Quatro em cada dez brasileiros escolhem o mundo dos negócios como fonte de renda
De cada dez brasileiros adultos, quatro já possuem ou estão envolvidos com a criação de uma empresa. É o que revela a nova pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM) 2015, patrocinada pelo Sebrae no Brasil. No ano passado, a taxa de empreendedorismo no país foi de 39,3%, o maior índice dos últimos 14 anos e quase o dobro do registrado em 2002, quando a taxa era de 20,9%.O presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, destaca que o empreendedorismo é uma alternativa dos brasileiros para contornar as dificuldades que a economia vem passando. Para ele, é necessário promover ações que reduzam a burocracia, simplifiquem a legislação, facilitem o crédito e incentivem a educação empreendedora.“Precisamos facilitar a vida de quem empreende ou quer empreender. Quanto mais crédito e menos tempo o empresário perde com entraves burocráticos, mais ele pode se dedicar ao seu negócio, o que gera mais emprego e renda para os brasileiros”, diz Afif. Quando comparada internacionalmente, a taxa de empreendedorismo brasileira é superior a dos Estados Unidos, México, Alemanha e dos países que compõem o Brics.A pesquisa também revela que 56% dos empreendedores que estão criando ou já abriram uma empresa identificaram uma oportunidade. Esse número sofreu uma queda em relação aos últimos anos e voltou ao mesmo patamar de 2007, quando a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa entrou em vigor. “Com a melhoria do ambiente legal no Brasil, presenciamos um boom no empreendedorismo. O aumento de incentivos influenciou o forte crescimento do empreendedorismo por oportunidade, que pode ter voltado a um patamar mais equilibrado quando comparado com o empreendedorismo por necessidade”, destaca o presidente do Sebrae.A GEMA pesquisa GEM é parte do projeto Global Entrepreneurship Monitor, iniciado em 1999 com uma parceria entre a London Business School e o Babson College, abrangendo dez países no primeiro ano. Desde então, quase cem países se associaram ao projeto, que constitui o maior estudo em andamento sobre o empreendedorismo no mundo. No Brasil, a pesquisa foi realizada entre os meses de setembro e novembro de 2015 e entrevistou duas mil pessoas entre 18 e 64 anos de todas as regiões do país, e 74 especialistas em empreendedorismo.Fonte: Empreendedor
Iniciativa vai impulsionar o conhecimento em um dos ramos mais promissores da computação
Foto: Leo Munhoz / Agencia RBS
Laboratório dará suporte a pesquisas da Univille, UFSC e de outras instituições de ensino, e vai prestar serviço para empresas da região.
Em tempos de alta conectividade e com tantos dispositivos em operação, extrair informações e gerar conhecimento a partir das grandes bases de dados hoje disponíveis não seriam possíveis manualmente.Mas todos querem entender o comportamento do consumidor, dos eleitores e de outras camadas da população para tomar decisões mais precisas. Com a evolução tecnológica e as soluções em nuvem, as ferramentas de análise tornaram-se mais acessíveis para profissionais e empresas.Quem domina o conjunto de competências envolvidas, tem boas chances de se destacar nos negócios e no mercado de trabalho.Joinville não quer ficar de fora desta tendência e inaugurou, na noite desta quarta-feira, o seu primeiro Laboratório de Mineração de Dados, que vai funcionar dentro do Perini Business Park, no distrito industrial.O laboratório é do Parque de Inovação Tecnológica de Joinville e Região (Inovaparq), e foi concebido em parceria com o Instituto Miguel Abuhab (aceleradora de desenvolvimento de startups) e com a empresa LoveData, que representa a norte-americana Tableau, bastante conhecida no ramo por ser uma das líderes mundiais de software de apresentação de dados.Com investimentos de R$ 60 mil, o laboratório dará suporte a pesquisas da Universidade da Região de Joinville (Univille), Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e de outras instituições de ensino, e vai prestar serviço para empresas da região, explica o gerente administrativo do Inovaparq, Marcelo Leandro de Borba.— A área de TI é uma das poucas não afetadas pela crise e as empresas buscam os profissionais mais qualificados. Por isso, ter acesso à tecnologia de ponta no laboratório, algo que só seria possível em grandes centros, é tão relevante para a Univille — comemora o chefe do departamento de Informática da Univille, Walter Coan.Segundo ele, a mineração de dados hoje faz parte de uma disciplina nos cursos de informática da instituição. Mas o conhecimento não se encerra na graduação, é preciso estar sempre se atualizando e buscando certificações, afirma.Na área de prestação de serviço, Coan observa grande potencial de atuação no mercado joinvilense, em virtude das bases de dados históricas das empresas, e destaca a contribuição que poderá oferecer, também, à tomada de decisão do poder público, que coleta grande número de informações.Fonte: ANotícia
Como se proteger e aproveitar oportunidades quando o cenário é pouco previsível
O Brasil não está em crise. Está em uma nova realidade. Partindo desta premissa, Gustavo Cerbasi, especialista em finanças, falou a mais de 700 empreendedores durante uma palestra na tarde de sábado na Feira do Empreendedor SP 2016.
