No segundo semestre deste ano, evento deve ser realizado em cidades do Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Pará e Santa Catarina
O Sebrae já definiu o circuito da Feira do Empreendedor para o segundo semestre de 2016, que deve acontecer no Nordeste, Norte e Sul do país. A próxima será realizada de 17 a 20 de agosto, em Sobral (CE) (https://fe2016.ce.sebrae.com.br/). Desde o ano passado, a instituição passou a promover o evento também no interior dos estados, não somente nas capitais. Um exemplo é Santa Catarina, onde, além de Florianópolis, a feira passará por Itajaí, Joinville e Blumenau.A Feira do Empreendedor tem o objetivo de criar um ambiente favorável para a geração de oportunidades de negócio, além de estimular o surgimento e a ampliação de empreendimentos sustentáveis, por meio de orientações de consultores, palestras, workshops e cursos – a maioria deles de forma gratuita.Cada evento também tem a presença de instituições financeiras que esclarecem os visitantes sobre acesso ao crédito, expositores de máquinas e equipamentos, representantes comerciais e de franquias, além de empresas de tecnologia que podem munir de informações os empreendedores interessados no mercado digital.“As feiras são pensadas de acordo com a realidade econômica local. Nelas, o visitante pode entrar em contato com fabricantes de pequenas máquinas, ofertantes de franquias, licenciadores de marcas e produtos, etc. Nossa intenção é que o empreendedor ou potencial empresário saia do evento já conseguindo visualizar seu futuro negócio no mercado”, afirma o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos.Veja abaixo o calendário do segundo semestre da Feira do Empreendedor:
Asaas desenvolveu uma ferramenta que permite a autônomos, MEIs e microempresas a geração de boleto em 30 segundos, antecipação de recebíveis por boleto e gerenciamento de cobranças
Como está a gestão de cobranças do seu pequeno negócio? Está precisando antecipar recebíveis para cobrir faltas no fluxo de caixa no início do mês? É autônomo e tem dificuldade de preencher os requisitos exigidos pelas instituições bancárias? Essas perguntas, que atormentam a rotina de muitos empreendedores, são a base da solução criada pela startup catarinense Asaas.Pensando em um público que não costuma trabalhar com gestão de cobranças, a Asaas desenvolveu uma ferramenta que permite a profissionais autônomos, MEIs e microempresas a geração de boleto em 30 segundos, antecipação de recebíveis por boleto e gerenciamento de cobranças, sem complicações e exigências bancárias, como contratos e carteiras de cobrança, por exemplo.A empresa entra, portanto, no radar de Fintechs brasileiras e se completa com outras diversas ferramentas inovadoras do segmento. “Quando falamos do impacto do sistema financeiro em pequenas empresas, é comum pensarmos em altas taxas e procedimentos burocráticos, fatores que afastam as PMEs e profissionais autônomos dos serviços tradicionais. Mas foram as parcas possibilidades para pequenos negócios que impulsionaram a criação da empresa”, destaca Piero Contezini, CEO do Asaas.Atualmente, o sistema Asaas transaciona aproximadamente R$ 2 milhões por mês para uma base de cerca de mil usuários ativos. A expectativa é fechar o ano com R$ 30 milhões em transações, volume cinco vezes maior que em 2014.Desde o lançamento da startup, em dezembro de 2013, o sistema já recebeu investimentos de quase R$ 4 milhões. O último aporte recebido foi no valor de R$ 2 milhões, do fundo Cventures Primus.Segundo Contezini, o valor será aplicado principalmente em ações de marketing e contratação de profissionais para atuarem no comercial da empresa, além dos investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento de produto.O Asaas é uma spin-off da empresa Informant, que também deu origem à Conta Azul, também com sede em Joinville. O sistema permite que o usuário gere, sem cadastro prévio, um boleto em apenas 30 segundos e funciona no formato pague-pelo-uso – o usuário pode optar pela assinatura de planos que tornam o serviço