Controverso e Lucrativo Mercado da Maconha

Apenas nos EUA, onde metade dos estados do país descriminalizaram o uso, há centenas de startups e empresários lucrando com negócios relacionados à cannabis. Entre as inúmeras indústrias que se beneficiam deste novo ramo estão as de embalagens, farmacêutica, têxtil e de cosméticos.https://youtu.be/MqBD_2SBGoEFonte: Mundo SA

Paraguai - esperança de lucro para Brasileiros

Empresários que integram missão da Apex buscam espaço no país que cresce 5% ao ano na América do Sul

Elias Voltatone, dono da fábrica de salgadinhos Guritos: foco no Paraguai para crescer (Foto: Fabiano Candido)
Se você acredita que o Paraguai é o país da muamba, melhor tirar essa ideia de sua cabeça. O país vizinho de fronteira do Brasil é hoje uma das economias mais estáveis e vibrantes da América do Sul. Com sua taxa média de crescimento de 5% ao ano na última década e uma moeda estável em relação ao dólar, o mercado paraguaio se transformou num país de oportunidades, inclusive para empreendedores brasileiros.Não à toa, 50 empresas brasileiras desembarcaram no Paraguai na última semana. Integrantes do Programa de Qualificação para Exportação (PEIEX), um projeto voltado à capacitação para exportar criado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), elas foram ao país entender como funciona a economia local. E os empreendedores ficaram animados com o que viram.Agilidade O Paraguai criou um sistema ágil para o empreendedor, seja ele um cidadão do país ou um estrangeiro. Graças ao Sistema Unificado para Abertura e Fechamento de Empresas (Suace), um empresário consegue registrar sua empresa em vários órgãos num único local. “Ele não perde tempo indo a vários locais”, diz Carlos Paredes Astigarraga, diretor de promoção de investimentos da Rede de Investimentos e Exportações do Paraguai (Rediex). “Em mais ou menos um mês, qualquer pessoa está com sua empresa aberta”.Além do mais, o Paraguai tem um sistema tributário simplificado. “Por exemplo, nas cargas trabalhista e previdenciária, a empresa paga ao governo 16,5% e o empregado, 9%”, diz Paredes, do Rediex. E tem ainda o sistema 10-10-10. Nele, os donos de negócios pagam ao governo 10% de imposto de renda pessoa jurídica, mais 10% de IR pessoa física e 10% de IVA (no Brasil, um tributo similar seria o ICMS).Uma lei também tem deixado o país mais “charmoso” para empresários. É a Lei da Maquila, que taxa em apenas 1% de tributo os negócios que abrirem fábricas no Paraguai e exportarem a totalidade da produção.Por conta desse ambiente promissor, a Riachuelo e a Brinquedos Estrela, por exemplo, abriram unidades no Paraguai. A loja de roupas usa uma fábrica no país para produzir sua moda e substituir, assim, a mão de obra chinesa. Já a Estrela testa uma linha no país para reduzir a dependência da China. “Nós queremos ser a China do Brasil”, diz Paredes.Esperança Como as grandes empresas, os pequenos e médios negócios também buscam oportunidades no Paraguai.Um deles é Breno Theodoro Seibt, 62 anos, sócio do negócio familiar Seibt, e um dos integrantes da missão da Apex. A empresa, criada por seu pai, Rubem Antônio Seibt, em Nova Petrópolis, na década de 1970, é especializada em máquinas de reciclagem de plástico de sobras industriais. “O Paraguai está crescendo. E quando um país se desenvolve, o consumo de plástico aumenta. Então, estou aqui prospectando vendas ou parcerias”, diz.Seibt já tem experiência com exportação, mas tem enfrentado dificuldades para vender tanto no Brasil quanto em outros países da América do Sul e América Central. “A crise pegou todo mundo. Se o Paraguai está indo bem neste momento, temos que apostar aqui, sem dúvidas. É uma esperança para faturar mais”, diz o empreendedor, que tem como clientes a Amanco, a Tigre e a Copobras.A mesma esperança tem Elias Voltatone, 53 anos, dono da fábrica de salgadinhos Guritos. Ele enxerga no vizinho brasileiro uma chance para sua empresa vencer a crise brasileira e crescer nos próximos anos. “No Brasil, eu tenho muito concorrente e instabilidade. Aqui no Paraguai, com esse mercado em expansão, eu posso conquistar um espaço bom e aumentar minha produção”, diz o empreendedor, que faz 25 toneladas de salgadinhos por mês numa fabrica em Nova Esperança, no Paraná.Segundo Gustavo Sperandio Fernandes, analista de negócios internacionais da Apex-Brasil, o Paraguai, hoje, é um dos melhores países para o empreendedor dar o primeiro passo para aprender a exportar. “Aqui, se ele fizer bem a lição de casa, que é visitar o país e adaptar seu produto ou serviço, terá sucesso. E mais: poderá aprender bastante para poder exportar seu negócio para mais países”, diz.Fonte: PEGN

Mesmo na crise, ter o próprio negócio compensa, mostra pesquisa

Levantamento do Sebrae-SP revela que nível de satisfação do Microempreendedor Individual é elevado. Porém, é preciso melhorar a gestão

Em tempos de crise econômica, quem opta pelo próprio negócio como meio de vida está muito satisfeito com a decisão. A conclusão é da pesquisa MEI 2017, recém-realizada pelo Sebrae-SP sobre o perfil do Microempreendedor Individual (MEI) do Estado de São Paulo. Entre os entrevistados, 86% disseram estar satisfeitos ou muito satisfeitos em ser MEIs. Apesar do contentamento, eles precisam se aprimorar para se consolidarem como empresários mais completos, pois falham na gestão e no cumprimento de obrigações formais do negócio. 