O evento, organizado pelo Sebrae-SP, ocorre no Anhembi, zona norte de São Paulo, até dia 23. “Tínhamos crédito mundo afora e não temos mais. Vivemos queda nas vendas, no consumo e nos negócios. Não posso dizer que isso mudará no curto prazo”, diz.
Para ele, o país está mais pobre e racional. “O que não pode acontecer é quem tem negócio acreditar que terá uma onda de recuperação”, diz. A hora, segundo o especialista, é de mudar. “É um momento de adotar estratégias diferentes do passado. O papel de todo planejador é desenhar estratégia para se desenvolver em novos cenários”, afirma.1. Pense na viabilidade
O primeiro passo para tomar decisões mais inteligentes é avaliar a viabilidade de todas as futuras ações. É comum que na hora de começar um negócio os empreendedores tomem atitudes racionais, mas, ao longo do tempo, a emoção fale mais alto. “É natural que o reconhecimento mais emocional tome lugar. Mas toda decisão da empresa devia levar em conta a capacidade de geração de mais caixa. O empreendedor precisa aprender a fazer análise de investimentos.” É fazendo investimentos que a empresa consegue ter uma empresa sempre maior e garantir retornos mais rentáveis no futuro.2. Esteja pronto para imprevistos
Ter um orçamento flexível é essencial para não se endividar quando acontece um imprevisto. Cerbasi explica que quando os gastos fixos são mais flexíveis o empreendedor não fica refém dos empréstimos. “Na hora do imprevisto, um valor que não cabia no orçamento vira dívida. Se o empreendedor está com as contas muito enxutas, a dívida vai se acumulando e somando juros em cima de juros, o que leva a empresa ao chamado efeito bola de neve”, diz.Se o orçamento permite deixar de gastar com algum item, como lazer, a dívida é quitada com mais facilidade. “Isso é resiliência, é conseguir se adaptar melhor. Assim, o desequilíbrio dura só um mês e depois ele consegue se restabelecer”, afirma. Em períodos de incerteza, flexibilidade é ainda mais importante. “Quem consegue vislumbrar seu negócio daqui dois ou três anos? Estamos vivendo um típico de cenário em turbulências. Como corrigir? Tendo menos gastos fixos.”3. Entenda a diferença de empréstimo e financiamento
Este é um erro comum entre os empreendedores. Sem entender a diferença entre empréstimo e financiamento, eles acabam adquirindo dívidas muito mais pesadas. “Quanto mais alta a taxa de juros, mais importante saber diferenciar financiamento e empréstimo”, diz Cerbasi.Financiamento é usado para comprar um bem ou pagar um projeto, como um imóvel ou um novo maquinário. Costuma envolver muita burocracia, mas tem taxas mais baixas. Já os empréstimos são fáceis de conseguir e costumam ser usados para pagar contas. As taxas de juros, por outro lado, são bastante altas.Cerbasi ensina que os empreendedores devem negociar crédito quando não precisam de empréstimo. Quando tudo está bem você negocia uma redução na taxa de juros ou a ampliação na linha de crédito. “Por isso, quando você menos precisa do banco, vá ao banco conversar com o gerente. Quando as contas apertarem, você vai ter taxas e linhas melhores liberadas. Ainda falta aos brasileiros essa capacidade de negociar crédito.”Fonte: Pequenas Empresas & Grandes Negócios
Azato Nitro Gelato tem planos ousados e deve abrir cerca de 30 unidades em 2016.
