Funcionários da Amazon relatam pressão e metas impossíveis

Empregados contaram ao NYT choro após reunião é comum
Trabalhar exaustivamente, inclusive à noite e durante as férias, metas impossivelmente altas, críticas duras dos superiores e demanda por resultado são alguns dos aspectos da gestão de funcionários da Amazon.Uma reportagem do New York Times entrevistou 100 pessoas e relatou como é o dia a dia dos Amazonians, como são chamados os funcionários, em uma empresa que impõe metas irracionalmente altas.Empregados contaram ao jornal que chorar depois de uma reunião não é incomum, assim como conferências durante a páscoa ou feriados e trabalhar durante a noite.A funcionária Dina Vaccari já ficou 4 noites sem dormir e que já pagou a um freelancer do próprio bolso para aumentar sua eficiência, afirmou ela ao NYT.O noivo de uma ex-funcionária dirigia até a sede da Amazon, em Seattle, Washington, às 22h todo dia, para pedir que sua companheira voltasse para casa. Quando o casal tirou férias na Flórida, ela trabalhou de uma Starbucks. Como consequência, sofreu de uma úlcera no estômago.Uma mulher, que enfrentou um câncer na tireoide, foi criticada por seu desempenho ruim durante o período em que estava em tratamento, segundo o veículo.Outra, que tivera um aborto, precisou embarcar em uma viagem de negócios no dia seguinte. Seu chefe chegou a falar que “como você está tentando começar uma família, não sei se esse é o melhor lugar para você”.Uma funcionária, com câncer de mama, foi colocada em “observação” pelos seus gestores, o que significava que, se não atingisse as metas, estava a um passo de ser demitida.O mesmo aconteceu com uma mulher que teve um filho natimorto e outra que acabara de passar por uma cirurgia de alto risco, de acordo com o jornal.

Dados

A gestão de Jeff Bezos é baseada em números e dados. Por isso, a Amazon recolhe dados sobre tudo o que diz respeito ao seu negócio.Ela calcula o tempo em que cada usuário passa em cada página, que itens coloca em seu carrinho, mas não compra, o tempo de carregamento das páginas na internet, preferências de cada consumidor e, claro, o tempo de entrega dos produtos.Os funcionários são avaliados seguindo os mesmos parâmetros, com números medindo o seu desempenho constante. Além disso, seus colegas podem enviar feedbacks aos gestores e um evento anual revisa os resultados de cada um.Jeff Bezos, CEO da Amazon: empregados contaram ao NYT a pressão de trabalhar além do seu limite© Joe Klamar/AFP Jeff Bezos, CEO da Amazon: empregados contaram ao NYT a pressão de trabalhar além do seu limitePara alguns, essa estratégia funcionou: muitos relatam que expandiram seus limites e ficaram "viciados" nos resultados que essa gestão trouxe para o seu trabalho. O projeto de entrega usando drones, por exemplo foi criado por um engenheiro de baixo escalão, Daniel Buchmueller.Já Stephenie Landry começou a discutir como diminuir o tempo de entrega em grandes cidades para uma hora ou menos. Pouco mais de 100 dias depois, ela dirigia a recém-criada operação Prime Now.Além disso, a pressão sobre os funcionários tem dado resultados para a empresa, segundo o NYT. No último trimestre, as vendas cresceram 20%, atingindo 23,18 bilhões de dólares. A companhia divulgou lucro de 92 milhões de dólares para o período.

Outro lado

Em resposta ao veículo americano, Jeff Bezos afirmou que não reconhecia a empresa descrita na reportagem e que qualquer situação do gênero deverá ser relatada ao departamento de recursos humanos.“Mesmo que [os eventos relatados] sejam raros ou isolados, nossa tolerância para tal falta de empatia precisa ser zero”, disse o presidente aos funcionários da varejista.

