Exportações brasileiras - novidades e impactos econômicos

Exportações brasileiras: conheça as novidades e seus impactos econômicos

O crescimento das exportações brasileiras no ano de 2017 foi o principal responsável pelos recordes superavitários comerciais, já que superou em mais de 10% a alta das exportações da maior parte do mundo.

Quais são as principais commodities brasileiras?

As commodities representam uma parcela significativa das exportações brasileiras. Apesar de outros setores também contribuírem para a exportação de commodities, o desempenho agrícola do país, consistentemente forte, faz com que as principais commodities sejam derivadas desse setor. Confira:

Cana-de-açúcar

O Brasil é o principal produtor e exportador de açúcar do mundo e representa 20% da produção global e 40% das exportações mundiais. Cerca de 75% do açúcar produzido é exportado para mais de 100 países diferentes ao redor do mundo.Além de servir como matéria-prima do açúcar, a cana-de-açúcar é responsável também pela produção de etanol, um importante combustível utilizado em veículos.

Soja

Nos dias de hoje, estima-se que 29 milhões de hectares de terra cultivável no Brasil são usados ​​para a plantação de soja e que a produção anual pode variar entre 66 milhões de toneladas até 94 milhões de toneladas métricas.Graças aos estrondosos números, o Brasil representa cerca de 30% da produção mundial de soja e atualmente é o segundo maior produtor do grão em todo o mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, que detêm 42% de participação no mercado.Além disso, a soja produzida no Brasil geralmente tem níveis mais altos de proteína do que os grãos cultivados em outras partes do mundo. Isso permite que os produtores administrem preços mais altos por seus produtos nos mercados internacionais.

Café

O Brasil detém o posto de maior produtor de café do mundo e, por isso, essa também é uma das principais commodities exportadas pelo país.Os 27 mil quilômetros quadrados de plantações de café são responsáveis por uma produção anual que gira em torno de 2.592.000 toneladas métricas. A maior parte do cultivo ocorre nos estados do Sudeste, como Minas Gerais e São Paulo, onde o clima e a temperatura são propícios para o cultivo do grão.

Carne de boi

No ano de 2016, as 218,23 milhões de cabeças de gado presentes no país representaram cerca de 3% do total das receitas de exportação brasileiras e a carne bovina produzida aqui representa cerca de 15,4% da produção mundial do setor.

Quais são as novidades do mercado de exportações e suas consequências econômicas?

Recentemente, o presidente americano Donald Trump anunciou uma medida que vai afetar em cheio as siderúrgicas e a economia brasileira: a sobretaxa ao aço importado.A medida de elevar a taxa em 25% prejudica diretamente o Brasil, já que as vendas desse produto para o país representam um terço das exportações brasileiras. Se aplicada, a resolução trará dificuldades para nosso país na procura de outros compradores para o aço, já que China e Rússia serão concorrentes diretos aos novos mercados.Por outro lado, um mercado que vem crescendo ano a ano é o de exportação de animais vivos. Em 2017, a exportação de cabeças de gado em pé — nome técnico para a modalidade — movimentou R$ 800 milhões na economia.Apesar de sofrer represálias de órgãos protetores durante o processo de exportação, para o ano de 2018 é esperado que as vendas aumentem em 30% em relação ao ano passado. Portanto, pode valer a pena acompanhar o desenvolvimento desse mercado de perto.

Aeroporto de Joinville - Movimentação de cargas cresce 10%

Terminal de Logística de Cargas (Teca) do aeroporto movimentou 501,7 t no primeiro trimestre

Movimentação de cargas cresce 10% no terminal de logística do Aeroporto de Joinville Salmo Duarte/Agencia RBS
Aeroporto de JoinvilleFoto: Salmo Duarte / Agencia RBS
O Terminal de Logística de  Cargas (Teca) do Aeroporto Lauro Carneiro de Loyola registrou crescimento de 10% no movimento de cargas no primeiro trimestre de 2018 com relação ao mesmo período do ano passado. Foram processadas 501,7 toneladas ante 455,6 t de cargas totalizadas nos três primeiros meses de 2017.De acordo com a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), o destaque ficou por conta do setor de importação, registrando 501,2 t em movimentação. Esse volume representa um acréscimo de 10,4% na comparação com os três primeiros meses do ano passado, quando foram computadas 453,8 t no complexo logístico.O Teca de Joinville trabalha com cargas provenientes de países da Europa com destino a região norte do Estado de Santa Catarina. Os setores metal-mecânico, eletrodomésticos da linha branca, fármacos e equipamentos médicos hospitalares foram os principais segmentos da carga movimentada pelo complexo logístico. O terminal foi inaugurado em 11 de dezembro de 1974 e conta com uma área de 2.627 m².Para o superintendente do aeroporto, Rones Rubens Heidemann, a retomada do crescimento econômico, os números da balança comercial refletem o bom momento do País, e as importações na Região de Joinville acompanharam essa tendência.— Com fortalecimento da produção das indústrias instaladas no estado, o TECA de Joinville se mantem como porta de entrada para as cargas de alto valor agregado — aponta.Complexos logísticos da InfraeroAs operações dos terminais de logística de cargas da Infraero apresentaram crescimento de 19,5%, saltando de 104,5 mil toneladas em 2016 para 124,8 mil toneladas em 2017. O destaque foi o setor de importações, com incremento de 24,6%, chegando a 85,5 mil toneladas. Enquanto isso, a arrecadação da atividade de Soluções Logísticas obteve um incremento de 35,1% em 2017 na comparação com 2016, alcançando a marca de R$ 263,6 milhões.