André Luchesi tem uma trajetória cheia de desafios e superações. Formado em economia pela UNESP e especializado em finanças pela FIA/USP, o paulista do município de Araraquara sempre foi um apaixonado por viagens e gastronomia. De origem humilde, no entanto, Luchesi investiu em uma carreira corporativa, a fim de viabilizar os seus sonhos pessoais: conhecer lugares e sabores do mundo.
Atuou por dez anos em diversas instituições bancárias, logo conquistando uma posição gerencial. Em 2013 ingressou em uma tradicional indústria de alimentos, onde a sua identificação com o setor só cresceu. Apesar da estabilidade e do sucesso profissional, a vontade de empreender sempre foi algo latente. Sua inspiração, certamente, é a sua mãe, D. Stela, que durante muitos anos complementou a renda da família administrando uma pequena bomboniere na sua cidade natal.Já de posse de uma reserva financeira, Luchesi decidiu pesquisar o nicho dos gelatos, cujo hábito de consumir se intensificou devido às recorrentes viagens realizadas à Itália. Nesse cenário, como desejava algo realmente inovador, o produto elaborado com nitrogênio líquido surgiu como uma opção perfeita. Assim foi fundada a AZATO, que já contempla em sua marca o Azoto, que significa nitrogênio em italiano, e o tradicional gelato.O método de fabricação da AZATO utiliza nitrogênio líquido e produtos frescos, totalmente sem conservantes e livres de glúten. Congelado instantaneamente, devido à baixa temperatura do nitrogênio, -196º C, o resultado final é um gelato cremoso e saboroso, sem a formação de cristais de gelo. Segundo o empresário, o gelatoAZATO, além de inovador, é um produto delicioso, que faz bem à saúde. “Oferecemos opções variadas de sabores, como frutas frescas, todas cortadas 100% no dia do uso. Também não trabalhamos com produtos desenvolvidos quimicamente”, explica. “Como o consumidor escolhe os ingredientes, que podem contemplar até bebidas alcoolicas, hoje possibilitamos mais de 100 mil combinações de sabores!”, destaca.Outro importante diferencial é que como o gelato é feito na hora, a base é livre de conservantes e gorduras hidrogenadas. “A única gordura da composição vem do creme de leite”, ressalta Luchesi. Há também a opção de base funcional, sem lactose, que conta com açúcar demerara e óleo de coco como fontes de gordura. “E para os consumidores que têm restrição ao açúcar, a AZATO tem no cardápio o sorbet, ideal para os diabéticos”, complementa o empreendedor.Hoje, a AZATO conta com uma loja própria, em Balneário Camboriú, Santa Catarina, mas os planos de expansão são bastante ousados. A unidade piloto, liderada por Luchesi, atingiu faturamento mensal de R$ 85 mil. “Por conta deste sucesso, acabamos de aderir ao sistema de licenciamento por meio de franquias. O investidor poderá optar pelos modelos de loja tradicional ou quiosque. A meta é a abertura de 30 unidades somente este ano”, finaliza.