Empresas de tecnologia

A Amazon não está sozinha. Trabalho exaustivo e chefes exigentes demais são comuns no meio de empresas de tecnologia e que pretendem crescer muito e rapidamente.Algumas oferecem vantagens incríveis à sua equipe. O Google dá lanches gratuitos e crédito aos funcionários no nascimento de um filho. A Netflix tem licença maternidade ilimitada e os funcionários de Richard Branson, do Virgin Group, podem tirar férias quando quiserem.No entanto, outras empresas do setor são conhecidas por chefes polêmicos e workaholics.Elon Musk, criador e presidente da Tesla, SpaceX e outras empresas de tecnologia, é um deles. Ele teria enviado um email a um funcionário criticando-o por perder um evento da empresa no dia do nascimento de seu filho, segundo o livro "Elon Musk: Tesla, SpaceX, and the Quest for a Fantastic Future." (O empresário depois desmentiu a história).Musk também teria dito frases como "férias vão te matar" e "vocês verão bastante suas famílias quando nós falirmos".Steve Jobs também era conhecido pelas brigas com seus funcionários - e até com prestadores de serviço e fornecedores. Ele demitia pessoas sem aviso prévio e, em uma entrevista de emprego, ele teria ridicularizado um candidato com perguntas pessoais,segundo o biógrafo Walter Isaacson.Marissa Mayer, CEO do Yahoo, tirou apenas algumas semanas de licença maternidade e proíbe o home office entre seus funcionários.
Fonte: Funcionários da Amazon relatam pressão e metas impossíveis - MSN

Jovem identifica vulnerabilidade que dá acesso remoto a computadores Mac

Lucas Todesco, de 18 anos, postou no GitHub detalhes do exploit que desenvolveu. Segundo desenvolvedor, Apple foi notificada do problema.
Um jovem italiano encontrou duas vulnerabilidades do tipo zero-day no sistema operacional da Apple que poderia ser usado para obter acesso remoto ao computador.A constatação vem depois que a Apple, na semana passada, corrigiu uma vulnerabilidade usada por alguns invasores para carregar programas questionáveis em computadores.Lucas Todesco, de 18 anos, postou no GitHub detalhes do exploit que desenvolveu. No caso, o exploit utiliza dois bugs para corromper a memória do Kernel do OS X, escreveu ele por e-mail. O kernel é um componente do Sistema Operacional essencial para o funcionamento de um computador e cuja localização não fica visível para o usuário.A memória corrompida pode então ser utilizada para contornar o endereço do chamado kernel Space Layout Randomization (kASLR), uma técnica defensiva desenhada para frustrar o funcionamento do código exploit. O invasor, então, ganha acesso a raiz do sistema.O código do exploit funciona em versões OS X 10.9.5 até 10.10.5. Ela já foi consertada no OS X 10.11, a versão beta do próximo Apple OS, batizado de El Capitan.Todesco, que informou que em seu tempo livre faz pesquisa de segurança, disse que notificou a Apple do problema “algumas horas antes do exploit ser publicado”.“Isso não se deve ao fato de eu ter problemas com a política e tempo de reparo da Apple, como alguns reportaram incorretamente”, escreveu.Ele também desenvolveu um patch chamado NULLGuard, cujo material ele inclui no GitHub. Desde que Todesco não conta com um certificado de desenvolvedor Mac, ele escreveu que não pode distribuir uma forma fácil de instalar uma versão do patch.Representantes da Apple não estavam disponíveis para comentar sobre o assunto até o fechamento desta matéria.
Fonte: Jovem identifica vulnerabilidade que dá acesso remoto a computadores Mac - IDG Now!

