Este negócio quer que você ganhe dinheiro dando jantares em casa

O Dinneer é uma startup criada por brasileiros e inspirada no modelo do Airbnb. Hoje, o negócio já está presente em mais de 40 países

Que tal, ao viajar para Portugal, comer um bacalhau na casa de um português? Ou, então, receber um turista na sua residência e ganhar uma renda extra preparando uma feijoada para vocês dois?
Essa é a proposta da plataforma Dinneer: criada pelo brasileiro Flavio Estevam, a startup se inspirou na tendência da economia compartilhada – que tem exemplos de sucesso, como Airbnb e Uber – para desenvolver um site no qual as pessoas dão e recebem suas melhores refeições.O negócio nasceu no segundo semestre de 2015 e já realizou quatro mil jantares, feitos por mais de três mil anfitriões. Após uma aceleração e dois aportes de investimento, a startup pretende multiplicar (e muit0) tais números em 2017.

Ideia de negócio

Estevam empreende há nove anos no mundo da internet. A ideia de negócio da Dinneer surgiu ao observar duas tendências paralelas.Primeiro, a ascensão do Airbnb e, consequentemente, da abertura em receber pessoas até então desconhecidas em casa. “Ele é até hoje uma inspiração para a gente, por ser uma grande plataforma e gerar uma experiência, e não apenas oferecer um serviço”, explica o empreendedor.A segunda tendência observada foi o fato de várias pessoas gostarem de postar seus hábitos culinários no Instagram e, com isso, receberem diversos comentários positivos. “Vi que havia um produto sendo postado e desejado por muitos, mas que mesmo assim não era vendido. Vi que também poderia fazer uma plataforma quer conectasse as pessoas e suas residências, mas especificamente para refeições.”Internacionalmente, o Dineer tem uma proposta similar a plataformas como EatWith e MealSharing, por exemplo.Estevam se juntou ao também empreendedor Raphael Jara e eles colocaram a mão na massa na própria mesa de jantar de Estevam. Em dois dias, fizeram o produto mínimo viável (MVP) do negócio: investiram 30 reais para comprar um domínio, e nele programaram cinco anúncios de jantares feitos em casa.“Logo vimos nossa primeira reserva, em São Paulo. A partir daí, fomos crescendo”, conta Estevam.

Mesa de jantar com empreendedores da Dinneer: negócio nasceu com 30 reais (Dinneer/Divulgação)

Como funciona?

A Dinneer é, basicamente, uma plataforma para conectar e intermediar o pagamento entre quem paga por um jantar e quem o oferece.O visitante entra no site e escolhe uma das refeições oferecidas, após olhar dados como preço cobrado, menu, número de visitantes que o jantar atende e local.Todo anfitrião deve seguir um padrão de atendimento e qualidade – por exemplo, é obrigatório oferecer entrada, prato principal, sobremesa e bebidas para todos os visitantes. Alguns pratos oferecidos são Coxinha de Jaca Vegana, Lasgana al Ragù e Moqueca Capixaba, por exemplo. O ticket médio é de 127 reais.Para financiar toda a operação do negócio, incluindo o processamento de pagamentos e o acompanhamento do processo de visita, a Dinneer cobra uma taxa de 10% tanto sobre o anunciante da refeição quanto sobre o comprador.Ou seja: supondo um jantar anunciado por 100 reais, o visitante irá pagar 110 reais para a Dinneer (10% de taxa de serviço, evidenciada ao confirmar o pagamento), enquanto o anfitrião irá receber 90 reais um dia após a realizar do encontro (10% do valor do jantar vai para a startup). Esse é o mesmo modelo de cobrança visto em startups como o Airbnb, diz Estevam.

Mudança de planos e expansão

Uma estratégia tomada há apenas seis meses foi fundamental para que a startup desse o salto de crescimento: focar em brasileiros que vivem no exterior como anfitriões. Segundo Estevam, essa é uma fatia populacional que compreende cerca de quatro milhões de pessoas.Antes desse foco, havia usuários de sete países diferentes participando da Dinneer. Hoje, a plataforma reúne 42 países, com mais de três mil anfitriões – 90% deles são brasileiros. Até o fim de 2017, a Dinneer pretende chegar a 10 mil anfitriões.Da mesma forma, o negócio também pretende crescer o número de jantares: em 2016, quatro mil refeições foram realizadas por meio da plataforma. A meta é chegar a 20 mil refeições no acumulado de 2017.“O plano agora é aplicar essa mesma estratégia com outros países, expandindo por nacionalidades de nichos. Focaremos em argentinos, espanhóis e japoneses que saíram dos seus respectivos países”, diz Estevam.  “Nosso objetivo final é claro: queremos criar o maior restaurante do mundo, sem ter um restaurante sequer.”

