A Sold nasceu em 2008 e intermedia a transação de imóveis, equipamentos industriais, celulares e relógios, entre outros itens

Henri Zylberstajn, da Sold (Foto: Divulgação)

A internet mudou o setor de leilões. Os homens empunhando martelos e falando “dou-lhe uma, dou-lhe duas, dou-lhe três” vêm sendo substituídos por plataformas de vendas online. É o caso da Sold, que intermedia a compra e a venda de produtos na internet.

A empresa existe desde 2008. Foi criada por duas duplas de irmãos: Henri e Alexandre Zylberstajn e André e Fabio Zukerman. Os primeiros não tinham experiência no mercado de leilões – Henri trabalhava na área de recrutamento e Alexandre trabalhava em um banco. Já os Zukerman são uma família tradicional no setor leiloeiro.
Segundo Henri, o objetivo dos quatro era quebrar alguns paradigmas. “O mercado leiloeiro é normalmente composto de negócios familiares, não era profissionalizado e não vendia muitos produtos. Encaramos o desafio de criar uma empresa baseada na meritocracia, organizada e que tivesse um portfólio maior, além de transferir os leilões para o mundo online”, diz ele.

De acordo com Zylberstajn, a empresa surgiu em uma época em que o mercado da construção civil estava em ebulição. Por isso, decidiram aproveitar esse momento. “Passamos três anos leiloando itens que eram usados em apartamentos decorados e repassados após o lançamento dos imóveis”, afirma.

Posteriormente, a Sold ampliou o número de produtos oferecidos: leiloa majoritariamente imóveis, máquinas agrícolas e equipamentos industriais, mas também oferece eletroeletrônicos, móveis de escritório, itens de telefonia e informática e até carros.

Os leilões ocorrem ao vivo, mas não em uma transmissão de vídeo – isso até já foi feito, mas os interessados nos produtos reclamavam de problemas na conexão. A Sold tem um “auditório virtual”, tela em que os leilões são atualizados conforme os lances.

A Sold recebe um porcentual sobre o valor de cada venda. A porcentagem varia de acordo com o produto e com algum serviço adicional requerido. “Quanto maior o valor do bem, menor o porcentual da comissão. Caso o vendedor solicite que nós façamos o armazenamento do produto, por exemplo, cobramos um pouco mais”, diz Zylberstajn.

Vantagens
De acordo com Zylberstajn, os leilões virtuais têm duas grandes vantagens. “A primeira é a comodidade. Os interessados nos produtos podem disputá-los de casa. E a segunda é o maior alcance do leilão, já que mais gente poderá participar”, diz.

Quando perguntado sobre uma eventual resistência dos donos dos produtos a fazer leilões pela internet, Zylberstajn diz que isso não existe mais. “No começo enfrentávamos mais resistência. Hoje a aceitação é muito maior”, afirma o cofundador da empresa.

Mudança
Desde o ano passado, Zylberstajn não é mais sócio da Sold, por mais que continue ligado à empresa. Isso acontece porque o coordenador dos leilões, o profissional efetivamente responsável pelo pregão, não pode ser dono de um negócio.

Isto aconteceu por um problema. Em 2016,  o leiloeiro contratado pela Sold deixou de prestar o serviço. A decisão da empresa foi de colocar Zylberstajn nessa função. Consequentemente, ele teve que deixar a sociedade.

Em contrapartida à sua saída, Zylberstajn ganha comissões por coordenar o leilão: ele recebe 5% do valor do item de quem compra o bem e também recebe uma comissão de quem está vendendo – valor este não informado pela Sold.

Presente e futuro
Em 2016, a Sold leilou R$ 700 milhões em produtos. A empresa, no entanto, não revela o seu faturamento por questões estratégicas. Para 2017, a meta é movimentar R$ 1 bilhão em itens nos seus leilões.

De acordo com Zylberstajn, a eventual retomada da economia brasileira trará benefícios para a empresa. “Na crise mais gente tenta vender produtos, mas ninguém compra. Em momentos melhores, a oferta é menor, mas é mais fácil vender. Sem crise é sempre melhor.”

Fonte: PEGN

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