EMPRESAS DE TECNOLOGIA APOSTAM EM CAIXAS DE SOM COMO ASSISTENTES PESSOAIS

Setor busca soluções para expandir o alcance dessas ferramentas

Recebido com desconfiança pelo mercado no final de 2014, Echo tornou-se uma das principais apostas da Amazon (Foto: Reprodução )
Uma das apostas da empresa para expandir o alcance dos assistentes pessoais são as caixas de som conectadas, que vem com assistente pessoal embutido. A ideia é que esses dispositivos se tornem o “coração” da casa inteligente. É o caso do Echo, desenvolvido pela Amazon e que vem com a assistente pessoal Alexa; e do Google Home, que permite acessar o Assistant.“A Amazon e o Google querem que a gente espalhe as caixinhas de som com os assistentes pessoais pela casa inteira”, afirma o professor de comunicação digital da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), Eduardo Pellanda. “A ideia é que você consiga falar com a Alexa, da Amazon, ou com o Assistant, do Google, de qualquer lugar.”Para a consultoria Gartner, esses dispositivos devem fazer sucesso nos próximos anos – nos EUA, o Amazon Echo chegou a esgotar nos dias que antecedem o Natal neste ano. Isso deve gerar um mercado de, pelo menos, US$ 2,1 bilhões até 2020. De acordo com a consultoria, um quarto das famílias deve ter mais de um dispositivo como esse espalhado pela casa.“As pessoas usarão cada vez mais os assistentes pessoais”, diz a diretora de pesquisas da Gartner, Jessica Elkhom. “Mas é preciso ter banda larga rápida e aparelhos com preço acessível.”
Fonte: PEGN

Inovação no atendimento faz crescer 60% rede de artigos esportivos

torcidas
Diante do comportamento mais tímido do consumidor ocasionado pela crítica situação econômica no país, o mercado brasileiro que já é bem competitivo lutou entre seus semelhantes por visibilidade e preferência de clientes. Nessa competição, as empresas buscaram diferenciais no atendimento, priorizando questões importantes para o consumidor como: conveniência, flexibilidade e agilidade.
A Loja das Torcidas (rede de franquias especializada em artigos esportivos), em 2016, reestruturou seu plano estratégico e adotou algumas táticas simples, porém, assertivas. “O consumidor gosta de ser bem atendido, de ser lembrando. Em junho de 2016 adotamos o cartão de 20% para próxima compra. Isso fez com que o cliente retornasse à nossa loja. Adotamos o cadastro do cliente completo em nosso sistema, que, de 15% passou a ser 80%. Hoje o nosso consumidor quer variedade, por isso, trouxemos para a marca um mix de produtos e de modalidades esportivas. Entendemos esse é o ponto principal para ter sucesso, por isso procuramos entender as necessidades e gostos do nosso consumidor”, falou.A tecnologia se tornou aliada nessa busca pelo atendimento perfeito, ou mais próximo possível disso, já que o comportamento do consumidor tem sofrido grandes mudanças devido à inclusão digital, o uso massivo da internet e todas as ferramentas de interatividade que ela proporciona. Por esse motivo, a marca adotou medidas modernas e com impacto direto no consumidor. Redes sociais e marketing digital entraram na jogada. “E conseguimos nos aproximar dos nossos consumidores. O grande sucesso do ano foi o Palpite Campeão. Este é um aplicativo onde as pessoas se cadastraram e participaram palpitando sobre os jogos do Campeonato Brasileiro de 2016. A cada rodada o maior pontuador ganhou uma bola e no final do campeonato o maior pontuador ganhará uma TV 32 polegadas. E o maior pontuador do time campeão, no caso, o Palmeiras, também ganhará uma TV. O resultado foi muito bacana! Muita gente se interessou, principalmente após a segunda rodada, período em que começamos a divulgar os vencedores. Tivemos uma visibilidade da marca muito bacana”, disse o Mazzoni.De acordo com o diretor, mais novidades estão sendo lançadas neste universo virtual – mais especificamente, agora, em dezembro. “Lançamos o da APP da Loja das Torcidas. Por meio do aplicativo o consumidor pode encontrar as unidades, receber promoções, conhecer produtos e também participar da roleta da sorte (nova campanha de Natal da marca) em que ele ganhará o valor de desconto na compra atual do mesmo”, explicou.Condutas que garantiram bons resultados para Loja das Torcidas. “A somatória de tudo que realizamos fez com quem tivéssemos um bom 2016. Prevemos um crescimento acima de 60%”, explicou Junior, dizendo ainda que a implantação dessas práticas será repassada a todos os franqueados da rede. “São investimentos em produtos de giro, camisa oficial, com ganhos de produtividade, facilidade de uso, redução de desperdícios e retrabalhos que geram aumento de eficácia. Diante disso, insistiremos nessa tecla: excelência no atendimento aos clientes. E, para isso, pretendemos acompanhar sempre as novas tendências e tecnologias que atendam as solicitações deste público”, finalizou.Fonte: Empreendedor