mais barato em grandes volumes.O sistema também gera comodidade para quem paga pelos serviços, já que o código de barras é enviado automaticamente por e-mail e SMS e o Asaas conta com diversas formas de pagamento, como o serviço de carteira virtual MasterPass.Na antecipação de recebíveis por boleto, o cliente seleciona se quer receber o valor do boleto no dia da geração da cobrança – via Asaas – ou na data do pagamento. Os valores a serem antecipados e as taxas cobradas pelo serviço variam de acordo com o perfil do cliente, porém a ideia é: quanto maior a movimentação, menores as taxas.O segmento fintechO Brasil já conta com mais de 80 startups de fintech, segundo o radar fintechlab atualizado em setembro de 2015. Essas empresas se dedicam a facilitar diversos tipos de operações financeiras, como conta corrente, empréstimos, cartões de crédito, gestão de cobranças e seguros.Em um contexto mundial, as fintechs estão ganhando cada vez mais espaço nas publicações especializadas. Já em maio deste ano, o jornal britânico The Economist anunciava uma revolução com o crescimento das fintechs em todo o mundo. Revolução esta que, segundo o banco norte-americano Goldman Sachs, pode tirar US$ 4,7 trilhões do sistema financeiro já estabelecido e lucrar até US$ 470 bilhões no mundo todo.Fonte: Empreendedor
Companhia oferece soluções diferenciadas seguindo os padrões determinados pela fábrica que permitem deixar o equipamento com o mesmo padrão de um novo
Em um ano no qual a economia tem apresentado um crescimento desacelerado, inflação preocupante e juros altos, as empresas investem em estratégias diferenciadas para reduzir as despesas do mês. Entre algumas das alternativas que têm conquistado organizações de segmentos de construção e mineração, por exemplo, são as reformas de equipamentos.Uma companhia que se destaca por oferecer reformas de máquinas é a Sotreq, empresa com mais de 70 anos no mercado e uma das maiores provedoras de soluções, produtos e sistemas Cat® no Brasil. Por meio do Programa CCR (Caterpillar Certified Rebuild), a companhia oferece soluções diferenciadas seguindo os padrões determinados pela fábrica que permitem deixar o equipamento com o mesmo padrão de um novo.“O objetivo da Sotreq é aumentar o portfólio de produtos para nossos clientes com soluções eficientes e sustentáveis. Neste padrão de reforma, cerca de 70% do material é reutilizado e, com as atualizações incorporadas, reduz o consumo de combustível e também diminui as emissões de poluentes do equipamento. A máquina é entregue como nova com um investimento consideravelmente menor”, descreve Wilson Nogueira, responsável pelo programa na Sotreq.Entendendo o processoAs máquinas passam por uma criteriosa análise com o objetivo de identificar peças, sistemas e/ou componentes que serão recondicionados ou substituídos e para acrescentar atualizações de engenharia. “A reforma é extremamente abrangente. A máquina é deixada no Chassis onde são realizados testes de trincas, entre outros. São feitas análises criteriosas desde o Radiador até a cabine do equipamento. Após a conclusão, são realizados testes e inspeções para certificar que o equipamento esteja totalmente apto”, informa Denis Moreira, consultor de suporte ao produto da Sotreq.Economia garantidaDe acordo com Wilson Nogueira, economicamente falando, o programa é bem atrativo, visto que, dependendo da estratégia da própria empresa, é possível ter uma máquina com performance de novo com um investimento significativamente menor. “Para o cliente, existe o benefício de deixar o ativo renovado por um percentual bem menor. Já para a Sotreq, além de ser uma opção a mais no nosso portfólio de negócios, nos torna mais diferenciados em relação ao mercado”, avalia Nogueira.Fonte: Empreendedor
Os produtos ficarão expostos em rodízio em um showroom instalado no prédio-sede da ACRJ, no centro do Rio, até o dia 16 de setembro