A maioria dos entrevistados empreende porque, além de precisar de uma fonte de renda (79%), queria ser independente (81%) e viu no comando de uma empresa a forma de ter essa autonomia. Além disso, 28% disseram que se tornar MEI é vantajoso porque a formalização permite estar legal perante o governo, e 23,3% porque pagam poucos impostos.

“A figura jurídica do MEI garantiu a cidadania empresarial a quase dois milhões de paulistas e foi a porta de entrada para garantir maior credibilidade e ampliar as possibilidades de negócios”, afirma o presidente do Sebrae-SP, Paulo Skaf. “O MEI só trouxe avanços para quem empreende, além de ajudar a roda da economia a girar e proporcionar avanços à comunidade e à sociedade em geral”, completa.

Atualmente, existem no Estado de São Paulo 1,8 milhão de MEIs, que representam 26% do total do País. 

Apenas 25% dos MEIs partiram para o empreendedorismo porque estavam desempregados e não encontravam recolocação com carteira assinada. Mas boa parte dos MEIs tem muito o que melhorar na administração do negócio: 47,4% não fazem o controle mensal de suas vendas, por exemplo, e 40,6% nem sabem o que é a Declaração Anual do MEI, um compromisso que, quando não cumprido, torna sua situação irregular e acarreta multa.

A inadimplência é outro aspecto presente no dia a dia da categoria. Segundo o levantamento, quase metade atrasou algum pagamento do carnê do MEI no ano passado e 23% deixaram de recolher alguma parcela.

O levantamento mostrou ainda um desconhecimento de parte dos MEIs sobre os benefícios previdenciários a quem têm direito: antes da formalização, 42,7% não sabiam que, dentro da categoria, podem se aposentar por idade; 56,8% ignoravam os direitos a auxílio-doença, e 60,7% o salário maternidade.   

Áreas de atuação e conhecimento técnico

A pesquisa mostra que os principais ramos de atuação escolhidos pelo MEI são beleza, construção e vestuário. Mas nem sempre o empreendedor investe em algo com que já trabalhava anteriormente. Mais de 40% dos entrevistados mudaram de área ao abrirem o negócio próprio. Contudo, a dedicação é grande: 66% empenham sete ou mais horas por dia à atividade. Outra característica do MEI paulista é que ele é o típico trabalhador “mão na massa”: 77,9% dos MEIs dizem que dedicam a maior parte do seu tempo a venda ou prestação de serviço, e apenas 8,7% afirmam passar mais tempo na gestão do empreendimento; para 20,9%, o tempo dedicado às duas atividades é igual.

Numa escala de 0 a 10, em que 0 é nada e 10 é muito, o MEI atribui nota 8,3 ao conhecimento técnico sobre a atividade em que está formalizado. Mas quanto à gestão de negócios, a nota cai para 6,5, comprovando a necessidade de capacitação nesse sentido. Em 2016, a média de faturamento anual da categoria em São Paulo foi de R$ 22,5 mil, bem abaixo do limite de R$ 60 mil permitido para enquadramento como MEI. A maior parcela (35%) registrou receita de até R$ 10 mil no ano passado. 

Outro ponto a ser melhorado pelo MEI é a separação entre a vida profissional e a pessoal. Somente 30,7% da categoria tem conta em banco como pessoa jurídica, ante 72,3% que usam a conta pessoal e 10,5% que nem conta em banco têm.

“O espírito empreendedor é uma realidade do brasileiro. O que ele precisa é melhora como gestor, porque isso é o que vai determinar o sucesso do negócio. Por mais que ele seja ótimo tecnicamente, se não souber conduzir o empreendimento, será muito mais difícil prosperar”, diz o diretor-superintendente do Sebrae-SP, Bruno Caetano. “É nesse momento que a qualificação do MEI se faz mais necessária e o Sebrae-SP está sempre disponível para ajudar”.

Em média, o MEI atende 45,5 clientes por mês, mas a maior parcela, isto é, 24,7%, tem entre dois e cinco clientes mensais.  A pesquisa também revela que a máquina de cartão de crédito e débito ainda não está tão difundida entre a categoria no recebimento de pagamento de clientes, já que 64,8% não a usam. Emitir nota fiscal se mostrou bastante conveniente para o empreendedor. De acordo com 69,8% deles, essa possibilidade ajuda a vender e 41,3% dizem emitir sempre que o cliente solicita.

A formalização também é algo mais recente na vida do empreendedor. O tempo como MEI representa, no geral, 25% do total que ele se dedica à atividade. No entanto, é possível afirmar que já é suficiente para mostrar que é um movimento consolidado. Prova disso é que o MEI realmente se considera empreendedor. Pela pesquisa, numa escala de 0 a 10, as respostas dos entrevistados atingiram a nota 8,7 em relação a essa questão. 

A pesquisa

A pesquisa foi realizada por meio de metodologia quantitativa, com aplicação de entrevistas por telefone. Foram realizadas 1.728 entrevistas com MEIs ativos, entre 8 e 25 de abril de 2017. A amostra possui 2,3% de margem de erro com 95% de confiança.