Reconhecimentos

Em setembro de 2016, a Dinneer foi selecionada para um programa de aceleração em Vancouver, no Canadá. No programa Leap International, da aceleradora Launch Academy, os empreendedores passaram três meses pensando em como lançar a Dinneer de forma global.“Vancouver é um centro de empreendedores de vários países, e isso abriu nossos olhos para o mundo. Conseguimos entender o mercado de expatriados de forma mais rápida com a aceleração”, conta Estevam.No final desse mesmo ano, a Dinneer recebeu um investimento do fundo Bossa Nova Investimentos, de valor não divulgado. O Bossa Nova investiu ao todo 10 milhões de reais em 2016, e já aportou em startups como 33e34 e HotelQuando.Por fim, a startup anunciou recentemente seu segundo investimento: um aporte feito pelo fundo americano Eldar Investments e pelo português ECS Capital Partners, também com valor não divulgado.Fonte: Exame

Parceria pretende inserir 500 empresas brasileiras no mercado de exportação

Meta da parceria é inserir pelo menos 100 novas empresas no mercado de exportação

O Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) e a Confederação Nacional da Indústria (CNI) anunciaram nesta semana uma parceria para apoiar a inserção de 500 empresas brasileiras no mercado internacional. O prazo de inscrição será aberto em julho para indústrias de todos os portes, setores e unidades da federação.Elas farão parte do programa Rota Global, que oferece consultoria completa para empresas não exportadoras investirem no mercado internacional, com diagnóstico, desenho de estratégia e acompanhamento.A meta é traçar o diagnóstico de 500 empresas, desenvolver planos de negócios para 200 delas e, ao final do projeto, em 2018, ter ao menos 100 novas empresas com operações concretas de exportação. O programa é desenvolvido pela CNI, em parceria com a União Industrial Argentina e o Parque Tecnológico de Extremadura, na Espanha.O investimento de R$ 1,2 milhão da iniciativa vem do AL-Invest, um programa da Comissão Europeia para fomentar a produtividade e competitividade de micro, pequenas e médias empresas na América Latina, como forma de combater a pobreza e a desigualdade social.Presença digitalTambém foi anunciada a parceria entre o MDIC e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para ações de convergência entre o Plano Nacional da Cultura Exportadora (PNCE) e a ConnectAmericas.com, uma plataforma virtual de negócios internacionais de empresas da América Latina e Caribe. Em dois anos de operação, mais de US$ 152 milhões em negócios foram fechados por meio da ferramenta.A parceria MDIC-BID vai disponibilizar conteúdo didático sobre ingresso das empresas na atividade exportadora e estimular as empresas da ConnectAmericas.com a participarem do PNCE e vice-versa.Os anúncios foram feitos hoje pelo ministro do MDIC, Marcos Pereira, durante reunião da Coordenação Nacional do PNCE. “As micro e pequenas empresas têm uma participação importante na geração de empregos e fomento da economia nacional. Mas não têm, pelo seu tamanho, uma condição de competitividade. Vamos poder fazer consultorias, apresentar essas empresas de forma mais abrangente no cenário internacional, treiná-las e com isso conseguir vender seus produtos que muitas vezes ficam focados no mercado doméstico”, disse Pereira.O PNCE reúne iniciativas de instituições parceiras nacionais e estaduais, com o objetivo de aumentar a base exportadora, estimulando a inserção de empresas de pequeno porte no mercado externo. Em 2016, o plano contribuiu para que quase 5 mil empresas exportassem pela primeira vez. E para 2017, estão previstas mais de 200 ações de apoio às exportações no âmbito do PNCE.Fonte: Empreendedor

NATURA PARTE PARA A BRIGA EM PERFUMES

Trata-se de uma estratégia da empresa para desafiar a rival O Boticário, líder do mercado brasileiro de perfumaria

Loja Natura (Foto: Divulgação)
Natura vai colocar no ar nesta terça-feira, 7, uma campanha dedicada à sua linha de perfumaria. A decisão, segundo a vice-presidente de marketing e inovação da companhia, Andréa Álvares, vem depois de a empresa detectar que os atributos de sustentabilidade e brasilidade da marca estão bem trabalhados em linhas como cremes e hidratantes, mas não estão solidificados nas fragrâncias. Apesar de fazer periodicamente propaganda para rótulos específicos, a companhia não vinha fazendo movimentos institucionais para o segmento.Trata-se de uma estratégia da empresa para desafiar a rival O Boticário, líder do mercado brasileiro de perfumaria. Em 2015, o setor movimentou R$ 21,7 bilhões, o suficiente para garantir a vice-liderança global, atrás dos Estados Unidos, de acordo com a consultoria Euromonitor. O investimento em marketing chega em boa hora: os dados mostram que O Boticário vem ampliando a dianteira frente aos números dois e três do mercado, Natura e Avon (veja quadro ao lado).Conforme a Euromonitor, das cinco marcas de perfumes mais vendidas no Brasil, a segunda e a quarta colocadas as linhas Ekos e Humor pertencem à Natura. As outras são fabricadas pelo Grupo Boticário: Malbec (1.º lugar), Quasar (3.º) e Capricho (5.º). A aposta que a Natura está fazendo no segmento de perfumes a nova campanha criada pela agência DPZ&T será exibida em intervalo exclusivo de 1 minuto durante a novela das 21h, A Lei do Amor justifica-se pelo preço do produto. No site da empresa, um hidratante da Ekos custa R$ 52,90, enquanto a colônia da marca sai por R$ 89,90. "É um posicionamento que faz sentido para a empresa e também para a consultora, pois o produto tem um valor agregado maior", explica a executiva.Diferenciais A empresa quer mostrar que os perfumes da Natura têm "DNA" nacional, com o uso de óleos essenciais extraídos de forma sustentável da flora brasileira o que, para Andréa, é um diferencial importante perante a concorrência. Por isso, a campanha terá a missão de apresentar a Natura como a "casa da perfumaria do Brasil".Fonte: PEGN

Reinvenção do Burger King já rendeu US$ 14 bilhões a Warren Buffett e a 3G Capital, de Lemann