O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Marcos Pereira, lançou na Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ) catálogo bilíngue com produtos de 215 empresas brasileiras participantes do projeto Chama Empreendedora, cujo objetivo é abrir o mercado internacional para micro e pequenas empresas nacionais.O catálogo ficará hospedado no site Vitrine do Exportador, iniciativa do ministério. Os produtos ficarão expostos em rodízio em um showroom instalado no prédio-sede da ACRJ, no centro do Rio, até o dia 16 de setembro, de modo a permitir a visitação de turistas e investidores durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016.Marcos Pereira destacou que a Olimpíada é uma “oportunidade ímpar” para impulsionar os negócios do Brasil, em especial no mercado externo. Iniciativa conjunta do Ministério do Desenvolvimento, da ACRJ e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o catálogo reúne produtos de empresas de micro e pequeno porte das cinco regiões brasileiras e que têm dificuldades de atuar no comércio exterior.“Nós temos certeza que, com os mais de 30 eventos que acontecerão na Associação Comercial ao longo do período olímpico e com a visitação da exposição que nós temos aqui, vamos poder inserir essas empresas no comércio exterior, sobretudo por se tratar de pequenas e médias empresas que não têm tanto acesso, na maioria das vezes, ao comércio internacional”, disse o ministro.FacilitaçãoMarcos Pereira disse que o ministério está promovendo a facilitação do comércio para incentivar as exportações. Um dos projetos em desenvolvimento com essa finalidade é o Portal Único de Comércio Exterior, que vai zerar o uso de papel, reduzir o prazo de exportação e importação e diminuir o custo de operadores do comércio exterior em até 40%. “A boa notícia é que as pequenas e médias empresas serão as mais beneficiadas”, disse ele.O módulo de exportação modal aéreo do portal será colocado em operação ainda este ano. Para 2017, a intenção é finalizar exportação modal terrestre, de modo a colocar no ar, até dezembro daquele ano, o módulo importação. O portal envolve 22 órgãos públicos. O ministro Marcos Pereira está discutindo também com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) o crédito oficial às exportações, que espera concluir até o final do ano para ser lançado no início de 2017.Pereira lembrou que, na semana passada, foi assinado memorando de entendimentos com a Argentina para lançar, entre 90 e 120 dias, “no máximo”, o Certificado de Origem Digital (COD), que vai reduzir o prazo de emissão desse documento dos atuais um a três dias para até 30 minutos, acabando também com o uso de papel. De novo, as pequenas e médias empresas serão beneficiadas.O ministro do Desenvolvimento anunciou, na área de inovação e novos negócios, que até o final deste ano serão contratadas consultorias internacionais para promover a reestruturação do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). O projeto resulta de parceria com a iniciativa privada, por meio da organização social de interesse público (Oscip) Movimento Brasil Competitivo (MBC), que está captando recursos no mercado privado para pagar as consultorias. Após a contratação, a expectativa é que a consultoria conclua o trabalho entre seis e 18 meses.Segundo Marcos Pereira, o INPI demora hoje, em média, três anos e meio para a concessão de uma marca e dez anos, em média, para concessão de patente. O ministro comentou que a arrecadação do INPI alcança cerca de R$ 380 milhões por ano, dinheiro que vai para a conta única da União e é contingenciado pelo Ministério do Planejamento, que libera somente R$ 160 milhões.O INPI tem mais de 220 mil patentes em depósito. Por isso, Pereira disse que o desafio é descontingenciar esse dinheiro, para “começar a resolver o problema do órgão, que tem 229 analistas de patentes, enquanto o escritório europeu tem 4,8 mil desses profissionais e os Estados Unidos, 9,8 mil. O Brasil está entre os dez países que mais recebem pedidos de registro de patentes por ano. São mais de 30 mil pedidos anuais. Por isso, Pereira afirmou que é necessário qualificar os servidores e dar uma solução para o caso, porque o nível exigido