Fonte: Empreendedor


10 aplicativos gratuitos para empreendedores

Os apps a seguir podem ajudar bastante quem ainda está engatinhando nesse caminho do planejamento simultâneo do dia a dia do negócio e da vida pessoal

Qualquer empreendedor de sucesso nem pensa duas vezes na hora de dar o conselho: organize sua rotina. Só assim é possível dar conta de tantas tarefas que dependem só de você.Para isso, os 10 aplicativos gratuitos a seguir podem ajudar bastante quem ainda está engatinhando nesse caminho do planejamento simultâneo do dia a dia do negócio e da vida pessoal. Todas as dicas foram sugeridas por empreendedores bem-sucedidos.

1) Evernote

O Evernote serve para fazer listas de tarefas, anotar lembretes ou tirar fotos de esboços. “A ferramenta me permite substituir o papel e manter todas as minhas anotações atualizadas e presentes em todos os meus dispositivos”, conta o CEO e fundador da Singu, Tallis Gomes.Para a empreendedora da Guten Educação e Tecnologia, Danielle Brants, o app funciona para manter as anotações organizadas durante reuniões.“Você pode deixar tudo separado por cadernos, evitando misturar vida pessoal e profissional”, sugere o CEO da Samba Tech, Gustavo Caetano.O app está disponível para sistemas Android e iOS.

2) Slack

O Slack é um app  de comunicação de equipes que permite centralizar as conversas por mensagem de texto, vídeo, voz e documentos.“Uso o aplicativo porque permite uma comunicação bem mais direta do que o e-mail dentro da empresa. As pessoas perdem menos tempo escrevendo”, recomenda o CEO e fundador do Me Salva!, Miguel Andorffy.O diretor da consultoria ADF Soluções e sócio do RED Buteco de Vinhos, Daniel Lage, usa o Slack para se comunicar com os times ou individualmente com os membros de cada empresa. “Pode parecer igual a criar grupos no WhatsApp, porém o Slack traz a segurança da plataforma e as funcionalidades que garantem maior usabilidade para as nossas atividades”, explica.O app está disponível somente em inglês, para sistemas Android e iOS.

3) Trello

O Trello ajuda a gerenciar projetos em listas e pode ser usado individualmente ou para trabalhos em equipe. “É o meu organizador de tarefas, eventos e projetos preferido por ser bastante dinâmico e funcional”, diz o sócio diretor da Agência Campana, Bruno Granatto.O CEO da upLexis, Eduardo Tardelli, acompanha pelo app o percentual de conclusão de cada atividade planejada.Na Master House Manutenções e Reformas, o app foi essencial para o aumento da produtividade na empresa. “Por meio dele, é possível verificar o responsável, o orçamento, o andamento de cada projeto e o prazo de término de projetos”, relata o diretor e fundador do negócio, Allan Comploier.O app está disponível para sistemas Android e iOS.

4) Pocket

O Pocket é um aplicativo de leitura que cria uma versão offline de artigos para você ler onde quiser. “Minha produtividade aumentou muito. Toda vez que estou trabalhando e vejo um texto legal, em vez de parar para ler, guardo para outro momento mais propício”, conta o CEO da Samba Tech, Gustavo Caetano.O sócio da agência de publicidade NBS André Lima usa o Pocket para acumular links com tendências e visões de futuro do negócio.O app está disponível para sistemas Android e iOS.

5) Wunderlist

O Wunderlist serve para organizar tarefas diárias, receber lembretes de compromissos e compartilhar o seu planejamento. O sócio fundador do Grupo VA, Vinicius Almeida, usa o aplicativo para gerenciar as próprias tarefas e o planejamento da empresa.“O Wunderlist é extremamente fácil de usar. Ele funciona em qualquer dispositivo e posso adicionar tarefas pelo app, direto no browser ou por e-mail”, comenta o CEO do WeSeek Food, Felipe Nogueira.O app está disponível para sistemas Android e iOS.

6) Dropbox

O Dropbox é um serviço de armazenamento de arquivos em nuvem, que permite manter vários arquivos com fácil acesso online, a partir de qualquer local ou horário.“Eu e minha equipe conseguimos manter todos os documentos de trabalho atualizados e sincronizados, disponíveis a partir de qualquer computador, tablet ou celular”, explica o empreendedor do Los Paleteros, Gean Francesco Derosso Chu.O diretor da ACTE Sports, David Kamkhagi, usa o Dropbox para compartilhar a edição dos arquivos com outros funcionários da empresa.O app está disponível para sistemas Android e iOS.

7) Asana

O Asana é útil para empresas que trabalham com muitos projetos e precisam organizar as pautas.“Conseguimos acessar as nossas demandas de qualquer lugar e gerenciar nossa carteira de clientes”, diz a diretora da unidade de São Paulo do Grupo Soares Pereira & Papera, Mércia Machado Vergili. Segundo ela, a interface funcional e limpa facilita o manuseio do aplicativo.O app está disponível somente em inglês, para sistemas Android e iOS.

8) MindMeister

O MindMeister serve para organizar ideias por meio de um diagrama chamado de mapa mental. “A aplicativo conta com uma série de recursos visuais para facilitar a organização das ideias”, explica o sócio diretor da Agência Campana, Bruno Granato. O MindMeister também disponibiliza um chat para a equipe debater ideias em tempo real.O app está disponível para sistemas Android e iOS, somente em inglês.

