 startups para a etapa final do programa, quando os participantes têm a oportunidade de apresentar seus projetos a potenciais clientes, investidores e parceiros durante o Demoday, realizado na segunda (29), no entanto, somente 119 compareceram.
O presidente do Sebrae ressaltou que o capítulo do projeto sobre os investidores-anjos trata exatamente do momento vivido pelos participantes do InovAtiva Brasil, que estão em busca de investidores. “Nós sabemos que, quando há um aporte de capital de um investidor-anjo, a empresa perde a condição de estar no Simples. Ela já começa no complicado. Em um ambiente assim, com certeza o Steve Jobs não existiria no Brasil. Ele seria exterminado no nascedouro”, afirmou Afif.
De acordo com o Crescer Sem Medo, a empresa continuará no Simples mesmo que receba um aporte de capital. E o projeto desvincula do investidor o risco da administração do negócio. “Essa separação é fundamental, já que são criados passivos trabalhistas que são impossíveis de pagar. Ajudará a unir o ímpeto de quem vai investir com o das startups que estão acelerando o seu desenvolvimento para poder crescer sem medo”, ressaltou o presidente do Sebrae.
O projeto já foi aprovado pelo Senado e está para ser votado novamente na Câmara dos Deputados. Em seguida, deve ir para a sanção da Presidência da República. O ministro do Desenvolvimento Indústria e Comércio (MDIC), Marcos Pereira, elogiou o Crescer Sem Medo e diz que conversará com a bancada do PRB – partido do qual é presidente licenciado – para que se mobilize na Câmara a fim de aprovar o projeto.
A Spacecom monitora cerca de 20 mil infratores, alguns deles presos pela Operação Lava-Jato
O sistema carcerário brasileiro permite que seus infratores não fiquem em presídios, por estarem em regime aberto, semiaberto, prisão domiciliar ou contemplados com saídas periódicas. Dependendo do caso, o criminoso não pode ultrapassar uma área determinada ou sair de casa à noite. Mas como saber se tais regras estão sendo cumpridas?
O uso da tornozeleira eletrônica é uma alternativa. A maior fabricante destes dispositivos no Brasil é uma empresa de Curitiba (PR): a Spacecom, que atualmente é responsável por 90% dos monitoramentos de presos realizados no país.
A Spacecom existe desde 2003. Foi criada pelo engenheiro de produção Sávio Bloomfield, 55 anos, e nasceu para criar soluções para operadoras de telefonia, como a criação de serviços de VoIP, que permite fazer ligações usando a internet, e atendentes eletrônicas.Em 2008, a empresa entrou oficialmente no mercado de tornozeleiras. “Percebemos que o produto poderia contribuir para a melhora do sistema prisional brasileiro. Com ele, evitamos a superlotação. Também fazemos com que autores de crimes leves não se misturem com criminosos graves e sejam influenciados por eles”, diz Bloomfield. A empresa foi uma das primeiras a oferecer o serviço no país.Por dois anos, a Spacecom apresentou a tecnologia a secretarias estaduais de segurança de todo o país. Enfrentou certa resistência a princípio. “As pessoas não conheciam a solução e duvidavam dela. Então fazíamos várias apresentações para mostrar a tornozeleira funcionando e provar que o dispositivo era eficaz”, afirma o criador da empresa. O primeiro estado a contratar a Spacecom foi São Paulo, em 2010.As tornozeleiras da empresa são conectadas a um centro de monitoramento em Curitiba. Caso o prisioneiro ultrapasse o perímetro em que deve ficar ou esteja fora de casa em um determinado horário – ou a qualquer momento, em caso de prisão domiciliar – a Spacecom é notificada e informa as autoridades competentes.Segundo Bloomfield, as tornozeleiras também informam a central de monitoramento em caso de rompimento do dispositivo. O mesmo acontece se o equipamento desligar por alguma razão. Além disso, retirar a tornozeleira sem abri-la é impossível. “Nunca houve nenhuma fuga causada por uma falha da tornozeleira ou da nossa central.”Atualmente, a