para um analista de patentes é de doutorado e o salário pago atinge R$ 7,7 mil, com evasão de 50%.O ministério do Desenvolvimento está trabalhando ainda com o governo norte-americano no sentido de ampliar o comércio brasileiro para aquele país. Marcos Pereira irá aos Estados unidos no final de setembro “se tudo correr bem”, para uma rodada de negociações e de conversas com o Congresso daquele país. O ministério pediu à União Europeia que inclua na troca de ofertas entre Mercosul e o bloco europeu carne bovina e etanol, produtos muito importantes para o Brasil. A meta é aumentar o volume de commodities brasileiras (produtos agrícolas e minerais comercializados no exterior) para os países aos quais o Brasil não tem acesso ainda.Fonte: Empreendedor
Primeiro laboratório no mundo exclusivamente dedicado a análises genéticas, com foco em perspectivas terapêuticas personalizadas para o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) e outros transtornos neurológicos de origem genética, Tismoo surge como uma solução inovadora para o mercado de doenças raras.Por meio de uma medicina personalizada, a startup pretende atuar como solução para minimizar o impacto econômico do TEA , número que, só nos Estados Unidos, já atingiu em 2015 o valor de US$ 268 bilhões. Estes são dados do estudo publicado no Journal of Autism and Developmental Disorders, que analisou o impacto econômico do tratamento e cuidado de indivíduos com autismo.O estudo, primeiro no mundo a avaliar com grande profundidade o custo desta condição, revela também que as despesas vão muito além dos medicamentos, abrangendo a educação especial, os serviços médicos e não-médicos, os cuidados residenciais e, inclusive, a perda de produtividade dos pais e dos indivíduos com autismo.Para Alysson Muotri, considerado atualmente um dos maiores especialistas em autismo no mundo e um dos cientistas fundadores da Tismoo, após o desenvolvimento do Valium, nos anos 70, e do Prozac, nos anos 90, a indústria praticamente parou de investir no desenvolvimento de novas drogas para transtornos desse tipo.Segundo o cientista, esses são dados extremamente preocupantes, ainda mais se considerarmos que a estimativa é que uma em cada quatro pessoas no mundo desenvolverá algum tipo de transtorno neurológico durante a vida. “A Tismoo, por meio do que chamamos de medicina personalizada, vem dar uma chacoalhada nisso tudo. Com base na individualidade genética do indivíduo, nossa equipe busca pistas para um potencial tratamento mais adequado, escapando dos tratamentos tradicionais, que não necessariamente são eficazes para todos”, diz.A ideia da startup brasileira é recriar em laboratório as etapas do desenvolvimento neural a partir de células do próprio paciente – são os minicérebros, capazes de capturar o material genético de cada indivíduo. A partir daí, usando tecnologias extremamente modernas para edição do genoma humano, o que a Tismo fará é investigar como uma mutação do indivíduo causa um quadro clínico específico e, assim, buscar novas formas de reverter o processo. “A grande vantagem desse tipo de processo é que começamos a abrir uma possibilidade viável para o teste de fármacos sem que se tenha que usar o próprio paciente como cobaia: usando esses minicérebros é possível variar os tipos e as quantidades de medicamentos e, assim, encontrar um tipo de tratamento mais adequado para cada indivíduo”, complementa Muotri. www.tismoo.com.brFonte: Empreendedor
Quando um trabalhador adoece e precisa comprovar ao chefe que, de fato, esteve impossibilitado de cumprir expediente, o atestado médico é a solução mais procurada. Mas as frequentes fraudes envolvendo a emissão de documentos acabam por comprometer a confiança nessa prática. Basta fazer uma rápida pesquisa na internet com palavras-chave relacionadas que surgem uma série de exemplos. Levantamento feito no Distrito Federal em 2014 aponta que por lá são gastos R$ 427 milhões todos os anos com servidores por conta de afastamentos. O chamado índice de absenteísmo-doença, em âmbito nacional, é de 37%.