Casal trocou advocacia e imobiliária pela produção rural
Nascido e criado no campo, o casal Norma Sueli Martins Siqueira, de 56 anos, e Eurípedes Almeida Costa, de 60, decidiu, há pouco mais de uma década, voltar às origens. Eles trocaram o escritório de advocacia e a imobiliária que tinham por uma área de dois hectares no Núcleo Rural Sobradinho dos Melos, no Paranoá (DF). “Encontramos a terra limpa e começamos a plantar um pomar e espécies do cerrado. Hoje, temos uma verdadeira agrofloresta”, conta orgulhosa a agricultora.Com o apoio da Emater e do Sebrae no Distrito Federal, em 2004, o casal se iniciou na agricultura familiar, auxiliado também por um dos filhos, que é agrônomo e oferece suporte técnico. Fora isso, os agricultores fazem praticamente tudo a quatro mãos. “Quando precisamos, contratamos trabalhadores temporários”, explica Norma. Foi assim que surgiu, há cerca de oito anos, a Desifrut, empresa que produz e entrega, diretamente ao consumidor final, alimentos orgânicos desidratados. Certificada com três selos, o negócio oferece frutas – mamão, limão, laranja, jaca e banana –, vegetais – berinjela, abobrinha e tomate – e condimentos – manjericão, orégano, alho, salsa, cebolinha e coentro.“Percebemos que os produtos in natura tinham um grande percentual de perda e, para fugir desse desperdício, encontramos os processos de desidratação, que é a conservação mais antiga da humanidade. Passamos a fazer cursos e a buscar suporte técnico para conhecer mais esses produtos. Vimos que eles tinham o mercado que procurávamos”, acrescenta a produtora rural. Por meio do Sebrae no DF, os agricultores participam, desde o início do empreendimento, de cursos, palestras, feiras, eventos e consultorias – tendo sido a mais recente sobre o redesign da marca. “Estamos com um rótulo lindo”, comemora Norma, que nos últimos anos esteve presente, como fornecedora, a eventos como Agrobrasília e Alimenta, entre muitos outros.Atualmente, os produtos da Desifrut são comercializados no galpão da agricultura familiar na Ceasa, na Torre Digital e em diversas feiras do DF. Em algum tempo, deverão estar também disponíveis na internet. “Sabemos que esse é o futuro e estamos começando a negociar com um site especializado em venda de produtos naturais”, completa Norma, que já foi segunda colocada na edição do DF do Prêmio Mulher de Negócios, categoria Produtora Rural. “Nosso produto é pequeno e tem qualidade. Não queremos atropelar as coisas. Pretendemos crescer aos poucos em vendas pela internet e para os governos, mas sem dar passos maiores do que podemos”, completa.Na receita de sucesso do casal, ela elenca trabalho, amor à terra, dedicação, estudo e boas parcerias, especialmente com o Sebrae no DF. “O Sebrae mudou a maneira de vermos nosso produto. Aprendemos sobre como chegar ao cliente e atendê-lo melhor. Cursos, consultorias e outros treinamentos ampliaram nossa visão do que é produção, comércio, intercâmbio e gestão do negócio, o que foi primordial para nosso crescimento”, conclui Norma Sueli Martins Siqueira.Fonte: Empreendedor
Pastel de Belém, toucinho do céu, broa de milho, pães. Os amantes da padaria e doçaria portuguesa não dispensam as guloseimas tradicionais do país. Foi nessa paixão pela tradição que o empresário Leonardo Romanelli, 29 anos, e o chef português Paulo Cordeiro, 36, apostaram para montar a Doce Fado.
“Quando mais jovem, trabalhei na confeitaria do meu pai em Alcobaça e aprendi todas as receitas tradicionais. Foi no mosteiro de lá que muitos desses doces foram criados”, conta Cordeiro.
Com a crise econômica em Portugal, o chef decidiu vir para o Brasil em 2012. Depois de trabalhar por um tempo em uma padaria de Curitiba, durante uma visita à empresa de catering curitibana V.Romanelli, Cordeiro foi apresentado a Romanelli. Os dois decidiram, então, se associar e montar a Doce Fado.Com um investimento inicial de pouco menos de R$ 100 mil reais, a primeira loja da marca foi aberta em 2014 no Mercado Municipal de Curitiba. “O mercado é um ponto turístico da cidade e foi uma boa localização para começarmos a Doce Fado”, diz Romanelli. Com o sucesso da primeira unidade, a marca ganhou mais duas localizações em Curitiba: Mercadoteca e Pátio Batel.De acordo com os sócios, a matéria-prima dos doces produzidos foi adequada para aquilo que é encontrado nos mercados brasileiros. No entanto, Cordeiro buscou manter as guloseimas o mais fiéis possíveis e importa diversos ingredientes para que seus clientes “se sentissem em Portugal”. Com uma linha de mais de 30 produtos, os que se destacam são o pastel de Belém (R$ 5), o de Santa Clara (R$ 7) e o toucinho do céu (R$ 5).