Spacecom monitora 20 mil presos em 16 estados. Todas as vendas da Spacecom são feitas por meio de licitações, sendo que a maioria é realizada na esfera estadual. A exceção é o acordo que a empresa tem com a Polícia Federal da região Sul do país – exatamente o órgão responsável pela Operação Lava-Jato, responsável pela investigação e prisão de envolvidos em casos de corrupção.Desde que a Lava-Jato começou a atuar, alguns detentos usaram as tornozeleiras. O usuário mais recente da tecnologia foi o pecuarista José Carlos Bumlai, que, por motivos de saúde, está em prisão domiciliar desde março. No entanto, quando perguntado sobre o número de prisioneiros da Lava-Jato que usam suas tornozeleiras, Bloomfield afirma que não sabe quem são os usuários. “Não sei o nome de ninguém, seja dos presos da Polícia Federal ou seja de qualquer estado que use a nossa tecnologia.”De acordo com o empreendedor, a Lava-Jato não fez com que a receita da Spacecom disparasse, mas deu mais visibilidade à empresa. “Nós negociamos com vários estados desde 2008. Somos conhecidos por eles desde antes da operação. Mas conforme a operação da Polícia Federal foi avançando, o nome da empresa se tornou mais conhecido das pessoas”, afirma Bloomfield.A Spacecom não revela seu faturamento. No entanto, Bloomfield diz que as metas são oferecer seus serviços a mais estados brasileiros e firmar contratos no exterior. “Estamos em fase de negociação com países da América Latina.”Fonte: Pequenas empresas e grandes negócios
Cezar Dal Pozzolo é skatista profissional e fundou a rede Matriz Skate Shop, especializada em roupas e acessórios para o esporte
Mais de oito milhões de brasileiros andam de skate no Brasil, segundo dados do Datafolha. E com tanta gente praticando, empreendedores começam a criar negócios para atender os brasileiros fãs do esporte, criado há cerca de 50 anos nas ruas de Los Angeles, nos Estados Unidos.
Um dos empreendedores que se destacam no setor é Cezar Dal Pozzolo, o Cezar gordo. Ele criou a gaúcha Matriz Skate Shop, uma rede de lojas especializada em vender vestuários e peças de skate para quem pratica o esporte. Com cerca de 40 profissionais, a marca opera um e-commerce e tem e lojas no Paraná, São Paulo e Rio Grande do Sul. “Nosso faturamento é pouco mais de R$ 8 milhões”, diz.
Cezar, 34 anos, tem uma história com o esporte. Começou a praticá-lo ainda criança pelas ruas de Porto Alegre. Na adolescência, virou skatista profissional e competiu em importantes campeonatos pelo mundo. Em 1997, ele ganhou uma câmera do pai e começou a gravar vídeos de manobras de skate com seus amigos. “Na época, não existia o YouTube e nem as redes sociais. A informação sobre o meio do skate circulava em revistas e vídeos. Então, eu e um dos meus atuais sócios, Marcus Cida, aproveitamos o presente do meu pai para fazer videos amadores e divulgar o skate gaúcho para o Brasil", diz.O primeiro vídeo, chamado de Matriz, fez muito sucesso. Feliz com o resultado, a dupla gravou mais quatro edições, que eram vendidas em eventos de skate pelo Brasil. Todas elas, afirma Cezar, fizeram um sucesso entre os praticantes do esporte. “Com a procura, eu percebi que o skate, um esporte que sofria muito preconceito e era associado a arruaceiros, estava ganhando adeptos pelo país”, diz.Cezar procurou então seu pai, Marloi Dal Pozzolo, para ajudá-lo na empreitada. “Ele fez o primeiro investimento”, afirma. Em 2001, as portas da primeira loja da Matriz, na Avenida Cristóvão Colombo, em Porto Alegre, foram abertas. “Meu pai viu potencial em mim como empreendedor. Eu não esperava ter chegado onde cheguei”, diz.Atualmente, além do pai, o empreendedor conta com o apoio de dois sócios na gestão do negócio. São eles: Marcus Cida e Rodrigo “TX” Teixeira. Como Cezar, os dois são skatistas profissionais e reconhecidos internacionalmente. “Nós cuidados de tudo na Matriz, mas temos profissionais de mercado nos auxiliando na gestão”, diz.