Samsung - Blockchain Para Transporte De Cargas

Samsung Usará Blockchain Para Transporte De Carga

A Samsung, maior produtora de smartphones e semicondutores do mundo, começa a utilizar blockchain para monitorar a logística de suas mercadorias a partir de maio deste ano. A Samsung SDS, setor de transportes da companhia sul-coreana, está desenvolvendo a implantação da tecnologia buscando economia de 20%.Para a empresa, que transporta dezenas de bilhões de dólares em produtos pelo mar anualmente, aperfeiçoar a logística implica em grande economia. O sistema vai automatizar a maioria dos protocolos necessários para transações de mercadorias da companhia, emitindo maior controle em contato com as autoridades dos portos.A companhia já comercializa a plataforma baseada em blockchain, apelidada Nexledger, para instituições financeiras. Desde o começo do ano, o sistema vem sendo usado em organizações relacionadas a logística de transporte marítimo, como a Marinha Mercante da Hyundai e o Ministério de Oceanos e Pescaria da Coreia do Sul.O principal fator de lentidão para o envio e retirada de cargas de navios é a burocracia. A obrigação de emitir e aguardar papeladas torna a logística lenta e custosa: o custo para a regularização de cada contêiner chega ao dobro do custo de transporte.Em nota, a empresa ressaltou o caráter disruptivo da aplicação da tecnologia de blockchain. A Samsung SDS será capaz de introduzir uma plataforma de gestão de documentos para contratos globais padronizados por blockchain. A Samsung SDI pretende aplicá-la primeiramente à gestão de seus contratos com subsidiárias além-mar.Com o sistema, a SDS estima lidar com 488 mil toneladas de cargas e 1 milhão de contêineres neste ano. A plataforma de blockchain permitiria reduzir o tempo entre o despacho dos produtos e seu embarque efetivo nos navios.Segundo Cheong Tae-su, professor de engenharia industrial da Universidade da Coreia, em Seul, a vantagem tornaria mais fácil superar a distribuição de aparelhos de concorrentes, além de expandir o mercado consumidor em países emergentes, como a China. O país asiático será o primeiro em que a Samsung testará a plataforma para seus transportes.

Amazon - 45 milhões de itens para o Brasil

Amazon disponibilizará mais de 45 milhões de itens para entrega no Brasil

 
A Amazon anunciou que ampliará para mais de 45 milhões de produtos disponíveis para entrega no mercado brasileiro. O site americano da empresa poderá ser usado em português e o preço final já incluirá os impostos. Uma das iniciativas da gigante americana será cuidar, ela própria, da liberação aduaneira.O novo recurso dentro de seu aplicativo de compras atenderá clientes internacionais que compram produtos dos EUA, visando o Brasil, a China, a Alemanha e os mercados de língua espanhola.Os clientes que usarem a nova função poderão fazer compras em cinco idiomas – inglês, espanhol, chinês simplificado, alemão e português do Brasil – e poderão pagar compras em 25 moedas.A remessa internacional já é uma opção em muitos pedidos do site da Amazon nos EUA, mas os novos serviços visam facilitar o processo. O recurso, que foi anunciado esta semana mostrará preços, custos de envio e estimativas de impostos de importação, com a Amazon gerenciando serviços de correio e desembaraço aduaneiro.O movimento é uma resposta à também gigante Alibaba, cujo braço de e-commerce, AliExpress, já é o terceiro em vendas e em reconhecimento de marca no mercado brasileiro. O Brasil, porém, é um desafio sério para a empresa chinesa por conta da logística.

