A Mamusca oferece um espaço de brincar que resgata a conexão entre pais e filhos
Salão para almoço e café, cadeirões, louças de plástico e comidinhas orgânicas. Essa é a cara da Mamusca, espaço para brincadeiras que atende crianças de até seis anos.
A ideia veio da publicitária Elisa Roorda, 36 anos, que criou o local para resgatar a conexão entre pais e filhos. “Em 2008, quando tive minha primeira filha, percebi que não existiam muitos lugares em que as crianças e os pais curtiam da mesma forma. Em parques, sempre encontrava as crianças com suas babás e, em locais próprios para diversão dos filhos, os pais sempre estavam um pouco entediados e na obrigação de acompanhar os pequenos”, conta Elisa.
Com isso em mente, a empreendedora resolveu buscar referências no exterior de espaços que animassem os pequenos e não entediassem os pais. “Normalmente, os espaços para brincar são muito focados nas crianças, com elementos muito infantis e atividades que não envolvem os pais”, conta.
Ao viajar para Europa percebeu que o estilo de vida dos pais com seus filhos era semelhante ao que ela queria resgatar: não era necessário esperar o filho crescer para criar uma relação real de convivência em brincadeiras e atividades. “Quando minha filha entrou na escola foi o primeiro momento que interagi com outras mães e percebi como a troca de experiências é importante desde os primeiros meses dos filhos”, diz.
O espaço conta com oficinas em ateliê, café, salas de brinquedo e cantos acolchoados para ficar com os bebês. Os valores variam de acordo com o tempo que a família permanece no local e as oficinas são cobradas separadamente. Uma hora avulsa apenas no espaço custa R$ 40 para as crianças e pode chegar a R$ 1280 em pacotes mensais. Adultos pagam à parte e bebês com menos de três meses não pagam.
O investimento superou R$ 1 milhão durante o primeiro ano do negócio e a empresa não revela seu faturamento. Para Elisa, franquias e expansão não estão nos planos. “O diferencial da Mamusca é o seu foco no desenvolvimento da primeira infância e na formação conjunta entre pais e filhos. Se abríssemos mais casas acabaria ficando mais operacional e menos prazeroso”, diz.