Donos de lotéricas devem entrar na Justiça para impedir licitação da Caixa

Donos de lotéricas devem entrar na Justiça nos próximos dias
Donos de lotéricas devem entrar na Justiça, nos próximos dias, para tentar impedir a licitação que será feita pela Caixa Econômica Federal, disse nesta segunda-feira (17) o presidente da Federação Brasileira das Empresas Lotéricas (Febralot), Roger Benac. O objetivo da Caixa é regularizar a concessão das casas lotéricas, unificando o regime jurídico das unidades que começaram a funcionar antes de 1999, em cumprimento a um acordo feito com o Tribunal de Contas da União. Até aquele ano, a permissão para entrar no ramo era concedida por credenciamento na Caixa.Para o presidente Febralot, no entanto, a maioria dos contratos só vão vencer em 2018 e, ao fazer a licitação, a Caixa está “antecipando o vencimento”. Além disso, Roger Benac argumentou que a Lei 12.869 de 2013 garante a renovação da permissão por mais 20 anos. Já a Caixa argumenta que essa lei não tem efeito retroativo para atender as permissões anteriores a 1999.“As lotéricas que serão substituídas são as que tiveram permissão concedida antes de 1999, período em que a legislação não exigia licitação e a autorização se dava por credenciamento na Caixa”, disse o banco, em nota à Agência Brasil.Benac lembrou que os donos de lotéricas fizeram investimentos em novas padronizações exigidas pela Caixa, como instalações com blindagem. “São investimentos altos, além de serem lotéricas antigas que já têm know how [conhecimento do negócio], clientela e ponto”, disse. Ele acrescentou que o investimento mínimo para se abrir uma lotérica, atualmente, é R$ 50 mil.Os donos de lotéricas também reclamam que alguns estabelecimentos foram vendidos para outros empresários recentemente, com o aval da Caixa e, com a licitação, esse investimento pode ser perdido.Segundo a Caixa, o primeiro lote que o banco pretende licitar será sorteado no próximo dia 20 e engloba 500 casas lotéricas de um total de 6.104 (46% do total). O banco pretende fazer essa regularização até o fim de 2018. Serão licitadas 2 mil lotéricas por ano, divididas em lotes de 500 unidades. Os contratos, que começam a ser assinados em 2016, terão 20 anos de duração e poderão ser prorrogados por igual período.A Caixa informou que os atuais donos de lotéricas poderão participar do processo, que será realizado via pregão eletrônico. Vencerá quem der o maior lance, que terá valor mínimo estipulado para cada unidade. Além disso, o banco diz que será necessário observar a localização das unidades disponibilizadas em cada edital e a documentação requerida. O vencedor deve assinar o contrato no prazo de 180 dias.A Caixa informou ainda que todo o processo de substituição será feito sem interromper o atendimento aos clientes.
Fonte: Donos de lotéricas devem entrar na Justiça para impedir licitação da Caixa - MSN

Apple estaria prestes a testar protótipo de seu primeiro carro inteligente

Segundo informações do The Guardian, companhia de Cupertino está a procura de instalações com altos níveis de segurança para testar Apple Car.
Os rumores de que a Apple estaria desenvolvendo um carro sem motorista parecem não ser um sonho tão distante. Segundo reportagem do Guardian, a companhia pode já estar em fase de testes de um protótipo enquanto você lê esta matéria.O jornal revelou documentos que indicam que a Apple está a procura de uma instalação, de preferência com altos níveis de segurança, para testar seu carro. A companhia reuniu executivos na GoMentum Station, uma área de 2.100 acres, não muito longe de São Francisco. A estação, que é vigiada pelos militares, está fechada ao público e é usada por outras empresas para testar veículos autônomos.O engenheiro da Apple, Frank Fearon junto com Jack Hall, gerente do programa da GoMentum para veículos autônomos, indicaram o potencial uso da área por parte da Apple em maio. Cartas de ambos foram entregues ao Guardian como parte de um pedido de registros públicos.“Nós gostaríamos ter certa compreensão de tempo e disponibilidade do espaço, e sobre como nós poderíamos coordenar outros setores ao redor”, escreveu Fearon de acordo com o Guardian.E por que isso importa? Rumores de que o carro autônomo da Apple, batizado de Projeto Titan de acordo com vários relatórios, têm percorrido há alguns meses. No entanto, a evolução do projeto ainda é desconhecida. Agora, parece que a companhia de Cupertino tem mais do que planos do que simplesmente construir um carro. Parece que ela já tem um para testá-lo. Todos os sinais apontam para o Apple CarAté então, tudo que sabemos sobre a visão da Apple para carros do futuro é que seus executivos estão interessados em carros elétricos – o suficiente para contratar especialistas em baterias de carro da A123 Systems, engenheiros da Tesla e ex-executivos como Doug Betts, da Fiat Chrysler. Recentemente, foi reportado que Tim Cook teria visitado o escritório da BMW no ano passado para aprender mais sobre o seu veículo elétrico i3.Tudo isso indica que a Apple poderia desenvolver um carro. Mas documentos obtidos pelo Guardian revelam que a companhia está muito mais próxima de realizar seus planos do que nós pensávamos.“Nós estamos esperando para ver a apresentação nos testes com layout, fotos e uma descrição de como essas tantas áreas poderiam ser usadas”, escreveu Fearon a Hall, de acordo com o Guardian.A Contra Costa Transportation Authority, que detém a Estação GoMentum, confirmou ao Guardian que a Apple abordou a área, mas até então nenhuma acordo foi finalizado.Um representante da Apple disse ao Macworld que a companhia declinou comentar rumores e especulações.
Fonte: Apple estaria prestes a testar protótipo de seu primeiro carro inteligente - IDG Now!

