Hitendra Patel é especialista em inovação e acredita que ter experiência em várias áreas gera destaque no mundo dos negócios

Nascido no país africano de Zâmbia, com experiências profissionais ao redor do mundo e há mais de 20 anos morando nos Estados Unidos, o especialista em inovaçãoHitendra Patel acumulou vários pontos. O exemplo pessoal serviu para destacar o aspecto que considera mais importante para inovação — conseguir pontos. Ter experiências em áreas diferentes da que o indivíduo atua, aprender sobre muitas coisas, seja por meio da literatura ou se relacionando com pessoas com outros interesses e vivências, tudo isto vai gerando pontos.

Conectá-los de maneira diferente e melhor do que os outros resulta em inovação. Portanto, quanto mais pontos, maior a chance de ver aquilo que outros (a concorrência, por exemplo) não conseguem.

— O gênio consegue ver uma imagem do futuro antes dos demais, pois viu mais coisas, e ligou tudo isso.

A partir do momento em que surge uma ideia, Patel sugere o teste de quatro perguntas para saber se realmente trata-se de uma grande ideia. A primeira delas é: “a proposta é baseada em qual tendência, vai ser relevante no futuro?”.

Patel diz que a análise das tendências é importante e listou algumas: inovação verde (ligada ao consumo consciente e energias renováveis); conectividade; inteligência preditiva (pela qual é possível prever a partir da análise de dados necessidades ou desejos); saúde (população está envelhecendo e quer viver mais e melhor); e robotização (para objetivos diversos como redução do custo de mão de obra, até assumir tarefas que podem melhorar a qualidade de vida dos idosos).

A segunda pergunta no teste de ideias é: “atende a uma necessidade humana?”. Água, conveniência, transporte, higiene são apenas alguns exemplos. A terceira pergunta, “qual o modelo de negócio?” diz respeito a como extrair mais dinheiro com menor custo. A quarta questão é:” tem barreira de entrada?”.

Patel diz que não é a patente que vai proteger a empresa da concorrência e usou o exemplo da Motorola. A companhia para a qual trabalhou administrava 500 patentes por ano ligadas a celular e foi atropelada pela Nokia, que lançou um produto diferente e mais alinhado ao desejo do consumidor. A questão, segundo ele, é encontrar uma forma de fidelizar o cliente, realizar parcerias ou, então, fazer algo tão fantástico que ninguém consiga copiar.

Se a ideia passou no teste, o próximo passo não é o protótipo, tão pouco o lançamento do produto. A dica é fazer um folheto e levá-lo repetidas vezes ao cliente, para que após cinco ou seis ciclos de modificações, chegue-se mais próximo do que deve ser. O processo deve ser repetido para chegar à perfeição, enfatiza.

— Não fique mexendo no produto, o folheto é o atalho para grande ideia.

Patel aconselha às empresas destinar tempo e espaço para experimentação nas equipes. Se a empresa poda aqueles que querem “sair da caixa” ou esta pessoa vai sair da empresa e montar o próprio negócio ou permanece fazendo as coisas do mesmo jeito por anos e não vai inovar nunca. O consultor também defende uma cultura organizacional que permita “abraçar” pessoas que pensam de modo diferente, no lugar de contratar iguais. Por fim, destacou que a inovação não acontece em linha reta.

Assemelha-se à jornada de um explorador, em zigue-zague para ultrapassar ou contornar obstáculos pelo caminho. No final, chega-se ao destino.  As organizações só devem cuidar para não voltar à maneira antiga de se fazer as coisas. Algo fácil de ocorrer por conta do hábito.

Para ele, nunca houve um momento mais fácil para inovar do que agora, e alerta:

— Para avançar, fracassos virão, mas fracasso é conhecimento.

Patel deixou um conselho aos solteiros — tornar-se empreendedor. Tudo o que precisa para começar já existe, afirma. Alguém para cuidar da logística, conexão com qualquer lugar, pagamento em nuvem, entre outros serviços. Ele cita o exemplo da empresa Uber, que conecta usuários ao serviço de táxi. Por encontrar o cliente e realizar a conexão com o fornecedor cobra 30% do valor do serviço. Em dois anos, já fatura US$ 60 bilhões.

Fonte: Conheça as quatro perguntas para saber se você teve uma boa ideia – Negócios e Cia – A Notícia

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