De sacoleiro do Paraguai a dono de franquia de TI que fatura R$ 17 milhões

Conheça franquia milionária de ex-sacoleiro

O empresário Marcelo Salomão começou a vida empreendedora como sacoleiro, vendendo computadores e artigos eletrônicos que comprava no Paraguai; hoje é dono da rede Gigatron, que desenvolve softwares para o varejo e prestadores de serviços e emite certificados digitais, e faturou R$ 17 milhões no ano passado; clique nas imagens acima e veja maisImagem: Divulgação
Para complementar o salário de R$ 315 que ganhava como estagiário na área de processamento de dados em um banco, aos 15 anos, Marcelo Salomão, hoje com 38, começou a comprar produtos no Paraguai e a revender em Birigui (507 km a noroeste de São Paulo). Hoje fatura R$ 17 milhões com uma empresa de tecnologia."Eu juntei entre R$ 2.000 e R$ 3.000 e comecei a viajar a cada 15 dias para o Paraguai para comprar computadores e artigos eletrônicos que as pessoas encomendavam. Eu também trazia perfumes porque sabia que venderia."Aos 17, ainda atuando como sacoleiro, Salomão abandonou o estágio e abriu uma empresa de impressão digital, a Bicola, que ele mantém até hoje, em Birigui. Ela emprega três pessoas e no ano passado faturou R$ 700 mil. O lucro não foi revelado.

Juntou R$ 80 mil como sacoleiro

Aos 19 anos e com R$ 80 mil que conseguiu guardar como sacoleiro, Salomão criou a Gigatron, empresa da área de tecnologia da informação que desenvolve softwares para o varejo e prestadores de serviços, além de emitir certificados digitais, em Birigui.A empresa, que virou franquia em 2009, faturou R$ 17 milhões no ano passado e espera fechar 2016 com um faturamento na ordem de R$ 27 milhões. O lucro não foi revelado.Atualmente a rede tem uma unidade própria em Vitória (ES), 166 franquias em 23 Estados e três fora do país, na Argentina, Portugal e Reino Unido. "Começamos com sete unidades próprias, mas, com o tempo, todas foram virando franquia. Falta apenas a unidade de Vitória virar franquia."

Crise vem atraindo franqueados

Segundo Salomão, a crise está sendo positiva para o crescimento da Gigatron, diferentemente do que vem acontecendo com outras empresas. "Muitos executivos que tinham altos salários foram demitidos, resolveram empreender e nos procuraram porque a nossa rede exige baixo investimento para adquirir uma franquia."Ele estima que, das 82 unidades comercializadas este ano, metade foi para esses executivos. A rede oferece dois tipos de franquias, um que desenvolve softwares para o varejo e prestadores de serviços e outro que emite certificados digitais. Ambos são para atuação em home office.Veja abaixo (os dados foram fornecidos pela empresa).Desenvolvedora de software
  • Investimento inicial (taxa de franquia + custo de instalação + capital de giro): R$ 13,7 mil
  • Faturamento médio mensal: R$ 18 mil
  • Lucro médio mensal: R$ 5,4 mil (30% do valor do faturamento)
  • Prazo de retorno do investimento: 12 meses
Certificadora digital
  • Investimento inicial (taxa de franquia + custo de instalação + capital de giro): R$ 8.000
  • Faturamento médio mensal: R$ 15 mil
  • Lucro médio mensal: R$ 2.700 (18% do valor do faturamento)
  • Prazo de retorno do investimento: 12 meses

Empresário também atua como investidor-anjo

Ele afirma que, desde 2009, também vem investindo em start-ups (empresas iniciantes de tecnologia) e, atualmente, tem dinheiro aplicado em 14 empresas, todas na área de tecnologia. Por ano ele disse que aplica R$ 1 milhão em novos modelos de negócio.Para 2017, o empresário pretende diversificar os negócios. Ele investiu R$ 1,8 milhão em um espaço gastronômico que será inaugurado em Birigui. O empreendimento terá 1.600 metros quadrados e quatro start-ups vão oferecer massas, espetos, comida de boteco e açaí.