Warren Buffett© Fornecido por Forbes Brasil Warren Buffett

O Burger King foi vendido em 2010 por US$ 3,3 bilhões, gerando mais de US$ 1 bilhão em lucro e quintuplicando os ganhos dos investidores Bain Capital, TPG e Goldman Sachs, que estavam saindo do negócio. A operação despertou a preocupação dos analistas, que ficaram se perguntando como os novos compradores recuperariam o investimento.Pouco mais de seis anos depois, os novos donos do BK ganharam mais de US$ 14 bilhões, um dos maiores retornos da história. Fato que revela uma dramática mudança pós-crise no poder de Wall Street.A maior parte da história vem da empresa brasileira de private equity 3G Capital, de Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles, que pagou apenas US$ 1,56 bilhão em dinheiro para controlar o Burger King e financiou o restante do valor. Os ganhos da companhia, antes dos juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA), menos as despesas de capital, cresceram quase 60% no primeiro ano sob o controle da 3G, o que permitiu que a companhia pagasse a seus novos donos um dividendo especial de US$ 393,4 milhões.Em 2012, a 3G Capital vendeu 29% do controle da rede de lanchonetes para o fundo Justice Holdings, do investidor americano Bill Ackman, da empresa Pershing Square, do ex-CEO da Jarden, Martin Franklin, e do bilionário Nicolas Berggruen, por US$ 1,4 bilhão.Dois anos depois, a Berkshire Hathaway, de Warren Buffett, surgiu em cena quando o Burger King comprou a cadeia canadense de restaurantes Tim Hortons por US$ 11 bilhões. A Berkshire forneceu US$ 3 bilhões em financiamento de ações preferenciais e 8,4 bilhões de ações foram oferecidas por US$ 0,01 cada. Após o acordo, o Burger King foi rebatizado de Restaurant Brands International e as ações continuaram a subir.Na última terça-feira (21/02), a Restaurant Brands fechou um acordo para comprar as ações da rede de frango frito Popeye’s Louisiana Kitchen por US$ 1,8 bilhão, o que provocou uma alta recorde nas ações de 7%.Apesar de a 3G Capital ter recuperado o capital investido em dois anos, ela ainda possui cerca de 218 milhões de ações da Restaurant Brands, que valem cerca de US$ 12,5 bilhões em valores atuais. A Pershing Square quase quadruplicou seu investimento inicial, graças à compra de 1 milhão de ações em 2016. Sua participação na Restaurant Brands agora vale US$ 2,5 bilhões se incluirmos as ações pessoais de Ackman, avaliadas em US$ 220 milhões. Buffett fez um bom acordo em seu investimento preferencial de US$ 3 bilhões, já que vem recebendo, por ano, US$ 210 milhões em dividendos. Ao adicionar ao fluxo de caixa às warrants da Berkshire, a Restaurant Brands registrou um ganho aleatório de cerca de US$ 1 bilhão.Isto é uma imensa quantidade de dinheiro para um investimento que parecia não ter futuro em 2010. O que a 3G Capital, a Pershing Square e a Berkshire Hathaway dizem aos investidores sobre o novo cenário de Wall Street? Proprietários de longo prazo estão prosperando no cenário atual à medida em que ocupam posições em vários setores e passam a atuar como consolidadores.A 3G Capital pode ser, atualmente, a empresa de investimento privado mais lucrativa da história devido a suas posições nas empresas Restaurant Brands, Kraft Heinz e Anheuser-Busch. Empresas norte-americanas com uma visão similar, como a Charter Communications e a IAC Interactive, também estão em ascensão.A Charter está se tornando rapidamente uma das empresas de hedge mais lucrativas da história, permitindo que alguns fundos recuperem as perdas de suas apostas na empresa farmacêutica Valeant Pharmaceuticals. Fora dos Estados Unidos, uma série de companhias como Reckitt-Benckiser, Coty, Steinhoff International e Exor se tornarão aquisições com grande potencial no mercado norte-americano ao utilizar estratégias muito similares às da Berkshire ou da 3G Capital.Esse sucesso chega em uma hora em que as carteiras das tradicionais empresas de private equity parecem rasas. A maioria das empresas permaneceu fora de cena ou focou em acordos menores após as duras lições aprendidas com o boom do LBO – leveraged buyout, transação na qual se adquire o controle acionário de empresa e uma parcela significativa do pagamento é financiado através de dívida – dos anos 2000.O mesmo aconteceu com a Domino’s Pizza, que mais do que triplicou desde que a Bain Capital vendeu sua última ação. As empresas de private equity, em sua maioria, deixaram para trás os grandes ganhos da era do LBO, como Dollar General, LyondellBasell, NXP Semiconductors, Alliance Boots e Hilton Worldwide (a Blackstone ainda possui 21%). Achar novas empresas que possam substituir estes grupos é um grande desafio.As empresas de private equity invadiram América corporativa, usando influência e maior eficiência para controlar algumas das mais reconhecidas companhias dos EUA. Agora, com a ascensão de empresas de longo prazo como a 3G Capital, as jogadas envolvendo investimento multi-bilionários estão acontecendo no mercado de ações.Fonte: MSN

