Exportações brasileiras - novidades e impactos econômicos
Aeroporto de Joinville - Movimentação de cargas cresce 10%
Terminal de Logística de Cargas (Teca) do aeroporto movimentou 501,7 t no primeiro trimestre
Samsung - Blockchain Para Transporte De Cargas
Amazon - 45 milhões de itens para o Brasil
Amazon disponibilizará mais de 45 milhões de itens para entrega no Brasil
Benefícios Fiscais na Importação por Santa Catarina
Logística - Chineses Investem em SC
China está no topo do ranking de importações via portos catarinenses
Empresas chinesas vêm fazendo investimentos elevados em diversos Estados brasileiros, mas em Santa Catarina os grandes negócios em infraestrutura de companhias do gigante asiático estão ainda em projeto ou em fase de definição. Contudo, os chineses já investiram em diversos setores e continuam fortes no uso de logística. É da China o topo do ranking de importações via portos catarinenses, enquanto as maiores cifras de exportações são obtidas nos Estados Unidos. Mas há sinais de que a timidez dos investimentos chineses em SC pode mudar este ano.
"Setor de tecnologia do Estado atrai olhares e investidores"
Entrevista com: Henry Quaresma, CEO da Brasil Business PartnersUm dos empresários que mais entendem de negócios com a China é Henry Uliano Quaresma, de Florianópolis, CEO da Brasil Business Partners, sócio-diretor da TSL Energy e autor de dois livros sobre o país: O Fator China e O Fator China e o Novo Normal. Segundo ele, os chineses estão interessados em investir no Estado em energia, portos, agroindústria e tecnologia. Quaresma, que é ex-diretor da Fiesc, também vê muitas oportunidades para exportar aos chineses.Quando as empresas de Santa Catarina passaram a incluir mais a China nos seus negócios? Em 2004 e 2005, as indústrias do Santa Catarina começaram a se interessar mais em fazer importações da China e a fazer missões ao país. Mas antes, por volta de 1995, as empresas têxteis começaram a importar fios do país porque foram canceladas quotas de Taiwan. Em 2009 e 2010 ocorreu uma consolidação maior do uso de matérias-primas chinesas em produtos industriais. Depois, teve um ápice em 2012 e, a partir de 2013, eu comecei a detectar o processo de exportação de produtos finais para a China por parte de empresas do Estado. Hoje, há mais conhecimento sobre o mercado chinês e há muitas exportações de produtos finais ao país. Apesar disso, há ainda potencial muito grande para ser conquistado.O que o Estado poderia exportar mais para a China? Hoje, qualquer produto do Estado poderia ser exportado para a China porque os critérios de preço não são os únicos. Há a qualidade, o design e a utilidade. Temos uma empresa daqui que exporta peças de usinas, por exemplo. Outra vende couros acabados para a produção de bolsas. São Paulo está exportando calçados. As exportações de alimentos estão evoluindo rapidamente. Um setor que avança é o de carnes. Estamos começando a exportar alimentos industrializados. Isso está crescendo. A soja, nem se fala! Há uma exportação expressiva e crescente para a China.Atualmente, o que vem atraindo mais o interesse de investidores chineses no Estado? Os chineses iniciaram uma fase de aquisições fortes no mundo. O Brasil é um dos mercados que mais atraem o interesse deles, principalmente em infraestrutura. Eles priorizam o que envolve a cadeia de alimentos, logística e energia. Não há um foco específico em Santa Catarina, mas há interesse em terminais portuários, energia e está sendo prospectada alguma coisa de agroindústria.E o setor de tecnologia está no foco deles? Empresários chineses mais jovens que tiveram faturamento alto no setor de tecnologia na China, principalmente da cidade de Shenzhen, estão procurando investir em ativos de tecnologia no Brasil. Começaram em São Paulo e na região de Campinas, onde há muitas empresas de tecnologia de informação e comércio eletrônico. Esses empresários chineses também estão de olho no setor de TI de Santa Catarina. Não houve um negócio efetivo ainda, mas há prospecções bem fortes na área.O senhor tem uma consultoria internacional que trabalha na prospecção de negócios com chineses. O que registra maior procura? São duas empresas. Tenho a Brasil Business Partners e também sou sócio da TSM, ambas de Florianópolis. Temos mais demandas por parcerias para viabilizar fusões e aquisições. Além disso fazemos pesquisa de mercado para exportação para a China e outros países da Ásia e Golfo Arábico. Também colaboramos na prospecção de negócios na área de tecnologia.Fonte: A NotíciaUPS ganha mercado na crise
De olho no porta a porta: UPS ganha mercado na crise e aposta nos automóveis para crescer mais
Nadir Moreno diz que UPS aproveitou a crise para ganhar mercado e aposta nos automóveis para acelerar crescimento
A erupção de um vulcão na Islândia, a ocorrência de um furacão em Miami ou o agravamento de tensões militares em qualquer região do mundo não podem escapar do radar de informações que, 24 horas por dia, nos sete dias da semana, a executiva Nadir Moreno precisa dominar. Como presidente no Brasil da UPS, maior empresa de transporte especializado e serviço de logística do planeta, com mais de 400 mil funcionários em 220 países, ela monitora com lupa as exportações e importações da indústria nacional. Mais do que de porto a porto, suas preocupações são de porta a porta.