Benefícios Fiscais na Importação por Santa Catarina

[vc_row][vc_column][vc_column_text]Santa Catarina aparece em lugar de destaque pelas iniciativas de fomento à economia, principalmente através de incentivos fiscaisDe acordo com um levantamento feito pelo Banco Mundial, o Brasil continua sendo o país onde as empresas gastam mais tempo pagando impostos em todo o mundo. A burocracia excessiva e a enorme quantidade de taxas a serem pagas faz com que as empresas nacionais despendam, em média, 1958 horas ao ano para quitar suas pendências com o fisco.Apesar do cenário não ser dos melhores, o Brasil caminha a passos lentos rumo à simplificação tributária. Alguns estados tomam a frente nesse sentido, apresentando um ambiente muito atrativo para as empresas se instalarem e crescerem. Dentre eles, Santa Catarina aparece em lugar de destaque pelas iniciativas de fomento à economia, principalmente através de incentivos fiscais.Para as empresas que operam diretamente com comércio exterior, há um benefício específico que faz toda a diferença na composição dos custos das importações:Pró-Emprego – Lei Estadual/SC 13.992/07O Programa Pró-Emprego visa promover o incremento da geração de emprego e renda no estado de Santa Catarina, através de tratamento tributário diferenciado do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação – ICMS.O foco do programa é incentivar empreendimentos situados ou que venham a se instalar em território catarinense, desde que sejam considerados de relevante interesse socioeconômico para o estado.Para serem caracterizados como tal e receberem o incentivo, os empreendimentos devem ser considerados prioritários ao desenvolvimento econômico, social e tecnológico do estado e  resultarem em geração ou manutenção de empregos, bem como os que consolidem, incrementem ou facilitem exportações e importações.Como aderir?O pedido para receber os benefícios do Programa Pró-Emprego deverá ser dirigido ao Secretário de Estado da Fazenda, contendo um projeto detalhado do empreendimento e outras informações previstas no regulamento.Junto do pedido, deverá ser anexada uma via do comprovante de recolhimento da taxa (DARE/SC - Documento de Arrecadação), cujo acesso para sua emissão será através do site http://www.sef.sc.gov.br, em campo específico DARE/SC, que será pago nos bancos autorizados.Os BenefíciosAs empresas que se enquadram nos requisitos exigidos pelo governo do estado, passam a contar com tratamento tributário diferenciado. Os principais benefícios são:1) Diferimento para a etapa seguinte de circulação à da entrada no estabelecimento importador do ICMS devido por ocasião do desembaraço aduaneiro, na importação realizada por intermédio de portos, aeroportos ou pontos de fronteira alfandegados, situados neste Estado;2) Diferimento do ICMS relativo à saída de mercadorias, de estabelecimento localizado neste Estado, para utilização em processo de industrialização em território catarinense, por empresas exportadoras;3) Diferimento do ICMS relativo aos materiais e bens adquiridos de estabelecimento localizado neste Estado, para a construção de empreendimento que se enquadre nas regras do Programa, considerando-se encerrada a fase do diferimento na data da alienação do empreendimento;4) Compensação do ICMS devido na importação de bens ou mercadorias com despacho aduaneiro no território catarinense com saldo credor acumulado;5) Transferência de saldo credor acumulado para terceiros, inclusive: a) para pagamento do ICMS na importação de bens ou mercadorias; b) para integralização de capital de nova empresa ou modificação de sociedade existente; c) para pagamento de mercadorias adquiridas por terceiros, em regime de substituição de fornecedores interestaduais;6) Diferimento para a etapa seguinte de circulação do ICMS relativo às saídas internas de mercadorias destinadas a centros de distribuição que atendam os Estados das Regiões Sul e Sudeste;7) Na hipótese de implantação, expansão ou reativação de atividades de estabelecimento industrial e de centros de distribuição que atendam os Estados das Regiões Sul e Sudeste, o valor do incremento do ICMS apurado em cada período poderá ser pago, levando-se em consideração a localização regional do empreendimento, com dilação de prazo em até 24 meses, sem juros, a contar do período subsequente ao da ocorrência do fato gerador;8) Tratando-se de instalação, modernização ou ampliação de terminal portuário, poderá ser concedido: a) redução do imposto incidente sobre a energia elétrica consumida nas áreas operacionais do porto, de modo que a tributação seja de, no mínimo, sete por cento; b) diferimento do imposto devido por ocasião do desembaraço aduaneiro na importação de bens destinados à integração do ativo permanente, desde que realizada por intermédio de portos, aeroportos ou pontos de fronteira alfandegados situados neste Estado.9) Para projetos de implantação e expansão de empreendimentos geradores de energia elétrica e de linhas de transmissão, poderá ser concedido diferimento na aquisição de bens e materiais destinados à integração do ativo permanente, do imposto: a) que incidir nas operações internas; b) devido por ocasião da importação, desde que realizada por intermédio de portos, aeroportos ou pontos de fronteira alfandegados situados neste Estado; c) relativo ao diferencial de alíquota, quando adquiridos de outras unidades da Federação.Como funciona na práticaAtravés do TTD (Tratamento Tributário Diferenciado) é concedida a redução da alíquota de incidência do ICMS, bem como seu diferimento parcial ou total para mercadorias que entrem no Brasil por Santa Catarina.As mercadorias que ingressam no Brasil por Santa Catarina recebem 1% de tributação efetiva, no entanto, o destaque em nota fiscal será de 4%. Trata-se de um valor muito abaixo do que teria que ser pago nas importações por outros estados do Brasil.Além disso, o estado recolhe, também, uma taxa de 0,4% da base de cálculo do ICMS nas operações de importação como contribuição ao Fundo Estadual de Defesa Civil, Fundo de Apoio à Manutenção e ao Desenvolvimento da Educação Superior do Estado de Santa Catarina, Fundo Pró-Emprego e Fundo de Desenvolvimento Social.Mesmo havendo essas pequenas taxas cobradas pelo estado, importar por Santa Catarina ainda é um excelente negócio para a maioria das empresas. Se você trabalha com importação e deseja reduzir os custos de suas operações, talvez mudar o processo para Santa Catarina seja uma possibilidade bem vantajosa.Conte com os profissionais certos e eles te auxiliarão a analisar qual a melhor forma de crescer, trabalhando com comércio exterior e com o custo mais baixo possível.Contate 47 3028-8808 / 47 3030-2060[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Logística - Chineses Investem em SC