O chef Paulo Cordeiro (Foto: Divulgação)
A receita parece ter dado certo e, em 2015, Cordeiro e Romanelli estimam que o faturamento - que ainda não foi consolidado - chegue a R$ 500 mil. Já para 2016, o chef português prefere não dar nenhuma previsão de crescimento, já que almeja abrir novas unidades e até franquias. “Não fazemos ideia de quanto será o faturamento, pois ao avançar com as franquias, o faturamento será muito diferente do que poderemos imaginar.”Apesar de terem criado a Doce Fado juntos, os sócios passaram por diferentes dificuldades na hora de empreender. “Diferente do Paulo, eu não tinha nenhum conhecimento dos doces e não fazia ideia que a aceitação seria tão boa. O meu grande desafio foi fazer as pessoas que experimentarem nossos produtos. Assim como eu, muita gente não conhecia os doces portugueses”, afirmou o empresário.Cordeiro, por outro lado, aponta que seu maior desafio foi se adaptar ao país e ao fato de que tudo no Brasil parece ser mais complicado de se resolver. “Quem quer abrir um negócio deve lutar e correr atrás desse sonho, porque a solução pode ser encontrada no momento em que menos se espera, ao virar a esquina”, finaliza.Fonte: Pequenas Empresas & Grandes Negócios
Tribunal aceitou ação de inconstitucionalidade. Com isso, empreendedores voltam a pagar apenas o Simples Nacional
75% das empresas de e-commerce no país são pequenas (Foto: Reprodução)
Em decisão tomada no final da tarde desta quarta-feira (17/2), o Supremo Tribunal Federal (STF) derrubou as novas regras de cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) que prejudicavam os pequenos negócios, especialmente o e-commerce. Com isso, as micro e pequenas empresas que vendem para fora de seus estados de origem voltam a pagar apenas o Simples Nacional em suas transações.
A liminar foi concedida à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que impetrou uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) pedindo a suspensão das regras de cobrança do tributo em vigor, desde 1º de janeiro, pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz).
A ADI teve o apoio do Sebrae. Para Guilherme Afif Domingos, presidente da instituição, foi feita justiça aos pequenos. "A decisão estava obrigando as empresas a cumprir uma carga burocrática e tributária absurda. Várias delas suspenderam vendas pela internet e até fecharam por conta da medida do Confaz", afirmou. Vale lembrar que 75% das empresas de e-commerce no país são micro e pequenas.Desde 1º de janeiro, vinha sendo cobrado o pagamento de ICMS nos estados de origem e destino das mercadorias. Uma enquete foi feita na última quinta-feira (11) pela internet e respondida por donos de pequenos negócios. Realizada pelo Sebrae, em parceria com E-commerce Brasil, Camara-e.net e Abcomm, de um total de 500 micro e pequenas empresas do e-commerce, pelo menos 200 suspenderam as vendas depois do início das novas regras na cobrança do ICMS. Dessas, 135 pararam de vender para outros estados e 47 interromperam todas as vendas da empresa.Questionados sobre os impactos das mudanças na cobrança do imposto, oito em cada dez donos de micro e pequenas empresas do e-commerce responderam que os encargos tributários aumentaram e, consequentemente, o custo financeiro também. Quase 75% informaram ter feito mudanças operacionais na empresa e 67% admitiram que, desde o começo do ano, ocorrem atrasos nas entregas.Fonte: Pequenas Empresas & Grandes Negócios
Terceira versão do Criatec contará com sete empreendimentos no País e patrimônio de R$ 200 milhões
O BNDES lançou o Criatec 3, fundo voltado para investimentos em empresas inovadoras com atuação prioritária nos setores de nanotecnologia, tecnologia da informação, biotecnologia, agronegócios e novos materiais. A terceira versão contará com sete polos de atuação regional e patrimônio de R$ 200 milhões.Um dos sete polos poderá ser em Santa Catarina, que disputa o empreendimento com o Paraná. Os outros polos serão na Bahia e três na região Sudeste, sendo obrigatório um no Espírito Santo e em Minas Gerais. As vagas restantes estão entre Amazonas e Pará; e Pernambuco e Paraíba.A Inseed Investimentos será gestora nacional do fundo. Poderão ser apoiadas empresas com receita operacional líquida anual de até R$ 12 milhões. O valor máximo de investimento por empresa, em uma primeira capitalização, será de R$ 3 milhões. No mínimo, 25% do portfólio do fundo deverão ser investidos em empresas com receita operacional líquida anual inferior a R$ 3 milhões.O BNDES, por meio da BNDESpar, investirá R$ 130 milhões. Os demais quotistas deverão somar aportes da ordem de R$ 70 milhões. Há oportunidade para investidores que queiram aportar até R$ 20 milhões.Fonte: ANotícia
Entre os que acreditam que o faturamento vai crescer, 21,2% dizem que estão diversificando seu portfólio e 25% garantem estar buscando novas estratégias de vendas
O Indicador de Confiança dos micro e pequenos empresários (MPEs), calculado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) apresentou leve melhora em janeiro, na comparação com dezembro. O indicador, que varia de 0 a 100, passou de 40,03 pontos para 42,03 pontos, mas segue abaixo do nível neutro (50 pontos). De acordo com a CNDL, esse resultado indica que os empresários entrevistados continuam pouco confiantes com as condições econômicas do país e de seus negócios.
