Empreendedores optaram por usar sistema de financiamento coletivo para ideia virar realidade

O patinete elétrico Surfer (Foto: Divulgação)

As grandes cidades estão cheias de carros, um meio de transporte que pode fazer o trajeto ficar mais demorado do a bicicleta ou até mesmo as próprias pernas. Esse é um dos argumentos utilizados pelo engenheiro Yuri Berezovoy para defender a compra de seu mais novo produto: o Surfer.

Em 2011, durante uma conversa com o amigo de infância e também engenheiro, Fabio Pagotti Silva, nasceu a ideia de desenvolver um novo tipo de veículo. “Nós somos praticantes de mountain bike e surgiu a ideia de fazer algo dentro dessa área”, conta Berezovoy. Foi aí que nasceu o primeiro projeto: uma motocicleta de motor elétrico inspirada no design das scooters.
No início, o plano era fazer uma parceria com alguma concessionária de veículos. “Conforme fomos desenvolvendo essa moto, percebemos que esse tipo de veículo tem peças exclusivas. O usuário depende da concessionária para fazer qualquer tipo de assistência. A gente queria que as pessoas pudessem fazer isso em qualquer lugar”, explica Berezovoy.

A ideia não foi para frente, mas, durante toda a trajetória de desenvolvimento do produto, muitas ideias surgiram. “Usando tecnologias de desenvolvimento típicas de startup, tínhamos que ser cuidadosos para não se apegar a nossa ideia inicial. O produto que tínhamos em mente em 2011 é completamente diferente do que temos hoje”, afirma Berezovoy.

A empresa criou então o Surfer, um veículo elétrico que mistura os conceitos de design de um patinete e uma scooter. Ele não emite nenhum tipo de poluente e é silencioso. Em 2013, o projeto venceu o seu primeiro edital, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb), com um financiamento de R$ 400 mil.

No total, a empresa conseguiu levantar R$ 2 milhões entre recursos públicos e privados, mas já gastou toda a quantia com o desenvolvimento do produto. Agora, para fazer com que o Surfer chegue ao mercado, os empreendedores decidiram usar o Kickante, plataforma de financiamento coletivo. O objetivo é arrecadar R$ 30 mil para a produção das primeiras unidades do patinete.

A escolha pelo financiamento coletivo nasceu de um desejo dos empreendedores em incentivar a inovação no país. “É um mecanismo de fomento indispensável para a inovação no exterior. Quem está comprando aquilo está comprando um sonho e confiando que nós temos capacidade de transformá-lo em realidade”, explica Berezovoy.

O financiamento fica aberto até o dia 19 de abril. O primeiro lote do Surfer tem o valor de R$ 5.490 e contempla 30 unidades. Já o segundo lote tem valor parcial de R$ 800 com 20 patinetes. O restante do valor, R$ 4.990, é pago no envio do produto, que está previsto para o mês de junho desse ano.

Dentro da legislação atual de São Paulo, por exemplo, o Surfer pode ser usado em ciclovias. O veículo tem um modo específico para a velocidade máxima permitida nessas vias: 25 km/h. No modo potente pode atingir 45 km/h e subir ladeiras. Nesse caso, Berezovoy recomenda que o produto só seja usado em propriedades privadas por conta da legislação de trânsito.

Os sócios acreditam que o Surfer é capaz de mostrar o potencial de inovação do país para os brasileiros. “É um produto que passa positividade, por ser sustentável e transmitir uma ideia de tranquilidade em meio ao caos das ruas da cidade. Além disso, ele é exportável e promissor para o Brasil como inovação”, finaliza Berezovoy.

Fonte: PEGN

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