Acelere sua empresa

Com diversos dispositivos disponíveis no mercado, é preciso fazer a escolha certa na hora de renovar a sua empresa e impulsionar o crescimento dos negócios

Windows 10 Pro: seguraça (Foto: Reprodução)
Uma pesquisa divulgada pela DesenvolveSP (Agência de Desenvolvimento Paulista) mostra que 80% dos empreendedores do estado planejam aumentar o investimento em inovação em 2017, enquanto somente 4% não planeja investir na área nos próximos três anos.O dado é sintomático e mostra que inovar deixou de ser uma opção e virou obrigatoriedade. Existe, no entanto, um impeditivo prático, já que a verba para Pesquisa e Desenvolvimento em uma pequena empresa é normalmente mais limitada que em uma grande corporação.Um dos caminhos mais eficientes para colocar a sua empresa no patamar de inovação, segurança e produtividade necessário para acelerar os negócios é renovar os computadores utilizados, trocando-os por máquinas de maior performance e que possuem recursos otimizados. Nesse contexto, os dispositivos com o sistema operacional Windows 10 Pro pré-instalado despontam como a opção mais moderna e adequada à atual realidade de empresas dos mais diversos portes e segmentos.O Windows 10 Pro já vem pré-instalado em uma ampla gama de dispositivos, que vai de desktops a notebooks dois-em-um. O sistema traz melhorias desenvolvidas para impulsionar a produtividade das empresas e otimizar o fluxo de trabalho de colaboradores por meio de diversos recursos que garantem uma interface mais ágil e pessoal, como é o caso da assistente Cortana, que pode auxiliar a organização de tarefas diárias, entre outras funções.Ao dar preferência a dispositivos com o sistema operacional Windows 10 Pro pré-instalado, o empresário evita os riscos da exposição a versões falsificadas do sistema que poderiam acarretar enormes prejuízos e impactos negativos na produtividade de seus negócios. Além disso, o Windows 10 Pro pré-instalado utiliza o recurso Bitlocker para criptografar e proteger os dados salvos no disco rígido dos dispositivos. Somada ao Firewall do sistema, a funcionalidade impede o vazamento de dados, bloqueia ataques de hackers e protege contra diferentes malwares. Outro diferencial importante é que as máquinas com Windows 10 Pro pré-instalado vem com o Windows Defender, antivírus gratuito que aumenta ainda mais os níveis de segurança do dispositivo.Em paralelo, o navegador Microsoft Edge conta com recursos próprios para evitar a conexão com sites maliciosos, utilizando os dados de computação em nuvem para ter maior precisão no bloqueio de endereços contaminados, que podem prejudicar, inclusive, o bom funcionamento do hardware do seu computador.Uma ferramenta extra que integra os dispositivos com Windows 10 Pro é o Office 365 para empresas, que permite que colaboradores possam acessar, editar e fazer anotações em documentos hospedados na nuvem. Para realizar o gerenciamento de contas, logins e senhas dos arquivos hospedados na nuvem, os líderes podem contar com a facilidade do sistema Azure AD, que gerencia dados de forma segura e acessível somente para os usuários previamente selecionados.Por tudo isso, os dispositivos de alta performance com Windows 10 Pro oferecem a melhor solução para acelerar os negócios e atingir resultados rápidos, com estrutura mais enxuta, de forma mais segura, para que cada colaborador trabalhe como e onde puder, agregando mais produtividade e qualidade de vida ao dia a dia profissional.Fonte: PEGN

Este negócio quer que você ganhe dinheiro dando jantares em casa

O Dinneer é uma startup criada por brasileiros e inspirada no modelo do Airbnb. Hoje, o negócio já está presente em mais de 40 países

Que tal, ao viajar para Portugal, comer um bacalhau na casa de um português? Ou, então, receber um turista na sua residência e ganhar uma renda extra preparando uma feijoada para vocês dois?
Essa é a proposta da plataforma Dinneer: criada pelo brasileiro Flavio Estevam, a startup se inspirou na tendência da economia compartilhada – que tem exemplos de sucesso, como Airbnb e Uber – para desenvolver um site no qual as pessoas dão e recebem suas melhores refeições.O negócio nasceu no segundo semestre de 2015 e já realizou quatro mil jantares, feitos por mais de três mil anfitriões. Após uma aceleração e dois aportes de investimento, a startup pretende multiplicar (e muit0) tais números em 2017.

Ideia de negócio

Estevam empreende há nove anos no mundo da internet. A ideia de negócio da Dinneer surgiu ao observar duas tendências paralelas.Primeiro, a ascensão do Airbnb e, consequentemente, da abertura em receber pessoas até então desconhecidas em casa. “Ele é até hoje uma inspiração para a gente, por ser uma grande plataforma e gerar uma experiência, e não apenas oferecer um serviço”, explica o empreendedor.A segunda tendência observada foi o fato de várias pessoas gostarem de postar seus hábitos culinários no Instagram e, com isso, receberem diversos comentários positivos. “Vi que havia um produto sendo postado e desejado por muitos, mas que mesmo assim não era vendido. Vi que também poderia fazer uma plataforma quer conectasse as pessoas e suas residências, mas especificamente para refeições.”Internacionalmente, o Dineer tem uma proposta similar a plataformas como EatWith e MealSharing, por exemplo.Estevam se juntou ao também empreendedor Raphael Jara e eles colocaram a mão na massa na própria mesa de jantar de Estevam. Em dois dias, fizeram o produto mínimo viável (MVP) do negócio: investiram 30 reais para comprar um domínio, e nele programaram cinco anúncios de jantares feitos em casa.“Logo vimos nossa primeira reserva, em São Paulo. A partir daí, fomos crescendo”, conta Estevam.

Mesa de jantar com empreendedores da Dinneer: negócio nasceu com 30 reais (Dinneer/Divulgação)

Como funciona?

A Dinneer é, basicamente, uma plataforma para conectar e intermediar o pagamento entre quem paga por um jantar e quem o oferece.O visitante entra no site e escolhe uma das refeições oferecidas, após olhar dados como preço cobrado, menu, número de visitantes que o jantar atende e local.Todo anfitrião deve seguir um padrão de atendimento e qualidade – por exemplo, é obrigatório oferecer entrada, prato principal, sobremesa e bebidas para todos os visitantes. Alguns pratos oferecidos são Coxinha de Jaca Vegana, Lasgana al Ragù e Moqueca Capixaba, por exemplo. O ticket médio é de 127 reais.Para financiar toda a operação do negócio, incluindo o processamento de pagamentos e o acompanhamento do processo de visita, a Dinneer cobra uma taxa de 10% tanto sobre o anunciante da refeição quanto sobre o comprador.Ou seja: supondo um jantar anunciado por 100 reais, o visitante irá pagar 110 reais para a Dinneer (10% de taxa de serviço, evidenciada ao confirmar o pagamento), enquanto o anfitrião irá receber 90 reais um dia após a realizar do encontro (10% do valor do jantar vai para a startup). Esse é o mesmo modelo de cobrança visto em startups como o Airbnb, diz Estevam.

Mudança de planos e expansão

Uma estratégia tomada há apenas seis meses foi fundamental para que a startup desse o salto de crescimento: focar em brasileiros que vivem no exterior como anfitriões. Segundo Estevam, essa é uma fatia populacional que compreende cerca de quatro milhões de pessoas.Antes desse foco, havia usuários de sete países diferentes participando da Dinneer. Hoje, a plataforma reúne 42 países, com mais de três mil anfitriões – 90% deles são brasileiros. Até o fim de 2017, a Dinneer pretende chegar a 10 mil anfitriões.Da mesma forma, o negócio também pretende crescer o número de jantares: em 2016, quatro mil refeições foram realizadas por meio da plataforma. A meta é chegar a 20 mil refeições no acumulado de 2017.“O plano agora é aplicar essa mesma estratégia com outros países, expandindo por nacionalidades de nichos. Focaremos em argentinos, espanhóis e japoneses que saíram dos seus respectivos países”, diz Estevam.  “Nosso objetivo final é claro: queremos criar o maior restaurante do mundo, sem ter um restaurante sequer.”