"É um trabalho em que a informação é fundamental", resume Nadir, que ocupou postos estratégicos nas áreas de recursos humanos e logística da UPS até chegar, em 2007, à presidência da companhia. Nesta condição, vem liderando a UPS na complexa jornada de manter o histórico de crescimento continuado no Brasil, ainda que a crise jogue contra.
"Os dois últimos anos foram de ajustes e enfrentamento diário da crise, por meio da oferta de novos serviços e realização de campanhas junto aos clientes", resume ela. "Este ano, depois de muita lição de casa feita, voltamos a crescer na casa dos dois dígitos, resgatando nosso padrão de crescimento no País", comemora a executiva, que integra o conselho do LIDE Mulher.
Nadir explica que o volume de negócios da UPS no Brasil costuma correr em linha com o andamento do PIB. Esse movimento, porém, não se dá automaticamente, e sim por meio de muito estudo de situação e criação de estratégias. Quando o PIB sobe, fica mais facilitado, mas quando desce, o desafio, naturalmente, é maior. "A pressão aumenta bastante", reconhece Nadir.
No embate com a crise, a UPS enfrentou, nos últimos dois anos, o declínio das exportações dos setores automotivo e de tecnologia, enquanto soube aproveitar o crescimento de negócios no setor de saúde e a expansão das pequenas e médias empresas. "Dedicamos muita energia em cima da ativação desses setores, sempre na crença de que a crise embute muitas oportunidades", conta a executiva. "O resultado foi um ganho de mercado. Agora, com a retomada do setor automotivo, a projeção para nós é de crescimento mais acelerado."
Em outra parte dessa estratégia, a UPS procurou seus clientes para mostrar os benefícios, em termos de redução de custos, que o transporte marítimo leva sobre o aéreo. O tempo maior no transporte foi amplamente compensado pela economia em recursos, estimada em mais de 50%, a depender de caso a caso. Num primeiro momento, as respostas positivas à alternativa atingiram perto de 20% do universo contactado pela companhia. “Tivemos um excelente retorno para esta alterantiva”, sauda Nadir. "Na maré de dificuldades intrínsecas à crise, nossa obrigação é a de oferecer soluções para cada situação. As alternativas que apresentamos têm sido muito bem recebidas por nossos clientes", completa, lembrando que a UPS possui não apenas uma grande frota de entrega, mas também uma companhia aérea dedicada exclusivamente a cargas.
Mantendo a aposta na recuperação econômica, a UPS inaugurou, nos últimos meses, dois grandes centros logísticos de armazenamento no interior dos estados de São Paulo e Goiás. A intenção é dar agilidade à captação de mercadorias tanto na rota da exportação, quanto na da importação. "O interior paulista está recebendo cada vez mais grandes empresas. O que fizemos foi nos manter perto dessa clientela", explica a presidente.
Além de abrir grandes linhas estratégicas para o negócio, a CEO também precisa atuar para desenvolver, de modo permanente, soluções customizadas para cada cliente. O foco da UPS é o conhecido B2B – Business to Business –, mas hoje seu portfolio também agrega pessoas físicas. Com as pequenas e médias empresas, por outro lado, abriu uma frente de negócios com produtos de menor valor agregado. Hoje, o portfolio da companhia abriga mais de 300 itens. Entre eles, a tecnologia de rastreamento das remessas, com pré-alertas, gerando 100% de visibilidade das cargas, um departamento próprio de desembaraço aduaneiro, para agilizar processos e reduzir o tempo gasto com a burocracia, mais de 3 milhões de m2 de espaço em armazéns e seguro de cargas por meio da UPS Capital.
"Temos um guarda-chuva completo para cada tipo de cliente", compara Nadir. "Nosso trabalho é muito o de ir até o cliente, entender suas necessidades de transporte e oferecer a solução completa, tanto logística quanto jurídica, para suas demandas." Nesse sentido, à medida em que tem contato tanto com quem vende como com quem compra, os representantes da UPS conseguem, até mesmo, indicar mercados e nichos de compras para quem usa seus serviços de transportes. "A troca de informações é constante, sempre no sentido de facilitar e ampliar os negócios. Muitas vezes ajudamos os nossos clientes muito além do que eles imaginavam no início do relacionamento comercial", conta.
Para exercer toda essa agilidade, Nadir começa seu dia de trabalho obtendo informações detalhadas, publicadas na mídia, sobre movimento no setor de logística – e não deixa de estar atenta às iniciativas de seus concorrentes. "A competição é sempre muito saudável", comenta. A partir daí, seu trabalho é muito o de dar suporte para as diferentes áreas da empresa, usando sua experiência a favor da solução dos problemas do dia a dia.
Fonte: InfoMoney