Fiesp promove evento que une programação e empreendedorismo

Estão abertas as inscrições para a quarta edição do Hackaton, maratona promovida pela Fiesp que reúne profissionais da área de tecnologia para desenvolver soluções em uma espécie de maratona que mistura programação e empreendedorismo.

O evento, que acontece na sede da Fiesp (Av. Paulista, 1313) entre os dias 22 a 24 de agosto, terá como tema economia compartilhada e colaborativa, e as iniciativas devem ter formato de aplicativo móvel e código aberto.

A programação inclui palestras, mentorias e brainstorms de criação das equipes. No domingo, os projetos são apresentados para uma banca de jurados e no dia seguinte acontece a cerimônia de premiação.

Maratona acontece entre os dias 22 e 24 de agosto, em São Paulo
Maratona acontece entre os dias 22 e 24 de agosto, em São Paulo
Foto: Filipe Frazao / Shutterstock

A equipe ganhadora terá o direito de participar do evento Acelera Startup da Fiesp, que acontece em novembro, com possibilidade de aceleração do projeto, inclusive com investimento.

Fonte: Fiesp promove evento que une programação e empreendedorismo - Terra

Ex-funcionário comprou Starbucks e fez dela império global

Howard Schultz inovou no mercado norte-americano ao criar uma rede que oferecia o aconchego e o charme das cafeterias italianas

É possível ficar rico cobrando altos valores por um produto que o mundo inteiro conhece há séculos e pelo qual está acostumado a pagar barato? Howard Shultz prova que sim. Funcionário da Starbucks na época em que a empresa vendia apenas grãos de café, ele tentou convencer seus chefes a também vender a bebida pronta, fazendo das lojas um espaço de convivência social. Decepcionado com a recusa dos proprietários, ele criou sua própria cafeteria, ficou rico, comprou a Starbucks e exportou seu modelo por todo o mundo.

Howard nasceu em uma família judia no bairro do Brooklin, em Nova York. De origem humilde, seu pai era motorista de caminhão e a família vivia em um conjunto habitacional para pessoas de baixa renda. Sua grande paixão na infância eram os esportes, especialmente baseball, basquete e futebol americano. Graças a este último, o jovem ganhou uma bolsa na Northern Michigan University, tornando-se o primeiro membro da família a chegar à faculdade.

Após viagem à Itália, Howard Schultz criou modelo de negócios que fez da empresa uma das marcas mais valiosas do mundo
Após viagem à Itália, Howard Schultz criou modelo de negócios que fez da empresa uma das marcas mais valiosas do mundo
Foto: Stephen Brashear / Getty Images

Após se formar em  Comunicação, em 1975, ele começou a trabalhar como vendedor da Xerox. Quatro anos depois, tornou-se responsável para operação nos Estados Unidos de uma fabricante sueca de máquinas de café. Em 1981, ele ficou curioso com o rápido crescimento das encomendas de filtros de plástico de uma empresa chamada Starbucks, e resolveu ir até Seattle conhecê-la pessoalmente.

Ao chegar no local, ele ficou impressionado com o conhecimento que a empresa tinha de café e com a qualidade do produto que comercializava, e mostrou interesse em trabalhar com no local. O sonho se tornou realidade no ano seguinte, quando foi contratado como gerente de marketing. Nesta época, a empresa vendia apenas grãos de café, e não a bebida pronta. Porém, em uma de suas viagens de negócios, ele visitou Milão, na Itália, e observou a forte cultura em torno do café existente na cidade. Em cada rua existia uma loja especializada no produto. E além de elas servirem café de boa qualidade, seu espaço também servia como um ponto de encontro para a população.

De volta aos Estados Unidos, Howard tentou convencer seus chefes a adotar um modelo semelhante. Para sua decepção, eles não se mostraram muito receptivos, mas concordarem em realizar esta experiência em uma das unidades. A loja foi um sucesso instantâneo, porém os executivos se recusaram a ampliar o modelo para toda a rede, alegando que não desejavam entrar para o ramo de restaurantes.