Calça com bolso antifurto de celular é sucesso de inovação e de vendas

https://youtu.be/sXqX6y8Uo68
Usar um martelo na fabricação de uma calça jeans foi a inovação de uma empresa que está há mais de 30 anos no mercado. A fábrica de calças de São Paulo investiu em um modelo que tem um bolso quase invisível para guardar o celular. Não foi fácil lançar a calça com bolso para celular. O pai, que comanda a fábrica desde 1986, era contra. E os filhos tiveram que tocar o projeto sem ele saber. “Fizemos dez modelos meio escondido. Em uma semana vendemos seis mil peças, e aí ele acreditou”, conta o empresário Frederico Perusin.Fred e a irmã Carol investiram R$ 15 mil no novo produto. O dinheiro foi usado para a patente e estoque inicial. Eles aproveitaram a mesma estrutura da fábrica.A mão-de-obra e tecido extra para fazer o bolso aumentaram em 10% o custo da calça, mas isso não foi problema. Quem confirma a aceitação do produto é o Bira Marques, que é comerciante e já comprou muitas peças para revender. “Tudo que é novo já é legal agora tudo que é novo necessário fica melhor ainda, então uniu o útil ao agradável. A calça é sucesso de vendas”.PRS JEANS Rua Paraíba, 82, Brás São Paulo/SP – CEP: 03013-030 Telefone: (11) 3312-9475 Site: www.prsjeans.com.br E-mail: [email protected]

CASAS BAHIA E PONTO FRIO COMEÇAM A COMPRAR CELULARES E TABLETS USADOS

Valor máximo de avaliação de aparelho em perfeito estado é R$ 2,2 mil

Casas Bahia (Foto: Carina Caracol/Wikimedia/Creative Commons)
Lojas das Casas Bahia e do Ponto Frio em São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal começaram nesta sexta-feira a aceitar smartphones e tablets usados em qualquer estado de conservação como forma de pagamento na compra de um novo. Neste primeiro momento, 20 filiais distribuídas estão fazendo a transação, sendo seis no Rio de Janeiro. Até o fim de março, a novidade estará disponível em todos os pontos de venda físicos.Nas lojas, a análise da condição do celular é feita pelo vendedor, que indicará o valor a ser oferecido. Se o cliente estiver de acordo com a proposta, o crédito estará disponível instantaneamente. No entanto, o valor só pode ser usado para compra de um celular novo. O valor máximo pago por um top de linha (Samsung Galaxy S7 ou iPhone 7) e em perfeito estado é de R$ 2.200.No site da Casas Bahia, também serão aceitos os aparelhos velhos. O consumidor acessa o site e informa a marca, o modelo e o estado do aparelho (condição da tela, da carcaça, dos botões etc). Ao fim do processo, é preciso informar os dados do IMEI e do próprio consumidor. O aparelho, então, é enviado pelos Correios, com frete e embalagem para envio grátis.Depois que a empresa recebe o seu aparelho e confirma as condições declaradas pelo consumidor, envia um vale para compra de qualquer produto no site (não apenas celulares). Em caso de divergência de avaliação, a loja entra em contato propor novo valor. Se o consumidor não aceitar, eles enviam o produto de volta. Em caso de extravio do aparelho, a empresa informa que um seguro indenizará o cliente no valor informado no site.Em média, o processo entre a postagem do aparelho e a confirmação ou não do valor previamente indicado no site dura sete dias úteis (para as capitais). Em simulação feita pelo GLOBO no site, um iPhone 5 em perfeito estado de 16GB foi avaliado em R$ 350. Já um Samsung Galaxy S6 também sem qualquer avaria foi avaliado em R$ 500.— Aparelhos como o iPhone e Samsung Galaxy são de grande valor de revenda — explica José Froes, presidente da Brightstar, especializada em recompra de celulares e responsável pela parceria com as varejistas.No Brasil, a empresa já fez 180 mil trocas de aparelhos em 2016 e a previsão para esse ano é de 500 mil. Entre os clientes da Brightstar estão as operadoras Vivo e Tim e as Casas Bahia, Ponto Frio, Magazine Luiza, Saraiva, iPlace e Fnac.Fonte: PEGN

O IPO é a saída para a Netshoes?

Maior e-commerce esportivo do país contratou a consultoria KPMG para organizar suas contas e bancos para tocar as negociações com investidores