Companhias querem soluções para reduzir custos

Para Luis Stockler, consultor especializado em franquias da BaStockler, o mercado está favorável para quem atua na área de tecnologia da informação. "As empresas querem otimizar serviços para reduzir custos e implementar sistemas para gerenciar o negócio com mais eficiência. Por isso a área de TI está em alta."
Stockler afirma, no entanto, que o empreendedor que deseja entrar nessa área deve ter em mente que vai atuar ao lado de profissionais que desempenham um papel comercial muito forte e agressivo.
"Todos que trabalham na área estão buscando clientes e ele vai precisar se adaptar ao ritmo intenso de vendas para poder trazer bons resultados ao seu negócio."

Onde encontrar:

Gigatron: https://www.gigatron.com.br/

Projeto eleva consumo do vinho brasileiro

Parceria entre Sebrae e Ibravin capacita 2,6 mil profissionais e conscientiza consumidor sobre a importância de valorizar o produto Nacional

vinho
A produção do vinho nacional obteve grandes vitórias em 2016. Mais do que serem incluídos no Simples, pequenos produtores da bebida foram beneficiados pelo Projeto de Valorização dos Vinhos Brasileiros, iniciativa do Sebrae e do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) para conscientizar  empresários do segmento de alimentação fora do lar e consumidores sobre a importância de dar preferência ao produto interno.

Os resultados dessa parceria, que capacitou nos últimos anos 2,6 mil profissionais de bares e restaurantes em 16 cidades, serão apresentados nesta quinta-feira (15), na sede do Sebrae Nacional, em Brasília, a partir das 15h30. A programação prevê também uma palestra sobre vinhos ideais para a temporada de verão, degustação dirigida com o sommelier Maurício Roloff, e um circuito de prova com as vinícolas Maximo Boschi, Lidio Carraro, Valmarino, Vista Montes, Hermann e Maison Forestier.

“A produção vitivinícola no Brasil é jovem se comparada a países como Itália e França e ainda tem muito a crescer. Esse crescimento deve ser potencializado com a inclusão das pequenas vinícolas no Simples, conquista importante obtida este ano. Mas, além de tornar justa a cobrança de impostos, também trabalhamos com esse segmento para profissionalizar a gestão, diferenciar os produtos e conscientizar o consumidor de que nosso vinho é bom e competitivo”, destaca o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos.

Firmada em 2014, a parceria entre Sebrae e Ibravin também possibilitou a realização de 12 edições do Circuito Brasileiro de Degustação e a participação de pequenas vinícolas em duas edições da Expovinis, considerada a maior feira de vinhos da América Latina. “Desejamos que em 2017 o Projeto de Valorização dos Vinhos Brasileiros seja ampliado e que possamos continuar qualificando a vitivinicultura nacional, desde a ponta da cadeia produtiva até os profissionais que comercializam nossos produtos”, almeja o presidente do Ibravin, Dirceu Scottá.

O convênio entre o Ibravin e o Sebrae consolidou ainda o Programa Alimento Seguro (PAS) – Uva para Processamento. Uma parceria com a Embrapa Uva e Vinho, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar/RS), a iniciativa implantou os módulos de Boas Práticas Agrícolas (BPA) e Boas Práticas Enológicas (BPE) na Serra Gaúcha. Entre 2014 e 2016, 235 produtores participaram do BPA e outros 200 estão em processo de conclusão. No ciclo 2015-2016, o programa BPE foi aplicado em 30 vinícolas, sendo que outras 35 estão em andamento e devem receber a certificação no primeiro semestre de 2017.