O Indicador de Confiança do SPC Brasil e da CNDL é baseado nas avaliações dos micro e pequenos empresários sobre as condições gerais da economia brasileira e também sobre o ambiente de negócios, além das expectativas para os próximos seis meses tanto para a economia quanto para suas empresas.Para 79% dos MPEs, a economia piorou nos últimos seis meses. De acordo com o Indicador de Condições Gerais, que mensura a percepção do empresariado tanto em relação à trajetória da economia como de seus negócios nos últimos seis meses, registrou em janeiro 26,60 pontos, o que representa leve melhora em relação ao mês de dezembro do ano passado, quando o número estava em 26,34 pontos.O subindicador das condições gerais para os negócios, que avalia apenas a percepção do empresário em relação ao seu próprio empreendimento, levando em consideração os últimos seis meses, também esboçou leve melhora, passando de 31,56 pontos em dezembro, para 31,64 pontos em janeiro. Já o subindicador condições gerais, que diz respeito à situação econômica do país, avançou de 21,11 para 21,57 pontos. Os resultados, muito abaixo dos 50 pontos, indicam que na percepção desses empresários, houve piora tanto da economia quanto dos negócios, explicou a CNDL.Com o início do ano, a expectativa dos micro e pequenos empresários sobre os próximos seis meses da economia e dos seus negócios apresentou melhora, apesar do ambiente econômico adverso. O indicador de expectativas para os negócios passou de 54,97 pontos para 58,5 pontos. O resultado, acima dos 50 pontos, mostra que a maior parte dos empresários está relativamente confiante em sua empresa. Já o subindicador de expectativas para a situação econômica do país ficou em 48,71 pontos, acima do observado em dezembro passado, quando estava em 45,61 pontos, porém abaixo dos 50 pontos.Considerando as expectativas sobre o faturamento da empresa nos próximos seis meses, para 30,1% dos entrevistados, haverá aumento, ao passo que para 19,9% haverá queda. Outros 46,6% dos entrevistados acreditam que seu faturamento não vai se alterar. Entre aqueles que acreditam que o faturamento vai crescer, 21,2% justificam dizendo que estão diversificando seu portfólio e 25% garantem estar buscando novas estratégias de vendas. Há ainda 10% de micro e pequenos empresários que afirmam que a crise não afeta o seu negócio. Dentre os que estão prevendo queda no faturamento, a maioria (54,1%) atribui o motivo à crise econômica. Outros 14,5% alegam que a demanda por seu produto e serviço está diminuindo, mas por razão externa à crise.O indicador e seus subindicadores mostram que houve melhora quando os pontos estiverem acima do nível neutro de 50 pontos. Quando o indicador vier abaixo de 50, indica que houve percepção de piora por parte dos empresários. A escala do indicador varia de 0 a 100, sendo zero indica a situação em que todos os entrevistados consideram que as condições gerais da economia e dos negócios “pioraram muito”; e 100 indica que todos os entrevistados consideram que as condições gerais “melhoraram muito”.Fonte: empreendedor.com.br
Gerente sênior de comunicação corporativa da empresa no Brasil diz resultados do primeiro ano são satisfatórios e que investimentos previstos para a unidade catarinense terão continuidade
Mello ressalta que a fábrica de Araquari opera atualmente com 750 funcionários - Foto: Divulgação / Grupo BMW Brasil
A instabilidade da economia brasileira e a queda gradual do volume de vendas de todos os segmentos de veículos no País têm deixado muitos investidores cautelosos. Afinal, como continuar apostando em um País que vive uma grave crise política e econômica.Na última semana, durante o lançamento do novo BMW X1, em Barueri, na Grande São Paulo, a reportagem de Negócios & Cia. conversou com Vladimir Mello, gerente sênior de comunicação corporativa do Grupo BMW Brasil, para saber como a montadora alemã encara esse momento e de que forma isso impacta na produção dafábrica de Araquari, no Norte do Estado.Na avaliação de Mello, nada mudou no planejamento e não há qualquer indicativo de que irá mudar por causa da crise econômica brasileira. Prova disso é que a partir de março, a unidade começará a produzir a nova geração do X1, veículo que é um dos mais vendidos da marca no País. Confira a entrevista:Crise no setor