De olho na fragilidade desse sistema, o médico Eduardo Pires (foto) fundou, junto ao sócio Eric Milfont, a Atestados.Med.br, startup impulsionada pelo Porto Digital para trabalhar em várias frentes: pacientes, profissionais de saúde, empresas, instituições e governos. Antes de ter lançado a empreitada no mercado, Eduardo destaca o período de incubação como imprescindível para o amadurecimento da ideia. “Durante o processo de incubação, que durou 18 meses, participei de diversos treinamentos e cursos. Um deles foi o Empretec, realizado pelo Sebrae em parceria com o Porto Digital. Foi um divisor de águas”, disse.
A ideia surgiu em 2011. Em 2013, a startup já estava formada. Hoje, a Atestados atende pelo nome Global Safe Med, uma sugestão recebida pelos mentores do Vale do Silício, nos Estados Unidos. “Passamos uma temporada por lá e eles nos sugeriram um novo nome, que atendesse a uma demanda mundial. Daí fizemos a modificação”, destaca Eduardo.Como funcionaTodo o processo é feito através de um aplicativo. O usuário cria um perfil na página, de acordo com sua necessidade. Ao receber um paciente e comprovar sua enfermidade, o profissional de saúde emite o atestado, utilizando seu registro no órgão oficial. A empresa associada recebe o documento via e-mail, no qual consta um código de barra (QR Code) que comprova sua autenticidade.Médicos e outros profissionais possuem senha individual para o site. Os dados gerados são reunidos e ajudam ambos os lados: o paciente, que terá um histórico próprio, e a empresa, que tem acesso a gráficos e informações detalhadas. “A empresa poderá entender melhor os afastamentos e mover ações corretivas ou preventivas. Por exemplo, se muitos colaboradores estão se ausentando em função de alergias ou Lesões por Esforço Repetitivo (LER), será possível implantar melhorias no ambiente de trabalho com ganho na produtividade e diminuição do absenteísmo”, explica.Os dados coletados, da mesma forma, servem como base para órgãos públicos realizar previsões de epidemias. Segundo Eduardo, o app consegue gerar informações úteis à vigilância sanitária, como ocorreu com o diagnóstico do primeiro caso de caxumba na Região Metropolitana do Recife (RMR), também conhecida como papeira, doença que se espalhou em diversos estados, como São Paulo, onde acometeu 346 pessoas. “Com o mapeamento rápido e eficaz desses males, governos podem antecipar medidas preventivas e quem sabe evitar surtos de doenças. O aplicativo gera relatórios online e otimiza o gerenciamento da saúde de empregados e da população em geral”, aponta.Com pouco tempo de existência, a empresa já detém números bem saudáveis: quase 22 mil usuários, 2.385 profissionais de saúde associados e está perto de chegar à marca de 13 mil atestados emitidos. Em 2014, o empreendimento foi reconhecido como Melhor Empresa de Saúde na Campus Party, edição Recife.Fonte: Pequenas empresas e grandes negócios
Segundo o consultor de gestão Vicente Falconi, as empresas têm custo alto para conseguir pagar os impostos devido à complexidade dos tributos
Empresários defenderam ontem (10), em reunião com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, a simplificação dos impostos no país. O ministro recebeu em Brasília representantes do Instituto Talento Brasil, uma organização que reúne empresários, executivos, acadêmicos, entre outros.