9) MeisterTask

O MeisterTask é outro aplicativo de gestão de projetos e tarefas. Na franquia Next Academy, o app facilita o fluxo de informações para equipes da empresa de outras cidades e permite organizar as tarefas por prioridades.O app está disponível para sistemas Android e iOS, somente em inglês.

10)  Remember The Milk

O Remember de Milk é mais um app engraçadinho para se lembrar das principais tarefas do dia. Para a presidente do Grupo Sóbrancelhas, Luzia Costa, o aplicativo é útil pelos avisos sonoros e alertas, para se lembrar de reuniões com franqueados e fornecedores, além de atividades internas da empresa e atividades pessoais.O app está disponível para sistemas Android e iOS.Fonte: Exame

O que esta padaria de 92 anos faz para crescer

O Bologna foi fundado em 1925 e já está em sua quarta geração de donos. Diante da crise, eles tiveram de se reinventar - mas sem perder a tradição

Se criar um negócio já é uma tarefa complexa, mantê-lo é ainda mais difícil. No dia a dia, um empreendimento está sujeito tanto a complicações internas quanto externas – como os recentes anos de crise econômica, que quebraram muitas empresas.
De sobreviver o negócio Bologna entende bem: criado em 1925 como um restaurante, o negócio completa 92 anos lançando estratégias que garantem uma clientela diária que fica entre 900 e 1.200 clientes.Mas, há alguns anos, o empreendimento estava perto de fechar as portas. “Assumimos sabendo que, daqui a seis meses, o Bologna teria de ser fechado. Já estava há mais de 40 anos sem fazer nenhum tipo de reforma, e com um projeto descolado da atualidade”, conta o empreendedor Wagner Ferreira.Ele e a esposa Gleusa Ferreira se tornaram proprietários do Bologna em 2012, sendo a quarta geração de sócios. E contam como conseguiram não apenas sobreviver à atual crise, mas aumentar seu faturamento. Para seu negócio:O Superlógica Xperience te garante dois dias de intenso aprendizado sobre faturamento Patrocinado

Reformas e tradição

O restaurante Bologna foi criado pelo empreendedor Antonio Trombetti, na região do Brás, em 1925. Depois de alguns anos no Anhangabaú, o negócio mudou-se para a rua Augusta em 1959, onde permanece até hoje. Também virou uma rotisseria – negócio de comida para a viagem.
Foto da rotisseria Bologna, em tempos antigos

Foto da rotisseria Bologna, em tempos antigos (Bologna/Divulgação)

Após outras duas gerações de sócios, Gleusa e Wagner Ferreira assumiram o Bologna, em 2012. Antes de virarem donos, a empreendedora conta que os dois passaram um tempo vendo a forma de trabalhar do local.“A gente se preocupou muito, quando comprou, de entender a tradição. Vimos a produção e fizemos fichas de passo a passo. Além disso, mantivemos a equipe”, diz Gleusa. “Essa equipe ensina os que acabaram de chegar, contratados por conta da nossa expansão. Assim, a tradição passa de geração em geração.”A próxima atitude foi investir cerca de dois milhões de reais em uma grande reforma do local. Segundo o dono, essa foi a primeira atitude essencial para a sobrevivência do negócio na crise econômica, que chegaria pouco tempo depois.“Só estamos financeiramente sadios porque entramos na crise com a casa já arrumada. Aqueles que já entraram desorganizados, devendo para o banco, acabaram não sobrevivendo”, explica Wagner.“Nossa preocupação era que crianças e jovens não frequentavam mais o restaurante, por não ter tido reformas em anos e por comercializar um produto não atrativo, que era comida só para levar. Um estabelecimento que não possui jovens frequentando também não possui futuro.”Além da reforma do local, que adotou um visual retrô dos anos 50, o Bologna expandiu suas cozinhas. O projeto tradicional era feito de rotisseria, pastifício (massas), sorveteria e alguns salgados. Agora, são sete áreas: confeitaria, lanchonete, padaria, pastifício, restaurante, rotisseria e sorveteria.Isso trouxe uma outra preocupação: manter os clientes de 65, 70 anos de idade que frequentam a casa com fidelidade. Por isso, a reforma foi projetada para manter um visual tradicional e a rotisseria não foi eliminada: quem leva comida para casa há 40 anos pode continuar com o hábito. Enquanto isso, os mais jovens costumam frequentar o restaurante do Bologna.“É preciso modernizar o estabelecimento, mas manter a tradição. A tradição não cai de moda: o que cai de moda é a cor do chão, o teto, as paredes. Isso temos de trocar”, diz Wagner. “Os funcionários e as receitas precisam ficar, porque só provando os mesmos pratos e vendo os mesmos cozinheiros é que o cliente pode aceitar as mudanças que fizemos no ambiente. Os funcionários antigos são a cara do negócio.”Hoje, o Bologna recebe de 900 a 1.200 clientes todos os dias, com um ticket médio de 36 reais. É uma cliente fiel, mas que vem aumentando, diz Gleusa. “Hoje, temos famílias que a mulher e o marido vinham ao Bologna com seus pais. Agora, trazem os filhos e mostram as pessoas que os atendiam – e esses funcionários mais experiente já apresentam os novos, fazendo essa ponte entre gerações.”
O Bologna, depois da reforma feita em 2012

O Bologna, depois da reforma feita em 2012 (Bologna/Divulgação)