China está no topo do ranking de importações via portos catarinenses

Foco dos chineses em SC é no setor de logística Alana Schwoelk/Divulgação

Empresas chinesas vêm fazendo investimentos elevados em diversos Estados brasileiros, mas em Santa Catarina os grandes negócios em infraestrutura de companhias do gigante asiático estão ainda em projeto ou em fase de definição. Contudo, os chineses já investiram em diversos setores e continuam fortes no uso de logística. É da China o topo do ranking de importações via portos catarinenses, enquanto as maiores cifras de exportações são obtidas nos Estados Unidos. Mas há sinais de que a timidez dos investimentos chineses em SC pode mudar este ano.

O primeiro grande empreendimento com capital do gigante asiático pode ter início ainda no primeiro semestre deste ano. É o Terminal Graneleiro Babitonga (TGB), um moderno e sustentável porto de granel em São Francisco do Sul, projeto liderado pelo empresário Alexandre Fernandes orçado em R$ 1 bilhão. Desse montante, 20% ou seja, R$ 200 milhões serão investidos pela estatal chinesa Cofco, gigante de grãos que já atua no Brasil. A outra parte do capital do TGB pertence ao fundo Anessa, que tem Fernandes e outros catarinenses como sócios e busca parceiros internacionais.Quando o presidente Michel Temer esteve em Pequin, em setembro do ano passado, a gigante chinesa China Communications Construction Company (CCCC), maior empresa de infraestrutura do país, assinou um memorando de intenções para investir no TGB. Mas como não há ainda uma definição dessa participação, outros investidores da China ou de outros países podem participar.Ferrovias também fazem parte de negociaçõesConforme o CEO do TGB, Eduardo Pereira, no final do ano passado foi iniciado um amplo processo de cotações, que deverá durar os próximos meses, para definir a empresa que será a responsável pela construção do terminal e que, eventualmente, também pode se tornar acionista do empreendimento. O TGB terá capacidade de armazenamento de 463 mil toneladas, vai gerar mil empregos diretos na construção e 300 na operação. O projeto já tem licença ambiental prévia (LAP) e aguarda a finalização da licença ambiental de instalação (LAI) pela Fatma para iniciar a construção.– O Brasil é o único país que tem condições de ampliar o agronegócio de forma sustentável, sem expandir o desmatamento. O grande gargalo para que isso aconteça e aumente a participação brasileira no fornecimento mundial de grãos é a infraestrutura logística, especialmente a portuária. Neste contexto, o projeto do TGB é estratégico para a economia nacional e tem despertado interesse de investidores – afirma Pereira.Outro projeto que também mira capital do país asiático para investimento é o Porto Brasil Sul, lançado no primeiro semestre de 2017 e também em processo de licenciamento em São Francisco do Sul.O plano da WorldPort é um terminal de US$ 1 bilhão (R$ 3,22 bilhões) na entrada da baía da Babitonga, entre as praias do Forte e Capri. Há informações de que a CCCC pode ser um dos seis ou sete grupos investidores, mas até agora nada foi oficializado.Os chineses podem ter presença em SC também pelas ferrovias. Segundo a mídia nacional, a CCCC estaria negociando a compra de parte da Rumo ALL, concessionária da malha ferroviária Sul que opera em parte de SP e no Sul, incluindo SC, com acesso ao Porto de São Francisco. O negócio continua sob sigilo, mas caso se concretize pode somar R$ 2 bilhões no Brasil.