Faça você mesmo A negativa levou Howard a deixar a Starbucks em 1985. Mas ele não desistiu de seu sonho, e passou a correr atrás de investidores dispostos a ceder o capital para que ele abrisse sua própria cafeteria. No ano seguinte, já havia levantado os US$ 400 mil necessários para inaugurar o Il Giornale. Dois anos depois, os donos da Starbucks decidiram se desfazer da rede, e a venderam para Howard por US$ 3,8 milhões.

Na sequência, Schultz mudou o nome de suas unidades do Il Giornale para Starbucks, e passou a expandir a rede por todo os Estados Unidos. Ao longo dos anos, Schultz conseguiu a façanha de convencer os norte-americanos a pagar caro por uma bebida pela qual eles estavam acostumados a pagar centavos, graças à qualidade do produto oferecido e ao ambiente acolhedor que conseguiu criar em suas cafeterias.

Atualmente, a Starbucks é a 52ª marca mais valiosa do mundo, avaliada em US$ 70,9 bilhões pela revista Forbes, e conta com mais de 21 mil unidades espalhadas por 65 países ao redor do mundo.

Fonte: Ex-funcionário comprou Starbucks e fez dela império global - Terra

Movimento Compre do Pequeno #compredopequeno

www.compredopequeno.com.br - Convidamos você a fazer parte do Movimento Compre do Pequeno Negócio. 5 de outubro, Dia Nacional da Micro e Pequena Empresa. Dia de priorizar, incentivar e fortalecer os pequenos negócios do seu dia a dia.
Fonte: Sebrae