Reconhecimentos

Em setembro de 2016, a Dinneer foi selecionada para um programa de aceleração em Vancouver, no Canadá. No programa Leap International, da aceleradora Launch Academy, os empreendedores passaram três meses pensando em como lançar a Dinneer de forma global.“Vancouver é um centro de empreendedores de vários países, e isso abriu nossos olhos para o mundo. Conseguimos entender o mercado de expatriados de forma mais rápida com a aceleração”, conta Estevam.No final desse mesmo ano, a Dinneer recebeu um investimento do fundo Bossa Nova Investimentos, de valor não divulgado. O Bossa Nova investiu ao todo 10 milhões de reais em 2016, e já aportou em startups como 33e34 e HotelQuando.Por fim, a startup anunciou recentemente seu segundo investimento: um aporte feito pelo fundo americano Eldar Investments e pelo português ECS Capital Partners, também com valor não divulgado.Fonte: Exame

Eles já deram cupons de desconto grátis para 2 milhões de pessoas

Acelerada pelo Google, a Cuponeria distribui cupons de desconto até do McDonald´s e do Espaço Itaú de Cinema

A carioca Nara Iachan era daquelas que nunca perdia a chance de ir atrás de um  descontinho. Quando morou em Buenos Aires, usava cupons de desconto até para pagar os produtos da farmácia e a conta de luz.De volta ao Rio de Janeiro, durante a faculdade de Economia, ela e o namorado, Thiago Brandão, testaram bater na porta de bares e lojinhas de Copacabana para vender uma ideia: os estabelecimentos pagariam 200 reais por mês para anunciar promoções, em um site gratuito para usuários.“Era tudo no chute. Pesquisamos no Google como parecer mais velhos na hora de vender e sorteamos uma pipoqueira para ganhar relevância no Facebook”, conta Nara. Deu certo se comportar como uma empresa grande.Hoje, o casal de economistas e o programador Lionardo Nogueira são sócios da Cuponeria, startup acelerada pelo Google que distribui cupons de desconto até do McDonald´s e do Espaço Itaú de Cinema. Em 2016, a Cuponeria alcançou mais de 2 milhões de usuários e seu aplicativo foi eleito um dos cinco melhores do Brasil pela Google Play Store.Uma das promoções que mais faz sucesso é oferecer, por exemplo, duas pizzas ou dois ingressos de cinema pelo preço de um. Outra que também costuma agradar é oferecer descontos de até 30% em, por exemplo, casquinhas de sorvete ou produtos do supermercado.

Experiência do usuário

Como uma ideia simples deu tão certo? Desde o início, em 2011, a Cuponeria foca na experiência do usuário. “Queremos que as pessoas morram de amor pela Cuponeria e recebam o cupom como um presente”, conta Nara.Para isso, o dinheiro do consumidor não passa pela Cuponeria. A empresa apenas anuncia o cupom de desconto, que o usuário usa de graça, mostrando no celular no momento da compra, quando quiser.A startup também focou em desenvolver um aplicativo intuitivo para os usuários. “Queríamos um app incrível, mas entendemos que era mais importante um app simples”, conta Nara.Para as empresas anunciantes, a Cuponeria promete aumentar as vendas para o público jovem. Também oferece o sistema para registrar as vendas com cupons e medir seus resultados.A startup ganha dinheiro cobrando menos de um real por cupom, mas vende, em média, um milhão de cupons por mês. A empresa pretende faturar 6 milhões de reais este ano.

Aceleração

A Cuponeria só deixou de ser um negócio apenas de Copacabana porque, em 2015, foi selecionada por um programa de aceleração de startups do governo federal, chamado Start-Up Brasil, em parceria com a aceleradora Ace.“Conseguimos porque tínhamos poder para convencer e uma ideia clara de onde queríamos chegar”, diz Nara. Lá, aprenderam sobre tudo: estratégia do negócio, usabilidade do app, contabilidade e marketing.Depois, a Cuponeria também foi selecionada para participar do Launchpad Accelerator, um programa de aceleração de startups do Google com duração de seis meses, que conta até com um intensivo de duas semanas no Vale do Silício. Hoje, a startup é residente do Campus, espaço do Google em São Paulo para empreendedores.“Até então, achávamos que aceleração era blá blá blá, mas foi muito importante ter alguém que acreditasse na empresa”, conta Nara.Fonte: Exame

STARTUP FACILITA CONTRATAÇÃO DE PESSOAS EM PEQUENAS EMPRESAS

Proposta da Recruta Simples é diminuir o tempo perdido com a busca por novos funcionários

Vinicius Poit, fundador da Recruta Simples (Foto: Divulgação)
No início do negócio, é muito comum que os empreendedores assumam diversas tarefas ao mesmo tempo. Do administrativo ao comercial, chegando até a entrega de produtos, dificilmente algum processo fica sem a mão do dono. Essa situação é ainda mais rotineira dentro das micro e pequenas empresas, em que o número de funcionários costuma ser reduzido. Em alguns casos, esse acúmulo de funções pode ter como resultado procedimentos mal realizados e ineficientes.Uma das áreas mais afetadas é a de recursos humanos. Sobrecarregado, o empreendedor chega a levar um mês para finalizar uma contratação, o que pode afetar diretamente a produtividade do negócio. Foi para tentar resolver esse problema que Vinícius Poit - filho de Wilson Poit, fundador da Poit Energia e secretário de Desestatização e Parcerias da prefeitura de São Paulo - decidiu criar a Recruta Simples. A startup desenvolveu uma ferramenta que concentra o anúncio de empresas que procuram funcionários e cadastros de profissionais em busca de recolocação no mercado de trabalho.
A ideia surgiu em 2013, quando Poit estava trabalhando com reestruturação de pequenas e médias empresas para um projeto da Endeavor, maior organização de apoio ao empreendedorismo do mundo. Foi durante esse projeto que percebeu um problema comum a muitos empreendedores. “Eu vi como é difícil compor o quadro de funcionários de uma empresa. A missão já é difícil em grandes companhias, imagine em negócios que mal têm uma área de RH”, afirma.Vinicius trabalhou o conceito por três anos até achar o modelo ideal. No início de 2016, lançou a plataforma. “A primeira providência foi procurar possíveis clientes, conversar com os funcionários de Recursos Humanos e tentar encontrar um produto viável”, diz. Para isso, contou com a ajuda do CUBO, coworking do Itaú Unibanco, e da Redpoint eVentures, que deu algumas dicas para o empreendedor. “Aprendemos que o negócio poderia evoluir com o tempo. O importante era testar o modelo”, afirma. A partir dessa constatação, colocaram a plataforma no ar.A startup possibilita que empresas – micro e pequenas, principalmente – disponibilizem suas vagas na plataforma. Segundo Vinicius, o algoritmo desenvolvido por sua equipe cruza as informações das empresas e dos profissionais cadastrados, tornando o processo de contratação de um funcionário mais rápido e eficiente, se comparado aos tradicionais meios de divulgação da vaga. “Se mal feito, esse processo pode ser longo e trabalhoso para o RH”, diz Vinicius.EvoluçãoNo início, as vagas eram divulgadas manualmente pela equipe. “A gente pegava a vaga na mão e mandava para os sites. Foi uma loucura”, afirma Humberto Barros, sócio da Recruta Simples. Depois, a startup desenvolveu um algoritmo que permitia a divulgação para mais de 70 sites, de maneira automatizada. “Como cada negócio tem uma necessidade específica, eu usei a nossa inteligência para analisar o volume de candidaturas da maneira mais assertiva possível”, diz. Por exemplo, o algoritmo entrega às empresas contratantes quais candidatos moram na sua região. “Queremos facilitar ao máximo a vida de quem precisa contratar um funcionário e está com pressa.”O modelo que a Recruta Simples utiliza hoje é a de cobrança das empresas, com planos mensais de R$ 49,90. Seis meses depois de conseguir o primeiro cliente, a empresa já entregou mais de 200 mil currículos para mais de mil empresas. Em fevereiro de 2017, a startup foi selecionada para fazer parte do coworking do CUBO. “Estamos felizes com a oportunidade de fazer networking com outros empreendedores e apresentar o nosso negócio para potenciais clientes”, diz Vinicius.
Fonte: PEGN

Quer empreender nos EUA? Veja os passos e histórias de sucesso

EXAME.com conversou com especialistas e seis brasileiros que foram abrir negócios nos Estados Unidos para formular um guia de como empreender no país.