Fonte: Empreendedor


NUBANK RECEBE US$ 80 MILHÕES EM RODADA DE INVESTIMENTOS

Startup planeja ampliação de sua infraestrutura

O Nubank já recebeu 2 milhões de solicitações de interessados no cartão (Foto: Divulgação)
Nubank anunciou na última quarta-feira (7/12) que recebeu um aporte de US$ 80 milhões (aproximadamente R$ 276 milhões) em sua quinta rodada de investimentos. Fundada em 2013, a fintech emite cartões de crédito sem anuidades e cobra taxas menores do que as praticadas pelo mercado. De lá para cá, recebeu mais de 7 milhões de pedidos de cartão - a empresa, contudo, não divulga o número de cartões emitidos.A rodada foi liderada pelo fundo de investimentos russo DST Global, em sua primeira aplicação na América do Sul. Entre as empresas na carteira de aportes do grupo estão o e-commerce chinês Alibaba e o serviço streaming de música Spotify. Redpoint eVentures e Ribbit Capital também participaram da rodada.Em entrevista ao jornal Valor Econômico, o fundador do Nubank, David Vélez, afirmou que a quantia angariada deve ser suficiente para sustentar o crescimento do negócio ao longo dos próximos dois anos.  A ideia é usar os recursos para ampliar a infraestrutura, incluindo o número de funcionários (atualmente mais de 390 pessoas trabalham na startup).O Nubank já recebeu aproximadamente R$ 600 milhões em investimentos. Na rodada anterior, liderada por um dos primeiros investidores do Facebook, o Founders Found, a empresa levantou US$ 52 milhões em aportes.Fonte: PEGN

Uber começa a operar nas ruas de Joinville nesta sexta-feira 09/12

Serviço começa a funcionar na cidade a partir das 14 horas

Uber começa a operar nas ruas de Joinville nesta sexta-feira  Reprodução/App Uber
Aplicativo já anuncia chegada do Uber na cidadeFoto: Reprodução / App Uber
O serviço de transporte privado Uber começa a operar em Joinville a partir das 14 horas desta sexta-feira, dia 9 de dezembro. Os carros a serem utilizados são emplacados no ano de 2008 em diante, têm ar-condicionado e quatro portas. O modelo a ser adotado é o Uber X, de veículos populares.  A empresa não revela quantos profissionais começam a trabalhar na cidade.O preço cobrado ao cliente parte de chamado, que custa R$ 2,00. O quilômetro rodado vale R$ 1,10, e o minuto R$ 0,20. No caso do cliente cancelar o pedido em até cinco minutos, será cobrado R$ 6,00.A Uber diz que o tempo médio de espera por um carro é de cinco minutos. Mas, admite, que nas primeiras semanas o tempo pode ser maior porque a procura deverá ser grande.  O serviço chega a Joinville e deve enfrentar resistências de taxistas. A maior queixa dos taxistas é o fato dos motoristas do Uber não pagarem as mesmas taxas e tributos, exigidos deles pela Prefeitura.Na segunda-feira, dia 5, projeto de lei que impediria a vinda da Uber para Joinville não foi votado e retornou à apreciação da comissão de Finanças.A empresa reconhece que atua sem que haja a regulamentação da atividade em diversos municípios.— A Uber opera no Brasil amparado pela lei federal 12587/2012, referente à Política Nacional de Mobilidade Urbana. Em municípios onde o serviço foi proibido pela Câmara de Vereadores ou pelo Executivo (casos de Florianópolis e Rio de Janeiro), obteve sentenças liminares (provisórias) da Justiça.— Somos uma empresa de tecnologia. Os motoristas trabalham de acordo com sua vontade e necessidade. Muitos se utilizam do Uber para complementar a renda.  Eles não têm a obrigação de trabalhar jornada fixa por dia. Estamos dispostos a ajudar na construção de regulamentação com a prefeitura e com o Legislativo. O importante é dar o direito de escolha aos consumidores argumenta a empresa, via assessoria de imprensa.O cadastramento  de pessoas interessadas em trabalhar para o Uber em Joinville começou há mais de três meses. Houve reuniões realizadas na Sustentare Escola de Negócios, onde os interessados receberam informações sobre o funcionamento. O Uber tem 50 mil motoristas cadastrados em mais de 35 municípios no Brasil. No mundo está presente em mais de 500 cidades.Comparativo de preços
 Uber: 
na chamada: R$ 2,00 o quilômetro rodado: R$ 1,10 por minuto: R$ 0,20Exemplos: Origem: Centro Destino: Zoobotânico R$ 6,00Origem: Bom Retiro Destino: Visconde de Taunay R$ 11,00Origem: Glória Destino: Garten Shopping R$ 13,00Táxis* bandeirada: R$ 5,25 bandeira 1: quilômetro rodado: R$ 2,90 bandeira 2: quilômetro rodado: R$ 3,80 hora parada: 24,00*Os valores praticados pelos táxis estão em vigor desde abril de 2016, por decreto da Prefeitura de JoinvilleFonte: A Notícia