Superação
O skate é um setor bilionário atualmente. O esporte é patrocinado por grandes marcas, entre elas a Nike e a Adidas, e tem competições importantes que rodam o mundo, como o Street League Skateboarding. O Brasil, inclusive, é um celeiro de ídolos mundiais, como Luan de Oliveira, Letícia Buffoni, Klaus Bohm, Sandro Dias, Felipe Gustavo, Bob Burnquist e Pedro Barros. “O país sempre tem nomes brilhantes no esporte. Seguramente, estamos no rol dos melhores do mundo”, diz Cezar.Apesar do sucesso, o esporte ainda é vítima de preconceito. “São poucas as cidades que têm pistas para a prática do esporte”, diz. “E a falta de estrutura acontece porque órgãos públicos ainda não entenderam o skate como um mercado que gera empregos, renda e inclusão social”, diz.O setor, diz Cezar, não encontra só essa barreira. O preconceito inibe que o mercado se desenvolva, ou seja, que empreendedores criem produtos nacionais. “Temos algumas iniciativas, como marcas de roupas e de calçados, fabricantes de peças, entre outros produtos. Mas, se o esporte fosse visto com outro olhar, teríamos um mercado mais forte”, diz.Por causa da escassez de produtos nacionais, a maioria das peças (rodinhas, trucks e shapes) e dos vestuários que são vendidos no mercado brasileiro são importados, o que encarece a prática do esporte. “Quando a moeda americana valoriza ante o real, somos afetados imediatamente”, diz.Para não sofrer, Cezar adotou uma nova estratégia: criar e desenvolver uma marca própria.No último ano, ele criou a marca Matriz e confecciona as próprias roupas. “As nossas coleções funcionam bem e vamos aumentar o nosso mix de modelos. É a nossa estratégia para oferecer um preço justo e fomentar a prática do esporte no Brasil”, diz.Fonte: Pequenas empresas e grandes negócios
Presidente do grupo alemão no Brasil, Helder Boavida, informou que a fabricação do modelo começa nesta quarta-feira
Novo modelo custará a partir de R$ 299.950
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O presidente do Grupo BMW do Brasil, Helder Boavida, anunciou nesta segunda-feira, em São Paulo (SP), que a fábrica da montadora alemã em Araquari, no Norte de Santa Catarina, começa a produzir o modelo X4, do segmento médio premium,a partir do dia 31 de agosto, ou seja, quarta-feira. Vai atender ao mercado nacional e o investimento faz parte do plano de negócios definido pela empresa até 2017.O preço do carro partirá de R$ 299.950. A fabricação do X4 não aumentará o número de empregos na unidade, que hoje conta com 700 trabalhadores fixos, e mais 300 temporários – estes voltados exclusivamente para a produção do utilitário X1,atendendo à necessidade específica de cliente dos Estados Unidos.Instalada no Norte do Estado desde outubro de 2014, a BMW produz, na unidade, outros cinco modelos de veículos: os séries 1 e 3, X1 e X3 e o Mini Countryman.