Você provavelmente ouviu esta história há alguns anos: um conhecido comprou um imóvel nos Estados Unidos, talvez no estado da Flórida, como uma forma de investimento para o futuro. O ano era 2011; uma época de dólar valia pouco mais do que o real. Com o passar dos anos, você viu a moeda americana se valorizar cada vez mais – e aquele conhecido lucrou muito ao vender o imóvel de antes.Agora, a situação é diferente. Não só a alta do dólar freia o investimento imobiliário, mas o perfil de brasileiro que coloca dinheiro nos Estados Unidos mudou: esse empreendedor não quer apenas investir, mas sim fazer as malas e se mudar, junto com o negócio, para os EUA.Segundo dados do consulado americano em São Paulo, o investimento brasileiro nos Estados Unidos aumentou 89% nos últimos cinco anos – e a tendência é que os aportes continuem a crescer.
Nos últimos anos, o aporte dos criadores de negócios brasileiros cresceu especialmente por conta do quadro de crise econômica: eles perceberam que precisam diversificar seus mercados.
“É fundamental para qualquer governo fomentar a produtividade econômica – e uma parte importante de tal fomento é atrair investimentos internacionais, sejam eles simplesmente capital ou boas ideias de negócio”, afirma Ricardo Zuniga, cônsul-geral dos Estados Unidos em São Paulo, em entrevista para EXAME.com na Câmara Americana de Comércio Brasil-Estados Unidos (Amcham).Nos últimos anos, o aporte dos criadores de negócios brasileiros cresceu especialmente por conta do quadro de crise econômica: eles perceberam que precisam diversificar seus mercados. “Ao entrar nos Estados Unidos, eles ganham tanto um enorme mercado quanto uma receita em dólares – o que é um hedge natural para a recessão brasileira”, analisa Pedro Drummond, da consultoria Drummond Advisors.Mas só a fuga da crise não justifica a decisão de se mudar completamente – incluindo todo o processo de imigração do Brasil. Manuel Mendes, especialista em estratégia pela Universidade Harvard e executivo da consultoria Boston Innovation Gateway, elenca diversos outros motivos empresariais para apostar no país.“Do ponto de vista da empresa, temos o fato de os Estados Unidos serem um país claro e estável quanto à legislação de investidores e negócios. Também são um polo de atração de mentes brilhantes e de transferência tecnológica, o que é uma vantagem na hora de contratar”, explica Mendes.“Além disso, os EUA são um país com grande potencial de mercado: investir em um nicho pode significar atender praticamente um país, pensando em números de consumo. Quando o negócio consegue vencer nessas condições, ele automaticamente valoriza sua marca no Brasil. Isso é especialmente notado em alguns setores, como moda.”Não há como descartar também fatores ligados à própria vida do empreendedor: é comum ouvir histórias de quem se mudou buscando uma melhor educação profissional ou melhores condições de vida para sua família. Ou, simplesmente, identifica-se mais com a cultura dos Estados Unidos, inclusive ao fazer negócios.

O passo a passo para abrir um negócio nos Estados Unidos

1 — Procure ajuda especializadaAssim como existem casos de brasileiros que fizeram sucesso em terras estadunidenses, existem casos de fracasso retumbante. Se você realmente quer empreender nos Estados Unidos, o primeiro passo é procurar programas especializados de apoio à imigração.Felizmente, há diversas iniciativas federais, estaduais e municipais de apoio a quem quer abrir um negócio no país. O SelectUSA, por exemplo, é o maior programa nesse sentido: feito por iniciativa governamental, é um agregador de consultorias e contatos de mercado de diversas regiões e setores estadunidenses, públicos e privados.“O SelectUSA é o primeiro ponto de contato para que os empresários identifiquem em qual mercado irão atuar. A partir daí, indicamos programas, agências e câmaras de comércio correspondentes ao tipo de negócio”, diz o cônsul-geral Ricardo Zuniga.As legislações de cada estado variam muito: algum deles pode ser um polo de atração do seu futuro mercado ou, por outro lado, pode oferecer incentivos fiscais para que você seja pioneiro na região.Enquanto os Estados Unidos oferecem programas de atração de investimentos, o governo brasileiro possui programas de expansão internacional. Segundo Drummond, o principal órgão nesse sentido é a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex).2 — Tenha a ideia de negócioO primeiro cuidado que o futuro empreendedor deve ter é justamente identificar uma ideia de negócio e ter uma estratégia clara de como será sua entrada no mercado. Isso envolve entender claramente quais são suas vantagens competitivas, em relação aos negócios já estabelecidos nos Estados Unidos.“Lembre-se de que um diferencial no curto prazo, como preços baixos por conta de a matéria-prima ser cotada em reais, é algo de curto prazo. Invista em outros aspectos, como um bom pós-venda, capacidade de inovação ou produto de qualidade”, ressalta Mendes.Segundo o consultor, muitos recorrem a empreendimentos já testados, como as franquias, para reduzir o tempo dessa curva de aprendizagem.3 — Faça um plano de negócios convincenteSegundo o cônsul-geral Ricardo Zuniga, é importante ter um plano de negócios estruturado antes de começar negociações e fazer as malas para os Estados Unidos. É preciso mostrar que você possui a capacidade, estrutural e financeira, de arcar com essa operação internacional.“O primeiro passo é fazer um planejamento tributário: entenda qual o custo de fazer negócios lá. O sistema de impostos dos Estados Unidos pode, por exemplo, alterar a margem de lucratividade que você possui hoje no Brasil”, explica Drummond.Depois, vem o planejamento societário: um gestor será responsável apenas pela operação americana ou todos irão administrá-la? Como será a divisão das participações?4 — Entenda as especificações de vistoNo aspecto migratório, entra uma questão que costuma gerar dúvidas: dá para empreendedor com o mesmo visto que se usa para viajar para negócios ou para lazer?Antes, é preciso saber que os vistos americanos se dividem por categorias. Os vistos mais importantes para empreendedores são os de categoria B, que servem para visitas de negócio e de lazer; e os de categoria L, para transferência de executivos com conhecimento especializado.O principal visto das empresas que expandem é o L1, que é o de transferência de empresário – é preciso que ele esteja na empresa brasileira há mais de um ano, alerta Drummond.Mas dá para empreender com o mesmo visto que você usa para viajar ou para fazer reuniões executivas, por exemplo? Apenas se o seu negócio estiver no plano das ideias.“Há atividades que se podem ser feitas através de um visto comum, o B1 ou o B2, como reuniões. Mas, para estabelecer a presença de uma pessoa física nos Estados Unidos e levar à cabo o negócio, é preciso obter outros vistos. Temos várias formas de fazer isso, então é importante consultar especialistas. Essa é a parte inicial para o estabelecimento de uma empresa”, diz Zuniga.Essas formas podem ir desde o visto L1 até a obtenção do desejado “green card”: a residência permanente em solo americano. Além de familiares, pedidos de asilo e sorteios aleatórios entre solicitantes, é possível consegui-lo por meio da comprovação de trabalho ou atividade produtiva nos Estados Unidos.Para essa categoria, chamada de EB-5, é necessário investir 500 mil dólares (cerca de 1,5 milhão de reais, pela cotação atual) em áreas prioritárias pré-estabelecidas ou 1 milhão de dólares (cerca de 3 milhões de reais) em qualquer região, além de criar ao menos 10 empregos diretos no prazo de dois anos. Segundo Mendes, esse é um dos vistos menos buscados – compreensivelmente, diante do tamanho do investimento necessário.5 — Vá ao mercado!Uma dica simples: depois de todo esse processo, que pode levar vários meses, é a hora do famoso “go to Market”.Caso você ainda não tenha feito seu mínimo produto viável na etapa do plano de negócio, contate seu público-alvo e faça uma pesquisa prévia de aceitação do produto ou serviço.Então, fale com parceiros comerciais e lance o MVP. Caso a aceitação seja novamente positiva, é hora de investir na implantação do empreendimento nos Estados Unidos (o que pode incluir aportes vultosos, como a construção de uma fábrica, por exemplo).Achou tudo isso muito complicado? Então, inspire-se com as histórias de quem está no caminho ou já conseguiu ser bem sucedido em solos estadunidenses:

Franquias e licenciamentos made in Brazil

Como comentamos anteriormente, apostar em negócios franqueados ou licenciados pode ser uma forma de empreender nos Estados Unidos com maior segurança, por ter incluída a experiência de um sucesso anterior – o do franqueador ou licenciador da marca.Mas e quando empreendedores brasileiros fazem tanto sucesso que fundam tais modelos para outros aspirantes – inclusive americanos? Veja alguns casos:Adapte-se (de verdade) ao mercado estadunidensePillar Desouza conhece bem os Estados Unidos: sua família foi ao país quando ela tinha seis anos de idade, nos anos 2000. Seus pais eram empreendedores e queriam dar mais oportunidades e segurança para a família.Na hora de criar um negócio, inspirou-se nos sabores das frutas europeias (e, depois, brasileiras).“Fiz uma viagem com meus pais para a Europa em 2010, e sempre fui apaixonada por milk-shakes. Provamos muitos deles lá, especialmente na Itália. Já de volta, tomei um milkshake em Nova York e percebi como os sabores eram ruins e sem variedade, em comparação. Então, abri minha própria loja, em Boston”, conta.A I Love Milkshakes abriu em novembro de 2013, enquanto Desouza estava no segundo ano da faculdade de administração. Ela investiu entre 80 e 100 mil dólares, com a ajuda dos pais empreendedores (entre 240 mil e 300 mil reais, aproximadamente).O diferencial do empreendimento, segundo Desouza, é o foco na qualidade de vida e nos sabores únicos: o cliente pode customizar o milkshake do jeito que quiser, com as frutas batidas na hora. “Isso veio muito do Brasil. Lá, os sucos e sorvetes costumam ser feitos com a polpa. Aqui é tudo muito à base de caldas industrializadas”, explica.O maior desafio da empreendedora foi a elaboração de um cardápio adaptado aos estadunidenses – manter seu diferencial, mas sem simplesmente copiar o que ela viu em outros países.“A marca e o produto passarão por um procedimento demorado de adaptação: é preciso entender exatamente quais as demandas e oferecer itens condizentes. Nessa hora, é importante contatar uma empresa de consultoria do estado em que você vai atuar”, recomenda.Na I Love Milkshakes, há hoje sabores típicos do Brasil, como açaí e maracujá. Outros são misturas brasileiras e estadunidenses, como o milkshake de banana com Nutella.O sucesso foi tanto que Desouza abriu uma unidade da I Love Milkshakes em Vitória, no Espírito Santo. A filial brasileira é administrada pelo tio da empreendedora.O negócio também começou a planejar a expansão por franqueamento, no ano de 2015. “Eu vi que tinha um grande potencial de crescimento na área de milkshakes, além de a operação ser simples.”O primeiro quiosque irá abrir este mês, também em Boston. “Iremos avaliar os resultados da primeira unidade antes de atender os outros pedidos de franqueamento. Talvez, no meio do ano, comecemos a vender outras franquias”, diz Desouza.O investimento de uma unidade franqueada fica entre 150 e 250 mil dólares (entre 450 mil e 750 mil reais), variando entre os formatos quiosque e loja, e o prazo de retorno é de 24 meses.A I Love Milkshakes faturou 400 mil dólares (cerca de 1,2 milhão de reais) em 2016. Para 2017, o empreendimento pretende atingir um faturamento de 500 mil dólares (1,5 milhão de reais), no mínimo.
I Love Milkshakes

Loja da I Love Milkshakes, nos Estados Unidos

Inove ou feche as portasÉ o caso do italiano naturalizado brasileiro Federico di Franco, por exemplo. Em 2014, ele se mudou com a família para os Estados Unidos. “Fomos de São Paulo para Miami e montamos um negócio em cerca de cinco meses: a Bianco Gelato, que produz sorvetes artesanais tanto para lojas próprias quanto outros pontos de venda”, explica di Franco.O empresário conta que queria dar uma experiência diferente da vivida no Brasil para sua família. Mesmo assim, houve também uma razão empresarial para entrar no mercado americano.“Entendi que o mercado de sorvetes saudáveis estava em expansão lá. Também não havia no Brasil a matéria-prima para o meu negócio em quantidades escaláveis e preços viáveis, como o leite de amêndoa orgânico, por exemplo. Aqui, nosso negócio consegue ser democrático e não de elite, como seria no Brasil.”80% dos produtos da Bianco Gelato estão no ramo de sorvetes orgânicos, enquanto os outros 20% são produtos panificados orgânicos, veganos e sem transgênicos. A esposa de di Franco, Carla, inventa as receitas e cuida da marca. Ele gerencia os aspectos administrativos do negócio.O empreendedor conta que empreender nos Estados Unidos é mais divertido – e, mesmo assim, mais difícil. “O americano está acostumado a ver de tudo, enquanto tudo parece novidade no brasil. Aqui, você deve fazer algo realmente inovativo; se fizer o de sempre, fechará as portas. Nesses dois anos e meio, vi dez sorveterias encerrarem as atividades.”O esforço se reflete na rotina da Bianco Gelato: di Franco afirma que trabalha das 7h da manhã até a meia-noite, vendendo sorvetes na loja e fora delas. “A produção começa às 8h. A loja fica aberta entre 11h da manhã e 11h da noite. Depois disso, ainda tem o fechamento da sorveteria.”Agora, a Bianco Gelato está começando seu franqueamento e irá aumentar sua capacidade de produção, com a inauguração de um laboratório maior na metade de 2017. Quatro unidades franqueadas estão em fase de abertura e irão inaugurar este ano, também no estado da Flórida. O investimento inicial de uma loja é de 150 mil dólares (cerca de 450 mil reais).Com tudo isso, a expectativa é que o faturamento total da Bianco Gelato passe de 550 mil dólares (cerca de 1,7 milhão de reais) para cerca de 700 mil dólares (cerca de 2,1 milhões de reais), em comparação anual.
Federico e Carla di Franco, da Bianco Gelato

Federico e Carla di Franco, da Bianco Gelato (Divulgação)

Não tente dar um jeitinho nos contratos (mesmo)Gina Alencar possui anos de experiência no mundo do empreendedorismo. Seu negócio, a Boxmania, foi criado em 1998 no Brasil. A empresa tentou expandir para a Colômbia e para o México – mas não obteve sucesso, e aprendeu com a lição.“A gente percebeu que, especialmente no começo da expansão, precisamos morar algum tempo no país de destino e ficar em cima da implantação”, conta.Segundo Alencar, a expansão é uma opção de investimento internacional, diante de momentos complicados no país-sede. “Não podíamos ficar esperando para ver como iria ficar a situação econômica do Brasil. Eu tinha interesse no mercado dos Estados Unidos e resolvemos expandir.”A empreendedora ressalta como o processo de obter um visto não é simples – ela possui um de categoria L. “Não é apenas chegar e fazer. É preciso mostrar como seu projeto está empregando americanos, qual o seu vínculo com o país. Eles pedem muitos documentos e comprovações do que você está fazendo, separando quem é empresário de quem apenas quer morar nos Estados Unidos”, conta.No fim, ela conseguiu fundar a Boxmania USA. Enquanto a empresa brasileira foca mais em itens de organização para residências, a americana resolveu focar em um mercado que está em ascensão lá, segundo Alencar: as malas.“Criamos uma marca de licenciamento, chamada Perfect Travel Bag, como um novo conceito de organização para viagens. Dentro das malas você encontra diversas soluções – nécessaires e sacos plásticos para roupas íntimas e molhadas, por exemplo. Parece frescura, mas você percebe a diferença ao montar e desmontar a mala”, afirma.A Perfect Travel Bag foi idealizada em 2014, mas só começou a operar em fevereiro de 2016, na Flórida. O investimento inicial foi de 400 mil dólares (cerca de 1,2 milhão de reais) e, hoje, há uma loja e um quiosque próprios.No meio do caminho, Alencar conta que teve novamente de se adaptar aos processos do país. “O fechamento de aluguéis, contratos, negócios e seguros são feitos de forma diferente: são acordos mais frios, sem muita amizade e jeitinho. São aspectos que só se aprendem com adaptação e experiência prática, e isso leva pode levar de seis meses a um ano de vivência local sobre como os sistemas funcionam”, diz Alencar.A Perfect Travel Bag trabalha por meio de licenciamento, com pontos de venda que comercializam os produtos da marca. “Nosso plano é trabalhar também com a venda dentro de grandes redes, mas mantendo a ideia de que a mala possa ser divulgada como conceito e marca, e não no meio de outros vários produtos.”Hoje, são três licenciados, sendo que um é brasileiro. “Estamos lançando novos itens para 2017 e negociando algumas expansões, inclusive para interessados em licenciamento no Panamá e no Equador.”Um quiosque licenciado da Perfect Travel Bag custa cerca de 50 mil dólares (cerca de 150 mil reais), enquanto uma loja pequena sai por 100 mil dólares (cerca de 300 mil reais). A perspectiva de retorno do investimento fica entre 18 e 24 meses. O negócio espera chegar a 20 licenciados este ano.
Gina Alencar, da marca Pefect Travel Bag