Empresas se reinventam para se manter no mercado

Há 70 anos no mercado, o portfólio da Bic empresa vai muito além da caneta e a ideia de inovação tem acompanhado as aventuras por novos produtos há 4 décadas. A centenária IBM há tempos tem feito do seu negócio um processo contínuo de reinvenção. E ainda: falar em cópia de documentos sempre foi falar de Xerox.https://youtu.be/rkT1sb3XbxkFonte: Mundo SA

‘VENDING MACHINES’: NEGÓCIOS MUITO ALÉM DO LANCHINHO

Máquinas já oferecem carregador de celular, brindes corporativos e até alimentos sem glúten e lactose

Maquininhas de produtos oferecem opções de diversos setores. (Foto: Pexels)
Pipoca, carregador de celular, brigadeiro de colher, flores e creme hidratante. Foi-se o tempo em que uma máquina de autoatendimento servia só para vender café, batatinha frita e refrigerante gelado. As vending machines estão se popularizando, de olho no consumidor que está com pressa ou em local não atendido por lojas físicas.O pagamento é feito em dinheiro ou cartão, o que ajudou no crescimento dessa indústria — já que todo mundo tem na memória a lembrança angustiante de ter cédulas ou moedas engolidas por alguma dessas máquinas, quando elas ainda eram uma novidade no país, na década de 1990.Já são mais de 80 mil máquinas, a maior parte concentrada na Região Sudeste. O crescimento segue acima de 10% ao ano. As vending machines de bebidas quentes (café, chá, cappuccino) concentram a maior fatia do mercado, com 70%, mas há sinais de diversificação.Um dos exemplos é a Mais Pipoca, que vende o produto feito no vapor (sem gordura) em shoppings, aeroportos e estações de metrô. Em São Paulo, essas máquinas são operadas pela empresa fundada pelo engenheiro Felipe Mohama em sociedade com um irmão. Numa escala no aeroporto de Florianópolis, ele viu a máquina e pensou que poderia ser o seu plano B — na época, estava saindo de uma grande construtora.— São 40 máquinas da Mais Pipoca e queremos chegar a cem até o início de 2017 — disse.Cada unidade é vendida a R$ 5, com exceção das localizadas em aeroportos e shoppings, que cobram aluguel mais elevado. Em geral, o preço varia de R$ 1.500 a R$ 3.000 mensais. O valor é definido com base no fluxo de consumidores, padrão do estabelecimento e tipo de produto.EXPOSIÇÃO DE MARCAS Os demais custos são funcionários para fazer a reposição, aquisição do produto e da máquina — que pode ser alugada ou comprada. As mais modernas superam os R$ 30 mil. O aluguel de um quiosque, por exemplo, fica na faixa dos R$ 15 mil.Mas, se a vending machine pode ser o principal canal de venda para uma empresa, em outras, a função é divulgar uma marca ou ter um canal alternativo e secundário de vendas.— Alugar um espaço, como quiosque ou loja, significaria investimento em funcionário, reforma e aluguel. Com a vending machine, o investimento de R$ 30 mil acaba sendo atraente para o pequeno empreendedor — afirmou Michela Cruz, uma das sócias da Cake in Glass, que oferece bolos em recipientes de vidro e brigadeiros de colher, vendidos para festas e empresas como brindes corporativos.A Natura fez um teste, por três meses, de deixar os produtos da linha Sou em vending machines em São Paulo. As consultoras continuam como o principal canal de vendas, mas as vending machines foram uma forma de colocar a marca em locais de alta circulação. Após uma fase piloto, o projeto deve ser retomado no ano que vem.A Máquina Saudável foi criada há três anos com a ideia de utilizar as máquinas para a venda de itens sem conservantes, glúten ou lactose. O negócio começou com oito máquinas alugadas, mas deu tão certo que hoje são 80 equipamentos próprios, além de máquinas para a venda de café.— Buscamos colocar as máquinas em lugares de grande circulação de pessoas e onde esse produto pode ter apelo — disse Roberto Callas, da Máquina Saudável, que tem vending machines instaladas em hospitais e empresas.A maior parte das 80 mil vending machines no Brasil está concentrada em locais de acesso restrito, como áreas internas de grandes empresas. Apenas 15% estão em shoppings, aeroportos e metrô. Na Europa, esse índice chega a 25%, segundo Carlos Militelli, da EPS Eventos, que organiza a feira do setor.Nem só de comida vivem as vending machines. Marcelo Castro e Daniel Doho, sócios da I2Go, decidiram distribuir produtos importados nas máquinas automáticas. A ideia era atender um cliente que estava sem tempo de ir a uma loja para comprar carregador de celular ou fone de ouvido e se tornar opção em locais como estações de metrô.Fonte: PEGN