Segundo o consultor de gestão Vicente Falconi, as empresas têm custo alto para conseguir pagar os impostos devido à complexidade dos tributos. “Um dos empresários disse que só ele tem 29 mil taxas de imposto [de Circulação de Mercadorias e Serviços]. Cada estado tem uma taxa para cada produto diferente. Tem que ter um quadro enorme de pessoal para cuidar disso tudo”, disse Falconi.“Não houve nenhum pedido de diminuição de imposto porque a gente sabe que isso é impossível. O que a gente deseja é: mantenha-se o nível de impostos, mas simplifique-se”, acrescentou o empresário.De acordo com Falconi, outro tema tratado na reunião com o ministro foi o projeto que define teto para as despesas federais, além da reforma da Previdência. “O teto vai viabilizar a reforma fiscal, que é o que o Brasil precisa no momento. E a reforma da previdência é uma coisa que vai ter que acontecer”, disse ele, ao sair do Ministério da Fazenda.Fonte: Empreendedor
A Mamusca oferece um espaço de brincar que resgata a conexão entre pais e filhos
Salão para almoço e café, cadeirões, louças de plástico e comidinhas orgânicas. Essa é a cara da Mamusca, espaço para brincadeiras que atende crianças de até seis anos.A ideia veio da publicitária Elisa Roorda, 36 anos, que criou o local para resgatar a conexão entre pais e filhos. “Em 2008, quando tive minha primeira filha, percebi que não existiam muitos lugares em que as crianças e os pais curtiam da mesma forma. Em parques, sempre encontrava as crianças com suas babás e, em locais próprios para diversão dos filhos, os pais sempre estavam um pouco entediados e na obrigação de acompanhar os pequenos”, conta Elisa.Com isso em mente, a empreendedora resolveu buscar referências no exterior de espaços que animassem os pequenos e não entediassem os pais. "Normalmente, os espaços para brincar são muito focados nas crianças, com elementos muito infantis e atividades que não envolvem os pais”, conta.Ao viajar para Europa percebeu que o estilo de vida dos pais com seus filhos era semelhante ao que ela queria resgatar: não era necessário esperar o filho crescer para criar uma relação real de convivência em brincadeiras e atividades. “Quando minha filha entrou na escola foi o primeiro momento que interagi com outras mães e percebi como a troca de experiências é importante desde os primeiros meses dos filhos”, diz.
Em 2013, ela inaugurou a Mamusca, em São Paulo (SP), no bairro de Pinheiros. “Além de focar na parte estética, usei três pilares como base no projeto: intensificar a conexão entre pais e filhos, respeitar a livre expressão das crianças, sem necessidade de impor como ela deve brincar, e encantar os dois mundos através de um espaço aberto, com árvores, brinquedos com bons materiais e acolhimento”, diz Elisa.
O espaço conta com oficinas em ateliê, café, salas de brinquedo e cantos acolchoados para ficar com os bebês. Os valores variam de acordo com o tempo que a família permanece no local e as oficinas são cobradas separadamente. Uma hora avulsa apenas no espaço custa R$ 40 para as crianças e pode chegar a R$ 1280 em pacotes mensais. Adultos pagam à parte e bebês com menos de três meses não pagam.O investimento superou R$ 1 milhão durante o primeiro ano do negócio e a empresa não revela seu faturamento. Para Elisa, franquias e expansão não estão nos planos. “O diferencial da Mamusca é o seu foco no desenvolvimento da primeira infância e na formação conjunta entre pais e filhos. Se abríssemos mais casas acabaria ficando mais operacional e menos prazeroso”, diz.Fonte: Pequenas empresas e grandes negócios
Helder Mendonça e sua família estão trabalhando no resgate da reputação da marca após recomprarem empresa
Empreendedor em série, Helder Mendonça, fundador da Forno de Minas, conseguiu transformar um negócio tradicional em uma história de 25 anos com direito a muitas reviravoltas e surpresas.
Helder, até seus 6 anos, morou em uma fazenda, no interior de Minas Gerais. Como todo bom mineiro, sempre foi apaixonado por pão de queijo, ainda mais pelo que sua mãe preparava, com toda dedicação e ingredientes que ela mesma pegava da fazenda.Na verdade, foi dessa lembrança afetiva que, anos depois, Helder teve a ideia de abrir a Forno de Minas. Mas não vamos pular etapas, para entender a história, temos que voltar no tempo até 1970.Em 1971, a família de Helder se mudou para BH. Tudo andava bem até que, em 73, o pai de Helder sofreu um acidente de carro e faleceu. A perda fez com a rotina da família se alterasse completamente. Se antes a mãe conseguia estar presente e ajudar no dia a dia dos filhos, depois do acidente ela voltou a trabalhar e estudar, ficando cada vez menos em casa.