Gina Alencar, da marca Pefect Travel Bag

Startups brasileiras competindo com as do Vale

Mas nem só de negócios em setores mais tradicionais vivem os brasileiros que foram empreender nos EUA: alguns estão querendo competir com as famosas startups do Vale do Silício.EXAME.com entrevistou três startups brasileiras, cada uma com sua história: uma startup que expandiu para os EUA após anos de atuação; uma startup relativamente nova, que entrou no país há poucos meses; e, por fim, uma startup que ainda planeja sua chegada a solo americano.Abandone um pouco a idealização e coloque os pés na realidadeÉ o caso da UPX Technologies, uma startup brasileira de soluções de segurança e performance na internet. O negócio surgiu em 2002 e atende desde grandes empresas, como o Bradesco, até pequenas emissoras de rádio.A chegada aos Estados Unidos só ocorreu 12 anos depois, em janeiro de 2014.“A expansão se deu a partir do momento que detectamos que o que fazíamos no Brasil já estava sofisticado o suficiente para nos tornarmos globais”, explica Bruno Prado, CEO da UPX. “Nós pensamos que o nosso produto pode ser vendido em qualquer parte do mundo, por ser uma solução tecnológica. Se a economia de um país está ruim, outro pode colaborar com nossos resultados.”A UPX começou seu planejamento com um teste de mercado, por meio da venda terceirizada em um marketplace americano: o negócio anunciava em um site que reúne vários serviços, e os clientes poderiam optar pela solução da UPX. Isso provou que havia demanda, e a startup brasileira resolveu investir mais pesado em 2014.Esse foi o início de um longo processo de estruturação, que levou um ano e meio. Primeiro, a UPX adaptou sua plataforma para espanhol e inglês e contratou pessoas fluentes no idioma. Depois, falou com um advogado local e com uma consultoria para entender como funcionam os contratos de contabilidade, de contratação de funcionários e do mundo jurídico dos Estados Unidos.“Com isso, reestruturamos nosso plano de negócios para estabelecer toda a operação fora do Brasil. Também contratamos um profissional local de canais de venda, que conhece bem o mercado e tem aberto diversos canais de negociação abertos”, diz Prado.A UPX assinará seu primeiro canal de vendas próprio neste mês, e pretende captar 50 clientes americanos até o fim de 2017. O negócio fechou 2016 com um faturamento de 36 milhões, e pretende recuperar o valor investido na expansão internacional em até seis meses.Como conselho a quem também que chegar aos Estados Unidos, Prado recomenda não se deixar levar apenas pelos sonhos. “Quando você tem uma startup e recebe um aporte de capital, o seu aspecto emocional costuma ficar na frente do racional. Eu já vi vários negócios que foram aos EUA e alugaram o melhor escritório da cidade, investiram em mobília e contrataram profissionais caros. Todo o dinheiro foi embora, e eles não duraram nem um ano. É preciso agir com cautela.”
Bruno Prado, CEO da UPX Technologies

Bruno Prado, CEO da UPX Technologies

Construa um produto realmente de qualidade, sabendo ouvirO negócio dos empreendedores Fernando Pavani e Stefano Milo também começou com perspectivas globais: em 2014, eles inauguraram uma plataforma de compra de moeda estrangeira online, chamada BeeCâmbio.Hoje, a BeeTech se transformou em uma startup de soluções financeiras tecnológicas – incluindo tanto a BeeCâmbio quanto a Remessa Online, um serviço para mandar dinheiro a outros países.Segundo os empreendedores, a startup pratica um spread (diferença entre taxa cobrada e taxa de captação do valor) menor do que os bancos tradicionais para esse tipo de transferência, além de oferecer uma plataforma mais fácil de se usar. O spread médio da plataforma é de 1,6% ao mês.Hoje, a BeeTech possui 20 mil clientes, sendo que 5 mil usam a Remessa Online. A maioria dos consumidores é de classe alta, e envia dinheiro para contas no exterior e para pagar a educação internacional dos filhos, por exemplo.“Como somos um serviço que atravessa fronteiras, ter um alcance global é fundamental. Vemos que muito do capital que entra no Brasil vem dos Estados Unidos, e lá há muitas corretas tecnológicas com as quais podemos fazer integrações e parcerias”, explica Milo.A BeeTech chegou aos EUA há dois meses, e está justamente procurando parceiros americanos que possam indicar a startup aos seus clientes que enviam dinheiro internacionalmente.Há atualmente duas corretoras parceiras da BeeTech em solo americano. “A opção de mandar e receber dinheiro pelos Estados Unidos, no site dessas corretoras, funciona com a Remessa Online. Os clientes delas já fazem um cadastro simplificado na nossa plataforma, com dados preenchidos automaticamente.”A BeeTech, hoje, está desenvolvendo uma ferramenta para centralização não apenas o envio de dinheiro, mas o recebimento – hoje, o recebimento é vinculado a corretoras parceiras.Como dica a futuros empreendedores nos Estados Unidos, Milo recomenda ter uma abordagem muito profissional, com foco em detalhes. “A diferença entre o regular e o excepcional é a atenção dada ao produto. Você tem que mostrar que realmente algo de qualidade. Pode parecer besteira, mas assim seus clientes e parceiros percebem que você tem um time de qualidade por trás do negócio, e isso faz toda a diferença para um imigrante.”
Fernando Pavani e Stefano Milo, da BeeTech

Fernando Pavani e Stefano Milo, da BeeTech

Não queira dominar os Estados Unidos de uma vez: ataque nichosA MidiaMobi, plataforma brasileira de gestão de conteúdo para o marketing e para as redes sociais de empresas, foi criada em 2014 pelos empreendedores João Gonzalez e Martius Haberfeld.O negócio atende 100 clientes hoje: desde pequenas empresas até grandes clientes, como o grupo Hypermarcas. Ao todo, cerca de mil usuários usam a plataforma.Assim como a UPX, a MidiaMobi também tinha pretensões globais em seu planejamento. “Já na nossa pesquisa de mercado, pensamos em como nossa solução se encaixaria em outros países. Olhamos para empresas que fizeram sucesso lá fora sem terem surgido de grandes potências econômicas, como Mercado Livre [argentina] e Spotify [Suécia]. Como a gente é uma empresa de software, nosso foco é o mercado global”, explica Gonzalez.No momento, a MidiaMobi está estudando a burocracia para se estabelecer nos Estados Unidos e em países da América Latina e procurando parceiros locais para a venda online do serviço. “Buscamos empreendimentos complementares, porque assim podemos distribuir melhor nossa solução em um mercado tão grande quanto o dos Estados Unidos. Por exemplo: empresas como MailChimp e Zendesk atendem o mesmo público que nós, mas possuem serviços que não competem com o nosso.”O empreendimento ainda está estruturando sua expansão para os EUA: a ideia é ter o planejamento pronto no fim de 2017, para começar a operar as parcerias em 2018.É algo que leva tempo. “Temos de buscar contatos no mercado, ainda que já tenhamos alguns, e elaborar um plano de negócios contundente. A maior dificuldade é elaborar uma estratégia diante de variáveis tão específicas em cada estado americano, como o perfil de consumidor. Antes de tomar ações específicas, estudaremos bastante”, diz Gonzalez.As regiões desejadas são Nova York, por ter um forte mercado de comunicação; Califórnia, por concentrar fundos de investimento, uma opção de alavancagem futura; e Boston, por também ser um hub de startups.Mesmo atuando em locais tão conhecidos, a estratégia que a MidiaMobi tomará é achar pequenos nichos para se tornar relevante. “Por exemplo, queremos ser relevantes para os designers de Los Angeles, e então tentar expandir. É um trabalho de formiguinha mesmo: ter como meta dominar metade do mercado americano é uma loucura, por exemplo.”Para este ano, a MidiaMobi pretende aumentar sua base de clientes para 400 empresas e 3000 usuários ativos.
João Gonzalez e Martius Haberfeld, da MidiaMobi

João Gonzalez e Martius Haberfeld, da MidiaMobi

Futuro: Donald Trump pode mudar seus sonhos de empreender?