PROMOÇÕES FAZEM BRASILEIRO VOLTAR A COMER MELHOR

Alimentos impulsionaram o consumo de bens não duráveis entre julho e setembro

Alimentos em promoção estão atraindo mais pessoas para dentro das lojas (Foto: Stokpic / Pexels)
Na crise, o brasileiro voltou a comer um pouco melhor por causa das promoções, que vão de embalagens econômicas, dias especiais de desconto e até ofertas nas quais dois itens são vendidos pelo preço de um. No terceiro trimestre deste ano, o consumo de uma cesta de 96 categorias de produtos, entre alimentos, bebidas e itens de higiene e limpeza cresceu 3,6% em unidades e 4,9% em valor, já descontada a inflação, na comparação com os mesmos meses de 2015, puxado pelos alimentos e pelas promoções.A constatação é da consultoria Kantar Worldpanel que visita semanalmente 11 mil domicílios em todo o país para radiografar o consumo da população. "Estamos menos piores e as promoções em alimentos estão atraindo mais pessoas para dentro das lojas, até mesmo para a compra de produtos básicos", afirma a diretora comercial da consultoria e responsável pela pesquisa Christine Pereira.Entre julho e setembro, os alimentos impulsionaram o consumo de bens não duráveis e essa foi a única cesta de produtos em que houve aumento na frequência de compras, de 2,9%, em comparação com o terceiro trimestre de 2015.Christine explica que 55,5% das famílias aumentaram o número de idas às lojas, visitando os estabelecimentos mais de cinco vezes na semana, atraídos pelas promoções. Em três viagens às lojas, os consumidores declararam que compraram produtos que estavam em oferta, aponta a pesquisa.Um resultado que chama atenção e revela o estrago que a crise provoca no orçamento das famílias é que na lista de ofertas que atraiu o brasileiro para as compras estão muitos produtos que são básicos e cujo consumo está consolidado, como óleo de soja, papel higiênico, biscoito, por exemplo.No óleo de soja, a pesquisa aponta que cresceu 5,4% o número de famílias que compraram o produto porque ele estava em promoção no terceiro trimestre.Movimento com proporções semelhantes se repetiu no biscoito, papel higiênico, iogurte e sabonete. Em contrapartida, o consumo de itens mais supérfluos, que vinha avançando, como suco pronto, antisséptico bucal, por exemplo, recuou porque esses produtos não foram alvo de promoções."As promoções estão dando um respiro, mas isso não significa que a crise já tenha passado. É uma alternativa para que as famílias comprem o que precisam", diz Christine.A força da promoção, especialmente para itens de primeira necessidade, ficou nítida na semana passada quando os supermercados lotaram no dia da Black Friday, com os consumidores em busca de ofertas em miudezas, como cerveja e refrigerante.Falta A corrida do consumidor para encher o carrinho, especialmente de alimentos em oferta por causa da crise, provocou a falta de muitos itens nas prateleiras dos supermercados.Em outubro, de uma lista de cem itens, entre alimentos, bebidas, higiene e limpeza doméstica, mais de dez (10,5) estavam faltando nas lojas, segundo levantamento feito pela consultoria Neogrid/Nielsen em 10 mil lojas de supermercados espalhadas pelo país."Uma possível razão para a falta de produtos é o aumento nas promoções do tipo leve três pague dois realizadas pelos supermercados", diz Robson Munhoz, diretor da consultoria e responsável pelo relacionamento com o varejo. Ele argumenta que, com as promoções, houve uma saída maior de produtos nas lojas, o que provocou a falta de mercadorias.O índice de falta de produtos nas prateleiras, conhecido no jargão do setor como de ruptura, começou o ano em 13%, bem acima da média histórica de 8%. Caiu até julho, quando fechou o mês em 9,5%. De lá para cá veio gradativamente aumentando.Fonte: PEGN