O X4 vende, em média, 30 unidades por mês no mercado brasileiro. A expectativa é subir para 45 por mês, até o final do ano, já que o produto será fabricado nacionalmente. Não há planos de exportação definidos para este carro.O empreendimento reforça o compromisso da companhia em continuar investindo no País, acreditando no potencial de crescimento do segmento premium do mercado nacional, a médio prazo. O carro tem motor de quatro cilindros, 2.0. litros e 245 cv de potência. Também é produzido nos Estados Unidos (de onde era importado para o Brasil), Egito, Rússia, Tailândia e Malásia.Modelo X4 era importado dos Estados UnidosNúmeros da BMW
Entre janeiro e julho deste ano, a BMW emplacou 6.417 veículos no Brasil. O número é 24% inferior ao produzido no mesmo período do ano passado. O recuo está em linha com o comportamento do mercado nacional do segmento premium. O conjunto do mercado automobilístico nacional recua 21%, com estimativa de fabricação abaixo de 2 milhões de unidades para este ano.– No segmento premium, apesar da queda, neste ano passamos à frente da Mercedes-Benz, e só estamos atrás da Audi – diz Helder Boavida.Cinco dias parados
Ao longo dos últimos quatro meses, a BMW teve de paralisar, por cinco dias, a produção do X1 na fábrica de Araquari. O motivo: a demora do Inmetro em conceder licenças e problemas com a Receita Federal no desembaraço de peças importadas. Os analistas tributários da Receita fazem greve há algum tempo e criam problemas para os negócios de diferentes seetores. Essas dificuldades impactaram no prazo de entrega do veículo aos clientes brasileiros. As informações são da executiva Gleide Souza, da área de assuntos governamentais.– O pós-venda nos preocupa. Embora a Receita e o Inmetro estejam atuando com força-tarefa, o problema não está resolvido.Fonte: A Notícia
Crédito Energia Solar oferece vantagens de pagamento, taxas diferenciadas e débito em conta
Financiamento pode ser quitado em até 84 meses e com débito automático em conta corrente (Foto: Divulgação)
A Quantum Engenharia e a Unicred SC/PR firmaram uma parceria inédita para facilitar a aquisição de equipamentos e tecnologia para captação de energia fotovoltaica.
A iniciativa Crédito Energia Solar, oferece diversas vantagens como taxas diferenciadas, prazo de até sete anos para quitar o financiamento e débito em conta.A intenção da parceria é colaborar com o meio ambiente por meio da geração própria de energia limpa e sustentável.O programa permite que empresas e residências consigam adquirir os equipamentos e a tecnologia para captação de energia fotovoltaica.Além de gerar energia limpa e sustentável, quem opta por um sistema fotovoltaico pode ainda contar com o excedente gerado para os próximos meses.Isto porque a energia não utilizada é lançada na rede elétrica, o que se transforma em créditos para serem acessados em outros meses.Case de sucessoA ideia já foi adotada pelo proprietário da Academia Formus, Diego Gil Matos, em São José, que pretende economizar cerca de 40% ao mês na conta de luz.O investimento feito por Diego tem retorno previsto para sete anos. O sistema adquirido é de 12,48kWp, com geração de energia estimada em 14.135kWh/ano, fazendo com que o empresário economize R$10 mil anualmente.A contratação foi realizada através do Crédito Energia Solar, disponível para cooperados da Unicred SC.O financiamento pode ser quitado em até 84 meses, com débito automático em conta corrente, crédito social com taxa de CDI +0,15% a.m.Como funcionaPara ter acesso ao Crédito Energia Solar basta solicitar à empresa Quantum Engenharia ou à Unicred SC/PR um orçamento, a partir disto será realizada a análise de crédito e, se a proposta for aprovada, o financiamento é liberado.O tempo para conclusão dos trâmites junto à distribuidora de energia, de acordo com a Normativa da 482/12 e revisada em novembro de 2015, é de 34 dias para instalações de microgeração.Fonte: Noticenter
O Inova Capital começou no no ano passado, com a identificação de 1.500 empresas fundadas por pelo menos um negro
Nascido e criado no Jardim Pantanal, uma comunidade no extremo da zona leste da cidade de São Paulo, o empreendedor Matheus Cardoso, 21, criou seu próprio negócio, o Moradigna, que atua na área da habitação, oferecendo reformas de casas à população pobre. Ele é um dos integrantes do Inova Capital – Programa de Apoio a Empreendedores Afro-Brasileiros, que tem investimento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e identifica negócios inovadores, com alto potencial de crescimento e com impacto social e ambiental.