Aproveitando a noite na Augusta

Mesmo que a reforma feita em 2012 tenha evitado envidar-se em plena crise econômica, o Bologna ainda tinha de procurar formas de aumentar o faturamento.Por isso, há um ano e meio o negócio adotou o regime de funcionamento de 24 horas por dia (exceto aos domingos, quando a casa fecha à meia-noite). A estratégia só funcionou a região possui uma vida noturna muito intensa e não há muitos locais para comer uma boa refeição na madrugada, diz Wagner.“Tem muita empresa que abre 24 horas, mas não tem ponto para tal. Aí só se afunda ainda mais, porque as despesas sobem e as receitas não crescem na mesma proporção.”“A gente sentiu que, na região que estamos, nossos clientes pediam isso. Eles perguntaram quando iríamos funcionar na madrugada, e resolver abrir em alguns dias específicos, como feriados e fins de semana. Como vimos sucesso, resolvemos atender de vez os pedidos”, completa Gleusa.Para isso, o Bologna designou uma equipe apenas para o horário – juntando todos os turnos, 57 funcionários trabalham no local. Enquanto até a meia-noite todos os pratos são servidos, na madrugada não há pratos: há lanches, pizzas, salgados e sopas, por exemplo.
Coxinhas cremosas vendidas no Bologna

Coxinhas cremosas vendidas no Bologna (Bologna/Divulgação)

Movimento atual e planos futuros

O próximo passo é introduzir a cozinha também na madrugada, a partir dos pratos mais demandados dos clientes. O Bologna já recebeu proposta de vender os lanches, salgados e sorvetes por meio de lojas de shopping, mas ainda não está nada acertado.“Não cogitamos abrirmos essas lojas em plena crise. O que acontecer com o país daqui para frente irá nos convencer ou não da ideia”, diz Wagner.Fonte: Exame

5 conselhos do criador do Habib’s

Alberto Saraiva, criador do Habib's e do Ragazzo, acredita que amar os clientes é a base para o sucesso de uma empresa

Alberto Saraiva produz esfihas durante palestra na Feira do Empreendedor SP (Foto: Divulgação/SebraeSP)
Para Alberto Saraiva, criador e presidente do Habib's, empresa com mais de 25 anos de história no Brasil, a crise não é um problema. Segundo o empreendedor, só em 2016, a empresa seguiu com um crescimento na lucratividade de 10%, construindo entre 30 e 40 lojas novas por mês. Seu segredo? Amar os clientes. “Precisa de amor para atingir o sucesso profissional.”“Que tipo de relacionamento você tem com o seu cliente? É de amor ou interesse econômico?”. Para Saraiva, as respostas dessas perguntas escodem soluções para os empreendedores vencerem dificuldades.O criador da maior rede de fast food árabe do mundo também acredita que o empreendedor que deseja obter sucesso não pode ter medo de colocar a mão na massa. Durante sua palestra na Feira do Empreendedor SP, Saraiva inclusive preparou esfihas para o público. “Não há nada melhor do que vencer pelas próprias mãos”, diz.Durante sua palestra, listou outras recomendações para quem está pensando em abrir um negócio. Confira:1. Pense nas pessoasNa visão do criador do Habib’s, o empreendedor deve construir um negócio que pense nas pessoas. Por isso, a empresa precisa oferecer vantagens que atendam aos seus interesses. “Quando eles precisarem de algo a mais, vai responder com sim? Pois deveria.”2. DeterminaçãoSaraiva, que enfrentou a morte do seu pai ainda jovem, acredita que determinação é essencial para o empreendedor. “Encarar os problemas da vida com coragem faz a gente seguir em frente. Assim conseguimos trabalhar sem descanso, com força e garra.”3. Tenha um diferencialO presidente da rede de fast food considera os seus baixos preços um diferencial. E é nesse fato que apoia todas as suas campanhas de marketing, por exemplo. “O zero à esquerda [em referência ao valor das esfihas] nunca foi tão querido no Brasil.”
Alberto Saraiva, presidente do Habib's, durante palestra na Feira do Empreendedor SP (Foto: Divulgação/SebraeSP)
4. Fracasso“Fracasso, persistência e determinação fazem parte da vida. Andam juntos.” Com as falhas, Saraiva diz ter aprendido muito. Por isso, ele deixa uma dica para os empreendedores: “O sucesso costuma vir somente depois de muitos fracassos.”5. Elimine atravessadoresPara eliminar os atravessadores, Saraiva é dono das fazendas que produzem o queijo das suas esfihas, da agência de publicidade que faz as propagandas da marca e da empresa que realiza o serviço de atendimento ao cliente do Habib’s e do Ragazzo. “É economia de escala. Dessa forma, a gente reduz os preços da matéria-prima.”Fonte: PEGN

BRASILEIRO ABRE MÃO DE EMPREGO DE R$ 900 MIL PARA EMPREENDER

Aos 40 anos, Allan Costa decidiu que era hora de deixar de ser funcionário para tocar seus próprios projetos