"Setor de tecnologia do Estado atrai olhares e investidores"

Entrevista com: Henry Quaresma, CEO da Brasil Business PartnersUm dos empresários que mais entendem de negócios com a China é Henry Uliano Quaresma, de Florianópolis, CEO da Brasil Business Partners, sócio-diretor da TSL Energy e autor de dois livros sobre o país: O Fator China e O Fator China e o Novo Normal. Segundo ele, os chineses estão interessados em investir no Estado em energia, portos, agroindústria e tecnologia. Quaresma, que é ex-diretor da Fiesc, também vê muitas oportunidades para exportar aos chineses.Quando as empresas de Santa Catarina passaram a incluir mais a China nos seus negócios? Em 2004 e 2005, as indústrias do Santa Catarina começaram a se interessar mais em fazer importações da China e a fazer missões ao país. Mas antes, por volta de  1995, as empresas têxteis começaram a importar fios do país porque foram canceladas quotas de Taiwan. Em 2009 e 2010 ocorreu uma consolidação maior do uso de matérias-primas chinesas em produtos industriais. Depois, teve um ápice em 2012 e, a partir de 2013, eu comecei a detectar o processo de exportação de produtos finais para a China por parte de empresas do Estado. Hoje, há mais conhecimento sobre o mercado chinês e há muitas exportações de produtos finais ao país. Apesar disso, há ainda potencial muito grande para ser conquistado.O que o Estado poderia exportar mais para a China? Hoje, qualquer produto do Estado poderia ser exportado para a China porque os critérios de preço não são os únicos. Há a qualidade, o design e a utilidade. Temos uma empresa daqui que exporta peças de usinas, por exemplo. Outra vende couros acabados para a produção de bolsas. São Paulo está exportando calçados. As exportações de alimentos estão evoluindo rapidamente. Um setor que avança é o de carnes. Estamos começando a exportar alimentos industrializados. Isso está crescendo. A soja, nem se fala! Há uma exportação expressiva e crescente para a China.Atualmente, o que vem atraindo mais o interesse de investidores chineses no Estado? Os chineses iniciaram uma fase de aquisições fortes no mundo. O Brasil é um dos mercados que mais atraem o interesse deles, principalmente em infraestrutura. Eles priorizam o que envolve a cadeia de alimentos, logística e energia. Não há um foco específico em Santa Catarina, mas há interesse em terminais portuários, energia e está sendo prospectada alguma coisa de agroindústria.E o setor de tecnologia está no foco deles?  Empresários chineses mais jovens que tiveram faturamento alto no setor de tecnologia na China, principalmente da cidade de Shenzhen, estão procurando investir em ativos de tecnologia no Brasil. Começaram em São Paulo e na região de Campinas, onde há muitas empresas de tecnologia de informação e comércio eletrônico. Esses empresários chineses também estão de olho no setor de TI de Santa Catarina. Não houve um negócio efetivo ainda, mas há prospecções bem fortes na área.O senhor tem uma consultoria internacional que trabalha na prospecção de negócios com chineses. O que registra maior procura? São duas empresas. Tenho a Brasil Business Partners e também sou sócio da TSM, ambas de Florianópolis. Temos mais demandas por parcerias para viabilizar fusões e aquisições. Além disso fazemos pesquisa de mercado para exportação para a China e outros países da Ásia e Golfo Arábico. Também colaboramos na prospecção de negócios na área de tecnologia.Fonte: A Notícia

UPS ganha mercado na crise

De olho no porta a porta: UPS ganha mercado na crise e aposta nos automóveis para crescer mais

Nadir Moreno diz que UPS aproveitou a crise para ganhar mercado e aposta nos automóveis para acelerar crescimento

A erupção de um vulcão na Islândia, a ocorrência de um furacão em Miami ou o agravamento de tensões militares em qualquer região do mundo não podem escapar do radar de informações que, 24 horas por dia, nos sete dias da semana, a executiva Nadir Moreno precisa dominar. Como presidente no Brasil da UPS, maior empresa de transporte especializado e serviço de logística do planeta, com mais de 400 mil funcionários em 220 países, ela monitora com lupa as exportações e importações da indústria nacional. Mais do que de porto a porto, suas preocupações são de porta a porta.

