Bazar Ógente realiza três edições por ano e agora investe em evento segmentado

Em uma edição do bazar, a média de vendas realizadas é de 1200 (Foto: Divulgação)

Um único espaço que reúne diversos tipos de empreendedores para vender seus produtos. Os bazaresganham cada vez mais destaque na economia brasileira e se tornam uma alternativa criativa na hora de ir atrás dos presentes da família. Foi em um desses eventos, em 2009, que a publicitária e ilustradora Rosy MacQueen, 38 anos, viu a oportunidade de juntar as amigas no que se tornou uma de suas maiores fontes de renda: o Bazar Ógente.

Depois de visitar um bazar na Vila Madalena, em São Paulo, Rosy teve uma ideia para reunir-se com as amigas que não via há algum tempo. “Estávamos todas ocupadas freelando e fazendo alguns artesanatos. Tive a ideia de montar um bazar entre a gente. Nós podíamos matar as saudades e ainda vender os produtos que estávamos fazendo”, conta.

Nessa primeira edição o bazar ainda não tinha um nome e reuniu, em uma pizzaria, nove expositores. Os amigos gostaram da ideia e decidiram dar continuidade ao evento. “Na segunda edição, decidimos que cada um que participou da primeira vez ia indicar um amigo para participar. Conseguimos reunir, dessa vez, 22 expositores”, afirma Rosy.

Ao longo do tempo, alguns dos amigos da publicitária começaram a se envolver mais com o projeto. Esse é o caso da designer Patricia Toyama, 38 anos, que toca o bazar junto com Rosy e deu a ideia para o nome dos eventos. “A gente estava se reunindo para montar mais uma edição do bazar e estávamos tentando achar um nome para ele. A Patricia virou uma hora e falou: ‘Ó, gente, o que estou fazendo!’ Na hora, nos olhamos e decidimos que o nome seria Bazar Ógente”, explica Rosy.

O projeto nasceu com um custo zero. Como foi uma ação espontânea, tudo foi colaborativo no início. Mesmo assim, o Bazar Ógente foi chamando a atenção até que chegou aos ouvidos das criadoras do Superziper, site de dicas “faça você mesmo”. “Na época, a página delas no Facebook tinha uns 16 mil seguidores, o que era bastante. Hoje, elas estão com 81 mil. A divulgação do nosso bazar por elas aumentou ainda mais a procura de expositores”, diz a publicitária.

Com o crescimento, Rosy e Patricia tiveram que organizar melhor todo o processo de seleção dos expositores. Elas montaram um formulário de cadastro que é usado na hora de escolher quem vai participar das edições. “A gente dá preferência para as marcas que seguem o ideal do bazar. Procuramos expositores que tem produtos artesanais e designers pequenos”, explica.

A crescente demanda também fez com que as empreendedoras tivessem que ir sempre atrás de um novo espaço que comportasse o número previsto de visitantes. O próximo evento acontecerá no dia 30 de abril, no Complexo Aché Cultural, que abriga também o Instituto Tomie Ohtake.

Para dar conta desses custos, Rosy começou a cobrar uma taxa fixa pré-evento do expositores. “É essa taxa que faz o bazar acontecer”, afirma. Além disso, as organizadoras também oferecem um serviço de caixa, no qual o empreendedor preenche uma comanda para o visitante, que pode pagar tudo de uma vez ao sair do evento. Por esse trabalho, a publicitária cobra uma taxa de 15% – que já inclui os impostos – sobre o que o expositor faturou.

Depois de seis anos, as organizadoras começaram a perceber um crescimento na área de produtos artesanais infantis. Para englobar mais empreendedores desse segmento, elas organizaram o Bazar Ógente Kids em outubro de 2015. O sucesso foi tanto que, nessa próxima edição, esse evento será junto com o tradicional.

Bazar Ógente (Foto: Divulgação)

Com três eventos por ano – Dia das Mães, primavera e Natal – o Bazar Ógente fatura entre R$ 100 mil e R$ 120 mil por edição, com 1.200 vendas realizadas – o que totaliza mais de R$ 300 mil no ano. Dentre as marcas expositoras, estão nomes famosos como o Grão Vizir, especializado em especiarias, e outros como Iludi, que vende acessórios. No evento tradicional, o ticket médio fica em torno dos R$ 450; no caso da versão Kids, esse valor chegou a R$ 250.

De acordo com Rosy, a próxima edição promete ser a maior já realizada, com 90 expositores em apenas um dia de bazar. A quantidade de participantes reforça o objetivo da publicitária em incentivar o movimento craft no país. “O plano B virou pano A. A gente observa que as pessoas estão resgatando técnicas mais antigas e dando novas roupagens a elas”, afirma.

A organizadoras também ajudam os empreendedores na hora de chamar a atenção de clientes em potencial. “Ao longo do tempo, essas pessoas começam a prestar mais atenção na promoção de seu produto. A gente os incentiva a deixar as fotos mais bonitas, a arrumar a mesa de uma forma melhor, a fazer um bom estoque e a atender de uma boa forma. Tem gente que começou aqui sem nem ter marca e hoje tem até loja fixa”, conta Rosy.

Para os próximos anos, a publicitária espera aumentar o número de bazares realizados por ano. “Queremos fazer cinco eventos de dois dias por ano, sendo duas edições do bazar Kids. Também já pensamos em ir para outros estados, mas preferimos expandir dentro de São Paulo, por enquanto”, finaliza.

Fonte: PEGN

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