Nunca é tarde: Allan começou a empreender depois dos 40 (Foto: Divulgação)
Como boa parte de sua geração, Allan Costa foi criado para ser funcionário e encontrar um bom emprego, que, de preferência, durasse a vida inteira. “Segui esse script desde muito cedo”, afirma.Aos 20 anos, recém-formado na faculdade, Costa entrou no Sebrae e ali foi crescendo profissionalmente. Aos 23 ele já era gerente de TI e, aos 32, ficou fora da instituição por 18 meses para trabalhar como diretor geral da Secretaria de Planejamento do Estado do Paraná e Secretário de Estado. Depois desse período, voltou para o Sebrae e assumiu o cargo de gerente da área de estratégia. Aos 34 virou diretor técnico e, aos 35, diretor superintendente. Só que, quando completou 40 anos, entrou no que chama de a “crise dos 40”.“Eu sentia que tinha feito coisas bacanas no Sebrae e sempre gostei muito da instituição, porque ela dá propósito ao trabalho em função da sua missão, de ajudar pequenos empreendedores”, conta Costa. “Mas, quando eu olhava para frente, eu pensava ‘e agora?’”.O cargo era bom, já bem no alto da hierarquia da instituição, o salário era alto, Costa tinha carro com motorista, secretárias e tudo o que um bom emprego pode proporcionar. Mas isso não o realizava mais. “Faltavam desafios, faltava espaço, faltava perspectiva.”Para preencher esse vazio, Costa saiu do Sebrae e assumiu o cargo de presidente da Coopercard. Só que nem o salário anual de US$ 350 mil (cerca de R$ 900 mil no câmbio atual) foi suficiente para segurá-lo como funcionário por muito mais tempo. Presidiu a empresa em tempo integral por apenas 40 dias. “O desafio era excelente, a empresa era ótima, recebi todo o apoio e condições para fazer um belo trabalho, mas a inquietação continuava”, diz ele. “Percebi que o que eu realmente queria não era um emprego novo, mas sim ter a oportunidade de criar minhas empresas.”Assim, aos 41 anos de idade, Costa começou a empreender. “Quando me vi com 40 anos, percebi que havia chegado o momento da escolha: ou eu continuava na carreira corporativa, confortável e infeliz até me aposentar, ou esse era o momento de ‘começar de novo’ e perseguir o sonho de empreender enquanto eu ainda tinha pique, energia e motivação. Escolhi a segunda alternativa”.A mudança se deu em agosto de 2013. Hoje, pouco mais de um ano após a decisão, Costa coleciona uma lista de empreendimentos iniciados. Além de dar palestras e consultoria sobre modelos de negócios e inovação, ele tem uma produtora de conteúdo audiovisual com foco em internet (Looks Creative Studio) e uma empresa de consultoria e educação corporativa (Escola de Criatividade), entre outros negócios. Também é cofundador do grupo de investidores-anjo Curitiba Angels e mentor e investir-anjo da Contabilizei, uma plataforma de contabilidade online.Quando decidiu mudar radicalmente sua vida profissional, Costa ouviu de muitas pessoas que era um louco e, se fosse ouvir a maioria, ele diz que ainda estaria no emprego bem remunerado. “É preciso ter desapego e conseguir controlar a ansiedade do primeiro mês, sem dinheiro garantido.”, diz o empreendedor. “Mas uma vez que esse período inicial é superado, a crença nas próprias ideias e nas próprias escolhas se reforça e a recompensa vem na forma de uma profunda satisfação pessoal.”Fonte: PEGN

Uber para acessórios e bolsas

Está cada vez mais em alta o conceito de economia compartilhada. Seguindo essa linha, que atrai cada vez mais seguidores, surgiu a BoBags

Está cada vez mais em alta o conceito de economia compartilhada. Empresas como Uber e Airbnb são a prova de que a cada dia que passa o consumidor preza mais pela contratação de serviços prestados com qualidade, não necessariamente pela aquisição do produto utilizado.Seguindo essa linha, que atrai cada vez mais seguidores, surgiu a BoBags. A empresa é um site de aluguel, compra e venda de bolsas que surgiu “para ser uma extensão do closet das mulheres, partindo do conceito de um amplo armário de acessórios que proporcione tantos estilos quanto a criatividade feminina permitir”, diz a startup.Em entrevista ao Startupi, Bel Braga, fundadora da startup, diz que quando idealizou a plataforma, em 2009, os conceitos de consumo consciente e economia compartilhada ainda não eram foco no mercado, e produtos de segunda mão ainda sofriam um certo preconceito.“Mas eu sabia que em algum momento futuro o negócio iria fazer sentido. Imaginava uma realidade com mulheres compartilhando seus closets, usando melhor o que ja possuíam e sempre achei que bolsas e acessórios eram o caminho mais natural”, explica.Até 2013, o site funcionava como um hobby para a empreendedora, que anunciava suas próprias bolsas na plataforma.“Falava com as clientes, anotava cada feedback, respondia e-mails a noite ou em qualquer momento livre que eu tinha. Considero esse período fundamental para o negócio hoje. Aprendi muito ali, errei em um formato onde ainda era permitido errar. Acho que errar na hora certa é fundamental. Hoje quem começa um negócio desses não pode mais errar.”