Donald Trump provocou muitas polêmicas durante o processo das eleições americanas. Uma das mais conhecidas diz respeito à imigração: ele afirmou que retomaria os projetos de construção de um muro que separaria os Estados Unidos do México. Há poucas semanas, assinou o projeto e oficializou sua promessa.Com tal posicionamento, surgem muitas dúvidas sobre como será a relação de Trump com os imigrantes ao país. Será que os brasileiros que querem abrir negócios nos Estados Unidos serão afetados?Os empreendedores consultados por EXAME.com deram análises mistas: há quem diga que Donald Trump será melhor para a economia americana do que o último governo. Também há aqueles que afirmam não ter visto grandes alterações no seu mercado de atuação.Por fim, há os que defendem que o maior controle sobre os imigrantes pode afetar a operação de muitos negócios para pior – pode haver menor diversidade na hora de contratar funcionários brilhantes e em atrair consumidores, como ressalta o governador do estado de Delaware, por exemplo.“Quais CEOs responsáveis e inovadores alienariam grandes fontes de talentos e consumidores? Nenhum, porque seus quadros administrativos os demitiriam na hora. Mas Trump alienou latinos (o poder de compra deles nos Estados Unidos: mais de um trilhão de dólares) e muçulmanos (mais de 125 bilhões de dólares”, analisou Jack Markell, que também é empresário, à Forbes.Já segundo os especialistas ouvidos por EXAME.com, o brasileiro pessoa física que entra nos Estados Unidos pode enfrentar agora mais problemas do que antigamente – o que é um obstáculo para quem ainda está na fase de ideação do empreendimento.“O governo americano é muito bem aparelhado, e já estamos vendo mais fiscalização e prazos mais longos na hora de conceder os vistos. Vários clientes têm sido parados e questionados na imigração, o que antes não acontecia. Os EUA sabem que o volume de pedidos brasileiros já cresceu muito e vai crescer ainda mais, o que acende um alerta”, afirma o especialista Manual Mendes.Donald Trump assinou recentemente algumas mudanças no controle migratório que reforçam tal fiscalização. A concessão de vistos para brasileiros mudou: agora, todos os solicitantes deverão passar por entrevista pessoal. Antes, quem renovasse seu visto na mesma categoria, em até 48 meses após o vencimento, não precisaria refazer essa etapa.Mesmo com esse obstáculo na pessoa física, Pedro Drummond analisa que os empreendedores já legalizados não sofrerão o mesmo impacto.“As mudanças imigratórias mais significativas, até o momento, estão voltadas para estrangeiros de outros países, não o Brasil. Não há nada que indique que, no futuro, teremos maior dificuldade para o processo de visto de executivos brasileiros transferidos para cuidar do empreendimento a ser estabelecido nos Estados Unidos.”
“A empresa que quer realmente criar raízes vai ser beneficiada”, explica o consultor Manuel Mendes. “Agora, quem quer somente exportar seus produtos para os Estados Unidos pode enfrentar obstáculos, como mudanças tarifárias e protecionismo.”
Mendes concorda com a análise: para quem já se preparou para abrir um empreendimento que traga investimentos para os Estados Unidos, a tendência é que as portas estejam abertas.“Baseado no que existe no plano de governo e no que a gente escuta, há uma política de incentivo forte à captação de investimento e do fortalecimento do pequeno negócio americano. A empresa que quer realmente criar raízes vai ser beneficiada”, explica. “Agora, quem quer somente exportar seus produtos para os Estados Unidos pode enfrentar obstáculos, como mudanças tarifárias e protecionismo.”Fonte: Exame

Udesc Joinville sediará maior evento de startups do mundo

O Startup Weekend começa na sexta-feira e segue pelo fim de semana

Resultado de imagem para imagem Udesc Joinville sediará maior evento de startups do mundo

Tudo começa na noite de sexta-feira, com o palco aberto para os participantes compartilharem suas ideias e inspirarem outros a se juntarem a seus times. As mais bem votadas são escolhidas. Durante o sábado e o domingo, os times se focam em encontrar um modelo de negócios e criar um produto viável mínimo, utilizando metodologias e ferramentas como Lean Startup, Business Model Generation e Desenvolvimento de Clientes.Durante a maior parte do tempo haverá mentores convidados à disposição dos participantes. No domingo, os times apresentam o que construíram e recebem feedbacks valiosos de jurados experts. Os melhores são premiados!Internet of Things (IoT)"Internet of Things" (ou "Internet das coisas", em português) é o termo utilizado para uma revolução tecnológica que tem como objetivo conectar itens que utilizamos em nosso dia a dia à internet. Já foram criados diversos eletrodomésticos, relógios, automóveis e roupas que são conectados à internet e a outros dispositivos como computadores e smartphones.A tendência é que o mundo físico e o digital se tornem um só, por meio de aparelhos que se comuniquem diretamente com data centers e suas nuvens. Especialistas acreditam que a partir de 2020, a IoT será o maior mercado de dispositivos do mundo com mais de 200 milhões de gadgets conectados.Para fazer a inscrição ou obter mais informações basta acessar o site do evento.Fonte: Noticias do Dia

Sephora procura empreendedoras no ramo de beleza para aceleração

A rede de produtos de beleza está com inscrições abertas para o Sephora Accelerate, que busca startups que lidam com o segmento de estética.

São Paulo – A Sephora, rede de lojas de produtos de beleza, é mais uma gigante que está de olho nas startups. A marca está com inscrições abertas para um projeto próprio de aceleração – e procura empreendedoras que tenham negócios inovadores no segmento de beleza.Ao todo, serão dez mulheres selecionadas. Nesta edição, elas podem ser do Brasil, do Canadá, dos Estados Unidos ou do México.As startups inscritas devem ter sido fundadas por empreendedoras acima de 18 anos de idade ou mais e estar em início de desenvolvimento (os produtos devem ter algum tipo de amostra de laboratório ou protótipo, mas ainda não devem ter distribuição em larga escala).As inscrições podem ser feitas até dia 31 de janeiro, pelo site. O anúncio das startups selecionadas será feito no dia 8 de março.

Como é a aceleração?

O Sephora Accelerate proporciona, durante seis meses, conhecimento sobre habilidades e treinamentos sobre ferramentas necessárias para criar boas estratégias no mundo da beleza.A experiência inclui passar uma semana do mês de abril na sede da Sephora, em São Francisco, onde as selecionadas terão um treinamento que envolve análise de mercado, estratégias de empreendedorismo, modelo de negócios e plano de crescimento.Nos meses após a experiência de campo, as empresárias deverão resolver desafios de negócios e crescimento por meio do apoio de mentores, que vão acompanhá-las individualmente durante toda a aceleração. Esses mentores podem ser tanto líderes da indústria de beleza quanto especialistas em startups.Ao final, cada empreendedora receberá cinco mil dólares e participará de um Demo Day, em 29 de agosto: haverá a apresentação das ideias de negócio para especialistas da indústria, líderes da Sephora e possíveis investidores e parceiros.

Por quê?

Segundo a Sephora, o programa de aceleração surgiu porque as empreendedoras ainda não possuem tanta representatividade – mesmo na indústria da beleza, na qual as mulheres são a maioria dos consumidores.O objetivo do processo é “criar um mercado de trabalho mais igualitário, oferecendo oportunidades e ferramentas para que mais mulheres alcancem sua independência, fazendo aquilo que amam”.Para isso, o Sephora Accelerate irá criar uma comunidade de apoio para as empreendedoras que estão nos primeiros estágios de desenvolvimento dos seus negócios.Fonte: Exame

13 startups brasileiras que fizeram a diferença em 2016

Especialistas listam para EXAME.com alguns negócios inovadores brasileiros que se destacaram neste ano.

São Paulo – A recessão econômica que marcou o ano de 2016 trouxe dificuldades para muitas empresas – incluindo os pequenos e médios empreendimentos. Porém, alguns negócios conseguiram crescer justamente quando os mais tradicionais passavam por uma reflexão de estratégia: as startups.
Segundo quatro especialistas consultados por EXAME.com, é fato que o ecossistema de empreendimentos inovadores cresceu neste ano. Ainda que o tamanho dessa ampliação não seja um consenso – para alguns ela é tímida, enquanto para outros foi significativa -, há alguns movimentos que apontam uma melhora para o ambiente de startups.
A primeira grande tendência foi o interesse das grandes corporações nos pequenos negócios inovadores. “A entrada das gigantes no ecossistema de startups ajudou os negócios a captarem mais recursos e a se financiarem, seja por meio de acelerações e investimentos ou pela compra de projetos”, afirma Bruno Rondani, do Movimento 100 Open Startups. “Por outro lado, o governo ficou de fora desse movimento. Faltou investimento público em 2016.”Ana Fontes, idealizadora da Rede Mulher Empreendedora, também destacou a entrada de grandes empresas no ecossistema. “Isso ajuda o ambiente de startups a evoluir, mesmo em um ano instável como esse. Por exemplo, a Visa fechou uma parceria com o Startup Farm; a Telefônica está dando apoio por sua aceleradora, a Wayra; e o Bradesco fez sua segunda edição do programa Inovabra.”Outra tendência de 2016 é a descentralização: há mais empresas inovadoras surgindo fora do eixo Rio de Janeiro-São Paulo. “Isso é muito importante para o desenvolvimento da economia do país como um todo. Vimos isso acontecer principalmente em cidades como Belo Horizonte, Florianópolis e Recife neste ano”, explica Caíque Pegurier, mentor Endeavor, coordenador de MBA na Inova Business School e CEO da Wide Desenvolvimento Humano.“Também vimos startups com reais inovações tecnológicas, e não apenas negócios com mudanças marginais em relação a empreendimentos já existentes. Estamos entrando para valer no desenvolvimento de tecnologia, com negócios disruptivos.”A última tendência destacada pelos especialistas é a popularização dos negócios inovadores – mesmo que a maioria ainda não os conheça como “startups.”“Vimos startups brasileiras se destacando e saindo do grupinho dos especialistas no tema. Hoje, vemos pessoas falando de negócios como o Nubank com naturalidade, sem nem saber que ele é uma startup. Para mim, é um sinal de maturidade do mercado”, explica Pedro Waengertner, da aceleradora ACE.Quais foram as startups que souberam aproveitar melhor os movimentos trazidos por 2016? Veja, a seguir, 15 negócios brasileiros inovadores, que fizeram a diferença:

1. Contabilizei

Fabio Bacarin e Vitor Torres, da Contabilizei

Fabio Bacarin e Vitor Torres, da Contabilizei (Divulgação)

A Contabilizei é uma plataforma de contabilidade para micro e pequenas empresas, administrada de forma completamente online e com simplicidade, por meio da computação em nuvem.“A startup está dentro do movimento das fintechs e provavelmente já é a maior empresa de contabilidade do país, em número de clientes”, explica Pegurier. “Em apenas três anos de atividade, esse é um resultado surpreendente.”A startup, diz o mentor, representa um dos negócios inovadores de destaque que se desenvolveu fora do eixo Rio de Janeiro-São Paulo: ela é do Paraná. Além disso, ajudou seus clientes a economizarem 25 milhões de reais neste ano, apenas pela maior eficiência contábil.A Contabilizei já havia atraído grandes investidores no passado – como o fundo KaszeK Ventures. Este ano, recebeu um novo aporte, liderado pelo e.Bricks Ventures. Outros participantes do investimento foram novamente a KaszeK e o fundo internacional Endeavor Catalyst.

2. Dr. Cuco

Reprodução de telas do aplicativo Dr. Cuco

Reprodução de telas do aplicativo Dr. Cuco (Reprodução)

O Dr. Cuco é um aplicativo que funciona como uma “enfermeira digital”: por meio da ferramenta, é possível receber lembretes de medicamentos para doenças como colesterol alto, diabetes e hipertensão, por exemplo. Além de poder criar manualmente seus alarmes, o app permite receber automaticamente a prescrição feita por seu médico, já convertida em lembretes (peça ao seu médico para integrar-se ao Dr. CUCO).Em breve, os usuários poderão compartilhar seu tratamento com familiares e cuidadores, além de receber benefícios pelo tratamento realizado de maneira correta.“Essa solução tem o potencial de reduzir muito a taxa de desistência de tratamentos, o que reduz os custos do setor de saúde também”, explica Rondani. “É um negócio que tomará ainda mais força com o progressivo envelhecimento da população.”O criador do 100 Open Startups destaca que a empresa fechou este ano parcerias com grandes players do mercado de saúde, como o HCor (Hospital do Coração).O Dr. Cuco também foi escolhido como uma das dez startups mais sexy no evento de Rondani, a partir da opinião de 50 grandes empresas e dezenas de investidores. Por fim, a startup foi vencedora do Concurso de Planos de Negócios para Universitários do SEBRAE/SC, na categoria Negócios Digitais.O Dr. Cuco já recebeu um investimento-anjo e hoje está no Cubo, espaço para startups do banco Itaú Unibanco.

3. Me Passa Aí

Tela do site Me Passa Aí

Tela do site Me Passa Aí (Reprodução)

A Me Passa Aí se autodescreve como uma espécie de “Netflix dos estudos universitários”: os estudantes assinam o serviço e acessam videoaulas produzidas por alunos que se destacam, com posterior certificação por professores. O negócio começou em 2014 e tem 25 mil usuários cadastrados.Rondani destaca que o negócio passou este ano por um processo de investimento que pode se popularizar nos próximos anos: o equity crowdfunding. Por meio dele, pessoas físicas podem dar dinheiro a uma startup em troca de participação do negócio. No caso da Me Passa Aí, 250 mil reais foram arrecadados em troca de 12,5% de participação societária, diluída em 54 investimentos.

4. Exact Sales

Smartphone com informações sobre a Exact Sales

Smartphone com informações sobre a Exact Sales (Reprodução)

A Exact Sales é uma startup que desenvolveu uma metodologia e um software para gerar eficiência especificamente em vendas complexas.Com um ano e meio de vida, o negócio já atende mais de 500 clientes e faturou 2,1 milhões de reais no primeiro semestre de 2016.Neste ano, o negócio conquistou sua segunda rodada de investimentos. O aporte foi realizado pelo fundo CVentures, no valor de 4 milhões de reais. O valuation é seis vezes maior do que o do primeiro investimento, feito no ano passado.“O que me impressiona é eles chegarem tão rápido neste porte de negócio. Eles conseguem esse resultado atingindo um grande problema das empresas brasileiras: as vendas”, diz Waengertner, da ACE. “Em 2016, eles provaram que já saíram do estágio de startup iniciante, entrando em uma faixa de maior peso.”Vale lembrar que a Exact Sales também está fora do eixo Rio de Janeiro-São Paulo, como a Contabilizei: ela foi fundada em Santa Catarina.

5. GuiaBolso

Thiago Alvarez e Benjamin Gleason, sócios fundadores do GuiaBolso

Thiago Alvarez e Benjamin Gleason, sócios fundadores do GuiaBolso (Divulgação)

O GuiaBolso é um aplicativo que promete melhorar a saúde financeira do brasileiro. A startup aposta na simplicidade da experiência do usuário como diferencial: além de ser gratuito, o app exporta e categoriza automaticamente todos as receitas e despesas da conta bancária do cliente.“O negócio já tem três milhões de usuários e diz que ajudaram seus usuários a economizarem mais de 200 milhões de reais este ano”, afirma Pegurier. “Eles resolveram uma dor enorme, por meio do desenvolvimento tecnológico de uma boa UX [experiência do usuário]. Isso gerou o boca a boca, que se transformou em sucesso para a startup.”A ideia chamou a atenção até mesmo do Banco Mundial em 2016. Em maio, a International Finance Corporation (IFC), ligada ao banco, e outros investidores dos fundos Kaszek Ventures, Ribbit Capital e QED Investors aportaram 60 milhões de reais no negócio.Pegurier analisa que o próximo passo do GuiaBolso será o oferecimento de serviços financeiros, o que poderá dar trabalho até para os grandes bancos – algo em que as fintechs já são especialistas.

6. In Loco Media

André Ferraz, CEO da In Loco Media

André Ferraz, CEO da In Loco Media (Divulgação)

A startup pernambucana In Loco Media é um exemplo de inovação disruptiva, segundo Pegurier. O negócio, lançado dentro de uma universidade de Recife, desenvolveu uma tecnologia de geolocalização mais preciso que o GPS – útil principalmente em ambientes internos.O negócio está presente na América Latina, nos Estados Unidos e na Europa e já rastreou mais de 15 milhões de estabelecimentos, diz o mentor. Seu foco é oferecer um serviço de publicidade digital hipersegmentada para empresas.“Uma montadora de veículos pode fazer publicidade específica para pessoas que já estão dentro de suas concessionárias, ou uma universidade consegue lançar publicidade para quem está perto da instituição, por exemplo.”O negócio tem hoje 50 milhões de usuários ativos e trabalha com grandes empresas, como Claro, Coca-Cola, Fiat, LG, Lojas Americanas, Natura e Nestlé.

7. Love Mondays

Luciana Caletti, do Love Mondays

Luciana Caletti, do Love Mondays (Fabiano Accorsi/VOCÊ S/A)

O Love Mondays, lançado em 2014, ajuda profissionais a conhecer 75.000 empresas e candidatar-se a vagas. Ana Fontes, da Rede Mulher Empreendedora, destaca que é uma startup liderada por uma mulher – Luciana Caletti – e que conseguiu obter êxito com pouco tempo de vida.O principal marco da empresa neste ano foi sua venda para o negócio que os inspirou: o portal Glassdoor. O valor da transação não foi divulgado. “O exit foi um marco importante principalmente no modelo que foi feito: a Luciana continua na operação e na liderança.”

8. Méliuz

Ofli Guimarães e Israel Salmen, fundadores do Méliuz

Ofli Guimarães e Israel Salmen, fundadores do Méliuz (Divulgação)

A Méliuz é um programa de fidelidade que, em vez de dar pontos, devolve parte do seu dinheiro direto na conta.Criada em 2011, a startup vem crescendo exponencialmente: segundo a empresa, 23 milhões de reais já foram repassados às contas bancárias de seus usuários.“Eles estão de fato fazendo diferença no seu setor, que é um mercado bastante novo ainda”, explica Ana Fontes. “Os fundadores foram selecionados como mentores da Endeavor e a Méliuz está bem cotada, com vários prêmios.”O maior deles foi o de startup do ano, no prêmio Startup Awards 2016. No final de 2015, o negócio já havia conquistado um aporte do investidor francês Fabrice Grinda, um dos criadores da OLX. O valor do investimento não foi divulgado.