– Passamos por um momento difícil e desafiador. Todos sabem que as vendas do setor no Brasil vêm caindo, embora o segmento premium tenha fugido um pouco dessa tendência. Se olharmos para o balanço de 2015, veremos que o resultado foi positivo, mas inferior ao que poderia ter sido. O fato é que essa situação de mercado e a desconfiança do consumidor impacta nas vendas. Para 2016, evitamos fazer previsões. O mercado está muito volátil com as altas do dólar e da inflação. Se fecharmos 2016 com os índices de 2015, estaremos satisfeitos. No ano passado, vendemos cerca de 17,8 mil veículos, sendo 2 mil Minis. Mantendo esse mesmo ritmo, o ano terá valido a pena.Risco de demissões
– Em momento algum pensamos em reduzir o quadro de funcionários. Pelo contrário. Como a fábrica estava sendo implementada, procuramos justamente estruturar todas as unidades operacionais e fazer contratações para isso. Não tivemos nenhum tipo de demissão, nem medidas de contenção. Agora, estamos consolidando a instalação da fábrica, com cerca de 750 funcionários. É o que tínhamos previsto com base no volume de produção da unidade. Isto está bem equacionado.Investimentos na unidade catarinense
– A BMW tem uma estratégia a longo prazo na fábrica de Araquari. O investimento feito – mais de R$ 600 milhões – não foi imaginado para um prazo de dois ou quatro anos, por exemplo, mas pensado em como posicionar a marca no Brasil daqui a 20 ou 30 anos. É normal que, alguns anos atrás, ninguém conseguisse prever essa volatidade que acontece na economia brasileira, especialmente nesse último ano. Mas a decisão de consolidar a produção no Brasil vai além do momento econômico do País.Segundo turno de trabalho
– Hoje, a fábrica opera com apenas um turno de trabalho, mas tem capacidade para ampliar para um segundo e, eventualmente, um terceiro turno. Só que isso tudo depende da demanda. Neste momento, não justificaria implantar um segundo turno. O número de funcionários que a fábrica tem atualmente é suficiente. Certamente, se a demanda aumentar, poderemos adotar novas medidas e abrir mais vagas de trabalho.A fábrica de Araquari
– Produzimos no ano passado, em Araquari, cerca de 11 mil veículos. Foi um ano bem importante, porque, além de consolidarmos a produção com cinco modelos – séries 1 e 3, X1 e X3 e Mini Countryman –, desde o final de setembro, o projeto da fábrica está finalizado. Em setembro de 2014, começamos com a montagem e, um ano depois, implementamos os setores de carroceria e de soldagem. Portanto, esse número de unidades faz parte do processo natural de evolução da empresa. Não tínhamos a expectativa de produzir um volume muito grande no primeiro ano. A gente sabe o tamanho do segmento premium no Brasil. Seria ilusório imaginar que a BMW produziria mais unidades. Mas é natural que se espere e trabalhe para que, a curto prazo, tenhamos um cenário diferente e maior demanda pelos nossos produtos.Produção do X1– O início da produção da segunda geração do X1 será importante porque se trata de um modelo de volume. Para se ter uma ideia do que isso significa, no ano passado, ainda com a geração anterior, ele representou entre 15% e 20% das vendas totais da BMW. Então, certamente esse novo modelo vem incrementar o nosso portfólio, o que é muito importante. Devemos produzir entre 200 e 250 unidades por mês da nova geração, a partir de março. O X1 – cujos preços vão variar de R$ 166.950 (versão de entrada) a R$ 199.950 (versão topo de linha) –, juntamente com o Série 3, são os nossos dois carros-chefe de vendas no Brasil.Fonte: Estratégia da BMW em Araquari é a longo prazo, diz Vladimir Mello - A Notícia