Há eventos que vêm se repetindo todo mês de janeiro, ano após ano. Os arrastões nas praias cariocas, as contratações milionárias de times de futebol chineses e a explosão de blocos de carnaval em São Paulo estão entre eles. No mundo das finanças, janeiro é tempo de especulações sobre a possível oferta pública de ações (IPO, na sigla em inglês) da Netshoes, maior e-commerce esportivo do país. A companhia ensaia entrar na bolsa pelo menos desde 2013, apesar dos constantes prejuízos. O ano de 2017 continuou sendo de arrastões e gastança chinesa, mas tudo indica que, agora sim, o IPO da Netshoes sai do papel.EXAME Hoje apurou que a companhia está decidida a abrir capital, no Brasil ou nos Estados Unidos – se tudo ajudar, ainda no primeiro semestre. Para isso, contratou a consultoria KPMG para organizar suas contas e também bancos nacionais e internacionais para tocar as negociações com investidores. Procurada, a Netshoes disse que “a abertura de capital é apenas uma dentre diversas possibilidades que a empresa tem à sua disposição para seguir seu planejamento estratégico”.Os planos anteriores da companhia envolviam realizar uma abertura de capital na bolsa americana Nasdaq, que abriga gigantes da tecnologia como Amazon, Apple e Google. A Netshoes chegou a ilustrar uma capa de EXAME sobre o tema, em 2013. Lá, os investidores estariam mais acostumados com negócios na área da tecnologia – onde perder dinheiro é rotina, em prol de um crescimento acelerado. Mas a Netshoes não foi para Nasdaq, por uma série de motivos, e a cada dia que passa a distância foi ficando maior. “A empresa precisaria mostrar um crescimento mais sustentável, com uma tendência mais clara de que está no caminho certo”, afirma um especialista do setor.Os desafios da Netshoes são pra lá de conhecidos – manter um ritmo de crescimento minimamente agressivo e ao mesmo tempo entrar no azul. O problema é que o balanço da Netshoes é uma gangorra. Até 2014, o ritmo de crescimento vinha diminuindo – em 2014 o faturamento cresceu apenas 19% enquanto prejuízo chegou ao patamar recorde de 93 milhões de reais, uma alta de 30%. Em 2015, no último balanço disponível, a companhia conseguiu voltar a crescer com o lançamento do seu e-commerce de moda Zattini. O faturamento avançou 30%, para 1,5 bilhão de reais, e o prejuízo diminuiu, para os 63 milhões de reais.A dúvida agora é o que a companhia conseguiu fazer em 2016, ano em que, por conta da crise, nem as gigantes do comércio eletrônico foram poupadas. O varejo online cresceu apenas 11%, segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico, ante uma média superior a 20% nos anos anteriores. A B2W, a maior do país, que opera o e-commerce das Lojas Americanas, Submarino.com e Shoptime, teve uma queda de 8,7% na receita nos primeiros nove meses de 2016, com o prejuízo subindo 49%, para 383,6 milhões de reais. “A principal dúvida é: a Netshoes conseguiu fazer o dever de casa e crescer mesmo em tempos de crise? Essa é a questão fundamental para um IPO”, diz Paulo Humberg, presidente da companhia de investimentos em internet A5. Os dados de 2016 devem ser divulgados pela Netshoes em março.Outros planosUma possibilidade que bate na porta da Netshoes é a venda para uma empresa maior. No último dia 5, o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, noticiou que a B2W estaria negociando uma aquisição. O que se sabe é que a Lojas Americanas, controladora da B2W, contratou o banco Credit Suisse para uma nova emissão de ações, no valor de 1,5 bilhão de reais, mas esse dinheiro não deve ser usado para comprar a Netshoes, de acordo com o que apurou EXAME Hoje com executivos próximos das duas empresas. “Essa conversa existiu, mas há 10 anos, quando as duas companhias eram bem próximas”, disse um deles. “Agora, isso não existe mais”.Nesse período, a Netshoes operou o braço de artigos esportivos da B2W, mas as conversas para uma fusão ou compra da Netshoes não avançaram.Por conta própria, a Netshoes tem avançado na seara da B2W. No início de 2016, a Netshoes anunciou a criação de seu marketplace – plataforma que permite que outros lojistas vendam seus produtos no site da companhia. Na época, a empresa estimou que o marketplace poderia representa até 20% de seu negócio no médio prazo, dobrando seu portfólio – na época de 80.000 produtos – ainda em 2016.“A Netshoes é uma das únicas companhias de e-commerce com um atendimento ao consumidor especializado e internalizado, e também tem parcerias exclusivas com grandes marcas como a Nike, que só utiliza o marketplace da Netshoes”, diz um executivo de uma concorrente. “Eles estão conseguindo montar uma operação parecida com a da B2W”. Por enquanto, a Netshoes se mantém focada em beleza, moda e esporte, mas, segundo EXAME Hoje apurou, há planos para avançar para novos nichos.Se vier a ofertar suas ações na Bovespa, a Netshoes também vai seguir os mesmos passos da B2W – única companhia do setor na bolsa brasileira. Os números da empresa não animam muito: a B2W já perdeu 54% de valor de mercado, que passou de 9,6 bilhões de reais na época do IPO, em 2007, para os 4,4 bilhões de reais atuais, segundo a consultoria Economatica. “A companhia é boa e na minha visão está barata, mas os investidores estão cansados de prejuízo atrás de prejuízo”, afirma Luis Gustavo Pereira, estrategista da corretora Guide. Em 10 anos de bolsa, a B2W nunca fechou um ano no azul. Saiba mais: Quais empresas mais cresceram na Bovespa em 2016? – Patrocinado Analistas consultados por EXAME Hoje afirmam que a Netshoes a não poderia exigir um valor muito alto pelos papeis – a exemplo do que aconteceu com as últimas tentativas ocorridas no mercado. A única empresa a entrar na bolsa em 2016 – a companhia de diagnósticos Alliar – já perdeu mais de 30% do valor de suas ações, a construtora Tenda desistiu de um IPO no fim do ano passado e a locadora de veículos Movida teve que reduzir o preço inicialmente pedido para conseguir estrear na bolsa esta semana.Calcular o valor de mercado da Netshoes é uma tarefa difícil. Em 2013, os acionistas da companhia esperavam que, no dia de seu IPO, a Netshoes valesse 2 bilhões de reais. Há um ano e meio, a varejista americana Walmart fez uma oferta de 900 milhões de reais pelo controle da companhia, mas a Netshoes recusou.Em todos esses casos de aberturas de capital recente, a explicação para as avaliações abaixo do esperado é de que as empresas têm colocado seus preços com base em expectativas de lucros maiores no futuro, mas o investidor – depois de sofrer com promessas não cumpridas nos últimos anos – não está tão disposto a pagar para ver. Não é o cenário dos sonhos para a Netshoes. Mas a empresa espera a janela ideal de oportunidade há quatro anos. Uma hora cansa.Fonte: Exame

Heineken compra dona da Schin por US$1,09 bilhão

Após a conclusão do negócio, a companhia holandesa passará a ter uma participação de mercado de quase 19 por cento