Como Carlos Tilkian ressuscitou a Estrela

Ele comprou a fabricante de brinquedos quando ninguém mais acreditava nela
Letícia Moreira© Fornecido por Forbes Brasil Letícia MoreiraNo início de 1996 a história da mais importante companhia brasileira voltada às crianças parecia, ao menos para o mercado e para quem a acompanhava pelos jornais, estar perigosamente próxima de seu fim. Com dívidas volumosas perante o governo geradas por impostos não pagos, milhões de reais em mercadorias encalhadas no depósito e, principalmente, uma avalanche de brinquedos baratos vindos da China tomando-lhe clientes, a Estrela já era dada como perdida por muitos analistas — e vários deles achavam que tal visão era corroborada pela atitude de seu controlador e presidente, Mario Arthur Adler, que já não escondia seu desgosto em trabalhar na companhia.A crença geral era que a empresa acabaria sendo vendida a algum gigante estrangeiro do setor, como Hasbro ou Mattel. Outros iam além, prevendo que ela acabaria por simplesmente fechar as portas. Porém, contra todas as expectativas (e, diziam, também contra o bom senso), em abril daquele ano seu principal executivo, Carlos Antonio Tilkian, comprou a companhia. Espantado, o mercado aventou as mais disparatadas hipóteses para a transação. Diziam que ele fizera a aquisição com fundos da, e para a, comunidade armênia do Brasil, a qual pertencia. Ou que a operação era o prenúncio de uma concordata, que viria. Estavam todos errados. O tempo iria provar que Tilkian apenas seguira seus instintos ao adquirir uma marca que, apesar de tudo, era (e é) uma das mais poderosas do país. E, no que tangia aos problemas do grupo, ele decidira apostar na própria capacidade de resolvê-los — e em sua boa estrela.“A crise que a indústria nacional de brinquedos amargou não surgiu de um processo, mas de um único golpe: o plano Collor, que em março de 1990 abriu, quase do dia para a noite, o mercado para os fabricantes estrangeiros”, lembra Tilkian. “Até então nosso mercado era fechado. Não se traziam brinquedos de fora do Brasil, era proibido. Aliás, os maiores players mundiais do setor, que no resto do mundo brigavam entre si, aqui tinham seus produtos licenciados e fabricados por uma mesma companhia — a Estrela, justamente.” Vendo aqueles dias em perspectiva, o empresário (que é hoje CEO e presidente do conselho do grupo) faz questão de, à maneira de Mark Twain, informar: os relatos sobre a morte da Estrela que corriam então foram grandemente exagerados. “Passamos por maus momentos, mas nunca estivemos sequer perto de quebrar, pedir concordata, nada disso”, conta.“O único passivo pesado que tínhamos eram os tributos não pagos. Faz tempo que já equacionamos o problema, embora ainda sigamos pagando essa dívida. Mas não é nada que comprometa nossas finanças”, diz Tilkian em seu escritório na capital paulista, onde também está localizado o showroom da Estrela. Já suas unidades produtivas não ficam na cidade. “Possuíamos uma fábrica aqui. Fechei assim que pude. É muito complicado produzir no município de São Paulo, principalmente tendo de competir com os chineses”, diz ele, em uma das várias vezes nas quais citou o país asiático durante a entrevista que concedeu a FORBES Brasil, no final de maio. Tilkian viaja duas vezes por ano à China. Lá a Estrela conta com vários fornecedores cadastrados, que confeccionam seus produtos, com sua marca. Depois os traz ao Brasil. Já que não podia vencer o inimigo, a Estrela fez o recomendado nos melhores manuais de gestão para casos assim: juntou-se a ele.Não que ela faça na China tudo o que vende. Até em atenção à sua razão social (Manufatura de Brinquedos Estrela S.A.), a empresa segue produzindo no país. Tem hoje três fábricas: uma em Itapira, no interior paulista, onde também está a maior parte de sua administração; outra em Três Pontas, Minas Gerais; e a terceira em Ribeirópolis, Sergipe, a qual atende à demanda da região Nordeste por brinquedos. Já teve uma fábrica em Manaus, hoje fechada por questões logísticas: brinquedos são quase sempre produtos relativamente baratos. Transporte, que é um custo invariável, acaba por isso constituindo uma parcela significativa de seu preço final. Mesmo com benefícios fiscais, o valor do frete entre o Amazonas e o restante do país acabava sendo alto demais. É espantoso, mas sai mais em conta para a Estrela — e para muitas outras empresas brasileiras — fabricar itens na China, a milhares de quilômetros de distância, do que em território nacional.Ano passado a companhia viu crescer sua receita líquida de vendas em 61%, para R$ 113,5 milhões. Neste ano a queda dos preços do petróleo deve trazer algum alívio ao custo do plástico, principal insumo da indústria de brinquedos. Mas as grandes variáveis para a atividade, no Brasil, são algo ainda mais incerto que isso: a oscilação cambial entre o dólar e o real, a taxa de juros no país e as alíquotas de importação que o governo impõe ao setor. Justamente devido a isso Tilkian optou, desde que se tornou dono da Estrela, por mesclar produção interna e externa.