Vale do Silício e investimento

Quando percebeu que startups de economia compartilhada estavam ocupando seus espaços e se tornando febre em usuários, ela largou tudo e foi para o Vale do Silício.Bel conta que, junto com o marido, foi para Stanford fazer cursos de programação e liderança e até entrou para uma aceleradora, a Women Startup Lab. Também no Brasil: No Superlógica Xperience 2017, você conhece as inovações ideais para seu negócio Patrocinado Lá, a empreendedora teve como mentores a Fran Maier, uma das fundadoras do Match.com, toda quarta-feira tinha aula de pitching com o Bill Joos, cofundador da Garage Ventures junto com o Guy Kawasaki.“O próprio Guy me deu feedback sobre meu pitch e meu negócio. Conheci mulheres incríveis como a Heidi Rozen e anotava cada pedacinho de conselho. Voltava pra casa e testava, pensava e avaliava”, diz.De volta ao Brasil, a empresa cresceu e ganhou corpo. Agora, a BoBags anuncia um aporte de 125 mil reais realizado pela MIA – Mulheres Investidoras Anjo.“Geramos um ROIC de 88% ao ano para nossos investidores. Foi um movimento inicial de ramp up e agora estamos prontos para escalar e atingir uma grande aceleração de crescimento com rentabilidade e geração de caixa”, explica Bel.

Planos e dicas

A BoBags abriu uma filial em São Paulo e hoje, junto com a base do Rio de Janeiro, atende mulheres de todo o Brasil.A startup também lançou um serviço de entrega expressa para atender mulheres dessas duas cidades que tenham um evento e última hora e precisem dos produtos com rapidez.O acervo da plataforma também cresceu e o marketplace foi lançado. Hoje, 10% do acervo da startup não é próprio.“No primeiro mês de operação já temos clientes que tiveram R$ 400,00 de rendimento com bolsas que estariam paradas em seus armários”, explica.E, para as startups que também trabalham com economia compartilhada, quais as dicas para buscar investimento?“A minha principal dica é não ir apenas atras do dinheiro. Parece óbvio, mas não é. Busque investidores que possam contribuir com seu negocio, trazendo ideias, desafiando, criando pontes. Outra dica que aprendi é não ter ilusões de que você deve perseguir enormes valores de captação se não houver necessidade”, diz Bel.“Quanto maior a captação, maior a necessidade de entregar resultados e retornos. Buscamos crescer com consistência, respeitando conceitos de rentabilidade, controle de custos e responsabilidade gerencial.”Por outro lado, a empreendedora ressalta que também é importante que a empresa não deixe o crescimento engessar suas operações. É importante ficar atento para não burocratizar o negócio e, assim perder a agilidade de uma startup.“Tem uma frase do Victor Hugo que gosto muito: ‘nada mais poderoso do que uma ideia cujo tempo chegou’. Tem tudo a ver com o nosso momento”, finaliza Bel.Fonte: Exame

Clóvis Tramontina e Júnior Durski

Histórias que deram origem a duas marcas de sucesso

Líderes da empresa de utensílios domésticos Tramontina e da rede de restaurantes Madero contaram como conseguiram romper fronteiras e se destacar no mundo empresarial

Clóvis Tramontina e Júnior Durski compartilham histórias que deram origem a duas marcas de sucesso  Maykon Lammerhirt/Agencia RBS
Tramontina está à frente da Tramontina há 25 anos Foto: Maykon Lammerhirt / Agencia RBS
Lideranças genuinamente brasileiras e responsáveis por gerir os negócios de empresas que romperam fronteiras e ganharam o mundo. Assim são Clóvis Tramontina e Júnior Durski, os dois painelistas que participaram da sessão Inspiração Empreendedora da Expogestão 2017, que ocorre em Joinville.Na tarde desta quarta-feira, eles compartilharam as histórias que deram origem as marcas de sucesso Tramontina, criada pelo avô de Clóvis e presente em 120 países, e Madero, fundada por Júnior há pouco mais de uma década e com 85 unidades franqueadas no Brasil e nos Estados Unidos.À frente da empresa da família desde 1992, Clóvis Tramontina trouxe dados que reforçam a palavra "inspiração" para empreendedores consolidados ou que desejam empreender com as dicas deixadas por ele durante o painel. Fundada há 106 anos, a Tramontina emprega mais de sete mil funcionários e tem em seu portfólio 18 mil utensílios.No ano passado, um ranking feito com empresas de todo o País mostrou que a Tramontina cresceu 50 posições entre as marcas com maior reputação no mercado: passou da 86ª para a 36ª colocação. A chave para o sucesso, segundo ele, envolve simplicidade:— Procuramos tornar o assunto, por mais complexo que ele seja, em algo objetivo e simples e a simplicidade é por si só uma atitude humana — apontou.Outra marca da empresa é a valorização dos profissionais, que segundo ele, "não é uma empresa de panelas, facas e ferramentas, mas uma empresa de pessoas". O empresário apontou ainda investimentos em comunicação da marca e uma gestão descentralizada entre as dez unidades fabris mantidas pela empresa como determinantes para o crescimento e fortalecimento do nome da Tramontina no mundo. A forma de empreender também foi destacada.— Ser empreendedor não é fácil, imagina ser empreendedor hoje no Brasil? É um desafio muito grande, mas é possível unindo quatro pontos chave: capacidade de criar algo novo, ser criativo, ter paixão e introduzir um novo serviço. Tendo essas características você já é um empreendedor – ressaltou.
Durski é o idealizador da rede de restaurantes Madero Foto: Maykon Lammerhirt / Agencia RBS
Para Júnior Durski, idealizador do Madero, empreender também exige persistência. Nascido em Prudentópolis, no Paraná, ele aprendeu a apreciar bons pratos ainda na infância quando morou com os avós em uma fazenda. Chegou a se formar em Direito, passou pela política e foi madeireiro por 15 anos no Norte do País, entre as décadas de 1980 e 1990.Foi nesse período que descobriu a paixão por cozinhar e, em 1999, quando desembarcou em Curitiba, deu início a uma história de empreendedorismo que só deu certo depois de muito persistir.Seu primeiro restaurante, Durski, especializado em comida polonesa e ucraniana, não deu certo.Em 2005, após passar um mês nos Estados Unidos e visitar mais de 70 restaurantes, resolveu criar o Madero próximo do seu outro restaurante. A ideia mais uma vez não vingou, apesar de elogios e o sabor do hambúrguer já ser reconhecido. Foram 11 anos e seis restaurantes em cidades diferentes, todos sem dar lucro. Mas ele insistiu e, desta vez, reduzindo o preço e mantendo a qualidade dos produtos, o resultado foi além do esperado.Hoje, a franquia conta com 85 restaurantes e estão sendo projetados outros 40 ainda este ano. A alteração no preço dos produtos foi apenas um dos motivos para o crescimento da rede nos últimos anos. Os maiores destaques para manter o sucesso do empreendimento são processo e procedimento, gostar do que faz e muito trabalho.— Foi o que eu fiz no Madero. Temos uma central que fabricamos tudo ou quase tudo que vendemos. A logística é nossa, não sou adepto à terceirização. Quando a gente faz, a gente faz bem feito. Tenho paixão pelo que faço e busco passar isso para os meus funcionários. Gostar do que faz é a grande sacada.O empresário citou ainda a humildade para reconhecer erros, as oportunidades de carreira e fazer o bem como determinantes para alavancar resultados.– Se sua empresa está fazendo o bem, pode levantar as mãos e agradecer por isso. Quanto mais eu ganho, mais bem eu posso fazer e mais serei recompensado. Acredito nisso.Neste ano, a rede de restaurantes Madero projeta realizar mais de R$ 2 milhões em doações para instituições de caridade do Brasil. Durante a Expogestão, o empresário anunciou que essa política da empresa também será estampada no slogan da marca. A famosa frase "O Madero faz o melhor hambúrguer do mundo" dará lugar às mesmas palavras, mas colocadas de forma diferente: "O hambúrguer do Madero faz o mundo melhor."Fonte: A Notícia