A Heineken anunciou nesta segunda-feira que assinou acordo com a japonesa Kirin para compra da Brasil Kirin, em uma transação que a tornará a segunda maior fabricante de cervejas do país.Incluindo dívidas, a Heineken informou que pagará 1,09 bilhão de dólares pela Brasil Kirin, a fim de aumentar sua presença no mercado brasileiro, fortalecer seu portfólio de marcas e ganhar escala.Após a conclusão do negócio, a companhia holandesa passará a ter uma participação de mercado de quase 19 por cento. No caso da Kirin, o acordo marca a sua saída do Brasil. O grupo japonês pagou cerca de 3,9 bilhões de dólares em 2011 por 12 cervejarias, mas o negócio depois perdeu fatia de mercado e teve os custos elevados pela fraqueza da moeda local.
A Kirin disse que os riscos brasileiros e o competitivo e estagnado segmento de cervejas e refrigerantes no país eram "limitações" para tornar a Brasil Kirin rentável. De acordo com a empresa, a unidade brasileira teve prejuízo operacional de 284 milhões de reais em 2016.A economia brasileira parece propensa a entrar no terceiro ano de recessão em 2017, mas a Heineken considera o mercado de cervejas atrativo no longo prazo, com o segmento premium crescendo mais rápido.A empresa holandesa já tem cinco cervejarias no Brasil, depois de comprar em 2010 os negócios de cerveja da mexicana FEMSA.Fonte: Administradores