“Em 2014 a importação representou em torno de 35% de nosso faturamento; em 2015, não deve passar de 20%. No limite, somos capazes de produzir no exterior 90% do que vendemos e também somos capazes de produzir estes mesmos 90% internamente. As condições é que determinam o que faremos em cada ano”, explica.Como boa parte dos empreendedores brasileiros, Tilkian é filho de imigrantes que chegaram ao Brasil após sofrer perseguições em seus países de origem. Em seu caso específico, imigrantes armênios. Seu pai e sua mãe vieram para cá entre os anos de 1915 e 1923, partindo do então Império Otomano, no Oriente Médio, em uma fuga desesperada para salvar as próprias vidas (nessa época ocorreu ali o massacre de 1,5 milhão de armênios pelo exército e forças policiais otomanas — o primeiro grande genocídio do século 20). Nascido em 1953, ele formou-se em 1976 em administração pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Nesse mesmo ano ingressou na Gessy Lever (hoje Unilever) como trainee, e lá permaneceria até 1993.“Fiz uma carreira bonita na Unilever. Cheguei a diretor de vendas quando tinha só 35 anos, o que era raro à época. Justamente por isso, porém, houve um momento no qual quiseram que eu fosse morar na Itália para assumir a direção de uma das divisões locais do grupo”, recorda. “O problema é que, na ocasião, minha esposa havia falecido há pouco. Estava com dois filhos pequenos e não queria impor a eles o custo de deixarem seu país naquela situação. Então recusei a proposta e, algum tempo depois, saí da companhia e fui para a Estrela.”Quando o executivo chegou à fabricante de brinquedos, a situação ali não era boa. Fundada em 1937 em São Paulo por Siegfried Adler, a companhia tinha uma bela história atrás de si: fora uma das primeiras empresas brasileiras a se tornar sociedade anônima (1944) e guardava em seu portfólio joias do mundo da diversão, como o Autorama, o Genius (primeiro brinquedo eletrônico do Brasil), a boneca Barbie e jogos de tabuleiro — em especial, o famoso Banco Imobiliário. Mas a gestão do filho de Siegfried, Mario Adler, era alvo de severos reparos vindos de analistas e acionistas. “Não concordo com essas críticas ao Mario. Ele fez o que estava ao seu alcance, em um momento muito difícil para nossa indústria. A Estrela deve muito a ele”, faz questão de dizer Tilkian. O fato é que Adler tentara, por duas vezes, vender a companhia e não conseguira. A solução foi concretizar um management buyout (como é chamada a compra de uma empresa por seus executivos) em favor de Tilkian.Letícia Moreira© Fornecido por Forbes Brasil Letícia MoreiraDe lá para cá, a situação do grupo melhorou sensivelmente. “Após comprar a Estrela, eu e minha equipe ainda tivemos vários anos difíceis. Até conseguirmos firmar o novo modelo de negócios, baseado na flexibilidade entre importação e fabricação interna, sofremos um pouco. Depois disso, porém, a companhia aprumou e desde então só temos crescido e ganhado musculatura”, conta o executivo. A empresa orgulha-se de contar com um laboratório de desenvolvimento de brinquedos — uma equipe formada por psicólogos, pedagogos e profissionais de outras áreas que estuda e interage com crianças e, a partir disso, concebe vários de seus lançamentos. São também da Estrela as licenças de produção de itens que hoje fazem um grande sucesso entre as crianças, como a inglesa Peppa Pig e a brasileiro O Show da Luna.E para onde vai agora a companhia? “Analisamos novos investimentos com bastante calma. Não queremos cair novamente em outra crise como a que nos vitimou no passado. Somos prudentes e não fazemos dívidas desnecessárias.” Ainda assim ele revela certos movimentos que a empresa está preparando para este e os próximos anos: “Queremos, por exemplo, aumentar nossa exportação de brinquedos. Mas isso não será feito a partir de nossas fábricas brasileiras, elas hoje não são competitivas o suficiente para tanto. Vamos fazê-lo a partir de nossos fornecedores chineses”. Aliás, estão fazendo: a companhia vende seus brinquedos, com sua marca, para Turquia e Rússia e espera ampliar tal leque de países em breve.No Brasil, uma vez assegurado seu espaço no mercado infantil nacional, a Estrela abriu um novo front: começou a fabricar brindes. “Nosso setor é muito sazonal. Perto de 75% das vendas são feitas no segundo semestre do ano. Então, para compensar isso, estamos usando nossa expertise no manejo do plástico para fazer coisas como chaveiros, pulseiras, apitos etc. Tem dado bastante certo, e espero que essa atividade gere cada vez mais receita para a companhia daqui em diante”, diz ele.Por fim, questionado acerca da possibilidade de abertura de uma nova fábrica, Tilkian diz que isso está sim em seu radar, mas não no Brasil e sim no… Paraguai. “Os impostos do país são bem mais baixos que os cobrados por aqui. A energia deles é mais barata, e as leis trabalhistas são mais flexíveis que as nossas. Poderíamos instalar lá linhas de produção voltadas à exportação. Seria bom para o Paraguai, bom para o Mercosul e bom para nossa empresa.” Difícil de acontecer? Não para Carlos Tilkian. Sua trajetória prova que, em se tratando de superar desafios, ele é dono de uma estrela das mais fortes.
Fonte: Como Carlos Tilkian ressuscitou a Estrela