Quando isso aconteceu, Helder e seus irmão deixaram de ter o pão de queijo que já era tão familiar e fazia falta no dia a dia. Eles até tentaram reproduzir a receita da mãe, mas não sabiam onde comprar ingredientes de qualidade na cidade e, além disso, a falta de tempo também não os favorecia.Foi aí que a mãe de Helder começou a fazer bolinhas de pão de queijo congeladas para que seus filhos pudessem apenas aquecê-las depois. Guarde esse pedaço da história, ele vai fazer a diferença daqui a alguns anos na trajetória do empreendedor.Helder acreditava tanto no pão de queijo da mãe que comprou uma pequena lanchonete e, com a ajuda da mãe, treinou 2 funcionárias e começou a vender essa comida que todo bom mineiro é apaixonado. Com o dinheiro que juntou, fez suas malas e foi estudar fora. Foi em suas andanças pelo mundo que Helder conheceu mais a fundo o mundo dos congelados e a praticidade desse tipo de comida que é tão frequente no mercado americano.Com essas informações na cabeça, voltou para BH decidido: ia abrir uma empresa e vender pão de queijo. A jornada foi longa e cheia de aprendizados, mas separamos aqui 3 deles. Se quiser conferir toda a história, não deixei de assistir o bate papo completo que aconteceu durante o CEO Summit MG.1. Ninguém conhece seu produto melhor do que você
A história da Forno de Minas pode ser contada em duas fases: de 91 a 99 e depois de 2001 até agora. E por que essa divisão? A gente explica:Em 99, Helder e sua família venderam a empresa para uma multinacional. Na época, o negócio vivia uma situação muito delicada, com um faturamento muito abaixo do desejado. A oferta de venda chegou para eles como uma oportunidade perfeita. Então, com os papeis assinados, Helder e sua família tiraram 10 anos “de férias” do negócio, até que, em 2001, recompraram a empresa.E por que a família comprou o mesmo desafio 2 vezes? Quando aquela multinacional comprou a Forno de Minas, eles mudaram a receita daquele tão amado pão de queijo. O produto que antes era referência em qualidade, começou a cair em sua categoria e parecia não ter mais forças para se reposicionar. Nesses 10 anos, a Forno de Minas perdeu a confiança de grande parte do mercado e de seus consumidores finais.Mas Helder e sua família, melhor do que ninguém, sabiam onde a empresa tinha errado e qual seria o melhor caminho para que o negócio pudesse se reerguer. Por isso, quando retornaram, em 2001, a empresa passou por um grande reposicionamento de marca. A reconstrução foi difícil, eles tiveram que voltar a vender os projetos e prometer que dali em diante seria diferente. Foi uma batalha difícil, mas muito recompensadora, e é dela que tiramos nossa segunda lição:2. Paciência faz a diferença
Quando retomaram a empresa, 10 anos depois, o mercado tinha modificado muito. O número de concorrentes quase triplicou e a tecnologia tinha criado novas oportunidades de atuação. Tudo isso fez com que Helder e sua família percebessem que plano de negócio da empresa já não poderia ser o mesmo. Por mais que o pão de queijo ainda fosse o carro chefe do negócio, eles precisavam expandir o portfólio e aumentar a velocidade das operações.A paciência, durante essa fase, foi fundamental. Demorou 3 anos, até que a empresa conseguisse um equilíbrio de ebitda. Foram noites sem dormir, uma preocupação com o que seria o futuro do negócio, já que, de um dia para o outro, as operações passaram de 15 funcionários para 100 colaboradores.Essa mudança foi feita com tal maestria que, atualmente, a Forno de Minas está planejando a sua internacionalização. E como eles pensam em trabalhar um produto tão típico em um mercado que não tem os mesmos costumes que o nosso? É aqui que temos nossa terceira e última lição:3. Deixe o gigantismo de lado
