Mônica Burgos começou vendendo de porta em porta e hoje comanda a Avatim, com 58 lojas pelo país

Mônica Burgos, da Avatim: nova vida após o divórcio (Foto: Avatim/Divulgação)

A missão de criar três filhos após o divórcio não impediu que Mônica Burgos decidisse largar a advocacia e mudar de carreira. Aos 30 anos, a baiana foi para o Rio de Janeiro para estudar moda, voltou para seu estado e fundou a Avatim.

Natural de Itabuna, Mônica trabalhou oito anos como advogada antes de se mudar para a capital carioca com os três filhos. Encontrou-se na área de consultoria para lojistas com dicas de como expor os produtos e proporcionar uma melhor experiência aos clientes.

Dentro desse ramo, conheceu os aromatizantes de ambiente. “Vi uma lacuna no mercado que era o de aromas que marcassem a identidade das lojas. Na época, existiam apenas incensos e algumas essências, então, decidi apostar no marketing olfativo”, diz a empreendedora.

Mônica voltou para a Bahia com a intenção de prestar os serviços de consultoria e vender os aromatizantes que levou na bagagem para o nordeste. “Depois de seis meses me dei conta de que não havia conseguido prestar uma consultoria sequer, mas já tinha vendido centenas de frascos de aromatizantes”, afirma.

O talento para vendas diretas de Mônica chamou a atenção do amigo César Fávero, que a convidou para profissionalizar o serviço, entrando como sócio no negócio e futuramente ajudando a produzir suas próprias fragrâncias.

Dessa parceria nasceu há 13 anos a Avatim, rede de franquias presente em 17 estados e que, além de aromatizantes, produz há sete anos cremes e sabonetes para uso pessoal.

Hoje, com 48 anos, Mônica confessa que foram os filhos que a motivaram a se aventurar como empreendedora. “Não admito quem diz que não pode se arriscar na carreira, pois têm filhos para criar. Foi justamente por querer um futuro melhor para eles que decidi que precisava mudar”, diz.

Das vendas diretas à rede de franquias

Mônica Burgos e Cesar Fávero, sócios da Avatim: faturamento de R$ 40 milhões (Foto: Avatim/Divulgação)

A parceria com Fávero fez Mônica enxergar o real potencial de seu negócio. “Ele impôs uma programação que eu não estava acostumada. A única coisa que me pediu foi que continuasse fazendo o que estava dando certo, que era vender os aromatizantes e treinar novos vendedores”, diz a empresária.

Quando o negócio completou quatro anos, o escritório em Salvador mudou-se para Ilhéus, onde foi fundada a primeira fábrica da Avatim. Durante este período, Mônica mobilizou vendedores de diferentes estados e antes mesmo de fundar a primeira loja, em 2009, já havia popularizado os produtos da Avatim do Acre à Porto Alegre.

Apenas cinco meses depois da primeira loja física, surgiram os interessados em montar franquias. “Tive que correr para aprender o que era franquia, padronização e o que deveria partir da empresa. Acompanhei de perto as 37 primeiras franquias, viajando pelo Brasil”, afirma.

Com 52 franquias e 6 lojas próprias, a meta da empresária é quase triplicar o número de unidades nos próximos anos. “Estamos montando agora as franquias Slim, menores, para atender a cidades do interior. Com elas, pretendemos chegar a 150 lojas até o fim de 2017”.

Fonte: Pequenas empresas e grandes negócios

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