"É um trabalho em que a informação é fundamental", resume Nadir, que ocupou postos estratégicos nas áreas de recursos humanos e logística da UPS até chegar, em 2007, à presidência da companhia. Nesta condição, vem liderando a UPS na complexa jornada de manter o histórico de crescimento continuado no Brasil, ainda que a crise jogue contra.

"Os dois últimos anos foram de ajustes e enfrentamento diário da crise, por meio da oferta de novos serviços e realização de campanhas junto aos clientes", resume ela. "Este ano, depois de muita lição de casa feita, voltamos a crescer na casa dos dois dígitos, resgatando nosso padrão de crescimento no País", comemora a executiva, que integra o conselho do LIDE Mulher.

Nadir explica que o volume de negócios da UPS no Brasil costuma correr em linha com o andamento do PIB. Esse movimento, porém, não se dá automaticamente, e sim por meio de muito estudo de situação e criação de estratégias. Quando o PIB sobe, fica mais facilitado, mas quando desce, o desafio, naturalmente, é maior. "A pressão aumenta bastante", reconhece Nadir.

No embate com a crise, a UPS enfrentou, nos últimos dois anos, o declínio das exportações dos setores automotivo e de tecnologia, enquanto soube aproveitar o crescimento de negócios no setor de saúde e a expansão das pequenas e médias empresas. "Dedicamos muita energia em cima da ativação desses setores, sempre na crença de que a crise embute muitas oportunidades", conta a executiva. "O resultado foi um ganho de mercado. Agora, com a retomada do setor automotivo, a projeção para nós é de crescimento mais acelerado."

Em outra parte dessa estratégia, a UPS procurou seus clientes para mostrar os benefícios, em termos de redução de custos, que o transporte marítimo leva sobre o aéreo. O tempo maior no transporte foi amplamente compensado pela economia em recursos, estimada em mais de 50%, a depender de caso a caso. Num primeiro momento, as respostas positivas à alternativa atingiram perto de 20% do universo contactado pela companhia. “Tivemos um excelente retorno para esta alterantiva”, sauda Nadir. "Na maré de dificuldades intrínsecas à crise, nossa obrigação é a de oferecer soluções para cada situação. As alternativas que apresentamos têm sido muito bem recebidas por nossos clientes", completa, lembrando que a UPS possui não apenas uma grande frota de entrega, mas também uma companhia aérea dedicada exclusivamente a cargas.

Mantendo a aposta na recuperação econômica, a UPS inaugurou, nos últimos meses, dois grandes centros logísticos de armazenamento no interior dos estados de São Paulo e Goiás. A intenção é dar agilidade à captação de mercadorias tanto na rota da exportação, quanto na da importação. "O interior paulista está recebendo cada vez mais grandes empresas. O que fizemos foi nos manter perto dessa clientela", explica a presidente.

Unidade da UPS em Cajamar (SP), inaugurada em 2014 com mais de 15 mil m2

Além de abrir grandes linhas estratégicas para o negócio, a CEO também precisa atuar para desenvolver, de modo permanente, soluções customizadas para cada cliente. O foco da UPS é o conhecido B2B – Business to Business –, mas hoje seu portfolio também agrega pessoas físicas. Com as pequenas e médias empresas, por outro lado, abriu uma frente de negócios com produtos de menor valor agregado. Hoje, o portfolio da companhia abriga mais de 300 itens. Entre eles, a tecnologia de rastreamento das remessas, com pré-alertas, gerando 100% de visibilidade das cargas, um departamento próprio de desembaraço aduaneiro, para agilizar processos e reduzir o tempo gasto com a burocracia, mais de 3 milhões de m2 de espaço em armazéns e seguro de cargas por meio da UPS Capital.

"Temos um guarda-chuva completo para cada tipo de cliente", compara Nadir. "Nosso trabalho é muito o de ir até o cliente, entender suas necessidades de transporte e oferecer a solução completa, tanto logística quanto jurídica, para suas demandas." Nesse sentido, à medida em que tem contato tanto com quem vende como com quem compra, os representantes da UPS conseguem, até mesmo, indicar mercados e nichos de compras para quem usa seus serviços de transportes. "A troca de informações é constante, sempre no sentido de facilitar e ampliar os negócios. Muitas vezes ajudamos os nossos clientes muito além do que eles imaginavam no início do relacionamento comercial", conta.

Para exercer toda essa agilidade, Nadir começa seu dia de trabalho obtendo informações detalhadas, publicadas na mídia, sobre movimento no setor de logística – e não deixa de estar atenta às iniciativas de seus concorrentes. "A competição é sempre muito saudável", comenta. A partir daí, seu trabalho é muito o de dar suporte para as diferentes áreas da empresa, usando sua experiência a favor da solução dos problemas do dia a dia.