11 TENDÊNCIAS PARA SEGUIR E VENDER MAIS EM 2017

Conheça novidades que farão sua empresa aumentar o faturamento no ano que vem

O uso de novas tecnologias é uma tendência que será ainda mais forte em 2017 (Foto: Endeavor Brasil)
O ano está chegando ao fim. Para muitos empreendedores, 2016 não foi do mais fáceis. Porém as dificuldades podem ser um ótimo incentivo para pensar em caminhos alternativos. Não dá para deixar a inovação de lado e ignorar as demandas que surgem dos clientes.
Para quem trabalha no varejo, há sempre muitas novidades no mercado. Quais delas você precisa considerar? E quais as tendências para 2017? Contamos com a ajuda de Carlos Zilli, conselheiro da Imaginarium, e de Fernando Lucena, sócio-diretor da GS&Friedman, para reunir dicas relevantes. Ligue seus radares e não perca tempo: confira nossa lista e saiba no que ficar de olho.Varejo híbrido Segundo Zilli, é um desafio cada vez maior reter os consumidores nos pontos de venda. Por isso, as lojas estão criando ambientes onde é possível encontrar produtos de segmentos diferentes.No mesmo local onde se vendem objetos há também roupas e serviços, por exemplo –todos atendendo o mesmo perfil de consumidor. Fazer essa mistura é um desafio, mas é uma tendência já é observada em lugares como Berlim, onde um café pode ser também loja de roupa e de discos para um público específico, que aprecia determinado estilo de visual, música e alimentação.Outro bom exemplo é a norte-americana Urban Outfitters, que vende roupas, sapatos, acessórios, itens de decoração e produtos de beleza, focada em um público jovem.Canais alinhados De acordo com Lucena, o que existe hoje é um omniconsumidor, um consumidor altamente seletivo, que usa bem a tecnologia para tomar a decisão de compra, que pode ser realizada por inúmeros canais. Já não é mais possível separar o mundo físico do digital — as pessoas transitam entre eles com naturalidade –, e os canais não podem ser vistos como concorrentes.Pode ser que a pessoa esteja dentro da sua loja física pesquisando o seu site para comparar preços e ver mais opções de um mesmo produto – como cores e tamanhos, no caso de vestuário. Isso acontece porque as lojas têm limitações de espaço. Já a internet é uma prateleira sem fim.Também pode ser que o cliente esteja na sua loja por querer testar o produto ao vivo, mesmo que depois ele feche a compra pelo site. Quem não percebeu isso está ficando para trás.A Nike, por exemplo, leva para a loja o seu canal digital e, caso o tênis desejado não esteja em estoque, a compra pode ser feita mesmo assim. “A pessoa compra com a marca. Precisa haver uma consistência nos canais e a boa experiência precisa ser replicada em todos. Tem que ser gostoso comprar na loja e comprar no site”, afirma Lucena. “Para ter um site mal feito, melhor não ter, para não prejudicar a imagem da marca.”Mudanças no ponto de venda O ponto de venda está mudando de função para ser um ponto de relacionamento. A compra pode ser feita ali mesmo, pela internet ou por um revendedor — ela é só uma consequência de todo um processo de relacionamento bem conduzido. Isso não significa que a loja física seja apenas um showroom.Nas lojas da Apple, por exemplo, os vendedores não são treinados para vender, mas sim para atender, explicar e tirar dúvidas. Eles atuam como facilitadores. Claro que essa mudança no perfil também precisa vir com uma redefinição de função e do sistema de remuneração.Em vez de pagar mais a quem vende mais, é possível remunerar quem traz novos clientes para a loja, quem vende mais para um mesmo cliente e quem recebe mais elogios, por exemplo.Esse tipo de vendedor precisa gostar de gente e gostar de se relacionar – as técnicas de venda são ensinadas. Um outro exemplo interessante de relacionamento em pontos de venda é do grupo de cosméticos Ikesaki, que promove cursos com seus produtos para clientes dentro das lojas.No friction O no friction se caracteriza pelo fim dos intermediários. Os representantes de vendas, por exemplo, estão sendo substituídos pelo acesso direto do cliente no canal digital ou no contato pelas redes sociais. Nos aeroportos, o uso de totens para check-in dispensa os atendentes.O Uber também é um serviço que elimina o intermediário e conecta diretamente clientes e prestadores de serviço, assim como o aplicativo de delivery iFood ou a plataforma de aluguel de casas Airbnb.Vídeo Todos nós estamos nos tornando produtores de conteúdo em vídeo. Seja pelo YouTube, Facebook, Snapchat ou Instagram, criamos e compartilhamos pequenos filmes. Todo mundo é ator, todo mundo é roteirista. É preciso ficar atento a essa nova maneira de se comunicar.Você precisará abrir esse canal com os clientes, e os clientes vão falar da sua marca por meio dessas plataformas. Assim como o fast fashion, os vídeos têm um ciclo de vida cada vez mais curto, o que requer cada vez menos uma grande produção e uma maquiagem perfeita.Cliente é rei Estender o tapete vermelho para os clientes deixou de ser iniciativa só do mercado de luxo. Hoje, toda marca precisa oferecer tratamento diferenciado para criar embaixadores. Uma boa relação com os clientes se refletirá na vida real e nas redes sociais, aumentando a interação com a marca e os comentários positivos.Empresa é uma só para quem trabalha e para quem consome Não existe mais separação entre a empresa para o cliente e a empresa para o funcionário. Em muitas situações, a mesma pessoa que compra seu produto também participa dos processos de recrutamento e seleção para trabalhar na sua empresa.Portanto, o cuidado com as relações humanas precisa existir em relação aos clientes e aos colaboradores, pois as contradições ficam cada vez mais expostas e transparentes.Não significa que todas as empresas precisam fazer como o Google, colocando rede e sala de jogos no escritório – mesmo assim, é bom lembrar que além de ambientes bonitos o Google também tem processos, meritocracia e foco em resultados.O importante é revisitar processos internos e verificar se a companhia se comporta da porta para dentro da mesma forma que se comporta da porta para fora, porque a empresa é uma só para quem trabalha e para quem consome.Sustentabilidade Produtos sustentáveis e empresas que estejam genuinamente preocupadas com o meio ambiente continuam conquistando a preferência dos clientes. Pesquisas recentes mostram que quem compra prefere opções ecológica e socialmente sustentáveis.Uma das tendências para 2017 identificadas pela consultoria TrendWatch é a chamada “captura de capacidade”, que significa encontrar novas fontes de valor ou eliminar qualquer desperdício de recursos.O Reverse Delivery, uma iniciativa brasileira, apareceu entre os exemplos. O projeto, lançado em 2016, aproveita os baús vazios dos motoboys que entregam refeições para coletar doações de comida. Os restaurantes parceiros avisam os clientes do projeto assim que fazem o pedido e quem tem alimentos pode contribuir.Mas segundo Lucena, a sustentabilidade é cada vez mais um conceito que não tem a ver apenas com a natureza e com a sociedade. É preciso buscar sustentabilidade nas relações com clientes e com fornecedores.Pensar no amanhã do planeta e dos relacionamentos. Sua empresa quer fazer apenas transações de produtos ou quer criar uma conexão perene com o cliente? Quer espremer o fornecedor o quanto possível por desconto ou quer estabelecer uma relação ganha-ganha de longo prazo?Consultoria Os consumidores hoje buscam mais soluções do que produtos. “Se você atua na área de moda, por exemplo, pode oferecer uma consultoria de como suas clientes podem se apresentar melhor, o que é diferente de apenas vender uma peça de roupa”, explica Lucena.Para oferecer um bom serviço, é fundamental ter vendedores que não estão apenas interessados em fazer uma transação de compra e venda. Para vender serviços, o elemento humano existe para o relacionamento, educando e orientando o cliente para um melhor uso do produto. “Os clientes querem sempre um pouco mais do seu produto, esgotar as possibilidades que ele oferece. Então, preciso de alguém que me oriente para usufruir.”Exigir exclusividade do cliente é cada vez mais difícil Quando falamos em fidelidade e programas de relacionamento, o que tentamos exigir dos consumidores é uma relação de exclusividade na hora da compra – faça negócio comigo e com mais ninguém.O problema é que o número de opções, de marcas ou de produtos, aumentou muito, então está cada vez mais difícil exigir essa fidelidade. O relacionamento não precisa deixar de ser cultivado, mas deve ter um sentido de “compre de outro, só não se esqueça de mim”, garantido que em momentos mais convenientes o cliente estará disposto a voltar para sua empresa.Por exemplo, quando escolhemos qual pizza comer. Para alguém que mora em São Paulo, há dezenas de opções no mesmo bairro. Se a ideia é apenas comer muito, a escolha pode ser por um rodízio. Mas se a opção for algo de mais qualidade, a escolha pode ser sempre por um restaurante especial, que se diferencie dos demais.Experiência virtual Segundo a TrendWatching, a economia da experiência vai se fortalecer ainda mais com as experiências de realidade virtual e realidade aumentada. O mundo virtual vai eliminar as barreiras de custo e acessibilidade associadas a muitas experiências no mundo real, tornando o tempo o único fator escasso.Um dos exemplos dessa nova realidade foi o lançamento do Buy+ pelo Alibaba, uma experiência de compra com realidade virtual. Usando um smartphone, os consumidores eram transportados para uma loja da Macy’s em Nova York, onde podiam passear e escolher os produtos nas prateleiras.
Fonte: PEGN

Com modelo de negócio tido como ultrapassado, Havan fatura R$4 bi

Quem mora em grandes centros urbanos talvez nunca tenha ouvido falar na Havan. E há um bom motivo para isso.