Empresas da região fazem delícias a partir da banana

Doce, cachaça e chips são produzidos com a fruta de Corupá
Empresas da região fazem delícias a partir da banana Maykon Lammerhirt/Agencia RBS
Indústria familiar de Corupá nasceu há três gerações e hoje vende para cinco Estados brasileirosFoto: Maykon Lammerhirt / Agencia RBS
A família Langer descobriu há quase 70 anos que a banana poderia ser comercializada de diferentes formas. O carro-chefe da empresa são os pacotes de bananas passas de dez quilos que são vendidas para cinco Estados do Brasil. A sócia-administradora, Gisleini Martins, conta que o avô do seu marido, Alfredo Langer, comprou a fábrica logo que ela foi montada. Desde então, passou a ser o ganha-pão da família.Sob comando da terceira geração, a indústria Langer faz bananas passas, bala de banana, banana com chocolate, cachaça de banana e outros.- É enxergar em uma fruta tão comum na região uma forma de negócio. Temos orgulho de ouvir elogio dos nossos clientes que comprar para exportar ou para fazer barrinhas de cereais. Hoje, estamos com 17 funcionários – diz Gisleini.A empresa utiliza por dia seis toneladas de banana que compra de 25 produtores. Gisleini destaca ainda que não compra banana de outra região, pois a fruta corupaense é adocicada acima da média. Para fazer 600 gramas da fruta seca, se utiliza um quilo de banana.- O processo é todo manual. Temos quatro funcionários para descascar bananas. Quando estamos com muitos pedidos, aumentamos o número. As frutas ficam por 48 horas em um forno a uma temperatura de 80 graus. Depois é só embalar – explica. Quando a fruta se transforma em obra de arteUm universo de possibilidades surgiu para a agricultora Elfi Minatti Mokwa, de Corupá. Ela descobriu sua profissão ainda menina com os ensinamentos dos pais e dedicou mais de meio século da sua vida ao cultivo da banana. Há quase dez anos, Elfi decidiu fazer um curso da Epagri. Lá, ela descobriu que a fibra da banana se transformava em arte.- Sou daquela época em que as pessoas faziam seus pertences. Não tinha essa de ir à loja, minha família aproveitava os retalhos para fazer algo - conta.Os produtos de artesanato viraram uma renda extra para a família, que sobrevive da agricultura. Elfi conta que continua ajudando na lavoura e, quando sobra um tempinho, corre fazer artesanato.- Eu faço flores, cachepô, tapetes e vou inventando. Como ajudo na plantação, eu faço quando me sobra tempo ou quando tenho encomendas - afirma Elfi.Atualmente, apenas duas artesãs trabalham com fibra de banana em Corupá. Elfi acredita que muitas desistem porque continuam trabalhando na roça e o serviço de artesanato toma tempo. Primeiro, é necessário retirar a fibra do caule e colocar para secar com o calor do Sol. Sem unidade, o processo de secagem demora três dias. Cada artesanato tem sua peculiaridade: as flores são pintadas antes de serem prensadas em moldes quentes para ganhar o formato das pétalas. Os tapetes são feitos em um tear que exige concentração e paciência, revela Elfi.- Não é um trabalho fácil, mas relaxo quando estou fazendo. Todas as peças são manuais e demoram a serem feitas. Fiz nome na região e as pessoas me procuram mesmo sem uma loja ou ponto de venda - afirma.
Fonte: Empresas da região fazem delícias a partir da banana - A Notícia

Estagiário encontra falha grave de segurança no Facebook e é demitido

Estagiário encontra falha grave de segurança no Facebook e é demitido
Um estagiário do Facebook foi demitido após criar um plugin para Google Chrome que chamava atenção para alguns defeitos de privacidade no Messenger.Segundo o Boston.com, em maio, o estudante de ciências da computação e matemática de Harvard, Aran Khanna, criou o Marauder’s Map, um aplicativo que utilizava dados do Messenger para mapear onde os usuários estavam quando enviaram as mensagens. O aplicativo também era capaz que mostrar a localização, cuja precisão era de menos de um metro.Essas informações, tal como a localização, foram enviadas em um grupo de três pessoas que Khanna mal conhecia – ou seja: os estranhos sabiam de onde as mensagens haviam sido enviadas e vice-versa. Com isso, um grande erro de privacidade do Facebook foi revelado: o aplicativo do Messenger automaticamente compartilha a localização do usuário com todas as pessoas com quem ele conversou.O estagiário divulgou o aplicativo em algumas redes sociais e logo foi descoberto pelo Facebook. Três dias depois, o Facebook pediu-lhe para desativar o aplicativo e também desativou o compartilhamento de localização nos desktops, o que significa que, nem se o aplicativo ainda funcionasse, ele poderia ser utilizado. Antes da desativação, o aplicativo teve mais de 85 mil downloads.Pouco tempo depois, o Facebook lançou uma atualização do Messenger que “daria total controle ao usuário de como e quando compartilhar a informação de localização”. Quando ao estagiário, ele foi demitido pouco tempo depois por “não alcançar os altos padrões éticos” que se esperam dos funcionários na empresa. O problema, lhe foi dito, foi a maneira como ele descreveu a coleta e compartilhamento de dados dos usuários.
Fonte: Estagiário encontra falha grave de segurança no Facebook e é demitido - MSN

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