NA CRISE, MARCOPOLO BUSCA MERCADO EXTERNO

Crise no Brasil fez fabricante de ônibus focar nas vendas internacionais

Ônibus da Marcopolo. Empresa focava no mercado interno, mas crise fez a empresa mirar o exterior (Foto: Divulgação)
Depois de um período de dez anos com o foco de suas operações no Brasil, a fabricante de ônibus Marcopolo mudou de rumo e voltou a priorizar o mercado externo.A maior parte da receita líquida da empresa vinha sendo gerada internamente desde 2006. Agora, houve uma inversão, fazendo com que as exportações a partir do Brasil e as vendas de veículos produzidos e negociados fora do País passassem a ser 68% da receita.Já havia sinais dessa mudança em 2015, principalmente em decorrência da queda das vendas domésticas, e o movimento se acentuou neste ano, com um salto nas operações internacionais – entre janeiro e setembro, as exportações a partir do Brasil avançaram 43,8% ante o mesmo período de 2015.Além da desvalorização do real e da relativa perda de competitividade chinesa, uma estratégia montada pela companhia impulsionou as vendas para fora.Em outubro de 2015, uma equipe de 30 funcionários fixou um mapa-múndi na parede e começou a marcar os países em que a Marcopolo havia perdido mercado nos últimos dez anos e que poderiam ser retomados, além de possíveis novas conquistas. "Conhecendo o histórico de exportações da Marcopolo, criamos uma força-tarefa", conta o presidente da empresa, Francisco Gomes Neto.Nos 12 meses seguintes, as equipes viajaram 60 países na tentativa de vender seus produtos e amenizar os efeitos da crise econômica brasileira, que devastou o setor automotivo.Desde o auge da empresa, em 2013, até 2015, a Marcopolo viu sua receita líquida recuar 25% e o número de unidades fabricadas cair 46%. "Aumentar as exportações foi a única saída. Aprendemos que não podemos descuidar do mercado externo, mesmo quando o câmbio é desfavorável (como no início da década de 2010), porque a retomada não é fácil."O descuido com as vendas internacionais foi consequência do bom momento vivido pelo setor no Brasil até 2013. Os juros a 2,5% ao ano para empresas de transporte e o programa federal Caminho da Escola (que facilitou a compra de veículos por prefeituras) resultaram na explosão das vendas domésticas de ônibus no período.Para Antônio Jorge Martins, professor da Fundação Getulio Vargas (FGV), especialista no setor, a Marcopolo conseguiu recuperar suas exportações por ter alto nível de internacionalização - são 12 plantas fora do País.Martins afirma, ainda, que as multinacionais instaladas no Brasil não puderam ampliar suas exportações a partir do território brasileiro em igual ritmo, porque precisam negociar com as matrizes para não comprometerem unidades produtivas de outros países.Sem milagre Apesar de amenizarem as perdas, as vendas internacionais não chegam a salvar a Marcopolo. Em 2016, ano para o qual se previa um alívio, houve queda de 10% nas receitas de janeiro a setembro. A companhia acabou fechando uma fábrica no interior do Rio de Janeiro, adquirida no fim do ano passado, quando comprou a concorrente Neobus.Também precisou se desfazer de 7,5% do capital da canadense New Flyer, permanecendo com 10,8% do negócio. Ainda há a intenção de usar a New Flyer para entrar no mercado americano, onde poderia explorar os segmentos rodoviário e de micro-ônibus. Os veículos seriam enviados para os EUA a partir do Brasil ou do México.Gomes Neto admite que não será possível manter o ritmo de crescimento internacional em 2017. "Neste ano, retomamos mercados onde a Marcopolo era forte, o que não vai se repetir." O foco, entretanto, continuará lá fora, já que não há sinais de recuperação interna.Fonte: PEGN

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