Método empresa crescer até 10 vezes

Hitendra Patel revela na Expogestão

Palestrante americano disse que a criação de ideias inovadoras e os caminhos para elas serem executadas são o segredo para a expansão

Hitendra Patel revela na Expogestão método para a empresa crescer até dez vezes Maykon Lammerhirt/Agencia RBS
Patel disse que a Colômbia é um dos países segue o seu método Foto: Maykon Lammerhirt / Agencia RBS
Realizar uma palestra para quem pensa grande e deseja fazer acontecer. Foi com esse espírito que o pesquisador e líder global em inovação, Hitendra Patel, abriu nesta quarta-feira a sessão de Crescimento de Negócios da Expogestão 2017. O americano compartilhou os princípios de um método criado por ele e que promete aumentar, em um curto espaço de tempo, o crescimento de uma empresa em dez vezes.Líder do IXL Center (Cambridge), uma das 20 melhores consultorias americanas em inovação, crescimento e modelagem de negócios, Hitendra apontou que a criação de ideias inovadoras e os caminhos que levam essas empresas a executá-las são o segredo para quem busca crescer. Esse percurso, segundo ele, não segue um modelo padrão e a persistência é essencial para que as organizações alcancem melhores resultados.— A jornada real da inovação não é uma receita, ninguém chega e diz: "é isso". A mentalidade não deve ser a de que vai acertar da primeira vez, mas a de que se errou, tenta de novo até conseguir. Deve ser uma jornada feita por exploradores em que os líderes devem pensar em como montar uma equipe capaz de alcançar esse objetivo – disse.A estratégia está sendo utilizada simultaneamente, neste ano, por mais de 230 empresas e organizações de todo o mundo, com taxa de sucesso superior a 80%. A Colômbia é um dos países que seguem o método apresentado pelo especialista. Desde 2005, o país investe nas estratégias com foco no desenvolvimento em micro e pequenas empresas e, segundo ele, alcança resultados satisfatórios.– O governo da Colômbia seguiu nosso conselho e apostou em investir em pequenas e médias empresas. Elas têm resultados melhores do que iniciantes por que já tem um empregador que sabe contratar, vender. Já tem know-how e sabe colocar a mão na massa, então o resultado acaba sendo espetacular.Hitendra explicou que com a aplicação da técnica, o governo colombiano vem aumentando receitas tributárias, gerando mais empregos e isso deve impactar positivamente na imagem e força do país na América Latina. Para ele, o Brasil tem capacidade de crescer mais e gerar um impacto global a partir das estratégias aplicadas pelas empresas instaladas no país.Para tanto, ele lista lições que fazem parte do método de crescimento: primeiro a empresa precisa querer crescer e definir metas. Depois, é preciso formar equipes exploradoras, formadas por grupos de 4 a 5 pessoas persistentes, apaixonadas e pacientes. A equipe deve se dar bem e trabalhar em prol da realização de ideias inovadoras que estejam alinhadas a atividade da empresa. É preciso ter impulso e interesse, além de foco no cliente.— Uma das principais dicas para o líder que tem o objetivo de crescer dez vezes, é definir uma meta e colocá-la na pauta das reuniões. A ideia que é explorada e aprimorada tem maior probabilidade de ser implementada e bem sucedida – explicou.Fonte: A Notícia

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