Fonte: InfoMoney


VAREJISTAS INVESTEM PARA ENFRENTAR A AMAZON NO BRASIL

VAREJISTAS INVESTEM EM TECNOLOGIA E LOGÍSTICA PARA ENFRENTAR A AMAZON NO BRASIL

Amazon: empresa tem uma linha de crédito para vendedores (Foto: Reuters)
Depois de reforçar as linhas de produtos nos mostruários virtuais e aumentar o número de parceiros em seus marketplaces (áreas destinadas à oferta de produtos de terceiros), as grandes varejistas do país agora investem pesado em logística e tecnologia para fazer frente à chegada da gigante americana Amazon, que, em outubro, passou a vender eletroeletrônicos no Brasil.O Magazine Luiza, por exemplo, anunciou que vai investir mais de R$ 1,1 bilhão nessas duas áreas, num processo tratado internamente de “transformação digital”.Os recursos são parte da captação com a emissão de ações realizada pela empresa em setembro, na qual levantou R$ 1,5 bilhão.Frederico Trajano, presidente da rede, diz que o e-commerce, que já representa 30% das vendas, é fundamental à estratégia de buscar margens maiores:— Com o avanço das vendas e a recuperação do mercado, temos o poder de diluir consideravelmente as nossas despesas e aumentar os ganhos.No Mercado Livre, que atua basicamente como marketplace, os investimentos em logística também são crescentes. Stelleo Tolda, diretor operacional do Mercado Livre, conta que a empresa acaba de lançar um serviço que inclui armazenamento, embalagem, gestão de entrega e pós-venda de produtos das varejistas que atuam em sua plataforma. O objetivo, diz, é diminuir em um dia o tempo de entrega:— Para São Paulo, conseguiremos entregar os produtos no mesmo dia. E para outras localidades do país, em até 24 horas.Essa nova logística será realizada a partir do centro de distribuição da empresa, localizado em Louveira, no interior paulista. O Mercado Livre abriga cerca de 372 mil lojas virtuais. Se consideradas as pessoas físicas que vendem produtos na plataforma, o total chega a nove milhões.— Lançamos o serviço há dois meses e já gerenciamos 5% das vendas na plataforma. A logística será oferecida principalmente para produtos de alto giro — diz Tolda.A Via Varejo, braço do Grupo Pão de Açúcar que reúne as redes Ponto Frio e Casas Bahia, informou, no seu balanço no final de outubro, que continuará investindo para, até o final de 2018, tornar-se um one-stop-shop (balcão único) dos seus parceiros.Na B2W, os investimentos na plataforma digital têm crescido nos últimos cinco anos, assim como o número de parceiros e fornecedores. De janeiro a setembro, informa a empresa no seu balanço do terceiro trimestre, os investimentos se concentraram no crescimento do marketplace, o que resultou em um aumento na base de “empresas parceiras” hospedadas em sua plataforma: de seis mil sellers, em junho de 2017, para mais de 7.800 em setembro.Em termos de vendas, esse crescimento respondeu por 36% dos volumes comercializados no terceiro trimestre deste ano, movimentando R$ 1,14 bilhão. E deve passar a responder por mais de 50% em 2018.De acordo com o consultor de varejo e professor da Fundação Getulio Vargas (FGV), Juedir Teixeira, o fato de o segmento de marketplace ter crescido muito no país nos últimos anos tornou o mercado brasileiro atraente às gigantes mundiais, como a Amazon. E, para as empresas locais competirem, é fundamental que reforcem suas bases tecnológica e de logística.— É o que confere o sucesso para o negócio no Brasil. O marketplace se estrutura em dois pilares: tecnologia e logística eficientes. Com a entrada de um competidor do tamanho da Amazon, a tendência é as empresas se estruturarem ainda mais. Nos mercados em que a Amazon se instala, em pouco tempo abocanha parte das vendas em marketplace — diz Teixeira.Para exemplificar a dimensão do poder da Amazon no e-commerce, Teixeira cita alguns números. Em 2016, a Amazon faturou US$ 110 bilhões e ficou em 10º lugar no ranking dos maiores varejistas do mundo. A primeira colocada, a também americana Walmart, faturou US$ 550 bilhões. Só que o valor de mercado da Amazon na Bolsa de Valores é quase duas vezes o da Walmart — US$ 370 bilhões contra US$ 200 bilhões.O diretor executivo da consultoria Ebit, André Dias, observa que o mercado brasileiro ainda é muito fragmentado, bem diferente de outros países em que a Amazon atua:— Isso pode retardar um pouco o seu crescimento no país.Fonte: Exame