As duas primeiras semanas do ano — aquelas meio mortas, em que quem pode viaja de férias e quem não pode trabalha entorpecido — foram particularmente agitadas para o empresário Luciano Hang. Aos 54 anos, Hang é um daqueles personagens que volta e meia aparecem na cena econômica brasileira: pouca gente sabe que ele existe, mas pode-se dizer que é um dos maiores empresários do país. Hang é dono da rede de lojas de departamentos Havan, que fatura 4 bilhões de reais. No início do ano, ele cruzou o país em seu avião particular para acompanhar a abertura de seis novas lojas. Uma delas, a ser inaugurada em Rio Branco, no Acre, será a 100ª unidade.Quem mora em grandes centros urbanos talvez nunca tenha ouvido falar na Havan. Há um bom motivo para isso: a rede está toda espalhada pelo interior ou por cidades de médio porte. Mas as pessoas que andam pelas estradas brasileiras podem ter notado a bizarra existência de uma réplica da Estátua da Liberdade à frente de uma loja em forma de Casa Branca. Essa é a Havan. Fundada nos anos 80 na cidade catarinense de Brusque, a empresa sempre foi cercada por uma aura de mistério.É comum ouvir que as lojas pertencem a coreanos, chineses, americanos ou ao bispo Edir Macedo. Segundo o último boato que circulou, a Havan pertencia a um dos filhos do ex-presidente Lula. Foi aí que Hang decidiu sair da toca. Pela primeira vez em 30 anos, ele estampou a campanha de Natal da rede no ano passado e participou de alguns poucos programas de TV.Filho de operários do setor têxtil, Luciano Hang começou a carreira com uma loja de 45 metros quadrados especializada em tecidos importados em Brusque, a 100 quilômetros de Florianópolis. A abertura econômica no governo Collor impulsionou o negócio: em suas viagens ao exterior, além de tecido, Hang começou a comprar bugigangas para revender a lojas de 1,99 real na cidade. Tinha, na época, um sócio, Vanderlei de Limas (o nome Havan vem da junção das iniciais do sobrenome de um e do nome do outro).Em 1991, o sócio deixou a empresa. Mas ele mantém, até hoje, uma pequena loja de tecidos em Brusque. Livre do freio causado pelas desavenças, Hang decidiu abrir lojas fora de Santa Catarina. Foi quando começou a desenvolver o modelo de negócios um tanto esquisito que levou a empresa à frente.Poucos negócios são tão “anos 90” quanto as lojas de departamentos. Elas ficaram no passado, destruídas por erros de gestão e pela ascensão de outras opções de compra nas grandes cidades. A Havan tem tudo o que levou Mappin e Mesbla à lona. Vende mais de 100 000 itens, número altíssimo que torna a operação da loja extremamente complexa. Encontra-se de tudo por lá. Nas capitais do Sudeste, com shoppings de todas as categorias, esse tipo de loja seria inviável.Mas Hang descobriu que, no interior do país, o jogo é completamente diferente. Os preços baixos, a decoração curiosa (para não dizer esdrúxula) e o espaço para alimentação e lazer conquistam os clientes, que muitas vezes chegam em ônibus intermunicipais. A proximidade de rodovias, o amplo estacionamento e a facilidade de acesso a transporte público também ajudam. Segundo a consultoria Boston Consulting Group, mais de 80% das cidades em que a Havan está presente têm menos de 500 000 habitantes. Uma das lojas está instalada em Porto União, em Santa Catarina, um município com apenas 30 000 habitantes.O dono toca a Havan com um jeitão de PME. A empresa tem apenas cinco diretores, e Hang administra o negócio praticamente sozinho. A família quase não participa do dia a dia da empresa, e sucessão, por enquanto, é assunto proibido. “Tenho 54 anos, posso trabalhar tranquilamente até os 100”, diz Hang. Apesar desse tamanho todo, a Havan não divulga balanços. Segundo funcionários, um dos grandes prazeres que o empresário tem na vida é levar visitantes em seu helicóptero para conhecer o centro de distribuição da empresa em Barra Velha, no litoral de Santa Catarina.A loja da cidade tem uma Estátua da Liberdade de 57 metros de altura, 10 a mais do que a original americana. A obsessão pelos Estados Unidos começou ainda na década de 80, em suas primeiras visitas como importador de mercadorias. A primeira estátua foi instalada em 1995 em Brusque. “Sou fã dos Estados Unidos porque admiro o ambiente livre de negócios”, diz Hang, entusiasmado. Há quem deteste a decoração americanófila da rede.Em Bauru, no interior paulista, um protesto de moradores quase impediu a instalação da estátua. A prefeitura não viu problema e a estátua está lá. Hang gosta de dizer que se orgulha de pagar cerca de 1 bilhão de reais ao ano em impostos e encargos trabalhistas. Talvez a explicação para isso seja o desejo de deixar para trás uma condenação por crimes contra o sistema financeiro nacional (como sonegação e evasão de divisas) e lavagem de dinheiro na década de 90. A condenação a 13 anos de prisão acabou prescrevendo.Hang descobriu o potencial de consumo do interior do país antes de muita gente, mas é claro que a concorrência acordaria um dia. As empresas de shoppings, por exemplo, estão fugindo das capitais e migrando para as cidades médias. Apesar de abaladas pela crise, pretendem inaugurar 41 shoppings no país até 2018. Enquanto a concorrência não aumenta, a Havan  anunciou um investimento de 300 milhões de reais para abrir dez lojas em 2017. Com isso, estima-se que o faturamento pule para 5 bilhões de reais. Hang quer chegar à 200a loja em cinco anos. Se conseguir, será bom para ele — e para os fabricantes de estátuas da Liberdade também.Fonte: Exame

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