9. Movile

Fabricio Bloisi, presidente da Movile, dona do iFood

Fabricio Bloisi, presidente da Movile (Forbes Brasil/Divulgação)

A Movile é uma das maiores startups do Brasil. A empresa paulista de conteúdo para celulares responsável por aplicativos como iFood e PlayKids é o negócio mais cotado para se tornar o primeiro unicórnio brasileiro – negócios avaliados em um bilhão de dólares (ou mais).“O FabrIcio Bloisi, da Movile, é um empreendedor de primeira linha. A Movile entra em setores muito competitivos – o iFood disputa agora com negócios como o UberEats, por exemplo – e se destaca, mesmo fora do país”, explica Waengertner, da ACE. “Essa agressividade e essa urgência torna a Movile um grande exemplo brasileiro de empreendedorismo.”

10. Nubank

Aplicativo do Nubank no celular

Aplicativo do Nubank no celular (Nubank/Divulgação)

O Nubank é provavelmente a startup mais popular de 2016: seu nome não saiu da boca dos brasileiros, o que gerou uma fila de sete milhões de pessoais querendo o cartão de crédito da marca – administrado totalmente online e sem taxa de administração.A ameaça de fechamento por conta de uma medida do Banco Central, divulgada há poucos dias, só confirmou o interesse dos brasileiros pelo “roxinho”, apelido do cartão da fintech.“O Nubank se destaca por estar lutando contra gigante e por estar trazendo um nível de qualidade Vale do Silício ao Brasil: a gente sente isso quando visita o negócio, quando conversa com os clientes e com os funcionários e quando colocam o Brasil no alvo de muitos investidores que nunca investiriam em negócios do país antes”, explica Pedro Waengertner, da ACE.“É uma startup de um setor que anda muito popular – as fintechs – e são o exemplo de maior sucesso nesse mercado, cheio de grandes players e super regulamentado”, completa Ana Fontes, da Rede Mulher Empreendedora. “Não deixo de destacar que uma mulher compõe a liderança: a Cristina Junqueira.”Em 2016, o negócio conseguiu o maior investimento da sua história, de série D. Desta vez, o valor do investimento foi de US$ 80 milhões (aproximadamente R$ 276 milhões, pela cotação atual). Até hoje, o Nubank já arrecadou mais de 600 milhões de reais nas cinco rodadas de investimentos acumuladas. Muitos colocam a startup no mesmo grupo da Movile: o de futuros unicórnios brasileiros.

11. Resultados Digitais

Escritório da Resultados Digitais

Escritório da Resultados Digitais (Mar Santos/Divulgação)

A Resultados Digitais foi criada em 2011, explorando um mercado que ainda não existia no Brasil: o de automação de marketing digital.Para obter sucesso, trabalhou para convencer os brasileiros de que era preciso investir na atração de consumidores pela internet. Seu evento de marketing digital, o RD Summit, recebeu em 2016 mais de cinco mil visitantes.“Eles dominam um setor que eles mesmo criaram, estão exportando e seus criadores viraram mentores da Endeavor. É uma startup para ficar de olho”, diz Ana Fontes.Ela também destaca o aporte recebido pela RD neste ano: um investimento série C, no valor de 62 milhões de reais. A injeção de capital foi capitaneada pelo fundo TPG Growth, que já investiu em empresas como Airbnb, Uber e Spotify. Outros investidores foram Redpoint eventures, Endeavor Catalyst e DGF Investimentos.Já Pedro Waengertnet, da ACE, destaca a gestão do negócio. “A equipe tem um nível de execução próximo das empresas do Vale – especialmente na maneira como eles pensam o desenvolvimento do produto e a área comercial. Além de atraírem os principais investidores brasileiros, atraíram fundos americanos neste ano. São um exemplo de empresa de tecnologia no Brasil.”Ao todo, a Resultados Digitais já recebeu R$ 83 milhões em aportes e possui 380 funcionários na sua equipe.

12. Sympla

Equipe da startup Sympla, escolhida como a melhor de 2015

Equipe da startup Sympla (Divulgação)

Fundada em 2012, a Sympla é uma plataforma inteligente para venda e gestão de ingressos e inscrições. O negócio é voltado para produtores de eventos de pequeno e médio porte e já totalizou mais de 75 mil eventos feitos pela plataforma.A Sympla foi considerada melhor startup do ano de 2015 pelo Spark Awards. Neste ano, o negócio recebeu um aporte de 13 milhões de reais, liderado pela Movile.“É uma startup bem mineira. Sem fazer muito alarde, mas trabalhando muito e de forma focada, está crescendo muito. Em 2017, pretende faturar 250 milhões”, ressalta Fontes.“A Sympla teve uma trajetória muita agressiva, cercada de mentores bons e parceiros bons, como a Movile. Eles crescem de forma sólida e logo sairão do patamar de pequena e média empresa”, analisa Waengertner.  “O negócio também acabou de comprar uma startup acelerada por nós e que era concorrente deles, a Eventick.”

13. VivaReal

Brian Requarth, criador do VivaReal

Brian Requarth, criador do VivaReal (Germano Lüders/Revista EXAME)

O VivaReal é uma startup criada em 2009 para bater de frente com outros portais de imóveis do país: o marketplace conecta compradores com vendedores e alugadores de residências.Hoje, são mais de 4,5 milhões de casas ou apartamentos dentro do site. O negócio também já acumulou 245 milhões de reais em investimento.Junto com as startups GuiaBolso e Nubank, o VivaReal foi considerado uma das empresas brasileiras mais inovadoras ao transformar a relação das pessoas com o dinheiro, segundo a consultoria KPMG e a investidora em fintechs H2 Ventures.“É um negócio feito por um empreendedor americano que veio ao Brasil sem conhecer ninguém e criou uma empresa que desafia portais de imóveis já estabelecidos há anos”, explica Waengertner, da ACE. “Ele encara esses concorrentes de forma eficiente e atraiu grandes investidores ao Brasil. É muito parecido com o Nubank, nesse sentido.”Fonte: PEGN

NUBANK RECEBE US$ 80 MILHÕES EM RODADA DE INVESTIMENTOS

Startup planeja ampliação de sua infraestrutura

O Nubank já recebeu 2 milhões de solicitações de interessados no cartão (Foto: Divulgação)
Nubank anunciou na última quarta-feira (7/12) que recebeu um aporte de US$ 80 milhões (aproximadamente R$ 276 milhões) em sua quinta rodada de investimentos. Fundada em 2013, a fintech emite cartões de crédito sem anuidades e cobra taxas menores do que as praticadas pelo mercado. De lá para cá, recebeu mais de 7 milhões de pedidos de cartão - a empresa, contudo, não divulga o número de cartões emitidos.A rodada foi liderada pelo fundo de investimentos russo DST Global, em sua primeira aplicação na América do Sul. Entre as empresas na carteira de aportes do grupo estão o e-commerce chinês Alibaba e o serviço streaming de música Spotify. Redpoint eVentures e Ribbit Capital também participaram da rodada.Em entrevista ao jornal Valor Econômico, o fundador do Nubank, David Vélez, afirmou que a quantia angariada deve ser suficiente para sustentar o crescimento do negócio ao longo dos próximos dois anos.  A ideia é usar os recursos para ampliar a infraestrutura, incluindo o número de funcionários (atualmente mais de 390 pessoas trabalham na startup).O Nubank já recebeu aproximadamente R$ 600 milhões em investimentos. Na rodada anterior, liderada por um dos primeiros investidores do Facebook, o Founders Found, a empresa levantou US$ 52 milhões em aportes.Fonte: PEGN

O crescente mercado dos drones - U$5.6 bilhões

U$5.6 bilhõesA empresa de pesquisa MarketsandMarkets estima que o Mercado global de drones irá avançar a uma taxa composta anual de crescimento (CAGR) de 32% entre 2015 e 2020, numa indústria de cerca de U$5,6 bilhões.A empresa estima que dentre as aplicações possíveis, a agricultura de precisão com drones será a área com maior demanda com uma CAGR de cerca de 42% durante o período. Outras aplicações incluem o uso pelos órgãos de segurança pública, produção de mídia, inspeção, serviços de mapeamento e ensino.https://youtu.be/0eoIEbhDqowFonte: Mundo SA

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