Da entrega com bicicleta para uma transportadora

Com mais de 2 mil veículos

João Naves é daqueles empreendedores que sabem definir em uma frase sua trajetória.Uma vida de entrega. Essa frase define bem a minha vida profissional. Nasci na Fazenda Campestre, em Altinópolis, em 1950. Aos 18 anos, me mudei para Ribeirão Preto para trabalhar como vendedor de passagens de uma empresa na rodoviária da cidade. Como sempre fui muito atento, percebi que havia uma demanda reprimida por serviços de entrega – muitos passageiros viajavam para fazer esse serviço. Foi a grande chance que tive. Desliguei-me da empresa de passagens, abri um box na própria rodoviária, comprei uma bicicleta de carga e comecei a fazer entregas.Logo, a bicicleta não foi suficiente para a alta demanda. Por isso, contratei um ajudante para assumi-la e, com isso, passei a fazer as entregas utilizando uma Kombi modelo 1971, adquirida para dar à empresa uma cara de transportadora e aumentar sua atuação na região. Esses foram os primeiros passos da RTE Rodonaves, hoje uma das mais importantes transportadoras do país, com uma frota de mais de 2.400 veículos, 180 mil m² de plataforma, mais de 6 mil colaboradores diretos e indiretos (filiais e parceiras), dos quais 3.500 são diretos, 12 unidades próprias e 11 Centros de Transferências de Carga.Hoje, somos uma empresa familiar brasileira que realiza mais de 60 mil coletas e entregas por dia, atendendo a demanda de mais de 130 mil clientes distribuídos em 3.200 cidades de 12 estados brasileiros e Distrito Federal. Porém, o nosso empreendedorismo vai além da transportadora: o Grupo Rodonaves é composto ainda pela Rodonaves Corretora de Seguros; Rodonaves Locação e Comércio de Veículos; Rodonaves Restauradora e Mecânica de Veículos e Rodonaves Caminhões Seminovos.
A RTE Rodonaves conquistou, em 2011, a Certificação ISO 9001, concedida à nossa matriz, em Ribeirão Preto (e em 2017, tivemos a recertificação da atualização da ISSO). O nosso modelo de administração se tornou referência para as demais filiais e unidades de negócios do grupo. O princípio do bom atendimento e do comprometimento em entregar – literalmente – o que prometemos é transferido aos nossos colaboradores diariamente e estendido aos nossos parceiros regionais nas mais de 150 unidades de negócios, que a mantemos em todo o território nacional.Hoje a RTE Rodonaves é uma empresa genuinamente brasileira que se preocupa com cada um de seus colaboradores. Afinal de contas, sem eles, não teríamos chegado onde chegamos!Fonte: Empreendedor

CRT, AWB e BL - Termos do Comércio Exterior

CRT, AWB E BL….VOCÊ AINDA SE CONFUNDE COM OS TERMOS UTILIZADOS NO COMÉRCIO INTERNACIONAL?

No comércio internacional possuímos inúmeras siglas de documentos necessários para os processos de exportação. Em meio de tantos documentos encontramos o conhecimento de embarque. Nele, descreve-se o tipo e quantidade de mercadorias embarcadas, onde é mencionado o embarcador, o consignatário, os portos/aeroportos/fronteiras de embarque e descarga, o nome do transportador e o valor do frete. Este documento recebe denominações de acordo com o meio de transporte utilizado.No embarque marítimo temos o BL (Bill of Lading). Antes da emissão do conhecimento de embarque, é preciso emitir um espelho do mesmo, chamado DRAFT. Este, é enviado para o agente de cargas ou armador dentro de uma determinada data e horário. Nele, o despachante informa todas as informações da carga. O armador irá emitir o BL original, e sua emissão poderá ser feita tanto na origem quanto no destino. Os pagamentos de fretes marítimos são feitos pela companhia responsável pelo embarque, podendo ser feitos de três maneiras: pré-pago, a pagar e pagável no destino.Se o embarque for rodoviário, temos o CRT (Conhecimento de Transporte Rodoviário. A transportadora é responsável pela emissão do CRT original.No caso de o processo ser um embarque aéreo, será necessário emitir o AWB (Airway Bill), e sua emissão é realizada pelo agente de cargas. É de extrema importância que a via final seja emitida para a carga ser descarregada no aeroporto e o despachante proceder com a liberação da carga.Para fins de comprovação bancária, o conhecimento de embarque é uma forma de garantia de que a mercadoria foi embarcada para o exterior.

CANAIS DE VENDA ONLINE