“O Moradigna surgiu mais por uma necessidade. Eu sou morador da comunidade onde o Moradigna atua. Sempre convivi com o problema da insalubridade das residências, a minha casa era insalubre, minha família passou por muitos problemas, com mofo, umidade, falta de ventilação, enchentes, é um bairro que fica às margens do Rio Tietê, então são diversos problemas que causam impacto na saúde”, contou Matheus, que é estudante de engenharia civil.Na faculdade, em 2014, ele conheceu o termo “negócio social” e enxergou uma chance de criar o próprio negócio e resolver o problema da sua comunidade. “Eu vi nos negócios sociais uma possibilidade de empreender e resolver, não só o problema da minha mãe, da minha família, mas de todo mundo que precisa. Pesquisando mais, eu vi que não era só no Jardim Pantanal, que é um problema em nível nacional. São 40 milhões de brasileiros que moram em residências insalubres, isso é um quinto da nossa população, é muita gente. Esse é um dado do IBGE 2010”, acrescentou Matheus.O programa Inova Capital já capacitou 30 empreendedores negros para que desenvolvessem planos de negócios, se apresentassem a investidores e assim pudessem ter acesso ao capital necessário para desenvolver sua empresa. O Moradigna ficou em primeiro lugar na competição de negócios promovida pelo programa, na qual investidores formaram uma bancada e avaliaram sete negócios inicialmente selecionados entre os 30. Os três primeiros colocados terão seus negócios na plataforma da Anjos do Brasil por três meses, onde poderão ser avaliados e escolhidos por investidores.“Esta é uma temática estratégica para o BID porque os negros do Brasil somam 68 milhões de consumidores, de acordo com estudos Data Popular, e 11 milhões de empreendedores, segundo relatório do Sebrae [Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas]. Entretanto, somente 900 mil são empregadores. Além disso, os negros brasileiros representam 70% dos afrodescendentes da América Latina”, disse Luana Marques Garcia, especialista em Desenvolvimento Social da Divisão de Gênero e Diversidade do BID.Segundo ela, o órgão constatou também que o acesso a financiamento e a capacidade de gerir um negócio continuam sendo barreiras ao crescimento de todas as empresas e que “os empreendedores afrodescendentes, muitas vezes, enfrentam barreiras adicionais em decorrência de arranjos discriminatórios históricos”.O gerente de Políticas Públicas do Sebrae, Bruno Quick, destacou a convicção da entidade de que a melhoria da gestão empresarial traz diversos impactos positivos, como ampliar o faturamento e melhorar a qualidade de vida para os empreendedores. “Tivemos no projeto um grande momento de capacitação e qualificação, mas, mais que isso, um momento de apresentação de desafios e oportunidades que, se bem aproveitadas e trabalhadas, auxiliarão e farão com que essas empresas e empreendimentos possam dar grandes saltos qualitativos e aumentar muito sua competitividade e capacidade de auferir lucros e ganhos para os proprietários e as comunidades em que estão inseridos”, disse Bruno.Início do programaO Inova Capital começou no no ano passado, com a identificação de 1.500 empresas fundadas por pelo menos um negro. Foram selecionados 30 negócios de diversas cidades do país para participar da etapa de capacitação, todos com a característica de promover impacto social e ambiental.“As empresas de afrodescendentes são importantes para a sustentabilidade do desenvolvimento econômico e social”, disse Luana, acrescentando que investir em empreendedores negros oferece também uma opção de diversificação da carteira de investimentos, com retorno econômico e impacto social.No segundo semestre deste ano, o projeto deve implementar a estratégia de comunicação externa, por meio de site, redes sociais, e-mail marketing e relacionamento com a mídia, com a finalidade de dar visibilidade ao programa e aos 30 empreendedores negros selecionados.O BID investirá US$ 500 mil até 2017 no programa e conta com a parceria do Sebrae, Endeavor, Anjos do Brasil, Key Associados, além da Secretaria Municipal de Promoção da Igualdade Racial de São Paulo.Fonte: Empreendedor