Algumas empresas, por conta do seu gigantismo, não conseguem ver sentido em explorar as ideias que alguns negócios menores estão investindo. Empresas não só nacionais com também as internacionais, afinal, elas estão inseridas em um mercado muito mais maduro que o nosso e são grandes fontes de aprendizado. Esse gigantismo cega muitos negócios e é um grande erro.A Forno de Minas, por exemplo, lançou, há 3 anos, um Waffle congelado. Foi difícil no começo, a empresa teve que criar um hábito de consumo nos seus clientes, mas a experiência rendeu muitos insights para Helder. O produto agora está se posicionando muito bem e tudo isso porque eles conseguiram enxergar uma tendência no mercado de fora.Expandir os horizontes e ver o que seus concorrentes estão fazendo só traz boas ideias para a sua empresa. Helder conta que, ao olhar para outros mercados, ele sempre consegue enxergar pontos que ainda não foram explorados no Brasil ou até mesmo na indústria alimentícia. É essa vontade de fazer a mudança que move a Forno de Minas a crescer mais e mais todos os dias.A empresa familiar já é uma das mais reconhecidas em Minas Gerais. Aquela ideia que parecia uma loucura no começo, se mostrou um verdadeiro sonho grande que só cresce.Fonte: Pequenas Empresas e Grande Negócios
Segundo o consultor empresarial Roberto Vilela, nem sempre a insatisfação do cliente precisa culminar na ruptura da parceria
A instabilidade econômica acaba resultando no corte de custos por boa parte das empresas. E é justamente neste momento que muitos gestores aproveitam para rever contratos e optarem pelo cancelamento de parcerias com alguns fornecedores. A relação desgastada e o atendimento insatisfatório também são questões levadas em conta.O consultor da Mega Empresarial, Roberto Vilela, destaca que para evitar este tipo de problema é fundamental que as empresas estejam sempre em busca da excelência na parceria com os clientes. “Mas caso haja o pedido de ruptura de um contrato importante, a equipe pode sim adotar algumas estratégias para tentar reverter a situação”, frisa.O primeiro passo, de acordo com Roberto, é entender o que motivou a decisão. “Pode ser que seja realmente a crise, mas ela também é utilizada como pretexto para quem quer reduzir atendimentos que não agradam a empresa. Por isso verifique se o contrato está sendo cumprido e se houve algum desgaste na relação entre empresas e equipe. Dê também a possibilidade de um desconto ou outro benefício que faça o cliente rever a decisão”, indica.Assuma erros e comprometa-se
Para o consultor, é fundamental que a empresa e os gestores tenham humildade de assumir um eventual erro no atendimento – seja na área comercial, de entregas, financeiro ou até mesmo na qualidade do serviço ou produto. “É preciso buscar uma conversa franca. O gestor deve saber ouvir e argumentar com conhecimento de causa. Para isso, precisa estudar com atenção a situação e o histórico do cliente”, diz.Caso consiga reverter o cancelamento, a empresa deve se comprometer e acompanhar ainda mais de perto a relação com o cliente. “Se houve um erro, ela não pode voltar a acontecer. A melhoria na prestação do serviço e a busca por uma relação mais transparente também tendem a fortalecer esse relacionamento fornecedor X cliente”, destaca Roberto.O cancelamento ocorreu. E agora?
Se não tiver outra solução, o consultor da Mega lembra que é importante fazer um reforço no sentido de deixar uma porta aberta. “Neste momento pode não ser vantajoso para aquela empresa comprar da sua, mas em breve ela poderá precisar do mesmo produto ou serviço que você oferece. Por isso, levar de forma tranquila e evitar qualquer desconforto no encerramento do contrato, por mais difícil que pareça, é imprescindível”, conclui.Fonte: Empreendedor